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SIMULADO TEMÁTICO 
Direito Penal – Parte Especial 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
 
 
1. (Questão inédita-MC) De acordo com o Código Penal, com a legislação em matéria penal e com a 
jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores e a situação fática apresentada responda a assertiva: 
Severo, conhecido infrator da região, decide furtar a casa de um casal de idosos no período noturno pois 
acredita que eles estejam em descanso, ao entrar na casa, apodera-se da bicicleta objeto do ilícito e vem 
a fugir, mas é visto pelos idosos que não estavam dormindo e ligam para a polícia que intercepta o autor 
ainda no mesmo bairro, vindo a ser indiciado pelo crime de furto majorado, diante disso responda; o 
advogado do autor pode argumentar em sua defesa que a majorante do repouso noturno não poderia ser 
aplicada pelo fato que as vítimas não estavam dormindo. 
 
2. (Questão inédita-MC) Adonias que nunca tinha cometido um crime sequer em toda sua vida decide 
cometer um furto de um anel no valor de 800 reais para satisfazer um desejo antigo de sua namorada 
pois estavam brigados, ocorre que câmeras de segurança filmam toda a ação e identificam Adonias que 
é preso posteriormente com o objeto do furto. Diante da situação fática narrada como o mesmo é 
primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, 
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa, este chamado de furto insignificante. 
 
3. (Questão inédita-MC) Germêncio possui uma “lan house” com cinco computadores que funcionam 
diariamente, em uma visita de rotina da companhia de energia é descoberto que este tem uma ligação 
elétrica clandestina destinada a desviar energia elétrica para sua casa, o famoso “gato”. Sendo 
descoberto, Germêncio decide pagar o débito oriundo do ilícito para que assim tenha extinta sua 
punibilidade. Diante do caso narrado, podemos afirmar que o autor está correto em sua pretensão e o 
crime cometido pelo mesmo é o de estelionato. 
 
4. (Questão inédita-MC) João em zona de fronteira veio a praticar em concurso material os crime de roubo 
e furto ambos com uso de explosivo que causaram perigo comum, com o intuito de subtrair o dinheiro 
de um caixa eletrônico, diante caso fático responda: O pacote Anticrime passou a prever como hediondo 
o furto pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum mas não o fez em 
relação ao roubo mesmo este sendo mais grave. 
 
5. (Questão inédita- MC) João Guilherme veio a praticar um crime de estelionato contra uma pessoa 
vulnerável, desta forma podemos afirmar que a pena do crime em questão aumenta-se de 1/3 (um terço) 
ao dobro, considerada a relevância do resultado gravoso. 
 
6. (Questão inédita- MC) Quanto ao crime de estelionato, julgue o item a seguir: Crime de estelionato que 
seja cometido contra pessoa idosa que tenha 68 anos de idade na data do fato somente se procede 
mediante representação da vítima. 
 
7. (Questão inédita-MC) Quanto ao crime de estelionato, julgue o item a seguir: Foi inserido no crime de 
estelionato uma nova qualificadora a chamada fraude eletrônica que inclusive pode ser praticado por 
redes sociais como facebook e instagram. 
 
8. (Questão inédita-MC) Quanto ao crime de estelionato, julgue o item a seguir: Para a caracterização do 
estelionato, é necessário haver o emprego de fraude, a provocação ou a manutenção em erro e ainda um 
resultado duplo que seria a obtenção de vantagem ilícita e prejuízo alheio, sendo desnecessário o uso da 
força. 
 
 
3 
 
 
9. (Questão inédita-MC) Quanto ao crime de estelionato, julgue a situação fática: Astúcio não informou ao 
INSS o óbito de seu genitor e continuou a utilizar o cartão de benefício de titularidade do falecido pelo 
período de 5 meses. Nessa situação, Astúcio praticou estelionato de natureza previdenciária, 
classificado, em decorrência de sua conduta, como crime permanente, e o prazo prescricional iniciar-se 
com o primeiro recebimento do benefício previdenciário de acordo com o entendimento do STJ. 
 
10. (Questão inédita-MC) Julgue a assertiva de acordo com os entendimentos legais: Um dos crimes está 
presente no rol que autoriza a prisão temporária é o de estelionato, assim satisfazendo todos os requisitos 
legais a autoridade policial pode representar por esta medida em relação ao referido crime e terá o prazo 
de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
11. (Questão inédita-MC) Com base nos entendimentos dispostos dos Tribunais Superiores, responda a 
assertiva. Tertúlio, açougueiro da região, ao chegar em casa e vê que sua esposa Carmina não tinha feito 
seu jantar, pegou um de seus facões objeto de trabalho e lesionou esta no rosto vindo a causar uma 
deformidade permanente na mesma, posteriormente Carmina fez uma cirurgia reparatória que eliminou 
a sua deformidade, assim podemos concluir que tal reparação ulterior afasta a qualificadora da 
deformidade permanente. 
 
12. (Questão inédita-MC) Ernesto, enquanto conversava com amigos em um bar, observa que Firmino, seu 
desafeto, estava próximo. Enquanto Firmino conversava entretido com sua esposa, Ernesto se aproximou 
e desferiu vários socos e pontapés em Firmino, o que resultou em rubefações e a perda de dois dentes. 
Com base em tais informações é correto afirmar que Ernesto responderá por lesão corporal de natureza 
grave, pois conforme os entendimentos do STJ, a perda de dois dentes, muito embora possa reduzir a 
capacidade funcional da mastigação, não enseja a deformidade permanente prevista no art. 129, §2º do 
CP, mas sim debilidade permanente de membro sentido ou função, prevista no art. 129, §1º do CP. 
 
13. (Questão inédita-MC) De acordo com o Código Penal, com a legislação em matéria penal e com a 
jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores responda a assertiva. Durante o período de pandemia 
do Corona Vírus e o consequente isolamento social, houve uma crescente gigantesca de casos de 
violência contra a mulher, assim em busca de criar mais um mecanismo para coibir tal violência foi 
criado em 2021 mais uma qualificadora em caso de lesão corporal se a lesão for praticada contra a 
mulher, por razões da condição do sexo feminino e envolver violência doméstica e familiar ou 
menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
 
14. (Questão inédita-MC) De acordo com o Código Penal, com a legislação em matéria penal e com a 
jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores responda a assertiva. 
 
Crispim, dominado de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, veio a praticar 
uma lesão corporal contra seu tio que lhe humilhou na frente de seus amigos e sua recente namorada, 
diante disso sua pena pode ser reduzida em 1/3 a 2/3, a chamada lesão privilegiada assim como ocorre 
com o homicídio privilegiado. 
 
15. (Questão inédita - MC) Genésio, durante uma roda de conversas entre “amigos”, veio a ser agredido por 
Palácio, pois aquele fez diversas críticas ao atual presidente, devido a lesão corporal causada, Genésio 
passou por uma cirurgia muito arriscada havendo perigo de vida, vindo depois a se recuperar. Diante da 
situação fática é correto afirmar que devido o enorme perigo de vida causado houve uma lesão corporal 
de natureza gravíssima. 
 
16. (Questão inédita - MC) Mário e Afonsino discutem periodicamente no local de trabalho, por motivos 
diversos, certa vez, em que os ânimos se exaltaram, vieram a causar lesões recíprocas. Diante da situação 
 
 
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narrada, o juiz pode aplicar o perdão judicial para ambos já que houve lesões recíprocas, não sendo 
graves as lesões. 
 
17. (Questão inédita-MC) Antônio, zelador de uma escola municipal no interior do Rio de Janeiro, veio a 
cometer um crime de roubo majorado pelo uso de arma de fogo, diante das classificações dos crimes, 
podemos afirmarque Antônio cometeu um crime ultracomplexo. 
 
18. (Questão inédita-MC) Juliano, exímio infrator da região, tem uma forma característica de praticar seus 
crimes, ele primeiramente ganha a confiança das pessoas e depois as convida para sair, já no local de 
maneira imperceptível coloca um sonífero na bebida da vítima que apaga por completo e assim ele pega 
seus pertences e foge. Diante do caso narrado, podemos afirmar que o crime praticado pelo agente é o 
de roubo impróprio. 
 
19. (Questão inédita-MC) De acordo com a doutrina e a jurisprudência, responda a assertiva: Configura o 
crime de roubo a conduta do funcionário de uma empresa que combina com outro indivíduo para que 
este simule que assalta o empregado com uma arma de fogo e, dessa forma, leve o dinheiro da empresa 
e não o de estelionato como se poderia deduzir. 
 
20. (Questão inédita-MC) De acordo com a doutrina e a jurisprudência, responda a assertiva: Consuma-se 
o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, 
ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa 
roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. 
 
21. (Questão Inédita – MC). Conforme o ordenamento jurídico pátrio, em regra, o homicídio simples não é 
considerado crime hediondo. No entanto, excepcionalmente, poderá ser hediondo, quando praticado por 
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ainda que cometido por um só 
agente. 
 
22. (Questão Inédita – MC). Conforme a alterações promovidas pela Lei nº 13.964/19 na Lei de Crimes 
Hediondos, é considerado crime hediondo o homicídio qualificado pelo emprego de arma de fogo de 
uso permitido. 
 
23. (Questão Inédita – MC) João é secretário de um empresário muito renomado que tem uma fortuna 
equivalente a 1.000.000,00. João, sozinho no seu gabinete de trabalho, começa a planejar como sua vida 
mudaria se ele tivesse a fortuna do seu patrão. Diante de tais pensamentos, João tem a brilhante ideia de 
matar o segurança do seu patrão e depois sequestrá-lo para pedir o preço do resgate. No dia seguinte, 
João resolveu colocar em prática sua ideia. Quando seu patrão está chegando na empresa, João desfere 
seis golpes de faca no segurança e depois sequestra o seu patrão. 
 
Baseando-se apenas nessas informações, João responderá por homicídio qualificado, restando 
configurado o que a doutrina denomina de conexão teleológica. 
 
24. (Questão Inédita – MC). O agente que sob influência de violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima atira em uma pessoa com intenção de matá-la, responderá pelo chamado homicídio 
privilegiado. Nessa hipótese, a pena poderá ser reduzida de 1/6 a 1/3. 
 
25. (Questão Inédita – MC). A circunstância do descumprimento de medida protetiva de urgência imposta 
ao agressor, consistente na proibição de aproximação da vítima, constitui uma qualificadora no delito de 
feminicídio. 
 
26. (Questão Inédita – MC). Conforme entendimento do STF, o crime de remoção de órgãos qualificado 
pelo resultado morte, previsto no art. 14, § 4º, da Lei nº 9.434/97 é de competência do Júri. 
 
 
 
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27. (Questão Inédita – MC). Conforme entendimento do STJ, a retratação da calúnia, feita antes da sentença, 
acarreta a extinção da punibilidade do agente independente de aceitação do ofendido. 
 
28. (Questão Inédita – MC). Julgue a seguinte assertiva com base no caso fictício. João-Sem-Noção 
terminou um longo relacionamento amoroso com Jezebel. Com o tempo, ele começou a prossegui-la em 
suas redes sociais. Ela o bloqueava e ele criava outros perfis insistentemente querendo a atenção de sua 
ex amada. Com a reiteração dessas condutas, ela sentiu sua vida privada e privacidade amplamente 
violadas. João-Sem-Noção praticou o crime de perseguição, com pena de reclusão de 6 meses a 2 anos 
e multa, sendo de ação penal pública incondicionada, devido à sua gravidade. 
 
29. (Questão Inédita – MC). Julgue a seguinte assertiva com base no caso fictício. João-Sem-Noção 
terminou um longo relacionamento amoroso com Jezebel. Com o tempo, ele começou a prossegui-la em 
suas redes sociais. Ela o bloqueava e ele criava outros perfis insistentemente querendo a atenção de sua 
ex amada. Com a reiteração dessas condutas, ela sentiu sua vida privada e privacidade amplamente 
violadas. João-Sem-Noção praticou o crime de perseguição, que é tido como permanente. Ou seja, 
apenas um ato isolado não configura o tipo, devendo ocorrer sua reiteração. 
 
30. (Questão Inédita – MC). Com relação aos crimes contra a liberdade individual e a Lei n. 14.155/2021, 
analise a assertiva a seguir: 
A causa de aumento do crime de Invasão de dispositivo informático foi objeto de alteração pelo advento 
da Lei n. 14.155/2021, antes o aumento da pena era de um sexto a um terço. Atualmente, aumenta-se a 
pena de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se da invasão resulta prejuízo econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SIMULADO TEMÁTICO 
Direito Penal – Parte Especial 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES com Gabarito Comentado 
 
 
1. (Questão inédita-MC) De acordo com o Código Penal, com a legislação em matéria penal e com a 
jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores e a situação fática apresentada responda a assertiva: 
Severo, conhecido infrator da região, decide furtar a casa de um casal de idosos no período noturno pois 
acredita que eles estejam em descanso, ao entrar na casa, apodera-se da bicicleta objeto do ilícito e vem 
a fugir, mas é visto pelos idosos que não estavam dormindo e ligam para a polícia que intercepta o autor 
ainda no mesmo bairro, vindo a ser indiciado pelo crime de furto majorado, diante disso responda; o 
advogado do autor pode argumentar em sua defesa que a majorante do repouso noturno não poderia ser 
aplicada pelo fato que as vítimas não estavam dormindo. 
 
Gabarito: ERRADO. Para responder a questão subtraímos um julgado importante, segue: 
 
Para a configuração da circunstância majorante do § 1º do art. 155 do Código Penal, basta que a conduta 
delitiva tenha sido praticada durante o repouso noturno, dada a maior precariedade da vigilância e a 
defesa do patrimônio durante tal período e, por consectário, a maior probabilidade de êxito na empreitada 
criminosa, sendo irrelevante o fato das vítimas não estarem dormindo no momento do crime, ou, 
ainda, que tenha ocorrido em estabelecimento comercial ou em via pública, dado que a lei não faz 
referência ao local do crime. STJ. 5ª Turma. AgRg-AREsp 1.746.597- SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, 
julgado em 17/11/2020. STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no REsp 1849490/MS, Rel. Min. Antonio 
Saldanha, julgado em 15/09/2020. Assim, a tese argumentada pelo advogado de defesa não pode 
prosperar pelo fato de que as vítimas estarem dormindo ou não, é um indiferente. *Atenção: a 
jurisprudência entende que a majorante é aplicável tanto ao furto simples quanto ás modalidades 
qualificadas (STF-HC 114.174). 
 
2. (Questão inédita-MC) Adonias que nunca tinha cometido um crime sequer em toda sua vida decide 
cometer um furto de um anel no valor de 800 reais para satisfazer um desejo antigo de sua namorada 
pois estavam brigados, ocorre que câmeras de segurança filmam toda a ação e identificam Adonias que 
é preso posteriormente com o objeto do furto. Diante da situação fática narrada como o mesmo é 
primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, 
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa, este chamado de furto insignificante. 
 
Gabarito: ERRADO. Cuidado para não confundir furto privilegiado (diminuição de pena) com furto 
insignificante (fato atípico). Para que seja aplicada a insignificância há necessidade de preenchimento 
dos 4 vetores: mínima ofensividade da conduta, ausência de periculosidade social da ação, reduzido grau 
de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade de lesão jurídicaao bem jurídico. No caso 
narrado o que poderia lhe ser atribuído era o furto privilegiado que tem como: Requisitos: Primariedade 
do agente + pequeno valor da coisa 
• Primariedade do agente: Pelas regras de reincidência do art. 62 a 65 do CP, é primário: × Aquele não 
apresenta condenação irrecorrível anterior; Aquele que, depois de 5 anos da extinção da pena a que foi 
condenado pela pratica de outro delito, vier a cometer um furto. (Maus antecedentes) 
• Pequeno valor: a jurisprudência tem admitido em casos que a coisa tem valor de até 1 salário mínimo. 
(Não se confunde com coisa de valor insignificante, cujo critério adotado é 10% do salário mínimo!) 
E tem como benefícios justamente os propostos na questão. Em suma, a questão está errada única e 
exclusivamente pela definição do tipo de furto que no caso seria o privilegiado e não o insignificante. 
 
 
 
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3. (Questão inédita-MC) Germêncio possui uma “lan house” com cinco computadores que funcionam 
diariamente, em uma visita de rotina da companhia de energia é descoberto que este tem uma ligação 
elétrica clandestina destinada a desviar energia elétrica para sua casa, o famoso “gato”. Sendo 
descoberto, Germêncio decide pagar o débito oriundo do ilícito para que assim tenha extinta sua 
punibilidade. Diante do caso narrado, podemos afirmar que o autor está correto em sua pretensão e o 
crime cometido pelo mesmo é o de estelionato. 
 
Gabarito: ERRADO. Mais um julgado bem comum em provas, segue: O pagamento do débito oriundo 
de furto de energia elétrica antes do oferecimento da denúncia não é causa de extinção da 
punibilidade. Neste esteio, a jurisprudência se consolidou no sentido de que a natureza jurídica da 
remuneração pela prestação de serviço público, no caso de fornecimento de energia elétrica, prestado 
por concessionária, é de tarifa ou preço público, não possuindo caráter tributário. STJ. 3ª Seção. RHC 
101.299-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Rel. Acd. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 13/03/2019 (Info 
645). Em relação ao crime praticado não confunda: O agente que desvia energia elétrica por meio de 
ligação clandestina (gato) pratica o crime de furto, pois há subtração e inversão da posse do bem. Já o 
agente que altera om sistema de medição para que se aponte resultado menor do que o real consumo 
pratica o crime de estelionato. Em suma, o caso em tela padece de dois erros; o crime no caso narrado 
seria de furto de energia e tal crime não pode receber o mesmo tratamento dado ao inadimplemento 
tributário, de modo que o pagamento antes do recebimento da denúncia não configura causa extintiva 
da punibilidade, mas causa de redução da pena relativa ao arrependimento posterior art 16 CP). 
 
4. (Questão inédita-MC) João em zona de fronteira veio a praticar em concurso material os crime de roubo 
e furto ambos com uso de explosivo que causaram perigo comum, com o intuito de subtrair o dinheiro 
de um caixa eletrônico, diante caso fático responda: O pacote Anticrime passou a prever como hediondo 
o furto pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum mas não o fez em 
relação ao roubo mesmo este sendo mais grave. 
 
Gabarito: CERTO. Infelizmente, um crime bem comum que aterroriza pequenas cidades no interior de 
todo o Brasil com a implosão de agências e caixas eletrônicos, mas houve um descompasso em relação 
a hediondez destes crimes, segue: O furto qualificado pelo emprego de explosivo É HEDIONDO, o 
roubo, entretanto, por atecnia do legislador, NÃO É HEDIONDO nesses casos. Cuidado, pois se trata 
de assunto que com certeza será exigido. 
 
5. (Questão inédita- MC) João Guilherme veio a praticar um crime de estelionato contra uma pessoa 
vulnerável, desta forma podemos afirmar que a pena do crime em questão aumenta-se de 1/3 (um terço) 
ao dobro, considerada a relevância do resultado gravoso. 
 
Gabarito: CERTO. Trata-se de uma alteração legislativa do ano de 2021, antes aplicava-se a pena em 
dobro se o crime fosse cometido contra idoso. Atualmente, depois da Lei 14.155/2021 a pena aumenta-
se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime for cometido contra idoso ou vulnerável, considerada a 
relevância do resultado gravoso. 
Percebam que, neste caso, houve uma novatio legis in mellius porque, antes, a pena deveria ser sempre 
dobrada. Agora, ela pode ser aumentada de 1/3 até o dobro. 
 
6. (Questão inédita- MC) Quanto ao crime de estelionato, julgue o item a seguir: Crime de estelionato que 
seja cometido contra pessoa idosa que tenha 68 anos de idade na data do fato somente se procede 
mediante representação da vítima. 
 
Gabarito: CERTO. Em regra, com o pacote anticrime O ESTELIONATO PASSOU A SER COMO 
REGRA CRIME CONDICIONADO À REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA. 
EXCEÇÃO: ESTELIONATO É DE Ação Penal Pública INCONDICIONADA, se for cometido contra: 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
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CRIANÇA OU ADOLESCENTE 
DEFICIÊNCIA MENTAL 
MAIOR DE 70 ANOS OU INCAPA 
 
7. (Questão inédita-MC) Quanto ao crime de estelionato, julgue o item a seguir: Foi inserido no crime de 
estelionato uma nova qualificadora a chamada fraude eletrônica que inclusive pode ser praticado por 
redes sociais como facebook e instagram. 
 
Gabarito: CERTO. Trata-se de mais uma inovação legislativa no crime de estelionato. 
Em que consiste o crime: 
O agente obtém vantagem ilícita por meio de informações da vítima que ele obteve da própria vítima ou 
de um terceiro que foram induzidos em erro. 
O grande diferencial aqui é que a atuação do agente origina-se por meio eletrônico, ou seja, a vítima ou 
o terceiro foram induzidos a erro por meio de redes sociais (ex: Facebook, Instagram); contatos 
telefônicos (ex: simulando que se trata de ligação da operadora de cartão de crédito); envio de correio 
eletrônico fraudulento (ex: e-mail que imita correspondência da loja, banco etc.); ou qualquer outro meio 
fraudulento análogo. 
Vejamos a legislação pertinente: 
Art. 171 (...) 
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a 
utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes 
sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio 
fraudulento análogo. 
 
8. (Questão inédita-MC) Quanto ao crime de estelionato, julgue o item a seguir: Para a caracterização do 
estelionato, é necessário haver o emprego de fraude, a provocação ou a manutenção em erro e ainda um 
resultado duplo que seria a obtenção de vantagem ilícita e prejuízo alheio, sendo desnecessário o uso da 
força. 
 
Gabarito: CERTO. A alternativa é perfeita! O estelionato acontece quando uma pessoa usa o engano 
ou a fraude para levar vantagem sobre alguém. Se considera como um crime patrimonial, todavia, 
diferentemente de outros delitos, também, patrimoniais, não há uso da força, somente uso de artifício 
ardil para convencer a vítima a entregar-lhe algum bem e, com isso, locupletar-se ilicitamente. 
Para que o crime seja caracterizado, são necessários o acontecimento de quatro elementos, a saber: 
-Fraude; 
-Erro; 
-Resultado duplo (a obtenção de vantagem ilícita + prejuízo alheio); 
-Dolo. 
Observação: A ausência de um dos quatro elementos, seja qual for, impede a caracterização do 
estelionato. 
 
9. (Questão inédita-MC) Quanto ao crime de estelionato, julgue a situação fática: Astúcio não informou ao 
INSS o óbito de seu genitor e continuou a utilizar o cartão de benefício de titularidade do falecido pelo 
período de 5 meses. Nessa situação, Astúcio praticou estelionato de natureza previdenciária, 
classificado, em decorrência de sua conduta, como crime permanente, e o prazo prescricional iniciar-se 
com o primeiro recebimento do benefício previdenciário de acordo com o entendimento do STJ. 
 
Gabarito: ERRADO. A assertiva incorre em erro na classificação do delito e no início do prazo 
prescricional, vejamos: O crime de estelionato previdenciário terá classificação distinta de acordo as 
circunstâncias do caso concreto, conformea jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 
No caso mencionado no enunciado da questão, o STJ tem se posicionado no sentido de que o estelionato 
praticado pelo recebedor do benefício previdenciário de beneficiário já falecido configura crime 
 
 
9 
 
continuado. A esse teor, é oportuno transcrever trecho do acordão proferido pelo STJ no AgRg no REsp 
1.378.323/PR, 6ª Turma, publicado no DJ de 26/08/2014, senão vejamos: “O delito de estelionato, 
praticado contra a Previdência Social, mediante a realização de saques depositados em favor de 
beneficiário já falecido, consuma-se a cada levantamento do benefício, caracterizando-se, assim, 
continuidade delitiva, nos termos do art. 71 do Código Penal, devendo, portanto, o prazo prescricional 
iniciar-se com a cessação do recebimento do benefício previdenciário. 
No caso de o estelionato praticado por terceiros como, por exemplo, servidores do INSS que agem em 
concurso, o STJ vem entendendo tratar-se de crime instantâneo de efeitos permanentes. Neste sentido é 
oportuno transcrever trecho do acórdão proferido no AgRg no REsp 1.347.082/RS, 5ª Turma, DJ 
de 21/08/2014, senão vejamos: "O estelionato previdenciário é crime instantâneo de efeitos permanentes 
quando cometido por servidor do INSS ou por terceiro não beneficiário que pratica a fraude, sendo 
consumado no momento do pagamento da primeira prestação do benefício indevido. 
Por fim, nas hipóteses em que o fraudador é o próprio beneficiário, o STJ vem entendendo tratar-se o 
estelionato de crime permanente. Neste sentido, oportuna é a transcrição de trecho de acórdão proferido 
pelo STJ no âmbito do AgRg no AgRg no AREsp 992.285/RJ, 5ª Turma, j. 20/06/2017, senão vejamos: 
"O estelionato previdenciário configura crime permanente quando o sujeito ativo do delito também é o 
próprio beneficiário, pois o benefício lhe é entregue mensalmente." Registre-se aqui que o beneficiário, 
poderia fazer cessar a conduta delitiva, deixando de receber o benefício fraudulento cuja fraude foi por 
ele engendrada. 
Diante das considerações tecidas nos parágrafos acima, verifica-se que a afirmação contida no enunciado 
da questão está errada. 
 
10. (Questão inédita-MC) Julgue a assertiva de acordo com os entendimentos legais: Um dos crimes está 
presente no rol que autoriza a prisão temporária é o de estelionato, assim satisfazendo todos os requisitos 
legais a autoridade policial pode representar por esta medida em relação ao referido crime e terá o prazo 
de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
Gabarito: ERRADO. Um dos principais crimes do código penal que não se faz presente no rol 
autorizador da decretação da prisão temporária é o de estelionato. Assim, a depender do caso concreto 
pode ser decretada a prisão preventiva, mas não a prisão temporária justamente por não satisfazer tal 
requisito. Atente-se, umas das formas de ser cobrado tal assunto é na elaboração da peça prática 
processual para delegado de polícia tentando confundir o candidato em relação a medida cautelar 
cabível. 
 
11. (Questão inédita-MC) Com base nos entendimentos dispostos dos Tribunais Superiores, responda a 
assertiva. Tertúlio, açougueiro da região, ao chegar em casa e vê que sua esposa Carmina não tinha feito 
seu jantar, pegou um de seus facões objeto de trabalho e lesionou esta no rosto vindo a causar uma 
deformidade permanente na mesma, posteriormente Carmina fez uma cirurgia reparatória que eliminou 
a sua deformidade, assim podemos concluir que tal reparação ulterior afasta a qualificadora da 
deformidade permanente. 
 
Gabarito: ERRADO. A qualificadora “deformidade permanente” do crime de lesão corporal (art. 129, 
§ 2º, IV, do CP) não é afastada por posterior cirurgia estética reparadora que elimine ou minimize a 
deformidade na vítima. Isso porque, o fato criminoso é valorado no momento de sua consumação, não 
o afetando providências posteriores, notadamente quando não usuais (pelo risco ou pelo custo, como 
cirurgia plástica ou geradores de risco de vida) e promovidas a critério exclusivo da vítima (STJ 6 turma 
HC 306.677-RJ- 19/05/2015)1. 
 
 
1 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Qualificadora da deformidade permanente e posterior cirurgia plástica reparadora. 
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: < 
https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/6c8dba7d0df1c4a79dd07646be9a26c8 >. Acesso em: 
02/10/2021 
 
 
10 
 
12. (Questão inédita-MC) Ernesto, enquanto conversava com amigos em um bar, observa que Firmino, seu 
desafeto, estava próximo. Enquanto Firmino conversava entretido com sua esposa, Ernesto se aproximou 
e desferiu vários socos e pontapés em Firmino, o que resultou em rubefações e a perda de dois dentes. 
Com base em tais informações é correto afirmar que Ernesto responderá por lesão corporal de natureza 
grave, pois conforme os entendimentos do STJ, a perda de dois dentes, muito embora possa reduzir a 
capacidade funcional da mastigação, não enseja a deformidade permanente prevista no art. 129, §2º do 
CP, mas sim debilidade permanente de membro sentido ou função, prevista no art. 129, §1º do CP. 
 
Gabarito: CERTO. A questão cobra o entendimento do STJ acerca da perda de dentes na lesão corporal, 
há duas orientações: 
 
a) A perda de dois dentes, muito embora possa reduzir a capacidade funcional da mastigação, não enseja 
a deformidade permanente prevista no tipo penal, mas sim, a debilidade permanente de membro, sentido 
ou função, prevista no art. 129, §1º, III, do Código Penal (STJ,6ªt., REsp 1620158, j, 13/09/2016, 
informativo 590); 
 
b) A perda de três dentes, por si só, denota a deformidade permanente causada pelas lesões, tornando-se 
despiciendo que a conclusão dos médicos legistas seja corroborada por laudo odontológico. Ainda, a 
possível correção da deformidade através de prótese dentária não arreda a natureza gravíssima da ofensa 
suportada pela vítima (STJ, 5ª T., HC 391.711, j. 24/10/2017); 
 
Link com medicina legal: e o que seria a rubefação: é uma vermelhidão efêmera e fugaz. Desaparece 
em alguns minutos. Não deixa vestígios, razão pela qual é difícil de ser caracterizada num exame de 
corpo de delito. 
 
13. (Questão inédita-MC) De acordo com o Código Penal, com a legislação em matéria penal e com a 
jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores responda a assertiva. Durante o período de pandemia 
do Corona Vírus e o consequente isolamento social, houve uma crescente gigantesca de casos de 
violência contra a mulher, assim em busca de criar mais um mecanismo para coibir tal violência foi 
criado em 2021 mais uma qualificadora em caso de lesão corporal se a lesão for praticada contra a 
mulher, por razões da condição do sexo feminino e envolver violência doméstica e familiar ou 
menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
 
Gabarito: CERTO. Fique atento as atualizações da legislação, o examinador tem uma predileção por 
assuntos recentemente alterados. No caso, a questão trata de uma atualização Incluída pela Lei nº 14.188, 
de 2021, que trouxe uma nova qualificadora para este tipo de lesão corporal que, infelizmente, ocorre 
todos os dias no Brasil. 
 
Vejamos a legislação: 129 CP § 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição 
do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código: 
 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos). (2021). 
 
Nesta mesma lei, a Lei 14.188 de 2021, incluiu no Código Penal o crime de violência psicológica contra 
a mulher, a ser atribuído a quem causar dano emocional “que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões”. O 
crime pode ocorrer por meio de ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, 
chantagem, ridicularizarão, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro método. A pena é de 
reclusão de seis meses a dois anos e multa. Este, com certeza será objeto de prova nos próximos certames.ATUALIZEM SUAS LEGISLAÇÕES!! 
 
 
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A Lei nº 14.188/2021 tratou sobre quatro assuntos2: 
 
- Instituiu o programa de “Sinal Vermelho” contra a Violência Doméstica como uma das medidas de 
enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher; 
- Nova qualificadora para a lesão corporal simples cometida contra a mulher por razões da 
condição do sexo feminino; 
- Criou o crime de violência psicológica contra a mulher; 
- Inserção da integridade psicológica no art. 12-C da Lei Maria da Penha. 
 
14. (Questão inédita-MC) De acordo com o Código Penal, com a legislação em matéria penal e com a 
jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores responda a assertiva. 
 
Crispim, dominado de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, veio a praticar 
uma lesão corporal contra seu tio que lhe humilhou na frente de seus amigos e sua recente namorada, 
diante disso sua pena pode ser reduzida em 1/3 a 2/3, a chamada lesão privilegiada assim como ocorre 
com o homicídio privilegiado. 
 
Gabarito: ERRADO. O erro está unicamente na causa de diminuição que no caso é de um sexto a um 
terço. E não de um terço a dois terços que é causa de diminuição de outros institutos como o da tentativa. 
 
CP, art. 129, § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou 
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir 
a pena de um sexto a um terço. 
 
A assertiva apesar de não medir muito conhecimento é frequentemente cobrada em provas seja o 
examinador tentando confundir o candidato com alteração do quantum, seja com o nome dos institutos 
e suas características. Não há o que fazer a não ser aprender (decorar) os mais importantes. Apesar da 
questão ficar restrita ao quantum de diminuição, é importante sabermos as diferenças entre as 
circunstâncias agravantes e atenuantes e as causas de aumento e de diminuição de pena periodicamente 
cobradas em prova. 
 
15. (Questão inédita - MC) Genésio, durante uma roda de conversas entre “amigos”, veio a ser agredido por 
Palácio, pois aquele fez diversas críticas ao atual presidente, devido a lesão corporal causada, Genésio 
passou por uma cirurgia muito arriscada havendo perigo de vida, vindo depois a se recuperar. Diante da 
situação fática é correto afirmar que devido o enorme perigo de vida causado houve uma lesão corporal 
de natureza gravíssima. 
 
Gabarito: ERRADO. Candidato, tenha sempre muito atenção ao enunciado da questão, apesar do 
examinador tentar lhe induzir ao erro com palavras que dão intensidade ao contexto, atente-se a lesão 
causada e no caso foi a de PERIGO DE VIDA, sendo assim uma lesão grave e não gravíssima, apesar 
do contexto tentar induzir para o contrário. 
Vejamos a legislação: 
 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: 
II - perigo de vida; 
 
2 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Comentários à Lei 14.188/2021: crime de violência psicológica, nova qualificadora 
para lesão corporal por razões da condição do sexo feminino e programa Sinal Vermelho. Buscador Dizer o Direito, Manaus. 
Disponível em: < 
https://buscadordizerodireito.com.br/novidades_legislativas/detalhes/ad972f10e0800b49d76fed33a21f6698 >. Acesso em: 
02/10/2021 
 
 
12 
 
Umas das formas mais comuns do examinador cobrar questões sobre lesão corporal são os tipos de lesão 
corporal grave e gravíssima. Atente-se: 
 
Grave: (I) incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias; (II) perigo de vida; (III) 
debilidade permanente de membro, sentido ou função; ou (IV) aceleração de parto. 
 
Gravíssima: (I) incapacidade permanente para o trabalho; (II) enfermidade incurável; (III) perda ou 
inutilização do membro, sentido ou função; (IV) deformidade permanente; ou (V) aborto. 
 
16. (Questão inédita - MC) Mário e Afonsino discutem periodicamente no local de trabalho, por motivos 
diversos, certa vez, em que os ânimos se exaltaram, vieram a causar lesões recíprocas. Diante da situação 
narrada, o juiz pode aplicar o perdão judicial para ambos já que houve lesões recíprocas, não sendo 
graves as lesões. 
 
Gabarito: ERRADO. Mais uma vez o examinador tenta fazer uma confusão entre os institutos, o que 
poderia ocorrer na situação fática era a substituição da pena de detenção pela a de multa e não o 
perdão judicial. 
Vejamos a legislação: 
 Substituição da pena 
 
Art. 129. § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, 
de duzentos mil réis a dois contos de réis: 
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; (lesão privilegiada) 
II - se as lesões são recíprocas. 
 
17. (Questão inédita-MC) Antônio, zelador de uma escola municipal no interior do Rio de Janeiro, veio a 
cometer um crime de roubo majorado pelo uso de arma de fogo, diante das classificações dos crimes, 
podemos afirmar que Antônio cometeu um crime ultracomplexo. 
 
Gabarito: CERTO. Candidato, a depender da banca que organizar o concurso o tema classificações de 
crimes é bastante recorrente. No caso narrado, há um crime ultracomplexo, segue algumas classificações 
para que você possa se inteirar do assunto: 
Crime complexo em sentido estrito: é a soma de mais de uma conduta típica (se desmembrar as condutas 
elas se encaixariam isoladamente em determinado tipo penal). Ex: Roubo (furto + ameaça ou furto + 
lesão corporal); Crime complexo em sentido amplo: deriva da fusão de um crime com um 
comportamento penalmente irrelevante, como o estupro = violência ou ameaça (conduta típica) + 
conjunção carnal (figura atípica). 
Crime ultracomplexo: resta caracterizado quando crime complexo é acrescido de outro, que serve como 
qualificadora ou majorante daquele. Ex.: roubo majorado pelo emprego de arma de fogo = roubo (crime 
complexo: deriva da fusão entre furto + ameaça ou furto + lesão corporal;) + porte ilegal de arma de 
fogo (que vai servir como causa de aumento). 
Crime de conduta infungível: crime que somente pode ser praticado por pessoa expressamente indicada 
no tipo penal, como no caso de falso testemunho. O agente deve agir pessoalmente. Segundo a doutrina 
majoritária, não admitem coautoria, mas somente participação (ex.: se houve o envolvimento do 
advogado – tem decisão do STF nesse sentido). 
Há outras diversas classificações, mas comumente essas são cobradas juntas. 
 
18. (Questão inédita-MC) Juliano, exímio infrator da região, tem uma forma característica de praticar seus 
crimes, ele primeiramente ganha a confiança das pessoas e depois as convida para sair, já no local de 
maneira imperceptível coloca um sonífero na bebida da vítima que apaga por completo e assim ele pega 
seus pertences e foge. Diante do caso narrado, podemos afirmar que o crime praticado pelo agente é o 
de roubo impróprio. 
 
 
13 
 
 
Gabarito: ERRADO. Na verdade, o crime continua a ser o de roubo próprio, mas com violência 
imprópria. Vejamos; 
Roubo próprio: Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência 
à pessoa (violência própria), ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de 
resistência (violência imprópria). 
Violência própria – é a imposição de força sobre o corpo da vítima, independentemente de produzir 
qualquer dano físico. 
Violência imprópria – qualquer outra forma que reduz a capacidade de resistência da vítima. Ex.: 
sonífero, embriaguez, etc. Cuidado! Se a incapacidade for provocada pela própria vítima ou por pessoa 
alheia à ação criminosa, não haverá crime de roubo, mas sim crime de furto! 
O roubo impróprio será objeto das próximas questões, atente-se. 
 
19. (Questão inédita-MC) De acordo com a doutrina e a jurisprudência, responda a assertiva: Configura o 
crime de roubo a conduta do funcionário de uma empresa que combina com outro indivíduo para que 
este simule que assalta o empregado com uma arma de fogo e, dessa forma, leve o dinheiro da empresa 
e não o de estelionato como se poderia deduzir. 
 
Gabarito: CERTO. Trata-sede crime de roubo, em verdade, justamente porque o fato de o assalto 
envolver situação forjada não faz ser estelionato porque o roubo não pressupõe a efetiva intenção de o 
agente realizar o mal prometido, basta que a forma utilizada para a subtração da coisa alheia móvel seja 
revestida da aptidão a causar fundado temor ao ofendido. Nesse sentido o STF decidiu: “Configura o 
crime de roubo (e não estelionato) a conduta do funcionário de uma empresa que combina com outro 
indivíduo para que este simule que está assaltando o empregado com uma arma de fogo e dessa forma, 
leve o dinheiro da empresa. STF. 1ª Turma. HC 147584/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 
2/6/2020 (Info 980).” 
 
20. (Questão inédita-MC) De acordo com a doutrina e a jurisprudência, responda a assertiva: Consuma-se 
o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, 
ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa 
roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. 
 
Gabarito: CERTO. Trata de súmula do STJ acerca do tema de número 582: “Consuma-se o crime de 
roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por 
breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo 
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.” 
Perceba que é prescindível que a posse seja mansa e pacífica ou desvigiada e que o tempo necessário 
para a consumação do crime pode ser breve, bastante, para tanto, que ocorra a inversão da posse. 
OBS: Prescindível: desnecessário, dispensável. 
21. (Questão Inédita – MC). Conforme o ordenamento jurídico pátrio, em regra, o homicídio simples não é 
considerado crime hediondo. No entanto, excepcionalmente, poderá ser hediondo, quando praticado por 
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ainda que cometido por um só 
agente. 
 
Gab. ERRADO. A assertiva está equivocada, pois, o homicídio simples só será hediondo quando 
praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente (e não 
quando praticado por milícia privada). Vide art. 1, I da Lei 8.072/90: “Art. 1o São considerados 
hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - 
Código Penal, consumados ou tentados: I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica 
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, 
incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (...)” 
 
 
14 
 
 
LEMBRE-SE: O homicídio simples só será considerado hediondo quando praticado em atividade típica 
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente (Art. 1°, I, da Lei n.º 8.072/90). A única 
hipótese em que o homicídio simples será considerado hediondo é quando ele for praticado em 
atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente. A doutrina denomina 
de “homicídio condicionado”. 
 
22. (Questão Inédita – MC). Conforme a alterações promovidas pela Lei nº 13.964/19 na Lei de Crimes 
Hediondos, é considerado crime hediondo o homicídio qualificado pelo emprego de arma de fogo de 
uso permitido. 
 
Gab. ERRADO. A assertiva está equivocada, pois, o homicídio qualificado pelo emprego de arma de 
fogo de “uso permitido” não é hediondo. Veja bem, ao incluir o inciso VIII no §2 do art. 121, CP, o 
legislador previu expressamente que, o emprego de arma de fogo só qualificará o delito de homicídio 
se for de uso restrito ou proibido. Sendo assim, por essa razão, para sofrer os consectários da Lei nº 
8.072/90, o homicídio precisa ser cometido com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido 
(não sofrendo se for de “uso permitido”). Vide o art. 121, §2, VII do CP: “Art. 121. Matar alguém: (...) 
§ 2° Se o homicídio é cometido: VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido:”. 
 
23. (Questão Inédita – MC) João é secretário de um empresário muito renomado que tem uma fortuna 
equivalente a 1.000.000,00. João, sozinho no seu gabinete de trabalho, começa a planejar como sua vida 
mudaria se ele tivesse a fortuna do seu patrão. Diante de tais pensamentos, João tem a brilhante ideia de 
matar o segurança do seu patrão e depois sequestrá-lo para pedir o preço do resgate. No dia seguinte, 
João resolveu colocar em prática sua ideia. Quando seu patrão está chegando na empresa, João desfere 
seis golpes de faca no segurança e depois sequestra o seu patrão. 
 
Baseando-se apenas nessas informações, João responderá por homicídio qualificado, restando 
configurado o que a doutrina denomina de conexão teleológica. 
 
Gab. CERTO. O inciso V, do §2º, do art. 121 admite duas espécies de conexão: TELEOLÓGICA E 
CONSQUENCIAL. No caso, temos a conexão teleológica, em quer o homicídio é praticado para 
assegurar a execução de outro crime. Neste caso, João matou o segurança, para depois sequestrar o 
patrão, e o agente deve responder pelos dois delitos. 
 
Vamos REVISAR o tema? 
 
A doutrina subdivide a conexão em teleológica (homicídio praticado para assegurar a execução de outro 
crime, futuro) e consequencial (quando o homicídio visa assegurar a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime, passado) 
 
Conexão teleológica: o homicídio é praticado para assegurar a execução de outro crime. Nesse sentido, 
explica Fernando Capez: 
 
A conexão teleológica ocorre quando o homicídio é cometido a fim de “assegurar a execução” de outro 
crime, por exemplo, matar o marido para estuprar a mulher. O que agrava a pena, na realidade, é o 
especial fim de assegurar a prática de outro crime. Não é necessária a concretização do fim visado pelo 
agente. Desse modo, a desistência da prática do outro crime, no caso o estupro, não impede a qualificação 
do crime de homicídio. Se, contudo, por exemplo, o agente pratica o homicídio e o estupro, responderá 
por ambos os delitos em concurso material. 
 
Conexão consequencial: acontece na situação em que primeiro é cometido outro crime e depois o 
homicídio com a intenção de assegurar a ocultação, a impunidade ou a vantagem daquele. 
 
 
15 
 
 
Em resumo: 
- Conexão teleológica: o agente mata para assegurar a execução de outro crime (futuro). 
Ex.1: A mata segurança para estuprar o artista “B”. 
Obs.1: o crime de homicídio será qualificado ainda que o crime futuro não aconteça. 
Obs.2: o crime futuro não precisa necessariamente ser praticado pelo homicida. 
- Conexão consequencial: o agente mata para assegurar a ocultação ou impunidade ou vantagem de 
outro crime que já aconteceu. 
 
Ex.2: “A” mata testemunha de crime passado em que figura como suspeito. 
Cumpre destacarmos que o crime passado não exige identidade de sujeito ativo com o homicídio. 
 
24. (Questão Inédita – MC). O agente que sob influência de violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima atira em uma pessoa com intenção de matá-la, responderá pelo chamado homicídio 
privilegiado. Nessa hipótese, a pena poderá ser reduzida de 1/6 a 1/3. 
 
Gab. ERRADO. Não devemos confundir o domínio de violenta emoção com a mera influência, essa 
última, circunstância atenuante. 
Para que se configure o chamado homicídio privilegiado, é necessário o DOMÍNIO DE VIOLENTA 
EMOÇÃO, a mera influência é causa atenuante. 
 
O domínio não se confunde com mera influência de violenta emoção. A influência meramente é causa 
atenuante (art. 65, CP). Com isso quer dizer que a emoção não deve ser leve e passageira ou 
momentânea. 
 
Com relação a consequência jurídica, a assertiva encontra-se correta, o agente responderá com uma 
causa de redução de pena de 1/6 a 1/3. 
 
25. (Questão Inédita – MC). A circunstância do descumprimento de medida protetiva de urgência imposta 
ao agressor, consistente na proibição de aproximação da vítima, constitui uma qualificadora no delito de 
feminicídio. 
 
Gabarito: ERRADO. Não se trata de qualificadora e sim uma causa de aumentode pena. A Lei nº 
13.771/2018 alterou três causas de aumento de pena do feminicídio (art. 121, § 7º do Código Penal). 
 
26. (Questão Inédita – MC). Conforme entendimento do STF, o crime de remoção de órgãos qualificado 
pelo resultado morte, previsto no art. 14, § 4º, da Lei nº 9.434/97 é de competência do Júri. 
 
Gabarito ERRADO. É do juízo criminal singular a competência para julgar o crime de remoção ilegal 
de órgãos, praticado em pessoa viva e que resulte morte, previsto no art. 14, § 4º, da Lei nº 9.434/97 (Lei 
de Transplantes). 
Caso concreto: um menino de 10 anos caiu de uma altura de 10 metros e foi levado para o pronto-
socorro, onde se verificou a necessidade de se realizar uma cirurgia de emergência. Durante a cirurgia, 
com o garoto ainda vivo, os médicos retiraram seus dois rins com o objetivo de vendê-los no comércio 
ilegal de órgãos. O menino faleceu. Diante disso, surgiu a seguinte controvérsia: os médicos praticaram 
o crime de homicídio doloso (art. 121, § 2º, I e IV, do CP) ou o delito de remoção ilegal de órgãos com 
resultado morte (art. 14, § 4º, da Lei 9.434/97)? 
O crime praticado foi o de remoção ilegal de órgãos com resultado morte (art. 14, § 4º, da Lei 9.434/97). 
Trata-se do crime do art. 14, § 4º da Lei 9.434/97 porque a finalidade era a remoção dos órgãos. O bem 
jurídico a ser protegido, no caso, é a incolumidade pública, a ética e a moralidade no contexto da doação 
de órgãos e tecidos, além da preservação da integridade física das pessoas e do respeito à memória dos 
mortos. 
 
 
16 
 
STF. Plenário. RE 1313494/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/9/2021 (Info 1030). 
 
27. (Questão Inédita – MC). Conforme entendimento do STJ, a retratação da calúnia, feita antes da sentença, 
acarreta a extinção da punibilidade do agente independente de aceitação do ofendido. 
 
Gabarito CERTO. 
O art. 143 do CP autoriza que a pessoa acusada do crime de calúnia ou de difamação apresente retratação 
e, com isso, tenha extinta a punibilidade: 
Art. 143. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica 
isento de pena. 
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se 
de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em 
que se praticou a ofensa. 
A retratação não é ato bilateral, ou seja, não pressupõe aceitação da parte ofendida para surtir seus efeitos 
na seara penal, porque a lei não exige isso. 
O Código, quando quis condicionar o ato extintivo da punibilidade à aceitação da outra parte, o fez de 
forma expressa, como no caso do perdão ofertado pelo querelante depois de instaurada a ação privada. 
O art. 143 do CP exige apenas que a retratação seja cabal, ou seja, deve ser clara, completa, definitiva e 
irrestrita, sem remanescer nenhuma dúvida ou ambiguidade quanto ao seu alcance, que é justamente o 
de desdizer as palavras ofensivas à honra, retratando-se o ofensor do malfeito. 
STJ. Corte Especial. APn 912/RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 03/03/2021 (Info 687). 
 
28. (Questão Inédita – MC). Julgue a seguinte assertiva com base no caso fictício. João-Sem-Noção 
terminou um longo relacionamento amoroso com Jezebel. Com o tempo, ele começou a prossegui-la em 
suas redes sociais. Ela o bloqueava e ele criava outros perfis insistentemente querendo a atenção de sua 
ex amada. Com a reiteração dessas condutas, ela sentiu sua vida privada e privacidade amplamente 
violadas. João-Sem-Noção praticou o crime de perseguição, com pena de reclusão de 6 meses a 2 anos 
e multa, sendo de ação penal pública incondicionada, devido à sua gravidade. 
 
Gabarito ERRADO. João-Sem-Noção realmente praticou o novo crime de perseguição, inserido no 
Código Penal como art. 147-A pela lei 14.132, de 2021. Contudo, é de ação penal pública condicionada 
a representação do ofendido, esse detalhe faz com que a assertiva esteja errada. 
 
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física 
ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou 
perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021) 
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido: 
I – contra criança, adolescente ou idoso; 
II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste 
Código; 
III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma. 
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. 
§ 3º Somente se procede mediante representação. 
 
29. (Questão Inédita – MC). Julgue a seguinte assertiva com base no caso fictício. João-Sem-Noção 
terminou um longo relacionamento amoroso com Jezebel. Com o tempo, ele começou a prossegui-la em 
suas redes sociais. Ela o bloqueava e ele criava outros perfis insistentemente querendo a atenção de sua 
ex amada. Com a reiteração dessas condutas, ela sentiu sua vida privada e privacidade amplamente 
violadas. João-Sem-Noção praticou o crime de perseguição, que é tido como permanente. Ou seja, 
apenas um ato isolado não configura o tipo, devendo ocorrer sua reiteração. 
 
 
 
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Gabarito CERTO. A definição está perfeita. O tipo do art. 147-A é tido como permanente. Assim, 
“Trata-se, ademais, de crime habitual, tendo em vista que o tipo penal é expresso sobre a necessidade de 
a perseguição ser praticada reiteradamente. Apenas um ato importuno, ainda que restrinja 
momentaneamente a capacidade de locomoção ou invada a privacidade de alguém, não caracteriza este 
crime, embora seja possível que a conduta se adéque a outro tipo penal, como a da ameaça, por exemplo. 
A habitualidade não foi inserida no tipo por acaso. Decorre das próprias características do stalking, que 
consiste em perseguição obstinada, incansável, capaz de desestabilizar a rotina da vítima. É nesse sentido 
a lição de Silvia Chakian: 
“Nesse sentido, para fins criminais, haveria três requisitos para definir o stalking: 
1. comportamento doloso e habitual, composto necessariamente por mais de um ato de perseguição ou 
assédio à mesma vítima; 
2. o motivo do autor para praticar a conduta é um interesse pessoal, como admiração, crença, interesse 
relacional ou vingança; 
3. a vítima, por conta da repetição, deve se sentir incomodada em sua privacidade e/ou temerosa por sua 
segurança”.”3 
 
30. (Questão Inédita – MC). Com relação aos crimes contra a liberdade individual e a Lei n. 14.155/2021, 
analise a assertiva a seguir: 
A causa de aumento do crime de Invasão de dispositivo informático foi objeto de alteração pelo advento 
da Lei n. 14.155/2021, antes o aumento da pena era de um sexto a um terço. Atualmente, aumenta-se a 
pena de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se da invasão resulta prejuízo econômico. 
Gabarito CERTO. Art. 154-A. § 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se da invasão 
resulta prejuízo econômico. (Redação dada pela Lei nº 14.155, de 2021). 
 
 
3 Disponível em https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2021/04/01/lei-14-13221-insere-no-codigo-penal-o-art-
147-para-tipificar-o-crime-de-perseguicao/. Acesso em 09 de julho de 2021.

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