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Cardiologia | Camyla Duarte 1 Definição Elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) ≥ a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) ≥ a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos DUAS ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva. Fatores de risco o Genética (30-50%) o Idade (normalmente entre 35-55 anos) o Sexo – homens tem mais chance, mulheres se igualam após a menopausa o Etnia – negros tem resistencia a renina, mais dificil o Sobrepeso/obesidade o Sedentarismo o Ingesta de Na+ - acumulo de liquido o Apneia do sono o Anabolizante aumenta muito a pressão Prevenção Atividade aeróbica é o melhor para os hipertensos Consequências Manejo clínico 1. Anamnese 2. Exame físico 3. Exames laboratoriais e imagem 4. Investigação de lesão de órgão alvo Como aferir a pressão arterial adequadamente 1. Certifique-se de que o paciente NÃO: o Está com a bexiga cheia o Praticou exercícios físicos há, pelo menos, 60 minutos; o Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos em 60 min; o Fumou nos 30 minutos anteriores o O paciente deve sentar-se confortavelmente em um ambiente silencioso por 5 minutos, antes de iniciar as medições da PA. o As duas pernas devem estar apoiadas no chão 3. Explique o procedimento ao indivíduo e oriente a não conversar durante a medição. Sempre fazer 2 aferições de pressão na primeira consulta, uma no braço esquerdo e outra do direito, caso divergência do valor anotar o maior o Se necessário esperar de 1-2min Passo a passo: o Posicionar o manguito 2cm acima da fossa cubital o Verifica o pulso radial e insufla o manguito até o desaparecimento do pulso e + 30mmHg para ter certeza que insuflou a quantidade adequada o Coloca o esteto na fossa cubital e desinfla lentamente o manguito o Primeiro som será a pressão sistólica e o último a diastólica o Anotar no prontuário o valor da PA, horário e braço realizado Classificação de hipertensão Cardiologia | Camyla Duarte 2 Exames complementares necessários para hipertensos o Análise de urina o Potássio o Creatinina o Ureia o Glicemia de jejum e HbAlc (hemoglobina glicada) - verificar diabetes o Colesterol total, HDLc, LCLc e triglicerídeos o Ácido úrico o Eletrocardiograma convencional Lesão de órgão alvo Quando o paciente é hipertenso há um tempo isso passa a afetar outros órgãos No coração isso se manifesta através da hipertrofia ventricular esquerda. É verificado através do ECG, ECO, ITB (índice tornozelo braquial) – mede o pulso do tornozelo e da artéria braquial com doppler A doença renal crônica é verificada através do valor da creatinina e ureia Definição de hipertensão arterial conforme o método Há duas maneiras de aferir a pressão em casa MAPA - aparelho mede a pressão por 24h a cada 15min e faz uma média da pressão de vigília e no sono MRPA – paciente deve ter um aparelho de pressão confiável, o paciente afere a pressão de manhã por 3 dias e a noite por 3 dias. Fenótipos clínicos Tipos de paciente Manejo de hipertensão arterial Metas pressóricas A meta pressórica depende do risco cardiovascular do paciente Fatores de risco cardiovasculares: o Obesidade o HAS o Dislipidemia o Tabagismo o AF de morte súbita Pacientes com risco alto devem manter a pressão abaixo de 13x8 Tratamento o Diuréticos tiazídicos - hidroclorotiazida o Betabloqueadores – atenolol o Bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) - losartana, valsartana o Bloqueadores do canal de cálcio - anlodipino o Inibidores da ECA (enalapril, captopril) - mais utilizados em PS o Outros Cardiologia | Camyla Duarte 3 Iniciar o tratamento e ver o paciente após 1 mês para verificar se melhorou a pressão e se há efeitos colaterais que pedem a mudança da medicação Não pode ter enalapril (IECA) com losartana já que os dois agem na mesma cascata. A melhor associação é IECA e tiazídico ou com bloqueadores do canal de cálcio. Ou bloqueadores do receptor de angiotensina com bloqueador do canal de cálcio e tiazidicos Quando associar dois medicamentos: o Quando ao voltar para o consultório a pressão sistólica do paciente estiver acima de 160 ou diastólica acima de 110 o Hipertenso estagio 1 + muitos fatores de risco Pedir para o paciente voltar pelo menos de 3 em 3 meses, caso não controlada aumentar a medicação Emergência Classificações Urgência hipertensiva: PA sistólica (PAS) ≥ 180 e/ou diastólica (PAD) ≥ 120 mm Hg SEM lesão de orgao alvo aguda e progressiva e sem risco iminente de morte. o Paciente infartado, lesão de válvula aórtica, AVC prévio Emergência hipertensiva: PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120 mm Hg com lesão no orgao alvo aguda e progressiva, com risco iminente de morte o Paciente com infarto e pressão alta, edema agudo de pulmão com HAS Pseudocrise: não há lesão de órgão alvo aguda ou risco imediato de morte. Oligossintomáticos ou assintomáticos, relacionada a estresse emocional ou doloroso. A diferencia de urgência e emergência é o estado do paciente e não o valor da pressão Emergência hipertensiva é controlada com medicamentos endovenosos (vasodilatadores – nipride, tridil) , na urgência é controlado com medicamentos orais Tratamento em PS Cardiologia | Camyla Duarte 4 Baixar 25% da pressão em 1h caso haja emergência hipertensiva