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Coisa Julgada no Direito

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DIREITO AULA 58
Coisa julgada
Coisa julgada é uma das garantias resguardadas pela Constituição Federal Brasileira (CF), presente no seu art. 5º, XXXVI e também na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), em seu §3º do art. 6º. Podendo ser definida brevemente no meio jurídico como o fim de uma decisão sobre um mérito que foi julgado e que não poderá ser novamente apreciado, ou seja, sucede-se do trânsito em julgado.
Sendo assim, entende ser que houve todo o exaurimento das instâncias judiciárias para a apreciação do litígio ou que não tenha havido recursos após a prolação da decisão terminativa, sendo, portanto, o encerramento do julgamento, que consequentemente acarretará a certidão de trânsito em julgado.
Vale lembrar que o trânsito em julgado ocorre após o esgotamento de todos os procedimentos para o julgamento de uma demanda, ocorrendo em qualquer área do direito, seja no penal, cível, trabalhista e dentre outras. Após a decisão definitiva no processo, e não cabendo a possibilidade da interposição de recursos, segue-se o trânsito em julgado.
Tem como finalidade a coisa julgada evitar que se estenda uma discussão infindável sobre um mesmo tema, buscando preservar a segurança jurídica das decisões e com isso a estabilidade nas relações judiciais.
O Código de Processo Civil (CPC) também trata do instituto de coisa julgada em seus regramentos, contidos nos artigos 502 a 508, que traz em seu bojo para a definição as palavras “imutável” e “indiscutível”, definindo como a matéria que não se pode mais recorrer.
Traz o instituto como forma também de preliminar de mérito, que é quando uma questão deve ser analisada antes do mérito propriamente dito (a questão principal), por se tratar de causas que impedem o julgamento, devendo assim, ser extinta a demanda sem resolução do mérito, conforme preceitua o art. 485, inciso V do CPC.
A doutrina divide a coisa julgada em material e formal.
A Coisa Julgada Material, seria a geral, tratada pela CF e CPC, se refere quando o conteúdo do dispositivo da decisão (sentença, acórdão ou decisões que tenham solucionado o mérito, que tenha sido julgado provido ou não), torna incontestável e permanente, ou seja, sem a possibilidade de reforma ou modificação.
Já a Coisa Julgada Formal, é uma definição doutrinária, que significa que acontecerá após a preclusão de algum ato processual, isto é, decorre o período de tempo que a parte possui para agir, mas permanece inerte. Advém, por exemplo, de quando o litigante deixa de protocolar um recurso, devendo aquela decisão terminativa encontrar-se decidida de forma definitiva, pelo Princípio da Inalterabilidade do Julgamento. Fazendo com que ela permanece daquela forma para as partes que atuaram naquele específico processo. Na qual a doutrina denomina como preclusão máxima.