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questoes parasito enterobius

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Questões Parasitologia – Agressão e Defesa I – 1º Ciclo
Alunos: Gabriella Rodrigues de Oliveira, Laura Costa Ribeiro e Paola de Sousa Tozzi
Turma: Beta 
Data: 16/03/2021 
 Enterobius vermiculares
1) Descreva o ciclo.
= O habitat dos vermes adultos é a região cecal do intestino grosso humano e suas imediações, sendo os enteróbios encontrados muitas vezes na luz do apêndice cecal. Sob esse viés, machos e fêmeas vivem aderidos a mucosa ou livres na cavidade, alimentando-se saprozoicamente do conteúdo intestinal. No entanto, as fêmeas fecundadas não ovipõem no intestino, mas acumulam de 5.000 a 16.000 ovos, de modo que seus úteros acabam por se transformar em um único saco, distendido pela massa ovular, que ocupa quase todo o espaço entre a região bulbar do esôfago e o início da cauda. Então, elas abandonam o cécum e migram para o reto e o períneo do paciente. Com a oviposição, que se dá na região perianal, completa-se a vida do helminto adulto, que não irá demorar a morrer. Outras vezes, ao chegarem ao períneo, as fêmeas morrem, ficam ressecadas e se rompem, liberando então milhares de ovos cada uma. A duração de sua existência é estimada em 35 a 50 dias e a dos machos é desconhecida. Ademais, na ausência de reinfecções, o parasitismo cessa, espontaneamente, em poucas semanas.
2) Qual o principal sintoma?
= É o prurido anal, causado pela presença do parasito na pele da região, logo, a margem do anus apresenta-se avermelhada, congestionada e por vezes recoberta de muco que chega a ser sanguinolento. Pode haver lesões na mucosa retal. Dessa forma, o prurido é intenso, levando o paciente a coçar-se e a produzir escoriações na pele, que abrem caminho a infecções bacterianas. A coceira manifesta-se principalmente a noite, logo após deitar-se. Ademais, nas meninas, acompanha-se por vezes de prurido vulvar, ainda, fenômenos de hipersensibilidade devem estar envolvidos no processo, pois outro sintoma frequente é o prurido nasal.
3) Como é feito o diagnóstico?
= É feito quando as pessoas que cuidam da higiene dos pacientes encontram os vermes na roupa íntima ou de cama, ou no períneo das crianças. Entretanto, os Enterobius passam em geral despercebidos, sendo que os exames de fezes, mesmo com técnicas de enriquecimento, só revelam 5 a 10% dos casos de parasitismo. A melhor forma de encontrá-los consiste em aplicar sobre a pele da região perineal (onde as fêmeas gravidas se encontram e fazem suas desovas) uma fita adesiva transparente. Os ovos, quando presentes, aderem à superfície gomada da fita. Depois de removida da pele, a fita será colada sobre uma lamina de microscopia e examinada ao microscópio. Mas, se o exame for negativo, deve-se repetí-lo cinco ou seis vezes, em dias sucessivos. Deve-se fazer o exame pela manhã, assim que o paciente se levantar e antes de banhar se, pois a positividade diminui no decurso do dia a medida que os ovos se desprendem da pele.
4) Como é a transmissão?
= Há duas formas de transmissão: a heteroinfecção e a autoinfecção, cada uma com duas modalidades principais: por via aérea e por mãos sujas. 1ª: a transmissão do parasitismo de um indivíduo a outro (heteroinfecção) se dá pela inalação e ingestão de ovos disseminados por via aérea. Ocorre facilmente entre pessoas que dormem no mesmo quarto e, mais ainda, na mesma cama; também entre pessoas que frequentam as mesmas instalações sanitárias. 2ª: A transmissão indireta, da região anal para a boca, através de mãos contaminadas de outra pessoa (heteroinfecção), ocorre com frequência entre as crianças pequenas e os adultos que cuidam delas. 3ª: A autoinfecção, ou seja, a reinfecção com ovos procedentes do mesmo indivíduo, pode ser por via aérea, com maior facilidade que a heteroinfecção, tanto na cama como no momento de trocar os trajes da noite, puxando-os pela cabeça. 4ª: A transmissão direta do anus para a boca do mesmo paciente assegura a possibilidade de autoinfecções maciças, quando a pessoa, depois de coçar-se, impelida pelo prurido, levar a mão na boca ou quando tocam alimentos, copos, talheres, cigarros etc, que em seguida vão a boca. 
Ascaris lumbricoides
1) Descreva o ciclo
= Um indíviduo contaminado pelo verme elimina diariamente milhares de ovos pelas fezes no solo ou em locais com pouco saneamento básico adequado, contaminando solos e água. Uma pessoa sadia ingere esses ovos e se contamina. Após a ingestão, se da à eclosão que é desencadeada por estímulos fornecidos pelo hospedeiro, dentre os quais se destaca a concentração de CO2. A larva de segundo estágio é aeróbia, não conseguindo se desenvolver na cavidade intestinal, sendo assim, invade a mucosa intestinal, penetrando na circulação sanguínea ou linfática, sendo levada ao pulmão. Nos pulmões as larvas de segundo estágio encontram o meio favorável para evoluir, sofrem a segunda muda, se transformando em larvas de terceiro estágio já sendo possível identificar o sexo. Depois atravessam as paredes dos capilares e nos alvéolos realizam a terceira muda. Quando chegam aos bronquíolos as larvas começam a ser arrastadas junto com o muco pelos movimentos ciliares, sobem pela traquéia e laringe, para serem deglutidas e alcançarem o estômago e intestino. O ultimo estágio que é a quarta muda, as larvas já são aeróbios facultativos e se transformam em larvas adultas jovens, o desenvolvimento procede, em dois meses o desenvolvimento sexual se completa e as fêmeas começam a pôr os ovos. 
2) Quais os sinais clínicos do ciclo pulmonar? 
= Nas crianças pode ocorrer síndrome de Loeffler: onde ocorre febre, tosse e eosinofilia sanguínea elevada, exame radiológico apresenta pulmão com pequenas manchas isoladas, há sinais discretos de bronquite com estertores disseminados.Nos adultos pode ocorrer casos de broncopneumonia ou pneumonia difusa bilateral e até mesmo crises de asma. 
3) Como diagnosticar? 
= Os quadros clínicos muitas vezes não permitem diagnosticar de outros vermes, a eliminação espontânea do verme pela boca ou anus pode ser esclarecedor, mas pode se utilizar de radiografia, exames de fezes e coproscopia.
4) Quando o tratamento é cirúrgico?
= Quando eles estão localizados fora do intestino ou formas larvárias durante suas migrações antes de alcançar o tudo digestivo, os anti-helmínticos não tem efeito, ai nas localizações extraintestinais do verme o tratamento é cirúrgico, é realizada cirurgia também quando ocorre obstrução intestinal ou necrose intestinal.
5) Como é a transmissão?
= Se desenvolve no domicílio e peridomicílio poluído com as dejeções dos indivíduos contaminados, pode ser por contaminação do solo, mãos sujas de terra contaminada, ovos sob as unhas, alimentos contaminados pelo solo, água contaminada pelo solo, frutas e verduras cruas de hortas adubadas com fezes humanas, são os veículos que levam à boca os ovos do parasita e assegura sua ingestão pelas pessoas. 
Trichuris trichiura
1) Descreva o ciclo.
=Enquanto estão no intestino do hospedeiro, os ovos permanecem sem embrionar. Mas, ao alcançarem o meio externo, começa a segmentação da célula-ovo, que leva à formação de uma larva ao fim de umas três semanas ou de vários meses, em função da temperatura e de outros fatores do meio. A larva não abandona a casca nem sofre ecdises aí, porém o ovo embrionado passa a ser infectante para o homem, quando ingerido com a poeira, a água ou alimentos contaminados. Em condições naturais, devem sobreviver no meio durante vários meses. Quando ingeridos pelas crianças ou pelos adultos, eclodem na luz do intestino, e as larvas, depois de saírem por um dos pólos do ovo, penetram nas criptas glandulares do ceco, onde permanecem dois dias. Completado o desenvolvimento, os vermes adultos fixam-se à mucosa, onde mantêm mergulhada a extremidade cefálica, e decorridos 70 a 90 dias, depois da ingestão do material infectante, completa-se o ciclo evolutivo com o aparecimento de ovos nas fezes do novo hospedeiro.
2) Fale sobre a patogenia. 
= A maioria dos indivíduosparasitados é de portadores assintomáticos, não se tendo informações sobre o número de vermes necessários para que surjam efeitos patogênicos. As condições em que se encontra constituem uma variável importante para o aparecimento e a gravidade do quadro clínico. As lesões traumáticas que os tricuros podem causar são mínimas e, mesmo nas infecções pesadas, não se observam fenômenos inflamatórios importantes. Os autores são, por isso, induzidos a pensar em mecanismos irritativos sobre as terminações nervosas da parede intestinal, produzindo reflexos que alteram a motilidade (peristaltismo) e as funções do intestino grosso (reabsorção de líquidos, principalmente), ou em mecanismos de hipersensibilidade aos produtos metabólicos do helminto. O quadro clínico pode ser discreto e indefinido, com nervosismo, insónia, perda de apetite e eosinofilia sanguínea. Mais frequentemente é caracterizado por diarréia, dor abdominal, tenesmo e perda de peso. Uma diarréia persistente, em crianças pequenas, pode conduzir a um estado de desidratação cuja etiologia pode não ser suspeitada pelos médicos. Fenômenos dispépticos, dor abdominal, principalmente no quadrante inferior direito, flatulência, constipação intestinal e febre moderada compõem o quadro sintomático de outros casos. Uma intensa irritação intestinal pode levar até ao prolapso do reto em pacientes (crianças) com grande número de vermes distribuídos por todos os segmentos do intestino grosso.
3) Como é o diagnóstico?
= Dada a fecundidade dos tricuros, a pesquisa de seus ovos nas fezes não oferece dificuldade, sendo adequado para isto qualquer dos métodos parasitoscópicos de rotina. A morfologia desses vermes também é inconfundível. Para contagem de helmintos adultos existentes em um paciente, emprega-se a técnica de contagem de Stoll: considerando-se leve um parasitismo por T.trichiura que corresponda à eliminação de menos de 5.000 ovos por grama de fezes; entre 5.000 e 10.000 ovos/grama, trata-se de infecção de intensidade média; e acima de 10.000 ovos/grama, de infecção pesada.
4) Como é a transmissão? 
= É pela ingestão de água e alimentos contaminados, bem como pela poeira.

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