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Soro com 
esporângios
Folíolo em corte 
transversal
MEIOSE NO 
ESPORâNGIO
R!
Esporos 
(n)
Germinação 
do 
esporo
Prótalo cordiforme 
(gametófito hermafrodita) 
(n)
Esporófito 
jovem (2n)
Esporófito 
(2n)
Folíolo com 
soros
Esporângios
Desenvolvimento
Prótalo 
(gametófito) 
(n)
Zigoto 
(2n)
Anterozoides 
(n) Anterídio
Oosfera 
(n)
Arquegônio
Fecundação
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As células do embrião em desenvolvimento logo se diferenciam em raiz, caule e folha, definin-
do a organização básica do corpo da jovem planta. A raiz entra em contato com o substrato, de 
onde começa a absorver água e nutrientes minerais. Nas células da primeira folha diferenciam­se 
cloroplastos, que permitem ao jovem esporófito realizar fotossíntese e tornar­se independente 
do gametófito quanto à nutrição. Quando as reservas de nutrientes orgânicos do gametófito se 
esgotam, ele degenera. Na maturidade, o esporófito desenvolverá folhas férteis, nas quais 
se formarão esporos, completando o ciclo. (Fig. 6.20)
O ciclo de vida que acabamos de descrever é típico do filo Pterophyta, ao qual pertence a 
maioria das espécies atuais de plantas vasculares sem sementes. No quadro a seguir, descre-
vemos o ciclo de vida da selaginela, que pertence ao grupo das licopodíneas. Compreender o 
ciclo de vida das selaginelas, uma pteridófita heterosporada, ajuda a entender a reprodução das 
gimnospermas e angiospermas, assim como a origem evolutiva das sementes.
Figura 6.19 A. Representação 
esquemática de um soro em corte 
transversal e grande ampliação para 
mostrar os esporângios. (Imagem 
sem escala.) (Fonte: Rawitscher, F., 
1968.) B. Face inferior de uma folha 
fértil de samambaia com soros 
alinhados ao longo dos folíolos.
Figura 6.20 
Representação 
esquemática do ciclo de 
vida de uma samambaia, 
pteridófita isosporada. 
(Imagens sem escala, 
cores­fantasia.)
Folha 
(corte transversal) Epiderme 
superior
Esporângios
Indúsio (estrutura que 
recobre o soro)
Esporos
B
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AMPLIE SEUS 
CONHECIMENTOS
AMPLIE SEUS 
CONHECIMENTOS
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Ciclo de vida da pteridófita heterosporada Selaginella sp.
Nas pteridófitas heterosporadas do gênero Selaginella, as folhas férteis dos 
esporófitos — os esporofilos — encontram-se agrupadas nas extremidades de 
certos ramos especiais, formando os estróbilos.
No estróbilo, nos pontos de inserção dos esporofilos no eixo do ramo, formam-se 
os esporângios. Cada esporângio é constituído por um pedúnculo e por uma bolsa 
com esporócitos, que são as células-mãe dos esporos. Os esporócitos dividem-se 
por meiose e originam esporos haploides.
As selaginelas formam dois tipos de esporângios. Os que se localizam nas 
porções inferiores do estróbilo são mais claros, em geral de coloração amarela, 
e apresentam superfície ondulada. No interior de cada um deles, há apenas 
4 células haploides grandes, resultantes da meiose de um único esporócito. 
Cada uma dessas células acumula grande quantidade de reservas nutritivas, 
principalmente óleos, e forma uma parede grossa ao seu redor, transformando- 
-se num esporo que, devido ao seu grande tamanho, é denominado megáspo-
ro (do grego mega, grande). Os esporângios que contêm os megásporos são 
denominados megasporângios, e as folhas férteis onde eles se formam são 
chamadas de megasporofilos.
Nas porções superiores do estróbilo da selaginela os esporângios são meno-
res e mais escuros, com forma ovalada e superfície lisa. No interior de cada um 
deles formam-se inúmeras células haploides pequenas, resultantes da divisão 
meiótica de muitos esporócitos. Cada uma dessas células produz uma parede 
grossa ao seu redor e origina um esporo pequeno, o micrósporo (do grego 
micros, pequeno). Os esporângios que contêm os micrósporos são chamados 
de microsporângios, e as folhas férteis onde eles se formam são chamadas de 
microsporofilos. Quando maduros, os microsporângios e os megasporângios 
liberam os micrósporos e os megásporos.
A célula contida no micrósporo divide-se várias vezes por mitose, transformando-
-se em um conjunto de células haploides que é o gametófito masculino, conhecido 
como microgametófito, ou microprótalo. Cada microgametófito diferencia-se em 
um anterídio único, que se resume a um envoltório de células estéreis com, no 
máximo, 32 células férteis em seu interior; as células férteis diferenciam-se em 
anterozoides flagelados, os gametas masculinos. O microgametófito das selaginelas 
não faz fotossíntese e é inteiramente dependente das reservas acumuladas nos 
micrósporos. Pelo fato de o gametófito e os gametas se desenvolverem no interior 
da membrana que revestia o esporo, o processo é denominado endosporia (do 
grego endon, dentro, e spora, semente).
O gametófito feminino forma-se por divisões mitóticas da célula contida no 
megásporo. Durante sua formação, a parede do esporo rompe-se parcialmente e 
expõe parte do megagametófito, ou megaprótalo. Este também se nutre de reser-
vas alimentares, principalmente óleos, acumuladas no citoplasma do megásporo. 
Na região do gametófito feminino exposta pela ruptura da parede do megásporo 
diferenciam-se alguns arquegônios, cada um deles com uma oosfera.
O gametófito masculino maduro, ao entrar em contato com a água, sofre ruptura 
de seu revestimento e libera os anterozoides. Estes nadam na camada líquida que 
recobre o gametófito feminino e chegam aos arquegônios, nos quais penetram pelo 
canal que vai até a oosfera. A fecundação da oosfera por um anterozoide origina o 
zigoto diploide, que se divide por mitoses sucessivas, formando o embrião.
Algumas das células do embrião em desenvolvimento formam um cordão 
celular denominado suspensor, que se alonga para o interior do megagametófito. 
O embrião fica, assim, mergulhado entre as células ricas em nutrientes, utilizadas 
em seu desenvolvimento.
AMPLIE SEUS 
CONHECIMENTOS
AMPLIE SEUS 
CONHECIMENTOS
Folha
Embrião jovem
no arquegônio
Suspensor
Folhas
Caule
Raiz
Folhas
Raiz
Caule
Zigoto (2n)
Células do 
arquegônio
Oosfera
Megagametófito
(megaprótalo)
(n)
Megásporo (n)
Microgametófito
(microprótalo)
(n) Tecido
anteridial
Anterozoides
sendo liberados
Esporângio
Esporofilo
Estróbilo
Megasporângio
Megasporofilo
Microsporofilo
Microsporângio
Anterozoide
MEIOSE
FERTILIZAÇÃO
Micrósporo
(n)
FlagelosR
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As células do embrião em desenvolvimento diferenciam-se em primórdios de raiz, 
caule e folha, definindo a organização básica do corpo da jovem planta. A raiz entra 
em contato com o substrato, de onde começa a absorver água e nutrientes minerais. 
Na primeira folha diferenciam-se cloroplastos e tem início a fotossíntese. Nessa etapa 
do ciclo, as reservas nutritivas do megagametófito estão se esgotando e o jovem espo-
rófito começa a se tornar autossuficiente. Na maturidade, o esporófito da selaginela 
desenvolverá estróbilos nos quais se formarão microsporângios e megasporângios, 
completando o ciclo. (Fig. 6.21)
As selaginelas, além de produzir dois tipos de esporos, como ocorre em todas 
as plantas vasculares com semente, apresentam outra novidade evolutiva em 
relação a suas antecessoras isosporadas: redução do gametófito, que se tornou 
completamente dependente do esporófito, nutrindo-se das reservas acumuladas 
no megásporo, produzidas pelo esporófito.
O ciclo de vidadas selaginelas apresenta, assim, três características importantes 
na transição das plantas sem sementes para as plantas com sementes: (1) formação 
de dois tipos de esporos (heterosporia); (2) desenvolvimento dos gametófitos no 
interior da parede do esporo (endosporia); (3) transformação do megagametófito 
em uma estrutura precursora da semente.
Figura 6.21 Representação 
esquemática do ciclo de vida de uma 
selaginela, uma pteridófita heterosporada. 
(Imagens sem escala, cores­fantasia.)

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