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Literatura - Moderna Plus-763-765


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CONEXÕES
 Só dez por cento é mentira: a desbiografia oficial de Manoel Bandeira, de 
Pedro Cezar. Brasil, 2008.
Este documentário sobre a vida e a obra do poeta Manoel de Barros é um retrato cinema-
tográfico da magia criada pelo autor com seus versos. O filme alterna trechos de entrevistas 
inéditas do escritor (em que fala de seu trabalho com as palavras) com alguns versos marcan-
tes de sua obra, além de depoimentos daqueles que se declaram contagiados pela beleza dos 
poemas desse homem sensível e simples que encantou a tantos com seus “despropósitos”. 
Uma excelente oportunidade de mergulhar na personalidade “escalena” e no universo poético 
desse escritor, considerado um dos mais inovadores da língua portuguesa. 
 A pedra do reino, de Luiz Fernando Carvalho. Brasil, 2007.
Esta microssérie exibida pela TV Globo é uma sensível adaptação da obra de Ariano Suas-
suna. O diretor utilizou uma linguagem de vanguarda para contar a história de Pedro Diniz 
Ferreira Quaderna. Sua intenção declarada era a de apresentar elementos da cultura popular 
que pudessem abrir a possibilidade para novas experiências estéticas e emocionais. 
 Zuzu Angel, de Sérgio Rezende. Brasil, 2006.
A mineira Zuleika Angel Jones, ou Zuzu Angel, uma estilista de moda no auge da carreira 
e prestes a conquistar o mercado internacional, parecia passar incólume às agruras da 
repressão militar na década de 1970. Enquanto isso, seu filho Stuart, partidário das ideias 
socialistas, envolvia-se cada vez mais no movimento estudantil e na luta armada contra o 
governo da ditadura. O filme, baseado na história real desta mulher, retrata o drama de muitas 
mães brasileiras que não puderam enterrar seus filhos, mortos e torturados nos chamados 
“porões da ditadura”. As enormes diferenças ideológicas entre mãe e filho se apagam quando 
a morte de Stuart revela a Zuzu que a busca pelo restabelecimento da democracia era a 
única batalha que merecia ser travada. 
 O ano em que meus pais saíram de férias, de Cao Hamburguer. Brasil, 2006.
Em 1970, o Brasil vive o auge do regime militar com o general Emilio Garrastazu Médici 
no poder. Mas o garoto Mauro só quer mesmo é ver o Brasil tricampeão de futebol na Copa 
do Mundo no México. Um dia, inesperadamente, seus pais resolvem sair de férias e deixá-lo 
por uns tempos com o avô paterno. É neste contexto que Mauro fará a transição de seu 
mundo infantil para uma nova realidade. Analogamente ao momento político de instabilidade 
e incerteza, a “perda da inocência” deste menino se dará pela revelação das verdadeiras 
motivações das “férias” de seus pais, perseguidos políticos da Ditadura. O filme é um sen-
sível retrato dos anos 1970 e da identidade cultural brasileira, amálgama de costumes de 
vários imigrantes reunidos “num só coração”: a seleção brasileira de Pelé, Tostão e Rivellino. 
 Lisbela e o prisioneiro, de Guel Arraes. Brasil, 2003.
Baseada na obra de Osman Lins, autor contemporâneo, Lisbela e o prisioneiro é uma comédia 
romântica que conta a história de amor entre um malandro, Leléu, e uma mocinha sonhadora. 
Pressões da família, do meio social e as próprias dúvidas das personagens tumultuarão a 
aventura amorosa dos dois jovens.
 A vida como ela é, de Daniel Filho. Brasil, 2002.
Adaptação, para a televisão, de alguns dos melhores textos de Nelson Rodrigues, com 
direção de Daniel Filho. A vida como ela é reúne 40 episódios que recriam o universo rodri-
gueano: histórias de amor, mistério, traição e humor protagonizadas pelas personagens 
imortais de um dos maiores dramaturgos brasileiros. 
 O auto da compadecida, de Guel Arraes. Brasil, 2000.
Adaptação da premiada peça de Ariano Suas suna, o filme traduz para o cinema as aven-
turas de João Grilo e Chicó. Ótima comédia que traz para as telas um excelente exemplar do 
teatro brasileiro contemporâneo. 
Para assistir
Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
Filme: trecho de Lavoura arcaica, de Luiz Fernando Carvalho.
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 http://www.aliceruiz.mpbnet.com.br/index.html
Site de divulgação da obra da curitibana Alice Ruiz, que, além de ter várias publicações literárias, 
compõe com alguns importantes nomes da música brasileira contemporânea, como Arnaldo Antunes, 
Zeca Baleiro, Itamar Assumpção, entre outros. Viúva do poeta Paulo Leminski, Alice, assim como ele, 
sofreu influência literária da delicada estética japonesa dos haikais.
 http://www.arnaldoantunes.com.br/
Site oficial de divulgação da obra de Arnaldo Antunes. Na seção “Livros”, é possível visualizar alguns 
de seus poemas, com as respectivas ilustrações, além de ter acesso a resenhas sobre sua produção 
literária. Também estão disponíveis várias informações sobre seus trabalhos em artes plásticas e 
sobre seu reconhecido repertório musical.
 Rumo, Grupo Rumo. Gravação independente de 1981. 
Relançado em CD pelo selo Trama, 2004.
Primeiro álbum do grupo, fundado em 1974 por alunos da Escola de Comunicação e Artes da USP 
(entre eles os irmãos Luiz e Paulo Tatit), que marcou presença na chamada “vanguarda paulistana” 
dos anos 1980 (cujos principais representantes eram Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé). Através 
de arranjos inusitados e de interpretações bem-humoradas que valorizam o ritmo e a musicalidade da 
fala cotidiana, o Rumo revela uma lírica acentuadamente urbana. Destaque para as faixas “Carnaval 
do Geraldo” e “Ah!”.
 Todo dia é dia D, de Torquato Neto. Dubas Musica/Universal Music, 2002.
Disco-homenagem a um dos poetas brasileiros mais inovadores e controversos da segunda metade 
do século . Nana Caymmi, Maria bethânia, Luiz Melodia, entre outros aclamados nomes da MPb, 
criaram melodias para os poemas de Torquato Neto. Dada a versatilidade dos versos, o disco consegue 
reunir faixas que marcaram o Tropicalismo, com Gilberto Gil; a música brasileira mais engajada dos 
anos 1960, com Edu Lobo; e até a Bossa Nova, com Nara Leão. 
 Jogos de armar, de Tom Zé. Trama, 2000.
Tom Zé, legítimo artífice do movimento conhecido por Tropicalismo, refaz os caminhos do nacio-
nalismo crítico neste CD, que, de certa forma, reedita aquele momento da história da cultura em 
nosso país. Sarcasmo e lirismo, regidos pela intenção popular de Tom Zé, possibilitam um contato 
alternativo com a construção de um painel contemporâneo dos caminhos da música brasileira desde 
o surgimento do Tropicalismo. 
 Quinteto Armorial e Sete flechas, do Quinteto Armorial. Série 2 em 1. EMI, 1999.
Nascido em 1970, no interior da proposta idealizada por Ariano Suassuna através do Movimento 
Armorial (que também abarcava as artes plásticas e literárias, e tinha como principal objetivo criar 
arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste), o Quinteto Armorial traçou um 
diálogo entre o cancioneiro folclórico medieval e os cantadores nordestinos e seus instrumentos 
tradicionais. Apesar de produzir música instrumental de alta qualidade, o Quinteto durou apenas dez 
anos e fez ao todo quatro discos.
Recentemente, a produção de A pedra do reino (também de Ariano Suassuna) na televisão brasilei-
ra incluiu, em grande parte de sua trilha sonora (lançada em CD duplo), muitas músicas do Quinteto 
Armorial. 
 Tropicália ou Panis et Circencis, vários artistas. Universal Music, 1992.
Este CD representa o nascimento do movimento tropicalista. Lançado em plena ditadura militar, 
Tropicália é o resultado da parceria entre Caetano Veloso e Gilberto Gil, que dividem o álbum com Os 
Mutantes, Tom Zé, Gal Costa e Nara Leão. Manifesto da revolução cultural, musical e comportamental 
que caracterizará o Tropicalismo, este CD foi um dos motivos da perseguição e do exílio que sofreram 
Caetano e Gil.
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 Destino: poesia, vários autores, organização 
de Italo Moriconi. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. 
Esta coletânea, organizada por Italo Moriconi, reúne 
alguns dos principais nomes da poesia dos anos 1970. 
Os versos de Ana Cristina César, Cacaso, Paulo Leminsky, 
Torquato Neto e Waly Salomão povoam as páginas dessa 
antologia e representam, de formas distintas, o espírito 
da poesia da chamada “Geração marginal”. Vivendo em 
uma época marcada pela repressão política e pela con-
testação, cada um desses poetas, com sua produção 
estética, dá uma resposta utópica e criativa ao contexto 
histórico-cultural que vivenciaram.
 64 contos de Rubem Fonseca, de Rubem 
Fonseca. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Livro que reúne uma seleção de textos de um dos 
maio res contistas brasileiros contemporâneos. Com 
seus temas centrados em situações marcadas pela 
violência e pelo erotismo, Rubem Fonseca afirmou-se 
como escritor desse gênero com contos como “Os pri-
sioneiros”, “Feliz Ano Novo” e “Passeio noturno”, dentre 
tantos outros por ele criados. 
 Antologia: meus contos preferidos, 
de Lygia Fagundes Telles. 
Rio de Janeiro: Rocco, 2004. 
Organizada pela própria autora, essa antologia reúne 
31 dos seus contos preferidos, como o título indica. A 
cada narrativa, o leitor mergulha no universo ficcional 
de Lygia, em histórias marcadas, na sua maior parte, 
pelo mistério. 
 Jack Kerouac, o rei dos beatniks, 
de Antonio Bivar. São Paulo: Brasiliense, 2004.
Se as primeiras gerações modernistas foram influen-
ciadas pela cultura europeia, após a Segunda Guerra 
a produção literária nacional passou a ler os norte- 
-americanos com mais frequência e entusiasmo. Entre 
as influências, está Jack Kerouac, um dos principais no-
mes da chamada geração beatnik. Em Jack Kerouac, o rei 
dos beatniks, Antonio Bivar investiga a vida e a obra do 
escritor americano e seu entusiasmo pela palavra solta 
e pelo pensamento franco.
 Bagagem, de Adélia Prado. 
Rio de Janeiro: Record, 2003.
Obra de estreia da autora, este livro reúne os primei-
ros poemas que fizeram de Adélia Prado uma das vozes 
femininas mais conhecidas e respeitadas da poesia 
brasileira atual. 
 Boa companhia: poesia, vários autores. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2003. 
Antologia que reúne autores de diversas gerações 
e tendências da poesia brasileira atual. São dezesseis 
poetas contemporâneos, com textos inéditos que vão 
do coloquialismo ao formalismo, das estruturas mais 
inovadoras às mais tradicionais. Ferreira Gullar, Armando 
Freitas Filho, Chacal e Eucanaã Ferraz são alguns dos 
nomes que compõem esta obra, revelando os caminhos 
da produção poética de nossos tempos. 
 Boa companhia: contos, vários autores. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2003. 
Este livro apresenta contos de vários escritores bra-
sileiros contemporâneos. Heloísa Seixas, Moacyr Scliar, 
Ana Miranda, dentre outros autores, narram histórias 
sobre medos, alegrias, dúvidas e descobertas, compondo 
um excelente retrato da prosa produzida nesse gênero 
literário na atualidade.
 O conto brasileiro contemporâneo, 
de Alfredo Bosi. 14. ed. 
São Paulo: Cultrix, 2002. 
Ampla coletânea da produção nacional de contos mais 
recentes, elaborada pelo renomado professor de litera-
tura da Universidade de São Paulo, Alfredo Bosi. Entre 
os nomes selecionados, estão Autran Dourado, Osman 
Lins, Lygia Fagundes Telles, José J. Veiga, João Antônio 
e Murilo Rubião.
 Como e por que ler a poesia brasileira do 
século XX, de Italo Moriconi. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
Este livro é uma espécie de guia, em linguagem aces-
sível, que fornece aos leitores um panorama da poesia 
brasileira do século XX e aproxima-os dos versos e au-
tores significativos do período. 
 O melhor teatro de Gianfrancesco Guarnieri, 
de Décio de Almeida Prado. 
São Paulo: Global, 2001. 
Livro que apresenta as mais significativas peças 
produzidas por um dos nomes mais fortes do teatro 
brasileiro da atualidade. Um grito parado no ar, Ponto de 
partida, A semente e Eles não usam black-tie — o texto 
mais conhecido do autor — permitem ao leitor tomar 
contato com a obra de Gianfrancesco Guarnieri e sua 
importância para o teatro nacional. 
 Verdade tropical, de Caetano Veloso. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1997. 
O livro escrito por Caetano Veloso, um dos represen-
tantes do Tropicalismo, é uma mistura de autobiografia, 
memórias, histórias e ensaio. Além de relatar fatos mar-
cantes de sua carreira e episódios de sua vida pessoal, 
como a prisão em 1968 e o exílio em Londres, Caetano 
enfoca a música popular brasileira. Em Verdade tropical, 
ele conta e interpreta a história do Tropicalismo e reflete 
sobre questões políticas, culturais e sociais que surgi-
ram nas décadas de 1960 e 1970.
Para ler e pesquisar
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