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PROCESSO DE CONHECIMENTO CÍVEL Prof. Mayke Iyusuka Princípio da Eventualidade O princípio da eventualidade significa a possibilidade (e a recomendação) de o réu arguir toda a defesa possível caso uma ou alguma delas seja rejeitada pelo magistrado. Concentra-se a defesa na eventualidade de alguma alegação não vir a ser acolhida pelo Estado-juiz. É esta a razão pela qual o art. 337, buscando ordenar as defesas, impõe ao réu que suscite, antes das defesas de mérito (relativas a saber se o autor é, ou não, merecedor de tutela jurisdicional), as defesas processuais que entender cabíveis (relativas à possibilidade de o magistrado analisar, ou não, o mérito). Princípio da impugnação especificada O princípio da impugnação especificada, que se relaciona às defesas de mérito, exige do réu que se manifeste de maneira precisa sobre cada um dos fatos alegados pelo autor. Fato não controvertido, friso, é fato passível de ser reputado verdadeiro (arts. 341, caput, e 374, III) e, como tal, passível de ser acolhido pelo magistrado. Exceção- Impungação por negativa geral- art. 341, parágrafo único, do CPC- O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE- Art. 338 e 339 do CPC 1) Alegando o réu, na contestação- juiz intimará o Autor para que em 15 (quinze) dias faça a alteração da petição inicial para substituição do réu ou o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu. OBS: Realizada a substituição pelo Autor- deve reembolsar as despesas e pagará os honorários ao advogado do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa. 2) O Réu ao alegar sua ilegitimidade- deve indicar que dever ser o sujeito passivo da relação jurídica se tiver conhecimento. Se não indicar arcará com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. Cabe reconvenção no Juizado Especial Cível? Resposta: Não cabe, pois o JEC foi criado para dar celeridade e economia processual aos envolvidos no conflito e a reconvenção traria uma complexidade procedimental no JEC o que seria contraproducente com as diretrizes e princípios do Juizado Especial Cível. Nos termos do art. 31 , da Lei nº 9.099 /95, não cabe reconvenção no âmbito dos Juizados Especiais, mas pode o réu formular pedido a seu favor, no corpo da contestação, desde que adequado à competência do Juizado - por valor e matéria - e tendo por fundamento os mesmos fatos que constituem o objeto da controvérsia. (PEDIDO CONTRAPOSTO) OBRIGADO!
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