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Morfo 3.2 ANATOMIA DO CORAÇÃO . O coração é um órgão muscular que tem como principal função bombear o sangue para o organismo fazendo isso através de contrações rítmicas → coração também produz um hormônios: o fator natriurético atrial Origem embriológica: mesoderme LOCALIZAÇÃO: O coração está situado no tórax, no lado posterior ao esterno e às cartilagens costais, e repousa na superfície posterior do diafragma. É o maior órgão do mediastino, região localizada entre os dois pulmões (e as cavidades pleurais). O coração posiciona-se obliquamente no tórax, com seu ápice voltado anteriormente e à esquerda da linha média do corpo. Faces: face pulmonar direita (A. direito) , face esternocostal (V. direito) , face pulmonar esquerda (V esquerdo) , face diafragmática (V direito e esquerdo). Tríplice obliquidade: de superior a inferior, da direita para a esquerda, do posterior p/ anterior. Grandes vasos: Veia cava superior, veia cava inferior, veias pulmonares e aorta Histologia TÚNICAS DO CORAÇÃO . 3 túnicas: endocárdio (interna), miocárdio (média) e pericárdio (externa) → “superespecializado vaso sanguíneo” Pericárdio . → É a membrana que envolve e protege o coração; → Restringe o coração à sua posição no mediastino, possibilitando liberdade de movimento suficiente para a contração vigorosa e rápida. → dividido em duas partes: pericárdio fibroso e o seroso PERICÁRDIO FIBROSO: → Superficial → Tecido conjuntivo inelástico, resistente, denso e irregular.o movimento do diafragma, como na respiração profunda, facilita a circulação do sangue pelo coração, pois o pericárdio fibroso perto do ápice do coração está parcialmente fundido ao tendão central do diafragma → Fixa-se no diafragma · impede a hiperdistensão do coração · fornece proteção · ancora o coração no mediastino · mantém o coração no lugar PERICÁRDIO SEROSO: → + profundo → é uma membrana mais fina, delicada; → Forma uma dupla camada em torno do coração: pericárdio parietal e visceral → Cavidade do pericárdio: células epiteliais do pericárdio seroso que revestem a cavidade produzem uma película lubrificante de fluido seroso contido na cavidade: líquido pericárdico O líquido pericárdico é secretado das células pericárdicas e tem como função reduzir o atrito entre as camadas do pericárdio seroso conforme o coração se move. · Lâmina parietal do pericárdio seroso: mais externa e fundida ao pericárdio fibroso A parede do coração possui três camadas: um epicárdio superficial, um miocárdio intermediário e um endocárdio profundo. Epicárdio . · Lâmina visceral do pericárdio seroso: epicárdio mais interna; uma das camadas da parede do coração; adere firmemente à sua superfície → fina camada de tecido conjuntivo; → serve de apoio para uma camada de epitélio pavimentoso simples (mesotélio) que cobre externamente o coração → O tecido adiposo que envolve o coração se acumula nessa camada. → Confere uma textura lisa e escorregadia à face externa do coração. → Contém vasos sanguíneos, linfáticos e vasos que irrigam o miocárdio → Sob o mesotélio existe uma camada variável de tecido fibroelástico delicado e tecido adiposo. O tecido adiposo predomina e torna-se mais espesso sobre as faces ventriculares, onde abriga as principais artérias coronárias e vasos cardíacos. A quantidade de gordura varia de pessoa para pessoa, corresponde à extensão geral de gordura corporal em um indivíduo, e geralmente aumenta com a idade. Miocárdio . → Camada mais espessa (95% da parede do coração) → Constituído de tecido muscular estriado cardíaco; (INVOLUNTÁRIO) corresponde à túnica média dos vasos. · responsável pela ação de bombeamento do coração → As células musculares organizadas em camadas, envolvendo as câmaras do coração como uma espiral As fibras musculares se dispõem em feixes de diferentes espessuras e direções. → fibras separadas por bainhas de tecido conjuntivo compostas por endomísio e perimísio. → Organizadas em feixes que circundam diagonalmente o coração e produzem as fortes ações de bombeamento do coração. Endocárdio . → É a camada mais interna, semelhante em sua constituição à camada íntima dos vasos sanguíneos, porém sem a lâmina elástica interna entre o endocárdio e o miocárdio. Sua superfície livre recobre o lúmen cardíaco. → é uma fina camada de endotélio liso (epitélio pavimentoso simples) que recobre uma fina camada de tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas e colágeno. Fornece um revestimento liso para as câmaras do coração e abrange as válvulas cardíacas. · minimiza atrito de superfície conforme o sangue passa pelo coração Abaixo do endocárdio há uma camada subendocárdica. A camada subendocárdica é constituída de tecido conjuntivo contendo tecido adiposo unilocular, nervos e vasos sanguíneos e linfáticos e componentes do sistema de condução de impulsos do coração, as células de purkinje ESQUELETO FIBROSO . → Composição da parede do coração Um tipo de tecido conjuntivo denso rico em fibras de colágeno e cartilagem fibrosa em algumas regiões; 4 anéis de tecido conjuntivo que circundam as valvas cadíacas, unindo um ao outro, e que se fundem ao septo interventricular. · Base estrutural para as valvas; · Evita o estiramento excessivo das valvas enquanto o sangue passa por elas. · Isolante elétrico entre os átrios e os ventrículos: Bloquear a disseminação direta dos impulsos elétricos dos átrios para os ventrículos. Essa função é crítica para a coordenação adequada das contrações dos átrios e dos ventrículos. Fazem parte do esqueleto: o septo membranoso, o trígono fibroso e o ânulo fibroso Válvulas cardíacas: arcabouço central de tecido conjuntivo denso composto por fibras elásticas e colágeno; → revestido por endotélio MÚSCULO CARDÍACO . → forma a porção muscular do coração, conhecida como miocárdio. → Ele é capaz de realizar contrações fortes, contínuas e rítmicas que são geradas automaticamente. → baixa capacidade mitótica → são perenes → As fibras musculares cardíacas são células alongadas e ramificadas, com formato cilíndrico que se unem nas suas extremidades e possuem um ou dois núcleos localizados centralmente. → separadas por tecido conjuntivo rico em colágeno, que dá suporte à rede capilar do tecido cardíaco. → as células do músculo cardíaco têm seções transversais arredondadas; Os miofilamentos do músculo cardíaco estão dispostos em um padrão similar ao do músculo esquelético, resultando em estrias transversais. As fibras estão atravessadas por bandas lineares chamadas de discos intercalares. → As fibras musculares cardíacas se conectam às fibras vizinhas por discos intercalares, que contêm desmossomos e junções comunicantes. DISCOS INTERCALARES: são espessamentos transversais irregulares de sarcolema pelos quais as fibras se ligam. Compostos por desmossomos e junções comunicantes → Possibilitam que os potenciais de ação musculares sejam conduzidos de uma fibra muscular para as fibras vizinhas → Os discos intercalares possuem duas regiões distintas: a parte transversal contém junções similares a desmossomos, chamadas zônulas de adesão, que unem as células adjacentes e transmitem a força contrátil para estas últimas. - As regiões longitudinais contêm junções comunicantes que permitem que os íons passem entre as células, transmitindo o sinal contrátil para as células adjacentes Junções comunicantes permitem que todo o miocárdio dos átrios ou dos ventrículos se contraem como uma única unidade, coordenada. Essas estruturas têm dois papéis importantes: primeiro proporcionarpontos de união que dão ao tecido um padrão ramificado característico e segundo, permitir ao tecido muscular cardíaco funcionar como um sincício funcional. → Ausência de células estaminais (células tronco) e de mitose nas fibras musculares cardíacas maduras → incapacidade de reparar danos de um Infarto agudo do miocárdio pigmento de lipofuscina discos intercalares Pigmento Lipofuscina- resíduo da digestão lisossômica que se acumula como grânulos amarelo-acastanhados próximo ao núcleo de algumas células. Neste espécime, poucas células têm quantidades detectáveis. SISTEMA DE CONDUÇÃO . → Atividade elétrica inerente e rítmica devido a uma rede de fibras musculares auto rítmicas → Uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas que oferecem uma via para que cada ciclo de excitação cardíaca se propague pelo coração. → Garante que as câmaras do coração sejam estimuladas de modo a se contrair coordenadamente. → O sistema de condução de impulsos do coração é formado por fibras musculares cardíacas modificadas, denominadas fibras de Purkinje As fibras de Purkinje são células musculares de diâmetro bastante aumentado e com conteúdo reduzido de miofibrilas e, portanto, com menos estriações transversais. As miofibrilas frequentemente aparecem deslocadas para a periferia da célula, deixando um espaço central. · acumulam glicogênio para energia Nó AV: o atraso no nó AV é necessário para fazer a organização da sistole e diástole Nó sinoatrial . A excitação cardíaca normalmente começa no nó sinoatrial (SA), → localizado na parede atrial direita, discretamente inferior e lateral à abertura da veia cava superior. → Marcapasso do coração → Esse feixe de tecido nervoso propaga os impulsos elétricos e portanto governa o ritmo sinusal de minuto a minuto. → A regulação da ritmicidade do coração ocorre no nó SA ou marca passo do coração. As células do nó SA não têm potencial de repouso estável. Em vez disso, elas se despolarizam repetida e espontaneamente até um limiar. A despolarização espontânea é um potencial marcapasso. Quando o potencial marcapasso alcança o limiar, ele dispara um potencial de ação. Cada potencial de ação do nó SA se propaga ao longo de ambos os átrios via junções comunicantes nos discos intercalares das fibras musculares atriais. Após o potencial de ação, os dois átrios se contraem ao mesmo tempo. Nó sinoatrial (SA) Excitação cardíaca Limiar de potencial marca-passo Potencial de ação Fibras musculares atriais dos dois átrios Junções comunicantes nos discos intercalares Contração dos dois átrios Nó Atrioventricular (SA) Nó atrioventricular está localizado no septo interatrial, imediatamente anterior ao seio coronário. → As células do Nó sinoatrial não possuem um potencial de repouso estável, o que faz com que elas se despolarizem repetidamente e espontaneamente. Potencial marca-passo: A despolarização espontânea do Nó sinoatrial feixe de His fascículo Atrioventricular (AV) Desaceleração do potencial de ação Tempo para drenagem do sangue do átrio para o ventrículo diferenças na estrutura celular do nó AV Nó Atrioventricular (AV) *O fascículo é o único lugar em que os potenciais de ação podem ser conduzidos dos átrios para os ventrículos → em outros lugares o esqueleto fibroso isola. → os ramos subendocárdicos calibrosos (fibras de Purkinje) conduzem rapidamente o potencial de ação, começando no ápice do coração e subindo em direção ao restante do miocárdio ventricular. Em seguida, os ventrículos se contraem, deslocando o sangue para cima em direção às válvulas semilunaresrepolarização: fecha canais de Ca+ diastole despolarização rápida em que há a entrada de Na+ platô: abertura dos canais de Ca+ e K+ sai da fibra Fibras musculares potencial de repouso estável: 90mV sístole feixe de His fascículo Atrioventricular (AV) CICLO CARDÍACO . → sistole e diastole acontece simultaneamente: ventrículo em sístole, atrio em diástole e vice e versa; → precisa de uma pressão maior no ventrículo para que haja a abertura da valva atrioventricular contração isovolumétrica ventricular: quando o sangue chega no ventrículo pré carga: a força do sangue nas paredes do ventrículo pós carga: força necessária para que o sangue saia do ventrículo → Pressão aórtica é maior na ejeção → pequena elevação da pressão atrial na sístole atrial → B1: sístole ventricular → fechamento das atrioventriculares → B2: fechamento das semilunares IRRIGAÇÃO DO CORAÇÃO . Artérias coronárias . → Possuem origem na parede da parte ascendente da aorta; aorta coronárias direita esquerda ramo circunflexo ramo interventricular anterior ramo laterais ou diagonais ramo marginal esquerdo ramo do cone arterial ramo do nó sinoatrial ramo interventricular posterior ramo marginal direito Drenagem venosa . SEIO CORONÁRIO A principal veia de drenagem cardíaca é o seio coronário → Localizado na parte posterior do sulco coronário entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo → de 2 a 3 m de comprimento → seu óstio abre no átrio direito → veia cardíaca parva ou menor, veia cardíaca média ou interventricular posterior, veia cardíaca magna ou maior (continuação da interventricular anterior), veia posterior do ventrículo esquerdo, veia do átrio esquerdo. Inervação do sistema nervoso autônomo . → a inervação simpática tem origem nos segmentos medulares de T1 a T4/T5 e chega ao nó sinoatrial do coração; → a inervação parassimpática é dada por fibras pré-ganglionares do nervo vago (X) que chegam até o nó sinoatrial onde farão sinapse com neurônios pós ganglionares; HISTOLOGIA DE VASOS . 3 túnicas: íntima, média e adventícia http://histologyguide.com/slideview/MH-070-heart/09-slide-2.html?x=44741&y=13909&z=100.0 http://histologyguide.com/slideview/MH-065-066-aorta-and-vena-cava/09-slide-1.html Túnica íntima . → endotélio: epitélio pavimentoso simples; → tem a lâmina basal camada subendotelial: ao redor da lâmina → tecido conjuntivo frouxo → células musculares lisas; Nas artérias estas camada é separada da túnica média por uma lâmina de elastina com fenestras que favorecem a difusão para garantir a nutrição da parede do vaso, por causa da pressão… aumento: expansão e contração Túnica média . → camadas concêntricas de células musculares lisas; → entre essas células há uma quantidade variada de matriz: · elastina, colágeno (II), proteoglicanos e glicoproteínas; → nas artérias elásticas a maior parte da túnica média é ocupada por material elástico Túnica adventícia . → contínua com o tecido conjuntivo do órgão onde o vaso passa; → constituído por fibras de colágeno (I) e fibras elásticas; Veia: contêm válvulas Artéria: contém mais tecido muscular GRANDES VASOSvaso vasorum é o conjunto de arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam na adventícia e em menor quantidade na porção externa da média apresenta o vaso vasorum → é mais frequente em veias → garante que toda a parede dos vasos seja nutrido Artéria elástica . → A túnica média é a camada mais espessa e contém tecido elástico proeminente. · túnica íntima- camada interna composta por endotélio, tecido conjuntivo subendotelial e uma fina camada de fibrilas elásticas (a membrana elástica interna). · Túnica Média- camada intermediária composta por camadas alternadas de músculo liso disposto circunferencialmente e lâminas onduladas de fibras elásticas. · Túnica adventista- camada externa de tecido conjuntivo denso irregular.· Vaso Vasorum- vasos sanguíneos que irrigam a túnica adventícia e a túnica média. · nervos- regular a contração do músculo liso. Veia cava . → A parede é mais fina e tem camadas menos distintas do que a aorta. · túnica íntima- camada interna composta por endotélio e uma fina camada de tecido conjuntivo. · Tunica Media- camada intermediária consiste em apenas algumas (3 a 8) camadas de músculo liso. · Túnica adventista- camada externa de tecido conjuntivo denso irregular contendo arranjos longitudinais ou espirais defibras de colágenoe músculo liso. · Vasa Vasorum- vasos sanguíneos que irrigam a túnica adventícia e a túnica média. · nervos- regular a contração do músculo liso. · Células Adiposas- comum na adventícia das veias. ATEROSCLEROSE . OMS → doença de artérias de grande ou médio calibre, caracterizada por alteração da íntima, representadas por acúmulo de lipídeos, carboidratos complexos, componentes do sangue, células e material intercelular; → doença multifatorial → As placas ateromatosas são lesões elevadas compostas por centro mole e grumoso de lipídios (principalmente colesterol e ésteres de colesterol, com restos necróticos), recobertas por uma cápsula fibrosa Como ocorre a aterosclerose? Como a aterosclerose causa trombose? → um processo de lesão no endotélio que permite a agregação de moléculas, causando uma inflamação local; → disfunção do endotélio vascular que permite a ruptura de uma placa aterosclerótica, propiciando a agregação de plaquetas sobre o colágeno subendotelial; → as células de espuma se agregam formando a placa de ateroma, que vai obstruir o vaso, ocasionando a trombose. → na aterosclerose, a íntima pode ficar mais espessa que a própria camada média; → esse espessamento consiste no acúmulo de tecido fibroso denso e, geralmente, contêm fibras musculares lisas → pode ser difuso ou localizado; o lipídio acumulado na íntima fica com aspecto de papa, que origina o nome da lesão → atheros é papa em grego → Essas placas podem sofrer calcificação que dão uma consistência quebradiça a artéria, favorecendo a lesão do vaso. → tem uma capa fibrosa e um núcleo lipídico Placa de ateroma estável: capa fibrosa espessa e núcleo lipídico discreto Placa de ateroma instável: capa fibrótica delgada e núcleo lipídico volumoso Consequências: → redução do diâmetro do lúmen do vaso, podendo vir a impedir que o sangue passe de uma região para outra; → ruptura, ulceração ou erosão, levando a trombose; (instável) → ateroembolismo (instável) → estenose crítica: crescimento progessivo (estável) → Aneurisma: fraqueza de parede Qual a diferença entre arteriosclerose e aterosclerose? LAB INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO . → O termo infarto do miocárdio significa basicamente a morte de cardiomiócitos causada por isquemia prolongada É a necrose da célula miocárdica resultante da oferta inadequada de oxigênio ao músculo cardíaco. → Em geral, essa isquemia é causada por trombose e/ou vasoespasmo sobre uma placa aterosclerótica. O processo migra do subendocárdio para o subepicárdio. → A maior parte dos eventos é causada por rotura súbita e formação de trombo sobre placas vulneráveis, inflamadas, ricas em lipídios e com capa fibrosa delgada. Uma porção menor está associada à erosão da placa aterosclerótica. Fatores de risco: · diabetes · níveis séricos de colesterol e triglicérides · tabagismo · obesidade · sedentarismo · envelhecimento (30 anos) · período prolongado de tensão, frustração ou hostilidade · sexo masculino · uso de contraceptivo oral por mulheres + 40 anos Diagnóstico de IAM: 3 parâmetrosos sintomas são extremamente variados e a elevação dos marcadores inicia-se cerca de seis horas após o inicio da dor, o principal instrumento diagnóstico e determinante da conduta é o eletrocardiograma. quadro clínico, nas alterações eletrocardiográficas e na elevação dos marcadores bioquímicos de necrose. Quadro clínico: A apresentação típica é caracterizada por dor precordial em aperto à esquerda, irradiada para o membro superior esquerdo, de grande intensidade e prolongada (maior do que 20 minutos), que não melhora ou apenas tem alívio parcial com repouso ou nitratos sublinguais. - A irradiação para mandíbula, membro superior direito, dorso, ombros e epigástrio também é possível. → Em pacientes diabéticos, idosos ou no período pós-operatório, o infarto pode ocorrer na ausência de dor, mas com náuseas, mal-estar, dispnéia, taquicardia ou até confusão mental. Classificação do IAM . → A importância das classificações é de ordem prática (Tabela 1). Com elas, condutas são estipuladas, estima-se o grau de disfunção ventricular e determina-se o prognóstico do IAM. Citaremos três classificações extensamente utilizadas. Localização do infarto . O IM compromete predominantemente o ventrículo esquerdo, mas a lesão pode estender-se ao ventrículo direito ou aos átrios: - Infarto do ventrículo direito geralmente resulta de obstrução da coronária direita ou uma artéria circunflexa esquerda dominante; é caracterizado por pressão de enchimento do ventrículo direito elevada, muitas vezes com regurgitação tricúspide grave e redução do débito cardíaco. - O infarto inferoposterior provoca algum grau de disfunção do ventrículo direito em cerca da metade dos pacientes, e provoca alteração hemodinâmica em 10 a 15%. Deve-se considerar a disfunção do ventrículo direito em qualquer paciente que desenvolva infarto inferoposterior e elevação da pressão venosa jugular, com hipotensão ou choque. O infarto do ventrículo direito que complica o infarto do VE aumenta significativamente a taxa de mortalidade. - Os infartos anteriores tendem a ser maiores e estão associados de prognóstico pior que os infartos inferoposteriores. Eles geralmente ocorrem por obstrução da artéria coronária esquerda, especialmente da artéria descendente anterior; infartos póstero-inferiores refletem obstrução da artéria coronária direita ou artéria circunflexa esquerda dominante. Biomarcadores de IAM . Os marcadores cardíacos (marcadores séricos da lesão miocárdica celular) são enzimas cardíacas (p. ex., creatinoquinase [CK]-MB) e conteúdos celulares (p. ex., troponina I, troponina T e mioglobina) que são liberados na corrente sanguínea após necrose da célula miocárdica. · há aumento da atividade de outras áreas e a câmera diminui Mioglobina, creatina-quinase cardíaca (CKMB) e troponina T e I Por que utilizar? · alta concentração no miocárdio · ausência nos tecidos não cardíacos · alta sensibilidade e especificidade · liberação rápida destas substâncias no sangue após lesão cardíaca · permanência no sangue por vários dias · níveis séricos correlacionados com extensão da lesão cardíaca e com o prognóstico · kits comerciais rápidos, simples e automáticos · múltiplos estudos clínicos para diagnóstico e tratamento de IAM → para investigação é necessário que seja usado pelo menos dois biomarcadores: um precoce (mioglobina e CK-M) e outro tardio definitivo (troponinas) Mioglobina . O seu aumento sérico indica um trauma em músculo esquelético ou cardíaco (pouco específico) Função: incerta, mas serve como reservatório de O2 somente em casos de hipóxia extrema; → é uma proteína ligadora de O2 nos músculos estriado cardíaco e esquelético → sensibilidade de 97,1% e especificidade 97,9% → é um marcador inicial do IAM (subida precoce em duas horas): pode-se elevar até 10x o padrão normal Subida após 2h Pico entre 6 a 12h Normalização após 24h Creatino-quinase . Função: responsável pela transferência de grupos de alta energia (fosfatos- ATP) Isoenzimas (enzimas que possuem a mesma função em uma espécie):· CK-MM (muscular); · CK-BB (cerebral) · CK-MB (cardíaca) O músculo cardíaco é o único que contém mais de 5% da atividade total da CK como isoenzima CKMB → é o teste tradicional no diagnóstico de IAM Métodos laboratoriais: eletroforese (U/L) e imunoensaio (mg/dl) Subida após 4-6h Pico entre 14-36h Normalização após 48-72h Troponinas . → padrão ouro enzima cardíaca que, junto com tropomiosina, regula a interação cálcio dependente de miosina com actina no processo de contração muscular. A força gerada pelo músculo cardíaco é proporcional ao número de ligações cruzadas que estão ativas. → o número de ligações cruzadas é determinado pela quantidade ca2+ ligado a troponina. → Quando o cálcio extracelular entra na célula, o retículo sarcoplasmático libera mais cálcio. Esse cálcio adicional se liga à troponina, aumentando a habilidade da miosina de formar as ligações cruzadas com actina, gerando mais força. → em situações normais não está presente no sangue; Três polipeptídeos de troponina: → que se ligam a tropomiosina (TnT) → que se ligam à actina (Tnl) → que se liga ao cálcio (TnC) TnT e Tnl é um biomarcador cardíaco pela sua especificidade cardíaca → podem se elevar diante de microinfartos, mesma na ausência da elevação de CK-MB → aumenta 20x mais em relação ao valor basal; → evolução das concentrações séricas dos biomarcadores Troponina T Subida após 4-6h Pico entre 10-24h Normalização após 10-15 dias Troponina I Subida após 4-6h Pico entre 14-20h Normalização após 5-7dias · troponina I é padrão ouro pq só é encontrada no coração Marcador cardíaco ideal . → não existe um marcador: são vários ATIVIDADE PRÉ-AULA A. Quais são as diferenças histológicas entre as três túnicas cardíacas? A. O que é infarto agudo do miocárdio (IAM)? R: A morte de cardiomiócitos causada por isquemia prolongada. Em geral, essa isquemia é causada por trombose e/ou vasoespasmo sobre uma placa aterosclerótica B. Quais fatores de risco podem ocasionar o IAM? R: tabagismo e o colesterol em excesso C. Como diagnosticar o IAM? R: O diagnóstico é feito com base no quadro clínico, nas alterações eletrocardiográficas e na elevação dos marcadores bioquímicos de necrose. Tendo em vista que os sintomas são extremamente variados e que a elevação dos marcadores inicia-se cerca de seis horas após o inicio da dor, o principal instrumento diagnóstico e determinante da conduta é o eletrocardiograma. ESTAÇÃO 1: → Por que o retardo do estímulo elétrico no nodo atrioventricular é importante para a função cardíaca? O sistema condutor atrial é organizado de tal modo que o impulso cardíaco não se propague dos átrios aos ventrículos muito rapidamente, o que permite que os átrios se contraiam e esvaziem seu conteúdo nos ventrículos antes que comece a contração ventricular. Os responsáveis por esse retardo da transmissão para os ventrículos são principalmente o nodo A-V e suas fibras condutoras adjacentes. Como os potenciais de ação do nó SA se espalham ao longo do sistema de condução e estimulam outras áreas antes que estas sejam capazes de produzir um potencial de ação no seu próprio ritmo, mais lento, o nó SA age como o marcapasso natural do coração. →As extremidades do nodo sinoatrial constituem as vias internodais e conectam-se diretamente ao tecido muscular atrial circundante. Estas vias apresentam três bandas: anterior, media e posterior. Nestas, a transmissão é mais veloz visto que apresentam fibras condutoras especializadas. Está transmissão é lenta em decorrência da pequena quantidade de junções comunicantes (gap junctions), o que representa uma resistência a passagem de íons excitatórios de uma fibra condutora para a próxima. → O que são e quando ocorrem as bulhas cardíacas? BULHAS CARDÍACAS . → é o fechamento das valvas atrioventriculares e semilunares → O som dos batimentos cardíacos é decorrente principalmente da turbulência do sangue causada pelo fechamento das valvas cardíacas. o fluxo tranquilo do sangue é silencioso → Existem 4 bulhas cardíacas: somente duas podem ser auscultadas ( B1 e B2) Primeira bulha (B1): TUM. Mais forte e mais longa causada pela turbulência do sangue no fechamento da valva AV, logo após a sístole ventricular começar. Segunda bulha (B2): TA. breve e mais fraca. Fechamento das valvas tronco pulmonar e da aorta no início da diástole ventricular (v. semilunares) Dois sons adicionais do coração podem ser registrados com estetoscópios eletrônicos muito sensíveis. O terceiro som do coração é causado pelo fluxo turbulento do sangue entrando nos ventrículos durante o enchimento ventricular, e o quarto som é associado à turbulência durante a contração atrial. → Como as junções abertas participam da condução do estímulo elétrico e da contração do músculo cardíaco? → O que é infarto (enfarto) do miocárdio e fibrilação cardíaca? Como o infarto e a fibrilação alteram o bombeamento de sangue pelo coração? enchimento contração atrial contração ventricular isovolumétrica ejeção relaxamento ventricular isovolumétrico relaxado relaxado fechada aberta contraído relaxado relaxado relaxado relaxado relaxado contraído contraído aberta aberta fechada fechada fechada fechada fechada fechada ESTAÇÃO 3: MEDLAB Leia o caso clínico e responda ao que se pede. Homem de 51 anos chega ao setor de emergência com dor no peito. Informa que sentia um desconforto no peito ou pressão intermitente durante o último ano, especialmente em situações em que aumentava sua atividade, e descreve a dor no peito como uma pressão atrás do osso do peito que se espalha pelo lado esquerdo até a nuca. De maneira diferente do que vinha ocorrendo, ele estava deitado, assistindo à televisão, quando sentiu essa dor novamente. A dor no peito durou aproximadamente 15 minutos e então parou sozinha. Ele também relatou que teve náusea e suor durante o episódio. Afirma não ter conhecimento de qualquer problema médico, mas já fazia muitos anos que não era examinado por um médico. O exame mostrou que ele não tinha nenhuma alteração aguda nos sinais vitais, os pulmões estavam límpidos na auscultação bilateral e o coração tinha frequência e ritmo regulares sem sopro. O eletrocardiograma (ECG) revelou elevação do segmento ST e picos de onda T nas derivações II, III e aVF. Os níveis séricos de troponina I e T estavam elevados. A. Qual o diagnóstico mais provável e sua correlação com os níveis séricos de troponina? B. Quais os sintomas relevantes que você considerou para chegar ao diagnóstico? Necrose na aterosclerose: hipoxia, abaixo aporte de o2, morte de células anemia- isquemia mioglobina n é um marcador específico do estriado cardíaco, pode ta elevado por lesões de outro músculos mioglobina baixa e troponina I alta- lesão aconteceu a mais de 12h 25% IAM são assintomáticos IAM- elevação do segmento ST- picos na onda T image9.png image18.png image26.png image35.png image1.png image15.png image49.png image24.png image50.png image28.png image25.png image41.png image54.png image43.png image52.png image53.png image39.png image6.png image40.png image16.png image51.png image32.png image23.png image10.png image14.png image29.png image8.png image45.png image4.png image12.png image21.png image34.png image5.png image13.png image44.png image22.png image56.png image17.png image55.png image48.png image7.png image30.png image42.png image37.png image11.png image19.png image31.png image47.png image38.png image36.png image33.png image20.png image27.png image2.png image46.png image3.png
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