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História Moderna www.grupoexatas.com.br grupoexatas.wordpress.com Exerćıcios Objetivos 1. (2009) O que se entende por Corte do antigo re- gime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França, de suas famı́lias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fa- zem parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas do reino da França sob a rubrica sig- nificativa de Casas Reais. ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987. Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade poĺıtica e terminaram por se transformar em patrimônio art́ıstico e cultural, cujo exemplo é (a) o palácio de Versalhes. (b) o Museu Britânico. (c) a catedral de Colônia. (d) a Casa Branca. (e) a pirâmide do faraó Quéops. 2. (2009) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prest́ıgio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Ex- ceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com no- vos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros- tecelões abandonaram suas pequenas proprie- dades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria- prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos. THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979 (adaptado). Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque (a) a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais. (b) os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes. (c) os novos teares exigiam treinamento espe- cializado para serem operados. (d) os artesãos, no peŕıodo anterior, combina- vam a tecelagem com o cultivo de sub- sistência. (e) os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos ar- tesãos nas fábricas. 3. (2009) Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvi- mento cont́ınuo do setor agropecuário. São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter- relacionadas no peŕıodo posterior à Revolução Industrial, as quais incluem (a) a erradicação da fome no mundo. (b) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas. (c) a maior demanda por recursos naturais, en- tre os quais os recursos energéticos. (d) a menor necessidade de utilização de adu- bos e corretivos na agricultura. (e) o cont́ınuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização. 4. (2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lu- cros, Tudo se transformava em lucro. As cida- des tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu deses- pero lucrativo. As novas fábricas e os novos al- tosfornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder. DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado). Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as caracteŕısticas das cidades industriais no ińıcio do século XIX? (a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre inicia- tiva, caracteŕıstica da nova sociedade ca- pitalista. Grupo Exatas Enem contato: spexatas@gmail.com História Moderna www.grupoexatas.com.br grupoexatas.wordpress.com (b) O desenvolvimento de métodos de plane- jamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial. (c) A construção de núcleos urbanos integra- dos por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das peri- ferias até as fábricas. (d) A grandiosidade dos prédios onde se loca- lizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do peŕıodo, transformando as cidades em locais de ex- perimentação estética e art́ıstica. (e) O alto ńıvel de exploração dos trabalha- dores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e hi- giene. 5. (2010) A evolução do processo de trans- formação de matérias-primas em produtos aca- bados ocorreu em três estágios: artesanato, ma- nufatura e maquinofatura. Um desses estágios foi o artesanato, em que se (a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada. (b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série. (c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas. (d) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado. (e) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a deter- minar o ritmo de produção. 6. (2010) Em nosso páıs queremos substituir o egóısmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos prinćıpios, as conveniências pelos de- veres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao v́ıcio, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela gran- deza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo en- canto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem. HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado). O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos poĺıtico-sociais envolvidos na Revolução Francesa? (a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força poĺıtica dominante. (b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia. (c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências ri- vais e queriam reorganizar a França inter- namente. (d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais ilumi- nistas, desejava extinguir o absolutismo francês. (e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos poĺıticos. 7. (2010) Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria? Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem? Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor - ah, que bebem vosso sangue? SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada (a) na pobreza dos empregados, que estava dis- sociada da riqueza dos patrões. (b) no salário dos operários, que era proporci- onal aos seus esforços nas indústrias. (c) na burguesia, que tinha seus negócios fi- nanciados pelo proletariado. (d) no trabalho, que era considerado uma ga- rantia de liberdade. Grupo Exatas Enem contato: spexatas@gmail.com História Moderna www.grupoexatas.com.br grupoexatas.wordpress.com (e) na riqueza, que não era usufrúıda por aque- les que a produziam. 8. (2011) Acompanhando a intenção da burgue- sia renascentista de ampliar seu domı́nio so- bre a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa cient́ıfica e da invenção tec- nológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento. SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984. O texto apresenta um esṕırito de época que afe- tou também a produção art́ıstica, marcada pela constante relação entre (a) fé e misticismo. (b) ciência e arte. (c) cultura e comércio. (d) poĺıtica e economia. (e) astronomia e religião. 9. (2011) O café tem origem na região onde hoje se encontra a Etiópia, mas seu cultivo e consumo se disseminaram a partir da Peńınsula Árabe. Aportou à Europa por Constantinopla e, final- mente, em 1615, ganhou a cidade de Veneza. Quando o café chegou à região europeia, alguns clérigos sugeriram que o produto deveria ser ex- comungado, por ser obra do diabo. O papa Clemente VIII (1592-1605), contudo, resolveu provar a bebida. Tendo gostado do sabor, de- cidiu que ela deveria ser batizada para que se tornasse uma “bebida verdadeiramente cristã”. THORN, J. Guia do café. Lisboa: Livros e livros, 1998 (adaptado). A postura dos clérigos e do papa Clemente VIII diante da introdução do café na Europa Oci- dental pode ser explicada pela associação dessa bebida ao (a) atéısmo. (b) judáısmo. (c) hindúısmo. (d) islamismo. (e) protestantismo. 10. (2012) Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento. Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pre- texto de prerrogativa, ou em época e modo di- ferentes dos designados por ele próprio. Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como para corrigir, afirmar e conservar leis. Declaração de Direitos. Dispońıvel em: http://disciplinas.stoa.usp.br. Acesso em: 20 dez. 2011 (adaptado). No documento de 1689, identifica-se uma parti- cularidade da Inglaterra diante dos demais Es- tados europeus na Época Moderna. A peculia- ridade inglesa e o regime poĺıtico que predomi- navam na Europa continental estão indicados, respectivamente, em: (a) Redução da influência do papa - Teocracia. (b) Limitação do poder do soberano - Absolu- tismo. (c) Ampliação da dominação da nobreza - República. (d) Expansão da força do presidente - Parla- mentarismo. (e) Restrição da competência do congresso - Presidencialismo. 11. (2014) Todo homem de bom júızo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de to- dos os perigos que se apresentam em sua pere- grinação; tanto mais que há tantos outros aci- dentes que diariamente podem áı ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que áı navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens. J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventureux. 1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado). Esse relato, associado ao imaginário das viagens maŕıtimas da época moderna, expressa um sen- timento de (a) gosto pela aventura. (b) fasćınio pelo fantástico. (c) temor do desconhecido. (d) interesse pela natureza. (e) purgação dos pecados. Grupo Exatas Enem contato: spexatas@gmail.com História Moderna www.grupoexatas.com.br grupoexatas.wordpress.com Gabarito 1. A 2. D 3. C 4. E 5. B 6. E 7. E 8. B 9. D 10. B 11. C Grupo Exatas Enem contato: spexatas@gmail.com