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ANÁLISE ECONOMICA E FINANCEIRA
29/03/2019 Dr.João Pires 
29/03/2019 Dr.João Pires 
29/03/2019 Dr.João Pires 
ACORDO DIDÁTICO 
 Pontualidade;
 Assiduidade;
 Agilidade para se deslocar para as atividades de 
grupo;
 Cumprimento das tarefas/participação;
 Autonomia e disciplina para estudar;
 Não fazer barulho durante a aula;
 Desligar o celular;
 Participar nas aulas.
29/03/2019 Dr.João Pires 
FINANÇAS EMPRESARIAIS E O ADMINISTRADOR 
FINANCEIRO
De acordo com Gitman (2000, p. 8), Finanças 
pode ser definido como 
"a arte e a ciência de administrar fundos.
Praticamente, todos os indivíduos e organizações
obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou
investem. Finanças ocupa-se do processo,
instituições, mercados e instrumentos envolvidos
na transferência de fundos entre pessoas,
empresas e governos".
Segundo o mesmo autor
“O campo das finanças é amplo e dinâmico, e
afecta directamente a vida das pessoas e das
organizações”
“A direcção financeira é a responsável pela
formulação da política financeira da empresa. É
ela que coordena as actividades da tesouraria, da
análise contabilístico-financeira e do controlo de
custos,
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DECISÕES FINANCEIRAS
Investimentos
A preocupação primordial diz respeito à avaliação
e escolha de alternativas de aplicação de recursos
nas actividades normais da empresa.
Consiste ainda num conjunto de decisões que
visam oferecer à empresa a estrutura ideal em
termos de activos – fixos e correntes – para que
os objectivos da empresa como um todo sejam
atingidos.
Financiamento
O que se deseja fazer é definir e alcançar uma
estrutura ideal em termos de fontes de recursos,
dada a composição dos investimentos.
À administração financeira resta captar os
recursos necessários para financiar essa estrutura
de investimento ao mais baixo custo possível.
29/03/2019 Dr.João Pires 
AS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO
Nas micro e pequenas empresas a função de
finanças pode ser executada pelo proprietário,
por um dos sócios ou pelo departamento de
contabilidade.
Quando o negócio se expande, normalmente a
função ocupa um departamento separado que se
relaciona directamente com presidente,
As três principais funções do Administrador 
Financeiro 
 Análise e planeamento financeiro; 
 Administração da estrutura de activos da 
empresa; 
 Administração da estrutura financeira.
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CONT.
Análise e planeamento financeiro
Consiste em planear as despesas e receitas
financeiras, bem como as fontes e as condições gerais
dos financiamentos, exige um profundo conhecimento
do mercado financeiro e da economia internacional.
Administração da estrutura financeira da empresa
Esta função está relacionada com o lado direito
do balanço da empresa.
Em primeiro lugar, a composição mais adequada
de financiamento a curto e longo prazo precisa
de ser determinada.
Um segundo problema igualmente importante é
saber é de, quais são as melhores fontes de
financiamento a curto ou longo prazo para a
empresa, num dado momento.
Muitas destas decisões são impostas por
necessidade, mas algumas exigem uma análise
profunda das alternativas disponíveis, dos seus
custos e das suas implicações a longo prazo.
29/03/2019 Dr.João Pires 
ADMINISTRAÇÃO DA ESTRUTURA DE ACTIVOS DA 
EMPRESA
O Administrador Financeiro determina a composição e os tipos de activos encontrados no balanço da 
empresa. 
A composição refere-se ao valor dos activos circulantes e fixos. O Administrador Financeiro 
precisa de determinar certos níveis “óptimos” de cada tipo de activo circulante e tentar mantê-los. 
Deve também detectar quais são os melhores activos fixos a serem adquiridos e saber quando os activos
fixos existentes se tornarão obsoletos e precisarão ser modificados ou substituídos. 
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OBJECTIVOS DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO
 O principal objectivo do Administrador Financeiro, deve ser o de atingir os objectivos dos
proprietários da empresa;
 No caso de sociedades anónimas, os proprietários da empresa normalmente não são os
administradores;
 Se for bem sucedido, acaba também por satisfazer os seus objectivos pessoais, que podem significar a
obtenção de prestígio, um aumento salarial, a manutenção da sua posição, etc.
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CONT.
ROSS & Westerfield e Jordan (1998),
"o objectivo da administração financeira, numa sociedade por acções, é maximizar o valor corrente de
cada acção existente".
Maximizar riqueza é, além do lucro, a geração de valor.
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A ANÁLISE ECONOMICA E FINANCEIRA DAS 
EMPRESAS
29/03/2019 Dr.João Pires 
O QUE É?
EXAME/DIAGNÓSTIMO/ANÁLISE
29/03/2019 Dr.João Pires 
O QUE É AFINAL? 
 A análise das informações obtidas através das demonstrações financeiras, com o intuito de compreender e
avaliar aspectos como:
 a capacidade de pagamento da empresa através da geração de caixa,
 capacidade de remunerar os investidores gerando lucro em níveis compatíveis com as suas expectativas,
 nível de endividamento,
 motivo e qualidade do endividamento,
 políticas operacionais e seus impactos na necessidade de capital de giro da empresa e diversos outros
factores que atendam ao propósito do objectivo da análise.” (SILVA, 1995, ).
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Segundo Assaf (2007) “a análise financeira visa relatar, com base nas informações fornecidas pelas
empresas, a posição económico-financeira actual, as causas que determinaram a evolução apresentada e
as tendências futuras”.
Conforme Silva (2007), “Um dos principais objectivos da análise financeira é o fornecimento de subsídio
para a tomada racional de decisão de concessão de crédito e de investimento, a partir de informações de boa
qualidade”.
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Para Iudícibus (1998, p.20) a análise das demonstrações financeiras “é a arte de saber extrair relações úteis, para
o objectivo económico que tivermos em mente, dos relatórios contabilísticos tradicionais e das suas extensões
e o seu detalhe, se for o caso”.
Podemos, então, concluir que os registos contabilísticos que as empresas elaboram periodicamente são a
fonte dos dados para o processo de realização das Demonstrações Financeiras que, quando analisadas,
permitem detectar os pontos fortes e fracos da sua actividade, assim como as suas potencialidades. Desta
forma, constituem um importante auxílio para a tomada de decisão.
Segundo Iudícibus (1998 p.49), “análise de balanços é uma arte, pois apesar das técnicas desenvolvidas, não há
nenhum critério ou metodologia formal de análise válidos nas diferentes situações e aceites unanimemente
pelos analistas”.
29/03/2019 Dr.João Pires 
29/03/2019 Dr.João Pires 
A análise de económica e financeira, visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a
posição económico-financeira actual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras.
Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura
(projectada) de uma empresa.” (Assaf Neto, 2002):
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OBJECTIVOS USUÁRIOS 
OBJECTIVOS
Historicamente os primeiros interessados em análises financeiras das empresas foram os bancos.
 Hoje são muitos os utilizadores desta ferramenta, quer seja para conhecer a rentabilidade do
capital investido nas organizações e o grau de solvência para o cumprimento de suas obrigações,
ou para avaliar o desempenho das entidades, de acordo com interesses específicos.
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Utente Utilidade da Informação
Investidores Avaliar o retorno do investimento.
Auxiliar na tomada de decisão sobre comprar, deter ou vender.
Determinar a capacidade da empresa de pagar dividendos.
Empregados Avaliar a capacidade da entidade de proporcionar emprego, remuneração e benefícios de reforma.
Financiadores Determinar a capacidade da entidade em solver, dentro do prazo, os compromissos com eles assumidos:empréstimos e juros.
Fornecedores e outros credores Determinar se as quantias que lhes são devidas serão pagas dentro do prazo.
Avaliar a capacidade da entidade em operar de forma continuada, caso estejam dependentes da entidade.
Clientes Avaliar a capacidade da entidade em operar de forma continuada, caso hajam assumido compromissos de longo prazo com a 
entidade ou dela estejam dependentes.
Governo e seus Departamentos Avaliar a capacidade de alocação de recursos.
Regulamentar a actividade das entidades.
Estabelecer políticas de tributação.
Servir de base ao apuramento do Rendimento Nacional e de Estatísticas semelhantes.
Público Ajudar a avaliar a utilidade da entidade em diversos níveis como por exemplo a capacidade de emprego e de desenvolvimento de 
negócios como cliente.
USUÁRIOS 
29/03/2019 Dr.João Pires 
A NECESSIDADE DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA
 Os relatórios de análise devem ser elaborados como se fossem dirigidos a leigos, ainda que não o sejam,
isto é, a sua linguagem deve ser inteligível por qualquer dirigente de nível médio de empresa, gerente de
banco ou gerente de crédito".
 Convém realçar aqui a necessidade de se te informação financeira, mais real e concreta possível, para desta
forma tomar decisões de acordo com as necessidades da empresa.
 Convém realçar aqui a necessidade de se te informação financeira, mais real e concreta possível, para desta 
forma tomar decisões de acordo com as necessidades da empresa.
29/03/2019 Dr.João Pires 
A IMPORÂNCIA DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA
29/03/2019 Dr.João Pires 
 Segundo António Borges e Azevedo Rodrigues (2002), afirma que “(...) a informação constitui um
“activo intangível” conducente à criação de conhecimento, factor cada vez mais determinante no
desenvolvimento e sucesso das empresas”.
 A informação está, cada vez mais, a assumir um papel decisivo. O aumento da competitividade,
principalmente no actual processo de globalização dos mercados, exige uma gestão dinâmica e
eficaz nas empresas. Logo, para uma gestão moderna é indispensável o factor informação.
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS
 Os indicadores precisam ser, além de compreendidos, inter-relacionados, pois um relatório de
análise deve ser integrado. Deve mostrar que as partes formam o todo e que somente a partir do
todo podemos tirar conclusões que venham a ajudar no processo de tomada de decisão.
 As Notas Explicativas, que acompanham as demonstrações financeiras com o objectivo de
complementá-las, facilitam a interpretação, uma vez que relatam os critérios adoptados pela
empresa para a avaliação dos elementos patrimoniais, a composição do saldo de algumas contas, os
métodos de depreciação e outros factores.
29/03/2019 Dr.João Pires 
IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE FINANCEIRA
 A análise economia e financeira, é extremamente importante para a evolução positiva das
empresas, uma vez que através desta análise é possível extrair informações importantes sobre a
posição económica e financeira de qualquer organização.
 Os analistas tiram conclusões a partir de dados relevantes, como por exemplo, se a empresa
analisada num determinado momento é credível ou não, se a mesma tem capacidade de
cumprir com as suas obrigações que sejam de curto médio ou longo prazo, se está a ser bem
administrada, se a sua rentabilidade satisfaz as expectativas dos investidores, se irá falir ou se
continuará operacional, entre outros factores.
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DOCUMENTOS TRADICIONAIS DE SUPORTE ANÁLISE 
ECONÓMICA E FINANCEIRA
Balanço patrimonial 
Demonstrações de resultados 
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Designação Exercícios
2xxx 2xxx-1
ACTIVO
Activos não correntes
Imobilizações corpóreas…………………….
Imobilizações incorpóreas…………………..
Investimentos em subsidiárias e associadas
Outros Activos financeiros……………………
Outros Activos não correntes………………..
Activos correntes
Existências…………………………………….
Contas a receber……………………………..
Disponibilidades………………………………
Outros Activos correntes…………………….
Total do Activo……………
CAPITAL PROPRIO E PASSIVO
Capital Próprio:
Capital…………………………………………
Reservas………………………………………
Resultados transitados………………………
Resultados do exercício…………………….
PASSIVO
Passivo não corrente
Empréstimos de médios e longos prazos…….
Impostos diferidos…………………………….
Provisões para pensões……………………..
Provisões para outros riscos e encargos…..
Outros passivos não correntes………………
Passivo corrente:
Contas a pagar………………………………..
Empréstimos de curto prazo…………………
Parte cor. Dos emp. Médio e longo prazo…
Outros passivos correntes…………………...
Total do capital próprio e passivo
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Exercícios
Designação Notas
2XXX 2XXX-1
Vendas. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 22
Prestações de serviço... ... ... ... ... ... ... . 23
Outros proveitos operacionais... ... ... ... ... ... 24
Variações nos produtos acabados e produtos em vias de fabrico 25
Trabalhos para a própria empresa... ... ... ... ... 26
Custo das mercadorias vendidas e das matérias-primas e subsidiárias consumidas... ... ... ... ... 27
Custos com o pessoal... ... ... ... ... ... ... . 28
Amortizações... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 29
Outros custos e perdas operacionais... ... ... ... ... ... ... ... 30
Resultados operacionais:
Resultados financeiros. ... ... ... ... ... ... ... ... ... 31
Resultados de filiais e associadas... ... ... ... ... 32
Resultados não operacionais... ... ... ... . 33
Resultados antes de impostos:
Imposto sobre o rendimento... ... ... ... ... ... ... 35
Resultados líquidos das actividades correntes:
Resultados extraordinários... ... ... ... ... ... ... ... 34
Imposto sobre o rendimento... ... ... ... ... ... ... 35
Resultados líquidos do exercício... ... . 29/03/2019 Dr.João Pires 
O BALANÇO
 De acordo com Basso (2005),
“O Balanço Patrimonial pode ser entendido como uma representação quantitativa e sintética dos elementos
que compõem o património de uma entidade numa determinada data, revelando a sua posição financeira e
patrimonial estática, isto é, da data do seu levantamento.”
 Na opinião de (Crepaldi 1999)
O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que, em dado momento, apresenta de forma sintética e ordenada, as
contas patrimoniais agrupadas de acordo com a natureza dos bens, direitos ou obrigações que representam e
tem por finalidade apresentar a situação patrimonial em dado momento.
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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
29/03/2019 Dr.João Pires 
 Na opinião de Iudícibus (1998), “A demonstração de resultados do exercício é um resumo ordenado das receitas
e despesas da empresa em determinado período”.
 A DRE tem como finalidade exclusiva de apurar lucro ou prejuízo do exercício; depois, esse resultado é
transferido para lucros ou prejuízos acumulados. Englobam as receitas, as despesas, os ganhos e as perdas do
exercício, apurados por regime de competência, independentemente de seus pagamentos e recebimentos.
(ASSAF NETO; SILVA, 2008)
PADRONIZAÇÃO E ACTUALIZAÇÃO DAS 
DEMONSTRAÇÕES
Silva (2008) destaca que a padronização das demonstrações tem por objectivo trazer as demonstrações para um padrão,
para que as mesmas sejam apresentadas da mesma forma para facilitar o entendimento”
a) Simplificação 
b) Comparabilidade 
c) Adequação aos objectivos da análise 
d) Precisão nas classificações das contas 
e) Descoberta de erros 
f) Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa.
g) Balanços excessivamente sintéticos sem possibilitar o conhecimento das principais contas; 
h) Recebimento de balancetes sem apuramento dos estoques e do custo da mercadoria ou do produto vendido; 
i) Recebimento de duas versões diferentes das demonstrações de um mesmo exercício
Segundo Assaf Neto (2002), a análise de balanços é não somente desenvolvida por meio de aplicações de
técnicas, mas também orientada, em grande parte, pela sensibilidade e experiência do analista.
Existem vários métodos e técnicasde análise, que iremos desenvolver no decorrer das aulas, mas as mais
conhecidas são:
 análise horizontal,
 análise vertical e
 análise através de índices ou rácios.
TÉCNICAS DE ANÁLISE 
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ANÁLISE VERTICAL
É um processo comparativo, expresso em percentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou 
grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo.
De acordo com Matarazzo (2003, p. 249), os objectivos da análise vertical são “[...] mostrar a importância 
de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com 
padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens 
fora das proporções normais.” 
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ANÁLISE HORIZONTAL 
Tem como principal objetivo evidenciar o crescimento ou a redução de itens dos demonstrativos
financeiros e económicos ao longo dos exercícios sociais para caracterizar tendências.
De acordo com Matarazzo (2003, p. 250), os objectivos da análise horizontal são “[...] mostrar a evolução
de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre
a evolução da empresa.”
É efetuada tomando-se por base dois ou mais exercícios financeiros – preferentemente todos expressos
em moeda constante e em valores monetários da mesma data – com a finalidade de observar a evolução
ou involução dos seus componentes.
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RÁCIOS
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Em análise economia e financeira utiliza-se com frequência uma técnica que consiste em estabelecer 
relações entre contas e agrupamentos de contas do Balanço e da Demonstração dos Resultados.
Estas relações têm muitas denominações – rácios, índices, coeficientes, indicadores, etc.
Os rácios não são um fim em si mesmos nem dão respostas, são apenas um instrumento de apoio que 
permite sintetizar uma grande quantidade de dados e comparar o desempenho económico e financeiro das 
empresas e a sua evolução no tempo.
Podem ser: económicos, financeiros e ou económicos e financeiros
EQUILIBRIO FINANCEIRO
Para tomar decisões financeiras é necessário avaliar e interpretar a situação económica
e financeira da empresa.
Esta análise da situação financeira da empresa manifesta-se mediante a analise do
equilíbrio financeiro, autonomia financeira, solvabilidade e ciclo de exploração.
Para Baptista e Andrade (2004), a existência de equilíbrio financeiro é considerado
vital para se aferir da estabilidade económico-financeira da empresa
29/03/2019 Dr.João Pires 
Cont.
O conceito de equilíbrio financeiro de é usado para estudar a adequação do financiamento a estratégia de
investimento e a gestão do ciclo de exploração.
Mediante esta análise patrimonial, o equilíbrio financeiro poderá alcançar-se através das seguintes
situações:
No médio e longo prazo, quando os capitais permanentes, são equivalentes ao investimento em activos fixos,
englobando o imobilizado corpóreo e incorpóreo e os investimentos financeiros, possuindo um baixo
grau de liquidez.
Quando tal premissa não se verifica, a empresa encontra-se num desequilíbrio financeiro, estando a financiar
investimentos de exigibilidade superior a um ano com capitais de curto prazo.
29/03/2019 Dr.João Pires 
Conceitos 
 Fundo de Maneio- Fração de capital necessária ao financiamento do ciclo de exploração
FM= Capitais permanentes –Activo fixo
FM= Activo Corrente-Passivo corrente
 Necessidades de Fundo de Maneio – esta ligada a necessidade de financiamento do ciclo de exploração.
NFM= Necessidades cíclicas – Recursos cíclicos
 Tesouraria liquida TRL - A premissa da tesouraria líquida advém da diferença entre o fundo de maneio 
funcional e as necessidades de fundo de maneio. 
FM-NFM >=0
Equilíbrio Financeiro exige sempre que TRL>=0
Alternativamente pode o rácio de analise de liquidez o seguinte:
Liquidez = FM/NFM
ACTIVO FIXO
FUNDO DE MANEIO
CAPITAIS PERMANENTES
BALANÇO FUNCIONAL 
Nº RUBRICAS ANO 1 ANO 2 ANO N
1 Capitais Próprios 116.501.034.239,00 
2 Capitais Alheios estáveis 5.670.000.000,00 
3 Capitais Permanentes (1+2) 122.171.034.239,00 
4 Activo Fixo 40.037.526.333,00 
5 Fundo de Maneio (3-4) 82.133.507.906,00 
6 Clientes 239.205.662.573,00 
7 Existências 77.451.619.232,00 
8 Estado e outros entes públicos (a receber) - 
9 Necessidades Cíclicas (6+7+8) 316.657.281.805,00 
10 Fornecedores 251.481.158.557,00 
11 Estado e outros entes públicos (a pagar) 0
12 Recursos Cíclicos (10+11) 251.481.158.557,00 
13 Necessidades em Fundo de Maneio (9-12) 65.176.123.248,00 
14 Tesouraria Líquida (5-13) 16.957.384.658,00 
BALANÇO FUNCIONAL
29/03/2019 Dr.João Pires 
INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAIS 
Todo o momento, a empresa toma decisões de usos de recursos como repor um estoque, vender a
prazo, manter recursos em caixa, etc. Tomam tambem decisões do tipo: ampliar a capacidade de
produção, adquirir máquinas e equipamentos e/ou aumentar suas instalações; modernizar a capacidade
produtiva atual pela aquisição de equipamentos de alta tecnologia.
Ao estudar essas alternativas, a empresa deverá decidir qual a fonte de recursos ideal para cada
necessidade. Cada uma das fontes tem o seu custo (implícito ou explícito) e suas limitações.
29/03/2019 Dr.João Pires 
Cont. 
Fonte Própria – Recursos dos sócios e acionistas. Esta fonte tem limitação de recursos e, além disso, recebe
outras demandas de investimentos que não a empresa. A sua decisão será ponderada em termos de retorno do
capital investido no mercado financeiro ou em suas empresas, dos dois o melhor.
Fonte de terceiros ligados à sua actividade – financiamento de fornecedores de mercadorias e/ou
equipamentos. Esta fonte também possui suas limitações de recursos e não pode protelar o recebimento dos
seus créditos. (Passivo Circulante Cíclico).
Fontes de terceiros do mercado financeiro – financiamento total ou parcial da necessidade não financiada
pelas fontes anteriores. Estas têm suas limitações a nível de clientes em razão da sua política de crédito e nível
de assunção de riscos. (Passivo Circulante Financeiro).
29/03/2019 Dr.João Pires 
PCT- Participação de capital de terceiros 
Este indicador demonstra a origem dos recursos adquiridos pela empresa (capital de terceiros e
capital próprio) e o grau de dependência em que a mesma se encontra.
Passivo total
PCT = ----------------x 100
Capital próprio
Quando esse indicador for igual a 100%, indica que os capitais de terceiros são iguais aos capitais
próprios;
Se o resultado for maior do que 100%, indicará a predominância de capitais de terceiros e,
Se for menor do que 100%, mostrará que os capitais próprios superam as obrigações com terceiros.
Interpretação: Quanto menor este índice melhor
Endividamento geral 
Este índice revela o grau de endividamento total da empresa. Expressa a proporção de recursos
de terceiros que financia o activo e, complementarmente, a fração do activo que é financiada pelos
capitais próprios.
Passivo total
EG = ----------------x 100
Activo total
A análise desse indicador por diversos exercícios mostrará a política de obtenção de
recursos da empresa, se mantem grande dependência de capitais de terceiros ou utiliza
capitais próprios e em que proporção.
Interpretaçao: os X% do activo é financiado por terceiros
Interpretação: quanto menor melhor
29/03/2019 Dr.João Pires 
Imobilização do capital próprio 
29/03/2019 Dr.João Pires 
 Activo Permanente 
ICP = -------------------x 100 
 Capital Próprio 
Este rácio mostra quanto do património líquido (PL) foi aplicado no activo imobilizado, ou seja em
bens não líquidos, como por exemplo, edifícios, terrenos, etc.
Um elevado grau de imobilização do capital próprio pode comprometer a liquidez daempresa,
além de gerar lucros fictícios em períodos inflacionários.
Segundo Matarazzo (2010), os recursos oriundos do património líquido, são destinados para o activo circulante e
para o activo permanente da empresa, sendo que é preciso achar a equação ideal, a empresa pode se tornar mais
dependente de capital de terceiros quando a mesma usa a maioria dos seus recursos próprios para aplicar no seu
activo permanente.
Interpretação: Quanto menor melhor para a empresa.
5.4 - Imobilização de Recursos Permanentes
Composição do Endividamento – CE
É uma medida de qualidade do passivo da empresa, indica quanto da dívida total da empresa deverá ser paga
no curto prazo. Compara o montante da dívida no curto prazo com o endividamento total.
Admite-se que, quanto mais curto o vencimento das parcelas exigíveis, maior será o risco oferecido pela
empresa. De outra forma, empresas com endividamento concentrado no longo prazo, principalmente
decorrente de investimentos efetuados, oferecem uma situação mais tranquila no curto prazo.
Interpretaçao : Quanto menor melhor
29/03/2019 Dr.João Pires 
PASSIVO
CE = ------------------------------ X 100
PASSIVO TOTAL 
Solvabilidade
Este indicador avalia a capacidade da empresa para fazer face aos seus compromissos com terceiros, a médio
e longo prazo
Com este rácio obtêm-se indicações sobre o risco que os credores correm em resultado dos créditos
concedidos à determinada empresa
29/03/2019 Dr.João Pires 
CAPITAIS PRÓPRIOS 
SOLVABILIDADE = ----------------------------------------- >= 1/3
ACTIVOTOTAL 
CAPITAIS PRÓPRIOS 
SOLVABILIDDE = ----------------------------------------- >= 0,5
PASSIVO TOTAL 
RÁCIOS DE RENTABILIDADE (ANÁLISE DA ATIVIDADE E RETORNO)
Avaliam a performance da empresa em função das decisões tomadas, ou seja, avaliar o
desempenho final da empresa.
A rentabilidade é, então, o reflexo das decisões adoptadas pelos administradores, e expressa
objectivamente o nível de eficiência e o grau do êxito econômico-financeiro atingido.
Todos os rácios índices de rentabilidade devem ser considerados:
Quanto Maior, Melhor
29/03/2019 Dr.João Pires 
Rotação do Activo – RA (Giro do Ativo - GA)
29/03/2019 Dr.João Pires 
Vendas
RA = ------------------------x 100
Activo Total
Não é um rácio essencialmente de rentabilidade, é de actividade, o seu estudo constitui-
se num aspecto importante para o entendimento da rentabilidade do investimento.
A relação mostra a eficiência no uso de recursos.
Cada decisão de aplicação no activo da empresa deve refletir positivamente na sua
actividade, que, no caso, é medido pela relação com o volume de vendas (total de
vendas).
Cont.
O rácio indica quantas vezes rodou, durante o período, o activo total da empresa, ou seja,
comparando o faturação com o investimento total indica quantas vezes a empresa conseguiu
“vender o seu ativo” no período.
Analisando a situação actual e comparando-a com as de exercícios anteriores, pode-se medir a
evolução ou involução da produtividade da empresa em decorrência das decisões de uso e
recursos.
29/03/2019 Dr.João Pires 
Margem Líquida de Lucro – ML 
Retorno sobre as Vendas – RV
Lucratividade das Vendas – LV
29/03/2019 Dr.João Pires 
RL/RO
RV = -----------------------------x 100
Total das vendas
Esta relação mostra o resultado líquido das vendas da empresa quanto à gestão de
receitas, dos custos e despesas;
Reflete o proveito da empresa em cada unidade de venda, ou o percentual de lucro
que a empresa obtem em relação ao volume de vendas;
Cont. 
Pode ser que a empresa consiga colocar satisfatoriamente seus produtos no mercado, mas não
obtenha resultados finais compensadores, ou seja, a empresa vendeu a qualquer preço ou a
qualquer custo para manter-se no mercado.
Deve-se atentar para a possibilidade de existência de valores expressivos relativos a despesas
ou receitas não operacionais no apuramento do resultado liquido, factor que deve ser
considerado na análise do rácio
29/03/2019 Dr.João Pires 
Rentabilidade dos activo-Investimentos – RI 
Return on Investiment - ROI
29/03/2019 Dr.João Pires 
R. operacional /R. Liquido
ROI=RA = --------------------------------------------- x 100
Activo Total
Este rácio reflete o quanto a empresa obtém de Resultado liquido/resultado
operacional (resultado antes das receitas e despesas) em relação ao seu
investimento total.
Rentabilidade do capital próprio-RCP 
Return Equity - ROE
29/03/2019 Dr.João Pires 
RL/RO
RCP = --------------------x 100
CAPITAL PRÓPRIO
Conhecido também como retorno sobre o capital próprio, mede a remuneração dos
capitais próprios investidos na empresa, ou seja, quanto foi acrescentado em
determinado período ao patrimônio dos sócios. Indica quanto de prêmio os acionistas
ou proprietários da empresa estão obtendo em relação aos seus investimentos no
empreendimento.
Cont. 
29/03/2019 Dr.João Pires 
Do ponto de vista de quem investe numa empresa este deve ser o rácio mais importante.
Permite, além de avaliar a remuneração do capital próprio, analisar se esse rendimento é
compatível com outras alternativas de aplicação.
O investidor pode, por exemplo, optar por uma aplicação no mercado financeiro e não na
empresa que está oferecendo baixo rendimento.
ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA NÃO CONVENCIONAL 
(AVANÇADA)
RÁCIOS DE FUNCINAMENTO
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 Os indicadores de Prazos Médios, também conhecidos como rácios de actividade e
rotação, indicam a dinâmica de algumas verbas do patrimônio, isto é, quantos dias elas levam
a rodar girar durante o exercício (rotação).
 Na análise tradicional, se diz que pelo estudo dos Ciclos procura-se verificar os usos e
fontes de recursos da empresa decorrente de sua actividade normal.
 Os três ciclos estão descritos a seguir e devem ser analisados sempre em conjunto.
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Ciclos
 Ciclo Econômico – CE: é aquele que inicia com a compra da matéria prima ou com os
custos e despesas relacionados com as operações, antes da compra, e encerra-se com a
venda do produto fabricado ou com as despesas relacionadas com as operações após a
venda;
 Ciclo Financeiro - CF: tem início com o primeiro desembolso e termina, geralmente com
o recebimento da venda ou, ainda, começa com o desembolso de custos ou despesas e
encerra com o recebimento da venda;
 Ciclo Operacional - CO: inicia-se com o ciclo econômico ou o ciclo financeiro, o que
ocorrer primeiro e encerra-se simultanemente com o ciclo econômico ou com o ciclo
financeiro, o que ocorrer por último.
 Em condições normais o ciclo operacional a soma é o prazo de rotação dos Stocks e o
prazo de recebimento da venda.
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Cont, ciclos
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CICLO OPERACIONAL – CO
Indica o tempo decorrido entre o momento em que a empresa adquire as matérias-primas ou
mercadorias e o momento em que recebe o dinheiro relativo às vendas
CO = PMR + PMRS
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Ciclo Financeiro – CF
 Desta forma, a apuração do CF – Ciclo Financeiro orienta a análise quanto ao prazo que
a empresa tem que aguardar, com recursos próprios ou captados de terceiros, para suprir
suas necessidades de produção, Stock, venda e recebimento, descontando-se a única fonte
natural que é o prazo dado pelos fornecedores para o pagamento das matérias-primas,
materiais, etc.
 Em períodos inflacionários e de elevadas taxas de juros, a empresa deve encurtar ou esse
Ciclo com medidas do tipo produzir e vender mais rapidamente seus produtos, receber
mais rapidamente seus títulos e negociar co fornecedores para pagar suas matérias-primas
ou mercadorias no prazo mais longo possível.
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Ciclo Financeiro – CF
É o tempo decorrido entre o instante do pagamento aos fornecedores pelas
mercadorias adquiridas e o recebimento pelas vendas efetuadas. Período em
que a empresa necessita ou não de financiamento complementar do seu ciclo
operacional.
co
CF = PME + PMR - PMP ou CF = CO+ PMP
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Ciclo financeiro
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co 
CF = PMR+PMRS - PMP ou CF = CO + PMP 
Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa
• Ciclo são medidas de prazos ocorridas com seus 
Ativos.
Prazo médio 
Rotação dos 
Stoks
Recebimentos 
das Vendas
Pagamento 
das Compras
Prazo Médio de Recebimento das Vendas 
PMRV =
Clientes Médios 
X 360P
Vendas
DP 
Dias de Período
Ex. 
30/60/90/180/360
Vendas = Receita bruta de vendas
Prazo Médio de Pagamento das Compras
PMPC =
Fornecedores
X 360
Compras
DP 
Dias de Período
Ex.30/60/90/180/360
Valor das compras do 
período
Prazo Médio de Rotação dos Stoks
PMRS =
Stock Médio 
X 360
CMV
DP 
Dias de Período
Ex. 
30/60/90/180/360
CMV
Custo das Mercadorias Vendidas
ANÁLISE DO RISCO OPERACIONAL E FINANCEIRO
Grau de alavanca operacional
O grau de alavanca Financeiro
O Grau da alavanca combinado
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Conceito físico
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“Dê-me uma 
alavanca e um ponto 
de apoio, e eu 
moverei o mundo”.
Arquimedes de Siracusa, matemático, 287 e 212 aC
ALAVANCAGEM
No mundo dos negócios, alavancagem é o método que utiliza recursos de terceiros com o 
fim de aumentar a taxa de lucros sobre o capital próprio. Portanto, o estudo da 
alavancagem financeira ou operacional procura evidenciar a importância relativa dos 
recursos de terceiros, na estrutura de capital de uma empresa. 
A alavancagem é o conceito que define o grau de utilização de recursos de terceiros para 
aumentar as possibilidades de lucro, aumentando consequentemente o grau de risco da 
operação.
Costuma-se dividir a alavancagem em três tipos básicos de alavancagem: operacional e 
financeira: 
A alavancagem operacional é determinada pela relação entre as receitas de vendas da 
empresa e seu resultado operacional 
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GAO- Grau de alavancagem operacional
Alavancagem operacional é a variação obtida no resultado operacional, a partir de uma
variação no volume das receitas, considerando-se o efeito dos custos fixos. De modo geral, um
aumento no volume das receitas será acompanhado por um aumento no volume dos custos
variáveis.
Entretanto, os custos fixos vão se manter inalterados. Logo, a variação do resultado
operacional será mais que proporcional à variação das vendas.
O Grau de Alavancagem Operacional é a capacidade que a empresa possui, de acordo com a
sua estrutura de custos fixos, para implementar um aumento nas vendas e gerar um
incremento ainda maior nos resultados, ou, para diminuir as vendas e produzir uma redução
maior nos resultados.
Este indicador, é determinado pelo montante de Custos Fixos existentes na estrutura de
resultados dos vários departamentos operacionais da empresa.
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Cont.
O grau de alavancagem operacional – GAO, entre dois períodos é apurado através da
aplicação da seguinte fórmula: Sempre que essa relação resultar em um número maior que “1,
há alavancagem operacional.
Quanto maior for o Grau de Alavancagem Operacional, maiores serão os riscos, pois o
Resultado Operacional ficará muito sensível a qualquer variação nas vendas, tanto para mais
como para menos.
Em épocas de dificuldades de vendas, a empresa sentirá fortemente os reflexos.
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Alavancagem operacional
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Vendas 80 100 120
(-) custos Variáveis 40 50 60
(=) Margem de contribuição 40 50 60
(-) Custos fixos 40 40 5 40
Resultado operacional 0 10 20
Variação - 20% +20%
GAO= MC/RO 50/10=5
MS= RO/MC 10/50=0,2 ou 20%
Preço de venda - Pv 150,00 
Custo variavel-Cv 80,00 
Custo fixo CF 400.000,00 
-10% Normal 10%
Quantidade Qty 8.100,00 9.000,00 9.900,00 
Juros 35.000,00 
Imposto 35%
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Dados da empresa Só negativas: Lda
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Variação -10 10
Vendas 1.215.000,00 1.350.000,00 1.485.000,00 
Custo Variavel 648.000,00 720.000,00 792.000,00 
Margem de Contribuiçao 567.000,00 630.000,00 693.000,00 
Custos Fixos 400.000,00 400.000,00 400.000,00 
Resultado Operacional 167.000,00 230.000,00 293.000,00 
Variações 27,39 - 21,50 - 27,39 
Perante estes resultados pode-se dizer que, em cada 1% de variação nas vendas, denota-
se uma variação mais do que proporcional do resultado operacional.
No caso, uma variação de 10% nas venda, resulta de uma variação de 27,39 % no
resultado operacional.
2,74 2,74GAO= Variaçao RO/ Variação das vendas
Alavancagem Financeira é a prática de se captar recursos de terceiros para financiar investimentos.
A sua importância está na relação que deve existir entre o RO-Resultado operacional e o resultado
liquido
Quanto mais dívidas uma empresa tiver, mais frágil é a sua estrutura financeira, isso porque os seus
compromissos de pagamentos de juros são constantes (fixos), qualquer que seja o seu lucro
operacional.
O que quer dizer que, em uma situação de retração de mercado as vendas decrescem mas o
montante dos juros se mantêm no nível de vendas máxima.
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Portanto, quanto maior for o comprometimento dos lucros da empresa com “custos
financeiros fixos”, incorre cada vez mais no perigo de não ser capaz de efecuar esses
pagamentos. Se, por um lado, um maior endividamento pode se constituir em maior produção,
venda e lucro, por outro pode significar um aumento do risco financeiro, representado pela
pressão dos pagamentos de juros.
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Variação -10 10
Vendas 1.215.000,00 1.350.000,00 1.485.000,00 
Custo Variavel 648.000,00 720.000,00 792.000,00 
Margem de Contribuiçao 567.000,00 630.000,00 693.000,00 
Custos Fixos 400.000,00 400.000,00 400.000,00 
Resultado Operacional 167.000,00 230.000,00 293.000,00 
Variações 27,39 - 21,50 - 27,39 
Juros 35.000,00 35.000,00 35.000,00 
RAI 132.000,00 195.000,00 258.000,00 
Imposto 46.200,00 68.250,00 90.300,00 
Resultado Liquido 85.800,00 126.750,00 167.700,00 
Variaçoes 32,31 - 32,31 
29/03/2019 Dr.João Pires 
1,18 1,18 GAF= variação RL/ Variaçao RO
Perante estes resultados pode-se dizer que, em cada 1% de variação do resultado operacional, provoca uma variação
na ordem de 32,31 do resultado liquido da empresa.
Alavancagem financeira
ATÉ A PROXIMA SEMANA
29/03/2019 Dr.João Pires