QUAIS AS CLASSES DE MEDICAÇÕES QUE PODEM SER USADAS NA DISLIPIDEMIA_

Prévia do material em texto

ATIVIDADE 1 – ENDOCRINOLOGIA
F) QUAIS AS CLASSES DE MEDICAÇÕES QUE PODEM SER USADAS NA
DISLIPIDEMIA?
1. Estatinas:
● Mecanismo de ação: Inibem a enzima HMG-CoA redutase, responsável pela
produção de colesterol no fígado.
● Exemplos: Rosuvastatina (Crestor®), Atorvastatina (Lipitor®), Sinvastatina
(Zocor®), Pravastatina (Pravachol®), Fluvastatina (Lescol®).
● Vantagens: São os medicamentos mais eficazes na redução do colesterol
LDL, diminuindo significativamente o risco de eventos cardiovasculares.
● Desvantagens: Podem causar efeitos colaterais como dores musculares,
fadiga, alterações nas enzimas hepáticas e problemas digestivos. Não são
recomendadas para mulheres grávidas ou amamentando, e devem ser
usadas com cautela em pacientes com problemas hepáticos.
2. Fibratos:
● Mecanismo de ação: Aumentam a produção de HDL (colesterol bom) e
diminuem os triglicerídeos. Também podem reduzir o colesterol LDL em
menor grau.
● Exemplos: Fenofibrato (Lipantil®), Gemfibrozil (Lopid®), Bezafibrato
(Bezafibra®).
● Vantagens: Eficazes na redução dos triglicerídeos e no aumento do HDL,
sendo úteis para pacientes com hipertrigliceridemia e baixo HDL.
● Desvantagens: Podem causar efeitos colaterais como dores musculares,
problemas digestivos e alterações nas enzimas hepáticas. Não são
recomendadas para pessoas com problemas renais ou hepáticos graves.
3. Resinas Sequestradoras de Ácidos Biliares:
● Mecanismo de ação: Ligam-se aos ácidos biliares no intestino, diminuindo
sua absorção e consequentemente a produção de colesterol pelo fígado.
● Exemplos: Colestiramina (Questran®), Colestipol (Colestipol®).
● Vantagens: Eficazes na redução do colesterol LDL, principalmente quando
utilizadas em conjunto com estatinas.
● Desvantagens: Podem causar efeitos colaterais como constipação, diarreia,
inchaço abdominal e flatulência. Também podem interferir na absorção de
outras vitaminas e medicamentos.
4. Inibidores da PCSK9:
● Mecanismo de ação: Inibem a ação da proteína PCSK9, que regula a
degradação dos receptores de LDL no fígado. Aumento desses receptores
leva à maior captação de LDL do sangue, diminuindo seus níveis.
● Exemplos: Alirocumab (Praluent®), Evolucumab (Repatha®).
● Vantagens: São medicamentos biológicos altamente eficazes na redução do
colesterol LDL, principalmente em pacientes com hipercolesterolemia
familiar ou que não respondem adequadamente a outros tratamentos.
● Desvantagens: São medicamentos de alto custo e podem causar efeitos
colaterais como reações no local da injeção, dor nas costas, fadiga e mialgia.
5. Niacina:
● Mecanismo de ação: Aumenta o HDL (colesterol bom) e diminui os
triglicerídeos. Também pode reduzir o colesterol LDL em menor grau.
● Formas: Niacina (ácido nicotínico), Nicotinato de inositol (Niacinamida).
● Vantagens: Eficaz na elevação do HDL e na redução dos triglicerídeos, sendo
útil para pacientes com hipertrigliceridemia e baixo HDL.
● Desvantagens: Pode causar efeitos colaterais como rubor facial, náuseas,
vômitos, diarreia e alterações nas enzimas hepáticas. Não é recomendado
para pessoas com diabetes, problemas hepáticos ou úlceras estomacais.