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Mais do que webdesigner, é pre- ciso ser vendedor. Toda vez que entro em algum fórum sobre webdesign encontro algum tópico com dúvidas similares a "como faço pra vender mais" ou "como faço para me sustentar sendo apenas como designer". e por aí vai. São questiona- mentos sobre abordagem de venda, como fa- zer com o que o cliente pague em dia, qual va- lor cobrar, etc. Compreendo todas essas dúvidas, afinal temos pouco material sobre o assunto, voltado ao profissional web. Durante esses anos todos de profissão percebi uma coisa: mais do que webdesigner, devo ser vendedor. Quem vende bem, vende bem qual- quer coisa. E quando sabemos vender aquilo que mais entendemos (no caso, webdesign), aí é melhor ainda. E esse tipo de informação você não vai encon- trar em livros de design, de web, desenvolvi- mento, muito menos no guia oficial da Macro- media. Infelizmente, isso não se aprende em faculdade, colégio nem curso. É necessário buscar em outras literaturas. Livros sobre venda, publicidade, comportamen- to do consumidor, até os vídeos do Professor Marins estão valendo. Todo esse conhecimen- to sobre vendas é importantissimo, e você não imagina o quanto. O primeiro livro que costumo recomendar é o clássico dos clássicos, "Como fazer amigos e influenciar pessoas", de Dale Carnegie. Veja aí que este livro nada parece com os títulos que normalmente o webdesigner lê. Carnegie publicou este livro em 1937. E é tão bom que até hoje não saiu da validade. Nele você irá encontrar dicas simples (porém valio- síssimas e pouco observadas pelas pessoas), abordando uma melhor comunicação tanto no meio profissional como nas relações de amiza- de e amor. Relações de amizade e amor? Estranhou essa parte? Ora, quem é que paga pelo site que vo- cê produz? Um objeto inanimado? Um ser abs- trato? Você ainda acha que o dinheiro que vo- cê recebe é dado por uma caixa com quatro paredes de cimento blindado chamada Banco? As vezes noto que muitas pessoas não perce- bem que o que faz a gente crescer na vida são os relacionamentos com as pessoas e não re- lacionamentos com carros, computadores e com coisas que não se mexem. Quem reco- nhece o seu trabalho são pessoas, gente, que tem vida e que pensam. Se comunicar bem e ter bons relacionamentos é essencial para quem quer ter sucesso profissional. Lá no início do texto disse "Infelizmente colé- gios não ensinam isso". Infelizmente mesmo. Pois como sería bom se saissemos do colégio ou faculdade sabendo se relacionar bem com as pessoas, nos comunicando bem com elas. Mas não é isso o que vemos. São colégios querendo que você passe no vestibular, colo- cando na cabeça do aluno que tirar nota 10 e ser o primeiro lugar geral é o que vai ser a ga- rantia do sucesso e da felicidade do coitado. E o resultado taí, milhares (e porque não mi- lhões) de pessoas que não sabem se relacio- nar, se comunicar e vender seu próprio traba- lho. Não vou dar aqui cinco dicas mágicas pois o assunto é profundo e não são com algumas di- cas em um artigo que vou conseguir passar to- do o conteúdo necessário sobre vendas e rela- cionamento. Por isso vou dar o caminho das pedras pra vocês. Se um de vocês levar em consideração o que estou dizendo, lendo um desses livros, fazendo com que seu caminho se modifique para um caminho melhor, já fica- rei feliz. Note que são livros baratinhos, bem mais bara- tos que os livros técnicos que estamos acostu- mados a comprar. "Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas" de Dale Carnegie "O Maior Vendedor Do Mundo" de Og Mandino "Como Lidar Com Pessoas Dificeis" de Christ Osborne "Como Falar em Público e Influenciar Pessoas no Mundo dos Negócios" de Dale Carnagie 1 "Como Administrar Melhor Seu Dinheiro" de Mauro Halfeld "Dinheiro: os Segredos de Quem Tem" de Gustavo Petrasunas Cerbasi "Como Tornar-Se Empreendedor: Em Qual- quer Idade" de Renato Bernhoeft Leiam e depois me contem se não valeu a pe- na se dedicar a essas leituras. Se você acha que o mercado está difícil, apro- veite essa dificuldade para encontrar aquilo que ninguém vê. Quem sabe isso tudo que dis- se nesse artigo não seja uma dessas coisas que a maioria não enxergam? E siga em frente, sempre para o alto e avante! Logotipo X Web: Simplicidade ou Sofis- ticação Para quem não sabe, logotipo é a identidade visual que, com apenas alguns traços, deve demonstrar todo o contexto, a filosofia e a “ca- ra” de uma empresa. Existe uma grande questão quando vamos fa- lar de logotipo ou logomarca. Até hoje ninguém chegou a uma conclusão certa de qual é a palavra correta, mas irei abor- dar essas diferenças em um outro artigo. Logotipo é uma marca que se distingue, cria vínculos e fixa na cabeça das pessoas. Pegue como exemplo a maior marca do mundo: a Coca-Cola. Quem não é capaz de reconhecer aquelas letras góticas escritas em branco so- bre um fundo vermelho? Essa marca acabou fazendo tanto sucesso que se infiltrou nas ca- beças das pessoas, virando parte do cotidiano. Mas uma das coisas da Coca Cola surpreen- dem: a simplicidade dos traços que compõem a marca. Quem puder, dê uma olhada em qualquer gar- rafa desse refrigerante e tente perceber como é simples e de fácil interpretação, podendo ser utilizado em qualquer lugar, desde a Web até em uma folha de fax que ninguém deixará de reconhecer a empresa. Esse vem sendo o grande problema, em mar- cas criadas para web. Designers precisam re- fletir e estudar um pouco mais na hora de ela- borar um logo. Hoje em dia, temos milhares de ferramentas gráficas que nos ajudam a criar logotipos sofis- ticados, cheios de cores e efeitos realistas que enchem nossos olhos. Verdadeiras obras-pri- mas. A cada página visitada, são novos con- ceitos inseridos em milhares de contextos ul- tra-modernos que nem sempre podem ser utili- zados fora da Web, tornando essa marca inviá- vel para utilização. A sofisticação tem seus problemas. Sim, estou sendo sincero. Já peguei milhares de exemplos no qual o logotipo funciona perfei- tamente bem na web, mas para um cartão de visita acabava por se tornar ilegível e, portanto, impraticável. Às vezes, levar em conta a simplicidade garan- te não só a disseminação da marca como tam- bém a fácil manipulação e inserção em diver- sos recursos, gráficos ou não, devendo levar em consideração a utilização dele em uma úni- ca cor para casos como a folha de fax. Lembrar que a simplicidade também pode ser apelativa, desde que bem trabalhada, e vale como uma dica para os designers que procu- ram conceituar a “cara” de seus clientes no es- paço virtual e não restringir o uso de um logo- tipo. 2 Mais do que webdesigner, é preciso ser vendedor. Logotipo X Web: Simplicidade ou Sofisticação
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