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Mapa de risco - Carol Capuci

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Estágio em Análise Laboratorial Básica
MAPA DE RISCO
FARMÁCIA ONCOLÓGICA
Carolina Capuci Cipriani RA 0424252 
Unip Santos
2024
INTRODUÇÃO
Em 1944, durante o governo Getúlio Vargas fora constituída a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) no Brasil, e foi essa comissão que alavancou a implantação da Segurança do Trabalho em território brasileiro.
No início o objetivo era que as comissões cuidassem da saúde do trabalhador, estimulando os mesmos para assuntos pertinentes a prevenção de acidentes.
Devido ao alto índice de acidentes de trabalho que acontecem todos os dias, nenhuma empresa deve ser negligente quanto aos riscos presentes em suas instalações. Qualquer tipo de empresa, seja ela de atividades físicas ou digitais, deve elaborar um mapa de risco caso entenda que os colaboradores podem passar por acidentes ou doenças ocupacionais.
Problemas crônicos exigem soluções inovadoras. O Mapa de Riscos surgiu num cenário de índices de acidentes de trabalho elevados, de grandes perdas de recursos humanos e econômicos, como uma tentativa inédita no Brasil de envolver trabalhadores e empregadores nesta problemática.
O mapa de risco tem como objetivo informar, de forma visual, os riscos que existem no local de trabalho, é uma ferramenta fundamental para conscientizar os trabalhadores e assim evitar acidentes.
1.CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
É um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar das condições do ambiente e de todos os aspectos do trabalho que afetam sua saúde e segurança. A prevenção de acidentes de trabalho no Brasil registra décadas de iniciativas sem sucesso. Em 1944 foi criada a primeira legislação estabelecendo a obrigatoriedade de formação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA’s). 
A partir de 1970, o avanço da industrialização resultou no aumento do número de acidentes, que já era alto. Criou-se uma série de normas para enfrentar essa situação, dentre elas a obrigatoriedade de as empresas maiores terem profissionais especializados (engenheiros, médicos e técnicos) na área de segurança e medicina do trabalho. Em meados de 1975, o Brasil chegou a ter quase 10% dos seus trabalhadores acidentados. Esse quadro se mantém há quase meio século e, o que tudo indica é que, o modelo de prevenção paternalista não conseguiu reduzir os acidentes de trabalho no Brasil. 
2. MAPA DE RISCOS
De acordo com a Portaria nº 25, o Mapa de Riscos deve ser elaborado pela CIPA, junto aos trabalhadores envolvidos no processo de produção, com a devida orientação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da organização. É indispensável à participação dos colaboradores expostos ao risco.
Em 17 de agosto de 1992, o Ministério do Trabalho e Emprego publicou a Portaria nº 05 onde a elaboração do Mapa de Riscos tornou-se obrigatória para empresas com grau de risco e quantidade de trabalhadores exijam a constituição de uma CIPA. 
Dentre os objetivos do Mapa de Riscos estão: 
a) reunir informações suficientes para o estabelecimento de um diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho do estabelecimento; 
b) possibilitar a troca e divulgação de informações entre os servidores, e também estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Etapas da elaboração do Mapa de Risco:
a) conhecer o processo de trabalho no local analisado: 
-os servidores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada de trabalho; 
- os instrumentos e materiais de trabalho; 
- as atividades exercidas; 
- o ambiente.
b) identificar os riscos existentes no local analisado; 
c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: 
- medidas de proteção coletiva; 
- medidas de organização do trabalho; 
- medidas de proteção individual; 
- medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer, etc. 
d) identificar os indicadores de saúde: 
- queixas mais frequentes e comuns entre os servidores expostos aos mesmos riscos; 
- acidentes de trabalho ocorridos; 
- doenças profissionais diagnosticadas; 
- causas mais frequentes de ausência ao trabalho. 
e) Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local; 
f) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout do órgão, indicando através de círculos: 
- o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada; 
- o número de trabalhadores expostos ao risco; 
- a especificação do agente (químico – sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico;
– repetitividade, ritmo excessivo); 
- a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos.
O mapa de riscos é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), sendo ela o Agente Mapeador, após ouvir os trabalhadores de todos os setores e com a orientação do Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT do órgão.
Após discussão e aprovação pela CIPA, o Mapa de Riscos, será afixado em cada local analisado, de forma visível e de fácil acesso para os servidores. Empresas que não tenham um Mapa de Riscos elaborado, estão sujeitas a multas de alto valor.
Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que podem ser encontrados nos locais de trabalho de acordo com a Portaria n0 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. Esta Portaria contém uma série de normas regulamentadoras que consolidam a legislação trabalhista, relativas à segurança e medicina do trabalho. Encontramos a classificação dos riscos na sua Norma Regulamentadora n0 5 (NR-5), são agrupados em cinco tipos: agentes físicos; agentes químicos; agentes biológicos; agentes ergonômicos; agentes de acidentes.
Riscos de acidentes - Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.
Riscos ergonômicos - Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.
Riscos físicos - Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc.
Riscos químicos - Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Riscos biológicos - Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre outros.
Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos ambientais que podem causar danos à saúde ocupacional dos servidores. 
É importante ter uma planta do local, mas se não houver condições de conseguir, isto não deverá ser um obstáculo: pode ser feito um desenho simplificado, um esquema ou croqui do local. O mapa de riscos é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), sendo ela o Agente Mapeador, após ouvir os trabalhadores de todos os setores e com a orientação do Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT do órgão.
Após o estudo dos tipos de risco, deve se dividir o órgão em setores; correspondentes às diferentes seçõesdo órgão. Essa divisão facilita a identificação dos riscos de acidentes de trabalho. Em seguida o grupo deverá percorrer as áreas a serem mapeadas, anotando e ouvindo as pessoas acerca de situações de riscos de acidentes de trabalho. Sobre esse assunto, é importante perguntar aos servidores o que incomoda, pois isso será importante para se fazer o mapa. Também é preciso marcar os locais dos riscos informados em cada área. Nesse momento, não se deve ter a preocupação de classificar os riscos. 
O importante é anotar o que existe e marcar o lugar certo. O grau e o tipo de risco serão identificados depois.
Com as informações anotadas, a CIPA deve fazer uma reunião para examinar os riscos identificados na visita ao órgão. Se determina o grau ("tamanho"): pequeno, médio ou grande. 
Depois disso é que se começa a colocar os círculos na planta ou croqui para representar os riscos. Os riscos são caracterizados graficamente por cores e círculos. O tamanho do círculo representa o grau do risco. E a cor do círculo representa o tipo de risco, conforme a Tabela mostrada. Os círculos podem ser desenhados ou colados. O importante é que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos. 
Cada círculo deve ser colocado naquela parte do mapa que corresponde ao lugar onde existe o problema. Caso existam, num mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só tipo por exemplo, riscos físicos: ruído, vibração e calor não é preciso colocar um círculo para cada um desses agentes. Basta um círculo apenas neste exemplo, com a cor verde, dos riscos físicos, desde que os riscos tenham o mesmo grau de nocividade. Uma outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto. Neste caso, divide se o círculo conforme a quantidade de riscos em 2, 3, 4 e até 5 partes iguais, cada parte com a sua respectiva cor, conforme a figura abaixo (este procedimento é chamado de critério de incidência): Diversos tipos de risco num mesmo ponto
AGENTE MAPEADOR
O mapeador deve conhecer os membros que compõem a CIPA, SESMT; deve também conhecer elementos básicos de segurança patrimonial, como o bombeiro (Brigada de Incêndios) e a vigilância. O agente mapeador deve ter noção de responsabilidade civil e criminal nos acidentes do trabalho, de acordo com a legislação.
São atribuições indispensáveis do mapeador: observação; percepção; criatividade; visão global; objetividade; capacidade de comunicação; educação / discrição; bom senso; capacidade de organização; receptividade à segurança; persistir/ mudar.
Cabe ao mapeador, ainda, solicitar apoio de outros profissionais que tenham o conhecimento sobre todas as atividades e organizações de trabalho desenvolvidas nos vários setores da empresa, como por exemplo: centro de processamento de dados; departamento jurídico; Setor de RH – Recursos Humanos (com suas extensões de assistência social, psicologia do trabalhador, setor de pessoal, seleção e recrutamento); encarregado de produção; projeto e desenvolvimento de produtos etc.
Muitas pessoas confundem a CIPA e o SEESMT uma vez que eles tem basicamente a mesma função, que é a de prevenir os acidentes de trabalho e o de proporcionar um ambiente de trabalho melhor para os funcionários, fazendo com que eles tenham um bem estar maior enquanto exercem suas funções laborais, além de garantir que eles estão em uma ambiente saudável e seguro de acidentes e doenças ocupacionais. Porém a CIPA é uma comissão que é formada por qualquer empregado de uma empresa, independente da sua formação. No geral as empresas escolhem membros de diversas áreas, pois assim a comissão fica diversificada a as chances de conseguir melhorias em todos os setores são mais altas.
Já a SESMT é composta por profissionais com formações específicas, como na área da saúde (médicos, psicólogos, fisioterapeutas), e na área operacional como os engenheiros e técnicos em segurança do trabalho, que vão oferecer serviços para a prevenção e o tratamento de acidentes de trabalho.
As empresas, no geral, precisam ter uma CIPA para que seja elaborado um mapa de riscos de trabalhos e apresentado propostas de soluções, já o SESMT auxilia a CIPA na elaboração desses mapas e na execução dos projetos, porém não é um obrigatório que toda empresa tenha um SESMT dentro de sua unidade, uma vez que ela pode oferecer planos de saúde que cobrem essa função fora da empresa.
ACIDENTES DO TRABALHO E SEUS ASPECTOS LEGAIS
O empregador pode, dentro de seu poder regulamentar, elaborar regulamento interno que institua normas sobre utilização de roupas e sobre a aparência em geral de todos os funcionários da empresa (uso de chinelos, bermudas, camisetas cavadas, etc.), ainda que não esteja obrigado pela legislação ao fornecimento de uniformes ou roupas especiais para o trabalho. O regulamento interno também pode prever normas quanto ao asseio dos empregados, com apresentar-se de unhas cortadas, cabelos presos para mulheres e curtos para homens, dependendo da atividade exigida pelo profissional. Desta forma, cabe a cada empregador, observar as atividades internas e a necessidade de boa apresentação diante dos seus clientes, estabelecer regras de conduta a serem seguidas por seus empregados.
As Leis 8.212 e 8.213 de 9/12/91 estabelecem a responsabilidade civil do empregador pelo acidente do trabalho e a co-responsabilidade dos diretores, sócios, gerentes e administradores por crimes contra a Previdência Social também autoriza a Previdência promover ação regressiva contra a empresa ou terceiros causadores do acidente do trabalho, garantindo a estabilidade de emprego ao acidentado por 12 meses após à cessação do auxílio-doença da Previdência Social.
REFERENCIAS
Hökerberg, Yara Hahr Marques et al. “O processo de construção de mapas de risco em um hospital público”. Disponível em https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/csc/v11n2/30437.pdf (acessado em 01/03/2024)
https://prolifeengenharia.com.br/2018/09/11/a-historia-da-cipa/ acessado em 01/03/2024
BRASIL. Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 NR - 5. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. In: SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. 29. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 489 p. (Manuais de legislação, 16). Acessado em 01/03/2024
https://www.conceitozen.com.br/relacao-entre-cipa-e-sesmt.html acessado em 01/03/2024
https://maislaudo.com.br/blog/mapa-de-risco-hospitalar/ acessado em 01/03/2024
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