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ARA0373 - PSI SOCIAL - RESUMO - AV, AVA2 e AVS

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PSICOLOGIA 
SOCIAL
Profª Anna Amélia Freitas
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
T1 - EPISTEMOLOGIA E PESQUISA EM PSICOLOGIA SOCIAL
 PSICOLOGIA SOCIAL - estuda a relação entre o indivíduo e seu meio social, sendo este agente ativo e sofrendo os impactos que o meio pode causar em 
seus comportamentos, sendo o sujeito produtor e produto da história. Tem como proposta o estudo da avaliação a da interdependência entre cada indivíduo 
e como os estímulos externos interferem em seu comportamento (emoções e cognições). Propõe diversos assuntos a serem estudados e analisados, 
com diferentes tipos de abordagens metodológicas, avaliando o objeto de estudo para orientar a melhor metodologia.
 CIÊNCIA - até o século XVIII, entendia-se que a ciência detinha o poder de construir uma verdade sobre a “vida real”. Concepção que se impôsàs 
Ciências Sociais nas primeiras décadas do século XX. Traz a ideia de que existia um método único científico, ao qual todas as ciências deveriam se 
ajustar e que os processos psicológicos eram passíveis de experimentação, objetivação e generalização.
 EUA - a base foi a Psicologia norte-americana, com forte experimentação na concepção do objeto e nas estratégias metodológicas dosprocessos 
sociais. Objetivava entender de forma lógica a influência recíproca entre os objetos estudados e os comportamentos.
 CRÍTICA AO MODELO DE CIÊNCIA PREDOMINANTE - definindo a pesquisa como algo maior do que o senso comum, um recurso que possui 
vários métodos de produzir conhecimento e história de suas legitimações.
 EUROPA - final dos anos 1960, críticas incisivas à Psicologia Social norte-americana (caráter ideológico).
 PAÍSES DA AMÉRICA LATINA - tinham sua base inserida nos ensinamentos da Psicologia Social norte-americana, a crítica estava associada àdistância 
dos estudos à realidade social.
 CRISE EM PSICOLOGIA SOCIAL - após a década de 1970, dada justamente pelo questionamento da hegemonia da forma de conceber a ciência,tanto no 
objeto quanto nos objetivos e estratégias metodológicas. Revela uma Psicologia Social básica e outra aplicada (utilidade social).
 INEXISTÊNCIA DE NEUTRALIDADE NO EXPERIMENTALISMO - o sujeito é um agente ativo de conhecimento. Visão de mundo e de homem comoproduto e 
produtor da história vai de encontro à ideia de gerar um conhecimento neutro.
 OBJETO DE ESTUDO - cenários históricos, sociais, econômicos e culturais dos sujeitos examinados.
PRECURSORES DA PSICOLOGIA SOCIAL
T1 - EPISTEMOLOGIA E PESQUISA EM PSICOLOGIA SOCIAL
PSICOLOGIA SOCIAL é uma nova área em 1908 (McDougall – bases instintivas, eugenia e Ross – imitação, sugestão, simpatia):
 Charles Darwin (1859) – teoria da evolução
 Herbert Spencer (1870) – nações e grupos étnicos classificados pelos graus de desenvolvimento: poder, organização e capacidade de 
adaptação.
 Wilhelm Wundt – psicologia dos povos - associa a mente a um fenômeno histórico, um produto da cultura e da linguagem de um povo. 
Traz a Psicologia científica, com o método experimental (das ciências naturais). Tempos depois, percebe limitações e divide a Psicologia em 
Experimental (comportamento observável) e Volkerpsychologie (psicologia dos povos - processos mentais superiores), o desenvolvimento 
individual depende do contexto mental (constituído por linguagem, costumes e crenças). Para ele, Psicologia dos Povos não poderia ser 
estudada em laboratório uma vez que a cultura, base dos estudos da Psicologia dos Povos, era inatingível do ponto de vista experimental 
(ambiente artificial) necessitando de outra abordagem como a observação.
 Émile Durkheim (1898) – sentimentos privados se tornam sociais quando ultrapassam o indivíduo e se associam em representação da 
sociedade (espécie de determinismo do social sobre o indivíduo).
 Gabriel Tarde (1890) – leis da imitação, a vida social tem como estrutura básica a imitação. Comportamento individual é decorrente das 
influências recíprocas entre as consciências em um contexto de interações espontâneas.
 Gustav Le Bon (1895) – o indivíduo que se junta à uma massa, perde suas características pessoais e autonomia, e passa a ser regido por 
características do grupo (associação psíquica independente de seus membros que perdem a identidade e passam a compartilhar um 
caráter grupal).
 Morton Prince (1921) - lança a jornal que publica experimentos da Psicologia Social até 1965.
 Floyd Allport (1924) – behaviorista – grupo como aglomerado de indivíduos.
 Thurstone (1927) – a Psicologia Social passa a ser considerada ciência (mensuração das atitudes e método experimental.
 AUTORES DE DESTAQUE NACIONAL (crise de 1970) – Martin Baró, Aroldo Rodrigues, Silvia Lane.
PRECURSORES DA PSICOLOGIA SOCIAL
T1 - EPISTEMOLOGIA E PESQUISA EM PSICOLOGIA SOCIAL
1930 e 1940 – positivismo lógico, todo conhecimento precisa ser verificado e deveria se submeter 
à aplicação do método hipotético-dedutivo da física.
 Teoria da frustração-agressão – agressividade decorre de frustração e frustração leva a 
agressividade
 Miller e Dollard - Teoria da aprendizagem por imitação p aprendizagem ocorre quando a 
imitação do comportamento é reforçada
1939 a 1945 - 2ª guerra (Século XIX - Alemanha) – mudança de concepção do behaviorismo 
(comportamento) para gestalt (percepção):
 Muzar Sheriff – fatores que determinam a formação e a permanência das normas sociais.
 Kurt Lewin – pesquisas sobre clima grupal, acreditava que o grupo tem dinâmica própria. Teoria 
do campo (fatores ambientais e cognitivos determinam o comportamento – relações de 
interdependência), experimento de campo, pesquisa-ação.
 Fritz Heider – teorias de atribuição e teoria de consistência cognitiva.
 Solomon Arch – percepção e impressão de pessoas, construção de um todo sobre elas.
1950, 1960, 1970 – processos cognitivos e percepção social ganham força nas pesquisas de Leon 
Festinger com a TEORIA DA DISSONÂNCIA COGNITIVA – estado moticional em que as pessoas 
percebem a existência de uma contradição entre dois elementos da cognição e tendem a procurar 
uma coerência em suas crençase percepções. Ex.: duas crenças sobre o mesmo objeto ou situação 
não são coincidentes (contraditórias). A dissonância tem um efeito psicológico negativo e a pessoa 
tenderá a eliminá-la para restabelecer a congruência. 1970 – queda do positivismo lógico acelerou 
a crise do Behaviorismo, ganham espaço as TEORIAS DA ATRIBUIÇÃO (Cognição Social.
Curiosidade - 1971 – Zimbardo, pesquisador nos EUA realizou um experimento polêmico no qual 
simulou numlaboratório (ambiente artificial) as condições de uma prisão (com estudantes atuando 
como cárceres e prisioneiros). Tal experimento inspirou o filme nacional ”O Experimento”.
 Necessidades sociais se tornaram críticas a um 
modelo tradicional, conhecido como PSICOLOGIA 
SOCIAL PSICOLÓGICA (processos intraindividuais), 
a crise na Psicologia Social, questionando 
aspectos da tradição, como bases conceituais e 
metodológica.
 Abordagens surgiram para compreender o 
processo de construção da subjetividade, 
utilizando a interdisciplinaridade com outras 
ciências que tratam do ser humano em diferentes 
contextos sociais. Assim, a Psicologia Social sofre 
influência da Sociologia, da Antropologia, da 
Filosofia e do contexto históricos.
 O modelo experimental das ciências naturais era 
a metodologia de confiabilidade cientifica. A 
Psicologia e sua ramificação social tentaram se 
enquadrar nesse modelo positivista, porém 
correntes teóricas da Psicologia Social, o 
criticavam por não levar em consideração a ação 
do homem em seu grupo social, nem o contexto 
sócio-histórico. Com isso, na década de 1970, 
enfrentamos uma crise.
 A nova vertente de pensamento, foi dado o nome 
de PSICOLOGIA SOCIAL SOCIOLÓGICA (processos 
interindividuais), que tem como o cerne o estudo 
das experiências sociais que cada um de nós 
adquire, a partir de nossas participações nos mais 
diferentes grupos sociais com que nos 
relacionamos.
PSICOLOGIA SOCIAL SOCIOLÓGICA E PSICOLÓGICA
T2 – ABORDAGENSEM PSICOLOGIA SOCIAL
 A PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLÓGICA, assume princípios 
metodológicos da Psicologia (neobehavioristas e gestaltistas)
 América Latina - desenvolvimento da Psicologia Social, maior 
compromisso com a realidade social de seus países, propostas 
mais voltadas ao trabalho com comunidades e com a mudança 
social. Aportes da Psicologia Social da liberação e da Psicologia 
Social comunitária (maior contribuidor Ignácio Martín-Baró).
 A obra de Baró foi orientada para os problemas sociais existentes 
na américa latina (temas: aglomeração, machismo, fatalismo, 
saúde mental, violência e guerra), voltada para a construção 
crítica da realidade social, abandonando o método hipotético-
dedutivo da epistemologia para um realismo crítico. Propõe 
substituir a concepção universalista por um modelo contextual, 
histórico e sociológico, compromissado com as classes 
marginalizadas, a partir de uma Psicologia Social crítica e 
libertadora, o conhecimento da realidade não pode ser nem 
universal nem atemporal.
 Psicologia Social comunitária acredita que os problemas têm 
sua origem na estrutura social em que se situam, e o seu 
enfoque está em intervir psicossocialmente para promover uma 
mudança na situação desses grupos.
 Na PSICOLOGIA SOCIAL SOCIOLÓGICA, estuda como os 
fenômenos que surgem nos diferentes grupos, interagem com 
as pessoas com estes grupos. Ross define a Psicologia Social
como parte da Sociologia, deveria ignorar as uniformidades no
comportamento determinadas por fatores biológicos e se 
concentrar somente nas uniformidades, com explicações em
causas sociais. Autores formados pela Escola de Chicago,
núcleo de ciências sociais dos EUA (ausência de orientação 
predominante, diversidade teórica e metodológica). Thomas 
contribuiu com metodologia com diversas fontes de dados e 
caráter empírico do conceito de atitude. Mead, crítico do 
individualismo (enfoque característico da Psicologia na época), 
propôs que a experiência individual fosse tratada do ponto de 
vista da sociedade. Indivíduo como agente ativo diante das 
influências do meio. INTERACIONISMO SIMBÓLICO - visa à 
compreensão de como os indivíduos interpretam os objetos e as 
pessoas com as quais interagem e como tal processo conduz o 
comportamento individual em situações específicas.
 1960 - estudos dos processos microssociológicos, originaram as 
correntes psicossociológicas (teoria do intercâmbio de George 
Homans, Sociologia fenomenológica de Schutz, enfoque 
dramaturgo de Goffman e a etnometodologia de Garfinkel).
PSICOLOGIA SOCIAL NO BRASIL
T2 – ABORDAGENS EM PSICOLOGIA SOCIAL
 Até os anos 1970, o Brasil, assim como a maioria do mundo, sofria 
influências da Psicologia Social Psicológica norte-americana, que 
tinha o brasileiro Aroldo Rodrigues como maior representante. 
Rodrigues se opunha às novas vertentes que estavam surgindo na 
Psicologia Social brasileira dos anos 1970/80, por terem intenções 
políticas e não teóricas ou metodológicas. Em contrapartida a esse 
grupo (visão tradicionalista da Psicologia Social Psicológica -
vertente única), em 1970 outro grupo de psicólogos sociais 
voltava-se ativamente ao movimento de ruptura com o modelo 
tradicional. Silvia Lane (1933 – 2006) estava à frente deste 
movimento contra o modelo norte-americano, acreditava que a 
Psicologia Social deveria transformar a realidade social, e envolver 
aspectos críticos e políticos da disciplina.
 Um marco importante foi a fundação da Associação Brasileira de 
Psicologia Social (ABRAPSO), preocupa-se com a redefinição do 
campo da Psicologia Social, acreditava que o ser humano é um 
produto histórico-social, agente sobre a sociedade em que vive e 
incentivava o viés voltado à realidade social brasileira.
 Na década de 1980 surgem os cursos de pós-graduação em 
Psicologia Social, com diversas linhas de pesquisa, uma 
multiplicidade de paradigmas e tendências, e um aumento na 
produção científica brasileira em Psicologia Social.
A história não é estática, nem imutável, o que leva a sociedade a 
transformações fundamentalmente qualitativas. A Psicologia Social procura 
inserir o ser humano nesse processo, como um produto histórico-social e 
na direção dos movimentos críticos e políticos (a partir de 1970, em franco 
regime militar), surgem três abordagens:
 PSICOLOGIA SOCIO-HISTÓRICA - Propõe ênfase no contexto sócio-
histórico e cultural, preconizada por Vygotsky, concebendo o ser 
humano como produto histórico e social de seu tempo, e a sociedade 
como resultado da produção histórica por meio do seutrabalho, 
transmitindo uma visão crítica e metodológica.
 PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA - Preocupa-se, problematiza e renova os 
problemas sociais, desenvolvendo um saber autônomo, crítico (sobre 
si e sobre a realidade social) através da expressão e debate, 
contrapondo ideias utilitaristas e dicotômicas. A atuação do psicólogo 
deve ser capaz de produzir novos olhares conceituais e compreender 
os fenômenos sociais, afastando pressupostos teóricos adaptacionistas 
e formas de intervenção baseadas em posições de poder.
 PSICOLOGIA SOCIOCOGNITIVA - Estuda o conteúdo das representações 
mentais e os mecanismos implícitos ao processamento de informações 
sociais, dando ênfase em como asimpressões, as crenças e as cognições 
são formadas em relação aos estímulos sociais e como estas afetam o 
comportamento.
PSICOLOGIA COGNITIVA
T2 – ABORDAGENS EM PSICOLOGIA SOCIAL
 Estuda a forma pela qual as pessoas percebem, aprendem, 
lembram e pensam sobre informações. Seu objeto de 
estudo implica em entender a relação entre o que as 
pessoas pensam, o que sentem e como se comportam.
 ORIGEM: 1ª metade do Século XX, época em que prevaleciam 
duas correntes de pensamentos na Psicologia: Psicanálise, 
voltada para o estudo do inconsciente e o Behaviorismo, 
destaca-se o estudo de Skinner (1904-1990), voltado a descrever 
(e não em explicar) o comportamento. Não se preocupava com o 
que ocorria dentro do organismo (organismo vazio). Bandura 
(1925-2021) e Rotter, em princípio behavioristas, diferentes de 
Skinner, questionaram a negação dos processos mentais ou 
cognitivos. Preconizavam uma aprendizagem social ou uma 
abordagem sociobehaviorista, apoiando-se em um pensamento 
mais amplo em direção a um movimento cognitivo.
 A PSICOLOGIA COGNITIVA se diferencia do BEHAVIORISMO:
a. Estuda o comportamento via processos mentais;
b. Tolman (1886-1959), pioneiro da psicologia cognitiva, afirma 
que todo o comportamento era dirigido a algum objetivo 
(propósito).
c. Miller (1920-2012) e Neisser (1928-2012) acrescentaram um 
centro de pesquisa, marco da psicologia cognitiva.
 Fatores cognitivos são observados, analisados por psicólogos 
pesquisadores: teoria da atribuição, teoria da dissonância cognitiva, 
motivação, emoção, personalidade, aprendizagem, memória, 
percepção. No processamento da informação na tomada de decisões, 
na solução de problemas (psicologia clínica, comunitária, educacional 
e organizacional), há ênfase nos fatores cognitivos. O processo de 
socialização do ser humano é composto por uma constante coleta e 
troca de informações realizadas por meio de diferentes estímulos 
sociais (pessoas, classe, família, escola, instituições), os quais, quando 
processados, levam a julgamentos. Três tópicos podem ser 
considerados centrais para a psicologia social: cognição social, 
atitudes e processos grupais.
 Cognição social (estudo de como as pessoas fazem inferências sobre 
informações obtidas no meio social, como percebem, interpretam, 
representam e se lembram de informações sobre elas mesmas e os 
demais e como tais inferências são formadas e afetam o 
comportamento). Fundamentada no processamento da informação e 
em processos cognitivos (atenção, percepção, memória e o 
julgamento), influenciados por tendenciosidades, esquemas sociais 
(estímulos transformados em informações, representadas em forma 
de estrutura mental, organizadas e armazenadas em classes na 
memória. Ex.: profecias autorrealizadoras), heurísticas(atalhos para 
o conhecimento da realidade social) e automatismos 
(comportamento exibido inconscientemente).
ESQUEMAS SOCIAIS, CRENÇA E ATITUDE
T3 - COGNIÇÃO SOCIAL
 Os esquemas sociais são postos em prática ou ativados por meio de 
processos conhecidos como primazia e priming: PRIMAZIA 
(informações recentes que são capazes de ativar um esquema, 
refere-se ao fenômeno em que prestamos mais atenção às
informações que nos sãos apresentadas em primeiro lugar. Ex.: esse 
fenômeno pode ser associado ao impacto que sofremos com as
primeiras impressões). PRIMING - maneira como um primeiro 
estímulo afeta as respostas que um indivíduo apresenta a estímulos
subsequentes, de modo inconsciente e automático, podendo alterar 
nosso julgamento e nossas avaliações). Outros elementos são as 
HEURÍSTICAS (atalhos mentais) e a CONSTRUÇÃO DE CATEGORIAS.
 A heurística pode ser de representatividade (considera a 
semelhança entre os objetos), ponto de referência (usa como 
parâmetro de referência, si próprio), de falso consenso (acredita que
um posicionamento seu é compartilhado com os demais).
 A crença é uma afirmação qualquer feita por um indivíduo, tendo 
como origem a própria experiência e sendo esta afirmação aceita
por pelo menos um indivíduo. O indivíduo resiste mais fortemente
a mudar crenças relevantes (centrais) do que as superficiais
(construídas a partir da interação social), como, as opiniões.
Crenças são produtos da experiência direta do homem com o
meio. Podem ser primitivas, derivadas,
(consenso 100% e 0), de autoridade e inconsequentes. As crenças e 
atitudes têm como alicerce 4 processos: cognitivos (pensar), 
emocionais (sentir), comportamentais e sociais. As 
comportamentais e as sociais implicam interagir com as outras 
pessoas.
 A atitude é uma ideia carregada de emoção que predispõe um 
conjunto de ações para um grupo específico de situações sociais e 
pode ser definida como avaliações gerais e duradouras que oscilam 
de um extremo positivo a um negativo dos objetos presentes no 
mundo social, o que compreende pessoas, grupos e 
comportamentos (composta de cognições e afetos). A década de 
1930 foi marcada pelo desenvolvimento das escalas de medida de 
atitude, os psicólogos sociais se preocuparam em determinantes 
das atitudes. Em 1940, os resultados dessas investigações foram 
publicados. Conhecer as atitudes de uma pessoa permite fazer 
suposições a respeito de seu comportamento. Para cada um de 
nós, as atitudes exercem funções específicas, ajudam a formarmos 
uma ideia mais estável da realidade. Componentes Atitudinais - A 
atitude é composta por um componente cognitivo (crenças e 
outros componentes, é necessário que se tenha alguma 
representação cognitiva do objeto antes que se tenha uma atitude 
em relação ele), afetivo (sentimento pró ou contra determinado 
objeto social. Somente a atitude tem esse componente, crenças e 
opiniões não o têm), comportamental (o papel das atitudes sociais 
na determinação do comportamento é criar um estado de 
predisposição à ação e derivar em um comportamento).
VALORES E A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
T3 - COGNIÇÃO SOCIAL
 VALORES são categorias gerais portadoras de componentes 
cognitivos, afetivos e predisponentes de comportamento, 
diferenciando-se das atitudes pela generalidade. Um valor pode 
conter uma infinidade de atitudes. O valor religião envolve 
atitudes em relação a Deus, à igreja, aos dogmas, aos modos dos 
encarregados dos deveres da igreja, etc.
 A Teoria de Valores e Tipos Motivacionais originou-se em uma 
vasta pesquisa transcultural. Os valores são objetivos ou metas 
trans situacionais, variam em relevância, convicções morais e 
orientam a vida das pessoas. Os tipos motivacionais de valores 
são listados e organizados em uma hierarquia, de acordo com a 
relevância de sua função e de seus efeitos práticos, psicológicos, 
sociais para os sujeitos: benevolência, universalismo, 
autodeterminação, segurança, conformidade, realização, 
hedonismo, estimulação, tradição e poder.
 Representações Sociais (processo que intercambiava a 
percepção e o conceito) – Serge Moscovici (1925-2014) pensou 
tal teoria sem ter tido contato com a Psicologia Social Cognitiva. 
Dialoga com a Antropologia, Sociologia e História. Tal teoria tem 
como função dar sentido ao desconhecido, convertendo o não 
familiar em algo familiar. Os processos de ancoragem (inserção 
do fenômeno não familiar em um conjunto de categorias e 
imagens familiares, de forma que possa ser interpretado,
colocando-as em um contexto comum) e objetivação (transformar o 
que é abstrato em algo concreto e, com isso, possa ser tocado) são 
usados como apoio. No tocante às Representações Sociais, temos 
dois tipos de universos de pensamento: universo reificado (lado 
científico do pensamento, no qual são definidos o certo e o errado, 
verdadeiro e falso, o nível de participação é determinado pelo nível 
de qualificação da fonte. Existe uma objetividade, uma lógica e uma 
metodologia) e universo consensual (atividades intelectuais da 
interação social cotidiana, encontra-se em constante movimento e é 
composto pelas representações sociais).
 ABRIC e colaboradores propuseram a Teoria do Núcleo Central (a 
representação social se dispõe em torno de um núcleo central e de 
elementos periféricos. O núcleo central é o elemento principal da 
representação, com o objetivo de organizar e dar sentido a ela. Os 
componentes periféricos (são mais flexíveis e móveis, aceitam as 
contradições e a diversidade grupal, possibilita se ajustar à realidade 
concreta e à diferença de conteúdo. Os componentes periféricos 
têm as funções de possibilitar o ajuste de grupos e indivíduos a 
certas situações e proteger a estabilidade do núcleo central).
 Os estereótipos se destacam pela sua importância na compreensão das
relações de dominação, exploração e segregação. São bons preditores
do comportamento social, permitindo inferir a probabilidade de
ocorrência de comportamentos em grupos sociais. Base do
preconceito, de crenças feitas sobre grupos ou pessoas, consistem em
esquemas ou representações mentais sobre grupos sociais. Interferem
ativamente no processo de formação de impressões e percepção, 
responsáveis pela integração de informações, avaliação e pelas formas
com que o percebedor interpreta os indivíduos que o rodeiam. 
Observamos diferenças entre estereótipo (agrupamento e 
categorização das pessoas que consideramos semelhantes em algum
aspecto), preconceito (revela-se por meio de comportamentos hostis 
contra indivíduos pelo fato de os mesmos fazerem parte de um grupo 
socialmente desvalorizado) e discriminação (com base no preconceito,
discriminamos).
 É importante para os pesquisadores da cognição social a observação
e o estudo da interação social. Para que haja interação, é necessário 
que as pessoas se percebam mutuamente. Somos guiados por
processos psicossociais, princípios gerais, responsáveis por
administrar nossa percepção dos indivíduos que nos cercam: com 
base em um número de informações, as pessoas geram impressões 
das outras; as impressões são embasadas em aspectos considerados 
relevantes; tendemos a catalogar estímulos e incluir as pessoas
em grupos com características conhecidas, nossas necessidades e 
objetivos afetam a forma pela qual percebemos os outros.
 As principais fontes de informação que utilizamos ao formar uma 
impressão são: aparência física (traços físicos, forma de vestir, tendemos
a atribuir particularidades positivas a pessoas atraentes, e negativas a 
pessoas menos atraentes); comportamento não verbal (gestos, 
posturas, olhares, posição corporal no espaço, tom de voz, ritmo e 
inflexões. Quanto maior o nosso interesse em alguém, mais
competentes somos na interpretação); categorização (atribuição de 
características do grupo ao qual a pessoa pertence - sexo, raça, faixa 
etária, tipo de profissão). Os estereótipos mantidos por nós acerca dos
vários grupos sociais proporcionam uma visão das pessoas a eles
pertencentes como confirmadoresdeles.
 Ao processarmos as informações recebidas dos indivíduos, somos 
influenciados por esquemas sociais. Bruner e Tagiuri (1954), afirmam 
que formulamos, em relação a outras pessoas, uma Teoria Implícita de 
Personalidade (associamos traços e esperamos correspondência entre
eles e essas pessoas. Características positivas são normalmente
atribuídas às pessoas de quem gostamos e negativas são atribuídas a 
quem não gostamos. Organizamos um esquema social, ao sermos
apresentados a alguém, de forma imediata, ativamos os esquemas 
associados à profissão, ao gênero, ao grupo étnico, na impressão que 
formamos dessa pessoa).
ESTEREÓTIPO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO
T3 - COGNIÇÃO SOCIAL
INDIVÍDUO, FENÔMENO SOCIAL
T4 – IDENTIDADE E RELAÇÕES SOCIAIS
 Um indivíduo pode incluir aspectos: estruturais biológicos, 
genéticos e fenotípicos; comportamentais públicos (atividades 
fisiológicas, expressões faciais e corporais, ações motoras e 
verbais); privados (sensações, necessidades, emoções, 
pensamentos. Esses traços nos ajudam a enxergar e gostar (ou 
não) dos nossos aspectos físicos e comportamentais.
 Cada indivíduo é único, singular, possui um conjunto de 
características, reunindo-as e concentrando-as de um jeito 
único. Conceito de subjetividade (indivíduo singular, único, 
peculiar na reunião de atributos físicos e comportamentais).
 Fenômenos sociais abrangem percepções, crenças, valores,
ideologias expressas nos discursos e práticas, mantidos por
gerações entre os membros de um grupo. Isso diferencia o
indivíduo do coletivo e o transforma (tempo e gerações).
 A identidade é um conjunto de conceitos identificatórios das 
características e atributos de um indivíduo, tanto 
idiossincráticos (incomuns), peculiares, singulares e exclusivos, 
enquanto outros compartilhados com os grupos dos quais o 
indivíduo participa e esteve em interação histórica.
 À medida que a comunidade verbal modela termos 
classificatórios dos comportamentos humanos (como carinho, 
agressão...), formamos nosso autoconceito, ao sermos rotulados
por eles ou nos autorrotulamos, observando nossas próprias 
atitudes (sou carinhoso, sou agressivo). A formação da identidade é 
mediada socialmente, precisamos de uma comunidade que ensine 
e fale sobre nós mesmos, apreciativa ou depreciativamente, justa 
ou injustamente (socialização – processo dinâmico e contínuo com 
início na infância e sem fim). Identidade é um conceito em 
movimento, não é fixa, pode passar por mudanças ao longo dos 
contextos sócio-históricos. À medida que novas experiências e 
circunstâncias transformam nossos comportamentos, nosso 
autoconceito é modificado.
 O ser humano é social e só existe em plenitude devido à sua 
habilidade e necessidade de se estabelecer em um grupo social e 
construir, junto ao grupo, um conjunto de regras, símbolos e 
práticas que o caracterizam. Esse conjunto de normas é necessário 
para que se identifiquem, criem e estabeleçam a Identidade Social.
 Um dos grandes fatores que determinam esse processo é a 
interação social, ação social, mutuamente orientada, de dois ou 
mais indivíduos em contato. Os membros de um grupo 
compartilham tradições culturais, precisam se adaptar às regras, 
para sobreviver ou ser aceito. Muitos aspectos influenciam: 
costumes, ideologias, tradições, símbolos e significados.
 Esses e outros aspectos influenciam nossa personalidade, 
(trans)formando nossa identidade. A cada interação social,
IDEOLOGIA E SEXO
T4 – IDENTIDADE E RELAÇÕES SOCIAIS
assumimos um papel diferenciado, como se fosse uma 
configuração do nosso perfil, caráter e personalidade. Esses 
papéis são assumidos por aquilo que sabemos sobre as pessoas 
com as quais iremos interagir. Papéis Sociais são respostas 
tipificadas a expectativas tipificadas, nos preparamos para 
esperar do outro aquilo que seu papel deveria cumprir. Como 
reagimos com base na expectativa sobre quem é aquela 
pessoa, o que ela representa e o que deveria fazer, ficamos 
próximos das idealizações e preconceitos.
 Ideologia é um conjunto de ideias, elemento essencial para a 
compreensão das relações sociais, modo como cada grupo ou 
classe social atribui significado e sentido à sua experiência no 
mundo e na relação com os demais. É o conjunto de crenças e 
valores de um coletivo que lhes diz o que é certo ou errado, 
bem e mal, justo ou injusto, necessário e objetivo, é a nossa 
visão de mundo, está vinculada às práticas culturais.
 Hegemonia é quando uma ideologia de um agrupamento mais 
poderoso, por seus recursos, instrução, influência ou força 
coercitiva em sociedade, se torna majoritária e se sobrepõe às 
de outros agrupamentos minoritários, menos poderosos.
 Alienação é quando um grupo menor ou menos poderoso tem 
suas crenças, valores e visão de mundo destituídos e
substituídos pelo outro grupo. O alcance de uma hegemonia 
pressupõe uma alternância alienante por meio da coerção ou 
convencimento.
 Coerção é quando autoridades oprimem, ameaçam, obrigam as 
pessoas a pensar e agir de determinado modo.
 Convencimento refere-se a situações quando sistemas de 
comunicação e incentivo induzem tais opiniões e práticas.
 Quando algo é feito coercitivamente, indivíduos tendem a reagir 
com estratégia de fuga-esquiva, boicote, debate, enfrentamento, 
passeata, ativismo e revolta; quando por convencimento, (o acesso 
a outros grupos de influência com concepções diferentes, educação 
e instrução, que aumentem a capacidade reflexiva dos indivíduos) 
pode libertá-los da persuasão doutrinária, processo chamado de 
contracontrole ou contra-hegemonia (tentativas de derrubar uma 
ideologia que está prevalecendo e lhes afetando negativamente).
 A discussão sobre sexo, sexualidade, orientação sexual e identidade 
de gênero é bastante controversa e polêmica.
 Sexo, é o conceito mais básico, descrição anatômica (identificação 
do masculino e feminino daqueles que possuem genitais e 
estruturas corporais biológicos de macho ou fêmea). Classificação 
binária, não admite fluidez, vigorou durante a história da 
humanidade até meados de 1950, com a revolução sexual. Ainda 
biologicamente, devemos considerar os intersexuais, hermafroditas 
(mutação genética que lhes confere os dois órgãos sexuais).
GÊNERO, SEXUALIDADE E FAMÍLIA
T4 – IDENTIDADE E RELAÇÕES SOCIAIS
 A 1ª diferenciação é a de sexualidade (modo como indivíduos 
vivenciam e lidam com seus desejos e práticas sexuais).
 Gênero (construção social dos papéis, gostos, interesses, 
valores, modos de falar e vestir atribuíveis ao masculino e ao 
feminino, quando convivemos e nos identificamos com pessoas 
detentoras de tais características. Independentemente do sexo 
biológico, experiências positivas que nutriram amor e admiração 
por um dos papéis, e negativas nutriram ressentimento e 
desprezo pelo outro papel, podem resultar no interesse, 
aproximação, convivência e identificação ou afastamento e 
dissociação identitária. Todos passamos masculinização ou 
feminilização ao aprendermos o que é ser homem ou mulher.
 A identidade de gênero (como o indivíduo se percebe, se 
enxerga, reconhece, identifica, se sente e se aceita quanto 
aos atributos cognitivos e comportamentais, tipicamente 
masculinos ou femininos, que desenvolveu, de maneira 
independente do sexo anatômico).
 Uma pessoa pode se ver das seguintes formas: homem 
cisgênero (masculino, congruência entre o sexo biológico e 
identidade); homem transgênero (incongruência, sexo biológico 
masculino e identidade feminina); mulher cisgênero (feminina, 
congruência entre sexo biológico e identidade), mulher
transgênero (incongruência, sexo biológico feminino e identidade 
masculina); intergêneros ou andrógenos (possuem atributos 
masculinos e femininos) e agênero (não reúne atributos de 
nenhuma categoria).
 Orientação sexual é a evolução do antigo termo escolha sexual, 
que sugere uma deliberação. O desejo sexual é a excitação reflexa 
responsiva a estímulos, as propriedades corporais e 
comportamentais masculinas e/ou femininas,as formas que os 
indivíduos respondem excitatoriamente a outras pessoas: 
homossexual (mesmo sexo), heterossexual (sexo oposto), bissexual 
(os dois sexos) e assexuado (nenhum dos sexos).
 A palavra família significa conjunto das posses de alguém, o que 
inclui escravos e parentes. O conceito originalmente não é como 
usamos hoje e ia além dos laços consanguíneos, passando por 
todos aqueles que viviam sob o domínio de um senhor. É a 
instituição social mais antiga entre os humanos e está presente em 
todas as organizações culturais. Uma instituição social é aquele 
conjunto de normas interrelacionadas que tem valores 
compartilhados e que lhes garante segurança e estabilidade.
 Toda sociedade tem instituições sociais, responsáveis pela 
manutenção e transmissão da ordem social vigente por meio dos 
seus códigos e tradições. Tradicional é aquilo que, repetido, deu 
certo e sobreviveu ao teste do tempo, o modelo mais eficaz nos 
contextos históricos em que se desenvolveu e foi experimentado 
comparativamente com outros arranjos.
 A Constituição Federal de 1988 promoveu profundas mudanças
na concepção do conceito família. O matrimônio deixa de ser a
única forma aceita de constituição familiar.
 As funções básicas de uma família, qualquer que seja sua 
composição, dependem da criação de um ambiente de 
cuidados, proteção, afeição, regras e valores civilizatórios da 
cultura vigente, transmitindo-os durante o processo de 
socialização de novos membros. Uma comunidade formada por 
indivíduos unidos por laços naturais, afinidades e afetividade, ou 
por vontade expressa, que vivem em uma unidade doméstica.
Diferentes concepções de família emergiram, como:
 Nuclear, Matrimonial Ou Tradicional (decorre do casamento 
como ato formal, litúrgico e é composta por pai, mãe e filho (s). 
Surgiu no Concílio de Trento em 1563, por meio da 
contrarreforma da Igreja Católica).
 Informal (formada pela união estável, quando duas pessoas 
decidem viver juntas sem formalidades, civil e religiosa).
 Monoparental (formada com um dos pais que arca com 
cuidados e responsabilidades).
 Reconstruída (os parceiros unidos vieram de divórcios e 
trouxeram seus descendentes).
 Ampliada (àquela em que pais, avós e outros parentes ou afetos 
vivem juntos).
 Homoafetiva (união de pessoas do mesmo sexo para a constituição 
de vínculo familiar, reconhecida pelo Estado brasileiro).
 Eudemonista (convivência de pessoas por laços afetivos e 
solidariedade mútua. Amigos que vivem juntos, rateando despesas, 
dividindo tarefas, como se fossem irmãos).
 Unitária (mesmo morando sozinho, o indivíduo vive em um entorno 
com indivíduos com quem socializa, compartilha e sente-se unido).
 Identidade Social não se limita ao registro social, depende do 
grupo social ao qual pertencemos. Dentro do grupo familiar, 
podemos ser identificados como o filho, o irmão, o pai, ou a mãe. 
Dentro da sociedade, você pode ser o médico, o professor. 
Depende das relações sociais que mantemos com as demais 
pessoas, ou seja, nossa comunidade, incluindo nisso as funções que 
exercemos. Podemos passar de uma identidade social para outra, 
de acordo com os grupos a que pertencemos e funções que 
exercemos neles e até escolher nossa identidade social, como 
quando escolhemos a profissão e o que vamos entregar de valor 
para a sociedade com as competências que iremos desenvolver.
 Cada grupo social irá contribuir de uma forma mais intensa ou não 
para a construção da nossa identidade. Nosso comportamento, 
gostos, valores, objetivos de vida são influenciados por pessoas e 
grupos. Isso mostra a formação da nossa identidade social a partir
FAMÍLIA E IDENTIDADE SOCIAL
T4 – IDENTIDADE E RELAÇÕES SOCIAIS
dos relacionamentos. Torna-se muito importante, portanto, 
escolher bem o grupo social ao qual iremos pertencer.
Movimentos sociais são ações coletivas de um grupo social 
organizado, que busca alguma (s) transformação (ões) ou 
manutenção da sociedade, agrupamento de indivíduos que 
demanda, defende, luta por alguma causa ou objetivo.
 Grupos de transformação - voltados para modificar algum 
aspecto social.
 Grupos de conservação - Ativistas pela manutenção de um 
aspecto social.
Por exemplo, as manifestações sobre o aborto, que encontram os 
dois tipos de movimento: os que lutam pela descriminalização, ou 
seja, alterar a lei que torna o aborto crime e, assim mudar a 
sociedade; e um outro grupo que luta pela manutenção dessa lei.
 Movimento Social Estrutural reivindica objetivos que exigem 
mudanças na estrutura da sociedade, sendo organizado, com 
liderança clara, reuniões, sede para encontros e demandas que 
não são resolvidas de uma hora para a outra, requerendo 
planejamento de atividades e objetivos de longo prazo, como os 
movimentos: feminista, negro e trabalhista.
 Movimento Social Conjuntural relacionado ao contexto ou 
conjuntura da sociedade num dado momento, surgindo
espontaneamente sem muita organização e de curto prazo, 
tentando alcançar seu objetivo de forma imediata, como as 
manifestações populares pelos aumentos tarifários dos ônibus.
 A cidadania pode ter vínculo direto com os movimentos sociais. A 
função dos movimentos sociais seria justamente garantir os direitos 
civis e políticos. Significa a participação política. Na democracia, 
quanto maior a cidadania, maior a participação política.
 O movimento social é uma forma de participar ativamente da 
sociedade por meio de uma ação política que vai além do voto. Em 
um contexto de cidadania representativa, elegemos um 
representante que desenvolve projetos de leis e vota por nós. A 
participação política não pode se resumir ao voto, precisando se 
estender em movimentos sociais que realizam esse papel.
 A cidadania é base para uma democracia, que não sobrevive sem 
ela. E uma democracia é caracterizada pelo conflito: justamente a 
possibilidade de haver uma oposição de interesses e ideias e a 
abertura para a luta por esses interesses e idéias.
BONS ESTUDOS! ÓTIMAS FÉRIAS!
MOVIMENTOS SOCIAIS E RELAÇÃO INTERGRUPAL
T4 – IDENTIDADE E RELAÇÕES SOCIAIS

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