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Tentáculos
Boca
Metâmeros
Ânus
ÁGUA DO MAR
Circulação 
de água 
no tubo
Tubo
Parápodes 
ventiladores
Parápodes
Boca
Areia
A B
Cirros 
anais
Parapódios com cerdas
Metâmeros
Cabeça
C
Palpos Boca
Tentáculos
Olhos Parápode
Lobo 
respiratório
Cerdas
Figura 12.20 A. Representação esquemática de poliqueto tubícola do 
gênero Chaetopterus, que vive enterrado na areia. B. Representação 
esquemática do poliqueto marinho Palola viridis, o palolo, muito 
apreciado como alimento em certas ilhas do Pacífico. 
C. Representação esquemática de Nereis virens, poliqueto que lembra 
uma centopeia e pode medir até 40 cm de comprimento. 
No detalhe, parte anterior do nereis, mostrando órgãos sensoriais 
e um parápode. (Imagens sem escala, cores-fantasia.)
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Os poliquetos vivem no mar; algumas espécies, como Nereis virens (nereida), são predadoras 
e rastejam ativamente pelos fundos marinhos à procura de animais que lhes sirvam de alimento. 
Outros poliquetos, denominados tubícolas, vivem dentro de tubos que eles próprios constroem 
com grãos de areia cimentados ou com material calcário. A alimentação dos poliquetos tubí-
colas consiste de organismos microscópicos como larvas e microcrustáceos filtrados da água 
do mar. (Fig. 12.20)
Hirudinea
Os hirudíneos são anelídeos que não têm cerdas nem parápodes e cujo corpo é ligeiramente 
achatado dorsoventralmente. Muitas espécies de hirudíneos vivem em água doce e no mar, mas 
há algumas que vivem em brejos e pântanos. Esses anelídeos são conhecidos popularmente como 
sanguessugas, pois a maioria se alimenta de sangue de animais vertebrados.
As sanguessugas têm duas ventosas para fixação, uma ao redor da boca (ventosa oral ou 
anterior) e outra na extremidade oposta (ventosa posterior). Ao encontrar um hospedeiro, a san-
guessuga fixa-se a ele com o auxílio das ventosas e perfura a pele sem provocar dor. Pela ação da 
musculatura da faringe, ela suga o sangue da vítima, que não coagula devido a uma substância 
anticoagulante produzida pelas glândulas salivares do animal.
Boca 
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ventosa 
anterior
Metâmeros
Ventosa 
posterior
B
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A
Ventosa posterior
Ventosa
anterior
Sentido da
movimentação
C
Figura 12.21 A. Desenho de uma sanguessuga em vista 
dorsal. B. Sanguessugas, Hirudo medicinalis, aplicadas 
sobre hematomas pós-cirúrgicos. C. De cima para 
baixo, sequência de movimentos de uma sanguessuga. 
(Imagens A e C sem escala, cores-fantasia.)
No passado, as sanguessugas da espécie Hirudo medicinalis, que medem entre 5 e 45 centí-
metros de comprimento, foram muito utilizadas para fazer sangrias, técnicas terapêuticas que 
se baseavam na crença de que muitas doenças seriam eliminadas do corpo pela retirada de um 
pouco de sangue. Os avanços da medicina fizeram com que esse tipo de terapia fosse praticamente 
abandonado a partir de meados do século XIX. Atualmente, as sanguessugas estão voltando a 
ser usadas pelos médicos, principalmente para remover hematomas produzidos por ferimentos 
traumáticos ou por cirurgia. (Fig. 12.21)
2 Anatomia e fisiologia dos anelídeos
Os anelídeos têm simetria bilateral, são triblásticos e têm sistema digestório completo. 
Como os moluscos, eles são também animais celomados. A novidade evolutiva que apresentam 
em relação aos filos estudados até aqui é a metameria, isto é, corpo dividido em segmentos ou 
metâmeros que se repetem ao longo do comprimento (relembre no capítulo 9).
Revestimento corporal e sistema muscular
Para estudar a organização e o funcionamento corporal de um anelídeo, usaremos como 
exemplo a espécie Pheretima hawayana facilmente encontrada em solos úmidos.
O corpo da minhoca é revestido externamente por uma cutícula fina e transparente, secre-
tada pela epiderme; embaixo dela encontra-se a musculatura do animal. Na P. hawayana adulta, 
o corpo é formado por 85 a 95 metâmeros. Se numerássemos os metâmeros a partir da região 
anterior, notaríamos que os de número 14, 15 e 16 são mais dilatados e mais claros que os do 
resto do corpo. Esses segmentos especiais formam o clitelo, estrutura importante na formação 
do casulo, dentro do qual ocorre a fecundação dos óvulos, como veremos mais adiante. 
A parede de cada metâmero apresenta uma camada de musculatura externa, com fibras 
contráteis dispostas circularmente ao corpo, e uma camada de musculatura interna, com 
fibras dispostas em sentido longitudinal. A contração da musculatura externa faz o segmento 
alongar-se, enquanto a contração da musculatura interna faz o segmento encurtar.
Nos segmentos distendidos, as cerdas corporais se retraem; no segmento contraído, elas se 
eriçam. As cerdas eriçadas se apoiam no solo, seja no interior dos túneis, seja na superfície, atuando 
como minúsculas pernas. Devido à contração e à distensão coordenadas dos músculos de cada 
metâmero, as minhocas podem rastejar e penetrar em seus túneis com grande rapidez.
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Nervos
Gânglios 
cerebrais
Coração 
lateral
Cordão nervoso 
ganglionar ventral
Vaso 
sanguíneo dorsal
Anel 
nervoso
Sistema digestório
As minhocas alimentam-se de detritos vegetais em decomposição, além de larvas, microrganis-
mos e pequenos animais, vivos ou mortos, ingeridos juntamente com terra. P. hawayana, como 
todo anelídeo, tem sistema digestório completo. A boca localiza-se no primeiro metâmero, sob 
uma projeção musculosa equivalente a um lábio utilizado para cavar, o prostômio. Segue-se uma 
faringe curta, ligada a músculos que possibilitam sugar terra e alimento.
Da faringe, o material ingerido segue pelo esôfago até o papo, uma região mais dilatada do 
tubo digestório, ligada a glândulas que lubrificam e umedecem o alimento. Em seguida, o alimento 
passa para a moela, porção também dilatada e musculosa do tubo digestório que atua como 
um triturador: suas contrações esmagam o alimento contra as partículas de terra, tornando-o 
finamente fragmentado, o que facilita a digestão.
O alimento triturado pela moela passa para o intestino, um tubo reto que apresenta, na altura 
do 30o segmento corporal, duas expansões laterais denominadas cecos intestinais. Na região 
anterior aos cecos, o alimento mistura-se a enzimas secretadas por células da parede do tubo 
digestório e é digerido na cavidade intestinal (digestão exclusivamente extracelular).
Na porção intestinal posterior aos cecos, a parte superior do intestino apresenta uma prega 
longitudinal chamada tiflossole. Acredita-se que a função dos cecos intestinais e do tiflossole 
é semelhante: aumentar a área intestinal de contato com os produtos da digestão e facilitar sua 
absorção. O material não aproveitado é eliminado pelo ânus, juntamente com a terra ingerida. 
As fezes das minhocas formam montículos retorcidos característicos, constituindo o húmus, 
material utilizado como adubo. (Fig. 12.22)
Figura 12.22 A. Representação esquemática de uma minhoca dissecada mostrando seus principais órgãos internos. 
B. Representação esquemática de minhoca dissecada com o tubo digestório parcialmente deslocado para mostrar 
o sistema nervoso, localizado na região ventral do corpo. C. Representação esquemática de minhoca em corte 
transversal, mostrando músculos, cerdas e outros órgãos corporais. (Imagens sem escala, cores-fantasia.)
Prostômio
Faringe
Gânglios 
cerebrais
Papo
Receptáculo 
seminal
Ovário
Glândula 
prostática
Intestino
Ceco 
intestinalMoela
Vesícula 
seminal
Clitelo
A B
Vaso sanguíneo 
dorsal
Cutícula
Epiderme
Musculatura 
longitudinal
Metanefrídio
Cordão 
nervoso ventral
Poro excretor
Celoma
Vaso sanguíneo 
ventral
Cavidade 
intestinal
Cerdas
Musculatura 
circular
Tiflossole
C

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