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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO: DESAFIOS DA ATUAÇÃO BRANDALIZE, Carlos Alexandre.1 HOSTER, Tamires Cristina.2 SANTUCCI, Kareem Tathyany Teixeira.3 RESUMO A Psicologia Organizacional e do Trabalho - POT contempla diversas atividades no seu escopo de atuação e durante muito tempo afunilou a prática entre os processos de Recrutamento e Seleção e Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas, com o passar dos anos outras atividades foram incorporadas à atuação do profissional da Psicologia neste contexto como Avaliação de Desempenho, Feedbacks, Pesquisa de Clima e Planos de Carreira. O presente artigo tem como objetivo apresentar os principais avanços da Psicologia Organizacional e do Trabalho no Brasil e no mundo ao longo da história, expor os desafios encontrados na atuação profissional na contemporaneidade e dissertar sobre conceitos importantes da área. Respondendo o problema de pesquisa que foi compreender quais os desafios são encontrados na prática do Psicólogo Organizacional e do Trabalho na contemporaneidade. A metodologia utilizada para a construção desta pesquisa foi de caráter bibliográfico, através da utilização de livros e artigos científicos. Conclui-se que os grandes desafios da atuação têm relação com a busca de práticas humanizadas e o equilíbrio da satisfação entre colaboradores e organizações. PALAVRAS-CHAVE: Psicologia organizacional e do trabalho; Desafios da atuação; Organizações; Colaboradores. 1.INTRODUÇÃO A Psicologia tem sido considerada como ciência desde meados do século XIX e vem consolidando este reconhecimento ao longo dos anos. Dentro desse cenário, a Psicologia Organizacional e do Trabalho se compõe como uma das áreas da Psicologia, contando com transformações desde a Psicologia Industrial até a Psicologia do Trabalho. As transformações que apareceram durante o tempo foram importantes para o crescimento das organizações e essenciais para a atuação do psicólogo frente ao trabalho humano e desenvolvimento de técnicas psicológicas. Conforme Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014), a Psicologia Organizacional e do Trabalho possui como foco compreender as questões ligadas ao comportamento humano e ao mundo do trabalho, estudando os processos da organização de trabalho e os impactos psicossociais sobre a qualidade de vida e saúde do trabalhador. Desse modo, o profissional que atua na área da Psicologia Organizacional e do Trabalho exerce não só a função de avaliar a empresa, seu ambiente e suas equipes de colaboradores, 3Docente Orientadora - Psicóloga, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas - PUC/PR (2008). Graduada em Psicologia - Anhanguera Educacional (2016). Graduada em Administração - Centro Universitário Assis Gurgacz (2004) - Cascavel-PR. E-mail: kareem@fag.edu.br 2Acadêmica do 6º período do Curso de Psicologia, Centro Universitário Assis Gurgacz - Cascavel-PR. E-mail: tcholiveira@minha.fag.edu.br. 1Acadêmico do 6º período do Curso de Psicologia, Centro Universitário Assis Gurgacz - Cascavel-PR. E-mail: cabrandalize@minha.fag.edu.br. Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 mailto:kareem@fag.edu.br mailto:tcholiveira@minha.fag.edu.br identificando possíveis problemas e falhas, mas sugerindo soluções para elas, ou seja, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida na relação dos indivíduos com a organização (SANTOS; CALDEIRA, 2015), bem como atuando como facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da organização. As atividades exercidas dentro desse papel, que são fundamentadas em técnicas e instrumentos da Psicologia e relacionadas à díade homem & trabalho, podem trazer desenvolvimento para a empresa, o trabalhador e a sociedade. De acordo com Schein (1982), a psicologia organizacional e do trabalho pode ser reconhecida como um campo de atuação interdisciplinar que procura compreender fenômenos organizacionais que se desenvolvem em torno de um conjunto de questões referentes ao bem-estar do indivíduo, já que, segundo o autor, as organizações são sistemas sociais complexos. 2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO Em 1913 foi publicada por Hugo Munsterberg a obra Psychologyand Industrial Efficiency, que focalizou as técnicas de seleção de pessoal e de ajuste funcional que marcou de forma importante o nascimento da Psicologia Industrial. A obra discorre sobre a busca do homem certo para o lugar certo como forma de aproveitar as habilidades já desenvolvidas para promover satisfação ao trabalhador e produtividade para as empresas. Além disso, influenciou a recomendação de reorganizar os trabalhadores em seus postos de modo que não fosse possível que conversassem entre si, pois se interpreta que este seria um fator que diminuía a produtividade. (ZANELLI; BORGES-ANDRADE; BASTOS, 2014). Contudo, ao falarmos de relações humanas é importante marcar a Teoria X (tradicional) e a Teoria Y (emergente) de McGregor neste estudo, veem-se dois modos divergentes de encarar o trabalhador: na Teoria X, a ênfase é dirigida às metas da organização, administrando seus recursos humanos de modo autoritário; por outro lado, na Teoria Y, a atenção é dirigida à valorização do empregado, estimulando-o a alcançar suas metas e satisfazer suas necessidades. Todos esses eventos são constituintes da psicologia industrial, onde o trabalho foi bastante marcado pelas avaliações Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 psicológicas e que aproximava cada vez mais os trabalhadores das máquinas (ROTHMANN; COOPER, 2009). De acordo com Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014), o segundo marco importante é a denominada “expansão pós-guerra’’, que vai de 1945 a 1960 e foi um período onde tudo começa a se reerguer e seguir o curso do desenvolvimento. Existe nesse período também, uma oposição entre capitalismo e socialismo, um mundo bipolar. Foi na Europa capitalista que surgiu a preocupação do Estado com a saúde do trabalhador e passou a oferecer um suporte em prol da política do bem-estar social. A então psicologia industrial passou a ser substituída pela psicologia organizacional, incorporando novas atribuições nas organizações e abrangendo olhares para as características dos indivíduos, grupos e a própria organização. Apesar do recrutamento e seleção continuar sendo uma das principais atividades muitas ações voltadas ao suporte na gestão passaram a ser desenvolvidas (ZANELLI; BORGES-ANDRADE; BASTOS, 2014). Por fim, o terceiro e último período (psicologia organizacional e do trabalho) é demarcado pelo fim dos anos de 1970, onde as incertezas se faziam presentes. A crescente modernização e avanços tecnológicos alteraram as organizações de trabalho e muitos conflitos também surgiram, a psicologia passou a se ampliar para um modelo de atuação que compreende o todo e não apenas o indivíduo, as intervenções saíram dos pequenos grupos e começaram a ser mais abrangentes. O processo de globalização e as mudanças nas relações de trabalho, onde cresce a oferta de empregos temporários e de tempo parcial, o novo formato das organizações e perfis de gestores marcam essa nova fase. O século atual é marcado pelo poder do capital, onde a busca por lucros é prioridade, e a crise assombra muitas vezes alguns países. A gestão neoliberal produziu nos espaços de trabalho um aumento de fenômenos como estresse, assédio moral, violência psicológica. Em contrapartida os profissionais da psicologia, se sentiram convocados a promover pesquisas e estudos referentes à saúde do trabalho, onde expandem mais uma vez seus olhares para tópicos até então não tradicionais, aumentando a atenção para eventos de múltiplos níveis da organização. Questões sobre conflitos trabalho-família, aposentadoria, estresse, foram ganhando espaço, bem como capital intelectual, gestão doconhecimento, alianças estratégicas, ética empresarial, organizações estratégicas se tornaram temas cada vez mais pertinentes e importantes de serem discutidos (ZANELLI; BORGES-ANDRADE; BASTOS, 2014). Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 2.1.1. EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO NO BRASIL O Brasil em sua história está marcado pelo trabalho escravo. A economia até quase o fim do século XIX era puramente escravocrata. Com a chegada dos imigrantes e os novos empreendimentos, investimentos estrangeiros também começaram a surgir, porém ainda permaneciam os modos de trabalho exploratório e baseado nos princípios de controle (ZANELLI; BORGES-ANDRADE; BASTOS, 2014). Acompanhando as mudanças mundiais, a psicologia no Brasil começa a aparecer no final do século XIX e início do século XX com a industrialização, que se constituiu com a mão de obra dos imigrantes europeus e a partir do movimento migratório da zona rural. A psicologia aplicada ao trabalho já dava seus primeiros passos antes mesmo da regulamentação da profissão, que se deu nos anos de 1960 (BORGES, 2010). Em 1960, quando acontece a regulamentação da psicologia no Brasil e a profissão passa a ser reconhecida legalmente, o campo da psicologia aplicada ao trabalho já estava bem consolidado. A inserção dos profissionais nas empresas se constituía dentro da busca pela racionalização e pelas organizações acreditarem que os testes serviam somente para fins econômicos de aumento de produtividade (ZANELLI; BORGES-ANDRADE; BASTOS, 2014). a crescente intensificação do processo de industrialização no Brasil, principalmente após a Segunda Guerra, propiciou a preocupação com a mão de obra, já que grande parte até então era desqualificada. Essa preocupação com a formação profissional começou a fazer parte das empresas e atraiu também profissionais da psicologia. Borges (2010) afirma que a psicologia deste campo começa a florescer mais no final da década de 1980 até os dias atuais. Essa expansão se destaca pelo aumento do número de pesquisas nessa área, pela fundação da Sociedade Brasileira de Psicologia do Trabalho e das Organizações (SBPOT) em 2001, pelo Congresso Científico Bianual (CBPOT), surgimento de revistas da área e a qualificação e estudo de várias abordagens para sustentar a prática. Ainda que essas tensões existam, a movimentação através de pesquisas, diálogos e discussões geram uma construção nova a cada passo. Entender e respeitar que a diversidade é uma forma de evolução e que principalmente o trabalho está inserido dentro desse todo, é dar abertura para as novas organizações que surgem no cenário atual onde a tecnologia e a palavra se tornam instrumentos poderosos. Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 2.2.1. CONTEXTO ATUAL Quando o profissional se empenha excessivamente, sempre em busca de alta performance e admiração de seus colegas, chega um momento em que o acúmulo de estresse provoca um desgaste passível de afastamento do trabalho, inclusive por meio de pedido de demissão. O trabalho ocupa uma grande parte dos dias das pessoas, então entende-se que o mesmo deveria trazer certa realização vinculado à satisfação, o que nem sempre se há resultado esperado (Dejours, 1991; Trigo et al, 2007).Segundo Peixoto (2008) ainda temos muitos estudos com ideia central a defesa do lazer como espaço de satisfação humana, em contraponto com o trabalho, com a promessa do fim da sociedade do trabalho. Sendo assim, alcançar o equilíbrio é fundamental e ele pode ser obtido por meio de lazer, férias, atividades físicas, hobbies, entre outras opções, alguns aparatos para melhor visualização do próprio trabalho englobam: Feedbacks: Os Feedbacks ainda são tabus muito grande em várias empresas, porém são de suma importância para que problemas sejam colocados em pauta e resolvidos, gerando menos desgaste, estresse e ansiedade isso pode ser feito por meio de canais particulares, como e-mail ou fóruns. O que importa é manter uma janela aberta para a interação das pessoas quando elas se sentem sobrecarregadas. Segundo Ashford e Cummings (1983, 370-398) “as pessoas procuram feedback de modo a obter uma das consequências seguintes: reduzir a incerteza, assinalar os objetivos, determinar a competência individual ou defender a estrutura da personalidade.” Plano de carreira: As maiores produções de problemas de saúde mental no trabalho estão ligadas à ausência de perspectivas na carreira, o que é motivo de insegurança. Entretanto, quando a companhia institui um plano de carreira, os colaboradores conseguem ter uma perspectiva de possibilidades de crescimento profissional.A Psicologia da Carreira encobre o estudo e a prevenção ou resolução de dificuldades de carreira dos indivíduos, considerando não só as escolhas escolares e profissionais ao longo da vida, assim também como os restantes domínios e papéis de cada um (SUPER, 1980; VONDRACEK et al., 2014). Apoio aos colaboradores: Após analisar e detectar o que acontece dentro da empresa, anotando as necessidades que envolvem os problemas de saúde mental da equipe e dos gestores, chega o momento de oferecer apoio por meio de programas direcionados à questão, assim como treinar líderes e oferecer benefícios. Comumente, na atualidade, a administração adora dizer “as pessoas são o nosso maior ativo”, e enfatizar a importância das pessoas na composição de uma determinada empresa, tornando-a diferente das demais, independentemente de outros fatores que podem ser usados da mesma forma por qualquer outra empresa usa. (LACOMBE, 2005). Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 2.3 PRÁTICA PROFISSIONAL Nota-se que a Psicologia Organizacional ainda está em construção e tem como foco resgatar a dignidade humana no âmbito organizacional e interpessoal. Bastos e Galvão-Martins (1990) destacam que, além do crescimento da atuação do psicólogo dentro das organizações ter sido um processo lento e alvo constante de críticas, observa-se que o papel do psicólogo organizacional foi muito ampliado e reconhecido. Segundo Gurka e Nogueira (2016), a função do psicólogo organizacional e do Trabalho é atuar de forma ética para que haja um ambiente de trabalho saudável, com qualidade de vida ao colaborador, promovendo, assim, equilíbrio entre aspectos físicos, emocionais e mentais. Focando nas experiências adquiridas pelo colaborador e a relação que se desenvolve com a empresa, visando melhorar a qualidade de vida no trabalho. Ainda, demonstra-se relevante destacar que o ofício do profissional dentro das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos trabalhadores dentro dos vários setores que a compõem, considerando a saúde e a subjetividade dos mesmos e o funcionamento da empresa. As atividades exercidas nessa atribuição, fundamentadas em técnicas e instrumentos da psicologia, trazem desenvolvimento para a empresa, para o trabalhador e para a sociedade. Uma vez que a saúde e boas condições de trabalho proporcionadas ao colaborador possibilitam melhor desempenho e maior satisfação do mesmo na empresa e sociedade (ZANELLI, 2002). Deve-se levar em consideração que papel do psicólogo dentro das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da organização. As atividades exercidas dentro desse papel, que são fundamentadas em técnicas e instrumentos da Psicologia e relacionadas à díade homem & trabalho, podem trazer desenvolvimento para a empresa, trabalhador e a sociedade (ORLANDINI, 2008). 2.3.1. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO Para Aquino (1980) desenvolvimento corresponde a um conjunto de atividades para explorar o potencial de aprendizagem e a capacidade produtiva do sujeito, objetivando mudanças de comportamentose atitudes, bem como a aquisição de novas habilidades e conhecimentos. Tem como meta potencializar o desempenho profissional e motivacional do ser humano, melhorando os resultados e consequentemente gerando um bom clima organizacional. Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 O treinamento é um dos recursos utilizados para o desenvolvimento pessoal. Com a finalidade do aumento da produtividade, aperfeiçoamento de desempenhos, e das relações interpessoais. Prepara o potencial humano para as inovações tecnológicas e as constantes mudanças do mercado de trabalho, treinamento indispensável para a busca da qualidade total. Segundo Boog (2001, p. 78) o treinamento começa como uma resposta a uma necessidade ou a uma oportunidade em um ambiente organizacional. Estabelecer o valor faz com que o círculo completo do processo seja cumprido. Investir no desenvolvimento de pessoas é investir na qualidade de serviços que a empresa oferece, porém, esse investimento deve privilegiar todas as pessoas envolvidas da organização, pois os resultados são atingidos das atividades exercidas coletivamente (TACHIZAWA et al, 2006). Para os autores Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, pp. 220-221), o treinamento tem como objetivo a preparação das pessoas para a execução imediata das diversas tarefas peculiares a organizações; dando oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal, não apenas no cargo atualmente ocupado, mas também em outros que o indivíduo possa vir a exercer; mudança nas atitudes das pessoas, a fim de criar entre elas um clima mais satisfatório, aumentando-lhes a motivação e tornando-as mais receptivas às técnicas de supervisão e gestão. De acordo com Pio (2006), o exercício de treinamento levanta algumas questões como, quem, como e quando treinar uma pessoa ou equipe. Como resposta a algumas questões existe etapas de elaboração, primeiramente é necessário um diagnóstico das necessidades de treinamento, depois, uma programação de treinamento para atender às necessidades diagnosticadas, logo em seguida, a aplicação e execução, e para finalizar, a avaliação dos resultados obtidos. Ainda de acordo com Pio (2006), o diagnóstico das necessidades pode ser feito a partir da análise organizacional, das operações e tarefas e da análise individual e coletiva. Para a execução de um treinamento, deve-se levar em consideração os mais variados tipos de treinamento. O primeiro o de integração que tem como objetivo adaptar as pessoas à organização; depois o técnico-operacional, que busca capacitar o indivíduo para o desempenho das tarefas específicas as quais realiza; o treinamento gerencial, que tem o intuito de desenvolver a competência técnica, administrativa e comportamental, e, por último, o treinamento comportamental, que tem como objetivo solucionar os problemas das inter-relações no âmbito do trabalho. Ainda segundo os autores Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 226), a execução de um determinado treinamento deve levar em consideração os seguintes fatores: adequação do programa Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 às necessidades da organização; qualidade do material didático; cooperação do pessoal de chefia; qualidade e preparo dos instrutores e a qualidade do pessoal a ser treinado. A avaliação de treinamento oferece o feedback necessário ao profissional de RH, possibilitando assim saber até que ponto o treinamento executado produziu modificações de comportamentos pretendidos e se o treinamento alcançou as metas estabelecidas (TACHIZAWA, FERREIRA E FORTUNA, 2001, p. 226). 2.3.2. RECRUTAMENTO E SELEÇÃO A descoberta dos seres humanos nas organizações e sua valorização, marcariam o fim da era taylorista no final do século XIX. As primeiras teorias são vistas por Caldas, Tonelli e Lacombe (2002) e mal compreendidas por alguns autores, a prática de Recursos Humanos para eles já existiam muito antes do surgimento desta função. Para alguns autores a gestão organizacional não viveu uma transição de uma era mecanicista para a era humanista, mas que essas duas linhas se cruzaram e continuaram evoluindo em uma constante troca de aprendizado entre si. A área de Recursos Humanos que antes tinha a finalidade para questões burocráticas e operacionais, como contratação, remuneração, férias e desligamento de funcionários, quando as empresas começaram a ver os colaboradores como o capital mais importante, o setor passou por um processo de mudança em seu papel dentro das organizações. (PAIVA et al., 2017). Atualmente a área de Gestão de Pessoas tem como objetivo captar recursos humanos para prover o sistema de seleção a partir de uma necessidade da empresa, podendo ser realizado interna ou externamente. Também tem a função de enxergar profissionais de uma forma mais completa, identificando potencial e limitações (SILVA, 2013). É neste cenário que surge a psicologia nas organizações, com foco no comportamento humano e promoção da qualidade de vida em cenários institucionais, as empresas passaram a zelar pelo capital mais importante para alcançar seus objetivos, entendendo que um funcionário satisfeito produz mais e melhor (PAIVA et al., 2017). O psicólogo organizacional exerce a função de ponte mediadora entre funcionário e empresa, a fim de que todos sejam beneficiados diante dos processos empresariais, buscando compreender as expectativas da organização e as expectativas do colaborador. O psicólogo organizacional também atua no processo de recrutamento e seleção de candidatos, sendo estes de grande importância para uma organização. Segundo Werther e Davis (1983) o processo de seleção é uma série de fases específicas, para decidir quem dos recrutados devem ser contratados, levando em conta a Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 competitividade existente no mercado e que, gerir pessoas passou a ser condição para o sucesso, as organizações passaram a buscar por profissionais que possam agregar valores. Para Ferreira e Vargas (2014), o recrutamento é o processo que busca encontrar ou atrair pessoas com qualificação para ocupar determinados cargos dentro das organizações. Esse processo deve ser abrangente e estratégico para que possa garantir o acesso aos candidatos adequados para o perfil da vaga. Conforme Silva (2013). Os modelos de recrutamento, são eles interno, externo e o misto. O recrutamento interno seleciona um profissional que já atua na empresa, baseando-se em aproveitar o capital humano interno, promovendo para cargos mais elevados e funciona como forma de reconhecer seus talentos e motivá-los. Para esse modelo de recrutamento, o anúncio ocorre com a empresa, que pode ser via intranet, quadro de avisos, entre outros, onde é divulgada a vaga e os requisitos que são necessários para a candidatura (SILVA, 2013). Já o recrutamento externo é utilizado pelas organizações como modelo tradicional, ele é voltado para candidatos externos à organização, divulgado por plataformas de busca de empregos, agências, jornais, redes sociais e outros (SILVA, 2013). Já o recrutamento misto conta com os dois métodos anteriormente citados, tem como finalidade atrair candidatos do mercado e dentro da organização. O método misto é visto como o método mais vantajoso e abrangente, desta forma torna-se um tanto mais rápida e econômica do que se for feita de uma única forma. A forma de divulgação de vagas também é mesclada (SILVA, 2013; Ferreira & Vargas, 2014). Após o método escolhido, inicia-se o próximo passo, a seleção dos candidatos recrutados. O processo de seleção busca avaliar as características apresentadas pelos candidatos durante o processo seletivo para saber se irá corresponder ao perfil exigido para preencher a vaga. Após as etapas do processo seletivo, o candidato que melhor correspondeu às técnicas utilizadas durante a seleção é classificado. Os métodos avaliativos podem ser compostos por provasde conhecimento específico, testes psicológicos, entrevistas e dinâmicas individuais ou em grupo, variando de acordo o cargo ou a política da empresa. De acordo com Pascoal (2006, p. 4), “muitas empresas afirmam que o recurso mais importante de que se depõem é seu pessoal, mas poucas são as que criam padrões para contratação, medem resultados e buscam talentos para fazer carreira e não apenas para preencher uma vaga”. O RH atualmente, junto aos demais setores administrativos, visam a redução de gasto e buscam maiores lucros para a empresa, como exemplo contrário a isso, temos o turnover, a grande Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 rotatividade de funcionários, problema que configura em prejuízo, visto que será preciso custear novas contratações e treinamentos. É visível que o processo de recrutar e selecionar candidatos permeia esforço, tempo e dinheiro, por isso a importância de um planejamento eficiente. De acordo com MCCORMICK e TIFFIN (1977), a finalidade do processo seletivo é identificar os candidatos que possuem as características que indicam que eles têm boas possibilidades de se tornarem empregados satisfatórios dentro da organização. Deve-se destacar que o processo de seleção não é um fim em si mesmo, mas um meio que possibilita à organização manejar os seus objetivos (DAVIES e SHACKLETON, 1977). Assim, todos os instrumentos utilizados no processo seletivo, sejam eles técnicas, testes ou entrevistas, visam a um mesmo fim: pré conceder qual dos indivíduos terá melhores capacidades de integração e adaptação à organização inserida. 2.3.3. PESQUISA DE CLIMA Dentro de uma organização, a pesquisa de clima pode ser considerada como um meio de garantir um diagnóstico mais preciso sobre o ambiente de trabalho, prezando a saúde mental de uma empresa em seu dia a dia. Essa ferramenta deve fazer parte do planejamento estratégico da empresa, e não apenas ser utilizado pelo RH. Contudo, cabe ao próprio profissional de gestão de pessoas mostrar o valor desse instrumento e seu impacto. Dentro da via do clima organizacional, seria o indicador de um grau de quão satisfeito estaria um membro da empresa, em relação a diferentes aspectos como a da cultura ou realidade aparente dentro de uma organização. (CODA, 1993) 2.3.4. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A avaliação de desempenho é uma ferramenta utilizada pela área de Recursos Humanos, mais especificamente pela área de gestão de pessoas, para mensurar a performance dos colaboradores ou áreas de uma empresa/organização. Ela pode ser realizada periodicamente de acordo com as necessidades da organização, com foco em melhorias e inovações. Esta metodologia envolve habilidades técnicas e comportamentais, sendo possível traçar um plano estratégico de acordo com a necessidade daquele funcionário ou time, como treinamentos, promoção, bonificação, Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 desligamento etc. Suas metas se encontram em pontos como desenvolvimento, melhorias, inovações e metas Smart (Específicas, Mensuráveis, atingíveis, relevantes, baseado em tempo) (ARMBRUST, G., 2022). Diante de um afunilado mercado competitivo, o desempenho dos trabalhadores acaba sendo uma das principais preocupações das organizações, constituindo uma peça chave para o alcance de seus objetivos estratégicos e para o desenvolvimento de uma vantagem sobre as empresas rivais. Para atingir altos índices de desempenho, um dos meios consiste em localizar indivíduos com as competências necessárias para a execução das tarefas abrangentes para a área. (BOWEN& OSTROFF, 2004); 3. METODOLOGIA A metodologia designada para o presente artigo, caracterizado como uma pesquisa bibliográfica com a intenção de demonstrar os desafios que enfrentamos na contemporaneidade, baseando-se na saúde e boas condições de trabalho direcionada ao colaborador, empresa e sociedade (PRODANOV E FREITAS (2013). De acordo com Medeiros (2000), a pesquisa bibliográfica constitui-se como fonte secundária de pesquisa, uma vez que é realizado levantamento de materiais científicos como livros e artigos. A leitura proporciona desenvolvimento da interpretação, engrandece o vocabulário e melhora a comunicação. Outra grande contribuição da leitura é melhorar o desempenho nas argumentações e nos juízos. 4.ANÁLISES E DISCUSSÕES Diante da fundamentação teórica apresentada visa-se que o artigo possui ampla complexidade de conceitos vigentes à saúde mental com relação produtividade de cada organização, cujo as experiências são diferentes de épocas em épocas, assim como exemplifica Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) sobressaindo comportamento psicossociais sobre a qualidade humana diferentes por conta da cultura de cada época. Para Schein (1982), a Psicologia organizacional pode ser reconhecida como um campo de atuação interdisciplinar que procura compreender os fenômenos organizacionais que se Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 desenvolvem em torno de um conjunto de questões referentes ao bem-estar do indivíduo porém, na contemporaneidade temos muitas falhas na comunicação para que haja a interdisciplinaridade dentro destes trabalhos multiprofissionais, ou até mesmo com a ausência de psicológicos dentro das organizações, levando em consideração que existem diversidades de indivíduos, em condições hierárquicas diferentes, o que exige do profissional um trabalho que objetiva construir uma organização benéfica entre colaborador e gestão (ZANELLI, 2002). Nesse contexto, o trabalho agregando o funcionário deve haver a visão do mesmo na organização, para que não haja uma visão mecanicista dentro do sistema que o funcionário está inserido, fugindo da finalidade que o Recursos Humanos possui apenas questões burocráticas e operacionais, como contratação, remuneração, férias e desligamento de funcionários. Colocando em pauta a visão que é necessária para o funcionário em relação a organização, é de suma importância que tenhamos pesquisas de clima para saber as demandas necessárias de cada um e consequentemente tendo resultados mais coesos em avaliações de desempenho (PAIVA et al., 2017). É importante que seja destacado o quanto os estudos sobre saúde mental nas organizações está sendo recorrido e o quanto atendido conceitualmente está este amparo, como por exemplo, Segundo Boog (2001, p. 78) o treinamento começa como uma resposta a uma necessidade ou a uma oportunidade em um ambiente organizacional, o treinamento é um amparo base de introdução à cultura organizacional e a institucionalização do indivíduo, sempre levando em consideração que problemas emocionais e/ou de saúde mental são 128% maior do que nas licenças por outras enfermidades (CLOSECARE, 2022). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que embora hoje exista uma infinidade de tecnologias que abrangem todos os negócios existentes no mercado, o capital humano ainda é o bem mais precioso de uma organização, pois é essencial para o engajamento e progresso da mesma. É comprovado que a satisfação dos colaboradores influencia de forma direta na obtenção dos resultados estabelecidos pela empresa. É possível observar, com base nos fatos apresentados, que a POT sofreu transformações significativas ao longo da história, de modo que mesmo com os desafios contemporâneos Anais do 20º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2022 ISSN 1980-7406 enfrentados a função do Psicólogo Organizacional e do Trabalho se mantém com o objetivo de estabelecer um equilíbrio entre a organização e o colaborador, visto que a relação do homem com o trabalho é essencial para a vida em sociedade. Pensar na atuação e desafios enfrentados pelo profissional da Psicologia Organizacional e do Trabalho, é pensar em uma prática não só bem fundamentada na técnica, mas também em uma prática que priorize um olhar ampliado para toda a organização e todas as relações que se estabelecem namesma. REFERÊNCIAS ASHFORD, S. & CUMMINGS, L. (1983). Feedback as an individual resource: personalstrategiesofcreaiinginformation.OrganizationalBehaviorandHuman Performance, 32 370-398. ANJOS, E. S; BATISTA, J. 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