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Vigilância em Saúde - Aula 00

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Livro Eletrônico
Aula 00
Vigilância em Saúde p/ VISA-DF - Auditor
Professor: Poliana Gesteira
Vigilância em Saúde 
Prof. Thiago Nascimento ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Thiago Nascimento www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 62 
 
AULA 00: Vigilância em Saúde – histórico e 
conceitos 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação e Cronograma 2 
1. Vigilância em Saúde – histórico e conceitos 7 
2. Questões de Concursos 49 
3. Gabarito 62 
 
 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos 
autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e 
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vigilância em Saúde 
Prof. Thiago Nascimento ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Thiago Nascimento www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 62 
Apresentação e Cronograma: 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Espero que estejam todos muito bem! 
 
 
 
É com enorme satisfação que apresento a vocês o curso sobre Vigilância 
em Saúde... 
Essa temática compõe os editais de praticamente todos os concursos para 
a área de enfermagem (programas de residências, escolas militares, e 
concursos nas esferas federais, estaduais e municipais) dos mais 
diferentes cargos. Não é raro encontrarmos questões relativas a doenças 
e agravos transmissíveis de notificação, questões relacionadas à saúde 
ambiental e também sanitária, saúde do trabalhador. 
 
Por isso é proposto este Módulo de Vigilância em Saúde, a fim de 
habilitá-los para as diferentes questões dos mais diversos concursos. 
 
Inicialmente, permitam-me fazer uma breve apresentação de minha 
trajetória... 
 
Minha participação em concursos data ainda ao antigo ensino médio, 
quando realizei exame admissional para a tradicional Escola Preparatória 
de Cadetes do Exército (EsPCEx). 
 
Especialmente o ano de 2002 marca minha aprovação nos concursos da 
EsPCEx e do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Minas 
Gerais (CFO-PMMG), além do vestibular para o curso de Enfermagem da 
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 
 
Por negligenciar uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta 
romano Juvenal - Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num 
corpo são"), e priorizar mais o intelecto do que o preparo físico, fui 
Vigilância em Saúde 
Prof. Thiago Nascimento ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Thiago Nascimento www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 62 
reprovado no exame físico da EsPCEx e mais tarde acabei desistindo do 
CFO-PMMG, por entender que não ficaria completamente satisfeito. 
 
Por não poder realizar novamente o concurso da EsPCEx, devido ao limite 
de idade, decidi então iniciar o Curso de Enfermagem da UFJF no ano de 
2003, com a certeza de me dedicar ao máximo à minha escolha. 
 
Concluí minha graduação em julho de 2007 e logo em seguida iniciei 
meus estudos na pós-graduação, modalidade Stricto Sensu, em Saúde 
pela Faculdade de Medicina da UFJF. Em 2009 fui aprovado no Concurso 
para Enfermeiro de Clínica da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, mas 
esbarrando em questões administrativas, o município nomeou apenas os 
primeiros colocados, mantendo ainda os inúmeros cargos temporários que 
poderiam vir a serem substituídos pelos aprovados no concurso. 
 
Depois de concluído o mestrado, iniciei minha atividade docente em 2010, 
como Professor Substituto da disciplina de Microbiologia do Instituto de 
Ciências Biológicas da UFJF lecionando para os cursos de Biologia, 
Enfermagem, Farmácia, Medicina e Odontologia. Em 2011 ingressei no 
Doutorado em Saúde, também pela Faculdade de Medicina da UFJF, 
desenvolvendo atividade de pesquisa sobre a temática de infecção 
hospitalar e resistência bacteriana aos antimicrobianos. Durante os 39 
meses desenvolvendo o doutorado, sendo os últimos 6, no Instituto de 
Microbiologia Paulo Góes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 
morando no Rio de Janeiro, amadureci a ideia de que ser professor de 
ensino superior era realmente o que queria para minha vida. 
 
Para quem desconhece, um concurso para professor de uma universidade 
brasileira é um pouco diferente dos tradicionais concursos das mais 
diversas carreiras que temos disponíveis. Salvo algumas diferenças 
institucionais, comumente temos uma prova dissertativa sobre a temática 
disponível no edital e que é sorteada no primeiro dia do concurso e, após 
Vigilância em Saúde 
Prof. Thiago Nascimento ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Thiago Nascimento www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 62 
um período de consulta bibliográfica, temos um tempo determinado para 
dissertar sobre o mesmo. Após essa fase eliminatória, é sorteado outro 
tema para prepararmos uma aula, no tempo de 24h, que constituirá da 
prova didática na apresentação do dia seguinte. Os aprovados nesta fase, 
também eliminatória, passam por uma rigorosa análise curricular e às 
vezes até mesmo uma sabatina de entrevista. 
 
Com poucos concorrentes, mas altamente qualificados, devido ao nível de 
especialização que se exige no edital (doutorado), o concurso se dá 
durante uma exaustiva e tensa semana. E foi assim que, em menos de 30 
dias após minha defesa de tese de doutorado em abril de 2014 obtive a 
aprovação no concurso público para o cargo de professor de magistério 
superior na Universidade Federal de Juiz de Fora, cargo que ocupo hoje 
no Departamento de Enfermagem Básica, da Faculdade de Enfermagem. 
 
No presente ano de 2015, ainda fui aprovado para o cargo de Enfermeiro 
de Vigilância para o Hospital Universitário de Juiz de Fora – EBSERH. 
 
Se quiserem mais informações deixo o link disponível do meu currículo 
on-line: http://lattes.cnpq.br/5562595995114431 
 
E duas perguntas devem estar na mente de vocês neste momento: 
 
A primeira é Como será a dinâmica do curso? 
 
 Primeiramente, os tópicos são de abordagem compatível com o que 
é cobrado pelas mais diversas bancas; 
 
 Teremos aulas em pdf, com direito a fórum de dúvidas e todo 
conteúdo do concurso abordado em vídeo-aulas; 
 
Vigilância em Saúde 
Prof. Thiago Nascimento ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Thiago Nascimento www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 62 
 O curso oferece também suporte via fórum para tirar suas dúvidas 
em relação à teoria e resolução de exercícios; 
 
 A proposta do curso é facilitar o seu trabalho e reunir toda a teoria 
e inúmeros exercícios, no que tange aos assuntos dos editais, em 
um só material. 
 
A segunda pergunta, Como será a dinâmica das aulas? 
 
 Como dito anteriormente, vocês terão disponíveis aulas em pdf e 
também vídeo-aulas; 
 
 Os conteúdos abordados nas aulas serão ilustrados por questões 
que já caíram em concursos relativos aos mesmos; 
 
 Ao final de cada aula teremos um encerramento com mais questões 
com gabarito; 
 
 Atenção ao aparecimento das corujinhas – elas sempre indicarão 
algo importante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vigilância em Saúde 
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Buscando ser o mais completo e objetivo possível, serão 6 aulas (00 a 
05), desenvolvidas da seguinte forma: 
 
 
AULA CONTEÚDO 
00 
PDF + videoaula 
Apresentação e Cronograma; 
1. Vigilância em Saúde – histórico e conceitos; 
01 
PDF + videoaula 
2. Sistema Nacional de Vigilância em Saúde; 
3. Sistemas de Informações da Vigilância em Saúde; 
02 
PDF + videoaula 
4. Vigilância epidemiológica das doenças 
transmissíveis; Parte 1e Parte 2 
03 
PDF + videoaula 
5. Vigilância epidemiológica de doenças crônicas não-
transmissíveis; 
04 
PDF + videoaula 
6. Vigilância em saúde ambiental; 
05 
PDF + videoaula 
7. Vigilância em saúde do trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Você é do tamanho dos seus sonhos. 
Qual o limite para sonhar e realizar seus objetivos? Nenhum! 
O limite é imposto por nós mesmos. 
Você é a única pessoa que pode impor restrições aos seus desejos. Todas 
as realizações da humanidade aconteceram quando alguém resolveu 
chegar ao impossível. 
Para alcançar o seu sonho é preciso muita disposição. Resta saber o quanto 
feliz você deseja ser. Principalmente qual limite você estabeleceu para ele, 
lembrando sempre que não há limite para sonhar: 
O impossível é apenas alguma coisa que alguém ainda não realizou." 
Legrand 
Vigilância em Saúde 
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1. Vigilância e Saúde – histórico e conceitos: 
 
 
As referências às epidemias e ao seu impacto sobre as sociedades 
são bastante antigas, como a descrição da chamada Praga de Atenas, 
doença desconhecida que ocorreu entre 430 a 427 a.C e dizimou 
aproximadamente um terço da população daquela cidade. 
 
No Antigo Testamento, já existem referências à adoção de medidas 
de isolamento para separar os portadores de doenças, considerados 
impuros. As práticas de isolamento das pessoas doentes estendem-se por 
toda a Idade Média, utilizadas principalmente contra os leprosos e os 
acometidos pela peste. 
 
No Brasil, o registro mais antigo de ações de prevenção e controle 
de doenças é referente à adoção de medidas para conter uma epidemia 
de febre amarela, no século XVII, no porto de Recife. A partir da 
transferência da Coroa Portuguesa, estrutura-se, em 1808, uma política 
sanitária que adota, entre outras medidas, a quarentena. Em 1889, é 
promulgada a primeira Regulamentação dos Serviços de Saúde dos 
Portos, para tentar, de maneira semelhante aos seus predecessores 
europeus, prevenir a chegada de epidemias e possibilitar um intercâmbio 
seguro de mercadorias. 
 
A partir de 1903, quando Oswaldo Cruz assume a Direção Geral de 
Saúde Pública (DGSP) do então Ministério da Justiça e Negócios 
Interiores, inicia-se um conjunto profundo de mudanças que se 
consubstancia, em 1904, com a reorganização dos serviços de higiene 
que confere ao Governo Federal a responsabilidade de coordenar as ações 
de prevenção e controle das doenças transmissíveis; cria o primeiro 
programa vertical, o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela; e institui a 
obrigatoriedade de vacina antivariólica. 
 
Vigilância em Saúde 
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Durante a maior parte do século XX, o Estado brasileiro 
organizou as ações de vigilância, prevenção e controle das 
doenças transmissíveis como programas verticalizados, com a 
formulação, a coordenação e a execução das ações realizadas 
diretamente pelo Governo Federal. Esses programas, em 1941, 
organizaram-se como Serviços Nacionais encarregados de controlar as 
doenças mais prevalentes na época, como a malária, a febre amarela, a 
peste, a tuberculose e a lepra. Sua estrutura se dava sob a forma de 
campanhas, adaptando-se a uma época em que a população era 
majoritariamente rural, e com serviços de saúde escassos e 
concentrados, quase exclusivamente, nas áreas urbanas. 
 
 
 
 
 
1. (AOCP – Enfermeiro – Vigilância - EBSERH/HU-UFJF - 2015) 
A saúde emergiu como efetiva prioridade de governo no Brasil no começo 
do século XX, com a implantação da economia exportadora de café, na 
região Sudeste. A melhoria das condições sanitárias era entendida então 
como dependente basicamente de: 
 
(A) ações intersetoriais de prevenção a doenças relacionadas à saúde do 
trabalhador. 
(B) saúde oferecida gratuitamente e exposta como um direito de todos e 
dever do Estado. 
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(C) centros de saúde dirigidos ao atendimento das equipes de saúde da 
família. 
(D) controle das endemias e do saneamento dos portos e do meio 
urbano. 
(E) redes de atendimento especializado em doenças crônicas não 
transmissíveis. 
Gabarito: D 
Comentários: Questão bastante comum abordando a política de 
saúde do governo brasileiro no início do século XX. Vocês não 
podem esquecer que a melhoria das condições sanitárias, 
entendida então como dependente basicamente do controle de 
endemias e do saneamento dos portos e do meio urbano, tornou-
se uma efetiva política de Estado, embora essas ações estivessem 
bastante concentradas no eixo agrário-exportador e 
administrativo formados pelos estados do Rio de Janeiro e São 
Paulo. Portanto, letra D é a correta. 
 
2. (AOCP – Enfermeiro – Vigilância - EBSERH/HU-UFGD - 2013) 
Os primeiros Centros de Saúde no Brasil foram criados em meados de 
1920 e 1930. Neste período, as práticas de saúde estavam ligadas aos 
agravos transmissíveis, e, ao Enfermeiro, cabia um importante papel, a 
educação sanitária, que se pautava no Modelo: 
 
(A) Flexineriano. 
(B) Médico hegemônico. 
(C) Curativista. 
(D) Campanhista/policial. 
(E) de Medicina Comunitária. 
Gabarito: D 
Comentários: Note na pergunta o período em destaque e a 
questão das práticas ligadas aos agravos transmissíveis. Assim, 
não podemos esquecer do modelo campanhista – influenciado por 
Essa questão é clássica em 
vários concursos quando se 
aborda o histórico de 
vigilância em saúde!!!! 
Vigilância em Saúde 
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interesses agroexportadores no início do século XX – baseou-se 
em campanhas sanitárias para combater as epidemias de febre 
amarela, peste bubônica e varíola, implementando programas de 
vacinação obrigatória, às vezes até repressiva (daí o termo 
policial), desinfecção dos espaços públicos e domiciliares e outras 
ações de medicalização do espaço urbano, que atingiram, em sua 
maioria, as camadas menos favorecidas da população. Esse 
modelo predominou no cenário das políticas de saúde brasileiras 
até o início da década de 1960. Um consequência importante 
deste modelo, foi a Revolta da Vacina. A título de se esclarecer as 
outras alternativas, a partir da década de 50, com a 
industrialização e a migração do trabalhador do campo para a 
cidade, surge o modelo médico assistencial curativista conhecido 
também por seu aspecto hospitalocêntrico (centrado no hospital) 
fundada no paradigma flexneriano, caracterizado por uma 
concepção mecanicista do processo saúde-doença, pelo 
reducionismo da causalidade aos fatores biológicos e pelo foco da 
atenção sobre a doença e o indivíduo. É só a partir do ano de 1990 
é que começa-se a pensar em uma medicina comunitária. 
Portanto, letra D 
 
Em 1968, foi criado o Centro de Investigações Epidemiológicas 
(CIE) na Fundação Serviços de Saúde Pública (FSESP) que aplica os 
conceitos e as práticas da moderna vigilância, nascida nos Estados 
Unidos, na década de 1950, no programa de erradicação da varíola. O CIE 
instituiu, a partir de 1969, o primeiro sistema de notificação regular para 
um conjunto de doenças com importância para monitoramento de sua 
situação epidemiológica, o qual se originava desde as unidades das 
Secretarias Estaduais de Saúde. 
 
A V Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada em 1975, 
propôs a criação de um sistema de Vigilância Epidemiológica no 
Vigilância em Saúde 
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país. Essa recomendação foi imediatamente operacionalizada, com 
o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), que se 
estruturou nesse mesmo ano, por meio da promulgação da Lei n. 6.259, 
regulamentada pelo Decreto Presidencial n. 78.231, no ano seguinte. Com 
base nesses instrumentos, o Ministério da Saúde, no mesmo ano de 1976, 
institui a “notificação compulsória de casos e/ou óbitos de 14 doenças 
para todo o território nacional”. 
 
O SNVE, coerente com o momento em que foi criado, era baseado 
no Ministério da Saúde e nas secretarias estaduais de saúde, excluindo os 
municípios que, naquela época, não exerciam o papel de gestores de 
sistema de saúde. Em resposta ao perfil epidemiológico do momento em 
que foi criado, o SNVE atuava exclusivamente sobre as doenças 
transmissíveis. 
 
Atualmente, a construção e a consolidação da Vigilância em 
Saúde são produtos vitoriosos herdados pela institucionalização 
do SUS, em 1988; pela criação do Centro Nacional de 
Epidemiologia (CENEPI), em 1990; pela estruturação do 
financiamento das ações de vigilância e controle de doenças e, 
mais recentemente, pela criação da Secretaria de Vigilância em 
Saúde (SVS) do Ministério da Saúde – em 2003 –, que coordena o 
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde em todo o território brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
Não podemos esquecer da LEI Nº 8.080, DE 19 de 
setembro de 1990, que dispõe sobre as condições 
para a promoção, proteção e recuperação da 
saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes e dá outras providências. 
Vigilância em Saúde 
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A Lei Nº 8.080, segundo seu Capítulo I - Dos Objetivos e 
Atribuições relata em seu Art. 6º que estão incluídas ainda no 
campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): 
“I - a execução de ações: 
a) de vigilância sanitária; 
b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador;...” 
 
Ainda no mesmo artigo.... 
 
“§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações 
capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir 
nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da 
produção e circulação de bens e da prestação de serviços de 
interesse da saúde, abrangendo: 
 
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se 
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da 
produção ao consumo; e 
 
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou 
indiretamente com a saúde. 
 
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações 
que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de 
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e 
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou 
agravos. 
 
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um 
conjunto de atividades que se destina, através das ações de 
Vigilância em Saúde 
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vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e 
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à 
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores 
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de 
trabalho, abrangendo: 
 
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador 
de doença profissional e do trabalho; 
 
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde 
(SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos 
potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; 
 
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde 
(SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de 
produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio 
de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que 
apresentam riscos à saúde do trabalhador; 
 
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; 
 
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às 
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e 
do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações 
ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, 
respeitados os preceitos da ética profissional; 
 
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de 
saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; 
 
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VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no 
processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das 
entidades sindicais; e 
 
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão 
competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo 
ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a 
vida ou saúde dos trabalhadores.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em vários países, inclusive no Brasil, desde o início, ocorreu um 
processo de atuação mais integrada entre as ações típicas de vigilância 
com a execução dos programas de prevenção e controle de doenças. 
 
Mais recentemente, pode ser percebida a utilização de 
denominações que buscam sintetizar de maneira mais apropriada, essa 
necessidade de ampliação do objeto da vigilância. 
 
No Brasil, algumas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a 
partir de meados dos anos 1990, passaram a utilizar a denominação 
Vocês podem notar, meus caros, que até 
agora de acordo com a Lei Nº 8.080 tratamos 
do conceito de vigilância sanitária, vigilância 
epidemiológica e saúde do trabalhador... 
Além disso, desde que o conceito de vigilância foi empregado 
pela primeira vez, aos longo dos anos, o foco apresentado 
estava nas ações de vigilância sobre as doenças transmissíveis. 
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vigilância à saúde ou vigilância da saúde, para designar as novas 
unidades de suas estruturas organizacionais que promoveram a unificação 
administrativa entre a área de vigilância epidemiológica e as atividades a 
ela relacionadas, com a área de vigilância sanitária e de saúde do 
trabalhador. 
 
Em 2003, o Ministério da Saúde reorganizou a área de 
epidemiologia e controle de doenças, com a extinção do CENEPI e a 
criação da Secretaria de Vigilância em Saúde. Esta passou a reunir todas 
as atribuições do CENEPI e dos programas que integraram a extinta 
Secretaria de Políticas de Saúde: tuberculose, hanseníase, hepatites virais 
e as doenças sexualmente transmissíveis e aids. 
 
A alteração na denominação correspondeu a uma importante 
mudança institucional, de reunir todas as ações de vigilância, prevenção e 
controle de doenças numa mesma estrutura, e consolidar o processo de 
ampliação do objeto da vigilância. O objetivo é buscar responder melhor 
aos desafios colocados pelo perfil epidemiológico complexo que se 
apresenta na atualidade. 
 
A adoção do conceito de vigilância em saúde procurou simbolizar 
essa nova abordagem, mais ampla do que a tradicional prática de 
vigilância epidemiológica, tal como foi efetivamente construída no país, 
desde a década de 1970, incluindo: 
 
a) a vigilância das doenças transmissíveis; 
b) a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis e seus 
fatores de risco; 
c) a vigilância ambientalem saúde; 
d) a vigilância da situação de saúde, correspondendo a uma das 
aplicações da área também denominada como análise de situação de 
saúde. 
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A Portaria GM/MS n. 1.172, de 15 de junho de 2004 (BRASIL, 
2004), que atualizou a Portaria GM/MS n. 1.399/99, passou a utilizar a 
denominação de vigilância em saúde, em substituição a anterior 
epidemiologia e controle de doenças. 
 
Com essa mudança, ficou estabelecida uma maior coerência com a 
própria estrutura atual do Ministério da Saúde e com processos similares 
que estão ocorrendo também nas Secretarias Estaduais e Municipais. 
 
 
 
 
A definição ampliou-se, sendo que a Vigilância em Saúde é 
responsável por todas as ações de vigilância, prevenção e controle 
de agravos, prioritariamente com ações de promoção à saúde, com 
o monitoramento epidemiológico das doenças transmissíveis e não 
transmissíveis, de atividades sanitárias programáticas, de 
vigilância em saúde ambiental e saúde do trabalhador, elaboração 
e análise de perfis demográficos epidemiológicos e proposição de 
medidas de controle. 
 
 
 
 
 
 
A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise 
permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um 
conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à 
saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-
se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual 
como coletiva dos problemas de saúde. 
Vigilância em saúde: do que estamos falando? 
Vamos então ao conceito de Vigilância em Saúde? 
Vigilância em Saúde 
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São as ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de 
doenças e agravos à saúde, devendo-se constituir em espaço de 
articulação de conhecimentos e técnicas. 
O conceito de vigilância em saúde inclui: a vigilância e o controle 
das doenças transmissíveis; a vigilância das doenças e agravos não-
transmissíveis; a vigilância da situação de saúde, vigilância ambiental em 
saúde, vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária. 
 
 
 
 
 
 
3. (AOCP – Vigilância Epidemiológica - EBSERH/Nacional - 2014) 
São os componentes da vigilância em saúde, EXCETO: 
 
(A) ações de vigilância. 
(B) hierarquização das ações. 
(C) controle de agravos à saúde. 
(D) promoção à saúde. 
(E) prevenção de doenças. 
Gabarito: B 
Comentários: Questão bem direta a respeito dos componentes de 
vigilância em saúde, que incluem: ações de vigilância, promoção, 
prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, sem que as 
ações sejam hierarquizadas, portanto letra B. 
 
Quais são os componentes da vigilância 
em saúde? 
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A vigilância em saúde deve estar cotidianamente inserida em todos 
os níveis de atenção da saúde. A partir de suas específicas ferramentas as 
equipes de saúde da atenção primária podem desenvolver habilidades de 
programação e planejamento, de maneira a organizar os serviços com 
ações programadas de atenção à saúde das pessoas, aumentando-se o 
acesso da população a diferentes atividades e ações de saúde. 
 
 
 
 
 
 
A Vigilância em Saúde, visando a integralidade do cuidado, deve 
inserir-se na construção das redes de atenção à saúde, coordenadas pela 
Atenção Primária à Saúde. A integração entre a Vigilância em Saúde e a 
Atenção Primária à Saúde é condição obrigatória para a construção da 
integralidade na atenção e para o alcance dos resultados, com 
desenvolvimento de um processo de trabalho condizente com a realidade 
local, que preserve as especificidades dos setores e compartilhe suas 
tecnologias, tendo por diretrizes: 
 
I – compatibilização dos territórios de atuação das equipes, com a 
gradativa inserção das ações de vigilância em saúde nas práticas das 
equipes da Saúde da Família; 
II – planejamento e programação integrados das ações individuais e 
coletivas; 
Onde devem ser desenvolvidas as ações 
da vigilância em saúde? 
Como buscar a integralidade da vigilância com 
a atenção à saúde? 
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III – monitoramento e avaliação integrada; 
IV – reestruturação dos processos de trabalho com a utilização de 
dispositivos e metodologias que favoreçam a integração da vigilância, 
prevenção, proteção, promoção e atenção à saúde, tais como linhas de 
cuidado, clinica ampliada, apoio matricial, projetos terapêuticos e 
protocolos, entre outros; 
V – educação permanente dos profissionais de saúde, com 
abordagem integrada nos eixos da clínica, vigilância, promoção e gestão. 
As ações de Vigilância em Saúde, incluindo-se a promoção da 
saúde, devem estar inseridas no cotidiano das equipes de Atenção 
Primária – Saúde da Família, com atribuições e responsabilidades 
definidas em território único de atuação, integrando os processos de 
trabalho, planejamento, monitoramento e avaliação dessas ações. 
 
 
 
 
 
 
 
Uma das estratégias indutoras é a incorporação do agente de 
combate às endemias (ACE), ou dos agentes que desempenham essas 
atividades, mas com outras denominações, na atenção primária junto às 
equipes de saúde da família, sendo agregadas ações como controle 
ambiental, endemias, zoonoses e controle de riscos e danos à saúde. 
 
A incorporação do ACE nas equipes de saúde da família pressupõe a 
reorganização dos processos de trabalho, com integração das bases 
territoriais dos agentes comunitários de saúde e do agente de combate às 
endemias, com definição de papéis e responsabilidades, e a supervisão 
dos ACE pelos profissionais de nível superior da equipe de saúde da 
família. 
Como fortalecer as ações de vigilância em 
saúde junto às equipes de saúde da família? 
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A Portaria n° 1.007/GM/MS, de 4 de maio de 2010, define critérios 
para regulamentar a incorporação do Agente de Combate às Endemias – 
ACE ou dos agentes que desempenham essas atividades, mas com outras 
denominações, na atenção primária à saúde para fortalecer as ações de 
vigilância em saúde junto às equipes de Saúde da Família. 
 
 
4. (AOCP – Vigilância Epidemiológica - HE – UFSCAR - 2015) 
Uma das estratégias para fortalecer as ações de vigilância em saúde junto 
às equipes de saúde da família é a incorporação de qual dos profissionais 
listados a seguir? 
 
(A) Farmacêutico Bioquímico. 
(B) Técnico em Enfermagem. 
(C) Agente de Combate às Endemias (ACE). 
(D) Enfermeiro Assistencial. 
(E) Médico da Estratégia Saúde da Família. 
Gabarito: C 
Comentários: Questão bastante direta na qual o autor busca o 
profissional que foi incorporado às equipes de saúde da família 
para fortalecer ações vigilância em saúde. Temos que saber de 
forma clara a Portaria n° 1.007/GM/MS, de 4 de maio de 2010, 
que definiu critérios para regulamentar a incorporação do Agente 
de Combate às Endemias – ACE ou dos agentes que desempenham 
essas atividades, mas com outras denominações, na atenção 
primária à saúde para fortalecer as ações de vigilância em saúde 
junto às equipesde Saúde da Família. Resposta C. 
 
 
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A vigilância epidemiológica é um “conjunto de ações que 
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual 
ou coletiva, com a finalidade de se recomendar e adotar as medidas de 
prevenção e controle das doenças ou agravos”. 
 
Seu propósito é fornecer orientação técnica permanente para os que 
têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle 
de doenças e agravos. 
 
Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de 
dados; análise e interpretação dos dados processados; divulgação das 
informações; investigação epidemiológica de casos e surtos; análise dos 
resultados obtidos; e recomendações e promoção das medidas de 
controle indicadas. 
 
A vigilância em saúde ambiental visa ao conhecimento e à 
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes do ambiente que interferiram na saúde humana; 
recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de 
risco, relacionados às doenças e outros agravos à saúde, prioritariamente 
a vigilância da qualidade da água para consumo humano, ar e solo; 
Conseguiram compreender o conceito de 
Vigilância em Saúde e seu alcance? 
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desastres de origem natural, substâncias químicas, acidentes com 
produtos perigosos, fatores físicos, e ambiente de trabalho. 
 
Vigilância da situação de saúde: desenvolve ações de 
monitoramento contínuo do País, estado, região, município ou áreas de 
abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que 
identifiquem e expliquem problemas de saúde e o comportamento dos 
principais indicadores de saúde, contribuindo para um planejamento de 
saúde mais abrangente; 
 
A vigilância em saúde do trabalhador caracteriza-se por ser um 
conjunto de atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e 
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos 
advindos das condições de trabalho. 
 
A vigilância sanitária é entendida como um conjunto de ações 
capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, na produção e 
circulação de bens e na prestação de serviços de interesse da saúde. 
 
Abrange o controle de bens de consumo que, direta ou 
indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as 
etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação 
de serviços que, direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde. 
 
Outro aspecto fundamental da vigilância em saúde é o cuidado 
integral com a saúde das pessoas por meio da promoção da saúde. 
Essa política objetiva a promover a qualidade de vida, empoderando a 
população para reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados 
aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de 
trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e 
serviços essenciais. Em outras palavras, é o conjunto de intervenções 
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individuais, coletivas e ambientais responsáveis pela atuação sobre os 
determinantes sociais da saúde 
 
As ações específicas são voltadas para: alimentação saudável, 
prática corporal/atividade física, prevenção e controle do tabagismo, 
redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras 
drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, 
prevenção da violência e estímulo à cultura da paz, além da promoção do 
desenvolvimento sustentável. 
 
 
5. (FAUEL – Vigilância em Saúde - Pref. de Tijucas do Sul/PR- 
2015) Controlar os bens de consumo que, direta ou indiretamente, se 
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos da 
produção ao consumo e controlar a prestação de serviços que se 
relacionam direta ou indiretamente com a saúde faz parte das ações da: 
 
a) Vigilância Sanitária. 
b) Vigilância Epidemiológica. 
c) Vigilância Ambiental. 
d) Saúde do Trabalhador. 
Gabarito: A 
Comentários: Questão estritamente conceitual. Fiquem atentos: 
ações de controle de bens de consumo e também de prestação de 
serviços relacionados a saúde sempre constitui ações de vigilância 
sanitária, portanto letra A. 
 
6. (FAEPE-SUL – Vigilância em Saúde - Pref. Paranaguá/PR - 
2015) A atuação da vigilância em saúde possui diversificados campos de 
atuação, tornando-se necessário reconhecer as prioridades de cada 
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subárea de atuação. Dessa forma, correlacione as atribuições listadas 
com sua respectiva área de atuação. 
 
I. Vigilância Sanitária. 
II. Vigilância em Saúde Ambiental. 
III. Vigilância Epidemiológica. 
IV. Vigilância a Saúde do Trabalhador. 
 
( ) Conjunto de atividades que se destina a promoção e proteção da 
saúde, assim como visa a recuperação e reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de 
trabalho. 
( ) Deve atuar de forma continua, em uma área geográfica ou população 
determinada, para a execução de ações de controle e prevenção de 
agravos a saúde, integrada em todos níveis de atenção à saúde e 
contribuindo para o planejamento, a organização e a operacionalização 
dos serviços de saúde, como também para a normalização de atividades 
técnicas correlatas. 
( ) Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou 
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana com a 
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle 
dos riscos e das doenças ou agravos a saúde. 
( ) Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos a 
saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio 
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de 
interesse da saúde. 
 
A sequência CORRETA de cima para baixo está na alternativa: 
A) I, III, II, IV. 
B) IV, I, II, III. 
C) IV, III, I, II. 
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D) IV, III, II, I. 
E) I, IV, II, III. 
Gabarito: D 
Comentários: Questão muito boa e completa envolvendo os 
conceitos relacionados aos tipos de vigilância. Analisando as 
expressões, em relação a primeira, é importante destacar 
“reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos 
advindos das condições de trabalho”, relacionado a vigilância da 
saúde do trabalhador - IV. Em relação a segunda expressão, 
destacamos “execução de ações de controle e prevenção de agravos a 
saúde, integrada em todos níveis de atenção à saúde”, conceito 
relacionado a vigilância epidemiológica – III. Na terceira 
expressão, destacamos “detecção ou prevenção de qualquer mudança 
nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que 
interferem na saúde humana”, relacionado ao conceito de vigilância 
em saúde ambiental – II. Por fim, na última expressão, destaca-se 
“ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de 
intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente”, 
relacionado ao conceito de vigilância sanitária – I. Portantosequência correta IV-III-II-I, alternativa D. 
 
 
7. (AOCP – Vigilância Epidemiológica - EBSERH/HE-UFSCAR – 
2015) “Desenvolve ações de monitoramento contínuo do 
país/estado/região/município/território, por meio de estudos e análises 
que revelem o comportamento dos principais indicadores de saúde, 
priorizando questões relevantes e contribuindo para um planejamento de 
saúde mais abrangente”. O enunciado refere-se à: 
 
(A) Vigilância da situação de doença. 
(B) Vigilância da situação de saúde. 
(C) Vigilância da situação de risco. 
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(D) Vigilância da situação de morbidade. 
(E) Vigilância da situação de mortalidade. 
Gabarito: B 
Comentários: Questão simples e conceitual. Fiquem sempre 
atentos – quando as ações estiverem relacionadas ao 
monitoramento contínuo do país, estado, região, município e 
território – por meio de estudos do comportamento dos principais 
indicadores de saúde, estamos diante do conceito de vigilância em 
situação de saúde, portanto letra B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fiquem tranquilos, retomaremos todos 
esses conceitos quando abordarmos os 
tipos de vigilância de forma isolada nas 
próximas aulas!!!! 
A partir de agora gostaria de abordar com vocês alguns 
conceitos fundamentais e básicos que poderão ser abordados 
ao longo do nosso módulo, e que facilitará seu entendimento 
quando este for mencionado. Ainda que não apareça no 
mesmo, invariavelmente sempre estão envolvidos em 
questões de concurso. 
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 AGENTES – A definição varia segundo o modelo de entendimento 
da epidemiologia adotado: 
 
 Agentes Etiológicos são “Os que agem na origem das 
doenças”. Os agentes são os causadores das doenças (ou 
patógenos); 
 Agentes são “fatores que perturbam o ser diretamente em suas 
funções vitais produzindo a doença”. 
 Ou o conceito extrapola o de agente ou fator etiológico clássico, 
onde um agente pode ser não só um microrganismo, mas um 
poluente químico, um gene, e outros que possam levar a 
agravo à saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos dois últimos conceitos, quando nos referimos a Agentes ou 
Fatores estamos falando em fatores ou agentes físicos (temperatura, 
radiação, etc), químicos (mercúrio), biológicos ou biopatogênicos 
Não nos esqueçamos da EPIDEMIOLOGIA que é a ciência que estuda a 
distribuição e os determinantes dos problemas de saúde (fenômenos e 
processos associados) em populações humanas ou que estuda a saúde, 
mas na prática principalmente pela ausência de saúde sob as formas de 
doenças e agravos, estes últimos definidos pelo diagnóstico clínico; e 
que seu objeto são as relações de ocorrência de saúde-doença em 
massa (em sociedades, coletividades, comunidades, classes sociais, 
grupos específicos, etc.). 
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(parasitas, bactérias, vírus, etc.), nutricionais (excesso de gorduras, 
ausência de proteínas), genéticos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os atributos dos Agentes Etiológicos, segundo sua relação com o 
hospedeiro, são fundamentais para o entendimento das doenças 
infecciosas e incluem infectividade, patogenicidade, virulência e 
imunogenicidade: 
 
 Infectividade é a capacidade de certos organismos (agentes) de 
penetrar, se desenvolver e/ou se multiplicar em um outro 
(hospedeiro) ocasionando uma infecção. Exemplo: alta 
infectividade do vírus da gripe e a baixa infectividade dos fungos. 
 
 Patogenicidade é a capacidade do agente, uma vez instalado, de 
produzir sintomas e sinais (doença). Ex: é alta no vírus do sarampo, 
Não confuda! 
Nem todo microrganismo é patogênico... 
Alguns microrganismos colonizam o 
hospedeiro sem causar doença! Como 
exemplo basta lembrar que, nós 
indivíduos sadios, temos uma infinidade 
de microrganismos em nossa pele, boca, 
intestino. Esses microrganismos até 
podem causar doença, por algum 
desequilíbrio – mas aí o microrganismo é 
dito potencialmente patogênico. 
Microrganismos patogênicos são aqueles, 
sempre que associados ao Homem, 
estarão causando doença – por exemplo, 
Clostridium tetani, causador do tétano. 
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onde a maioria dos infectados tem sintomas.E reduzida no vírus da 
pólio, onde poucos ficam doentes. 
 
 Virulência é a capacidade do agente de produzir efeitos graves ou 
fatais, relaciona-se à capacidade de produzir toxinas, de se 
multiplicar ou é o grau de patogenicidade. Ex: baixa virulência do 
vírus da gripe e do sarampo em relação à alta virulência dos vírus 
da raiva e do HIV. 
 
 
 
8. (Reis & Reis – Vigilância em Saúde - Pref. Santana do 
Jacaré/MG- 2015) É a capacidade do agente invasor em causar doença 
com suas manifestações clínicas entre os hospedeiros suscetíveis. 
 
a) Infectividade; 
b) Patogenicidade; 
c) Incidência; 
d) Virulência. 
Gabarito: B 
Comentários: Questão simples e conceitual. A “capacidade do agente 
invasor em causar doença com suas manifestações clínicas entre os 
hospedeiros suscetíveis”, diz respeito ao conceito de patogenicidade, 
portanto letra B. 
 
 
 Imunogenicidade é a capacidade do agente de, após a infecção, 
induzir a imunidade no hospedeiro. Ex: alta nos vírus da rubéola, do 
sarampo, da caxumba que imunizam em geral por toda a vida, em 
relação à baixa imunogenicidade do vírus da gripe, da dengue, das 
salmonelas que só conferem imunidade relativa e temporária. 
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9. (NW-Classifica - Prefeitura Riqueza/SC - 2015) A Hanseníase 
é caracterizada como uma doença crônica granulamatosa, onde o agente 
causador tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta 
infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade), 
propriedades estas que não são função apenas de suas características 
intrínsecas, mas que dependem, sobretudo, de sua relação com o 
hospedeiro e grau de endemicidade do meio. Sobre a hanseníase, qual é 
o agente etiológico? 
 
A) Salmonella typhi. 
B) Bacillus anthracis. 
C) Mycobacterium leprae. 
D) Neisseria meningitidis. 
E) Haemophilus influenzae. 
Gabarito: C 
Comentários: Novamente percebam uma questão direta, que 
apesar de todo contexto da pergunta em que se ilustra a 
Hanseníase, na verdade só se deseja saber seu agente etiológico, 
que é o Mycobacterium leprae, portanto letra C. Salmonella typhi é 
o agente etiológico da Febre Tifóide; Bacillus anthracis, do 
carbúnculo ou anthrax, Neisseria meningitidis, meningite e 
Haemophilus influenzae, meningite, otite, faringite, pneumonia e 
outras infecções. 
 
 Agravo à Saúde – mal ou prejuízo à saúde de um ou mais 
indivíduos, de uma coletividade ou população. 
 
Percebam que é comum questões 
descrevendo a doença e pedindo o 
agente etiológico da mesma, portanto, 
é de suma importância saber os 
agentes etiológicos das principais 
doenças que serão abordadas nas 
próximas aulas. 
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 Boas Práticas – conjunto de procedimentos necessários para 
garantir a qualidadesanitária dos produtos em um processo de 
trabalho (produção ou serviço). 
 
 Caso: é uma pessoa ou animal infectado ou doente que apresenta 
características clínicas, laboratoriais e epidemiológicas específicas 
de uma doença ou agravo. 
 
 Caso Suspeito: é a pessoa cuja história clínica, sintomas e possível 
exposição a uma fonte de infecção sugerem que o mesmo possa 
estar ou vir a desenvolver alguma doença infecciosa. O caso 
suspeito varia de acordo com cada doença ou agravo. 
 
 Coeficiente: é a relação entre o número de casos de um evento e 
uma determinada população, num dado local e época. 
 
 Comunicante: são todos aqueles (pessoa ou animal) que 
estiveram em contato com um reservatório (pessoa - caso clínico ou 
doente e portadores ou animal infectado) ou com ambiente 
contaminado, de forma a ter oportunidade de adquirir o agente 
etiológico de uma doença. 
 
 Contaminação: é a presença do agente (infeccioso no modelo 
biomédico) ou fator de risco. 
 
 Controle: quando relacionado a doenças significa operações ou 
programas desenvolvidos para eliminá-las ou para reduzir sua 
incidência ou prevalência; ou ainda atividades destinadas a reduzir 
um agravo até alcançar um determinado nível que não constitua 
mais problema de saúde pública. 
 
 Dado: é uma descrição limitada da realidade, não chega a ser uma 
informação. 
 
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 Dano: para nossa padronização de linguagem, consideraremos 
principalmente o termo “danos à saúde” que será correspondente 
ao termo “agravo à saúde”. 
 
 Determinantes: são fatores contribuintes ou determinantes 
parciais, que em sua articulação e provável sinergia propiciam a 
atuação do estímulo patológico. Temos os determinantes 
econômicos (miséria, privações), determinantes culturais (defecar 
próximo a mananciais sem tratamento como fator de 
esquistossomose ou hábitos alimentares perigosos), determinantes 
ecológicos (desequilíbrios produzidos – poluição atmosférica - ou 
não pelo homem) ou determinantes psicossociais (stress como 
imunodepressor; agressividade e desemprego como fatores 
importantes nos homicídios) e biológicos. 
 
 Doença ou Enfermidade: falta ou perturbação da saúde, moléstia, 
mal, enfermidade. 
 
Quanto às Formas das doenças: 
 Forma Manifesta é aquela que apresenta sinais e/ou sintomas 
clássicos de determinada doença. 
 Forma Inaparente ou Subclínica é aquela em que o indivíduo 
que não apresenta nenhum sinal ou sintoma (ou que 
apresenta muito poucos), apesar de estar com a doença 
presente. (Revelada às vezes somente através de exames 
laboratoriais). 
 Forma Abortiva ou Frustra é aquela que desaparece 
rapidamente após poucos sinais ou sintomas. 
 Forma Fulminante é aquela que leva rapidamente a óbito. 
 
Quanto ao processo de adoecimento e seus Períodos: 
 
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 Período de Incubação é o intervalo de tempo que decorre 
desde a penetração do agente etiológico no hospedeiro 
(indivíduo já está infectado), até o aparecimento dos sinais e 
sintomas da doença, variando de acordo com a doença 
considerada. 
 Período de Transmissibilidade é aquele em que o indivíduo é 
capaz de transmitir a doença quer esteja ou não com 
sintomas. 
 
Quanto às causalidades do processo de adoecimento: 
 
 Multicausalidade é o processo pelo qual as inúmeras 
presenças (Fatores, Agentes ou Determinantes), tendo acesso 
ao homem, interagem e podem provocar determinados 
agravos. Para que uma doença ou agravo tenha início, 
nenhum fator será por si só capaz de desencadear o processo 
patológico, esta multiplicidade é a multicausalidade. Como 
exemplo, temos uma infecção fúngica que para se estabelecer 
o hospedeiro precisa entrar em contato com um grande 
número de células, altamente virulentas e ainda, o indivíduo, 
precisa estar com um desequilíbrio na imunidade. 
 
 Relação Causal: diz-se de numa associação estatística 
significativa, quando uma ocorrência pode ser atribuída a 
determinado fator ou fatores. Ex: associação entre o hábito 
de fumar e o câncer do pulmão. 
 
 Relação não Causal: diz quando uma ocorrência não pode ser 
atribuída a determinado fator ou fatores apesar de ter numa 
associação estatística significativa. Ex: associação entre 
manchas escuras nos dedos (e ou dentes) e câncer de 
pulmão. 
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 Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de 
casos de uma doença em uma região específica. Para ser 
considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o 
esperado pelas autoridades. 
 
 Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em 
diversas regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece quando 
diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a nível 
estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia 
nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país. 
 
 Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos 
cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha por 
diversas regiões do planeta. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) 
passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a 
registrar casos nos seis continentes do mundo. A aids, apesar de 
estar diminuindo no mundo, também é considerada uma pandemia. 
 
 Endemia: a endemia não está relacionada a uma questão 
quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de 
uma região quando acontece com muita frequência no local. As 
doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por 
exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do 
Brasil. 
 
Os próximos 4 conceitos, de epidemia, 
endemia, pandemia e surto sempre são 
alvos de dúvidas e muitas vezes fazem parte de 
questões de concurso. 
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10. (IESES – Vigilância em Saúde - Pref. Biguaçu/SC- 2015) Os 
microrganismos são seres que, devido à sua alta taxa mutacional, rápido 
crescimento e facilidade de colonização dos mais variados meios, 
conseguiram se desenvolver abundantemente na água, no solo, no ar, no 
interior de plantas e animais, e também sobre a superfície corporal 
destes. A gravidade e o número de pessoas acometidas por uma 
determinada doença determinam a condição disseminadora do agente 
causador. Uma doença que acomete um número de pessoas constante, 
ou com pouca oscilação, durante décadas ou espaço de tempo superior, 
em uma determinada área geográfica, onde as mais comuns no Brasil são 
a malária, a doença de Chagas, o amarelão e a ascaridíase, pois os 
números de pessoas acometidas, em suas regiões de ocorrência, são 
constantes, ano após ano, são chamadas de: 
 
a) Epidemia. 
b) Endemia. 
c) Elimia. 
d) Pandemia. 
Gabarito: B 
Comentários: Novamente uma questão que apesar do tamanho é 
bastante direta. Temos que estar atentos ao trecho “Uma doença 
que acomete um número de pessoas constante, ou com pouca oscilação, 
durante décadas ou espaço de tempo superior, em uma determinada área 
geográfica, onde as mais comuns no Brasil são a malária, a doença de 
Chagas, o amarelão e a ascaridíase, pois os números de pessoas 
acometidas, em suas regiões de ocorrência, são constantes, ano após 
ano”, que é a definição de Endemia, portanto letra B. 
 
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 Fatores de Risco: são os componentes (a depender do modelo) 
que podem levar à doença ou contribuir para o risco de 
adoecimento e manutenção dos agravos de saúde. 
 
 Fonte de Infecção: de onde veio determinada infecção. O conceito 
confunde-se com o de um determinado reservatório específico. 
 
 Hospedeiro: ser vivo que oferece, em condições naturais, 
subsistência ou alojamento a um agente infeccioso. Pode ser 
humano ou outro animal (inclusive aves e artrópodes). 
 
 
 Hospedeiro primário ou definitivo é onde o agente atinge a 
maturidade ou passa sua fase sexuada; 
 Hospedeiro intermediário ou secundário é aquele onde o 
parasita se encontra em forma assexuada ou larvária. 
 
No modelo sistêmico o Homem pode ser hospedeiro 
intermediário ou definitivo. 
 
 
 Indicador de Saúde: indica, revela a situação de saúde (ou um 
aspecto dela) da população ou de um indivíduo; é montado a partir 
de dados referenciados no tempo e espaço e pela sua forma de 
organização e apresentação, facilitam a análise e o olhar com 
significância sobre a realidade, através de sua simples leitura ou 
através do acompanhamento dos dados no tempo. A Vigilância 
Sanitária utiliza muito, no seu dia a dia e em seu planejamento, 
“Indicadores de Saúde” e “Indicadores Ambientais” e por vezes 
“Indicadores de Produção”, “Indicadores Demográficos” e “Sócio-
Econômicos”. 
 
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 Morbidade: é a variável característica das comunidades de seres 
vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquirem doenças 
(ou determinadas doenças) num dado intervalo de tempo em uma 
determinada população. A morbidade mostra o comportamento das 
doenças e dos agravos à saúde na população. 
 
A morbidade é frequentemente estudada segundo quatro 
indicadores básicos: a incidência, a prevalência, a taxa de 
ataque e a distribuição proporcional. 
 
Incidência ou Coeficiente de Incidência (CI): A incidência de 
uma doença, em um determinado local e período, é o número de 
casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período. 
Traz a ideia de intensidade com que acontece uma doença numa 
população, mede a frequência ou probabilidade de ocorrência de 
casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto 
risco coletivo de adoecer. 
 
CI = nº de casos novos de determinada doença em dado local e período x 10n 
 na população do mesmo local e período 
 
Prevalência ou Coeficiente de Prevalência (CP): prevalecer 
significa ser mais, preponderar, predominar. A prevalência indica 
qualidade do que prevalece, prevalência implica em acontecer e 
permanecer existindo num momento considerado. Portanto, a 
prevalência é o número total de casos de uma doença, existentes 
num determinado local e período. 
 
CP = nº de casos de determinada doença em um dado local e período x 10n 
 população do mesmo local e período 
 
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O coeficiente de prevalência é mais utilizado para doenças crônicas de 
longa duração. Ex: hanseníase, tuberculose, AIDS, tracoma ou diabetes. 
Casos prevalentes são os que estão sendo tratados (casos antigos), mais 
aqueles que foram descobertos ou diagnosticados (casos novos). A 
prevalência, como ideia de acúmulo, de estoque, indica a força com que 
subsiste a doença na população. 
 
Taxa de Ataque (TA): Esta taxa, sempre expressa em 
percentagem, nada mais é do que uma forma especial de 
incidência. É usada quando se investiga um surto de uma 
determinada doença em um local onde há uma população bem 
definida como residência, creche, escola, quartel, colônia de férias, 
pessoas que participaram de um determinado evento como um 
almoço, etc. Essas pessoas formam uma população especial, 
exposta ao risco de adquirir a referida doença, em um período de 
tempo bem definido. 
 
TA = n.º de casos da doença em um dado local e período x 100 
 população exposta ao risco 
 
Distribuição Proporcional (DP): A distribuição proporcional 
indica, do total de casos ou mortes ocorridas por uma determinada 
causa, quantos se distribuem, por exemplo, entre homens e 
quantos entre mulheres, quantos ocorrem nos diferentes grupos de 
idade. O resultado sempre é expresso em porcentagem. A 
distribuição proporcional não mede o risco de adoecer ou morrer 
(como no caso dos coeficientes), somente indica como se 
distribuem os casos entre as pessoas afetadas, por grupos etários, 
sexo, localidade e outras variáveis. 
 
DP = N.º parcial de casos x 100 
 N.º total de casos 
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 Mortalidade: é a variável característica das comunidades de seres 
vivos; refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num 
dado intervalo do tempo. Representa o risco ou probabilidade que 
qualquer pessoa na população apresenta de poder vir a morrer ou 
de morrer em decorrência de uma determinada doença. Diversas 
vezes temos que medir a ocorrência de doenças numa população 
através da contagem de óbito e para estudá-las corretamente; 
estabelecemos uma relação com a população que está envolvida. 
 
É calculada pelas taxas ou coeficientes de mortalidade. 
Representam o “peso” que os óbitos apresentam numa certa 
população. 
 
Calcula-se principalmente os coeficientes ou taxas de mortalidade 
geral, mortalidade infantil, mortalidade por causa e a letalidade, 
apesar de haver muitos outros coeficientes de mortalidade bastante 
usados. 
 
Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) é a relação entre o total de 
óbitos de um determinado local pela população exposta ao risco de 
morrer. 
 
CMG = nº de óbitos em dado local e período x 103 
 população do mesmo local e período 
 
O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) mede a proporção de 
crianças que morrem antes do primeiro ano de vida em relação aos 
nascidos vivos, em determinada área e período, isto é, o risco dessa 
criança morrer. 
 
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CMI = nº de óbitos em menores de 1 ano em dado local e período x 103 
 nº de nascidos vivos no mesmo local e período 
 
Coeficiente de Mortalidade por Causa (CMC) permite conhecer os riscos 
de morrer por uma determinada causa e consequentemente orientar sua 
prevenção específica. Nas doenças transmissíveis é bom indicador para 
avaliar as ações de saneamento e a eficácia e o impacto de medidas de 
prevenção e controle adotadas. Relaciona o número de óbitos por uma 
determinada causa pela população exposta. 
 
CMC = n.º de óbitos por determinada doença em dado local e período x 10n 
 população exposta ao risco 
 
Letalidade ou taxa ou coeficiente de letalidade (CL) relaciona o número de 
óbitos por determinada causa e o número de pessoas que foram 
acometidas por tal doença. Esta relação nos dá ideia da gravidade do 
agravo, pois indica o percentual de pessoas que morreram por tal doença 
e pode informar sobre a qualidade da assistência médica oferecida à 
população. 
 
CL = n.º de óbitos de determinada doença em dado local e período x 100 
 n.º de casos da doença no mesmo local e período 
 
 
Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de Swaroop-
Uemura: Mede a proporção de óbitos de pessoas com 50 anos e mais em 
relação ao total de óbitos ocorridos em um dado local e período. 
 
RMP = n.º de óbitos em de 50 anos em dado local e período x 100total de óbitos no mesmo local e período 
 
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11. (IDECAN – Vigilância em Saúde - Pref. Ubatuba-SP - 2015) 
Com o número de óbitos de uma determinada doença infecto-parasitária, 
dividido pelo número de doentes da mesma patologia em uma área, 
podeǦse configurar: 
 
A) a taxa de ataque. 
B) a taxa de prevalência. 
C) o coeficiente de letalidade. 
D) o coeficiente de mortalidade geral. 
Gabarito: C 
Comentários: Questão conceitual e direta onde o autor deseja 
saber “o número de óbitos de uma determinada doença, dividido pelo 
número de doentes da mesma patologia em uma área”, que é o conceito 
de letalidade, portanto letra C. 
 
12. (AOCP– Vigilância em Saúde – EBSERH/Nacional - 2015) 
Enfermeira foi contratada para o Serviço de Controle de Infecção da 
Santa Casa. Ao analisar os dados sobre infecção hospitalar, identificou 
como um dos pontos críticos a falta de informações sobre a Taxa de 
Incidência das ISC, a partir das seguintes informações: total de 
colecistectomias realizadas no mês de novembro de 2014 = 25; 
diagnosticadas duas ISC superficiais, duas ISC profundas e uma ISC de 
órgão/cavidade. Considerando essa situação hipotética, assinale a 
alternativa que apresenta o valor correto da Taxa de Incidência. 
 
(A) 2%. 
(B) 16,6%. 
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(C) 5%. 
(D) 20%. 
(E) 5,2% 
Gabarito: D 
Comentários: Questão de aplicação de fórmula. O autor deseja que 
se calcule a taxa de incidência das ISC (infecções de sítio 
cirúrgico) a partir de 25 colecistectomias realizadas sendo 
diagnosticadas o total de 5 ISC (2 superficiais, 2 profundas e 1 de 
órgão/cavidade). Portanto temos: 
 
CI= 5/25 =0,2 x 100 (taxa de incidência em porcentagem) = 
20%, resposta letra D. 
 
13. (UNIUV– Vigilância em Saúde – Pref. União da Vitória/PR- 
2015) No Brasil em 2015, até a semana epidemiológica 12 (04/01/15 a 
28/03/15), foram registrados 460.502 casos notificados de dengue e 
2.552 casos autóctones suspeitos de febre de chikungunya. O número de 
casos novos de dengue/100 mil habitantes é denominado de: 
 
A ( ) Morbimortalidade; 
B ( ) Prevalência; 
C ( ) Morbidade; 
D ( ) Incidência; 
E ( ) Mortalidade por determinada doença. 
Gabarito: D 
Comentários: Novamente uma questão conceitual, na qual o autor 
deseja saber o que significa “o número de casos novos de dengue/100 
mil habitantes”. Basta lembrar que, quando se menciona casos 
novos de determinada doença em relação a população local, é o 
conceito de Incidência, portanto letra D. 
 
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14. (IMA – Vigilância em Saúde – Pref. Remanso/BA- 2015) Os 
Indicadores Epidemiológicos medem a magnitude ou transcendência (ou 
seja, o tamanho ou a gravidade) do problema de saúde. Por conseguinte, 
se referem à situação verificada na população ou no meio ambiente num 
momento dado ou num período determinado. Incidência pode ser definida 
da seguinte forma: 
 
A) A incidência de doenças é o conjunto de atividades sistemáticas de 
avaliação de uma doença com objetivo de detectar ou prever alterações 
de seu comportamento epidemiológico. 
B) A incidência de doenças é simplesmente o número de objetos ou 
eventos em um grupo. 
C) A incidência de doenças em uma população significa a ocorrência de 
casos novos relacionados à unidade de intervalo de tempo - dia, semana, 
mês ou ano. 
D) A incidência de doenças é a frequência absoluta dos casos de doenças, 
independente da época em que esta iniciou. 
E) A incidência de doenças é a medida pela frequência da doença ou pelo 
seu coeficiente durante um determinado período de tempo. 
Gabarito: C 
Comentários: Mais uma vez que uma questão conceitual na qual 
se deseja o conceito de Incidência, que segundo nosso aula “a 
incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o 
número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e 
período”, semelhante a alternativa C. 
 
15. (FGV– Vigilância em Saúde – Câmara de Recife/PE - 2014) 
Uma determinada região registrou 100 novos casos de diabetes mellitus 
no ano de 2013 que foram somados aos 400 casos com acompanhamento 
em curso. Com base nesses dados, pode-se afirmar que: 
 
(A) a prevalência de diabetes em 2013 foi de 300 casos; 
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(B) não é possível determinar a prevalência de diabetes; 
(C) a incidência de diabetes em 2013 foi de 100 casos; 
(D) a prevalência de diabetes foi menor que a incidência; 
(E) não é possível determinar a incidência de diabetes. 
Gabarito: C 
Comentários: Apesar de aparentemente se tratar de uma 
pegadinha, na verdade é uma questão estritamente conceitual na 
qual o concurseiro deva estar atento. Segundo o enunciado “uma 
região registrou 100 novos casos de diabetes mellitus em 2013”, que se 
somaria “aos 400 casos com acompanhamento em curso”. Pela 
informações conseguimos estimar que esse 100 novos casos 
constituem, a incidência de diabetes (do conceito, a incidência de 
uma doença é o número de casos novos da doença que iniciaram 
no mesmo local e período) e os 400 já existentes (somados aos 
100 novos, totalizando 500) a prevalência de diabetes na 
população (a prevalência é o número total de casos de uma 
doença, existentes num determinado local e período), portanto a 
alternativa correta é a C. 
 
16. (AOCP – Vigilância em Saúde - EBSERH/Nacional - 2014) A 
Epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes de estados 
ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e a aplicação 
dos resultados para o controle de problemas de saúde (APECIH, 2000; p. 
1). A razão entre o número de indivíduos mensuravelmente afetados ou 
doentes por um agente em uma população definida em um período 
particular, sem considerar quando o processo ou doença começou, refere-
se à taxa de: 
 
(A) morbidade. 
(B) letalidade. 
(C) mortalidade. 
(D) densidade de incidência. 
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(E) prevalência. 
Gabarito: E 
Comentários: Questão conceitual, na qual o autor pede o 
significado da “razão entre o número de indivíduos mensuravelmente 
afetados ou doentes por um agente em uma população definida em um 
período particular, sem considerar quando o processo ou doença 
começou”. Note que ao autor não faz menção a casos novos, 
portanto descartamos a incidência e concluímos se tratar da 
definição de prevalência, alternativa E. 
 
 
 Reservatório de agentes infecciosos (reservatório de bioagentes): 
é o ser humano ou animal, artrópode, planta, solo ou matéria 
inanimada em que um agente normalmente vive, se multiplica ou 
sobrevive e do qual tem o poder de ser transmitido a um 
hospedeiro susceptível. 
 
Classificam-se as doenças segundo seu reservatório como: 
 
 Antroponoses: são as doenças onde o homem é o único 
reservatório, único hospedeiro e único susceptível (gripes, 
DST, febre tifóide). 
 Zoonoses: são infecções comuns aos homens e outros 
animais. 
 Anfixenoses: onde homens e animais são reservatórios 
(leishmaniose). 
 Fitenoses - as plantas são os reservatórios e o homem 
susceptível (blastomicose). 
 
 Sazonalidade: é a propriedade de um fenômeno considerado 
periódico (cíclico) de repetir-se sempre na mesma estação (sazão) 
doano. As doenças são sujeitas à variação sazonal com aumentos 
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periódicos em determinadas épocas do ano, geralmente 
relacionados ao seu modo de transmissão. 
 
 Vetores: são seres vivos que veiculam o agente desde o 
reservatório até o hospedeiro potencial. 
 
 Vetores mecânicos são os transportadores de agentes, 
geralmente insetos, que os carreiam nas patas, probóscides, 
asas ou trato gastrintestinal contaminados e onde não há 
multiplicação ou modificação do agente. 
 Vetores biológicos são aqueles em que os agentes 
desenvolvem algum ciclo vital antes de serem disseminados 
ou inoculados no hospedeiro. 
 
 
 
 
 
17. (AOCP – Vigilância Epidemiológica - EBSERH/Nacional -
2014) Qual das doenças a seguir é transmitida por vetores? 
 
(A) Sarampo. 
(B) Botulismo. 
(C) Tétano. 
(D) Coqueluche. 
(E) Raiva. 
Gabarito: E 
Comentários: Questão bastante simples, na qual, mais uma vez, é 
requisitado ao concurseiro que conheça a forma de transmissão 
das doenças e ainda, especificamente esta, o conceito de vetor – 
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que são seres vivos que veiculam o agente desde o reservatório 
até o hospedeiro potencial. Por exclusão temos que Botulismo se 
adquire através de alimentos contaminado com a toxina 
bacteriana; Tétano, através acidente com materiais 
perfurocortantes; da Coqueluche e Sarampo, através de 
perdigotos expelidos pela tosse, fala ou respiração de um 
indivíduo doente. Considerando que a transmissão da raiva se dá 
pela saliva de um mamífero doente, portanto esse é o veículo 
transmissor, alternativa E. 
 
 Veículos: são fontes secundárias, intermediárias entre o 
reservatório e o hospedeiro como objetos e materiais (alimentos, 
água, roupas, instrumentos cirúrgicos, etc.). 
 
----//---- 
 
Referências: 
 
Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em 
Saúde - Parte 1 / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – 
Brasília : CONASS, 2011. 320 p. (Coleção Para Entender a Gestão 
do SUS 2011, 5,I) 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Guia de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 
812 p 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. 
Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes Nacionais da Vigilância 
em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em 
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da 
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Saúde, 2010. 108 p.: – (Série F. Comunicação e Educação em 
Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006; v. 13) 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância 
epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em 
Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – 
Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 816 p. – (Série A. Normas e 
Manuais Técnicos) 
 
E aqui terminamos nossa aula! 
Espero que tenham gostado da abordagem e metodologia. 
 
Ainda segue ao final, as Questões de Concursos e em seguida a lista 
com o Gabarito. 
 
Na próxima aula trataremos do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde 
e Sistemas de Informações da Vigilância em Saúde. 
 
Espero você lá! 
 
Forte abraço! 
 
Thiago Nascimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Agora você deve realizar essas questões retiradas de concursos anteriores 
para exercitar e fixar o conteúdo estudado nesta aula. Não deixe de 
conferir o gabarito ao final da aula 
 
Questões de Concursos: 
 
 
1. (FUNADEPI - Seduc - 2010) Conjunto de ações que proporcionam o 
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos 
fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, 
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças ou agravos. A definição refere-se a: 
 
a) Vigilância em Saúde do Trabalhador; 
b) Vigilância Epidemiológica; 
c) Vigilância Sanitária; 
d) Vigilância em Saúde; 
e) Promoção da Saúde. 
 
2. (AOCP - Vigilância Sanitária - EBSERH/ Concurso Nacional - 
2014) São ações prioritárias de Vigilância em Saúde, EXCETO 
 
(A) notificação de doenças e agravos. 
(B) alimentação e manutenção de sistemas de informação. 
(C) vigilância ambiental. 
(D) controle social no SUS. 
(E) imunizações. 
 
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3. (AOCP – Vigilância Epidemiológica - EBSERH/Nacional - 2014) 
São os componentes da vigilância em saúde, EXCETO: 
 
(A) ações de vigilância. 
(B) hierarquização das ações. 
(C) controle de agravos à saúde. 
(D) promoção à saúde. 
(E) prevenção de doenças. 
 
4. (AOCP - Vigilância - EBSERH/HU-UFGD - 2013) A adoção do 
conceito de vigilância em saúde procurou simbolizar uma abordagem, 
mais ampla do que a tradicional prática de vigilância epidemiológica, 
incluindo as afirmativas a seguir, EXCETO 
 
(A) a vigilância das doenças transmissíveis. 
(B) a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis e seus fatores 
de risco. 
(C) a vigilância ambiental em saúde. 
(D) a vigilância em saúde mental. 
(E) a vigilância da situação de saúde 
 
5. (AOCP – Vigilância Epidemiológica - EBSERH/HE-UFSCAR - 
2015) “Desenvolve ações de monitoramento contínuo do 
país/estado/região/município/território, por meio de estudos e análises 
que revelem o comportamento dos principais indicadores de saúde, 
priorizando questões relevantes e contribuindo para um planejamento de 
saúde mais abrangente”. O enunciado refere-se à: 
 
(A) Vigilância da situação de doença. 
(B) Vigilância da situação de saúde. 
(C) Vigilância da situação de risco. 
(D) Vigilância da situação de morbidade. 
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(E) Vigilância da situação de mortalidade. 
 
6. (AOCP – Vigilância Epidemiológica - EBSERH/Nacional - 2014) 
Qual das doenças a seguir é transmitida por vetores? 
 
(A) Sarampo. 
(B) Botulismo. 
(C) Tétano. 
(D) Coqueluche. 
(E) Raiva. 
 
7. (AOCP – Vigilância Epidemiológica - EBSERH/Nacional – 2014) 
No Brasil, o registro mais antigo de ações de prevenção e controle de 
doenças é referente à adoção de medidas para conter qual epidemia, no 
século XVII, no porto de Recife? 
 
(A) Aids. 
(B) Dengue. 
(C) Malária. 
(D) Febre amarela. 
(E) Esquistossomose. 
 
8. (Cope/UFAL - Vigilância Epidemiológica – UNCISAl -2015) A 
qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes 
utilizados em sua formulação (frequência de casos, tamanho da 
população em risco) e da precisão dos sistemas de informação 
empregados (registro, coleta, transmissão dos dados). Qual a taxa de 
incidência de dengue para um determinado município com população de 
264.000 habitantes e 89 casos de dengue confirmados no ano de 2013? 
 
A) 23,90 
B) 27,00 
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C) 33,71

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