Prévia do material em texto
----------------------------------------SISTEMA CIRCULATÓRIO-------------------------------------------- O sistema circulatório abrange o sistema vascular linfático e sanguíneo CARACTERÍSTICAS DOS VASOS: Resistência: é o impedimento ao fluxo sanguíneo em um vaso Arteríolas e microvasos são os principais responsáveis pela resistência Distensibilidade: aumento do volume Relação do aumento da pressão e volume original Complacência vascular: quantidade total de sangue que pode ser armazenada em determinada parte da circulação. Relação distensibilidade e volume Vasos venosos acomodam 80% do volume total de sangue da circulação. A complacência de uma veia é 24 vezes maior que a de sua artéria por ser mais distensível e apresentar um volume maior. CONSTITUIÇÃO DOS VASOS Do interior para o exterior: Tecido epitelial -> tecido muscular liso -> tecido conjuntivo Os tecidos são encontrados em diferentes proporções que influenciam mecânica e metabolicamente CAMADAS OU TÚNICAS 1. ÍNTIMA: intimamente ligadas ao sangue, em vasos de maior calibre é possível observar 3 porções o endotélio (presente em todos os tipos de vasos), lâmina basal e lâmina elástica interna (fenestrada) 1.1 ENDOTÉLIO: tecido epitelial simples pavimentoso (camada de células bem achatadas), unidas por junções aderentes e oclusivas (impedem a passagem de substância na forma transcelular) importantes na permeabilidade endotelial. No coração é conhecido como endocárdio. Forma alongada, núcleo proeminente, com inúmeras organelas (atividade metabólica intensa) Repousa sobre uma lâmina basal (responsável pela nutrição do tecido) Principais funções: Reduz a turbulência do fluxo sanguíneo Troca de substâncias entre o sangue e tecidos Controle do tônus muscular Participa na resposta imune (proteínas adesinas e integrinas) Participa na formação e dissolução de coágulos e na agregação plaquetária Possuem: prostaglandinas e citocinas, células apresentadoras de antígenos, substâncias vasodilatadoras, substância vasoconstritora, fatores de crescimento, 1.2. LÂMINA BASAL Tecido conjuntivo Muito delgada, quase não é visível ao microscópio eletrônico. Camada subendotelial: externa, formada por tecido conjuntivo frouxo que só é observada em vasos calibrosos. 1.3. LÂMINA ELÁSTICA INTERNA Presente na maioria das artérias fenestradas ("janelas" em espanhol, formação de redes são importantes para permitir a passagem de substâncias para as camadas mais externas só são observadas em grandes vasos, auxiliando também na dilatação.) 2. MÉDIA Tecido muscular liso: contração lenta e involuntária Faz parte de todos os vasos sanguíneos com exceção dos capilares e vênulas pós capilares e pericíticas Células musculares se organizam em camadas circulares e são envolvidas por lâmina basal e tecido conjuntivo em quantidades variáveis Formada por componentes da matriz extracelular principalmente fibras colágenas Em arteríolas e pequenos vasos as células são conectadas por junções comunicantes possuem pouco ou nenhum tecido conjuntivo. Geralmente é maior em artérias que em veias. Sendo comum o acúmulo de fibras elásticas na parte externa formando uma membrana elástica externa. Entre as células musculares existem quantidades variáveis de matriz extracelular formada por fibras reticulares, lamelas e fibras elásticas, proteoglicanos e glicoproteínas. MEMBRANA ELÁSTICA EXTERNA: separa a túnica média da adventícia 3. ADVENTÍCIA Constituída por tecido conjuntivo que varia de denso não modelado (concentração de colágeno) próximo a túnica média a frouxo que continua como tecido conjuntivo que envolve o vaso sanguíneo. Presença de vasa vasorum e nervi vascularis VASA VASORUM: vasos dos vasos são arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia e, em menor quantidade, na porção externa da média. Responsáveis pela nutrição em vasos onde as camadas são muito espessas para serem nutridas somente por difusão a partir do sangue que circula no lúmen do vaso. NERVI VASCULARIS: rede difusa de fibras não mielínicas responsáveis pela inervação simpática sendo o neurotransmissor a norepinefrina, responsáveis pela vasoconstrição. Encontrados na túnica adventícia (em artérias) e até a túnica média (em veias). Em veias a densidade de terminações nervosas é menor! Terminações aferentes ou sensoriais: BARORRECEPTORES (receptores de pressão) no seio carotídeo e no arco da aorta, como também QUIMIORRECEPTORES (sensíveis a baixa pressão de oxigênio e baixo pH sanguíneo) da carótida e corpos aórticos PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ARTÉRIA E VEIA Artérias: Camada média bem desenvolvida Estrutura esférica regular Mantém a sua luz Veias: Camada adventícia bem desenvolvida Contornos irregulares ARTÉRIAS ELÁSTICAS: apresentam grandes quantidades de fibra elástica e está presente entre as camadas musculares Aorta, tronco pulmonar e trechos principais da aorta Cor amarelada pelo acúmulo de elastina na túnica média que é desenvolvida Lâminas elásticas concêntricas aumentam conforme a idade Entre as lâminas elásticas existem células musculares lisas, fibras de colágeno, proteoglicanos e glicoproteína Túnica adventícia pouco desenvolvida sendo a camada íntima mais espessa MUSCULARES OU DE DISTRIBUIÇÃO: possuem maior concentração de músculo, as fibras são diminuídas. Ramos da aorta e seus respectivos ramos menos calibrosos A transição entre os vasos é contínua Túnica média possui muitas fibras musculares lisas Possuem menos fibras elásticas na túnica média quanto mais distantes da aorta. A primeira lâmina elástica situada junto a túnica íntima é chamada lâmina elástica interna. ARTÉRIAS E VEIAS DE PEQUENO CALIBRE Contém até 8 camadas de células musculares lisas Túnica adventícia esparsa e pouco desenvolvida Túnica íntima: células endoteliais com núcleos achatados Túnica média: mais espessa nas artérias Túnica adventícia: muito delgada ou inexistente As túnicas se simplificam quando os vasos são menos calibrosos ARTERÍOLA Último segmento da ramificação dos vasos arteriais. A luz tem a mesma espessura do tamanho das túnicas. Geralmente possui 4 camadas de musculatura. CAPILARES Paredes delgadas, formadas apenas pela túnica íntima constituída por uma célula endotelial enrolada em forma de tubo. Esta célula repousa sobre a lâmina basal Nem sempre é observado o citoplasma TIPOS DE CAPILARES Contínuos: A lâmina basal geralmente apresenta uma carga negativa fazendo com que proteínas com mesma carga e maiores se afastem dele. Presente no músculo esquelético, no cérebro, no coração e na musculatura lisa. Fenestrados: encontrados nos rins, onde ocorrem processos de filtração. Para evitar saída apresentam uma lâmina basal contínua. Presente nas vilosidades intestinais, pâncreas e rins. Sinusoidais: aberturas, permanece unido por causa da lâmina basal, porém ela também não é contínua, tendo a possibilidade de saída de sangue e células. Presente na medula óssea, no fígado e órgãos linfáticos PERICITOS OU CÉLULAS ADVENTÍCIAS DE CAPILARES Célula endotelial que envolve o vaso sendo cheia de prolongamentos, estes dão maior resistência ao vaso. Servem também como uma barreira de saída de substância, presentes apenas em contínuos e fenestrados. Estão associados a manter e conter o fluxo de sangue através de sua contração e descontração. Envolvidas no reparo celular. Relação com permeabilidade, contração e pressão. VEIAS A maioria das veias é de pequeno e médio calibre e possui células musculares em suas paredes VEIAS DE PEQUENO CALIBRE Tem parede mais delgada com luz geralmente mais dilatada que das artérias Túnica média com 1 ou 2 camadas musculares As adventícias são praticamente inexistentes Algumas conservam os pericitos VEIAS DE MÉDIO CALIBRE A túnica adventícia é proeminente constituída por tecido conjuntivo Contém vasa vasorum e nervi vascularis Túnicamédia é fina e com alguns fibroblastos Túnica íntima possui lâmina basal e subendotélio VEIAS DE GRANDE CALIBRE Túnica adventícia mais espessa Túnica íntima muito delgada, mas podem-se observar núcleos das célula endoteliais A luz é ampla se comparada a uma artéria de mesmo calibre VÁLVULAS VENOSAS Impedem que o sangue volte já que as veias não possuem pressão interna. São uma dobra da túnica íntima, células epiteliais. Firmeza ocorre por possuir fibras elásticas. Revestidas por endotélio Mais numerosas em veias de membros e nas de grande calibre Vênulas pós capilares imediatas podem não possuir válvulas, porém passam a possuir no decorrer do vaso. CORAÇÃO Inicia seu desenvolvimento no 18º dia de vida interuterina sendo originado da fusão e torção de tubos cardíacos primitivos em forma de ferradura, migra para região ventral e a extremidade da ferradura funde formando o coração. Possui três túnicas, chamadas de camadas pericárdio (conjuntivo e epitelial), miocárdio (musculatura diferenciada) e endocárdio (epitelial) A região próxima a átrios pode conter acúmulo de gordura que serve além da proteção, como acúmulo de substâncias de reserva para o movimento de contração muscular. PERICÁRDIO Dupla membrana que envolve o coração Parietal Visceral Constituição: Tecido epitelial pavimentoso simples Membrana serosa Tecido conjuntivo frouxo Vasos e nervos Principal função: proteção do coração CAMADA SUBEPICÁRDICA Espessura variável Formada por tecido adiposo unilocular Nervos, vasos sanguíneos e linfáticos CAMADA SUBEPICARDIAL (tecido conjuntivo frouxo): contém veias, nervos e gânglios nervosos, acúmulo de tecido adiposo. MIOCÁRDIO Túnica mais espessa do coração Formado por células musculares cardíacas Grande parte se insere no esqueleto fibroso do coração Arranjo das células miocárdicas é bem variado Fibras podem ser bifurcadas, possuir de 1 ou 2 núcleos, estrias transversais e discos intercalares onde possuem ligamento GAP. Pode haver acúmulo de glicogênio (reserva energética) ENDOCÁRDIO Reveste as cavidades do coração Equivalente a túnica íntima dos vasos sanguíneos Três regiões: Endotélio (repousa sobre a lâmina basal) Camada subendotelial (tecido conjuntivo frouxo, fibras colágenas e elásticas e algumas células musculares lisas) Camada subendocardial (tecido conjuntivo, veias, nervos, células de Purkinje) FIBRAS DE PURKINJE Fazem parte do sistema de impulsos do coração Presentes na camada subendocárdica TÚNICAS DO CORAÇÃO ESQUELETO CARDÍACO Ponto de apoio para as válvulas Local de origem e inserção das células musculares cardíacas Rico em tecido conjuntivo denso não modelado rico em colágeno podendo conter nódulos de cartilagem fibrosa que garante sua resistência As fibras de colágeno são grossas e estão orientadas em várias direções Responsável pelos impulsos do coração por causar diferença de contração entre átrios e ventrículos Fornece sustentação ao órgão VÁLVULAS CARDÍACAS Revestida por endotélio de ambos os lados Entre as faixas de endotélio existe tecido conjuntivo denso Função: impedir o refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios CORDAS TENDÍNEAS Tecido conjuntivo denso modelado Revestida por endocárdio Encontra-se entre o endocárdio e o miocárdio Cordões tendíneos estreitos que prendem os folhetos Válvulas atrioventriculares Estão inseridas nos músculos papilares Não costumam ser rompidas pela grande quantidade de fibras colágenas, que estão todas as fibras na mesma direção, o que auxilia no fluxo sanguíneo. ---------------------------------------------SISTEMA LINFÁTICO----------------------------------------------- DEFINIÇÃO: via acessória que tem como objetivo drenar, filtrar e reconduzir o líquido intersticial para a circulação sanguínea Não é considerada uma circulação, mas sim uma drenagem unidirecional Drenagem do fluido intersticial com proteínas Transporte de lipídios e vitaminas lipossolúveis, triglicerídeos e vitaminas ADEK Proteção contra invasores (linfócitos + macrófagos) Inicia nos capilares linfáticos contidos nos tecidos Túbulos de fundo cego que se juntam e formam um diâmetro crescente Os vasos maiores terminam no sistema vascular sanguíneo, em veias próximas ao coração Circula somente em direção ao coração LINFA: líquido tissular Líquido claro semelhante ao plasma com baixa quantidade de proteínas Presença de glóbulos brancos Não coagula ONDE NÃO ENCONTRAMOS DRENAGEM LINFÁTICA: SNC Orelha interna Globo ocular Timo Medula óssea Tecido epitelial e cartilaginoso por serem avasculares VASOS LINFÁTICOS Drenagem ocorre por ajuda de forças externas: Dos músculos esqueléticos Musculatura lisa dos vasos maiores (predominantemente longitudinais) Vasos maiores com adventícia pouco desenvolvida, vasa vasorum e rede neural DIFERENÇA DAS VEIAS Tem a parede mais delgada Não possui hemácias no seu interior, mas sim um material homogêneo Possui linfócitos CAPILARES LINFÁTICOS Endotélio formado por 2 células Lâmina basal descontínua e incompleta Capilares se prendem ao tecido conjuntivo adjacente por meio de miofibrilas (filamentos de ancoragem) A organização do endotélio permite entrada da linfa pela lateral e sua saída. VASOS LINFÁTICOS DE MÉDIO CALIBRE Endotélio Tecido conjuntivo com algumas fibras musculares dispersas Valvas bicúspides: duas camadas endoteliais sustentadas por uma porção central de tecido conjuntivo frouxo -> impedem o refluxo da linfa A lâmina basal é descontínua principalmente nos vasos de médio e pequeno calibres facilitando a entrada de proteínas em direção ao vaso e o processo de drenagem. ÓRGÃOS LINFÓIDES Conjunto de órgãos em que as células predominantes são os linfócitos (defesa do organismo) PRIMÁRIO: produzem e diferenciam os linfócitos Timo e medula óssea SECUNDÁRIOS: armazenam os linfócitos Tonsilas, linfonodos, baço, placas de Peyer, apêndice Tecido conjuntivo das mucosas do aparelho digestivo, respiratório, urinário MALT Células reticulares e macrófagos: residentes Linfócitos e plasmócitos: transientes HISTOLOGIA DO TECIDO LINFÁTICO Tecido conjuntivo modificado formado por: Células reticulares Fibras reticulares Macrófagos fixos Em suas malhas existem: Linfócitos B e T Macrófagos livres Plasmócitos Formado por tecido hematopoiético: responsável pela formação de linfócitos CÉLULAS RETICULARES: formam uma rede de organização Envolvidas na produção de fibras reticulares (colágeno tipo 3) Nos espaços entre as redes estão localizados os linfócitos, macrófagos e mastócitos FIBRAS RETICULARES: mantêm a integridade da organização celular Não são marcadas com eosina, só com corantes especiais TL solto: rede mais frouxa e aberta Predominam células fixas Células mesenquimais Macrófagos fixos TL denso: organização das células reticulares é mais justa Predominam células livres Linfócitos B Plasmócitos TL nodular: organização arredondada com densidade ou frouxidão do tecido, geralmente a parte mais externa é mais densa e interna mais frouxa, mas não é regra. Tem predominância de células livres que são armazenadas formando nódulos linfáticos que depois saem TIMO Principal local de diferenciação de células T (recepciona, amadurece e libera) Os timócitos liberam timosina que dão origem aos linfócitos CD4 e CD8 (mais presentes na parte central) O timo é formado de dois lobos e inúmeros lóbulos de tamanhos e formas muito variadas. Gradiente de maturação ocorre do córtex para a medula Possui uma cápsula formada de tecido conjuntivo denso não modelado, parte da cápsula forma as trabéculas (entrada de tecido conjuntivo) 2 lobos que se dividem em pequenos lóbulos, cada lóbulo possui a região medular e a cortical Os lóbulos são subdivididos incompletamente por pequenos septos, as divisões não atingem a medula do timo. A medula é contínua e se estende de um lóbuloa outro Apenas vasos linfáticos eferentes Não tem nódulos linfóides REGIÃO MEDULAR: Tecido linfóide frouxo (mais clara). Predomínio de células reticulares epiteliais (formam redes e delimitam espaços tridimensionais no timo, importantes para a maturação dos linfócitos que ocorre neste órgão) e linfoblastos Linfócitos com cromatina menos condensada Corpúsculos de Hassal ou tímico: organização de células reticulares, acredita-se que tem ação na seleção de células maduras. Geralmente no seu interior tem degeneração celular, podem ser considerados linfócitos com defeito ou muito velhos. REGIÃO CORTICAL: Tecido conjuntivo mais denso é predominante (mais escura e mais externa) Predomínio de linfócitos T Linfócitos com cromatina condensada e núcleo corado Possui nódulos linfóides Recepciona a linfa No seio subcapsular é armazenada a linfa As trabéculas de tecido conjuntivo são delimitadas por um espaço que são chamados de seios peritrabeculares LINFONODOS OU GÂNGLIO LINFÁTICO Cerca de 500 espalhados pelo corpo Geralmente encontrados em grupos ou cadeias no percurso da linfa Não diminuem com a idade Tem alto poder de regeneração Tem formato de feijão Envolvido por tecido conjuntivo propriamente dito denso não modelado ou tecido adiposo (cavidade abdominal, pleural ou pericárdica) Possuem vários vasos linfáticos aferentes e apenas 1 ou 2 eferentes garantindo uma circulação contínua e constante no interior do linfonodo TRABÉCULAS: prolongamento de tecido conjuntivo propriamente dito denso, funcionam como um esqueleto interno de suporte (se prendem as fibras reticulares) e, além disso, contém vasos sanguíneos que suprem as células do órgão. NÓDULOS LINFÓIDES: estruturas esféricas ou ovóides causada por acúmulo de linfócitos Repouso: aspecto homogêneo Desenvolvimento da RI: centro mais claro -> centro germinativo CAMINHO DA LINFA: seio subcapsular, através de uma trabécula passa por espaços peritrabeculares, espaço da medula, passa pelos seios medulares até chegar aos vasos eferentes. REGIÃO MEDULAR SEIOS MEDULARES: locais preferencialmente percorridos pela linfa em seu trajeto pela região medular CORDÕES MEDULARES: continuação da região paracortical forma irregular, ramificados e conectados CÉLULAS TRABECULARES São responsáveis pela síntese e secreção de colágeno que se organiza sob forma de fibras reticulares, importantes estruturas que mantém a arquitetura do órgão. BAÇO Formato triangular Lado esquerdo do corpo Possui um hilo por onde entram e saem vasos sanguíneos Revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso modelado. O tecido entra formando as trabéculas e levando os vasos para seu interior, permitindo a circulação. As trabéculas vão diminuindo seu tamanho e forma no seu fim a região nodular Possui muitos nódulos linfóides espalhados pelo órgão que estão presentes por toda a estrutura A artéria esplênica é envolvida pela bainha periarterial ou periarteriolar que sofrem acúmulo de tecido linfóide formando um nódulo, região conhecida como polpa branca. A bainha é rica em linfócitos T e o nódulo em linfócitos B POLPA VERMELHA Sinusóides esplênicos + cordões esplênicos Sinusóides: capilares sanguíneos de trajeto irregular e luz dilatada Sinusóides formam cordões A suas paredes são muito permeáveis a líquidos e células A lâmina endotelial não é contínua Responsáveis pela retirada de células vermelhas mortas ou pouco funcionais Se transforma em capilares sinusóides (com furos) por isso há extravasamento de sangue nesta região Fica em volta da polpa branca TONSILAS Aglomerado de nódulos linfáticos revestidos por tecido epitelial Principal função: imune, produção de plasmócitos e imunoglobulina A Tecido epitelial > conjuntivo > aglomerado de nódulos A formação de criptas ocorre para facilitar o reconhecimento dos patógenos, bastante visualizadas na cavidade oral No tecido conjuntivo estão presentes os nódulos linfóides APÊNDICE VERMIFORME Extensão do ceco, porção inicial e dilatada do intestino grosso Parte da sua parede é formada por tecido linfóide difuso e nódulos linfóides PLACAS DE PEYER Acúmulo de tecido linfóide nas mucosas e submucosas do intestino delgado (geralmente no íleo) Ocorre a formação de domos que são continuações dos linfonodos. Formão criptas com um tipo de célula especial chamadas células hemi, sendo essenciais para passagem de células para dentro do intestino e maturação de células presentes dos nódulos. --------------------------------------------SISTEMA ENDÓCRINO---------------------------------------------- SINALIZAÇÃO Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras. Etapas: Síntese e liberação da molécula sinalizadora pela célula sinalizadora Transporte da molécula sinalizadora até a célula alvo Detecção do sinal pela célula alvo através de um receptor específico Modificação do metabolismo, da função ou do desenvolvimento celular acionada pelo complexo sinal-receptor Organizadas de 3 formas: Reunidas em um órgão especializado: como ocorre na hipófise, tireóide, paratireóide, adrenal e pineal (glândula endócrina) Grupos discretos em outros órgãos especializados: como é o caso dos ovários, testículos e pâncreas Isoladas entre outras células nos tecidos epiteliais: sistema neuroendócrino difuso em células enteroendócrinas do trato intestinal e respiratório Os hormônios tem 3 naturezas básicas: Derivados lipídicos Hormônios esteróides (derivados do colesterol) Cortisol, testosterona, progesterona e estrógeno Derivados de aminoácidos Hormônios tireoidianos T3 e T4 Adrenalina e noradrenalina (catecolaminas derivados de aminoácidos tirosina) Peptídicos e protéicos Cadeias 3 a 200 aminoácidos Insulina, glucagon, prolactina, ocitocina, ADH, GH As características química diferenciadas diferenciam as funções dos hormônios. FEEDBACK NEGATIVO: A resposta se opõe ao estímulo, interrompendo a alça de resposta. FEEDBACK POSITIVO A resposta reforça o estímulo, afastando a variável do ponto de ajuste FUNÇÕES: Crescimento Metabolismo energético Ciclo comportamental Ciclo reprodutivo Ciclo de vida HIPOTÁLAMO Região hipofisial no osso esfenóide conhecida como sela túrcica Constituído de tecido nervoso, formado por invaginação do diencéfalo na vida embrionária Produtor de hormônios Funcionalmente dividido em porção anterior e posterior, essas por sua vez são divididos em núcleos: paraventricular e supra ópticos produtores de hormônios ocitocina e ADH lançados diretamente na corrente sanguínea por isso são os mais importantes. Os demais núcleos são importantes no controle da liberação de hormônios pela hipófise que se encontra logo abaixo. Extremamente irrigado como todas as glândulas e órgãos responsáveis por liberação de hormônios Forma um sistema porta com a hipófise associado a uma passagem obrigatória do sangue que passa pelo hipotálamo depois na hipófise e só então na corrente sanguínea Órgão controlador, controla a ação da hipófise Todos os hormônios liberados pelo hipotálamo se relacionam com um hormônio liberado pela adenohipófise HIPÓFISE duplicidade de funções por possuir a porção anterior (adenohipófise) e posterior (neurohipófise) ORGANOGÊNESE: NEUROHIPÓFISE: formada pela invaginação do diencéfalo também conhecida como hipófise posterior. Os axônios são amielínicos. Os corpos celulares desses neurônios não se localizam na própria hipófise, mas sim nos núcleos supra-ópticos e paraventriculares do hipotálamo. Pituícito: célula glial cheia de prolongamentos com função estrutural facilita e mantém a organização dos axônios da neuro hipófise e tem função na associação no fim dos axônios quando esses se encontram com vasos sanguíneos. Possuem função contrátil auxiliando na liberação de hormônios. São análogos aos oligodendrócitos que formam a bainha de mielina. Corpos de Herring: formados por acúmulode neurossecreção no axônio. Excesso de grânulos com ocitocina e ADH. Observados como dilatações nas lâminas histológicas, podendo ser observadas secreções em seu interior. Pars nervosa = neurohipófise Pars nervosa + pars intermedia = lobo posterior da hipófise ADENOHIPÓFISE: a partir de 30 semanas ocorre a invaginação ectodérmica do teto da cavidade oral formando uma eminência a bolsa de Rathke que se comunica com a invaginação do diencéfalo pela eminência mediana ou pars intermédia (no meio das duas pars, é formada por folículos que possuem colóides em seu interior). Existe ainda a pars tuberalis que envolve o infundíbulo e a pars distalis que envolve a bolsa de Rathke remanescente. Sem comunicação com o sistema nervoso. Pars são formadas por tecido epitelial na maioria das vezes por células cúbicas. Pars distalis corresponde a 75% da massa da hipófise CÉLULAS FOLICULARES: possuem muitos prolongamentos que formam as junções intercelulares ou desmossomos e junções comunicantes. CÉLULAS CROMÓFOBAS: não tem boa afinidade com o corante, sendo fracamente coradas. Relacionadas com a capacidade de renovação da estrutura celular, são células tronco e correspondem a mais ou menos 50%. CÉLULAS CROMÓFILAS: possuem grande afinidade com corante. Para corar esses diferentes grupos é necessária utilização de imuno citoquímica Acidófilas: Corados por corantes básicos. Podem ser subdivididas nas que produzem os hormônios do crescimento e prolactina Possuem grandes grânulos citoplasmáticos que se coram bem pela eosina Basófilas: mais coradas com hematoxilina, por isso são mais azuladas. Possuem grânulos menores. Divididas em: Tirtrófica: TSH Corticotrófica: ACTH Gonadotróficas: LH, TSH GLÂNDULA PINEAL OU EPÍFISE Localizado na extremidade posterior do terceiro ventrículo sobre o teto do diencéfalo Revestida externamente pela pia máter Formada por lóbulos de formas irregulares Citoplasma levemente basófilo com núcleo bastante evidente Produzem melatonina (derivado de serotonina) Constituição típica de tecido nervoso com glândulas conhecidas como pinealócitos com nucléolo bem evidente que demonstra a atividade celular e produção de hormônios sendo a melatonina o hormônio mais importante que regula o ciclo circadiano Acredita-se que a pineal tem relação com o controle do hipotálamo indicando quando deve haver liberação do GH por exemplo Relacionada ao retardamento do envelhecimento pela oxidação efetiva garantida por uma boa noite de sono MELATONINA Reorganiza o ciclo do sono Retarda o envelhecimento Neuroprotetor Ação antioxidante Melhora a resposta imunológica Ação sobre os hormônios anabólicos ADRENAL OU SUPRARRENAL Uma cápsula de tecido conjuntivo denso, formada por células cúbicas de tecido epitelial Presença de estroma (tecido conjuntivo) com grande quantidade de fibras reticulares (tipo especial de colágeno) Emite trabéculas conhecidas como septos mais presentes na região cortical não chegando até a medula O estroma consiste basicamente em uma rede rica de fibras reticulares que sustentam as células secretoras. As camadas têm origem embrionária diferente sendo apenas unidas anatomicamente CÓRTEX: origem mesodérmica Dividido em três camadas concêntricas Células piramidais ou colunares organizadas em arcos envolvidos por capilares sanguíneos Células em cordões, retos e regulares, semelhantes a feixes entremeados por capilares. Espongiócitos Células dispostas em cordões irregulares que formam uma rede anastomosada. Formado por células menores, com menos gotas de lipídios, grânulos de pigmentos de lipofuscina grandes e numerosos em adultos porque são produzidos pela degradação de ácidos graxos, sua presença tem relação com incapacidade de renovação celular. MEDULA: origem nas células da crista neural, neuroectodérmica ALDOSTERONA E DESOXICORTICOSTERONA CORTISOL E CORTICOSTERONA Pode possuir acúmulo de células lipídicas por serem hormônios derivado de lipídios DEHIDROEPIANDROSTERONA E ANDROSTENEDIONA MEDULAS ADRENAIS Composta por células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados sustentadas por fibras reticulares Possui gânglios com neurônios e células satélites, células mais arredondadas típicas de gânglios conhecidas como cromafins no parênquima e células ganglionares parassimpáticas. Abundante rede de vasos sanguíneos Tem origem em um gânglio simpático (luta e fuga), possuem neurônios pós ganglionares simpáticos modificados (sem axônios) Quando o SNA simpático é estimulado, estas células secretam 80% de adrenalina e 20% de noradrenalina, diretamente na corrente sanguínea. CROMAFINS: células epiteliais dispostas em cordões curtos, o citoplasma possui grânulos de secreção que contém epinefrina ou norepinefrina (catecolaminas). TIREÓIDE Origem: endoderma da porção cefálica e do tubo digestivo Revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos para o parênquima TIRÓCITOS Células em formato cúbicos quando a glândula é ativa com atividade normal, quanto mais próximo do formato pavimentoso mais ela produz (super produzindo) quando mais próxima a forma colunar, menos produz (hipo produção) HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: ação de ampliar a atividade metabólica dos órgãos componentes dos sistemas. A ausência de secreção da tireóide provoca uma queda na taxa metabólica basal de 30 a 40% -> Hipotireoidismo A hipersecreção tiroidiana provoca um aumento na taxa metabólica basal de 60 a 100% -> Hipertireoidismo BÓCIO NODULAR COLÓIDE: traves de tecido fibroso dão à glândula aspecto nodular. DOENÇA DE GRAVES: forma mais comum de hipotireoidismo, afeta principalmente mulheres entre 40 e 60 anos. CÉLULAS C OU PARAFOLICULARES: produtoras de calcitonina que ocorre em resposta das altas concentrações de cálcio no sangue. CALCITONINA: células produtoras se encontra entre os folículos Diminui a atividade dos osteoclastos Aumento da atividade dos osteoblastos com a conversão dos osteoclastos inativos em osteoblastos Impedimento da formação de novos osteoclastos PARATIREÓIDES: localizam-se nos pólos superiores e inferiores da face dorsal da tireóide Envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo Relação apenas anatômica com a tireoide sendo sua organização celular completamente diferente, estando disposta de forma cordonal separadas por capilares sanguíneos. TIPOS CELULARES PRINCIPAIS OU CHEFES: principais responsáveis pela produção de paratormônio. Forma poligonal Encontrada em volta dos vasos sanguíneos Núcleo vesicular Citoplasma acidófilo, corado de forma homogênea Secreta paratormônio que são antagônicos a calcitonina OXÍFILAS: aparece por volta dos 7 anos, ampliando sua produção até certa idade. Formas poligonais Mais claras e maiores Função desconhecida HORMÔNIOS PARATIREOIDIANOS Exerce sobre os ossos: Ativação dos osteócitos (fase rápida) Ativação dos osteoclastos (fase lenta) Aumenta a reabsorção tubular de cálcio Aumenta a excreção de fosfato Aumenta a absorção intestinal de cálcio e fosfato PÂNCREAS ENDÓCRINO Secretam enzimas que facilitam o processo de digestão. Glândula mista ou anfícrina Porção exócrina: são secretadas por ductos na corrente sanguínea Porção endócrina: ocorre acúmulos de células endócrinas que são epiteliais e perderam a relação com o ducto. INSULINA Gera aumento: Oxidação da glicose Síntese de glicogênio Síntese de gordura Síntese de proteína GLUCAGON Gera aumento: Glicogenólise Glicogênese Cetogênese TESTÍCULO TÚBULOS SEMINÍFEROS Produção de espermatozóides 250 compartimentos com 1 a 4 túbulos Comprimento aproximado de 250 m Formado por epitélio germinativo e envolvido por tecido conjuntivo com vasos e nervos CÉLULAS DE LEYDIG OU INTERSTICIAIS Encontrada entre os túbulos seminíferos, consideradas espaças CÉLULAS DE SERTOLI Encontradas no interior dos túbulos seminíferos, epitéliogerminativo Células piramidais Unidas por junções ocludentes Forma a barreira hematotesticular Responsáveis por: Nutrição Proteção Controle Secreção Núcleos na base dos túbulos seminíferos vesiculares, claros, frequentemente angulosos ou triangulares e comumente contêm um nucléolo evidente. Citoplasma não muito visível OVÁRIOS Forma de amêndoas Preso ao ligamento largo do útero pelo mesovário Superfície coberta por epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo Mais internamente se encontra a túnica albugínea formada por tecido conjuntivo denso não modelado A região cortical é onde estão os folículos ovarianos A região medular é formada por tecido conjuntivo frouxo com um rico leito vascular CORPO LÚTEO OU AMARELO Ativo por 10 a 12 dias Produz progesterona estimulado por LH Corpo albicans: cicatriz rica em colágeno Porção central: formada por tecido conjuntivo frouxo e coágulo sanguíneo Porção glandular: envolvida por tecido conjuntivo fibroso o qual separa o corpo lúteo do estroma ovariano ATRESIA FOLICULAR: degeneração ou involução dos folículos do ovário, podendo acontecer em todos os estágios de desenvolvimento folicular (primordial, primário, pré-antral e antral) característica pela morte das células.