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9UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização 1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS, REPRESENTAÇÕES INTERNACIONAIS E A ABNT 1.1 A Evolução da Qualidade Inicialmente, e para entender como a “qualidade” passou a ser um diferencial de exigência cada vez maior pelas pessoas e empresas ao longo do tempo, o conceito surgiu na Segunda Guerra Mundial, na correção de produtos bélicos, de forma a identificar, por meio de inspeção, produtos que pudessem apresentar defeitos. Nesse período, a utilização e aplicação dos conceitos de qualidade era apenas o de uma ferramenta que monitorava os processos de produção. O termo “Controle de Processos” surgiu, justamente, porque no século XIX os produtos não tinham tantos cuidados técnicos e os controles estavam totalmente voltados sobre as responsabilidades dos funcionários. Com essa desordem organizacional surgem, então, administradores clássicos, buscando a racionalização dos recursos das empresas. De um lado, com uma abordagem “Clássica” da Administração, o precursor da qualidade nas empresas, Frederick Winslow Taylor, engenheiro mecânico estadunidense, conhecido por implementar a qualidade interna nos processos organizacionais; e do outro, Henry Fayol, com formação em engenharia de minas, francês, que por meio de incentivos materiais e salariais relacionou paralelamente à teoria de Taylor 14 princípios básicos na busca por maior eficiência. Através de aprimoramentos técnicos, simplificação de movimentos e identificação de problemas ocasionais, Taylor descreveu em sua obra Princípio de Administração 10UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização Científica que “O principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao, mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado” (TAYLOR, 1963, p.13). Esse modelo, baseado em iniciativa e incentivo, mostrava que todo o trabalho ficava sobre critério e responsabilidade dos trabalhadores, que ditavam o ritmo das atividades e, com isso, traçavam o futuro da empresa. Iniciavam-se, então, através de Taylor, metodologias voltadas para as máquinas, tornando-as mais produtivas, ou seja, a busca por resultados. Já Fayol focou suas metodologias baseado em princípios de comando, autoridade e responsabilidade, considerando a empresa como um sistema fechado, parcial, que buscava explorar os trabalhadores. Em relação a esses modelos o que se percebe é um desequilíbrio de ideologias, em que não há ascensão e desenvolvimento nem para os gestores, nem para os empregados. Porém é fundamental acrescentar que a proposta de Taylor se mostrou atraente à medida que buscava discernir entre interesses de operários e patrões, pois para os primeiros prometia-se vantagens financeiras sob forma de salários e benefícios; e para os segundos, vantagens sob forma de redução de custos e aumento da produtividade. Chiavenato (1986) classifica esse período e as teorias de Taylor de forma positiva, uma vez que enumera várias vantagens do controle dos tempos e movimentos, como: ● a eliminação de movimentos inúteis, substituindo-os por outros, mais eficazes; ● torna mais eficaz e racional a seleção e treinamento do pessoal, possui uma base segura para melhorar a eficiência do trabalho e, consequentemente, o rendimento da produção; ● distribui uniformemente o trabalho, para que não haja períodos de falta ou excesso de atividade; ● apresenta uma base uniforme para a fixação de salários equitativos e para que sejam concedidos prêmios por aumento de produção, além de permitir o cálculo mais preciso do custo unitário e do custo global dos produtos. Afinal, Taylor buscava substituir a ação improvisada pela ação científica, tornando o processo mais técnico e com responsabilidades definidas, inclusive com maior participação qualitativa gerencial, através de direcionamentos mais assertivos baseados em fatos. Sendo assim, por mais que a administração científica tenha vindo para melhorar a produção e organizar o processo produtivo da empresa, a preocupação em atender aos conceitos que encontramos até os dias de hoje surgiu com Walter Andrew Shewhart, esta- 11UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização tístico norte-americano que questionava continuamente a variabilidade encontrada na produção de bens e serviços. Shewhart desenvolveu o Controle Estatístico de Processo (CEP), um sistema de mensuração de variabilidades que dá subsídio quantitativo e analítico para vários indicadores na gestão de processos; também foi responsável pela criação do Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action), princípio da gestão da qualidade. Entender o método PDCA, em sua origem, nos remete ao início da especialização dos trabalhadores com a utilização de ferramentas com foco em processo produtivo, ou seja, na fabricação sob controle estatístico, englobando especificação, produção, inspeção e, ao final, avaliação. Mas foi com William Edwards Deming, estatístico, professor universitário, palestrante e consultor estadunidense, que o Ciclo PDCA ficou conhecido como Ciclo Deming da Qualidade. Essa transição ocorreu logo após a Segunda Guerra Mundial, quando o Japão se encontrava destruído e buscando iniciar seu processo de reconstrução e quando Deming, durante suas palestras no Japão no início dos anos 1950, na oportunidade que teve trabalhando próximo às metodologias adotadas por Shewhart, construiu sua trajetória na melhoria dos processos produtivos, escolhendo o Japão como o país para aplicação e desenvolvimento de suas teorias. A sintonia entre Deming e a cultura dos japoneses foi essencial e os resultados logo apareceram. Essa parceria contribuiu para a criação de premiações e conscientização do conceito da qualidade utilizados até os dias atuais. Deming percebeu que o formato utilizado por Shewhart na avaliação dos processos de verificar e agir necessitava também trabalhar na causa raiz dos problemas e não conformidades; isso poderia evitar que a situação voltasse a ocorrer. Dessa forma, o conceito passa a ser direcionado para as fases de Planejar, Executar, Estudar e Ajustar, ou seja, bem próximos ao conceito PDCA que utilizamos hoje. Chiavenato (1999), em sua obra, menciona Deming como um profissional extremamente aplicado na evolução do conceito PDCA, devido à busca contínua pela eliminação de defeitos, análise de causa-raiz, até encontrar a fonte dos erros, além de estruturar ferramentas que pudessem identificar e corrigir as anomalias. Para tanto, todo esse processo deveria ser registrado para que se pudesse fazer o acompanhamento dos resultados e acontecimentos que pudessem levar à correção dos fatos. 12UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização Com esses princípios e ensinamentos a qualidade passou a ser uma preocupação prioritária na base das organizações japonesas. E foi nessa fase de conscientização e conceituação da qualidade que surgiu o conceito da melhoria contínua da qualidade. Nesse mesmo período surge o nome de Joseph Juran. Nascido na Romênia, emigrou para os Estados Unidos em 1912, licenciou-se em engenharia e direito e foi professor de engenharia na New York University. Iniciou a parceria com Deming em 1954, através de palestras no Japão, e suas aplicações passaram a ter reconhecimento internacional, uma vez que sua obra e contribuição conceitual se diferenciaram por aplicar a qualidade a estratégias empresariais, não aos processos estatísticos ou aos métodos de controle total da qualidade. Vale ressaltar, dado à importância desse período, que atividades relativas à qualidade, antes baseadas nos aspectos tecnológicos das fábricas, passaram a ter maior amplitude e causar impacto também em outras áreas. Todos os membros de uma organização participam da melhoria dos processos, produtos e serviços e da cultura em que trabalham, denominando-se como Gestão da Qualidade Total (Total Quality Management/TQM), não se restringindo apenasà cadeia produtiva, e sim considerando o todo que envolve um produto ou serviço. Essa alteração de postura gerencial proporcionou ao Japão, não só pela disciplinaridade exigida pela busca de causas, o sucesso de potência mundial e de referência conceitual em ferramentas a serem aplicadas para gestão e melhoria contínua. A partir daí, as organizações passaram a usar os modelos referenciais não só para melhoria de seus processos como também para sanar expectativas diante de um consumidor cada vez mais exigente e empresas cada vez mais afetadas em termos de qualidade e produtividade. E graças ao índice de superioridade e qualidade demonstrado nos produtos japoneses, após a Segunda Guerra houve uma mudança significativa em relação aos produtos baratos e de má qualidade, assim como uma modernização conceitual e de existência aos quais as organizações se encontravam, seguindo padrões culturais e resistentes às mudanças. Quando falamos em gestão, considera-se parte dessa competitividade e desempenho organizações que envolvem fundamentos e requisitos internos e externos relacionados às técnicas de trabalho, processos de comunicação, economia, política e sociedade, além da cultura organizacional e de liderança aos quais estão envolvidas. 13UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização REFLITA “O mais importante é que a alta gestão tenha a mente orientada para a necessidade de qualidade. Na ausência de sincera manifestação de interesse no topo da gestão, pouco acontecerá na base” (JURAN, 1945). 1.2 A Gestão de Qualidade no Brasil No Brasil, o movimento da Qualidade iniciou-se com a criação de indústrias de base geradas no Governo de Getúlio Vargas (1951-1954), como a Petrobras, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) etc., e com políticas e diretrizes adotadas por Juscelino Kubitschek (1956-1961), como a criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA). Desde o desequilíbrio da balança de pagamentos, em meados de 1947, ocasionados pela importação de veículos, exigia-se indústrias automobilísticas próprias, não só desempenhando atividades de montagem e produção de peças e componentes, mas sim na inserção do país no sistema de produção em massa. E com o lema “50 anos em 5”, inseridos no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, a produção automobilística inicia a industrialização no Brasil. Já na década de 70, foi exigido de empresas fornecedoras de energia nuclear a garantia de qualidade dos equipamentos. Isso obrigou as empresas brasileiras a buscar transformações e resultados que acompanhassem as exigências tecnológicas e o formato de adequação e padronização mundial. Desde então, empresas de todos os setores iniciaram a implantação do modelo de Gestão da Qualidade. A adesão das empresas coloca, ainda hoje, o Brasil como um dos principais países na busca por adequação aos requisitos normativos exigíveis. Faz parte dessa transformação reestruturar o ambiente de trabalho, capacitar e desenvolver equipes, aprimorar os processos por meio do uso de tecnologia, procedimentos, instruções e registros, de forma a orientar todos os envolvidos na execução das rotinas e 14UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização atividades operacionais. Isso tudo através da implantação conceitual e na ideia consensual do que é qualidade. O que se destaca é que com o aumento da concorrência ocasionados pela abertura de mercado, a Qualidade se transforma em uma decisão estratégica para não colocar em risco a sobrevivência das organizações. REFLITA “Qualidade é a capacidade de satisfazer desejos” (DEMING apud AMBROZEWICZ, 2003, p. 19). 1.3 A Evolução dos Sistemas de Gestão da Qualidade A implantação de um sistema de gestão da qualidade é um processo contínuo e evolutivo, e exige que as organizações compreendam não só sua importância, mas também as mudanças que o envolvem. Devendo, sobretudo, dar maior foco em toda a atividade produtiva no atendimento ao consumidor. Para tanto, a evolução da qualidade tem contribuído para o entendimento de cada fase como fator determinante para a implantação dos processos e conceitos implantados, além de demonstrar o quanto se tornou fundamental assegurar a qualidade dos produtos, serviços, instalações e equipamentos. Sendo assim, compreender as etapas de evolução dos Sistemas de Gestão da Qualidade facilita na compreensão e histórico dos processos existentes, sendo: 15UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização Quadro 1 - Etapas da Evolução do Sistema de Gestão da Qualidade. 1ª etapa (1900) Controle da Qualidade pelo Operador Um trabalhador ou um grupo pequeno era responsável pela fabricação do produto por inteiro, permitindo que cada um controlasse a qualidade de seu serviço. 2ª etapa (1918) Controle da Qualidade pelo Supervisor Um supervisor assumia a responsabilidade da qualidade referente ao trabalho da equipe, dirigindo as ações e executando as tarefas onde fosse necessário e conveniente em cada caso. 3ª etapa (1937) Controle da Qualidade por Inspeção Esta fase surgiu com a finalidade de verificar se os materiais, peças, componentes, ferramentas e outros estavam de acordo com os padrões estabelecidos. Deste modo, seu objetivo era detectar os problemas nas organizações. 4ª etapa (1960) Controle Estatístico da Qualidade Esta etapa ocorreu através do reconhecimento da variabilidade na indústria. Numa produção sempre ocorre uma variação de matéria-prima, operários, equipamentos etc. A questão não era distinguir a variação e sim como separar as variações aceitáveis daquelas que indicassem problemas. Deste modo, surgiu o Controle Estatístico da Qualidade, no sentido de prevenir e atacar os problemas. Surgiram também as sete ferramentas básicas da qualidade na utilização da produção: Fluxograma, Folha de Verificação, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Histograma, Diagrama de Dispersão e Carta de Controle. Esta etapa permaneceu restrita às áreas de produção e em nível de chão de fábrica. Desenvolveu-se de forma lenta e é aplicada nas organizações até os dias de hoje. 5ª etapa (1980) Controle da Qualidade A qualidade passou de um método restrito para um mais amplo, o gerenciamento. Mas ainda continuou com seu objetivo principal de prevenir e atacar os problemas, apesar de os instrumentos se expandirem além das oito estatísticas, tais como: quantificação dos custos da qualidade, controle da qualidade, engenharia da confiabilidade e zero defeitos. Fonte: Longo (1994). 16UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização Resumindo, podemos dividir as etapas em três fases. Na primeira fase, chamada como a “Fase da Inspeção”, os produtos eram analisados um a um, inclusive com a participação do cliente no processo de inspeção, na busca por defeitos. Na segunda fase, considerada a “Fase do Controle Estatístico”, os produtos passam a ser inspecionados por amostragem, tendo um departamento ou área específica para a realização das inspeções, dando maior ênfase na localização dos defeitos. Já na terceira fase, “Fase da Qualidade Total”, os processos produtivos são controlados, a responsabilidade é de toda a empresa, com foco na prevenção e na qualidade assegurada de todo o processo. Ou seja, a importância deixou de ser no produto e passou a ser no processo. Os Sistemas de Garantia da Qualidade resultam da descrição e da aplicação de uma série de métodos e técnicas gerenciais recomendadas para atender resultados de trabalho individuais ou coletivos; baseados em tecnologias e ambientes de trabalho, fundamentada na capacitação das equipes e lideranças, e em conformidade com um conjunto de critérios e requisitos a serem implementados continuamente nos processos. Com esse aprofundamento conceitual, baseados na integração econômica, social, cultural e política, tornou-se necessária a padronização dos requisitos do Sistema de Garantia da Qualidade. Você, aluno(a), teráacesso ao descritivo na Unidade II, com a edição das normas internacionais, mundialmente conhecidas como Normas da Série ISO ou International Organization for Standardization. 1.4 Representações Internacionais e a ABNT É fato que com a globalização da economia, ou seja, com a integração entre as diferentes localidades do planeta, a padronização dos processos e sistemas de gestão se tornou um requisito necessário. Assim como a criação de normas internacionais se tornou determinante para direcionar as organizações no atendimento aos princípios propostos. Criada em 1947, a International Organization for Standardization (ISO) ou Organização Internacional de Normatização é um órgão privado e sem fins lucrativos, da qual participam 164 países. Dividida em Comitês Técnicos (TCs), a normalização é específica para cada setor da economia. Através das normas ISO certificam-se produtos e serviços em várias organizações em todo o mundo. A ISO elabora normas internacionais sobre produtos e serviços, compostas por um documento de modelo padrão que determina requisitos necessários para a implantação e certificação do processo requerido. 17UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (ABNT NBR), elaboradas por Comitês Brasileiros (CB) e por Organismos de Normalização Setorial (ONS). Também é responsável pelo gerenciamento e disposição das normas ISO no país. O Comitê Brasileiro da Qualidade (CB-25) é o representante oficial da ABNT junto ao Comitê Técnico (TC-176), responsável na ISO pelo Sistema de Gerenciamento da Qualidade. Tem como objetivos traduzir as normas, participar ativamente na concepção e elaboração de processos de revisão, representar o país considerando as necessidades e dificuldades locais, garantir a implementação das melhores práticas de qualidade a serem adotadas pelas organizações para atender os clientes. Além de certificar, por meio desse organismo internacional, o processo de avaliação de conformidade e suas correlatas, atuando como representante estratégico. Em 1987, foram criadas as normas ISO 9000 e 9001, a partir de uma reunião internacional para a definição de um conjunto de melhores práticas de qualidade a serem adotadas por empresas que focassem em atender as necessidades dos clientes. As normas mais conhecidas desta série são: ● ABNT NBR ISO 9000 - Sistema de Gestão da Qualidade (Fundamentos e Vocabulário) - documento que contém todos os termos utilizados no sistema; ● ABNT NBR ISO 9001 - Sistema de Gestão da Qualidade (Requisitos) - explica os requisitos para obter a certificação; ● ABNT NBR ISO 9004 - Gestão para o Sucesso Sustentado de uma Organização (Uma abordagem de Gestão da Qualidade) - é um documento com instruções para implantar o Sistema de Gestão da Qualidade. Um dos principais fatores que contribuiu para a motivação e sucesso da implantação das normas ISO em todo o mundo foi o de facilitar o livre comércio, uma vez que o padrão a ser seguido é baseado em um modelo reconhecido internacionalmente. Também por reduzir os custos de transação implícitos e exigidos por empresas que não garantem atributos de qualidade, validações, avaliações e procedimentos operacionais. A criação das Normas ISO 9000 possibilitou também a certificação de empresas, sem distinguir seu porte ou segmento. Enquanto a certificação de sistemas é o resultado da verificação da conformidade aos requisitos e procedimentos de gestão das normas, a certificação de produtos atesta o atendimento das características específicas de um produto. Para a certificação de produtos 18UNIDADE I A Organização Internacional de Padronização é necessária a realização de testes e ensaios nos produtos, o que exige laboratórios capacitados, no Brasil realizado por laboratórios credenciados como Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A princípio, as organizações adotam a Norma ISO 9000 para garantir as necessidades e expectativas dos clientes, as quais são detectadas de forma clara através de reclamações, devoluções, redução de compra. Indicadores esses que demonstram que “algo” no processo não está conforme o planejado. Visto que o objetivo principal das normas de sistema da qualidade é o de disciplinar as organizações e gerências, na elaboração, projetos, processo e comercialização; destaca-se que “a qualidade ocupou o centro da atenção gerencial ao prover soluções para as organizações, quando a oferta se tornou maior que a demanda e quando os clientes se tornaram mais bem informados e exigentes”. (BARROS, 1992 apud ARAUJO, 2007, p. 228) Só a aplicação das normas não assegura a qualidade da tecnologia ou desempenho empregados, ou mesmo a capacidade de inovação da empresa. É preciso comprometimento, capacitação, entendimento conceitual e, principalmente, visão sistêmica para identificar os pontos fracos e dar continuidade à implantação e o aprimoramento estratégico contínuo.
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