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RESUMO SOBRE COISA JULGADA

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Brenda Amengol 
1 
 
RESUMO SOBRE COISA JULGADA 
* O conceito de Coisa Julgada está previsto no artigo 502 do Código de Processo Civil, 
que a descreve como sendo uma autoridade que impede a modificação ou discussão de 
decisão de mérito da qual não cabe mais recursos. A coisa julgada decorre diretamente 
do esgotamento ou dispensa das vias recursais, tornando definitiva a decisão que 
enfrentou a questão principal do processo. Uma das finalidades da coisa julgada é 
imprimir segurança aos julgados, evitando que litígios idênticos sejam novamente 
ajuizados, o que geraria desordem e discussões infindáveis. 
* Em regra, a Coisa Julgada é a imutabilidade, a indiscutibilidade que abrange a decisão 
judicial proferida transitada em julgada. Os pressupostos para decisão de coisa em julgada 
são: resolução do mérito, cognição exauriente, decisão jurisdicional e trânsito em julgado. 
* O conteúdo do dispositivo da decisão que fica imutável e indiscutível. 
* A coisa julgada pode ser material ou formal: 
Coisa Julgada Material – Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna 
imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. 
A coisa julgada material é aquela que advém de uma sentença de mérito, como nas 
hipóteses estabelecidas pelo diploma processual civil nos casos em que juiz decide com 
resolução do mérito, quando acolhe ou rejeita o pedido do autor, o réu reconhece a 
procedência do pedido; quando as partes transigirem, quando o juiz pronuncia 
a decadência ou a prescrição, e quando o autor renuncia ao direito sobre que se funda a 
ação. 
O principal efeito de uma decisão de mérito é a “impossibilidade” da reforma do 
provimento judicial, seja no mesmo processo ou em outro. Verifica-se assim que não se 
pode submeter à mesma demanda ao judiciário, diferentemente da coisa julgada formal. 
Se o autor promove uma ação de reparação de danos, ou outra de qualquer natureza, em 
face do réu, e o juiz julga improcedente o pedido do autor, que não recorre, tal decisão é 
um exemplo de ocorrência da coisa julgada material. 
Coisa Julgada Formal – É a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo 
processo, como consequência da preclusão dos recursos. 
http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/prescricao-e-decadencia.htm
Brenda Amengol 
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Depois de formada a coisa julgada, o juiz não pode mais modificar sua decisão, ainda que 
se convença de posição contrária a que tinha anteriormente adotado. 
Só tem eficácia dentro do processo em que surgiu e, por isso, não impede que o tema 
volte a ser agitado em nova relação processual. É o que se denomina Princípio da 
inalterabilidade do julgamento. 
Todas as sentenças fazem coisa julgada formal, mesmo que não tenham decidido à disputa 
existente entre as partes. 
A coisa julgada formal é aquela que advém de uma sentença terminativa, como nas 
hipóteses em que o processo será extinto pelo juiz, quando indeferir a petição inicial, 
quando o processo ficar parado por negligência das partes, quando, por não promover os 
atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa, quando se verificar a 
ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo, quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa 
julgada, quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, 
a legitimidade das partes e o interesse processual, pela convenção de arbitragem, quando o 
autor desistir da ação, quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal, 
quando ocorrer confusão entre autor e réu. 
• OBS: Segundo a jurisprudência do STJ, nas ações coletivas, para análise da 
configuração de litispendência, a identidade das partes deve ser aferida sob a 
ótica dos possíveis beneficiários do resultado das sentenças, tendo em vista 
tratar-se de substituição processual por legitimado extraordinário. 
* A autoridade da coisa julgada, pode-se definir com precisão, como a qualidade de 
imutabilidade do comando emergente de uma sentença para determinada situação, 
coincidindo o comando com a própria parte dispositiva da sentença. É uma qualidade 
mais intensa e profunda, que reveste o conteúdo do ato e o torna imutável, em face da 
mesma situação fático jurídica. Os efeitos do comando são também alcançados por essa 
qualidade se bem que diversamente. 
* A diferença entre ambos é que enquanto o comando da sentença resta imutável para as 
partes seus efeitos podem ser por elas alterados. Ocorrendo a coisa julgada, sanam-se as 
nulidades que, porventura, poderiam ter existido; essas nulidades se transformam em 
motivos de rescindibilidade; mais ainda, se superado o prazo dentro no qual se poderia 
Brenda Amengol 
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ter cogitado de uma ação rescisória invocando-se vícios que sobrevivem à coisa julgada, 
durante certo tempo toda e qualquer possível nulidade de rescindibilidade, ficará, 
definitivamente superada. 
* Vale salientar que, a hipótese de inexistência, será alegável independentemente do prazo 
e forma. Ainda que possa pender uma ação rescisória, a coisa julgada somente 
desaparecerá quando do julgamento de procedência dessa ação. Vale dizer que, coisa 
julgada e possibilidade de propositura de ação rescisória, são realidades possíveis. 
* A coisa julgada decorre de incidência de norma de ordem pública, sendo por isso 
mesmo, não válida restrição em sentido contrário à sua ocorrência, que tenha sido aposta 
à sentença, pelo juiz, salvo se a lei, e, não o juiz, nesse sentido houver disposto. A mesma 
coisa deve-se dizer atinente à irrelevância da vontade das partes, que hajam ajustado a 
respeito da não ocorrência de coisa julgada, contrariamente à presença dos seus 
pressupostos mediante os quais deve ela ocorrer. 
* Deve-se sublinhar que a chamada inexistência da sentença, ainda que não mais dela 
caiba recurso algum, não leva à formação da coisa julgada, mesmo porque, sequer 
sentença, propriamente, terá existido. Trata-se de vício insuscetível de ser sanado, 
inexistência de coisa julgada. 
* Há sistemas em que a sentença, de que não mais caiba recurso, mas cujo conteúdo de 
sua parte dispositiva colida com precedente sentença, transitada em julgada, não fica 
coberta pela autoridade de coisa julgada. No direito brasileiro é também esse o sistema 
adotado, apesar de sérias posições em contrário. Ora, já houve o acesso a justiça, o 
exercício do poder dispositivo pelas partes, a prestação da tutela jurisdicional pelo Estado, 
tudo objetivando a solução da lide inexistindo permissivo legal que possibilite ao 
judiciário decidir novamente o que foi decidido. A sentença transitada em julgado, que 
violar precedente coisa julgada pode ser também rescindível, tendo em vista os arts. 
485,V, 966, IV, CPC, o que em nada altera o que foi exposto simplesmente ensejando 
caminho, alternativo, para a solução das lides. 
* O trânsito em julgado de uma decisão deverá ocorrer em dado momento, para segurança 
jurídica e estabilização do conteúdo decisório. Todavia, o sistema jurídico positivo 
contempla uma gradação dessa preclusão, não sendo igualitária para todos os conteúdos 
decisórios. Dessa forma, difere a classificação da coisa julgada: todas as decisões são 
Brenda Amengol 
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predispostas a operar efeitos da coisa julgada formal, porém somente as decisões de 
mérito podem chegar a alcançar os efeitos da coisa julgada material. 
* Saliente-se que a coisa julgada é fenômeno processual conhecido como autoridade da 
coisa julgada, que se opera quando a decisão não se sujeita à remessa necessária e não 
cabe mais recurso, tornando-se definitiva. A coisa julgada é, assim, um marco processual 
e, ao mesmo tempo, um marco material, pois atua no mundo empírico. 
* Enfim, a coisa julgada, a dita imutabilidade do comando emergente de uma sentença, 
possui suas raízes na própria Constituição Federal (art. 5º, XXXVI).Tem por finalidade 
proporcionar mais segurança às relações jurídicas decididas em juízo, a partir da 
imutabilidade do pronunciamento jurisdicional definitivo exarado em determinado 
processo, garantindo aos cidadãos a vedação da rediscussão, alteração ou desrespeito, 
quer pelas partes, quer pelo próprio Poder Judiciário. Em termos legais, chama-se coisa 
julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. Segundo os termos 
do CPC, denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e 
indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. Assim, define-se coisa julgada 
como a imutabilidade que incide sobre o dispositivo da decisão de mérito (art. 489, III, 
do CPC). É um plus que adere à sentença, uma qualidade ou efeito produzido 
externamente por se terem operado as condições definidas pelo comando legal.

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