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Higiene e Segurança no Trabalho

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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Michele Lisboa Silveira 
 
Doutora (2021) e Mestra (2017) em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de 
Minas Gerais (UFMG). Graduada em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de 
Ouro Preto (UFOP-MG)(2014). Possui experiência em docência em nível superior e atua como 
professora conteudista na elaboração de livros, gravação de videoaulas e bancos de 
questões de provas para diversas instituições. Também possui experiência na implantação 
do gerenciamento de projetos e planejamento e controle da produção. Possui diversas 
publicações em congressos, jornais e periódicos com foco em processos de fabricação, 
materiais e gerenciamento de projetos. 
HIGIENE E SEGURANÇA NO 
TRABALHO 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Naiana Leme Camoleze 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
É proibida a reprodução total ou parcial deste livro em qualquer meio sem autorização 
escrita do editor. 
 
 
T314i 
 
 
Teodoro, Jorge Benedito de Freitas, 1986 - . 
Introdução à filosofia / Jorge Benedito de Freitas Teodoro. – 1. ed. Ipatinga, MG: 
Editora Única, 2020. 
113 p. il. 
 
Inclui referências. 
 
ISBN: 978-65-990786-0-6 
 
1. Filosofia. 2. Racionalidade. I. Teodoro, Jorge Benedito de Freitas. II. Título. 
 
CDD: 100 
CDU: 101 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, traremos ícones ao lado dos textos. Eles são para 
chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma 
função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos 
científico (artigos, monografias, dissertações e teses), 
sites ou links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca 
e Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes que você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
É para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostrado ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado à reflexão sobre questões 
citadas em cada unidade, para associação com suas 
ações, seja no ambiente profissional ou em seu 
cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
CONCEITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO ........................... 8 
1.1 SAÚDE OCUPACIONAL .......................................................................................... 8 
1.2 SEGURANÇA NO TRABALHO ............................................................................... 10 
1.3 ACIDENTE DE TRABALHO...................................................................................... 13 
1.3.1 Doenças profissionais e Doenças do trabalho ......................................... 15 
1.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE ................................................................. 17 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 18 
PRINCIPAIS COMISSÕES E PROGRAMAS DE SAÚDE, SEGURANÇA E 
TRABALHO NO BRASIL ............................................................................. 23 
2.1 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA 
DO TRABALHO (SESMT) ........................................................................................ 23 
2.2 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA .......................... 25 
2.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA ......................... 28 
2.4 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO.... 29 
2.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE ................................................................. 31 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 33 
GERENCIAMENTO DE RISCOS ................................................................. 37 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS ............................................... 37 
3.2 ANÁLISE DE RISCOS.............................................................................................. 40 
3.2.1 Análise de Riscos Qualitativa ...................................................................... 41 
3.2.2 Análise de Riscos Quantitativa ................................................................... 42 
3.3 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS .................................................. 43 
3.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE ................................................................. 44 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 46 
ERGONOMIA ........................................................................................... 50 
4.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 50 
4.2 ANÁLISE ERGONÔMICA DO POSTO DE TRABALHO ........................................... 51 
4.3 DIAGNÓSTICO ERGONÔMICO ........................................................................... 53 
4.4 LAUDO ERGONÔMICO ........................................................................................ 56 
4.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE ................................................................. 57 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 59 
LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ....................... 63 
5.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 63 
5.2 LEIS, DECRETOS, NORMAS E PORTARIAS REGULAMENTADORAS ...................... 63 
5.3 VISÃO GERAL DAS NORMAS REGULAMENTADORAS ........................................ 64 
5.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE ................................................................. 68 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 69 
RELAÇÕES INTERPESSOAIS ...................................................................... 73 
6.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 73 
6.2 RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR NA PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE 
TRABALHO ............................................................................................................. 73 
6.3 RESPONSABILIDADE DO EMPREGADO PELA PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE 
TRABALHO ............................................................................................................. 75 
6.4 DOCUMENTOS LEGAIS OBRIGATÓRIOS A TODAS AS EMPRESAS E 
FISCALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO ..................... 76 
6.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE ................................................................. 78 
UNIDADE 
01 
UNIDADE02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 79 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................... 83 
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
 
Na unidade 1 são definidos os principais conceitos sobre Saúde e 
Segurança do Trabalho, tais como: Saúde Ocupacional, Seguran-
ça no Trabalho e os principais tipos de acidentes de trabalho, ou 
seja, as doenças ocupacionais e as doenças do trabalho. Dessa 
forma, são destacados os principais procedimentos, bem como a 
necessidade de profissionais qualificados para controlar os riscos e 
disponibilizar um ambiente que não prejudique a saúde dos traba-
lhadores. 
Na unidade 2 são apresentadas as principais comissões e 
programas de Saúde e Segurança no Trabalho. Setores importantes 
como SESMT e CIPA são formados por trabalhadores de diversas 
áreas, que devem atuar na concepção de um ambiente de 
trabalho seguro e saudável. Além disso, os membros do SESMT 
devem criar documentos importantes, como PPRA e PCMSO, que 
constam avaliações de riscos e propostas de exames de diferentes 
naturezas para os trabalhadores. 
 
Nesta unidade são definidos os principais riscos ocupacionais, tais 
como os riscos de acidentes, ergonômicos, físicos, químicos e 
biológicos. Os riscos devem ser identificados por técnicas 
qualitativas e quantitativas, ou seja, deverão ser minuciosamente 
observados e medidos a fim de que possam ser minimizados ou 
eliminados. Também deverá existir um Programa de 
Gerenciamento de Riscos a fim de acompanhar o controle dos 
riscos em um ambiente de trabalho. 
Na unidade 4 são apresentados os conceitos e as aplicações sobre 
a Ergonomias física, cognitiva e organizacional. São descritas as 
fases da Análise Ergonômica do Trabalho (AET), do Diagnóstico e 
do Laudo Ergonômico. Além disso, destaca-se o papel da 
Ergonomia como uma ciência aplicada, capaz de contribuir para 
o planejamento eficiente das tarefas, postos de trabalho, produtos 
e ambientes, além de permitir a usabilidade, ou seja, a interação 
adequada entre o homem e os produtos e tarefas do seu cotidiano. 
 
Na unidade 5 são descritas as hierarquias e grau de detalhamento 
existente entre leis, decretos, normas e portarias regulamentadoras 
que normatizam os princípios de Saúde e Segurança do Trabalho no 
Brasil. A unidade também dispõe uma visão geral sobre as 37 normas 
regulamentadoras, definindo os responsáveis e as etapas para 
elaboração das mesmas. 
A unidade 6 apresenta as relações interpessoais entre os principais 
agentes mantenedores da Saúde e Segurança no Trabalho: os 
empregados, empregadores e os órgãos fiscalizadores, como o 
Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). É dever de todos 
contribuírem para a manutenção de ambientes de trabalhos sadios, 
cumprindo a legislação e assumindo comportamentos que possam 
minimizar os riscos de doenças e acidentes ocupacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
CONCEITOS DE SAÚDE E 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
 
 
 
O conhecimento e aplicação das técnicas de Saúde e Segurança no Trabalho 
são importantes para toda a sociedade. Quando um trabalhador sofre um acidente 
ou manifesta uma doença ocupacional, consequências graves podem ser 
apresentadas, tais como sequelas físicas irreparáveis ou a própria morte. Para as 
empresas, caso não cumpram as normas regulamentadoras de saúde e segurança, 
podem responder por processos judiciais, multas, além de prejuízos incalculáveis para 
a organização. Além disso, o próprio governo deve arcar com os custos de auxílio-
doença em caso de afastamento do serviço por motivo de saúde sendo, portanto, 
indesejável sobrecarregar os órgãos de auxílio como, por exemplo, o INSS (Instituto 
Nacional do Seguro Social). 
 
 
 
 
 
1.1 SAÚDE OCUPACIONAL 
A Saúde Ocupacional consiste na elaboração de diversos procedimentos a 
fim de manter um ambiente laboral saudável, de modo que os princípios éticos, 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
morais e técnicos sejam respeitados (NUNES, 2014). Dessa forma, a Saúde Ocu-
pacional busca oferecer ao trabalhador bem-estares físico, mental e social, permi-
tindo que se adapte ao trabalho da melhor forma possível. São tomadas medidas 
com ênfase na saúde, humanização do trabalho, ergonomia, higiene ocupacional, 
entre outros fatores que possam assegurar o conforto e a segurança dos 
empregados. 
Quando a Saúde Ocupacional busca a humanização do trabalho, significa 
que a empresa valoriza seus colaboradores como parceiros, ou seja, reconhece que 
as pessoas fazem parte do seu patrimônio. Assim, humanizar o trabalho significa 
estabelecer uma boa comunicação, respeitar a vida humana e promover 
relacionamentos com ética e responsabilidade social. 
A Saúde Ocupacional também busca cumprir os princípios de Ergonomia, ou 
seja, oferecer interfaces de trabalho seguras, com adequação ao uso e eficiência 
na interação entre o homem com os objetos do seu trabalho. Os conceitos 
detalhados sobre Ergonomia são tratados na Unidade 4 deste livro. 
Outra função importante que deve ser garantida pela Saúde Ocupacional é 
a Higiene Ocupacional. De acordo com a American Conference Of Governmental 
Industrial Hygienists (2010), a Higiene Ocupacional tem o objetivo de reconhecer e 
avaliar o controle dos fatores ambientais ou tensões decorrentes do ambiente de 
trabalho. Assim, quaisquer fatores que possam provocar doenças, prejuízos à saúde, 
desconforto ou ineficiência nos trabalhadores, deverão ser identificados e 
eliminados. 
De acordo com Rossete (2015) é responsabilidade da Saúde Ocupacional 
cuidar da prevenção de doenças relacionadas à ocupação do trabalhador. 
Quando se avalia a saúde de um trabalhador, deve-se levar em consideração tanto 
as condições físicas, quanto o bem-estar psicológico do indivíduo em seu ambiente 
de trabalho. 
O setor de Saúde Ocupacional deve se preocupar em evitar acidentes, ou 
seja, promover benefícios tanto para empregado, quanto para o empregador. Para 
que as empresas evitem acidentes e doenças decorrentes da atividade do trabalho, 
não basta dizer aos funcionários “Foco na segurança” ou “Cuidado com o perigo”, 
entre outros comandos de ação comuns nas organizações. Muito além de difundir 
a cultura da segurança do trabalho, as empresas devem oferecer um ambiente 
seguro e saudável, mantendo a integridade física e mental de seus trabalhadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Sabe-se que uma doença, um acidente ou o estresse emocional causam 
impactos indesejáveis na saúde de um trabalhador e, consequentemente, são in-
desejáveis pelas empresas contratantes. Assim, é dever das empresas prestar 
atenção no estado de saúde de seus funcionários, estabelecendo as condições 
ideais de trabalho. Dessa forma, quando uma empresa dispõe da área da Saúde 
Ocupacional é possível prestar assistência médica preventiva e garantir o 
acompanhamento médico de seus funcionários em casos de problemas 
decorrentes da atividade laboral. 
Normalmente, as empresas desenvolvem programas de Medicina 
Ocupacional a fim de oferecer exames, relatórios anuais e arquivos médicos 
elaborados por profissionais da medicina do trabalho, que auxiliam na melhoria da 
produtividade e da qualidade de vida do trabalhador (ROSSETE, 2015). 
 
 
 
1.2 SEGURANÇA NO TRABALHO 
De acordo com Nunes (2014), a Segurança no Trabalho consiste em diferentes 
ações que devem ser implantadas em uma empresa a fim de neutralizar ou eliminar 
os riscos de um ambiente laboral. Assim, a Segurança no Trabalho busca a 
preservação da integridade física e da saúde dos colaboradores, sendo uma 
responsabilidade do setor de Saúde Ocupacional. 
As empresas devemplanejar a disponibilização adequada de recursos, 
máquinas e equipamentos, no sentido de oferecer um ambiente seguro de trabalho. 
Assim, é dever das organizações se anteciparem quanto ao conhecimento dos 
possíveis riscos profissionais. Não se deve esperar a ocorrência de um acidente para 
que a empresa analise algum problema potencial no local de trabalho. O mais 
importante é prever os possíveis riscos antes que aconteçam, a fim de que possam 
ser tratados e eliminados, ou seja, todos os fatores que poderão estar associados a 
acidentes ou doenças de trabalho deverão ser, cuidadosamente, planejados para 
evitar danos à saúde dos trabalhadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
De acordo com Cardella (2016), segurança é o estado de baixa probabi-
lidade de ocorrência de eventos que causam danos e perdas. Assim, quando se 
aborda a Segurança no Trabalho, significa que as condições inseguras devem ser 
evitadas para prevenir acidentes. Neste sentido, destacam-se duas expressões 
comuns em Segurança no Trabalho, são elas as condições inseguras e os atos inse-
guros. 
De acordo com Barsano e Barbosa (2014), uma condição insegura pressupõe 
uma situação decorrente do ambiente de trabalho, ou seja, uma propensão 
existente sem a intervenção do trabalhador, que possa vir a tornar inseguro o 
exercício das atividades laborais em determinado local. Como por exemplo, um 
equipamento perigoso não sinalizado, desorganização de espaços de trabalho, 
ambientes com pouco espaço de trabalho. Já o ato inseguro está relacionado com 
a ação humana, ou seja, quando o trabalhador gera o perigo, podendo 
desencadear um acidente do trabalho. Por exemplo, quando o trabalhador não faz 
o uso adequado do Equipamento de Proteção individual (EPI), acessa um local 
isolado, ou corre em um ambiente escorregadio. 
Portanto, a diferença entre ato inseguro ou condição insegura está na 
participação de um comportamento humano no desencadeamento de uma 
circunstância perigosa de trabalho: havendo participação do homem, trata-se de 
um ato inseguro; inexistindo esta, tem-se uma condição insegura. 
A Segurança do Trabalho pode ser aplicada a partir das seguintes ações: 
 
 Observação: Para que uma condição insegura seja identificada, o ato de 
realizar o trabalho deve ser, cuidadosamente, observado. Por exemplo, 
imagine a atividade de um pedreiro. Para que sejam analisados os principais 
riscos de acidentes é preciso observar o pedreiro trabalhando e, assim, será 
possível propor maneiras de reduzir ou eliminar as condições inseguras. 
 Ação Preventiva: A partir da observação da execução de uma tarefa, é 
preciso definir as mudanças necessárias na rotina de trabalho. Dessa forma, 
deverão ser estabelecidos os procedimentos e as normas de segurança, ou 
seja, o que se deve fazer durante a tarefa para que ela seja realizada com 
menores probabilidades de impactar à saúde dos trabalhadores. 
 Comunicação: Para que as normas de segurança sejam cumpridas é ne-
cessário que todos os colaboradores da empresa as conheçam. O trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
dos gerentes ou responsáveis pela segurança é informar com clareza as 
regras de segurança, a fim de conscientizar os funcionários. Quando os 
empregados são orientados a cumprir regras, provavelmente, poderão 
cumprir melhor suas funções. 
 
Assim, a segurança do trabalho combina conhecimentos técnicos e científicos 
a fim de proteger o trabalhador durante a realização de suas atividades no trabalho. 
Entretanto, para que seja implantada é preciso que tanto a organização, quanto os 
colaboradores tenham comprometimento para gerar resultados satisfatórios. 
A seguir são descritas algumas técnicas de Engenharia e Segurança do 
trabalho a fim de garantir a integridade física dos funcionários: 
 
 Uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), como protetores 
auriculares, capacetes, luvas, máscaras, sapatos de segurança. 
 Uso de EPC (Equipamento de proteção Coletiva), como sinalização, sirene, 
barreiras, chuveiro e lava olhos de emergência, entre outros. 
 Proteção nas operações insalubres, ou seja, redução ou eliminação da 
exposição a agentes nocivos à saúde. 
 Proteção nas atividades perigosas, ou seja, designação de profissionais 
devidamente capacitados para cumprir atividades de alto risco. 
 Prevenção de acidentes na construção a partir do oferecimento de todas as 
proteções necessárias para cumprimento das atividades com segurança. 
 
De acordo com Ayres e Corrêa (2017), a primeira providência para garantir a 
Segurança no Trabalho é dever da empresa contratante. Assim, a organização deve 
assegurar a proteção da integridade física e saúde do trabalhador, atentando aos 
riscos de acidentes de trabalho, doenças profissionais ou doenças de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
1.3 ACIDENTE DE TRABALHO 
Um acidente é um evento não planejado, que provoca danos para as pes-
soas, empresas e ativos como os patrimônios físicos (máquinas, instalações e 
equipamentos). Apesar dos acidentes serem tratados como imprevistos, na maioria 
das vezes poderiam ter sido evitados. Assim, considera-se acidente do trabalho uma 
adversidade decorrente do trabalho que se enquadre na definição legal. Segundo 
Ayres e Corrêa (2017), se o acidente ocorrer durante a atividade laboral e em 
decorrência dela, mas não se enquadrar nas disposições legais, não será 
considerado acidente do trabalho. 
 
 
 
Os acidentes de trabalho podem ser classificados como acidentes típicos, ou 
seja, aqueles que acontecem durante as atividades do trabalho ou como acidentes 
de trajeto, sofridos pelos trabalhadores no caminho entre sua casa e o trabalho, ou 
vice-versa. Além disso, as doenças ocupacionais também são consideradas 
acidentes de trabalho, já que são provocadas devidas à exposição contínua a um 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
agente agressor (por exemplo exposição a produtos tóxicos, posturas inadequadas 
ou tarefas repetitivas). 
Destaca-se a importância de identificar as diferentes classificações dos 
eventos inesperados nas empresas. São acidentes, incidentes ou quase acidentes. 
Conforme definido, o acidente é uma ocorrência fora da normalidade, que 
contém um evento adverso que provoca danos e perdas de diferentes intensidades. 
Por exemplo, um operador machucou o dedo com um martelo. 
Quando uma empresa identifica uma ocorrência anormal que contém um 
evento perigoso ou indesejado, mas que não necessariamente evoluiu para um dano 
à saúde das pessoas, neste caso, trata-se de um incidente. Por exemplo, um animal 
selvagem escapa da jaula, mas os funcionários do zoológico conseguem recapturá-
lo, rapidamente, antes que qualquer visitante pudesse ser atacado (CARDELLA, 
2016). 
Semelhante à definição de incidente também existe a classificação de quase 
acidente, ou seja, um evento real ou virtual que “por pouco” não se transformou em 
um acidente. Na forma real, coincide com o incidente. Exemplo: incidente no qual 
alguém penetra na área isolada para testes de gamagrafia ensaio não destrutivo 
que permite avaliar diversos tipos de defeitos tanto em estruturas como em soldas. 
Na forma virtual não ocorre nenhum fato, nem mesmo um incidente. Entretanto, 
alguém percebe que esteve perto de realizar algum ato que, se consumado 
provocaria um acidente. Um outro exemplo: o operador está prestes a ligar um motor, 
mas percebe a tempo que há alguém trabalhando na bomba acoplada (CARDELLA, 
2016). 
Após as definições de acidentes, incidentes e quase acidentes, destaca-se 
que devem ser criadas metodologias de investigação e análise destes fenômenos. 
Por exemplo, quando se identifica um incidente ou um quase acidente, a 
organização deve registrar uma lição aprendida, ou seja, agir sobre uma possível 
deficiência em seu sistema produtivo, ou mesmo alertar o trabalhador no sentido de 
evitar que o incidente se transformeem acidente. Por outro lado, caso o acidente 
ocorra, a empresa também deve registrar e estudar os detalhes que levaram ao 
acidente, uma vez que em hipótese nenhuma o evento poderá ocorrer novamente. 
Uma análise importante sobre os incidentes ou os quase acidentes é a de que 
nem sempre eles são registrados. Muitas vezes, por receio ou falta de com-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
prometimento, os funcionários não admitem a ocorrência dos incidentes, o que difi-
culta a implementação de planos de ação para a prevenção contra os acidentes. 
 
1.3.1 Doenças profissionais e Doenças do trabalho 
As doenças profissionais, os acidentes e as doenças do trabalho constituem as 
principais causas de afastamento temporário do trabalho (CORRÊA; BOLLETI, 2015). 
Muitas vezes estes termos são utilizados como sinônimos, mas tratam-se de conceitos 
diferentes. A primeira definição importante é a de que tanto as doenças profissionais, 
quanto as doenças do trabalho são consideradas acidentes de trabalho. 
Um exemplo de doença profissional é o acidente que ocorre no percurso da 
residência para o trabalho ou vice-versa denominado “acidente in itinere”. Assim, 
considera-se que as doenças profissionais são desencadeadas pelo exercício da 
função do trabalhador. 
 
 
 
O Quadro 1 apresenta alguns exemplos de doenças profissionais, os sintomas 
e as principais causas decorrentes das funções de trabalho. 
 
Quadro 1: Exemplos de doenças profissionais 
Doença Características 
Síndrome do pânico 
Quando o trabalhador se sente incapaz de realizar tarefas do 
trabalho, gerando incômodo e sentimento de incapacidade para 
enfrentar os problemas. Podem ser causadas devido ao ambiente 
de trabalho que gera stress e sobrecarga de tarefas. 
Síndrome de Burnout 
Quando o trabalhador encontra-se sob tensão emocional e estresse 
decorrente de trabalhos físicos, emocionais e psicológicos 
desgastantes. A síndrome se manifesta, especialmente, em pessoas 
cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. 
Saturnismo 
Doença causada pela exposição ao chumbo. O chumbo inalado é 
liberado no sangue e distribuído sobre o organismo. Esta doença 
prova diversos sintomas como dor, fadiga, náusea, dor de músculo, 
perda de memória, entre outros. 
Acesso em: 04 jan. 2021
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2021) 
 
Ao contrário da doença profissional, a doença do trabalho é inerente das 
condições do ambiente de trabalho. Enquanto as doenças profissionais são 
decorrentes de um de risco específico direto (relacionada à atividade), as doenças 
do trabalho são causadas por riscos indiretos. Assim, por exemplo, um problema de 
audição pode acontecer com qualquer pessoa. Entretanto, se um funcionário é 
exposto a altos níveis de ruídos, constantemente, este risco é um risco indireto, ou seja, 
pode ser caracterizado como um acidente de trabalho. 
Os exemplos mais conhecidos de doenças do trabalho são a LER (lesão por 
esforço repetitivo), e o DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho). 
Além destas podem ser consideradas doenças do trabalho a surdez ou perda 
auditiva, cegueira ou perda de visão, doenças causadas por vírus ou bactérias 
decorrentes da exposição a locais insalubres, entre outras. 
As LER/DORT são caracterizadas pelo surgimento de muitos sintomas, 
concomitantes ou não, como dor, fadiga, sensação de peso e de desconforto nos 
membros superiores, pescoço e/ou membros inferiores. Em muitos casos são fatores 
que resultam em incapacidade laboral temporária ou permanente (BRASIL, 2000). 
Este tipo de doença do trabalho resulta do esforço excessivo de alguma parte do 
corpo, por exemplo, mãos, punhos e braços. 
De acordo com Corrêa e Bolleti (2015), no meio rural, por exemplo, os 
cortadores de cana são os trabalhadores mais atingidos pelo LER/DORT. No perímetro 
urbano, bancários, digitadores, operadores de linha de montagem e profissionais do 
corte e costura estão entre os profissionais mais acometidos pelas doenças do 
trabalho, conforme representado pela Figura 1. 
 
Figura 1: Atividades repetitivas que podem causar LER/DORT 
 
Fonte: Corrêa e Bolleti (2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
1.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE 
A aplicação das técnicas de saúde e segurança no trabalho é de 
fundamental importância tanto para as empresas, quanto para os trabalhadores. A 
Saúde Ocupacional é o conjunto de conhecimentos tais como a higiene do trabalho, 
ergonomia, humanização do trabalho, entre outros. Assim, esse setor deverá oferecer 
as condições ideais de trabalho, buscando as melhores condições de saúde para 
todos os trabalhadores. 
A Segurança do Trabalho contribui para a disponibilização de um ambiente 
de trabalho seguro, promovendo ações de observação, prevenção e comunicação 
de todos os riscos identificados. 
De acordo com o exposto, fica evidente a importância de profissionais 
qualificados em Saúde e Segurança do Trabalho, tais como médicos e enfermeiros 
do trabalho, técnicos e engenheiros de Segurança do Trabalho, entre outros. Assim, 
os profissionais de saúde e segurança devem avaliar e propor melhorias em um 
ambiente de trabalho, além de atuarem no sentido de levar o conhecimento a todos 
os trabalhadores. 
Nesta unidade, também foi abordado sobre os diferentes tipos de acidentes 
de trabalho, sendo classificados em doenças profissionais e doenças do trabalho. 
Logo, a avaliação da origem dos acidentes de trabalho é de extrema importância, 
uma vez que as empresas poderão identificar os problemas existentes em um 
ambiente laboral e, principalmente, evitarem que aconteçam novamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. A respeito dos principais conceitos de Saúde e Segurança no Trabalho, classifique 
em (V) verdadeiro ou (F) falso e assinale a alternativa correta. 
 
( ) As empresas devem esperar a ocorrência de um evento danoso para 
investigar os riscos em um ambiente de trabalho. 
( ) Se um acidente é prevenido, apenas os trabalhadores são beneficiados. 
( ) Um ambiente seguro apresenta baixa probabilidade de ocorrência de 
eventos que causem danos e perdas. 
( ) A Segurança do Trabalho pode ser aplicada a partir de observações, ações 
preventivas e comunicação. 
 
a) F; F; F; V. 
b) V; F; V; V. 
c) V; V; V; V. 
d) F; F; V; V. 
e) F; V; F; V. 
 
2. Para que os acidentes possam ser prevenidos é preciso eliminar atos inseguros e 
condições inseguras de trabalho. Assinale a alternativa que representa uma con-
dição insegura de trabalho. 
 
a) Colocar o corpo ou parte do corpo em lugar perigoso. 
b) Má arrumação e escassez de espaço. 
c) Ficar junto às cargas suspensas. 
d) Não utilizar capacete em local de movimentação de cargas. 
e) Não colocar a mão no corrimão em local escorregadio. 
 
3. Diferentes conceitos são definidos para eventos inesperados nas empresas, que 
podem acarretar desde pequenos danos na produção até impactos graves à 
saúde de pessoas ou danos à integridade de máquinas e equipamentos. Sobre 
os principais eventos indesejáveis, denominam-se os acidentes, incidentes ou 
quase acidentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Assinale como (V) verdadeiro ou (F) falso e selecione a alternativa correta. 
 
( ) Um operador equipado com luvas e protetor facial faz amostragem de produto 
quente. O produto respinga e é projetado sobre o protetor facial. O operador 
não sofre danos, mas o equipamento de proteção fica sem condições de uso. 
Neste caso, trata-se de um acidente de trabalho. 
( ) Um animal feroz escapa da jaula. Os funcionários do zoológico conseguem 
recapturá-lo e as perdas ficam restritas à queda no movimento da bilheteria. 
Neste caso, trata-se de um incidente. 
( ) A válvula de controle de injeção de gás inerte num reator fecha indevidamente. 
O sistema de corte de combustível atua prontamente, evitando a explosão, mas 
acarretaperdas de produção. Neste caso, trata-se de um incidente. 
( ) O operador está prestes a ligar um motor, mas percebe a tempo que há alguém 
trabalhando na bomba acoplada. Neste caso, tem-se um quase acidente. 
 
a) V, V, V, F. 
b) V, V, V, V. 
c) F, V, F, F. 
d) V, V, V, F. 
e) F, V, V, V. 
 
4. As doenças profissionais e as doenças do trabalho são consideradas acidentes 
de trabalho e constituem as principais causas de afastamento temporário ou 
definitivo do trabalho. Enumere a segunda coluna a partir das definições 
enumeradas na primeira coluna. Posteriormente, marque a sequência correta. 
 
1. Doenças profissionais. 
2. Doenças do trabalho. 
 
( ) Lesão por esforço repetitivo (LER) desenvolvida em profissionais do corte e 
costura devido ao movimento repetitivo nas máquinas. 
( ) Silicose desenvolvida por mineradores devido à exposição contínua à Silica. 
( ) Síndrome de Burnout desenvolvida devido a um estado de tensão emocional 
e estresse crônico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
( ) Perda auditiva devido à exposição prolongada a ruídos. 
 
a) 1; 1; 1; 2. 
b) 2; 2; 1; 1. 
c) 2; 1; 1; 2. 
d) 1; 2; 2; 2. 
e) 1; 2; 2; 1. 
 
5. Um operário sofreu um acidente de trabalho. Uma equipe analisou o acidente e 
identificou que o operário realizou a atividade de forma diferente da operação 
padrão recomendada pela empresa. Neste caso o operário cometeu: 
 
a) um ato inseguro. 
b) uma condição insegura. 
c) uma inovação. 
d) uma infração à lei 8.123. 
e) uma ação esperada. 
 
6. A Saúde Ocupacional compreende um conjunto de conhecimentos a fim de es-
tabelecer um ambiente de trabalho saudável. Faz parte da Saúde Ocupacional a 
ciência responsável por reconhecer, avaliar e controlar os fatores ambientas ou 
tensões decorrentes no ambiente de trabalho, sendo esta ciência denominada 
________________. Uma outra área estudada pela Saúde Ocupacional é definida 
como ______________, que busca oferecer interfaces de trabalho seguras, com 
adequação ao uso e eficiência na interação entre o homem com os objetos do 
seu trabalho. 
Complete a lacuna com a opção correta. 
 
a) Ergonomia; Higiene ocupacional 
b) Higiene ocupacional; Ergonomia 
c) Ergonomia, Humanização do trabalho 
d) Engenharia do Trabalho; Ergonomia 
e) Higiene Ocupacional, Ergonomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
7. Os profissionais da Engenharia e Segurança do Trabalho atuam nas empresas a 
fim de estabelecer um ambiente de trabalho seguro, garantindo a integridade 
física dos funcionários. É dever do Engenheiro de Segurança do trabalho: 
 
a) Indicar exames admissionais. 
b) Contratar técnicos de segurança do trabalho. 
c) Identificar as doenças profissionais. 
d) Inspecionar a utilização de EPI e EPC. 
e) Descrever detalhadamente os acidentes de trabalho. 
 
8. (Adaptado de Fundação FAT) Observe as tiras a seguir do cartunista Gilmar. 
 
 
Disponível em: https://gilmar.blogosfera.uol.com.br/. Acesso em: 23 dez. 2020 
 
A respeito das tiras, ambas demonstram: 
 
a) que as empresas se empenham em proteger a saúde dos colaboradores. 
b) que os funcionários das empresas não colaboram com a saúde e a segurança no 
trabalho. 
c) a falta de legislações trabalhistas durante grandes eventos. 
d) que as empresas não oferecem EPI’s. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
e) a negligência das empresas quanto à saúde e à segurança dos trabalhadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
PRINCIPAIS COMISSÕES E 
PROGRAMAS DE SAÚDE, SEGURANÇA 
E TRABALHO NO BRASIL 
 
 
 
Para que as empresas alcancem resultados eficientes em Saúde e Segurança 
no Trabalho, devem ser promovidas ações sistemáticas de longo prazo. Assim, as 
organizações devem implantar projetos e designar profissionais responsáveis para 
atuar e prevenir contra os acidentes. Também é importante que os órgãos 
responsáveis pela Saúde e Segurança tenham autonomia para atuarem, bem como 
deverão ser destinados os recursos necessários para que ações preventivas sejam 
implementadas. Nesta unidade são designados os principais setores e documentos 
responsáveis para formalizar ações de Saúde e Segurança nas organizações. 
 
2.1 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) 
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT) foi implantado na década de 70, quando o Brasil apresentava um 
cenário em que os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais eram constantes. 
Diante de tal cenário desfavorável, o governo se viu diante da necessidade de 
tomar uma providência que pudesse reverter, em curto prazo, o quadro crítico em 
que as empresas se encontravam (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
O SESMT é definido de acordo com o Art. 162 da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT). Além disso, a Norma Regulamentadora NR-04 também aborda as 
principais definições e funções do SESMT (BRASIL, 1978b). 
 
 
 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
Quando foi implantado, foram identificados diversos problemas da atuação 
do SESMT, uma vez que foi criado sem se basear em quaisquer referências. Uma das 
maiores dificuldades encontradas no Brasil foi a necessidade de formação 
emergencial de diferentes profissionais para atuação no serviço. Além disso, havia 
uma dificuldade na definição do campo de atuação dos profissionais, além da resis-
tência manifestada tanto pelos empregados, quanto pelos empregadores, que não 
compreendiam a importância dos profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho. 
A criação do SESMT foi importante em toda a sociedade, pois na época de 
sua implantação era comum que as empresas não se preocupassem com condi-
ções seguras e saudáveis de trabalho. Assim, a especialização de diversas profissões 
na área de Saúde e Segurança do Trabalho permitiu a evolução da cultura da 
segurança, até que o trabalhador se tornasse um parceiro na adoção de medidas 
de prevenção. De acordo com Chirmici e Oliveira (2016), após muito trabalho, 
experiência, atualização e criação de leis, normas e procedimentos, o Brasil tornou-
se referência para muitos países na área de Saúde e Segurança no trabalho, com 
modelos exemplares de legislação, literaturas específicas e casos de sucesso 
apresentados, internacionalmente. 
O SESMT deve ser criado pelas empresas seguindo as recomendações da NR-
04, sendo que as recomendações dependem do grau de risco da atividade 
principal e da quantidade total de empregados. Dessa forma, a empresa deve 
disponibilizar pelo menos o número mínimo de profissionais recomendados pela 
norma. O SESMT é formado pelos seguintes profissionais: Auxiliar de Enfermagem do 
Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Médico do Trabalho, Técnico de Segurança do 
Trabalho e Engenheiro de Segurança do Trabalho. 
O Quadro 2 apresenta as funções de cada profissional integrante do SESMT. 
 
 
Quadro 2: Principais responsabilidades dos profissionais do SESMT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Profissional Principais funções 
Técnico de 
Segurança do Trabalho 
É responsável pelas áreas operacionais, fiscalização e controle 
da aplicação das normas de segurança. 
Engenheiro 
de Segurança 
do Trabalho 
Elabora planos de prevenção contra acidentes e riscos 
ambientais, emite laudos técnicos e faz inspeções nos locais de 
trabalho, além de treinar equipes de segurança. 
Auxiliar de 
Enfermagem 
do Trabalho 
Presta auxílio na realização de exames admissionais e 
demissionais, faz curativos, afere pressão arterial e temperatura 
de funcionários. 
Enfermeiro do 
Trabalho 
É o líder da equipe de enfermagem, responsável por prestar 
assistência aos funcionários, aplicar treinamentos e capacitar 
equipes. 
Médico do 
Trabalho 
Consulta os funcionários, implementa ações de prevenção 
contra doenças e indica exames de acordo com o cargo dos 
trabalhadores. 
Fonte: Elaborado pela Autora (2021) 
 
De acordo com o Quadro 2, destaca-se que todos osprofissionais integrantes 
do SESMT são responsáveis pela orientação dos funcionários de uma empresa a 
respeito dos riscos associados ao local de trabalho. Além disso, os profissionais devem 
realizar ações no sentido de reduzir ou eliminar as condições inseguras do trabalho, 
prevenindo acidentes ou doenças ocupacionais. 
 
 
 
2.2 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é o setor responsável 
pela prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. De acordo a 
norma regulamentadora NR-05, a CIPA é obrigatória nas empresas, sendo composta 
por presidente, vice-presidente, titulares, suplentes e ou/secretário. A seguir são 
definidos os membros da CIPA, a forma em que são eleitos nas organizações, bem 
como suas principais funções. 
 
 Presidente: Designado pelos representantes dos empregadores. É responsável 
por direcionar tarefas para o vice-presidente, convidar e gerenciar reuniões da 
CIPA e informar ao empregador os principais trabalhos desenvolvidos pela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
comissão. Além disso, o presidente é responsável pela coordenação e 
supervisão da CIPA. 
 Vice-presidente: Designado pelos representantes dos empregados. É 
responsável por cumprir as atribuições que lhe forem delegadas e substituir o 
presidente no caso de eventualidades. 
 Titulares: Designados pelos representantes dos empregadores e dos 
empregados. São responsáveis pela identificação de situações de riscos na 
empresa e devem apresentar sugestões de melhoria das condições de 
trabalho. 
 Suplentes: Designados pelos representantes dos empregadores e empregados. 
Atuam quando os titulares, por algum motivo específico, não puderem 
participar das reuniões ou atuações da CIPA. 
 Secretários: São indicados de comum acordo entre os membros da CIPA. São 
responsáveis pelo acompanhamento das reuniões da comissão e devem 
redigir as atas, além de coletar as assinaturas dos membros presentes nas 
reuniões. 
 
Os titulares e suplentes da CIPA são divididos em duas equipes com o mesmo 
número de integrantes: A primeira equipe é composta pelos representantes do 
empregador, enquanto a segunda equipe é formada pelos representantes dos 
empregados, conforme esquematizado na Figura 2. 
 
Figura 2: Divisão dos membros da CIPA 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2021) 
 
De acordo com Camisassa (2021) os membros da CIPA não precisam de 
qualquer especialização em Saúde e Segurança do Trabalho. Somente é necessário 
que os membros da comissão sejam treinados com conteúdos programáticos espe-
cíficos, tais como metodologias de investigação e análise de acidentes de trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
e noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciárias. Dessa forma, os mem-
bros da CIPA são capazes de atuar de forma preventiva, contribuindo para a criação 
de um ambiente seguro. 
A Figura 3 exemplifica uma atuação da CIPA, que pode recomendar a 
inserção de placas sinalizadoras a fim de alertar os trabalhadores a tomarem 
cuidado em uma situação de risco, como por exemplo, piso escorregadio após a 
limpeza. 
 
Figura 3: A CIPA deve identificar e criar barreiras contra os riscos 
 
 
Fonte: Chirmici e Oliveira (2016) 
 
 
 
Outra característica importante da CIPA é que os membros têm direito à 
estabilidade no emprego desde o momento em que se candidatam até um ano 
após a saída da comissão. Essa premissa se torna um atrativo para os funcionários, 
pois garante o reconhecimento do trabalho, aprendizado e dedicação no campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
da Saúde e Segurança no Trabalho. Entretanto, Camisassa (2021) destaca que 
somente os representantes eleitos pelos empregados terão direito à estabilidade no 
cargo, ou seja, a garantia de emprego não é aplicada para os membros da CIPA 
indicados pelos empregadores. 
Uma das atribuições da CIPA citada na NR-05 é o desenvolvimento de um 
Mapa de Riscos. Este mapa é elaborado a partir da observação direta de um local 
de trabalho, no qual deverá ser feita a avaliação dos riscos. No Mapa de Riscos, os 
riscos de acidentes, riscos ergonômicos, agentes físicos, químicos e biológicos devem 
ser apresentados graficamente e diferenciados por cores (os riscos são detalhados 
na unidade 3). Sendo assim, é obrigação da CIPA identificar riscos inerentes ao 
processo de trabalho e criar meios para evitá-los ou neutralizá-los (BRASIL, 1978c). 
 
 
 
2.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA 
De acordo com a Norma Regulamentadora NR-09, o Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais (PPRA), é um documento obrigatório para todas as empresas 
que mantêm colaboradores registrados e regidos pela CLT, ou não. Ainda segundo 
a NR-09, o PPRA é desenvolvido com o objetivo de prevenção à saúde e à 
integridade física dos trabalhadores (BRASIL, 1978d). 
De acordo com Chirmici e Oliveira (2016), o PPRA classifica como riscos 
ambientais os seguintes agentes: 
 
 Agentes físicos: temperaturas elevadas, ruídos, pressões altas ou baixas, 
vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes. 
 Agentes químicos: substâncias que podem penetrar no organismo através da 
pele, ingestão ou vias respiratórias. Por exemplo, poeiras, neblinas, névoas, 
gases e vapores. 
 Agentes biológicos: fungos, parasitas, vírus, protozoários, entre outros. 
Dessa forma, todos os riscos ambientais devem ser identificados no PPRA, a fim 
de que possam ser analisados e tratados no sentido de minimizar quaisquer impactos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
à saúde dos trabalhadores. 
O PPRA é um documento que deve ser revisado, anualmente, ou sempre que 
se fizer necessário. Além disso, a NR-09 define que este plano seja elaborado, 
implementado, acompanhado e avaliado pela equipe dos SESMT, ou por profissio-
nais aptos a cumprirem as normas regulamentadoras (BRASIL, 1978d). 
O documento deve ser muito bem elaborado e conter todas as informações 
dos riscos existentes em cada atividade, pois, com base no PPRA, o médico do 
trabalho desenvolverá o PCMSO (descrito na seção 2.4). Dessa forma, a falta de 
informação ou informações errôneas no PPRA podem provocar consequências sérias 
tanto para os profissionais envolvidos, quanto para a empresa. 
 
 
 
 
 
2.4 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO 
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é 
recomendado pela NR-07. Este documento deverá ser elaborado e atualizado pelo 
médico do trabalho, profissional capacitado do SESMT (BRASIL, 2020). 
Por meio do PCMSO são realizados os controles de saúde dos empregados e 
os riscos ocupacionais são monitorados. Dessa forma, o médico do trabalho atua na 
prevenção contra eventuais doenças laborais. Além disso, este documento 
monitora outras doenças que não estão associadas ao trabalho, mas caso não 
sejam controladas, poderão ocasionar problemas à saúde do trabalhador e afetar 
diretamente na atividade desempenhada, são os casos, por exemplo, de diabetes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
e pressão arterial elevada (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
A partir do PCMSO são exigidos exames médicos que devem ser realizados 
em função da periodicidade indicada no documento, ou seguindo as reco-
mendações do médico do trabalho. Os principais exames que devem ser 
recomendados no PCMSO, de acordo com Rojas (2015), são definidos a seguir: 
 
 Exame admissional: Realizado antes da contratação de funcionários, a fim de 
atestar a saúde física e psíquica adequada ao exercício da função a qual se 
candidataram. 
 Exame admissional de menores: O mesmo exame realizado no trabalhador 
adulto, considerando as recomendações da CLT no Capítulo IV, Artigos 402, 
404 e 405 (BRASIL , 1943). 
 Exame admissional em funcionários especiais: Funcionários considerados 
especiais são os candidatos portadores de alguma deficiência física ou 
psíquica não incapacitante. Exame admissional da mulher: Ao ser encaminhada para os exames 
admissionais, a mulher passará pelos exames necessários ao exercício da 
função a que se candidata e pela análise e avaliação ginecológica e 
obstétrica, que integrarão seu prontuário médico após a sua contratação. 
 Exame periódico: Tem por objetivo verificar se o trabalhador permanece em 
bom estado de saúde para exercer as atividades para as quais foi contratado. 
 Exame de retorno ao trabalho: Os trabalhadores que se ausentarem de suas 
funções por mais de 30 dias deverão realizar este exame. Por exemplo, 
trabalhadores afastados devido a doença, acidente ocupacional ou no caso 
de mulheres que tenham realizado parto. 
 Exame de mudança de função: Deve ser realizado, obrigatoriamente, antes da 
data da mudança, sempre que o colaborador for transferido de função ou 
setor, desde que haja alteração dos riscos no novo ambiente de trabalho. 
 Exame demissional: É o exame realizado para constatar que o trabalhador está 
apto a exercer suas atividades em outras empresas. Além disso, o empregador 
fica ciente das condições de saúde em que se encontra o ex-funcionário, 
evitando futuros problemas com reclamações trabalhistas e ações 
indenizatórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
O PCMSO também deve contemplar o planejamento de ações de prevenção 
nas empresas, tais como a realização de palestras sobre a saúde do trabalhador e 
campanhas educacionais, por exemplo, temas sobre a prevenção de doenças 
sexualmente transmissíveis, de prevenção a diabetes, hipertensão, tabagismo, 
sedentarismo, alcoolismo, entre outras que se fizerem necessárias. 
Todas as diretrizes do PCMSO são elaboradas a partir do PPRA, conforme 
abordado no tópico 2.3. Assim, o Médico do Trabalho deverá identificar os riscos 
descritos no PPRA e desenvolver ações de prevenção e eliminação dos mesmos. 
Além disso, também será responsável pela indicação ou não de outros exames 
diferentes do exame periódico. Destaca-se que todos os exames realizados pelo 
Médico do Trabalho deverão estar descritos em um documento chamado ASO 
(Atestado de Saúde Ocupacional). 
O ASO terá validade somente se o exame médico estiver descrito no PCMSO. 
Quaisquer empresas de medicina e segurança ocupacional somente poderão 
realizar exames médicos a partir da apresentação do PCMSO da empresa solicitante. 
O PCMSO deve ser revisado, anualmente, ou caso se faça necessário. Ou seja, 
caso ocorram mudanças no ambiente de trabalho que possam impactar nos riscos 
ocupacionais, o documento deverá ser alterado. 
 
2.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE 
Conforme exposto nessa unidade, a criação de setores e documentações nas 
empresas, tais como SESMT, CIPA, PPRA e PCMSO poderão promover ações de 
prevenção e eliminação dos riscos ocupacionais. 
Os profissionais do SESMT são os Auxiliares de Enfermagem do Trabalho, 
Enfermeiros do Trabalho, Médicos do Trabalho, Técnicos de Segurança do Trabalho 
e Engenheiros de Segurança do Trabalho. Estes profissionais são responsáveis pela 
elaboração de documentos importantes, como PPRA e PCMSO. Assim, são 
designados a implantarem diversas ferramentas que permitirão um ambiente de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
trabalho seguro e saudável. 
Um outro setor de extrema importância para as empresas é a CIPA, que 
permite a atuação de profissionais de diversas áreas, ou seja, não é obrigatório que 
sejam formados em áreas correlatas à Saúde e Segurança do Trabalho. Este fato é 
importante, pois permite que todos os trabalhadores possam contribuir com a 
segurança do trabalho, aprendendo e atuando na criação de ambientes seguros. 
Dessa forma, é importante que os membros do SESMT e CIPA atuem em 
conjunto, no sentido de manterem atualizadas as normas que devem ser cumpridas 
nas organizações, além de difundirem a cultura de saúde e segurança em um 
ambiente de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. As principais comissões e programas de Saúde e Segurança são denominadas 
SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
trabalho) e CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Com relação à 
atuação das duas áreas, classifique 1 para as funções do SESMT e 2 para as 
funções da CIPA. Em seguida, marque a alternativa que representa a sequência 
correta. 
 
( ) Tem como membros empregados eleitos pelos empregadores e empregados 
indicados pelo empregador. 
( ) Os membros eleitos pelos representantes dos empregados atuarão nesta co-
missão por um ano, sendo permitida uma reeleição. 
( ) Esses profissionais permanecerão na função enquanto durar seu contrato de 
trabalho. 
( ) Tem como membros o Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do 
Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar 
de Enfermagem do Trabalho. 
 
a) 2; 2; 1; 1. 
b) 1; 1; 2; 2. 
c) 1; 2; 2; 1. 
d) 2; 1; 2; 1. 
e) 2; 2; 1; 2. 
 
2. O documento que classifica os riscos ambientais de acordo com os agentes 
físicos, químicos e biológicos é o ____________. Assim, é possível que todos os riscos 
ambientais sejam identificados, a fim de que possam ser analisados e tratados no 
sentido de minimizar quaisquer impactos à saúde dos trabalhadores. Assinale a 
alternativa que preenche corretamente a frase. 
 
a) SESMT. 
b) CIPA. 
c) PPRA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
d) PCMSO. 
e) ASO. 
 
3. As ações de Saúde e Segurança no Trabalho devem ser realizadas por diversos 
profissionais. É importante que todas as reuniões e documentações geradas sejam 
gerenciadas, aumentando ainda mais a eficácia na prevenção dos riscos no 
ambiente de trabalho. Classifique as afirmações a seguir como Verdadeiro (V) ou 
Falso (F) e marque a alternativa correta. 
 
( ) O PCMSO e o PPRA são preparados a cada dois anos. 
( ) O PCMSO não pode ser alterado caso tenha sido realizado há menos de um 
ano. 
( ) O PPRA deve avaliar os riscos químicos, físicos e biológicos. 
( ) Todos os membros do SESMT são capacitados para elaborar o PCMSO. 
( ) Os membros da CIPA devem ser graduados em profissões da área da Saúde 
e Segurança do Trabalho. 
 
a) V; F; V; F; F. 
b) F; F; V; F; F. 
c) F; F; V; V; F. 
d) V; V; V; F; F. 
e) F; F; F; F; V. 
 
4. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é uma equipe de 
trabalhadores, que podem ou não ser profissionais da Saúde e Segurança do 
Trabalho. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma função da 
CIPA. 
 
a) Elaborar projetos de instalações seguras. 
b) Elaborar Mapas de Riscos. 
c) Elaborar o PCMSO. 
d) Elaborar o ASO. 
e) Indicar diferentes tipos de exames. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
5. (Adaptado de PRODAN – Técnico de Segurança) A atribuição de identificar os 
riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação 
do maior número possível de trabalhadores, segundo a legislação de segurança 
do trabalho é: 
 
a) do Técnico de Segurança do Trabalho. 
b) do Engenheiro de Segurança do Trabalho. 
c) do Médico do Trabalho. 
d) do SESMT. 
e) da CIPA. 
 
6. Diversas normas regulamentadoras estabelecem que as empresas devem ela-
borar documentos importantes para manter condições seguras e saudáveis de 
trabalho. Assinale a alternativa que indica o documento em que a empresa 
deverá antecipar, reconhecer, avaliar e controlar a ocorrência de diferentes 
riscos nos ambientes de trabalho. 
 
a) CIPA. 
b) SESMT. 
c) ASO. 
d) PPRA. 
e) PCMSO. 
 
7. (Adaptado de INEA/RJ – Engenheiro do Trabalho) - As empresas têm a 
obrigatoriedade de elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promover e preservar a saúde 
de seus trabalhadores. A respeito desse tema, é correto afirmar que é diretriz do 
PCMSO: 
 
a) Ser planejado e implantado com base nas informações sobre os acidentes de 
trabalho. 
b) Sero único programa obrigatório para cuidar do bem-estar da saúde dos 
trabalhadores. 
c) Cuidar das questões incidentes somente sobre a coletividade de trabalhadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
d) Ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à 
saúde relacionados ao trabalho. 
e) Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos. 
 
8. O documento que exige a realização de exames médicos que devem ser 
realizados a cada intervalo definido de tempo, ou seguindo as recomendações 
de um médico do trabalho é o ____________. Este documento somente poderá ser 
elaborado por um médico do (a) __________________. 
Assinale a alternativa que preenche, corretamente, a lacuna. 
 
a) PCMSO; SESMT. 
b) PPRA; SESMT. 
c) PCMSO; CIPA; 
d) PPRA; CIPA 
e) Mapa de riscos; Ergonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
GERENCIAMENTO DE RISCOS 
 
 
 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS 
Denomina-se risco a incerteza em relação a um evento futuro, mais espe-
cificamente, risco é a probabilidade de ocorrência ou concretização de um evento 
indesejado (BARSANO; BARBOSA, 2014). A Norma Regulamentadora NR-10 considera 
que o risco é a capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou 
danos à saúde das pessoas. 
Os riscos no ambiente laboral são classificados de acordo Norma 
Regulamentadora 09 (NR-09), a mesma norma que define o PPRA. Assim, o PPRA 
deverá identificar, tratar e eliminar os riscos inerentes ao processo de trabalho 
(BRASIL, 1978d). Conforme abordado na unidade 1, é dever da CIPA elaborar o 
mapa de riscos para o ambiente de trabalho, sendo que os riscos são classificados 
em diferentes categorias, cada uma representada por uma cor no mapa de riscos, 
conforme descritos a seguir: 
 
 Riscos de acidentes: São as condições em que o trabalhador poderá assumir 
uma condição de vulnerabilidade, ou qualquer evento que possa afetar os 
bem-estares psíquico e químico, além da integridade física. Por exemplo: 
ambientes propícios a incêndio ou explosão, layout físico desordenado de 
máquinas e equipamentos, falta de proteção em locais de riscos, animais 
peçonhentos, entre outros. Resumem-se, portanto, em condições inseguras, ou 
seja, situações que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. São 
sinalizados pela cor azul no mapa de riscos. 
 Riscos ergonômicos: São as condições que interferem nas características 
psicológicas e fisiológicas do trabalhador, ou seja, fatores ambientais que 
causam desconforto ou que afetam de alguma forma a saúde de um 
funcionário. São considerados riscos ergonômicos os movimentos repetitivos, 
postura inadequada, levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, 
monotonia, repetitividade, entre outros. No mapa de riscos são representados 
pela cor amarela. 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 Riscos físicos: Denominam-se riscos físicos diferentes formas em que as 
condições de trabalho são realizadas, tais como ruído, calor, frio, pressão, umi-
dade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações etc. São sinalizados pela 
cor verde no mapa de riscos. 
 Riscos químicos: São identificados quando substâncias nocivas à saúde, tais 
como poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas, vapores, entre outros, penetram 
no organismo do trabalhador. São sinalizados pela cor vermelha. 
 Riscos biológicos: Denominam-se agentes de riscos biológicos as bactérias, 
vírus, fungos, parasitos, entre outros. São sinalizados pela cor marrom no mapa 
de riscos. 
 
O mapa de riscos também indica o grau dos riscos pelo tamanho do círculo 
representado no mapa. Assim, os riscos são classificados em riscos elevados, 
moderados ou leves, sendo que o tamanho do círculo aumenta à medida em que 
os riscos se tornam maiores. A Figura 4 exemplifica um mapa de riscos em uma fábrica 
hipotética, em que podem ser observados os diferentes tipos de riscos classificados 
de acordo com o tipo, representados pelas cores, bem como pelo grau, 
representados pelos tamanhos dos círculos. 
 
Figura 4: Exemplo de Mapa de riscos 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2021) 
 
De acordo com Barsano e Barbosa (2014) uma abordagem importante sobre 
os riscos é denominada “Teoria da Magnitude dos Riscos”. Essa teoria tem origem na 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
ideia de prevenção relacionada à famosa pirâmide de acidentes da Insurance 
Company of North America (ICNA), construída em 1969, a partir do levantamento 
de dados em 297 empresas norte-americanas, com cerca de 1.750.000 pessoas, 
obtendo 1.753.498 relatos de ocorrências. 
A partir dos estudos desenvolvidos pela ICNA foi estabelecida a seguinte 
relação: 1 acidente com lesão incapacitante × 10 acidentes com lesões não 
incapacitantes × 30 acidentes com danos à propriedade × 600 acidentes sem lesão 
ou danos visíveis (quase acidente), conforme representado na Figura 5. 
 
Figura 5: Pirâmide que representa a magnitude dos riscos 
 
Fonte: Adaptado de Barsano e Barbosa (2014) 
 
De acordo com a Figura 5, a teoria da magnitude dos riscos reforça a 
necessidade da implantação de condições adequadas da segurança do trabalho. 
Assim, é preciso atuar de forma preventiva quanto aos acidentes, ou seja, explorar 
maneiras de evitar os incidentes e quase acidentes nos locais de trabalho, no 
momento em que forem identificados. Quando se atua diretamente sobre os 
eventos indesejados desde sua origem é possível evitar que um acidente grave ou 
até mesmo uma fatalidade ocorra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
3.2 ANÁLISE DE RISCOS 
A análise dos riscos implica verificar, fiscalizar, conferir, inspecionar e dominar 
as situações de riscos. É preciso que os profissionais da saúde e segurança do 
trabalho desempenhem o “olhar prevencionista”, a fim de que contribuam para a 
redução de acidentes. Assim, devem ter uma boa capacidade em identificar riscos 
de acidentes, por exemplo, piso molhado, fio elétrico desencapado, 
armazenamento inadequado, entre outros. Dessa forma, os profissionais devem agir, 
preventivamente, contra atos e condições inseguras, identificando os riscos desde a 
origem. 
Barsano e Barbosa (2014) citam o exemplo de uma análise de riscos sob o 
olhar prevencionista: Um ambiente de trabalho onde há exposição de pregos, 
conforme representado na Figura 6. Um profissional capacitado é capaz de prever 
diversos acidentes, por exemplo, um trabalhador pisa no prego e sofre um acidente 
leve; outro pisa nesse mesmo prego, que o atinge em uma região mais vulnerável, 
sofrendo um acidente grave e incapacitante. 
Assim, destaca-se a importância da análise detalhada dos riscos. Muitas 
vezes, podem passar despercebidos e qualquer trabalhador leigo no assunto de 
segurança do trabalho poderá negligenciar a existência dos mesmos. Afinal, uma 
única condição de risco poderá ficar estagnada, não gerando qualquer ocorrência, 
ou pelo contrário, o mesmo risco poderá induzir situações indesejáveis e desastrosas. 
 
Figura 6: Risco de acidente de trabalho 
 
Fonte: Barsano e Barbosa (2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
3.2.1 Análise de Riscos Qualitativa 
Uma das análises de riscos qualitativas consiste na “Antecipação”. De acordo 
com Nunes (2014), a antecipação dos riscos ambientais deve ser considerada na 
elaboração do PPRA, quando a empresa desejar implantar um novo projeto, seja na 
construção de uma nova empresa ou na modificação das instalações já existentes, 
ou mesmo alterar um método ou processo de trabalho. 
Na fase de “Antecipação”, os riscos são apenas potenciais, isso quer dizer que 
os riscos poderão vir a existir caso o novo projeto ou a modificação no processo de 
trabalho sejam implementados. Após a análise dos novos projetos e a consequente 
identificação dos potenciais riscos, a empresa deve projetar medidas de controle 
desses riscos, que deverão ser executadas quando da implementaçãodo novo 
projeto ou dos novos processos de trabalho. 
 
 
 
Uma outra etapa de análise qualitativa é denominada “Reconhecimento”. 
Esta etapa servirá de base para decisões quanto às ações de prevenção, eliminação 
ou controle dos riscos. A etapa de Reconhecimento do risco ambiental, é aquela em 
que ocorre a percepção, ou não, de determinado agente (físico, químico ou 
biológico), cuja dimensão ainda é desconhecida e que passará a ser conhecida 
apenas na etapa de avaliação quantitativa (NUNES, 2014). Apresenta-se um 
exemplo para facilitar a compreensão dos itens que devem ser considerados na fase 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
de reconhecimento do risco. 
 
Quadro 3: Etapa de reconhecimento dos riscos 
Identificaçã
o 
dos riscos 
Fonte 
gerador
a 
Trajetória e 
meio de 
propagaçã
o 
Função do 
trabalhado
r 
exposto 
Nº de 
trabalhadore
s 
expostos 
Danos 
à 
saúde 
Medida
s 
de 
controle 
Físico: 
Ruído 
Prensa Ar 
Operador 
de prensa 
10 
Perda 
auditiv
a 
EPI 
Fonte: Adaptado de Nunes (2014) 
 
3.2.2 Análise de Riscos Quantitativa 
As avaliações quantitativas são utilizadas para que se possa medir e afirmar se 
o risco à saúde do trabalhador de fato existe ou não. Ressalta-se que não há 
avaliação quantitativa para o risco biológico, visto que não há limites de tolerância 
para seus agentes. A exposição ao risco biológico decorre da simples presença 
desses agentes no ambiente de trabalho, ou seja, do seu reconhecimento ou da sua 
avaliação qualitativa. 
De acordo com a Norma Regulamentadora NR-09 a avaliação quantitativa 
deverá ser realizada para (BRASIL, 1978d): 
 
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados 
na etapa de reconhecimento; 
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; 
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle. 
 
Após efetuar a avaliação quantitativa dos agentes, deve-se comparar os 
resultados obtidos com os limites de tolerância estabelecidos na legislação (NR 15 
ou ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Higyenistas). Caso 
necessário, deverão ser tomadas medidas de controle dos riscos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
3.3 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é um conjunto de técnicas 
que procura reduzir ou eliminar os riscos em um ambiente de trabalho. Assim, o PGR 
deverá aplicar o planejamento, organização e direção dos recursos humanos e 
materiais a fim de que os efeitos dos riscos possam ser tratados (ROJAS, 2015). 
O PGR foi descrito inicialmente pela NR-22 (Segurança e Saúde Ocupacional 
na Mineração), mas foi transportado para a NR-01, visto que inicialmente abordava 
características específicas da mineração. Assim, a NR-01 menciona em seu texto 
que os riscos devem ser evitados, identificados, avaliados e classificados. 
 Após a classificação dos riscos, deve-se implementar medidas de prevenção 
tais como: eliminação, minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção 
de medidas administrativas ou de organização do trabalho e adoção de medidas 
de proteção individual ou coletivas. 
O Programa de Gerenciamento de Riscos deve conter, no mínimo, o Inventário 
de Riscos e um Plano de Ação. Neste plano, devem ser indicadas as medidas de 
prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, definindo um 
cronograma, forma de acompanhamento e aferição dos resultados. 
 
 
 
Camisassa (2021) adiciona que o PGR deve apresentar os seguintes itens: 
 
a) antecipação e identificação de fatores de risco, levando-se em conta, inclusive, 
as informações do Mapa de Risco elaborado pela CIPA, quando houver; 
b) avaliação dos fatores de risco e da exposição dos trabalhadores; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
c) estabelecimento de prioridades, metas e cronograma; 
d) acompanhamento das medidas de controle implementadas; 
e) monitorização da exposição aos fatores de riscos; 
f) registro e manutenção dos dados por, no mínimo, vinte anos; 
g) análise crítica do programa, pelo menos uma vez ao ano, contemplando a 
evolução do cronograma, com registro das medidas de controle implantadas e 
programadas. 
 
Destaca-se que além do PGR, podem ser citados outros programas de grande 
importância para a promoção e manutenção da saúde dos trabalhadores. Rossete 
(2015) destaca os seguintes: 
 
 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção (PCMAT); 
 Programa de conservação auditiva (PCA); 
 Programa de Proteção Respiratória (PPR); 
 Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com materiais Perfurocortantes. 
 
 
 
3.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE 
Para que um local de trabalho seja seguro e saudável é fundamental a 
implementação de diversas ações realizadas por profissionais qualificados ou por 
membros da CIPA. 
A primeira etapa de prevenção contra acidentes e doenças ocupacionais é 
a identificação dos riscos no PPRA. Assim, os riscos podem ser de acidentes, 
ergonômicos, físicos, químicos ou biológicos. Complementando as descrições do 
PPRA, a CIPA desempenha uma função importante, que é a elaboração do “Mapa 
de riscos”. Assim, disponibiliza-se uma ferramenta visual em que todos os 
trabalhadores terão acesso a informações importantes sobre os riscos aos quais são 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
expostos durante o trabalho. 
Muito além da constatação de riscos, devem ser criadas ações de redução e 
eliminação dos mesmos. Dessa forma, é preciso identificar, por exemplo, a fonte 
geradora de riscos, a trajetória e o meio de propagação dos riscos, a quantidade de 
trabalhadores que são expostos e, principalmente, estabelecer medidas de controle 
e eliminação. 
Diante da tratativa dos riscos também é necessário criar medidas gerenciais. É 
o caso do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), responsável pelo 
planejamento, organização e direção dos recursos humanos e materiais a fim de 
que os efeitos dos riscos possam ser tratados ou eliminados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Os riscos no ambiente laboral são classificados de acordo Norma Regulamenta-
dora 09 (NR-09), a mesma norma que define o PPRA. Assim, o PPRA deverá iden-
tificar, tratar e eliminar os riscos inerentes ao processo de trabalho tais como os 
riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. A respeito das 
diferentes classificações sobre os riscos é correto afirmar que: 
 
a) Os riscos ergonômicos são decorrentes da exposição do trabalhador a vírus, 
fungos, bactérias ou outras substâncias nocivas à saúde. 
b) Ambientes propícios a incêndio ou explosão e layout físico desordenado são 
avaliados como riscos de acidentes. 
c) Os riscos físicos são decorrentes de características psicologias e fisiológicas do 
trabalhador. 
d) Comportamentos como postura inadequada, movimentos repetitivos, trabalho 
em excesso são riscos biológicos. 
e) A exposição a poeiras e inalação de substâncias tóxicas são exemplos de riscos 
ergonômicos. 
 
2. O Gerenciamento de Riscos consiste em uma série de ações que devem ser 
documentadas a fim de que os riscos sejam identificados e tratados. Dentre as 
diversas formas de identificação dos riscos, a Análise Preliminar de Risco (APR) 
consiste em: 
 
a) Técnicas sofisticadas para avaliar acidentes passados. 
b) Avaliar os riscos de novos ambientes de trabalho. 
c) Fazer a medida quantitativa dos riscos físicos, como ruídos e temperaturas. 
d) Análise de exames médicos para constatar a saúde dos trabalhadores. 
e) Elaborar Mapas de Riscos. 
 
3. De acordo com a NR-09 o PRRA é um documento no qual os riscos ambientais, ou 
seja, os agentes ____________________ presentes em um ambiente de trabalho 
deverão ser identificados a fim de que sejam reduzidos ou eliminados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
a) Físicos e de acidentes. 
b) Químicos e ergonômicos. 
c) Biológicos e químicos.d) Físicos, químicos e biológicos. 
e) Patológicos, físicos e humanos. 
 
4. (Adaptado de Técnico em Segurança do Trabalho - Prefeitura de Belo Horizon-
te/MG) De acordo com a NR 09, quando os resultados das avaliações 
quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites 
previstos na NR 15 ou, então, na ausência deles, deve-se utilizar os parâmetros 
fornecidos pela (o): 
 
a) American Conference of Governenmental Industrial Higyenists – ACGIH. 
b) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. 
c) National Institute of Occupational Safety and Health Administration – NIOSH. 
d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. 
e) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 
 
5. (Adaptado de Infraero – Técnico de Segurança) A elaboração de mapa de riscos 
é uma responsabilidade atribuída legalmente: 
 
a) ao SESMT da empresa, se este existir. 
b) a qualquer funcionário. 
c) à CIPA. 
d) ao responsável pela elaboração do PPRA. 
e) ao responsável pela elaboração do PCMSO. 
 
6. (Petrobrás – Técnico de Segurança) Na elaboração do Mapa de Riscos, foi 
constatada a existência de três tipos de riscos ambientais: radiações não 
ionizantes, esforço físico intenso e arranjo físico inadequado. Na representação 
gráfica do mapa, os riscos serão identificados, respectivamente, pelas cores: 
 
a) Vermelho, amarelo e azul. 
b) Vermelho, marrom e amarelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
c) Verde, marrom e azul. 
d) Verde, vermelho e marrom. 
e) Verde, amarelo e azul. 
 
7. O ___________ é um documento que contém descrição dos riscos identificados em 
um ambiente de trabalho, que deverão ser tratados e eliminados. É dever da 
_____________ elaborar um “Mapa de riscos”, no qual todos os riscos identificados 
são classificados de acordo com cores diferentes. Preencha corretamente a 
lacuna. 
 
a) ASO, PPRA 
b) PCMSO, CIPA 
c) PPRA, CIPA 
d) CIPA, PPRA 
e) PPRA, PCMSO 
 
8. A “Teoria da magnitude dos riscos” elaborada pela Insurance Company of North 
America (ICNA) estabelece a seguinte informação: a cada 1 acidente grave 
(lesão incapacitante, ocorrem 10 acidentes com lesões não incapacitantes, 30 
acidentes com danos à propriedade e 600 acidentes sem lesão ou danos (quase 
acidentes), conforme representado na figura seguinte. Pirâmide que representa 
a magnitude dos riscos. 
 
De acordo com esta teoria é correto afirmar que: 
 
a) Os acidentes graves na empresa não têm relação com os quase acidentes. 
b) As empresas devem atuar somente no topo da pirâmide para evitar acidentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
c) Somente os acidentes devem ser investigados a fim de garantir a segurança. 
d) Os quase acidentes devem ser investigados a fim de evitar acidentes graves. 
e) É mais importante atuar contra os quase acidentes do que contra os acidentes 
graves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
ERGONOMIA 
 
 
 
 
4.1 INTRODUÇÃO 
No ano de 1949 foi criada a “Ergonomics Research Society” em Oxford, 
Inglaterra. Este foi um grupo criado por cientistas e pesquisadores que promoveram 
a aplicação da Ergonomia como uma ciência (JACKSON FILHO; LIMA, 2015). 
De acordo com a NR 17: 
 
Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu 
trabalho, equipamento e ambiente e, particularmente, a aplicação 
dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução 
dos problemas surgidos desse relacionamento (ILDA, 2005, p. 54). 
 
De acordo com Falzon (2018)), três áreas distintas, porém, complementares, 
podem ser conceituadas em Ergonomia: Ergonomia Física, Ergonomia Cognitiva e 
Ergonomia Organizacional, descritas a seguir: 
 
 Ergonomia Física: trata das características anatômicas, antropométricas, 
fisiológicas e biomecânicas do homem, busca analisar as posturas de trabalho, 
a manipulação de objetos, os movimentos repetitivos, os problemas 
osteomusculares e o arranjo físico do posto de trabalho. 
 Ergonomia Cognitiva: trata dos processos mentais, ou seja, busca compreender 
os processos de decisão, o desempenho especializado, a interação entre 
homem e a máquina, a confiabilidade humana e o estresse profissional. 
 Ergonomia Organizacional: Busca a otimização dos sistemas sociotécnicos, 
incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Está 
relacionada à compreensão da comunicação, da concepção do trabalho e 
dos horários de trabalho, do trabalho em equipe, da concepção participativa 
e comunitária. 
 
Problemas como acidentes de trabalho, doenças ocupacionais decorrentes 
das tarefas do trabalhador ou problemas causados pela interação entre usuários de 
produtos, além de outras questões de qualidade e produtividade podem ser 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
investigadas pela Ergonomia. 
 
 
 
4.2 ANÁLISE ERGONÔMICA DO POSTO DE TRABALHO 
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) consiste na observação detalhada 
de um ambiente de trabalho, considerando aspectos físicos, psicológicos e 
fisiológicos. De acordo com Másculo e Vidal (2011), a análise é resultante da 
demanda que gera as ações ergonômicas e busca definir a origem do problema, 
sendo a base para a elaboração de um diagnóstico. Entre as premissas da AET, 
destacam-se: 
 
 Compreender a situação de trabalho e suas implicações. 
 Verificar as competências e restrições ergonômicas. 
 Efetuar um diagnóstico para investigar as circunstâncias mais preocupantes. 
 Analisar os postos de trabalho e o ambiente no qual as tarefas são cumpridas. 
 Emitir pareceres. 
 Buscar soluções de melhorias, oferecendo indicações de adequação em 
diversos âmbitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
 
A AET é dividida em três fases: análise da demanda, análise da tarefa e 
análise da atividade (CORRÊA; BOLLETI, 2015). No Quadro 4 são apresentadas as 
principais fases e objetivos da AET. As informações levantadas nessas fases fornecem 
informações que poderão auxiliar na tomada de decisões, a fim de que problemas 
físicos, cognitivos ou comportamentais sejam minimizados ou eliminados. 
 
Quadro 4: Divisão da análise ergonômica do trabalho 
Fases da AET Objetivo 
Análise da demanda Definir os problemas a serem resolvidos. 
Análise da tarefa 
Estudar as condições de trabalho nas quais o 
trabalhador exerce suas atividades. 
Análise da atividade 
Estudar o comportamento humano no ambiente 
de trabalho. 
Fonte: Elaborado pela Autora (2021) 
 
De acordo com o Quadro 4 a análise da demanda é a descrição do 
problema ou da situação problemática que justifique a necessidade de uma 
atuação ergonômica. A demanda pode surgir a partir da necessidade de diferentes 
agentes, tais como: direção da empresa, dos trabalhadores, sindicatos, órgãos de 
fiscalização, entre outros. Assim, a demanda surge quando se busca entender a 
natureza e as dimensões de problemas relacionados à saúde e segurança no 
trabalho. 
A análise da tarefa é importante para identificar divergências entre o que é 
prescrito em uma tarefa e o que, de fato, é realizado pelo trabalhador. Divergências 
podem acontecer quando os trabalhadores não seguem procedimentos 
operacionais padrões (POP), bem como em cenários em que as condições efetivas 
são diferentes das previstas, por exemplo, máquinas desajustadas, materiais 
irregulares, entre outros. 
A análise da atividade está relacionada ao comportamento efetivo do tra-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
balhador para realizar a tarefa, que resulta da adaptação aos fatores internos e ex-
ternos ao trabalho. Os fatores internos são aqueles relacionados ao operador e 
caracterizam a sua formação, experiência, sexo, idade, além da disposição 
momentânea, como motivação, atenção, sono e fadiga. Por outro lado, os fatores 
externos estão relacionados às condições em que as atividades são executadas. 
São o conteúdo do trabalho (equipes, horários e turnos), os meios técnicos

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