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_QUAIS AS CLASSES DE MEDICAÇÕES QUE PODEM SER USADAS NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA_


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ATIVIDADE 1 – ENDOCRINOLOGIA
E) QUAIS AS CLASSES DE MEDICAÇÕES QUE PODEM SER USADAS NA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA?
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), popularmente conhecida como pressão alta,
é um distúrbio crônico caracterizado pela elevação persistente dos níveis
pressóricos nas artérias. O tratamento da HAS visa reduzir a pressão arterial para
valores seguros e prevenir o desenvolvimento de complicações graves, como
doenças cardíacas, AVC, doenças renais e retinopatia diabética. As medicações
desempenham um papel crucial nesse processo, e a escolha do tratamento
adequado depende de diversos fatores, como a gravidade da hipertensão, a
presença de outras doenças e o perfil de cada paciente.
1. Diuréticos:
● Mecanismo de ação: Aumentam a produção de urina, eliminando o excesso
de sódio e água do corpo, diminuindo o volume sanguíneo e
consequentemente a pressão arterial.
● Tipos de diuréticos:
○ Tiazídicos: Hidroclorotiazida (HCTZ), Clortalidona (Cloridona®),
Indapamida (Lozaar®). São os diuréticos mais utilizados e eficazes no
tratamento da hipertensão.
○ Diuréticos de alça: Furosemida (Lasix®). São mais potentes que os
tiazídicos, mas podem causar mais efeitos colaterais.
○ Poupandores de potássio: Espironolactona (Aldactone®). Além do
efeito diurético, diminuem a excreção de potássio, importante para o
controle da pressão arterial e a função muscular.
● Vantagens: Eficazes na redução da pressão arterial, são relativamente
baratos e podem ser combinados com outros medicamentos.
● Desvantagens: Podem causar efeitos colaterais como desidratação,
hipocalemia (diminuição dos níveis de potássio), aumento do ácido úrico e
alterações no metabolismo do cálcio.
2. Beta-bloqueadores:
● Mecanismo de ação: Bloqueiam os efeitos da adrenalina e noradrenalina no
coração, diminuindo a frequência cardíaca, a força de contração do coração e
a produção de renina, que regula a pressão arterial.
● Exemplos: Atenolol (Tenormin®), Bisoprolol (Concor®), Metoprolol
(Toprol®).
● Vantagens: Eficazes na redução da pressão arterial, diminuem o risco de
infarto do miocárdio, AVC e morte cardiovascular. São úteis para pacientes
com angina, insuficiência cardíaca ou arritmias cardíacas.
● Desvantagens: Podem causar efeitos colaterais como bradicardia (frequência
cardíaca baixa), fadiga, tontura, frio nas extremidades e problemas
respiratórios. Não são recomendados para pessoas com asma, bronquite
crônica ou bloqueio cardíaco.
3. Antagonistas dos Canais de Cálcio (ACC):
● Mecanismo de ação: Relaxam os músculos das artérias, diminuindo a
resistência ao fluxo sanguíneo e consequentemente a pressão arterial.
● Tipos de ACC:
○ Di-hidropiridínicos: Nifedipina (Adalat®), Amlodipina (Norvasc®),
Felodipina (Plendil®). São os ACC mais utilizados e eficazes no
tratamento da hipertensão.
○ Não di-hidropiridínicos: Diltiazem (Cardizem®), Verapamil (Isoptin®).
● Vantagens: Eficazes na redução da pressão arterial, são relativamente bem
tolerados e podem ser combinados com outros medicamentos. São úteis para
pacientes com angina, espasmo coronário ou insuficiência cardíaca.
● Desvantagens: Podem causar efeitos colaterais como edema nas pernas,
tontura, cefaleia e constipação. Não são recomendados para pessoas com
bradicardia ou hipotensão grave.
4. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA):
● Mecanismo de ação: Bloqueiam a ação da enzima conversora de
angiotensina (ECA), que regula a pressão arterial e o volume sanguíneo.
● Exemplos: Captopril (Capoten®), Enalapril (Vasotec®), Lisinopril (Univasc®).
● Vantagens: Eficazes na redução da pressão arterial, diminuem o risco de
infarto do miocárdio, AVC e progressão da doença renal.

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