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Módulo 4 Introdução à ciência da mudança climática

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1 
2 
3 
Esta seção apresenta uma definição de mitigação da mudança climática e conceitos 
relacionados. Além disso, propicia uma visão geral sobre os gases de estufa estufa 
(GEEs), os atuais níveis de emissão, bem como compromissos de diferentes países para 
reduzir emissões de GEEs no futuro. A seção conclui com alguns exemplos de 
cobenefícios advindos da mitigação da mudança climática. 
4 
A fim de evitar perigosa interferência antrópica no sistema climático, é preciso 
realizar ações para estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na 
atmosfera. Tais ações são chamadas de "mitigação da mudança climática”. Mais 
especificamente, a mitigação envolve: 
• redução das emissões de gases de efeito estufa, por exemplo, ao tornar 
equipamentos antigos mais eficientes energeticamente; 
• evitar novas emissões de GEE na atmosfera, por exemplo, ao evitar a construção 
de novas fábricas de emissão intensiva; 
• preservar e fortalecer sumidouros e reservatórios de gases de efeito estufa, por 
exemplo, ao proteger sumidouros naturais de carbono, como florestas e oceanos, ou 
com a criação de novos sumidouros ("sequestro de carbono”) (UNFCCC. Fact Sheet: 
The Need for Mitigation, 2009; UNEP website) 
5 
Opções de mitigação: para reduzir ou limitar as emissões de gases de efeito estufa 
e/ou aumentar o sequestro de carbono, pode-se fazer diferentes opções de 
mitigação. Elas podem ser complexas, como um plano de baixa emissão para o setor 
energético, ou simples, como melhorias no design de um fogão. As opções de 
mitigação podem variar muito de um país para outro e precisam ser adaptadas às 
circunstâncias nacionais específicas (as chamadas Ações de Mitigação Nacionalmente 
Apropriadas – Nationally Appropriate Mitigation Actions – NAMAs). 
 
Baixo carbono e economia verde: em resumo, o desenvolvimento de baixo carbono 
implica em “usar menos carbono para o crescimento”. O termo economia verde 
engloba igualmente a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também 
abrange outras questões ambientais que não estão diretamente relacionadas à 
mudança climática (como proteger a saúde humana e o meio ambiente do mercúrio). 
O conceito de economia verde também enfatiza os benefícios sociais (MULUGETTA, Y.; 
URBAN, F. Deliberating on Low Carbon Development. Energy Policy, 2010; UNEP. 
Towards a Green Economy, 2010; UNITED NATIONS. UN Sustainable Development 
Knowledge Platform) 
6 
Para se tomar decisões informadas sobre a mitigação, é importante considerar os 
diferentes gases de efeito estufa, suas fontes e sua contribuição para a mudança 
climática. O gás mais importante em termos de emissões quantitativas é o dióxido de 
carbono. Ele foi responsável por 76% das emissões totais de GEE em 2010. Outros 
fatores importantes a serem considerados incluem a capacidade de diferentes gases 
de reter calor na atmosfera, ou o chamado “potencial de aquecimento global“ (global 
warming potential – GWP), bem como o tempo que determinado gás permanece na 
atmosfera (veja o Módulo 1 sobre a ciência da Mudança climática para mais 
informações) (IPCC. Fourth Assessment Report, 2007; UNEP. The Emissions Gap Report, 
2012, p. 11). 
7 
A comunidade mundial se comprometeu a manter o aquecimento abaixo de 2°C (em 
comparação com as temperaturas pré-industriais) para evitar mudança climática 
perigosa. O relatório de 2013 do IPCC sobre a base científica física relativa à 
mudança climática prevê uma “abordagem de orçamento" para esse objetivo, de 
forma a tratar de um nível total admissível de emissões de CO2 para cumprir a meta 
de 2°C. O relatório afirma que, para se ter uma probabilidade maior do que dois em 
cada três de se manter o aquecimento global abaixo de 2°C, as emissões cumulativas 
de CO2 não podem exceder 1.000 gigatoneladas de carbono (GtC). A partir de 
2011, mais de metade desse montante, ou mais de 500 GtC, já foi emitida desde 
1861-1880. Quando incluímos os efeitos de outros gases de efeito estufa, a 
quantidade de CO2 que pode ser emitida é ainda mais baixa para manter o 
aquecimento abaixo de 2°C. 
 
Os níveis atuais de emissões anuais são de 9,5 GtC e tendem a crescer a cada ano 
devido ao crescimento populacional e aos padrões de desenvolvimento econômico. Se 
as emissões anuais continuarem a crescer como nos anos anteriores (“business as 
usual"), o orçamento de carbono será esgotado nas próximas três décadas (IPCC. 
Climate Change 2013: the physical science basis; summary for policymakers, 2013). 
 
Informações adicionais 
A meta de 2°C não é universalmente aceita. Pequenos Estados insulares em 
desenvolvimento (Small Island Developing States – SIDS) e os países menos 
desenvolvidos (PMD) identificaram um aquecimento global de 1,5°C como o 
aquecimento acima do qual haveria séria ameaça aopróprio desenvolvimento e, em 
alguns casos, à sobrevivência. 
 
8 
Em Paris, em 2015, as partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre 
Mudança do Clima (UNFCCC) adotaram um acordo para manter o aumento da 
temperatura abaixo de 2°C e tentar mantê-lo até abaixo de 1,5°C. As contribuições 
de mitigação para ajudar a comunidade global a alcançar esse objetivo estão 
incluídas nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (Intended Nationally 
Determined Contribution – INDC). (Veja também o Módulo 2). Esse mapa mostra os 
países que apresentaram INDCs e as diferentes categorias de contribuições feitas 
pelos países. Em alguns casos, as contribuições assumem a forma de uma meta de 
GEE, meta não GEE, ações ou uma combinação (WORLD RESOURCES INSTITUTE. CAIT 
Climate Data Explorer, 2015). 
9 
O relatório do ONU Meio Ambiente de 2012 sobre a lacuna de emissões afirma que há uma 
diferença significativa entre as promessas atuais e as reduções de emissões necessárias para 
cumprir a meta de 2°C. Segundo o relatório, as emissões precisariam alcançar um pico antes 
de 2020 e ficar em torno de 44 Gt de dióxido de carbono equivalente (CO2e) por ano para 
se ter uma chance provável de alcançar a meta de 2ºC. Dependendo da capacidade e da 
vontade de cada país de implementar os compromissos de reduções, bem como da eficácia 
das regras de contabilidade, existem vários cenários possíveis para os níveis de emissão em 
2020, que são consistentes com os compromissos de redução atuais: 
Caso 1. Compromissos incondicionais, regras brandas (a mediana das estimativas de emissões 
anuais de GEE em 2020 é de 57 GtCO2e) 
Caso 2. Compromissos incondicionais, regras severas (a mediana das estimativas de emissões 
anuais de GEE em 2020 é de 54 GtCO2e) 
Caso 3. Compromissos condicionais, regras brandas (a mediana das estimativas de emissões 
anuais de GEE em 2020 é de 55 GtCO2e) 
Caso 4. Compromissos condicionais, regras severas (a mediana das estimativas de emissões 
anuais de GEE em 2020 é de 52 GtCO2e) 
O cenário mais otimista (caso 4), estabelece as emissões em 2020 na marca de 52 GtCO2e. 
Se os países, desenvolvidos e em desenvolvimento implementarem plenamente suas metas de 
redução, isso reduzirá as emissões abaixo do nível do contexto usual (business-as-usual) em 
2020, mas não a um nível alinhado à meta acordada de 2°C (ou seja, cerca de 44 GtCO2e). 
Essa projeção apresenta uma lacuna de reduções de emissões necessárias de no mínimo 8 
GtCO2e, e, atualmente, não há nenhuma indicação sobre como resolver essa lacuna (UNEP. 
The Emissions Gap Report, 2012, p. 2-3). 
 
10 
Se as metas de emissão não forem aumentadas nos próximos anos, podemos esperar 
um nível de aumento da temperatura global consideravelmente superior a 2°C. O 
gráfico mostra que em uma trajetória de uso intensivo de combustíveis fósseis e de 
contexto usual (business-as-usual) (IPCC SRESA1FI), o aquecimento será superior a 4°C 
no final do século XXI. Se as promessas atuais de emissões por parte dos países 
desenvolvidos e em desenvolvimento forem alcançadas, provavelmente isso se 
traduzirá em um aquecimento global de 3°C até 2100.No entanto, é possível fazer 
mais. Há trajetórias de emissão técnica e economicamente viáveis que poderiam 
limitar o aquecimento em 2°C até 2100, nível acordado e acima do qual ocorrerá 
aquecimento global “perigoso”. Com os países em desenvolvimento contribuindo cada 
vez mais para o aumento das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, as 
responsabilidades de mitigar a mudança climática são compartilhadas e se fazem 
necessárias reduções de emissões substanciais por parte de países desenvolvidos e em 
desenvolvimento, conforme indicado nos slides seguintes (IPCC. Fourth Assessment 
Report, 2007; WORLD BANK. Turn Down the Heat, 2012, p. 23-24). 
11 
Os três gráficos a seguir comparam os níveis de emissão de GEE passados, atuais e 
esperados para os países do G20 que assumiram compromissos de mitigação (os 
países europeus são mostrados como grupo). Esse gráfico mostra as emissões totais 
por país. Em 1990, o maior emissor foram os Estados Unidos. No entanto, em 2010, os 
Estados Unidos foram claramente superados pela China em termos de emissões totais. 
A diferença é ainda mais acentuada quando se trata de níveis de emissão previstos 
para 2020. 
 
Os slides seguintes abordam os níveis de emissão com base no Produto Interno Bruto 
(PIB) e em base per capita (UNEP. The Emissions Gap Report, 2012, p. 19). 
12 
Esse gráfico mostra as emissões de gases de efeito estufa por unidade de PIB. No 
caso da China, a diminuição de GEE por unidade do PIB de 1990 a 2010 indica o 
grau em que a China conseguiu dissociar as emissões de GEE do crescimento 
econômico. No entanto, as emissões por unidade de PIB muitas vezes permanecem 
maiores nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos, em 
particular, se grande quantidade de emissões vem do setor florestal, como é o caso 
da Indonésia (UNEP. The Emissions Gap Report, 2012, p. 19). 
 
13 
Esse gráfico mostra os níveis de emissões per capita. Embora as emissões totais da 
China sejam elevadas, as emissões per capita são relativamente baixas. Países como 
Austrália, Canadá e Estados Unidos, com emissões per capita muito altas, podem 
alcançar uma redução geral até 2020 se cumprirem seus compromissos, mas, em 
comparação com outros países, suas emissões per capita ainda permanecem elevadas 
(UNEP. The Emissions Gap Report, 2012, p. 20). 
 
14 
Embora a mitigação da mudança climática seja frequentemente discutida em termos 
de restrições, na verdade existem vários cobenefícios ambientais, econômicos e sociais 
que podem surgir como resultado de ações de mitigação. Por exemplo, a conservação 
florestal limita as emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, protege a 
biodiversidade e os ecossistemas. A promoção das energias renováveis pode levar a 
um aumento do emprego local, devido à produção descentralizada de energia. A 
redução das emissões de GEE tem benefícios para a saúde, por exemplo, com 
concentrações mais baixas de poluição atmosférica urbana. Medidas de mitigação de 
sucesso também podem levar a potenciais economias de custos devido a menor 
necessidade de ações de adaptação. 
 
 
 
15 
Comunidades agrícolas de todo o mundo têm adotado métodos alternativos de 
obtenção de energia mais acessíveis e mais saudáveis para o meio ambiente. Na 
China, um programa do governo ajuda agricultores pobres na conversão de resíduos 
animais e humanos em biogás, o que melhora as condições de vida das famílias e 
contribui para a mitigação da mudança climática. O programa é apoiado pelo Fundo 
Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). 
16 
Esta seção explora oportunidades para a integração da mitigação ao planejamento 
do desenvolvimento por meio de Estratégias de Desenvolvimento de Baixa Emissão 
(Low-Emission Development Strategies – LEDS). Primeiro, são apresentados 
caraterísticas e elementos básicos de LEDS. Em seguida, a seção apresenta exemplos 
de instrumentos de políticas e outras ações de mitigação que poderiam ser 
promovidos por meio de LEDS. 
17 
A mitigação da mudança climática requer uma mudança fundamental na forma como 
tomadores de decisão e os setores público e privado percebem e buscam o 
desenvolvimento econômico. O slide apresenta três dimensões importantes do 
desenvolvimento de baixo carbono, incluindo um novo pensamento político, padrões de 
consumo e produção mais eficientes em recursos, bem como incentivos para 
redirecionar os fluxos de investimento. 
 
Consideradas as mudanças fundamentais necessárias para alcançar o 
desenvolvimento de baixo carbono, as ações de mitigação precisam ser integradas a 
metas e planos de desenvolvimento mais amplos. Estratégias de Desenvolvimento de 
Baixa Emissão (LEDS) podem ajudar a delinear a trajetória econômica, energética e 
de emissões pretendida para um país; a definir metas claras; e a identificar e 
priorizar intervenções de políticas que contribuam para os objetivos nacionais de 
desenvolvimento (EU and UNDP Low Emission Capacity Building Programme website). 
18 
A LEDS é uma estratégia nacional, de alto nível, abrangente e de longo prazo, que 
visa a dissociar o crescimento econômico e o desenvolvimento social das emissões de 
GEEs. Ela oferece orientação de longo prazo para decisões diárias sobre políticas. 
Para ser eficaz e relevante, uma LEDS deve se basear e influenciar estratégias e 
processos nacionais, como planos nacionais de desenvolvimento, estratégias de 
redução da pobreza, estratégias setoriais etc (GIZ. LEDS Fatsheet, 2012). 
19 
A forma, o escopo e o conteúdo da LEDS variam de país para país. 
 
Alguns países desenvolveram estratégias nacionais autônomas de economia verde de 
baixo carbono. Por exemplo, a Etiópia iniciou o desenvolvimento de uma Estratégia de 
Economia Verde Resiliente ao Clima (Climate-Resilient Green Economy – CRGE) que 
aborda tanto a adaptação quanto a mitigação da mudança climática. A estratégia se 
baseia no Plano de Crescimento e Transformação de cinco anos do país (2010/11-
2014/15). 
 
Outros países têm integrado considerações verdes/de baixo carbono diretamente a 
seus planos de desenvolvimento nacionais. Por exemplo, a Coreia do Sul, em 2009, 
promulgou uma Lei-Marco sobre Crescimento Verde de Baixo Carbono, a primeira 
desse tipo no mundo, e lançou uma Estratégia Nacional para o Crescimento Verde e 
um Plano de Cinco Anos para o Crescimento Verde. No âmbito do Plano de Cinco 
Anos, a Coreia do Sul investe anualmente cerca de 2% de seu PIB na área do 
crescimento verde (UNDP website; UNCSD website). 
 
20 
Não existe uma definição internacionalmente acordada sobre o que uma LEDS deve 
incluir. De acordo com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (German 
Development Cooperation/Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – 
GIZ), as LEDS compreendem grande parte ou todos os seguintes elementos: 
 
• visão estratégica de longo prazo com base nas prioridades de desenvolvimento 
nacionais, acordos globais e projeções científicas; 
• análise e projeções de emissões de linha de base em um cenário “business as usual“ 
(continuação das ações atuais); 
• priorização dos principais setores e medidas de mitigação (por exemplo, de 
acordo com potencial de redução, custos, cobenefícios, viabilidade, cronograma de 
implementação, impactos socioeconômicos e ambientais, sinergias com estratégias e 
políticas nacionais etc.); e 
• identificação de políticas, medidas e definição de metas. 
 
Informações adicionais 
A abordagem para o desenvolvimento de uma estratégia LEDS depende das 
condições dos marcos nacionais. Por exemplo, alguns países com florestas tropicais se 
concentram fundamentalmente nos setores de floresta e agricultura e incluem aspectos 
de adaptação, uma vez que esses setores são muito vulneráveis à mudança climática. 
Alguns países recém-industrializados têm recursos e dados disponíveis para realizar 
uma análise abrangente de todos os setores (Mitigation Partnershipwebsite; GIZ. LEDS 
Factsheet, 2012). 
21 
Um elemento essencial de uma LEDS é a identificação de medidas políticas concretas. 
Os formuladores de políticas podem escolher entre vários instrumentos para promover 
a mitigação e o desenvolvimento de baixo carbono. Mecanismos baseados no 
mercado, como esquemas de comércio de emissões, estabelecem um nível total de 
emissões permitidas e deixam o mercado aberto determinar o preço. Incentivos 
financeiros para promover a mitigação incluem, por exemplo, subsídios para as 
energias renováveis ou acesso a capital para start-ups de tecnologia limpa. 
Instrumentos fiscais, tais como impostos sobre carbono, seguem o princípio do 
”poluidor-pagador". Isso significa que cobram produtores ou consumidores no ponto 
em que são responsáveis pela criação de emissões. Outros instrumentos incluem apoio 
à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de desenvolvimento de baixo carbono 
ou o estabelecimento de normas ambientais (por exemplo, sobre eficiência 
energética). Investir no desenvolvimento de competências adequadas – por exemplo, 
treinamento de trabalhadores no setor das energias renováveis – também pode 
apoiar a implementação de uma estratégia de desenvolvimento de baixo carbono. 
 
 
 
22 
As LEDS não incluem apenas instrumentos de políticas nacionais, mas também podem 
promover uma ampla gama de ações de mitigação, incluindo projetos de mitigação 
individuais ou iniciativas setoriais. Esse espectro de ações está resumido sob o termo 
"Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas” (Nationally Appropriate Mitigation 
Actions – NAMAs). A relação entre LEDS e NAMAs pode ser de cima para baixo ou 
de baixo para cima. Por exemplo, pode-se desenvolver uma LEDS partindo de um 
objetivo de política e uma meta de redução de emissões do país, antes de passar 
para a identificação de NAMAs em vários setores. Essa abordagem geralmente se 
baseia nos resultados de modelagem macroeconômica. Pode, ainda, ser de baixo 
para cima, com opções de redução de emissões/NAMAs em vários setores 
identificados e priorizados, que são, então, integradas a uma meta global de redução 
de emissões de uma LEDS (EU and UNDP Low Emission Capacity Building Programme 
website). 
23 
Ações de mitigação já estão em andamento em países em todo o mundo. Foram 
criados vários bancos de dados para compilar informações sobre o desenvolvimento e 
a implementação de NAMAs, assim como para ajudar a facilitar o intercâmbio de 
informações e compartilhamento de conhecimento. Desse modo, os tomadores de 
decisão podem aprender com experiências de outros de países e obter insights sobre 
como as atividades de mitigação podem apoiar o desenvolvimento de baixo carbono 
em seus países. O slide apresenta uma seleção de NAMAs em curso em diferentes 
regiões do mundo. 
24 
Esta seção apresenta sete setores que têm um potencial particularmente alto de 
mitigação (incluindo energia, transportes, construção, indústria, agricultura, florestas e 
gestão de resíduos). Para cada um desses setores, há exemplos de medidas de 
mitigação específicas que podem ser tomadas. 
25 
O gráfico ilustra o potencial de mitigação de diferentes setores, como identificado 
pelo IPCC. Essa categorização é agora amplamente reconhecida e aplicada no 
âmbito nacional e internacional. As porcentagens indicam a parcela de emissões 
globais de GEE, em 2010, por setor (IPCC. Fifth Assessment Report, 2014). 
 
26 
O setor energético apresenta desafios específicos no contexto do desenvolvimento de 
baixo carbono, devido a seu tamanho e seus potenciais efeitos transformacionais para 
o desenvolvimento de outros setores. Uma grande variedade de opções de mitigação 
pode ser aplicada ao setor energético. As energias renováveis contribuem 
significativamente para a redução dos níveis de emissão. As mudanças nos padrões 
de produção de energia precisam ser complementadas com melhorias nos sistemas de 
distribuição de energia (por exemplo, melhoria das redes de energia) para evitar o 
uso ineficiente dos recursos energéticos. Novas tecnologias para mitigação da 
mudança climática incluem, por exemplo, a Captura e armazenamento de carbono 
(Carbon Capture and Storage – CCS). A CCS permite depositar dióxido de carbono a 
partir de fontes pontuais de grande porte (tais como usinas de combustíveis fósseis) 
em um local de armazenagem subterrânea, impedindo-o de entrar na atmosfera. A 
produção combinada de calor e eletricidade (combined heat and power – CHP) ou 
cogeração permite o uso de um motor de calor ou estação de energia para gerar 
simultaneamente eletricidade e calor útil. 
27 
De 2005 a 2009, observou-se uma taxa média de crescimento de 17% ao ano na 
demanda interna de energia elétrica no Butão. Espera-se que o aumento na cobertura 
de eletrificação rural torne ainda mais apertado o equilíbrio entre oferta e demanda 
doméstica. Tendo em vista a crescente demanda por energia elétrica e a crescente 
dependência da energia hidrelétrica como fonte de energia, considerou-se 
fundamental ampliar o mix energético por meio de aproveitamento de outras formas 
de energia limpas e renováveis. A nova política de energia renovável busca 
diversificar a base de fornecimento de energia por meio de energia eólica, solar, 
biomassa e micro usinas hidrelétricas. Algumas opções específicas que o Butão 
começou a explorar e implementar (com a ajuda de parceiros internacionais, como o 
Banco Asiático de Desenvolvimento) incluem: 
 
• eletrificação rural on-grid proveniente de energia hidrelétrica; 
• eletrificação rural off-grid proveniente da energia solar; 
• estabelecimento de usinas-piloto de geração de energia eólica e conexão à rede; e 
• programa piloto para promover as instalações domésticas de biogas (UNESCAP 
Green Growth website; GOVERNMENT OF BHUTAN. Renewable Energy Policy, 2011). 
28 
Os principais desafios para o setor dos transportes incluem o alto consumo de 
combustíveis fósseis líquidos, crescentes emissões, bem como congestionamentos 
crônicos em muitas áreas urbanas do mundo. As principais tecnologias de mitigação 
desenvolvidas no setor dos transportes focam no design de veículos mais eficientes em 
termos de combustível e no uso de fontes alternativas de energia, como 
biocombustíveis. Intervenções políticas, como o transporte público urbano mais 
acessível e mais ciclovias, também podem contribuir para mitigar os impactos do setor 
dos transportes. 
 
Além disso, o comportamento do consumidor desempenha um papel importante, por 
exemplo, na aquisição de veículos menores ou mesmo na utilização de ônibus, bicicleta 
ou trem em vez de carro pessoal. 
 
 
29 
O sistema TransMilenio Bus Rapid Transit (BRT) de Bogotá, Colômbia, reduz as 
emissões e facilita o uso do transporte público. Ele também tem cobenefícios para 
populações pobres em áreas urbanas: como resultado do BRT, o tempo de viagem dos 
grupos de baixa renda que vivem na periferia da cidade se tornou 
consideravelmente mais curto, resultando em aumento da produtividade do trabalho e 
mais acesso ao trabalho, a serviços e a educação. 
O gráfico mostra que a economia de tempo é maior para as pessoas nos grupos de 
baixa renda (de acordo com o estudo): 18 minutos para o estrato de renda mais 
baixa, em comparação com 10 minutos o estrato de renda mais alta. Congregados na 
periferia da cidade, os estratos de renda mais baixa geralmente cobrem as maiores 
distâncias para chegar aos locais mais centrais da cidade (UNFCCC. CGE Training 
Materials: Mitigating Climate Change, slide 34 ). 
 
 
30 
A forma como projetamos e construímos casas, escritórios e edifícios comerciais e 
industriais pode contribuir grandemente para a redução das emissões de carbono. 
Nos países desenvolvidos, as oportunidades de redução de emissões a partir do setor 
da construção são encontradas, principalmente, na modernização de edifícios 
existentes (por exemplo, melhorisolamento, lâmpadas mais eficientes etc). Para a 
maioria dos países em desenvolvimento, que têm um déficit habitacional significativo, 
o maior potencial para reduzir a demanda de energia vem de uma nova geração de 
edifícios verdes, com design mais eficiente, materiais menos intensivos em energia e 
padrões de desempenho mais elevados. 
31 
Sofia, como muitas cidades da no Leste Europeu, está rodeada por conjuntos 
habitacionais pré-fabricados, construídos durante o período socialista. Com o aumento 
dos preços da energia, há grandes incentivos para melhorar a eficiência energética 
desses prédios. As contas de energia podem ser reduzidas em até 50% em alguns 
casos, além disso, o dinheiro investido em obras de renovação pode ser recuperado 
em dois anos. Com metade das emissões de GEE de Sofia provenientes de 
construções, existem grandes oportunidades para a redução da pegada de carbono 
da cidade e, ao mesmo tempo, para melhorar as condições de vida dos cidadãos e 
criar empregos. 
32 
A indústria é composta por uma vasta gama de atividades, que envolvem milhares de 
processos diferentes e cujo design é muito específico. Embora os setores de construção 
e transporte possam utilizar um número limitado de medidas de conservação de 
energia que podem ser amplamente aplicadas, o setor industrial requer mais foco em 
opções de indústrias específicas. As tecnologias genéricas transversais às indústrias 
representam apenas parte de toda a gama de oportunidades, e mesmo essas 
tecnologias genéricas são geralmente customizadas para aplicações específicas. Com 
frequência, medidas de baixo carbono no setor industrial incluem uso mais eficiente 
da energia e melhor utilização de materiais e reciclagem. Desse modo, os maiores 
aumentos na eficiência energética e no uso de materiais não vêm, em geral, de 
esforços diretos para redução do consumo, mas sim da busca de outros objetivos, como 
a melhoria da qualidade do produto e a redução de custos de produção (UNFCCC. 
Greenhouse Gas Mitigation Assessment: a guidebook, 1995). 
 
33 
Erel Cimento é uma produtora de cimento em Darkhan, Mongólia, que produz cerca 
de 80.000 toneladas de cimento por ano. A remoção das emissões de poeira e o 
sistema de controle no ponto de alimentação de gesso para a fábrica de cimento 
eram precários, e as emissões de poeira eram monitoradas apenas visualmente. Doze 
motores elétricos foram instalados nos transportadores e o sistema de controle de 
poeira recebeu melhor selagem. Isso resultou em uma redução líquida de emissões de 
GEE de 11.007 toneladas de CO2 por ano (Green Industry Platform website). 
34 
Pode-se mitigar as emissões de GEE no setor agrícola ao se redur/evitar emissões ou, 
então, por meio da criação de sumidouros de carbono. 
 
Há vários meios disponíveis para reduzir as emissões provenientes de sistemas 
agropecuários. Por exemplo, na produção de culturas e rações animais, é possível 
otimizar a utilização de fertilizantes inorgânicos ou, em alguns casos, substituí-los por 
fertilizantes orgânicos. 
Em termos de sumidouros de carbono também existem diferentes abordagens, como 
aumentar a biomassa (e carbono) com a incorporação de árvores e arbustos a 
sistemas agrícolas. Também há grande potencial no aumento do teor de carbono dos 
solos. Por meio da recuperação de solos degradados, especialmente em vastas áreas 
de pradarias e pastagens, com regulação no número de animais e melhoramento de 
pastagens, é possível melhorar a taxa de sequestro de carbono do solo. 
 
 
 
35 
O setor agrícola enfrenta desafios complicados e interconectados. Precisa garantir a 
segurança alimentar, a adaptação aos impactos da mudança climática, além de 
mitigar sua contribuição para as emissões de GEEs. A agricultura climate-smart, ou 
climaticamente inteligente, refere-se à “agricultura que aumenta de maneira 
sustentável a produtividade, resiliência (adaptação), reduz/elimina gases de efeito 
estufa (mitigação) e aumenta a consecução das metas nacionais de segurança 
alimentar e desenvolvimento”. O site da FAO dedicado à agricultura climaticamente 
inteligente apresenta uma série de serviços de produção que já estão sendo utilizados 
por agricultores e produtores de alimentos para enfrentar esses desafios interligados. 
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A redução do desmatamento, o estabelecimento de uma floresta em uma área onde 
não havia floresta (florestamento) ou o repovoamento de florestas degradadas 
(reflorestamento) constituem algumas das principais opções de mitigação que podem 
ser aplicadas no setor florestal. O manejo florestal desempenha um papel importante 
na redução do desmatamento e na eliminação do corte ilegal. No âmbito das 
políticas, a promoção de esquemas de certificação voluntária para o manejo florestal 
sustentável pode contribuir para assegurar que as árvores, um importante sumidouro 
de carbono, sejam geridas de uma forma sustentável. 
 
 
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As florestas da Indonésia compreendem 60% da área terrestre do país, a terceira 
maior área de floresta tropical do mundo. As florestas tropicais da Indonésia também 
estão entre as mais ricas do mundo em biodiversidade e cobrem uma proporção 
significativa de turfa tropical profunda do planeta. As florestas da Indonésia são, 
portanto, importantes não apenas para a economia nacional e os meios de vida 
locais, mas também para o meio ambiente global. O governo da Indonésia estima 
que, para cada ano entre 2003 e 2006, cerca de 1,17 milhão de hectares de 
floresta foram derrubados ou degradados. 
 
Desde 2009, a UN-REDD tem trabalhado com as agências de governo relevantes, 
ONGs, acadêmicos e o setor privado no âmbito nacional e na província piloto, 
Sulawesi Central. O programa tem apoiado o desenvolvimento de vários decretos. Foi 
desenvolvida a metodologia de Nível de Referência de Emissão e criada a base de 
dados do Inventário Florestal Nacional. 
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Os resíduos geram emissões de metano. Com a utilização de tecnologias de mitigação 
como a recuperação de metano em aterros, cumpre-se duplo objetivo: não apenas se 
emite menos metano na atmosfera, mas também pode-se usar o metano para gerar 
eletricidade. Outras tecnologias de mitigação que podem ser utilizadas são a 
incineração de resíduos com recuperação de energia ou a compostagem de resíduos 
orgânicos, um método que pode ser usado por famílias. 
 
 
 
 
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Aterros sanitários com resíduos submetidos a uma fase metanogênica de 
biodecomposição produzem grandes volumes de gás de aterro sanitário (landfill gas – 
LFG), com cerca de 40%-60% de metano, em geral. No Aterro de Mariannhill, 
Durban, África do Sul, um sistema de captura de metano converte esse gás em 
energia elétrica, posteriormente introduzida na rede eléctrica nacional. Esse método 
de produção de eletricidade implica custos mais elevados e não é competitivo em 
comparação com outras opções na África do Sul. No entanto, o projeto torna-se viável 
por meio do financiamento de carbono, canalizado pelo Fundo Protótipo de Carbono 
(Prototype Carbon Fund – PCF), do Banco Mundial, uma parceria público-privada com 
participantes de vários países do mundo. O Aterro Mariannhill é o primeiro projeto de 
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do país (informações adicionais na Seção 
4, a seguir). 
 
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Esta seção apresenta uma visão geral das diferentes formas de apoio internacional 
disponibilizadas para atividades de mitigação. Primeiro, apresenta os mecanismos 
financeiros contidos no Protocolo de Quioto e o Novo Mecanismo de Mercado (New 
Market Mechanism – NMM) recentemente negociado. Em seguida, faz um resumo das 
agências e dos programas da ONU que fornecem apoio técnico e financeiro para a 
mitigação. 
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Vários instrumentos internacionais prestam assistência aos países para que as metas 
de redução de emissões sejam atingidas. 
 
• Ao abrigo do Protocolo de Quioto, três mecanismos flexíveis de mercado foramestabelecidos, incluindo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), 
Implementação Conjunta (IC) e Comércio de Emissões. 
• Está sendo negociado um Novo Mecanismo de Mercado (NMM) para complementar 
os mecanismos flexíveis de mercado. 
• Alguns países/regiões têm estabelecido os próprios esquemas de compensação e 
comércio de carbono, como o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia 
(European Union Emissions Trading System – EU-ETS), o Esquema de Comércio de 
Emissões da Nova Zelândia (New Zealand Emissions Trading Scheme – NZ ETS), a 
Iniciativa Regional de Gases de Efeito Estufa (Regional Greenhouse Gas Initiative – 
RGGI), dos Estados Unidos, e o Esquema de Comércio de Emissões da Área 
Metropolitana de Tóquio. 
• Além disso, existem mecanismos não baseados no mercado, que, em princípio, 
incluem todas as ações de mitigação, desde que não sejam consideradas 
abordagens baseadas no mercado. 
 
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Três abordagens para a mobilização de recursos para a ação climática em todos os 
níveis são exploradas pelo Órgão Subsidiário de Assessoramento Científico e 
Tecnológico (Subsidiary Body for Scientific and Technological Advice – SBSTA) da 
UNFCCC. A finalidade e o escopo do Quadro de várias abordagens (Framework for 
various approaches – FVA) geralmente se referem a um quadro acordado para 
governar unidades comercializadas internacionalmente (por exemplo, emissões ou 
unidades de carbono). O Novo Mecanismo baseado no Mercado (NMM) tem como 
objetivo ampliar as atividades de mitigação para além de atividades no âmbito de 
projetos e programas e abrange amplos segmentos da economia. A UNFCCC irá 
definir regras comuns, mas haverá flexibilidade para as partes com relação ao 
desenho dos mecanismos. O SBSTA também analisa a abordagem não baseada no 
mercado (non-market-based approach – NMA) para apoiar os esforços de mitigação, 
tal como abordagens comuns de mitigação e adaptação para gestão sustentável de 
florestas (UNFCCC website; IGES. New Market Mechanisms in Charts, 2015). 
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São necessários esforços adicionais de mitigação no âmbito global para manter o 
aumento da temperatura média global abaixo de 2°C. Novos mecanismos de 
mercado de carbono podem contribuir para os esforços necessários de forma custo-
efetiva, inclusive em países em desenvolvimento. Nesse contexto, alguns países 
propuseram mecanismos de mercado ampliados, com base em políticas ou reduções 
setoriais (em vez de reduções de emissões com base no projeto). Durante a COP 17, 
em Durban 2011, foi decidido pelas partes da Convenção que um Novo Mecanismo 
de Mercado (NMM), de caráter internacional, deve ser estabelecido para 
complementar a MDL e a Implementação Conjunta. 
 
Informações adicionais 
Embora os detalhes do novo mecanismo ainda estejam em negociação, alguns 
parâmetros foram definidos: 
• o mecanismo funcionará sob orientação e autoridade da Conferência das Partes 
(COP); 
• a participação no mecanismo será voluntária; e 
• o mecanismo deve incluir “padrões que entreguem resultados de mitigação reais, 
permanentes, adicionais e verificados, de forma a evitar a duplicidade de esforços 
e também com vistas a alcançar uma redução líquida e/ou evitar emissões de 
gases de efeito estufa” (UNFCCC. Technical Synthesis on the New Market-based 
Mechanism, 2013; OECD; IEA. Scaled-up Market Mechanisms: what is needed to 
move forward, 2010). 
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Esquema de comércio de emissões? Cap and trade (teto e comércio)? O que essas 
palavras significam? E como tudo isso contribui para a redução das emissões de gases 
de efeito estufa? Essa animação mostra como o esquema funciona. Elaborada pelo 
Ministério do Meio Ambiente da Noruega. 
 
 
 
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Vários programas e iniciativas de trabalho foram desenvolvidos para apoiar os 
países no cumprimento de suas obrigações impostas pela Convenção. O Marco de 
Nairóbi tem o objetivo de ajudar os países com a implementação do MDL, bem como 
permitir aos países identificar, desenvolver, apresentar e processar projetos de MDL. 
O Programa REDD das Nações Unidas visa a criar um valor financeiro para o carbono 
armazenado nas árvores. Para isso, oferece incentivos para que os países em 
desenvolvimento possam reduzir as emissões de florestas e investir em caminhos de 
desenvolvimento de baixo carbono que sejam sustentáveis. Na COP 16, Cancún 2010, 
as partes decidiram estabelecer um registro no qual NAMAs em busca de apoio 
internacional (demanda) possam contar também com apoio financeiro, tecnológico e 
de capacitação (oferta). 
 
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