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IMPACTO DA NOVA LEGISLAÇÃO NA CONVIVÊNCIA FAMILIAR JAMILY KAWANY ALVES BESERRA 01512743 DIREITO É constitucional o Direito de permanência na Escola1, sendo até mesmo principio para condução de uma construção de uma sociedade justa, livre e solidária pilares elencados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos2. A garantia de acesso e permanência na escola implica que todos têm o direito de entrar na instituição, sem qualquer tipo de discriminação, e não podem ser impedidos de permanecer depois de terem entrado. O acesso à escola não pode ser negado a nenhuma criança ou adolescente. Todos têm o direito de se matricular em escolas públicas ou particulares. Se houver recusa sem motivação, isso configura uma infração penal. O artigo 6º da Lei nº. 7716/89 define como crime a recusa, negação ou impedimento da inscrição ou entrada de um aluno em qualquer escola pública ou privada, com uma pena de privação de liberdade de três a cinco anos. Ainda a o que se falar a respeito desta disposição, sendo esse preceito regrado infraconstitucionalmente no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente, especificamente no art. 53, inciso I, o qual preceitua que é assegurada a toda criança e adolescente a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Sendo o legislador, sensível para este fim tão importante para sociedade. O ato de estudar não apenas configura a inclusão do indivíduo em uma instituição, mas também auxilia o seu crescimento e desenvolvimento pessoal. Após a família, a escola é um importante núcleo comunitário a ser frequentado pela pessoa. É o local onde crianças e adolescentes estabelecem suas primeiras relações de companheirismo, amizade, conflitos, descobertas da sexualidade, amor e raiva. Dessa forma, a importância da permanência no âmbito Escolar da criança e do adolescente é crucial para o seu desenvolvimento como um todo, gerando compromisso com toda a sociedade, desde os primeiros incentivos que geralmente iniciam no núcleo familiar e até os programas incentivadores do próprio Estado, como o Programa Pé de Meia (Programa que concede incentivos financeiros para estudantes de baixa renda matriculados no Ensino Médio no ano de 2024, com frequência regular e aprovação no ano letivo) que foi recém-criado, e regulamentado pelo Ministério da Educação, como uma medida, a titulo subjetivo, da permanência regular dos jovens na escola. O artigo 53 do ECA, dispositivo já citado nessa redação, ainda elenca o direito de organização e participação em entidades estudantis (inciso IV). Direito que desempenha um papel crucial no desenvolvimento dos alunos, tanto no aspecto educacional quanto no social. Essas entidades proporcionam aos estudantes um espaço onde podem exercer sua autonomia, expressar suas opiniões e se engajar em atividades que promovam o bem-estar coletivo. Sendo uma oportunidade valiosa para 1 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 2 "O acesso à educação é um direito humano fundamental que deve ser garantido a todos, sem exceção, e é um dos principais pilares para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva." - Declaração Universal dos Direitos Humanos. os alunos desenvolverem habilidades de liderança e trabalho em equipe como fim educacional. Ademais, o inciso V reserva o direito ao acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica3. Sendo essa redação extremamente importante para o usufruto de uma Educação Básica e gratuita garantida pelo Estado. Podendo ainda relatar a respeito da importância da convivência familiar no contexto educacional, permitindo que irmãos possam estudar juntos, compartilhando experiências e fortalecendo seus laços afetivos. A presença de irmãos no mesmo ambiente escolar pode criar um senso de segurança e pertencimento, contribuindo para o desenvolvimento emocional e social das crianças e adolescentes. Leva-se também em consideração a facilidade para as famílias, em colocarem os filhos nas mesmas escolas, tendo um impacto econômico baixo relevante, ponto importante também, se a residência for próxima à criança. Nesse aspecto, a síntese da fundamentação em barca no artigo 53 e seus incisos, possibilitando a junção de interesses, princípios, e direitos em uma só redação. Elucidando a importância da Educação na vida de crianças e adolescentes, e o impacto que estas garantias manifestam em nosso cotidiano. Fazendo jus aos pilares da Declaração Universal dos Direitos Humanos supracitados. 3 LEI Nº 13.845, DE 18 DE JUNHO DE 2019. Dá nova redação ao inciso V do art. 53 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), para garantir vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.