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Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA! Prezado (a) aluno (a), Neste semestre vamos estudar a disciplina Fundamentos de Administração, assunto fundamental para a sua formação no Curso Técnico em Administração Subsequente EaD. A ementa da nossa disciplina traz os seguintes conteúdos: Conceito de Administração. Evolução do pensamento e da teoria administrativa. Funções e habilidades do administrador. As organizações. O processo administrativo. Estrutura organizacional: centralização e descentralização. Comportamento organizacional. Liderança. A ética e a responsabilidade social nas organizações modernas e; as tendências da Administração. Temos como objetivo: conhecer as funções e abordagens de algumas teorias administrativas e sua evolução, bem como as técnicas administrativas de aplicação e adaptação da Administração para o desenvolvimento no trabalho e na vida. A disciplina está organizada em cinco unidades temáticas e contém duas atividades de percurso, além da avaliação regular, segunda chamada, recuperação e exame final. Lembre-se que, o estudo a distância lhe proporciona uma flexibilidade de horário e de local de estudo, mas requer disciplina e organização, principalmente quanto ao cumprimento dos prazos das atividades. Portanto, fique atento ao calendário acadêmico, ok? Desejo a você um ótimo estudo. Professora Caren Stela! Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ UNIDADE 1: ADMINISTRAÇÃO: CONCEITOS, EVOLUÇÃO E TEORIAS Prezado (a) aluno (a), Nesta primeira unidade temática estudaremos os conceitos iniciais de Administração, definição de organização, setores das organizações, evolução da Administração e as principais teorias da Administração. O objetivo é que ao final desta unidade você consiga: • Conhecer os princípios básicos da Administração, seus fundamentos e conceitos; • Reconhecer como a Administração se tornou uma ciência tão importante para nossa sociedade; • Entender a importância dos períodos históricos para a evolução da Administração; • Explicar as teorias da Administração. Certamente você já ouviu falar sobre alguns desses assuntos e até mesmo já estudou sobre alguns deles. Saiba que esses conceitos iniciais são fundamentais para sua compreensão em outros assuntos que ainda virão. Então, vamos lá? 1.1 História e conceito da Administração Segundo Chiavenato (2005, p. 26), referências pré-históricas acerca das magníficas construções erigidas durante a Antiguidade no Egito, na Mesopotâmia, na Assíria, testemunharam a existência em épocas remotas de dirigentes capazes de planejar e guiar os esforços de milhares de trabalhadores em monumentais obras que perduram até nossos dias, como as pirâmides do Egito. Os papiros egípcios atribuídos à época de 1300 a.c. já indicam a importância da organização e da administração da Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ burocracia pública no Antigo Egito. Na China, as parábolas de Confúcio sugerem práticas para a boa administração pública. Fonte: Pixabay.com Pouco antes, em meados do século XIX, a sociedade era completamente diferente. As organizações eram poucas e pequenas: predominavam as pequenas oficinas, artesãos independentes, pequenas escolas, profissionais autônomos - como médicos, advogados e artistas, que trabalhavam por conta própria - o lavrador, o armazém da esquina, etc. Apesar de o trabalho sempre ter existido na história da humanidade, as organizações e sua administração formam um capítulo que teve seu início há pouco tempo. Apesar dos progressos no conhecimento humano, a chamada Ciência da Administração somente surgiu no despontar do início do século XX. A Teoria Geral da Administração (TGA) é uma área nova e recente do conhecimento humano. Para que ela surgisse foram necessários séculos de preparação e antecedentes históricos capazes de permitir e viabilizar as condições indispensáveis ao seu aparecimento. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Assim, a administração vem sendo melhorada e aperfeiçoada a cada dia. Outro fenômeno que deve ser citado e que contribuiu muito para o desenvolvimento da Administração foi a Revolução Industrial. Com ela surgiram empresas, o crescimento acelerado e desorganizado, propiciando a necessidade de profissionais especializados em Administração. Mas o que significa Administração? Segundo Chiavenato (2005, p. 5) “Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar, tanto os objetivos da organização, quanto de seus membros”. Para Maximiano (2006a, p. 26), a Administração “é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos”. A Administração é um fenômeno universal no mundo moderno. Cada organização requer o alcance de objetivos em um cenário de concorrência acirrada, a tomada de decisões, a coordenação de múltiplas atividades, a condução de pessoas, a avaliação do desempenho dirigido a metas previamente determinadas, a obtenção e a alocação de recursos. Numerosas atividades administrativas desempenhadas por vários administradores, orientadas para áreas e problemas específicos, precisam ser realizadas e coordenadas de maneira integrada e coesa em cada organização ou empresa. (CHIAVENATO, 2005, p. 13). O processo administrativo abrange cinco tipos de funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Segundo Silva (2005, p. 6), “Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas organizacionais”. Em outras palavras, a finalidade da administração é estabelecer e alcançar objetivos e metas. As empresas com fins lucrativos buscam aumentar seus lucros, mas também atender às necessidades de diversos públicos de interesse, como os clientes, fornecedores, comunidade em geral, governo, funcionários e demais com os quais Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ mantenham relacionamentos diretos ou indiretos. Para as empresas sem fins lucrativos, os objetivos podem ser os mais diversos, como atender aos anseios da sociedade, no caso de uma empresa pública ou organização não governamental (ONGs). Histórico de desenvolvimento das empresas: Fase Característica Período Aspectos 1ª Artesanal Da antiguidade à 1ª Revolução Industrial (1780) Produção manual e em pequenas escalas. 2ª Transição artesanato à Industrialização 1780 a 1860 Tecnologia a vapor. 3ª Desenvolvimento Industrial 1860 a 1914 (2ª revolução Industrial) Mudanças na matéria-prima e fonte de energia; as empresas crescem e se tornam indutores do desenvolvimento. Fase Característica Período Aspectos 4ª Gigantismo Industrial 1914 a 1945 (períodos entre guerra) Surgimento das grandes corporações enquanto modo de produção e modelo de desenvolvimento. 5ª Moderna 1945 a 1980 Desenvolvimento mundial. Nações industrializadas ditam regras econômicas e desenvolvimento intelectual. 6ª Globalização Fase atual Internacionalização da produção e comércio, informações e culturas. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ 1.2 Evolução do pensamento e teorias da administração A Administração recebeu influências que moldaram seu futuro caráter científico. Grandes filósofos da Idade Antiga deixaram em seus escritos, contribuições para aAdministração moderna. Sócrates, em seu trabalho, cita administração como habilidade pessoal; Platão, em seu livro “A República”, expõe a forma de governo e a administração de negócios públicos; Aristóteles, quando escreveu “A Política”, fala sobre a organização do Estado e suas formas governamentais (CHIAVENATO, 2003). Segundo Maximiano (2007), algumas contribuições deixadas pelos povos da Antiguidade, foram importantes, como: • Egípcios – burocracia administrativa. • Babilônios – registros de transações comerciais e controle das mesmas. • Assírios – tinham depósitos de suprimentos e colunas de transportes (precursores da Logística atual). • Gregos – implantaram a democracia participativa, planos de estratégia, conceitos de qualidade, pregação da ética e igualdade na administração. • Romanos – criadores dos tributos, primeiros organizadores de empresas em outro país e de associações artesanais - guildas. • Chineses – ensinamento de planejamento, comando, doutrina e estratégia militar. O Renascimento, período histórico de grande destaque para as Artes e outras ciências, trouxe contribuições em forma de métodos de produção diferenciados, e conhecimentos em documentações para melhorar o controle nas empresas que existiam. A Administração recebeu influência também da organização da igreja católica, na adoção da hierarquia, disciplina, descentralização de atividades e a centralização de comando, assim como das organizações militares, que repassaram Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ seus conceitos de disciplina, unidade de comando, estratégia e obediência à hierarquia. As tendências que o Mercantilismo, no século XVIII, havia iniciado foram impulsionadas pela Revolução Industrial, que foi produto de dois acontecimentos: o surgimento das fábricas e a invenção da máquina a vapor e sua utilização na produção. Isso fez surgir uma nova forma de trabalho que modificou os padrões econômicos e sociais da época. Essa revolução caracterizou-se pelos seguintes fatos: mecanização da indústria e agricultura; desenvolvimento do sistema fabril (indústria têxtil); e grande aceleração dos transportes e das comunicações. A partir do século XIX as mudanças nos países mais desenvolvidos, na época Inglaterra (Europa) e Estados Unidos (América do Norte), ficaram mais concentradas nas estradas de ferro e nos empreendimentos privados (empresas particulares). As estradas apressaram a urbanização que como consequência exigiu a industrialização de setores de primeira necessidade: alimentação, vestuário, habitação, iluminação, etc. Esses acontecimentos propiciaram condições favoráveis à criação de estudos científicos, porque era necessário o aperfeiçoamento da produção nas empresas. O surgimento das teorias administrativas começou neste período a suprir a ausência de bases científicas da Administração, bem como dar visibilidade e credibilidade à nova ciência. Teoria é o conjunto de suposições inter-relacionadas para explicar o que se pretende, e depende da capacidade desta explicação para resolver problemas concretos e prover uma base para planejar (LACOMBE, 2003). No campo da Administração, de acordo com Lacombe (2003, p. 37), as teorias são “um conjunto de princípios e prescrições que visam facilitar a realização dos objetivos das organizações e serão mais ou menos válidos na medida em que isso efetivamente ocorrer”. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ As teorias da administração, segundo Maximiano (2006a), são conhecimentos organizados, produzidos pela experiência prática das organizações. E a teoria geral da administração é o conjunto dessas teorias, que são designadas por meio de diferentes termos. As rápidas pinceladas a respeito dos gradativos passos da TGA mostram o efeito cumulativo e gradativamente abrangente das diversas teorias, com suas diferentes contribuições e diferentes enfoques. Todas as teorias administrativas são válidas, embora cada qual valorize uma ou algumas das seis variáveis básicas. Na realidade, cada teoria administrativa surgiu como uma resposta aos problemas empresariais mais relevantes de sua época. E, nesse caso, todas elas foram bem- sucedidas ao apresentarem soluções específicas para tais problemas. De certo modo, todas as teorias administrativas são aplicáveis às situações atuais e o administrador precisa conhecê-las bem para ter à sua disposição um naipe de alternativas adequadas para a situação (CHIAVENATTO, 2005, p. 12) Evolução das teorias da administração Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ 1.3 Administração científica e a teoria clássica Segundo Chiavenato (2006, p. 48), no início do século XX dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos pioneiros a respeito da Administração. Um era americano, Frederick Winslow Taylor, e iniciou a chamada Escola da Administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário. O outro era europeu, Henri Fayol, e desenvolveu a chamada teoria clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas. Muito embora ambos não tenham se comunicado entre si e tenham partido de pontos de vista diferentes e mesmo opostos, o certo é que suas ideias constituem as bases da chamada Abordagem Clássica da Administração, cujos postulados dominaram as quatro primeiras décadas do século XX no panorama administrativo das organizações. Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica, nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos. Na época, vigorava o sistema de pagamento por peça ou por tarefa. Os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, enquanto os operários reduziam o ritmo de produção para contrabalançar o pagamento por peça determinado pelos patrões (CHIAVENATO, 2006). Isso levou Taylor a estudar o problema de produção para tentar uma solução que atendesse tanto os patrões quanto os empregados. Taylor enfatizou que, para que haja uma boa administração, é necessário pagar bons salários, ter baixos custos, funcionários dedicados e condições de trabalho adequadas. Sua teoria foi a primeira a surgir e ficou conhecida como teoria científica. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Fonte: http://www.ebah.com.br/ content/ABAAAfD5EAH/frederick- -winslow-taylor Para conhecer melhor a teoria científica assista o vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=L9SuKjRCP8A Os quatro princípios da administração de Taylor ü Desenvolver uma ciência para cada elemento do trabalho de um homem, substituindo a velha regra empírica; ü Selecionar de forma científica e depois treinar, ensinar e desenvolver o trabalhador; ü Cooperar com o pessoal para garantir que todo o trabalho seja feito segundo os princípios da ciência; ü Há uma divisão quase igualitária do trabalho e da responsabilidade entre a gerência e os trabalhadores. Enquanto Taylor e outros engenheiros desenvolviam a administração científica nos Estados Unidos, em 1916 surgia na França, espraiando-se rapidamente pela Europa, a teoria clássica da administração. Se a administração científica se caracterizava pela ênfase na tarefa realizada pelo operário, a teoria clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/Fonte: http://www.ocoruja.com/ index.php/2009/henri-fayol/ Na realidade, o objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações. Segundo a administração científica, essa eficiência era alcançada por meio da racionalização do trabalho do operário e do somatório da eficiência individual. Na teoria clássica, ao contrário, partia-se do todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (como seções, departamentos, etc.) ou pessoas (como ocupantes de cargos e executores de tarefas). Para compreender mais sobre a escola clássica assista o seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=lphyQ2Id3Bw 1.4 Teoria da burocracia e teoria comportamental A teoria da burocracia surgiu, na década de 1940, para suprir as críticas das teorias organizacionais existentes, especialmente a teoria clássica (excesso de mecanicismo) e a teoria das relações humanas (sociológica e utópica em demasia). Segundo Chiavenato (2003), a origem da burocracia data da Antiguidade, como visto nos primórdios da Administração, porém foi a partir da descoberta dos estudos de Max Weber, sociólogo e economista alemão, autor da sociologia da burocracia, e com a tradução inglesa e a divulgação nos EUA desses estudos, que a Administração e seus estudiosos, apropriaram-se dos conceitos da teoria weberiana adaptando-a aos pressupostos organizacionais administrativos da época. As falhas práticas das teorias acima citadas, a necessidade de um modelo organizacional mais racional, o Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ crescimento desordenado e a complexidade das empresas foram os fatos que mais contribuíram para o surgimento da teoria da burocracia. A burocracia, segundo Weber (1947) apud Chiavenato (2003), tem as seguintes características: 1. Caráter legal das normas e regulamentos – é baseada em legislação própria e previamente estabelecida e possui caráter legal, pois confere às pessoas nomeadas em cargos, poder de coação sobre os subordinados. 2. Caráter formal das comunicações – na burocracia as comunicações, regras e decisões, são escritas e há a formalidade com o preenchimento de formulários, além da rotina que advém desse procedimento. 3. Caráter racional e divisão do trabalho – a divisão do trabalho é sistemática e adequada aos objetivos pretendidos de máxima eficiência com cada funcionário e sua respectiva função, com suas atribuições e responsabilidades. 4. Impessoalidade nas relações profissionais – a distribuição das atividades é feita em termos de cargos e funções, e não pessoas envolvidas. 5. Hierarquia da autoridade – segundo o princípio da hierarquia, cada cargo inferior deve estar sob o controle e supervisão de um posto superior. 6. Rotinas e procedimentos padronizados – as regras e normas técnicas regulam a conduta do ocupante de cada cargo e suas atividades são executadas de acordo com as rotinas e procedimentos. 7. Competência técnica e por mérito – a escolha do profissional é feita por meio de méritos adquiridos e na competência técnica. São usados critérios de avaliação e classificação para toda a organização. 8. Especialização da Administração – os administradores da burocracia não são seus donos ou acionistas, assim surgiu a especialidade de gerir o negócio. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ 9. Profissionalização dos participantes – cada funcionário da burocracia é um profissional especializado nas atividades do cargo que ocupa. 10. Completa previsibilidade do comportamento funcional – os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização e conforme o previsto. Entre consequências imprevistas e não desejadas, Robert K. Merton apud Chiavenato (2003), outro estudioso desta teoria, afirma que disfunções são anomalias de funcionamento e que outros estudiosos deram muita ênfase aos resultados positivos da organização burocrática, esquecendo-se dos outros aspectos, como as tensões internas, importantes para o contexto geral da organização. Dentre as disfunções podem ser citadas: • Internalização das regras e apego aos regulamentos (passam de meios a principais objetivos); • Excesso de formalismo e de papelada; • Resistência às mudanças; • Despersonalização do relacionamento; • Categorização como base do processo decisório; • Superconformidade às rotinas e aos procedimentos; • Exibição de sinais de autoridade; • Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público. Teoria comportamental A teoria comportamental é um desdobramento da teoria das relações humanas, da qual mesmo fazendo críticas, apropriou-se de seus conceitos, utilizando- os como base para se fundamentar. Segundo Chiavenato (2003), a teoria comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas, para explicar o comportamento organizacional. Os autores dessa teoria verificaram que o Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ administrador precisa conhecer as necessidades humanas, para conhecer melhor o seu comportamento e poder usar a motivação como meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. Esta teoria tem como principais características: teorias voltadas para o fator humano dentro das organizações; foco nas pessoas como forma de aumentar a produtividade e a eficácia dos negócios. Para uma melhor compreensão sobre as teorias da administração leia o seguinte artigo: https://www.portal-administracao.com/2017/08/principais-teorias- da-administracao.html REFERÊNCIAS CHIAVANETO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. LACOMBE, Francisco José. HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração - Princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003. MAXIMIANO, Antônio César Amauri. Teoria Geral da Administração: da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2007. STADLER, Adriano. Fundamentos da Administração. REDE E-TEC BRASIL. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2011. UNIDADE 2: HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR. AS ORGANIZAÇÕES E O PROCESSO ADMINISTRATIVO Prezado (a) aluno(a), Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Nesta segunda unidade temática estudaremos as habilidades e competências do administrador, conceito e os tipos de organizações e o processo administrativo. O objetivo é que ao final desta unidade você consiga: • Identificar as habilidades necessárias ao administrador; • Reconhecer as características que fazem parte das competências do administrador; • Relacionar os tipos de organizações; e • Explicar o processo administrativo. 2.1 Habilidades e competências do administrador As habilidades podem ser natas ou adquiridas, ou seja, as pessoas nascem e desenvolvem habilidades próprias e outras são obtidas, de acordo com a necessidade e motivação que passarão a ter ao longo de sua existência. Habilidade, segundo Lacombe (2003), é a capacidade que o ser humano tem de transformar os conhecimentos adquiridos em produtos ou serviços com o desempenho esperado, a partir do ensinamento praticado. Para adquirir um bom desempenho profissional, o administrador necessita ter três tipos de habilidades, que segundo o criador dessa tipologia, Katz (1955 apud Chiavenato, 2003), são de natureza: técnica, humana e conceitual. Habilidade técnica – é a maneira pela qual se compreende e domina determinado tipo de atividade. Envolve conhecimento com o fazer prático, com objetos físicos e concretos; consisteem saber utilizar métodos e equipamentos necessários para realização de tarefas específicas. Habilidade humana – é a capacidade e aptidão de trabalhar com pessoas para obter resultados eficazes por meio delas, refere-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolve a capacidade de se comunicar, motivar, coordenar, Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ liderar e resolver conflitos. Está relacionada à interação com pessoas e por meio delas. Implica possuir facilidade para o desenvolvimento da cooperação dentro da equipe e o encorajamento da participação dos mesmos. Habilidade conceitual: é a habilidade que requer maior conhecimento, pois exige visualização do conjunto organizacional com suas partes integradas, formando um conjunto harmonioso. Implica a facilidade em trabalhar com ideias e conceitos, teorias e abstrações. As habilidades conceituais estão relacionadas com o pensar, com o raciocinar, com o diagnóstico das situações e com a formulação de alternativas de solução de problemas. Competência pode ser definida como a qualidade de quem é capaz de analisar uma situação, apresentar soluções e resolver assuntos ou problemas (CHIAVENATO, 2003). Ainda, segundo o mesmo autor, para ser plenamente capaz de administrar uma organização, o administrador deve ter algumas competências que são essenciais: executar as tarefas que são de sua propriedade e considerar a dependência mútua de outras funções; trabalhar em equipe, buscando e fornecendo informações, e mantendo sua liderança; ser proativo (trabalhar participativamente) em todos os setores da organização; ser comunicativo, negociador e mantenedor de relações de natureza profissional e interpessoal. Devido às rápidas mudanças do mundo corporativo, as competências terão um caráter mais durável, devendo ser mais bem fundamentadas, porque, do ponto de vista de administradores renomados, constituem o maior patrimônio pessoal, uma espécie de capital intelectual. E para ser bem-sucedido profissionalmente, necessita desenvolver três competências essenciais e duráveis – o conhecimento, a perspectiva e a atitude. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Para uma melhor compreensão sobre os papéis do administrador assista o vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=iYOqM9_YkDA 2.2 Definição de organização Seguem algumas definições de autores sobre o que é organização: “Organização é um sistema administrado, projetado e operado para atingir determinado conjunto de objetivos” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 50). “Organização é um sistema planejado de esforço cooperativo no qual cada participante tem um papel definido a desempenhar e deveres e tarefas a executar” (CURY, 2000, p. 30). “Organização é um conjunto de pessoas, com tarefas e responsabilidades definidas, que buscam um único objetivo” (CHIAVENATTO, 2003, p. 115). Para Megginson et al (1998), existe uma organização todas as vezes que duas ou mais pessoas interagem para alcançar certo objetivo. Segundo Maximiano (2006a), uma organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos). Para Chiavenatto (2006, p. 110), “uma organização é um conjunto de cargos funcionais e hierárquicos, cujas prescrições e normas de comportamento todos os seus membros devem estar sujeitos”. Peter Drucker (1994) apud Caravantes (1998) define organização como um grupo humano, composto por especialistas que trabalham em conjunto em uma atividade comum. Vamos conhecer alguns tipos de organizações: Organização formal: Segundo, Chiavenato (2003), organização formal compreende aquele conjunto de pessoas que trabalham com regras, hierarquias, autoridade e responsabilidade para alcançarem um objetivo comum. Ainda de acordo com Chiavenato (2006, p. 109), em síntese, a organização formal é a determinação dos padrões de inter-relações entre os órgãos ou cargos, definidos logicamente por meio das normas, diretrizes e regulamentos da organização para o alcance dos seus Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ objetivos. O autor Chiavenatto (2003) ainda explica que as principais características da organização formal são: ü DIVISÃO DO TRABALHO – Cada um tem uma tarefa determinada para compor um grande trabalho. Permite aceleração da produção, pois cada trabalhador faz uma determinada atividade. Antigamente, uma pessoa fazia todas as atividades inerentes a um processo. Um exemplo de divisão do trabalho são as indústrias onde cada funcionário é responsável por uma tarefa específica de produção de um determinado produto. Exemplo: em um frigorífico de gado, uma determinada pessoa é responsável pelo abate, outra pela sangria, outra pela desossa, outra pelo carregamento nos caminhões com destino aos açougues. ü ESPECIALIZAÇÃO – Conforme a divisão do trabalho foi aumentando, surgiu a especialização, ou seja, cada colaborador sabe fazer uma única função. Segundo o dicionário léxico (Dicionário on-line), “especializar-se é tornar-se apto para algo”. Podemos voltar ao exemplo do frigorífico, em que cada colaborador é especializado para fazer uma única função, seja abater o animal, desossar ou carregar. ü HIERARQUIA – Define a autoridade e os níveis hierárquicos dentro da empresa. Aqui falamos da relação de subordinação dos poderes e da distribuição dos cargos. O organograma mostra bem como é a hierarquia dentro de uma empresa. Exemplo de organograma: Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Fonte: Rede e-Tec Brasil ü DISTRIBUIÇÃO DE AUTORIDADE E DE RESPONSABILIDADE – É distribuir entre os níveis e cargos da organização a responsabilidade e/ou autoridade de executar uma atividade. ü RACIONALISMO – Aqui se propõem caminhos para alcançar um determinado fim. Um bom exemplo de racionalismo é o manual de integração de um colaborador na empresa. Esse manual contém as regras que a empresa utiliza para alcançar seus objetivos. São os caminhos que o colaborador deverá seguir naquela empresa. Podemos citar como vantagens da organização formal: estrutura planejada, organização estável, metas definidas e padronização. Porém, esse tipo de organização também tem desvantagens como o trabalho rotineiro, necessidade de controle, alta burocracia e o mecanismo. Organização informal: Esse tipo de organização pode surgir através dos relacionamentos impostos pela organização formal. Pessoas que têm os mesmos objetivos, os mesmos interesses, usos e costumes parecidos se atraem e criam os Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ grupos informais. Esses grupos são aqueles que não têm regras, não têm burocracia. Eles nascem da necessidade do indivíduo de conviver com os demais seres humanos. Segundo Chiavenato (2003), organização informal é o conjunto de interações e de relacionamentos consequentes que se estabelecem entre os vários elementos humanos, lotados em uma organização. As principais características da organização informal são: relação de coesão, os indivíduos se aproximam ou se afastam sem tempo determinado, dependendo apenas dos interesses comuns, já a colaboração espontânea, em um grupo informal, surge com os demais membros naturalmente. Organização linear: é o tipo de organização mais antigo. Há uma hierarquia de autoridade, sendo que cada subordinado presta contas a um superior direto. Essa organização tem decisões centralizadas, estrutura simples e estabilidade. É o tipo de organizaçãomais indicado para pequenas empresas. Organização funcional: Essa organização enfatiza a especialização das funções, ou seja, a autoridade é dividida conforme a especialização de cada colaborador. Esse tipo de organização tem decisões mais rápidas porque são descentralizadas. Hoje, essa organização é chamada de departamentalização. Estudaremos melhor esse conceito nas próximas aulas. Organização Linha-Staff: É a junção da organização formal com a organização linear. É o tipo de organização mais usada nas empresas modernas, ou seja, autoridade de linha x autoridade de Staff, onde autoridade de linha é o direito de comandar os subordinados imediatos na cadeia de comando e autoridade de Staff é o direito de aconselhar, mas não de dar ordens. 2.3 O Processo administrativo O cotidiano de um profissional da administração compreende uma série de atividades que são de difícil compreensão, pois em diferentes tipos de empresas há Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ diversas tarefas que são desempenhadas por estes profissionais. Mas, então, como podemos classificar as suas atividades? O criador da teoria clássica da administração, Henri Fayol, foi o primeiro que categorizou o processo administrativo como sendo planejamento, organização, coordenação, comando e controle. Alguns anos depois Peter Drucker definiu o processo administrativo como: planejar, organizar, dirigir e controlar. DESCRIÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO DESCRIÇÃO PLANEJAMENTO é o processo de definir objetivos, atividades e recursos. ORGANIZAÇÃO é o processo de definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização; é também o processo de distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério. DIREÇÃO é o processo de realizar atividades e utilizar recursos para atingir os objetivos. O processo de execução envolve outros processos, especialmente o processo de direção, para acionar os recursos que realizam as atividades e os objetivos. CONTROLE é o processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modificá-los. Fonte: Maximiano (2000) Todos os administradores devem desempenhar ao menos quatro funções básicas de gestão. Como elas são indispensáveis, podemos conceituar administrador como uma pessoa que planeja, organiza, dirige e controla as atividades de uma organização. É fundamental que o gerenciamento siga esses princípios da administração, que podem ser agrupados em quatro funções essenciais conhecidas como PODC, uma sigla que reúne as palavras planejamento, organização, direção e controle. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Fonte: próprio autor Mas, como essas funções passaram a nortear a administração de empresas? Atribui-se essa divisão à teoria clássica da administração, criada pelo engenheiro francês Jules Henri Fayol. Em seu livro Administration industrielle et générale (Administração industrial e geral), editado em 1916, ele falava em prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Aos 19 anos, Fayol começou a trabalhar em uma companhia metalúrgica e carbonífera que estava à beira da falência. Com o tempo, o engenheiro assumiu um cargo de direção, conseguiu recuperar as finanças da empresa e levá-la a um novo patamar. Aposentou-se aos 77 anos de idade em 1918, quando entregou seu cargo na companhia. Nos últimos anos de sua vida, dedicou-se a divulgar os princípios da administração, fundou o Centro de Estudos Administrativos e lançou o livro citado acima, no qual debatia que administração era uma função complexa e distinta das demais funções. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ O estudo e as teorias da abordagem clássica da administração, divulgada por Fayol, revolucionou a lógica de trabalho dentro das empresas e trouxe o desenvolvimento da teoria conhecida como gestão administrativa ou processo administrativo, no qual, pela primeira vez, se falou em administração como disciplina e profissão. A partir daí, surgiu o conceito de que administrar é um processo de tomar decisões. De acordo com Henri Fayol, essas decisões se encontram agrupadas em cinco categorias, que são: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Cada uma dessas categorias trata de um processo distinto e são comumente chamadas de funções, que juntas tornam a administração mais dinâmica e eficiente. Funções básicas do PODC P = Planejamento Essa função visa definir objetivos e meios para alcançá-los. Trata-se de uma tarefa considerada básica para uma organização, uma vez que representa uma forma de se antecipar às dúvidas e probabilidades. É um processo consciente e organizado de determinar os objetivos que a empresa pretende alcançar. O = Organização A organização é definida como a construção estrutural de uma empresa por meio de dois pontos de vista. São eles: • Recursos: podem ser humanos (quadro de colaboradores) e/ou materiais (matérias-primas), que são necessários para executar os planos estabelecidos pela organização; Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ • Operações: é criação das atividades e tarefas a serem executadas conforme a definição de autoridade e responsabilidade de cada um dentro da empresa. A organização é considerada o instrumento de operacionalização do planejamento, que possibilita a transformação dos planos em objetivos concretos. Essa é a forma como a empresa coordena todos os seus recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais. D = Direção Por meio de sua influência, o administrador faz com que seus colaboradores atendam ao que foi planejado. Trata-se de um processo interpessoal, que visa ativar pessoas por meio de instruções, motivação, comunicação, liderança e coordenação dos trabalhos. A direção é uma das funções administrativas mais importantes, pois lida essencialmente e exclusivamente com pessoas. C = Controle Esta é a verificação e avaliação do plano que já foi executado, para que possa haver correções futuras. A função do controle é verificar se os objetivos foram alçados ou não. A essência do controle administrativo é a ação corretiva e ações preventivas. Convido você a assistir o vídeo a seguir para um melhor entendimento sobre as funções da administração: https://www.youtube.com/watch?v=rZPaGGE8rS0. REFERÊNCIAS Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ CHIAVANETO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. LACOMBE, Francisco José; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração Princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003. MAXIMIANO, Antonio César Amauri. Teoria Geral da Administração: da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2007. STADLER, Adriano. Fundamentos da Administração. REDE E-TEC BRASIL. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2011. Disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/voce-conhece-as-funcoes-basicas-da- administracao-podc/. Acesso em: 04 nov. 2020. UNIDADE 3: PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL. MISSÃO. VISÃO. VALORES. ANÁLISE DE SWOT Prezado(a) aluno(a), Nesta terceira unidade temática iremos estudar os seguintes conteúdos: planejamento organizacional, a missão, visão e os valores de uma empresa e análise de Swot. O objetivo é que ao final desta unidade você consiga: • Conceituar o planejamento organizacional; • Identificar a missão, a visão e os valores organizacionais; • Explicar a análise de Swot. 3.1 Planejamento organizacionalA globalização trouxe mudanças importantes no mundo atual, tanto dentro como fora das organizações. As empresas devem se manter atualizadas no mercado mundial para se manter competitivas, e a globalização auxilia a comunicação com o Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ mundo. O planejamento incorpora duas ideias, planos e metas, que se completam. Ou seja, é pelo planejamento que se definem as metas da organização e os métodos para alcançá-las. Mas afinal, qual a definição de metas, planos e planejamento? Metas é um estado futuro que a organização tenta imaginar, ou seja, são os objetivos da empresa. Os planos são os recursos, programações e meios que serão necessários para se alcançar as metas, e por fim, planejamento é o ato de se determinar as metas e definir os meios para alcançá-las. Segundo DAFT (2005) as metas são importantes, porque as organizações existem para um propósito e elas definem e declaram este propósito. Um plano é um esboço para a realização da meta, e específica às alocações de recursos, programações, tarefas e outras ações necessárias. Para o autor as metas especificam os fins futuros; os planos especificam os meios de hoje. A palavra planejamento geralmente incorpora ambas as ideias; ela significa determinar as metas da organização e definir os meios para alcançá-las. Para Montana (1998), o planejamento proporciona aos gestores uma reflexão sobre onde se pretende chegar e quais podem ser os possíveis problemas, levando-os a uma solução e prevendo soluções para direcionar as decisões, e superar os problemas do dia a dia das empresas. Existem três tipos de planejamento, os quais são determinados pelo tempo de execução: o estratégico, o tático e o operacional. Veremos cada um a seguir. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Planejamento estratégico - O planejamento estratégico tem o dever de pensar no futuro da organização, considerando os negócios em que a organização está inserida, o mercado e suas tendências, dentre outras importantes características da economia, para poder definir suas metas e objetivos. O planejamento estratégico consiste em definir objetivos desejados pela empresa; que possam levá-la a uma situação confortável, próspera e lucrativa, deve-se levar em conta, também, as ameaças e as oportunidades presentes no ambiente externo da empresa. O prazo de um planejamento estratégico varia de acordo com as características da empresa. Se ela for de pequeno porte, ou esteja iniciando suas atividades, este planejamento pode ter de 2 a 3 anos. Se a empresa for de médio porte ou estabelecida há mais tempo, o prazo médio por ser de 5 a 10 anos, no entanto, há situações em que o prazo é superior a 10 anos, como por exemplo, na Gestão Pública. Os objetivos definidos no planejamento estratégico podem ser: ampliação dos negócios, aumento de faturamento, busca de novos mercados consumidores, corte de Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ custos, reposicionamento da marca, colocação de novos produtos ou serviços, alteração no processo de produção, tecnologias ou processos logísticos. Planejamento tático - De acordo com Oliveira (2006, p. 48) “[...] o planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico [...]”. Ao contrário do planejamento estratégico que considera a empresa como um todo, o planejamento tático foca nos objetivos de médio prazo e nas estratégias e ações que afetam somente parte da empresa, ou seja, é o planejamento desenvolvido pelos níveis intermediários dentro da empresa, que tem como objetivo principal a utilização dos recursos disponíveis, de maneira mais eficiente possível na execução dos objetivos fixados previamente, de acordo com uma estratégia já determinada. No planejamento tático tem-se um nível menor de incertezas, porque as análises e as interpretações dos ambientes internos e externos são feitas no planejamento estratégico. As decisões no planejamento tático apresentam uma facilidade maior de serem revistas, pois sua abrangência é mais restrita e de impacto menos profundo quando comparadas ao do planejamento estratégico. Planejamento operacional – O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação têm-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais (OLIVEIRA, 2006, p. 49). O planejamento operacional pode ser definido como a materialização prática para a realização dos objetivos definidos no planejamento estratégico. Nele são estabelecidos as responsabilidades, os recursos humanos, os recursos financeiros e Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ os recursos materiais e o cronograma de trabalho. É nesta etapa que a empresa organiza, identifica e escolhe as alternativas operacionais viáveis à execução das metas estabelecidas no planejamento estratégico. Estas alternativas operacionais são os recursos, os procedimentos, os produtos, os prazos e os responsáveis pela a execução do plano. Normalmente o planejamento operacional é elaborado pelos níveis inferiores da empresa, focando basicamente nas atividades do dia a dia e corresponde a formalização das metodologias de desenvolvimento e implementação já estabelecidas, criando as condições adequadas para sua execução. O planejamento operacional corresponde ainda a um conjunto de partes do planejamento tático. Segundo Maximiano (2004, p. 146) o processo de planejamento operacional compreende as seguintes etapas: ü Identificação e análise dos objetivos. ü Elaboração de cronogramas. ü Elaboração de orçamentos ü Identificação e avaliação de riscos. 3.2 Missão, visão e valores As empresas possuem elementos que fazem parte da sua identidade e que são conhecidos quando ela realiza um planejamento de longo prazo. Estes elementos são missão, visão, valores e estratégias da empresa, que serão percebidos por meio dos resultados alcançados. Na figura abaixo podemos verificar que estes níveis funcionam como uma pirâmide, onde tudo está apoiado na busca por resultados positivos e que os “valores” permeiam todas as etapas, pois são essenciais em qualquer nível e em todos os momentos. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Missão – A missão da organização representa sua essência, seu propósito maior de existir, seu significado para a sociedade. É como se fosse a identidade da organização, são características que a diferenciam das demais, que agregam valor e que fazem sentido de existir. Para Oliveira (2006), missão é a deliberação do motivo principal da existência da organização, focada em seu público-alvo. Segundo Chiavenato (2005) a missão funciona como o propósito orientador para as atividades da organização e para aglutinar os esforços dos seus membros. Serve para clarificar e comunicar os objetivos da organização, seus valores básicos e a estratégia organizacional. Cada organização tem a sua missão própria e específica. A missão pode ser definida em uma declaração formal e escrita, o chamado credo da organização, para que funcione como um lembrete periódico a fim de que os funcionários saibam para onde e como conduzir o negócio. Avenida Governador Jorge Teixeira3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Visão – Conhecida sua missão, a organização deve conceber uma visão capaz de responder fundamentalmente a uma questão: o que queremos ao longo deste nosso caminho? A visão deve retratar um estado futuro desejado e orienta o processo de criação da missão, estimulando o rompimento do status quo para o estado futuro desejado. Segundo Chiavenato (2009), A visão ”é a imagem que a organização tem a respeito de si mesma e do seu futuro [...] está mais voltada para aquilo que pretende ser do que como ela realmente é [...] representa o destino que a empresa pretende transformar em realidade”. A visão apresenta um objetivo, um propósito a ser perseguido pelo planejamento estratégico e consequentemente pelos planos táticos e operacionais. Para Gramms (2004), a visão de uma empresa é responder algumas perguntas: • Qual é o nosso objetivo? • Qual é a força que nos impulsiona? • Quais são nossos valores básicos? • O que fazemos de melhor? • O que desejamos realizar? • O que gostaríamos de mudar? A visão deve ser condizente com a missão da organização, da mesma forma de ser o horizonte a ser alcançado por meio de todos os esforços do planejamento, gestão e avalição dos resultados atingidos pela empresa. Valores - Para Chiavenato e Sapiro (2009), os valores são o conjunto de conceitos, filosofias e crenças gerais que a organização respeita e pratica, e estão acima das práticas cotidianas para busca de ganhos em curto prazo. Assim como, a missão e a visão, os valores são se suma importância para a organização. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Os valores organizacionais contribuem e muito para a organização, pois manifestam o caminho por onde a empresa deseja chegar, além de servirem como balizas que auxiliam a aferir se as estratégias e decisões escolhidas são congruentes com seus princípios e crenças. É importante ressaltar que os valores organizacionais devem ser aplicados a todos os setores da organização e a todas as suas tarefas. Chiavenato (2005), alerta para a discrepância sobre o que a empresa emprega como valor e o que ela realmente aplica: Na verdade, os valores definidos por uma organização muitas vezes podem diferir daquilo que os seus dirigentes acreditam ou valorizam no seu cotidiano. É o caso da afirmação de que as pessoas estão em primeiro lugar na organização, enquanto os dirigentes insistem em horários rígidos e enxugamentos à custa do corte de pessoas, o que mostra claramente como os valores organizacionais não são praticados na realidade (CHIAVENATO, 2005. p. 64). Você sabia que o SEBRAE tem uma ferramenta que auxilia os empresários na identificação da missão, visão e valores de sua empresa? Para conhecer esta ferramenta clique no link a seguir. https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_Missao-Visao- Valores.PDF 3.3 Análise de Swot ou Matriz Swot Criada por Kenneth Andrews e Roland Cristensen, professores da Harvard Business School, e posteriormente aplicadas por inúmeros acadêmicos, a análise SWOT estuda a competitividade de uma organização segundo quatro variáveis: Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Oportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Através destas quatro variáveis, poderá fazer-se a inventariação das forças e fraquezas da empresa, das oportunidades e ameaças do meio em que a empresa Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ atua. Quando os pontos fortes de uma organização estão alinhados com os fatores críticos de sucesso para satisfazer as oportunidades de mercado, a empresa será por certo, competitiva no longo prazo (RODRIGUES, et al., 2005). A análise da Matriz SWOT é uma ferramenta essencial para uma organização, pois é através dela que a empresa consegue ter uma visão clara e objetiva sobre quais são suas forças e fraquezas, no ambiente interno, e suas oportunidades e ameaças, no ambiente externo, dessa forma com essa análise os gerentes conseguem elaborar estratégias para obter vantagem competitiva e melhorar o desempenho organizacional. Segundo Chiavenato e Sapiro (2003), sua função é cruzar as oportunidades e as ameaças externas à organização com seus pontos fortes e fracos. A avaliação estratégica realizada a partir da matriz SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica competitiva. Tratasse de relacionar as oportunidades e ameaças presentes, no ambiente externo, com as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da organização. As quatro zonas servem como indicadores da situação da organização. Como é mostrado na figura. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Análise do ambiente interno (forças e fraquezas) - Kotler (2000), cada negócio precisa avaliar periodicamente suas forças e fraquezas internas. Analisam-se as competências de marketing, financeiras, de fabricação e organizacionais e classifica cada fator como uma grande força, uma força, uma característica neutra, uma fraqueza ou uma grande fraqueza. Chiavenato e Sapiro (2003), os critérios a serem avaliados no ambiente interno são: recursos financeiros, liderança e imagem de mercado, condicionamento competitivo que gera barreiras à entrada de novos competidores, tecnologia, vantagens de custo, propaganda, competência e inovação de produtos. Força - De acordo com Rezende (2008), as forças ou pontos fortes da organização são as variáveis internas e controláveis que propiciam condições favoráveis para a organização em relação ao seu ambiente. São características ou qualidades da organização, que podem influenciar positivamente o desempenho da organização. Os pontos fortes devem ser amplamente explorados pela organização. Consideramos uma grande força da organização o know how da empresa na sua área de atuação. É fato importante dentro do ambiente competitivo que diferencia a empresa de seus concorrentes e de eventuais novos entrantes. Soma-se a isto o rápido poder de mobilização operacional, o que permite que a empresa responda rapidamente às necessidades do mercado (PEREIRA, et al., 2002). Fraquezas - As fraquezas são consideradas deficiências que inibem a capacidade de desempenho da organização e devem ser superadas para evitar falência da organização (MATOS, MATOS, ALMEIDA, 2007). Conforme Martins (2007), são aspectos mais negativos da empresa em relação ao seu produto, serviço ou unidade de negócios. Devem ser fatores que podem ser controlados pela própria empresa e relevantes para o planejamento estratégico. A fraqueza é uma condição interna da Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ empresa totalmente desfavorável, deve ser observada constantemente, melhorada ou eliminada, para futuramente não dificultar a competitividade da empresa. Exemplos de forças e fraquezas: Estratégias organizacionais; perfil dos colaboradores; aquisição de equipamentos; atitudes do público interno; cultura organizacional; crenças, costumes e valores; gestão do conhecimento. Análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças) - Para a análise do ambiente externo deve-se avaliar por exemplo, a mudança de hábitos do consumidor, surgimentos de novos mercados, diversificação, entrada de novos concorrentes, produtos substitutos (CHIAVENATO; SAPIRO, 2003). Segundo Cobra (2003), o ambiente externo envolve uma análise das forças macroambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e dos fatores microambientais (consumidores, concorrentes,canais de distribuição, fornecedores), e procura identificar duas coisas: oportunidades e ameaças. Oportunidades e ameaças existem fora da empresa, independente de forças e fraquezas. Oportunidades e ameaças ocorrem tipicamente dentro dos ambientes competitivo, do consumidor, econômico, político/legal, tecnológico e/ou sociocultural (FERRELL; HARTLINE, 2009). Oportunidades - As oportunidades para a organização são as variáveis externas e não controladas, que podem criar as condições favoráveis para a organização, desde que a mesma tenha condições ou interesse de utilizá-las (REZENDE, 2008). Martins (2006), considera as oportunidades como chances que uma empresa tem para atender seus clientes, suprindo uma ou mais necessidades não satisfeitas pelo mercado, analisando as possibilidades de êxito do novo negócio. As oportunidades estão ligadas a lucratividade da empresa, pois podem ampliar sua receita. Ameaças - Ameaças são aspectos mais negativos do produto/serviço da empresa em relação ao mercado onde está ou irá se inserir. São fatores que não Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ podem ser controlados pela empresa e são relevantes para o planejamento estratégico (MARTINS, 2007). De acordo com Martins (2007), ameaças são atividades que podem levar a empresa para uma redução de receita ou até mesmo a seu desaparecimento. Estão ligadas aos concorrentes e novos cenários, desafiando a atual estratégia do empreendimento. Para evitá-las devem ser analisados seus graus de possibilidade de ocorrerem e níveis de gravidade. Exemplos de ameaças e oportunidades: alterações no mercado; comportamento do consumidor; novas leis e regulamentos; tecnologia; perfil do mercado de trabalho; mudanças ambientais e sociais; alterações econômicas; poder da sociedade civil organizada. REFERÊNCIAS CHIAVANETO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas, Segunda Edição, totalmente revista e atualizada. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 528p CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações. 1. ed. 13° tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. COBRA, Marcos. Consultoria em Marketing Manual do Consultor. 1. ed. São Paulo: Cobra Editora e Marketing, 2003. DAFT, Richard L. Administração/ Richard L. Daft; [tradução Robert Brian Taylor]. São Paulo: Thomson Learning, 2006 KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2000. LACOMBE, Francisco José; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração Princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ MARTINS, Marcos Amâncio P. Gestão Educacional: planejamento estratégico e marketing. 1. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2007 MAXIMIANO, Antonio César Amauri. Teoria Geral da Administração: da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2007. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico. 22ª Ed.,São Paulo: Atlas, 2006 PEREIRA, Fernando Flávio Pessôa. et al. A Prática da Gestão do Conhecimento em Empresas Públicas. 1. ed. Rio de Janeiro: E-papers, 2002. REZENDE, Denis Alcides. Planejamento Estratégico para Organizações: públicas e privadas. 1. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2008 STADLER, Adriano. Fundamentos da Administração. REDE E-TEC BRASIL. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2011. UNIDADE 4: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. CENTRALIZADAÇÃO. DESCENTRALIZAÇÃO. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Prezado(a) aluno(a), Nesta quarta unidade temática estudaremos estrutura organizacional, centralização e descentralização e comportamento organizacional. O objetivo é que ao final desta unidade você consiga: • Conhecer os tipos de estruturas organizacionais; • Conceituar centralização e descentralização; • Explicar o comportamento organizacional. 4.1 Estrutura Organizacional Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Entende-se por estrutura organizacional a forma como a organização se articula para desenvolver suas atividades. Não existe uma estrutura organizacional ótima, ela precisa ser flexível para se ajustar ao momento que a organização está vivenciando, a fim de suprir suas necessidades. A estrutura organizacional não é estática, ela está sujeita a interferências externas, como o ambiente em que estão inseridas, e internas, como a estratégia adotada, a tecnologia disponível e o potencial humano. Os autores Burns e Stalker (1960), concluíram que as organizações se classificam em mecânicas e orgânicas. Mecânicas – Nessas organizações as atividades são divididas em tarefas separadas por especialidades. A centralização é bastante evidente, útil como forma de assegurar a hierarquia de autoridades. A organização possui muitas regras, regulamentos e controles. A variabilidade humana e sua personalidade são traduzidas como fonte de ineficiências e inconsistências. Organização do tipo conservadora. Características e condições mecanicistas – Cargos estreitos em conteúdo; muitas regras e procedimentos; claras responsabilidades; hierarquia; sistemas objetivos de recompensas; critérios objetivos de seleção, informal e impessoal. Tarefas e metas conhecidas; tarefas divisórias; desempenho por medidas objetivas; empregados responsivos e recompensas monetárias e autoridade aceita como legítima. Orgânicas – O trabalho é desenvolvido em grupos ou equipes, que recebem menos ordens, com a comunicação ocorrendo em todos os níveis da organização. A variabilidade humana é utilizada para estimular a tomada de decisões. A supervisão direta é menor e a quantidade de regras formais também. Como o trabalho em equipe privilegia a troca, o aprendizado é contínuo. Características e condições orgânicas – Cargos amplamente definidos; poucas regras e procedimentos; responsabilidades ambíguas; sistemas subjetivos de Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ recompensas; sistemas subjetivos de seleção, informal e pessoal. Tarefas e metas vagas; tarefas divisíveis; desempenho por medidas subjetivas; empregados motivados por necessidades complexas e autoridade desafiada. As organizações mecânicas melhor se adaptam ao ambiente estável, e as orgânicas melhor se enquadram em ambientes turbulentos. E para ambientes em transformação é recomendável um misto de ambas as organizações (BURNS e STALKER, 1960). 4.2 Modelos de gestão Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, gestão é o ato de gerir, administrar. Administrar é governar, reger, ordenar os fatores de produção e controlar sua eficiência e produtividade para obterem-se determinados resultados. Baseado nessa definição pode dizer que o modelo de gestão é a forma pela qual empresas organizam suas atividades, com o auxílio de procedimentos, normas, regras e ferramentas, as quais devem estar alinhadas à missão, visão, crenças e valores. Assim como a gestão, os gestores também devem estar alinhados aos valores da empresa e é importante que a prática esteja relacionada ao discurso. O mundo vive um momento de grandes transformações sociais, políticas, econômicas e naturais. Essas transformações afetam todos os países e consequentemente as organizações neles inseridas. É importante a apropriação dos subsídios teóricos para entender as práticas realizadas dentro da organização e, ao mesmo tempo, ter condições de avaliar se o modelo de gestão adotado está integrado as reais necessidades da organização, assim como servir de suporte para a busca da melhoriacontínua do processo de gestão. Modelo patrimonialista – Segundo Faoro (1984), este modelo foi recebido como herança da cultura lusitana, que tem origem na vinda da coroa, onde reside a cultura da apropriação do público pelo privado. Este modelo é regido pela Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ centralização, regulação, e pautado no sistema de privilégios, paternalismo, nepotismo e favoritismo, sob o qual a administração pública permaneceu durante três séculos. Modelo tradicional burocrático weberiano – A teoria da burocracia na Administração Pública desenvolveu-se nos anos 40, e surgiu a partir da teoria da burocracia criada por Max Weber (1864-1920). Segundo essa teoria, um homem pode ser pago para agir de uma maneira pré-determinada, necessitando que esta seja explicitada de forma minuciosa e sem permitir que suas emoções interfiram no trabalho realizado. Este modelo enfatiza o controle, a administração das atividades, processos, normas e procedimentos. Surgiu como limitador do clientelismo e patrimonialismo, com a função de maximizar a eficiência organizacional. Apresenta-se como uma reação ao modelo anterior, contrária ao nepotismo, subjetivismo e corrupção. Apesar de ter sido idealizada como avanço e progresso, no conceito popular pode ser traduzida como sinônimo de uma repartição onde a papelada se multiplica e impede soluções ágeis e eficientes. As críticas a esse modelo são as seguintes: exibição de sinais de autoridade; engessamento da organização pelo excesso de normas e procedimento; associação à ineficiência; o interesse público é frequentemente identificado como o interesse do Estado; inibe a capacidade de iniciativa dos subordinados; modelo mecanicista, insuficiente em situações de mudanças; a tomada de decisões obedece a hierarquia, que nem sempre tem as informações corretas e necessárias; incapacidade de ver o cidadão como cliente; internalização das regras e exagerado apego às normas; resistência às mudanças; dificuldade no atendimento e conflito com o público. Modelo gerencial – Este modelo visa introduzir na Administração Pública o modelo gerencial de administração. Privilegia o desempenho organizacional, os resultados e o gerenciamento dos recursos, humanos, materiais, financeiros e Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ informacionais. É um modelo mais flexível, que se adapta às mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais. O modelo gerencial é usado no setor privado, com ênfase na eficiência econômica, orientado para a redução de custos. Esse modelo surge como resposta às ineficiências burocráticas, porém conserva alguns princípios fundamentais da burocracia, como admissão, segundo rígidos critérios de mérito, existência formal de controle, estruturas formais de definição da remuneração, carreira e avaliação de desempenho. As características são: definição de responsabilidades; definição de objetivos; incorporação da consciência de custos; orientação para clientes e resultados; flexibilidade; descentralização; estruturas horizontalizadas. As críticas são: o critério de menor custo, não significa o melhor critério a ser usado; o modelo gerencial é oriundo do setor privado, e a lógica do setor privado almeja o lucro e o atendimento dos interesses dos acionistas, que difere da lógica do setor público. 4.3 Centralização e descentralização Segundo VASCONCELLOS (1979: 101), à medida que a organização cresce, torna-se difícil para a alta administração manter o mesmo nível de centralização da decisão. O crescimento traz como consequência a diversificação e o aumento da complexidade dos problemas técnicos e administrativos. Assim, certas decisões precisam ser tomadas em níveis hierárquicos inferiores, a fim de aliviar a alta administração e tornar mais dinâmica a operação da organização. Centralizar ou descentralizar, tais palavras se referem ao poder e autoridade de tomada de decisões no dia a dia das empresas. A centralização do poder e autoridade, nos mais altos níveis da hierarquia é uma realidade comum nos diversos tipos de empresa. Centralizar significa reter e concentrar as decisões nas mãos dos diretores e gerentes, não dando autoridade para os níveis mais baixos tomar decisões que Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ poderiam ser facilmente resolvidos, caso houvesse a descentralização. Quando uma empresa é centralizadora, ela dificulta e causa demora na tomada de decisões. Segundo Stadler (2011), a alta concorrência não permite mais que as organizações demorem em resolver um problema ou tomar uma decisão, pois o tempo que se leva para os fluxos de informações chegarem até ao tomador de decisão pode significar a perda de competitividade. A descentralização é um processo planejado de atribuir responsabilidades pela tomada de decisão de questões táticas e operacionais para os níveis mais baixos da hierarquia, deixando com que os cargos mais elevados ocupem seu tempo com questões que são estratégicas para o negócio. (STADLER, 2011) A descentralização pode ser de autoridade, de atividade ou funcional, conforme VASCONCELLOS (1979, 101). A descentralização de atividade é também chamada de dispersão geográfica, com o objetivo de interagir localmente. Quando a organização se dispersa de maneira geográfica e possui pessoas que se subordinam ao responsável desse local e não ao chefe central, ocorre há descentralização funcional. A organização necessita que as pessoas tomem a decisão certa e, para que isso aconteça, é preciso que o responsável pela tomada de decisão disponha das informações necessárias. Uma das razões da descentralização numa organização é delegar as decisões aos níveis hierárquicos inferiores que detêm informações. Para melhor compreender sobre o assunto assista o vídeo a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=QnPt0iH66y8 4.4 Comportamento Organizacional (CO) De forma ampla, o Comportamento Organizacional (CO) pode ser compreendido como um campo de estudo que objetiva prever, explicar e compreender o comportamento humano nas organizações. Podemos assinalar Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ também os níveis de análise do comportamento organizacional, interagentes entre si: o micro, o meso e macroorganizacional. O “comportamento microorganizacional” foi desenvolvido a partir de várias subáreas da psicologia, por exemplo, clínica, experimental, industrial. Esse nível de análise estuda o comportamento humano individual dentro de uma organização envolvendo questões sobre a habilidade individual, a motivação e a satisfação. O estudo do “comportamento meso- organizacional” foi desenvolvido a partir das áreas de comunicação, de psicologia social e de sociologia interacionista. Por meio dele, os estudiosos procuraram compreender o comportamento das pessoas que trabalham em equipes e grupos. Equipes - grupo em que as pessoas, além de estarem comprometidas com um objetivo comum, atuam de forma bastante interdependente, procurando colocar os objetivos do grupo acima dos seus interesses pessoais. A equipe é caracterizada pela sua motivação, coesão e pelo seu espírito de equipe (LACOMBE, 2004). Grupos - conjunto de pessoas que interage para atingir objetivos comuns. (LACOMBE, 2004). Temos ainda o “comportamento macroorganizacional”, ampliado a partir da sociologia, economia, antropologia e ciência política. Esse nível de análise examina questões como a estrutura e o status social, o conflito, a negociação, a competição, a eficiência e as influências culturaise ambientais. Segundo Chiavenato (2003), o CO refere-se ao estudo de indivíduos e grupos atuando em organizações que, por sua vez, se encontram em um ambiente dinâmico, mutável e competitivo; preocupa-se com a influência das pessoas e dos grupos sobre as organizações e, vice-versa, com a influência das organizações sobre as pessoas e os grupos. Na realidade o CO retrata a contínua interação entre as organizações e seu ambiente externo e interno, que se influenciam reciprocamente. Variáveis comportamentais – Segundo Chiavenato (2003), decorrem da atuação das pessoas na organização. As mais importantes são: Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ • Desempenho: significa a maneira como as pessoas exercem suas funções, realizam suas atividades, executam suas tarefas e cumprem suas obrigações. O desempenho individual afeta o desempenho grupal e este condiciona o desempenho organizacional. • Engajamento das pessoas: representa a adesão irrestrita das pessoas à organização, quando elas “vestem a camisa” do negócio. Permite reduzir o absenteísmo ou ausenteísmo, que é a indisponibilidade da força de trabalho, isto é, as ausências ao trabalho por diversos motivos. • Fidelidade: representa o grau em que pessoas, grupos e equipes são fiéis à organização. A fidelidade à organização favorece a redução da rotatividade (fluxo constante de demissões e admissões) de pessoas na organização ou, inversamente, a entrada de pessoas para compensar a saída de outras nos quadros da organização. • Satisfação no trabalho: as organizações bem-sucedidas são um excelente lugar para se trabalhar, de modo que podem ser intrinsecamente gratificantes para as pessoas. A satisfação tem muito a ver com a qualidade de vida no trabalho, o grau de satisfação no trabalho ajuda a atrair e reter talentos, a manter um clima organizacional sadio e elevado para motivar as pessoas e conquistar seu comprometimento. • Cidadania organizacional: expressa um comportamento individual que vai além dos cotidianos deveres e exigências requeridos pela organização, o que permite melhorar substancialmente a eficácia organizacional. Para entender mais sobre o comportamento organizacional leia o capítulo 1 do livro “Comportamento Organizacional” de Idalberto Chiavenato, disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=ptBR&lr=&id=jbc4CQAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT4 &dq=comportamento+organizacional+autores&ots=38hwuJIKE&sig=UwKdrlUZz2kG2a Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ uIYNwQhq9xxpA#v=onepage&q=comportamento%20organizacional%20autores&f=fal se. Deixo como sugestão o vídeo, abaixo, que nos traz uma breve reflexão sobre a importância de cada um no grupo. https://www.youtube.com/watch?v=vb-3NdH75d0 REFERÊNCIAS CHIAVANETO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. LACOMBE, Francisco José; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração Princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003. MAXIMIANO, Antonio César Amauri. Teoria Geral da Administração: da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2007. STADLER, Adriano. Fundamentos da Administração. REDE E-TEC BRASIL. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2011. VASCONCELLOS, Eduardo. Centralização x Descentralização: Uma aplicação para laboratórios de instituições de pesquisa e desenvolvimento. Revista de Administração IA-USP. São Paulo, 1979, vol.14(2), pp 101-121. UNIDADE 5: LIDERANÇA. A ÉTICA E A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES MODERNAS. AS TENDÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO Prezado (a) aluno(a), Estamos chegando ao fim da nossa disciplina e nesta última unidade temática estudaremos sobre: liderança, ética e a responsabilidade social nas organizações Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ modernas e as tendências da administração. O objetivo é que ao final desta unidade você consiga: • Conceituar liderança; • Compreender a ética e a responsabilidade social nas organizações modernas; • Explicar as tendências da Administração. 5.1 Liderança Um líder tem que focar na teoria das relações humanas, visando o social, tratando o colaborador como um ser humano acima de tudo, não pensando somente nos lucros da empresa, no processo e no produto. O processo de liderança envolve sempre o bem-estar e qualidade de vida dos funcionários. Algumas características importantes que um líder deve ter são: boa comunicação; relacionamento interpessoal; empatia; persuasão; imparcialidade; administração de conflitos; diplomacia; dinamismo; feedback; retroalimentação da informação; processo educativo; bom ouvinte; trabalho em equipe, entre outros. De acordo com essas características ser líder é, acima de tudo, administrar conflitos e transformá-los em oportunidades fornecendo suporte para que todos os objetivos sejam alcançados com responsabilidade dentro da sua organização. É pouco provável que um líder possua todas essas características o que torna complexo administrar esses problemas. Padilha (2003, p. 1), afirma que um líder precisa ter “visão, comprometimento, comunicação, integridade, realidade e intuição”. Complementando, Padilha (2003, p.1) observa que a principal característica de um líder atual é a sua capacidade de comunicação com a equipe de trabalho, pois somente agindo dessa maneira é que todos os interesses são compartilhados através de diálogos e colaboração mútua, estabelecendo uma política de franqueza e transparência com os colaboradores da Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ organização. Hunter (2004, p. 26), faz uma distinção entre poder e autoridade demonstrando que o líder tem que ter uma postura de autoridade e não de poder frente aos seus colaboradores: Poder: É a faculdade de forçar ou coagir alguém e fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer [...] Autoridade: A habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. Padilha (2003, p. 2), em pesquisa sobre líderes e liderados, aponta outras atitudes e competências de um bom líder: Para ser um líder, é necessário desenvolver atitudes e habilidades que auxiliem na condução de um grupo de pessoas, buscando tomar decisões e ações acertadas, tendo em mente objetivos orientados para resultados. Para tanto uma inteligência privilegiada não basta. É necessária a combinação com outras qualidades pessoais, como espírito democrático, ter gosto em trabalhar com as pessoas, pois ele terá de agir de uma forma natural e espontânea; devendo ter caráter, carisma e muita paciência para ouvir e compreender os problemas das pessoas e da empresa. Deverá ser flexível de modo a estar acessível a todos e saber lidar com as diferentes personalidades e estereótipos. O papel do líder – O principal papel do líder é contribuir para o desenvolvimento das pessoas, reforçando seus pontos fortes e ajudando-as a melhorar os pontos fracos. Dentre as principais atividades do líder no ambiente empresarial, podemos destacar: • Incentivar o trabalho em equipe; • Comunicar eficazmente no ambiente de trabalho; • Ser exemplo para os liderados; • Gerenciar conflitos entre os membros da equipe; • Incentivar, reconhecer e recompensar os funcionários; • Desenvolver habilidades nas pessoas; • Manter a motivação e o clima organizacional positivo. Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO, 76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ Vejamos a frase de Margareth Tatcher:
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