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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ DISCIPLINA: Leitura e Produção de Textos II PROF. ME. Rosivaldo Gomes TURMA: 2015.2 O GÊNERO RESUMO NAS PRÁTICAS ACADÊMICAS1 1.1 O que é um resumo? Resumir é uma das práticas linguísticas mais frequentes na vida cotidiana. Saber resumir textos lidos é uma capacidade necessária, nas sociedades letradas, para o desempenho de várias funções e atividades profissionais. Por exemplo: um advogado precisa resumir o que leu num processo; um administrador, o que leu num projeto; um jornalista, o que ouviu numa entrevista e assim por diante. A elaboração de resumo é uma das propostas didáticas mais frequentes do meio acadêmico. Ao transformar um texto em um outro, o resumo acadêmico, o aluno realiza um processo de retextualização (cf. MARCUSCHI, 2001; MATÊNCIO, 2002; DELL'ISOLA, 2007), ou seja, empreende uma série de operações textuais-discursivas na transformação de um texto em outro Resumir é também um saber-fazer necessário ao universo do ensino. Schneuwly e Dolz (1999) acreditam que o resumo se constitui num “eixo de ensino/aprendizagem essencial para o trabalho de análise e interpretação de textos e, portanto, um instrumento interessante de aprendizagem” (p. 15). Na prática acadêmica, a atividade de resumir é frequentemente solicitada pelos professores de ensino superior que propõem a produção de resumos de gêneros em circulação no contexto universitário. Esses gêneros caracterizam-se por possuírem um enunciador “autorizado” pelo meio científico a veicular conhecimentos advindos de estudos e pesquisas. Essa autorização, somada ao poder da escrita, pode criar para o leitor um efeito de verdade, situando o discurso científico num espaço do saber que encontra respaldo na ciência ou nas palavras de Swales (1990) em uma comunidade discursiva. Como lugar de práticas discursivas, o contexto acadêmico também estrutura um saber-fazer. Nas ciências humanas, o saber no meio acadêmico é um saber de teorias. A origem desses diferentes saberes e a forma de apropriar-se desses pode manifestar-se linguisticamente nos textos teóricos, mas também é necessário considerar o contexto sócio-histórico no qual esse gênero está inserido. No entanto, tal como aponta Bakhtin (1929/2002) ao referir-se ao discurso retórico, o discurso científico não é tão livre na sua maneira de tratar o enunciado pelo outro. “Ele tem, de forma inerente, um sentimento agudo dos direitos de propriedade da palavra e uma preocupação exagerada com a autenticidade” (p. 153). Em virtude disso, há, no meio acadêmico, determinações específicas sobre como representar o discurso do outro e as regras de citação. Esse fazer obedece a convenções normatizadas, no caso do Brasil, pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. As regras estabelecidas pela ABNT para a citação nos resumos colocam à disposição do textualizador duas maneiras de expressar as vozes secundárias em seus resumos: a citação direta e a indireta. Tal como 1 Texto elaborado pelo professor para a Disciplina Leitura e Produção de textos II. Circulação restrita. apontou Bakhtin (1929/2002: 147), embora essas formas sejam convencionadas socialmente, elas traduzem de maneira ativa e imediata uma apreensão ativa e apreciativa do discurso do outro. Como a elaboração de resumo é uma das propostas didáticas mais frequentes do meio acadêmico, vários pesquisadores têm se preocupado em redefinir esse gênero. Vejamos alguns dos trabalhos que propõe um novo conceito para o resumo, partindo das concepções que consideram o texto como produto de uma ação de linguagem em um contexto específico. 1. Resumo escolar Há autores, como Machado et. al. (2004) que, apoiando-se na abordagem de análise de textos a partir do Interacionismo Sociodiscursivo de Bronckart (1999), classificam o resumo como escolar acadêmico, sendo que o primeiro seria aquele em que o “resumidor” extrai as ideias centrais de um outro gênero textual, não necessariamente acadêmico para a elaboração de seu texto. Para a escritura desse novo gênero (resumo) o produtor realiza um processo de retextualização2 e deve considerar alguns pontos, tais como: O que o autor pretende demonstrar neste texto? De que trata o texto? Ater-se às ideias principais do texto e a sua organização. Não escrever, no resumo, comentários ou julgamentos apreciativos. É necessário ler o texto original do começo ao fim, assinalando nele as ideias significativas. Ler o texto original novamente, a fim de detectar pontos a princípio ininteligíveis ou de difícil leitura. Evitar fazer citações. Quando for necessário, não esquecer de fazer referência à obra/página. Desconsiderar conteúdos facilmente inferíveis e expressões explicativas. Não usar expressões exemplificativas. Redigir o resumo com as próprias palavras, recomenda-se não copiar partes inteiras do original (fazer as conhecidas “colagens”). Respeitar a ordem em que as ideias ou fatos presentes no original são apresentados. Obs.: antes de ler, resumir ou produzir qualquer texto, precisamos ter consciência de que: A antecipação do conteúdo do texto pode facilitar a leitura; Todo texto é escrito tendo em vista um leitor em potencial; O texto é determinado pela época e local em que foi escrito e pela apreciação valorativa que eu produtor tenho do meu interlocutor; Todo texto possui um autor (que exerce uma função social) e que teve um objetivo para a escrita daquele texto; O texto é produzido tendo em vista o veículo em que irá circular. 2 Sobre o processo de retextualização cf. Isola (2007) e Marcuschi (2001). 1.2 A sumarização/apagamento de informações: um procedimento fundamental para a produção de resumos A sumarização é um dos processos mentais essenciais para a produção de resumos e resenhas, o processo de sumarização, sempre ocorre durante a leitura, mesmo quando não produzimos um resumo oral ou escrito. Esse processo não é aleatório, mas guia-se por certa lógica, que buscaremos identificar nas atividades. a) No supermercado, Paulo encontrou Margarida, que estava usando um lindo vestido azul de bolinhas amarelas. Sumarização: Paulo encontrou Margarida. Informações excluídas: circunstancias que envolvem o fato (no supermercado), qualificações/descrições de personagens (que estava usando um lindo vestido de bolinhas amarelas.) b) Você deve fazer as atividades, pois, do contrário, não vai aprender e vai tirar nota baixa. Sumarização: você deve fazer as atividades. Informações excluídas: justificativa para uma afirmação. Os processos de sumarização são feitos por: c) Apagamento de conteúdos facilmente inferíveis a partir de nosso conhecimento de mundo; d) Apagamento de sequencias de expressões que indicam sinonímias ou explicações; e) Apagamentos de exemplos; f) Apagamentos de justificativas de uma afirmação; g) Apagamentos de argumentos contra a posição do autor; h) Reformulação das informações, utilizando termos mais genéricos. (homem, gato, cachorro = mamíferos); i) Conservação de todas as informações, dado que elas não são resumíveis. 1.3 Procedimentos de inserção da voz autoral: diferentes formas de menção ao dizer do autor do texto Utilize a inserção de citações que identifique o posicionamento discursivo do autor: (Para Marcuschi (2008), Segundo o autor/ De acordo com o linguista/O autor considera« / De acordo com a afirmação«) ; Relacione verbos com atos que o autor do texto original realiza. Atentar para a utilização adequada dos verbos. O autor define/classifica/argumenta/expõe/incita/busca levar a/aborda, trata de/enfatiza que/exemplifica/etc. 1.4 Os mecanismos de conexão: o uso dos organizadores textuais Quando escrevemos um texto, é importante guiar o leitor para que ele possa entender as diferentesrelações que queremos estabelecer entre a ideias. No caso do resumo, devemos guiar o leitor de acordo com a ordem de apresentação das ideias do autor do texto que fora resumido. Fulano inicia seu texto destacando que/em seguida ele explica/posteriormente evidencia/finalmente instiga-nos a/ Obs. Para maior compreensão do resumo escolar, recomendo a leitura do texto O Resumo Escolar: Uma Proposta de Ensino do Gênero Anna Rachel MACHADO (PUC-SP) Eliane LOUSADA 1 (PUC/SP) Lília Santos ABREU-TARDELLI 2 (PUC/SP). Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/viewFile/3638/2940 2 Resumo acadêmico/abstract Uma outra forma de produzir e avaliar o gênero resumo – neste caso o acadêmico – respalda-se na proposta de análise e produção de gêneros na abordagem sociorretórica, de Swales (1990) e também em termos técnicos, instituídos pela ABNT. Vejamos: 2.1 O abstract em termos técnicos? Em termos técnicos o resumo é um texto breve que traz a essência do artigo, monografia, dissertação, tese que se seguirá a ele. Segundo a NBR 60283 é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto, podendo ser: 2.3 resumo crítico: Resumo redigido por especialistas com análise crítica de um documento. Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão. 2.5 resumo indicativo: Indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original. 2.6 resumo informativo: Informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original. 3 Regras gerais de apresentação acadêmica (NBR 6028) Os resumos devem ser apresentados conforme 3.1 a 3.3 da NBR 6028, porém isso pode variar de acordo com cada periódico científico (revista acadêmicas), orientações de eventos – congresso, simpósio, encontro, etc. Assim, o resumo acadêmico deve: 3.1 ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original. 3.2 O resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do resumo inserido no próprio documento. 3 Cf. a NBR 6028 em http://unicentroagronomia.com/destino_arquivo/norma_6028_resumo.pdf http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/viewFile/3638/2940 http://unicentroagronomia.com/destino_arquivo/norma_6028_resumo.pdf 3.3 O resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. 3.3.1 A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.). 3.3.2 Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. 3.3.3 As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave: separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. 3.3.4 Devem-se evitar: a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; b) fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecerem. 3.3.5 Quanto à sua extensão os resumos devem ter: a) de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico- científicos; b) de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos; c) de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves. 3.1 Quais as normas de formatação? Dependerão das normas estabelecidas pela Instituição/Programa, organizadores de evento, conselho editorial. Cada um deles estabelece o tipo de fonte, o tamanho da letra, o número máximo de palavras permitido. 4 O resumo e sua organização retórica O resumo (referido neste texto como abstract), tanto de trabalhos submetidos à conferências, quanto de artigos, dissertações e teses, ocupa lugar de destaque entre os diversos gêneros acadêmicos escritos. Especificamente no caso do artigo científico (AC), o abstract funciona como uma representação do texto que a ele se segue, resumindo o conteúdo e indicando sua estrutura. Em termos acadêmicos, Swales (1990), considera que a produção dos textos – gêneros da esfera acadêmicas ou não – são eventos comunicativas que servem a determinado propositivo comunicativo de uma determinada comunidade discursiva4. Esses gêneros apresentam uma organização retórica que os tipifica a determinados contextos (comunidades discursivas ou 4Em sua teoria sociorretórica de gêneros, formulada, inicialmente, na primeira metade da década de 90 do século passado, Swales (1990) define comunidades discursivas como sendo “redes sócio-retóricas que se formam de modo a trabalhar por um conjunto de objetivos comuns. Uma das características que os membros estabelecidos dessas comunidades discursivas possuem é a familiaridade com os gêneros específicos que são usados na busca comunicativa destes conjuntos de objetivos (1990, p.9). Todavia, essa definição apresentou inúmeros questionamentos de outros autores da época. Um dos principais pontos fracos está no fato de que a comunidade discursiva era concebida como um grupo verdadeiro e estável, marcado pelo consenso em suas posições. Já na segunda metade da década de 90, o autor reformula esse conceito. Para Biasi- Rodrigues (s/data), nessa reformulação de 1992 e de 2009, Swales considera que embora os membros de uma comunidade discursiva tenham grande conhecimento dos gêneros, eles podem não estar absolutamente de acordo com o propósito de um determinado gênero e reorientar a sua finalidade. Assim, o propósito comunicativo é mantido, não de forma predominante ou evidente, mas como um critério privilegiado em função do resultado da investigação sobre o gênero. domínios discursivos para Marcuschi (2008) ou esfera/campos da comunicação humana, para Bakhtin (2003[1952-3/1979]) e desempenham determinadas ações retóricas sociais (MILLER, 1984, 2009). Assim, conforme aponta Mottha-Roth (1998) esse gênero possibilita o acesso rápido a informações essenciais sobre o AC, funcionando como um captador de atenção e ajudando o leitor a detectar passagens específicas do texto propriamente dito, permitindo um contato rápido e eficaz com o teor do volume crescente de novas publicações. Nessa direção, Swales em 1981, elaborou um modelo para o estudo da estrutura retórica da introdução do gênero artigo científico, ampliando, posteriormente esse modelo em 1990. Esse modelo – CARS- como ficou conhecido, serviu de base para muitos trabalhos de outras seções do gênero artigo científico e também para outros gêneros acadêmicos e, mais recentemente, tem sido utilizado também na discussão da organização retórica de outros gêneros não necessariamente escolares. Esse modelo CARS, compreende uma estrutura retórica em dois níveis hierárquicos de unidades de informação, sendo eles: os ‘movimentos’ (moves) e os ‘passos’ (steps), com maior (movimentos) ou menor (passos) abrangência, sendo que conforme Mottha-Roth (1995, p. 47) "cada uma dessas unidades esquemáticas é considerada retórica uma vez que realiza ou adiciona uma parte da informação dentro da totalidade do texto". Assim, um movimento pode ser definido como um bloco de texto que pode se estender por mais de uma sentença, realizando uma função comunicativa específica (p.ex., em artigos científicos, estabelecer o território epistemológico da área), e que, juntamente com outros movimentos, constitui a totalidade da estrutura informacional que deveestar presente no texto para que esse possa ser reconhecido como um exemplar de um dado gênero do discurso Pautadas nessa visão, Mottha-Roth e Hendges (2010), propõem que há pelos menos dois tipos de resumos/abstract: Revisão da literatura Empírico/experimental A essa classificação das autoras, acrescentaríamos, também, o tipo de resumo resultado de relatos de experiência. Com relação ao resumo de revisão de literatura – e artigo de revisão de literatura - o produtor busca mostrar o “o estado da arte” de alguma teoria ou um “caráter teórico, trazendo os elementos centrais da discussão feito no texto integral” (MOTTA-ROTH; HENDGES, 2010, p. 153). Exemplo: resumo que apresenta discussões sobre diversas correntes teóricas de gêneros, situando seus autores mais expoentes. Exemplo: resumo que apresenta um recorte temporal sobre abordagens e modelos de leitura e o impacto desses no ensino. Já o resumo/abstract empírico ou experimental/resultante de uma pesquisa, objetiva desenvolver a apresentação suscita das etapas da pesquisa, isto é, apresenta “a ordem das informações dada pelos diferentes momentos que uma pesquisa de caráter prático compreende” (MOTTA-ROTH; HENDGES, 2010, p. 154). Obs.: Ver exemplos nas atividades de prática Por fim, o resumo de relato de experiência vincula-se a um gênero que tem como propósito comunicativo (SWALES, 1990, HAMAIS; BIASI-RODRIGUES, 2005) apresentar o relato de uma experiência didática e/ou metodológica desenvolvida consoante o auxílio de parâmetros teóricos. Nesse tipo de texto, temos a presença de um produtor que relata sua experiência como narrador-personagem (FERREIRA, 2014). No entanto, dado o conjunto de convenções estabelecidas em se tratando de gêneros do domínio acadêmico científico, a existência de um narrador-personagem não significa, necessariamente, nível irrestrito de pessoalidade já que o conhecimento partilhado pelos membros da comunidade discursiva acadêmica inclui a construção impessoal do texto (BAZERMAN, 1988). Obs.: Ver exemplos nas atividades de prática 4.1 DESCRIÇÃO ESQUEMÁTICA DO ABSTRACT MOVIMENTO 1 Subfunção 1A – SITUAR A PESQUISA Estabelecer interesse profissional no tópico. Ou Subfunção 1B – Fazer generalizações do tópico. e/ou Subfunção 2A – Citar pesquisas prévias. ou Subfunção 2B – Estender pesquisas prévias. ou Subfunção 2C – Contra-argumentar pesquisas prévias. ou Subfunção 2D – Indicar lacunas em pesquisas prévias. MOVIMENTO 2 Subfunção 1A – APRESENTAR A PESQUISA Indicar as principais características. ou Subfunção 1B – Apresentar os principais objetivos. e/ou Subfunção 2 - Levantar hipóteses MOVIMENTO 3 DESCREVER A METODOLOGIA MOVIMENTO 4 SUMARIZAR OS RESULTADOS MOVIMENTO 5 Subfunção 1 - DISCUTIR A PESQUISA Elaborar conclusões. e/ou Subfunção 2 - Recomendar futuras aplicações. 4.2 CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DO ABSTRACT Verbos no pretérito composto e presente do indicativo, terceira pessoa do singular, voz passiva; Sentenças declarativas, sem abreviações, jargões, símbolos; Linguagem econômica com sentenças simples, evitando redundâncias tais como exemplos, superlativos, ilustrações, excesso de detalhes. 4.3 MARCADORES METADISCURSIVOS ESPECÍFICOS a) definição do problema – explorações recentes em x indicam; muitos/as pesquisadores/as acreditam que x; enquanto professor/instrutor/pesquisador/a de x, devemos saber y, entretanto essa questão é difícil devido a z; essa última década nos trouxe uma significativa intensificação no estudo de x, entretanto nenhum consenso foi atingido no que concerne a y; uma premissa básica deste artigo é x e a falha parece estar afeita a y. b) objetivo – neste trabalho pretendo/emos/e-se x; este artigo relata uma pesquisa sobre x;o presente trabalho é uma tentativa de discutir questões sobre x; este trabalho explora x; neste trabalho são apresentadas/são descritas x; este artigo discute x. c) método – em primeiro lugar, analisei/amos/ou-se x; em seguida, examinei/amos/ou-se y. d) resultados – os resultados da pesquisa incluem indicações de x. e) conclusão – as conclusões alcançadas referem-se a x; o trabalho argumenta que x. Referências usadas na elaboração deste texto MOTTA-ROTH, Désirée; ENDGES, Graciela. Produção textual na universidade. SP: Parábola, 2010. BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. MACHADO, Anna Rachel. Revisitando o conceito de resumos. In: DIONISIO, Ângela Paiva et al. (Org.) Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 138-150. MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Atividades de (re)textualização em práticas acadêmicas: um estudo do resumo. In. Scripta. Belo Horizonte: PUC-MG, v. 1, n° 1, 1997, p. 109-122.