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ELIÉSIO 
1
ESCOLA TÉCNICA REZENDE-RAMMEL 
 
CURSO TÉCNICO DE MECATRÔNICA 
 
ELETRÔNICA APLICADA I 
 
NOME __________________________ TURMA _______ ANO ___ 
 
 
O UNIJUNÇÃO 
 
 TRANSISTOR UNIJUNÇÃO “UJT” 
 
 Como seu próprio nome diz, o transistor unijunção (unijunction transistor – UJT ) é um 
dispositivo semicondutor de três terminais com apenas uma junção PN. 
 Ë um dispositivo de disparo com certas características particulares. 
 
 
ESTRUTURA DE UM TRANSISTOR UNIJUNÇÃO 
 
 O transistor unijunção (UJT) é um elemento composto por duas bases, B1 e B2, entre as quais está 
situada uma resistência de silício de tipo N formando o emissor. 
 
 
 E 
 
. BASE 2 B2 
 
 
 BASE 1 N 
 
 E P 
 
 
 
 
 B1 
 
 
 
 
Numa barra de material N levemente dopado, é soldado um terminal de alumínio, que é um dopante 
aceitador. Forma-se então, na região próxima à junção, um material do tipo P de dopagem elevada 
chamada emissor E. Os outros dois terminais da barra são chamados base 1 (B1) e base 2 (B2). 
 
 Temos então em um ponto determinado da resistência a criação de uma junção PN, cujo ânodo é o 
eletrodo emissor “E”. 
 
 
 
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ELIÉSIO 
2
 
 
 
 ESQUEMA ELÉTRICO EQUIVALENTE SIMBOLOGIA 
 B2 
 
 B2 
 E 
 rB2 
 
 E P rBB 
 B1 
 
 rn 
 rB1 
 rs rB1= rn + rs A seta indica o sentido de 
 condução da junção PN 
 rBB = rB2 +rB1 
 rn pare variável de rB1 
 B2 
 
Os terminais B1 e B2 da barra, nada mais são do que uma simples resistência, cujo valor depende de 
detalhes construtivos, como dopagem e dimensões. 
 
 Esta resistência é denominada interbase (rBB) e seu valor a 25º C está compreendido entre 
4,7Ω e 9,1KΩ. 
 
Observando o circuito equivalente do UJT (transistor unijunção) encontramos uma malha resistiva com 
uma junção PN inserida e constituindo um terceiro terminal, que estará pronto para conduzir quando 
diretamente polarizado. 
 
 
CURVA CARACTERÍSTICA DE UM UJT 
 
 
 VBB 
 B2 
 rB2 
 E 
 VE I 
 VX 
BB
BB
r
V
I = zona de resistência negativa 
 rB1 
 
 B1 
 I
V
r r
BB
B B
=
+2 1
 
 
 VX
r
r r
VB
B B
BB=
+
×1
1 2
 CHAMANDO 
r
r r
B
B B
1
1 2+
= η VX VBB= ×η 
 
12
112
1
BB
B
BB
BB
BB
B
rr
r
V
V
rr
r
VBB
VX
+
=
×
+
==η r r rBB B B= +1 2 η =
r
r
B
BB
1 
 
 
 
 
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ELIÉSIO 
3
 
 
IMPORTANTE 
 
O fator η (éta) é parâmetro do UJT,que representa a razão intrínseca de afastamento que é fornecido 
pelo fabricante e cujo valor oscila entre 0,5 e 0,7, variando inversamente com a temperatura numa razão 
aproximada de 3mV/ºC. Esta instabilidade, com a temperatura pode ser neutralizada pela utilização de 
circuitos de estabilização. 
 
 
 IE rB2 
 VX 
 VE 
 VBB 
 VEE rB1 
 
 
 
 
 Se a tensão do emissor (VE) for menor que VX(tensão de referência) , a junção PN fica 
inversamente polarizada e teremos apenas uma pequena corrente de saturação, provocada por portadores 
minoritários, no emissor. 
 Se a tensão do emissor (VE), é aumentada acima de VX, ou mais precisamente para VE =VD 
onde VD=VX+Vγ pois VD é a tensão de disparo , sendo que Vγ representa o valor de tensão necessária 
para vencer o potencial de barreira da junção PN e VX a queda de tensão em rB1 , neste caso o diodo do 
emissor fica polarizado diretamente. Nesta condição, lacunas são injetadas do material P para o material 
N. Essas lacunas são repelidas pelo potencial positivo de B2 e vão para B1. Este acúmulo de portadores, 
lacunas, na região do emissor e de B1, resulta num decréscimo na parte variável da resistência rB1 (rn) 
 
 CARACTERÍSTICA DE RB1 
 
 rB1(KΩ) Esta variação de rB1 (rn) caracteriza uma 
 resistência negativa , pois 
 como diminui a resistência, diminui também 
 4 a tensão VX, mais mesmo assim aumenta a 
 3 Saturação corrente. 
 2 
 1 
 0 10 20 30 40 IE(mA) 
 
 A partir do instante em que a junção de emissor começa a conduzir, a tensão VX = η VBB vai 
diminuindo (parte variável de rB1) e a corrente de emissor em consequência aumentando. Quanto mais 
portadores (lacunas) são injetados, mais entramos na região de saturação do UJT. 
 Naturalmente esta corrente será limitada pela colocação de um resistor externo a B1 que colherá o 
pulso de corrente. 
 CARACTERÍSTICA VxI DO UJT 
 
 VE 
 VBBIpico 
 Vpico 
 região 
 de região de região 
 corte resistência do 
 negativa vale 
 
 Vv 
 região de VBB=0 
 saturação Iv 
 IE 
Na curva característica VxI 
estática de um UJT destaca-se 
os parâmetros Vp (tensão de 
pico), Ip (corrente de pico), Vv 
(tensão de vale) e Iv (corrente 
de vale). 
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ELIÉSIO 
4
 . 
 
 FAMÍLIA DE CURVAS DE UM UJT 
 
 A família de curvas de emissor de um UJT tendo como parâmetro a tensão aplicada VBB. 
 VE 
 
 16 
 E 
 12 B2 
 VBB=30V VE VBB 
 8 VBB=20V B1 
 VBB=10V 
 4 VBB=5V 
 
 0 IE 
 
 As curvas para VBB ≠ 0, correspondem exatamente à região de resistência negativa. 
 Com VBB = 0, a característica é de uma junção PN comum, onde o emissor e a base B1 
correspondem o anodo e o catodo respectivamente de um diodo. 
 
 FUNCIONAMENTO 
 
 UJT é polarizado normalmente com tensão entre bases VBB = 5 a 30 V. Pela resistência rBB 
circula então uma corrente IB2 = VBB / rBB. No cátodo do diodo encontramos uma tensão VX= VBB x 
rB1/rB1+rB2 .Quando a tensão de emissor VE é inferior a VX, o diodo tem polarização reversa e conduz 
uma pequena corrente de fuga (IEBO). Quando a tensão de emissor VE é superior a VX, o diodo fica 
polarizado diretamente e conduz uma corrente IE que injeta portadores no material N diminuindo sua 
resistência. A diminuição da resistência diminui VX, se VE for constante aumenta IE. Este fenômeno é 
acumulativo até que IE atinge seu valor máximo. 
 
 POLARIZAÇÃO NORMAL DE UM UJT 
 RL 
 E B2 
BB
BB
B r
V
I =2 
 VEE VBB 
 B1 
11
1
BB
B
BB rr
r
VVX
+
×= 
 VEE B1 
 
EXEMPLO 1 Tomando como base o circuito abaixo , determine: 
 
 a) Corrente no emissor 
 
 CH R2 VBB 
 
 
 UJT 
 
 Vin R1 
 
 
 
 
A tensão de afastamento é 
 VVVBBVX 5,81085,0 =×=×=η 
 
Na prática, é necessário que 
seja colocado resistores 
externos, para que a corrente 
seja limitada. 
DADOS 
VBB=10 V 
Vin= 20 v 
R1=100KΩ 
R2=400 Ω 
η=0,85 
Iv=7 mA 
VV=1 V 
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ELIÉSIO 
5
Pela tensão de afastamento sabemos que VE deve ser ligeiramente maior que 8,5 V para ligar o 
diodo de emissor e assim disparar o UJT.[VE=VD] 
Com a chave de entrada [CH] ligada, teremos 20 V alimentando o resistor de 400 Ω e isto é o 
suficiente para superar a tensão de afastamento [8,5 V] e disparar o UJT. E a corrente de emissor 
será de : 
 
 mAV
R
VinIE 50
400
20
2
=
Ω
=≅ 
 
 
 b) A tensão no emissor que abre o UJT 
 
 Como o UJT possui uma corrente de vale de 7 mA com tensão de vale de 1 V, a tensão no 
emissor neste ponto é de 1 V. 
 
 Na seqüência do funcionamento, a medida que é reduzida a alimentação do emissor, a corrente de 
emissor diminui.. No ponto em que ela é de 7mA [Iv} , a tensão de emissor [VE] será de 1 V 
[Vv} e o UJT estará preste a abrir. A tensão de alimentação do emissor [Vin ] neste instante será: 
 
 ( ) VVmAVEVRVin 8,3140072 =+Ω×=+= 
 
 
 CONCLUSÃO 
 
 No circuito analisado verificamos que quando Vin for menor que 3,8 V, o UJT abrirá. E só 
irá fechar novamente quando Vin estiver com valor acima de 8,5 V 
 
 Após o disparo, teremos sobre R2 a tensão de : 
 
 VmARIpVRE 20400502 =Ω×=×≅ 
 
 Observamos que agora a tensão VE será fornecida por VBB. 
EXEMPLO 2 Sabendo que o UJT do exemplo 1 possui uma corrente de vale de 7 mA, e a 
tensão do emissor é de 1 V neste ponto. Qual o valor de tensão do emissor que o UJT abre.? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O valor de 50 mA representa a corrente de pico 
O valor 3,8 V representa a 
tensão de vale 
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ELIÉSIO 
6
 OSCILADOR DE RELAXÃO COM UJT 
 
 O disparador mais comum utilizando o UJT é o oscilador de relaxação 
 
 VBB VE 
 Vp 
 R1 R2 
 VE 
 B2 Vv 
 t 
 B1 VX 
 C VR3 
 R3 
 
 
 0 t 
 
 Neste circuito o capacitor “C“ se carrega através de R1 até que a tensão de emissor alcance o nível 
de VD=VX+Vγ, neste momento o UJT fecha e "C" se descarrega sobre rB1 e R3. Quando a tensão de 
emissor cai a um valor de ± 2 V, neste ponto o diodo deixa de conduzir, e o UJT se bloqueia começando 
um novo ciclo. 
 O período de oscilação “τ “, que é praticamente independente da tensão de alimentação e da 
temperatura, é dado para um valor prático por: 
 
 τ= RC 
 
 
 ANÁLISE DE UM OSCILADOR DE RELAXAÇÃO 
 
 Sem considerar o que acontece com o capacitor admitamos que este esteja inicialmente 
descarregado. Pelo circuito equivalente do UJT, entre a base 1 e 2 existe um divisor de tensão. 
 
 VBB Na prática, utiliza-se RB2<<rB2, fazendo com que a queda de tensão em RB2 
 RB2 seja desprezível. O mesmo ocorre em relaçãoa RB1 e rB1. 
 I Para RB2 e RB1 desprezível teremos : 
 R • B2 I
V
r r
V
r
BB
B b
BB
BB
=
+
=
1 2
 VX I r
V
rB
BB
BB
= × =1 
 rB2 Como 
V
r
BB
BB
= η teremos VX rB= η 1 
 • • VX 
 A tensão VX pode ser definida em função da tensão da fonte. 
 rB1 VX
r
r
VB
BB
BB= ×1 como η =
r
r
B
BB
1 
 C então VX VBB= ×η 
 • B1 
 I 
 RB1 
 
 
 
 Supondo que o capacitor esteja descarregado antes do circuito ser ligado a fonte VBB, a tendência é 
a de carregar-se exponencialmente até atingir a tensão da fonte. 
 
 
 
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ELIÉSIO 
7
 
 VBB A constante de tempo τ = R x C é conceitualmente, 
 o tempo após o qual o capacitor carrega-se com, aproxi- 
 0,63VBB madamente 63% da tensão aplicada. 
 Após 5τ o capacitor estará praticamente com uma 
 tensão igual a tensão aplicada. 
 τ 5τ 
 
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
−=
⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛ −
τ
1
1 eVVC 
 
 Quando o capacitor começar a carregar-se a partir de zero volt, a tensão no emissor (igual à tensão 
no capacitor) é menor do que a tensão VD. Assim o diodo do emissor está cortado e o UJT bloqueado. 
 
 O capacitor carrega-se até que o diodo emissor comece a ficar polarizado diretamente. Quando 
isso ocorre, a tensão no capacitor está próxima de VD, que é a tensão de disparo do UJT. 
 Quando o diodo emissor conduzir, no instante de disparo, a tensão no capacitor valerá: 
 
 
 VC=VD=VX+Vγ 
 
 
 Vd Quando o UJT entra em condução, há uma injeção de 
 E portadores (lacunas) do emissor para a barra de material N. 
 Isso faz com que a resistência da região entre emissor e base 1 
 A K diminua ( esta é a parte variável da resistência rB1, que foi 
 C rB1 chamada de rn). 
 VC=VP VX Quando o UJT é disparado, o fato de rn diminuir ( maior 
 injeção de portadores), faz com que a corrente aumente. Como 
 RB1 consequência, mais portadores são injetados e a resistência 
 diminui ainda mais. A tensão no ponto E diminuirá (a capa-). 
 citor estará se descarregando) mas a corrente aumentará. Ë por 
 isso que essa região é chamada de região de resistência negativa 
 
 I I 
 
 
 
 
 
 V V 
 Resistência positiva Resistência negativa 
 A corrente aumenta com o aumento da tensão A corrente aumenta com a diminuição da tensão 
 
 
 A resistência rn diminui até o ponto em que há uma saturação dos portadores. Já haverá tantos 
portadores na região de base, que um novo aumento de portadores não diminuirá mais a resistência. Nesse 
instante o UJT corta e o capacitor para de descarregar-se. 
 
 
 No corte o capacitor volta a carregar-se através do resistor até atingir o valor de VD (tensão de 
disparo do circuito) 
 
 
 
 
 
 
R+ 
R− 
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ELIÉSIO 
8
 FORMAS DE ONDA DO OSCILADOR DE RELAXAÇÃO COM UJT 
 
 τ1 τ2 
 Vp Tensão de disparo 
 
 
 
 Vv tensão de vale 
 t 
 
 
 VB1 Tensão no terminal B 
 
 
 
 Tensão contínua em B1 
 t 
 
 VB2 Tensão no terminal B2 
 
 
 
 t0 t1 t2 t 
 T 2T 
 
De 0 até t1, o capacitor carrega-se através de R, com constante de tempo τ =RC. Em t1, o UJT dispara e 
entre t1 e t2, o capacitor descarrega-se com constante de tempo bem menor τ =C(rB1 + RB1). 
 
 PROJETO DE UM OSCILADOR DE RELAXAÇÃO COM UJT 
 
 
 Ao realizar um projeto de um oscilador de relaxação usando UJT 
deve ser levado em considerações alguns pontos básicos. 
 
 região VE região de região de 
 de corte resistência negativa saturação 
 Vp 
 
 
 
 
 
 
 VEsat 
 Vv 
 
 
 
 Ip Iv 50 mA IE 
 
 IE0 (µ A) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corrente antes do disparo IE0 
Ponto do vale 
Ponto do pico
Tempo de carga 
do capacitor 
τ1=RC 
Tempo de 
descarga do 
capacitor 
τ2=rB1C
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ELIÉSIO 
9
CÁLCULO DE R 
 
 
 O valor de R é definido pela expressão: 
 
 IV corrente mínima de vale 
 Ip corrente máximo de disparo 
 
 
 Se for escolhido um valor maior para R, o UJT não irá disparar. 
 Se for escolhido uma valor menor para R, o UJT dispararia apenas uma vez. 
 
 
 FREQUÊNCIA DE OPERAÇÃO 
 
 
 Esta expressão é utilizada para definir o valor de C a partir de um R 
adotado e da frequência desejada. 
 
 
 
 PERÍODO DE OPERAÇÃO 
 
η−
=
1
1lnRCT 
 
 CÁCULO DE RB1 
 
 No projeto, RB1 sempre tem um valor baixo, da ordem de dezenas ou de centenas de ohms. Seuvalor é normalmente escolhido para não provocar o disparo quando o capacitor ainda estiver sendo 
carregado, Isto ocorreria se a tensão de polarização fosse maior ou igual a VGD ( este parâmetro do UJT 
defini a máxima tensão de disparo que de forma garantida não irá disparar o UJT). 
 
VGD
RB VBB
RB RB rBB
≥
×
+ =
1
1 2
 
 
 
 FONTE DE ALIMENTAÇÃO 
 
 A fonte de alimentação VBB deve ter um valor entre 10 e 35 V. O menor valor é determinado pela 
amplitude da tensão do pulso desejado na base 1 do UJT. O maior valor é definido pela máxima 
dissipação de potência admitida pelo UJT. 
 
 CÁCULO DE RB2 
 
 A estabilidade térmica do UJT melhora com o RB2. Alguns fabricantes recomendam como valor 
prático para RB2, 15% de rBB (rB1+rB2). Outros definem RB2 com expressões que dependem do tipo do 
UJT, como por exemplo: 
 
RB
VBB
2
10000
≅
×η
( para UJT tipo 2N2646 OU 2N2647 ) 
ou 
p
pBB
V
VBB
I
VV
R
I
VV −
≤≤
−
 
( )F
I
R C
=
× × −ln 1
1 η
 
Geralmente RB é limitado a um 
valor menor que 100Ω 
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ELIÉSIO 
10
( )
RB
r
V
RBBB
BB
2
0 40 1 1
≅
×
×
+
− ×,
η
η
η
(para UJT tipo 2N1671 ou 2N2160) 
 
EXEMPLO 
 
 Projetar um circuito de disparo com UJT que apresenta os seguintes parâmetros: 
VBB = 30 V, η = 0,51, Iv = 10 µA, Vp = 3,5 Ip = 10 mA 
A freqüência de oscilação é F = 60 Hz e a largura do pulso 
de disparo é de t = 50 µs 
 
Período ms
HzF
T 67,16
60
11
=== 
 
Como VVdVBBVp 8,155,03051,0 =××=+×=η 
 
Arbitrando um capacitor com FC µ47,0= 
 
Definindo R 
 
 
 
 
Ω≤≤Ω⇒
−
≤≤
− MRK
A
VR
mA
VV 42,165,2
10
8,1530
10
5,330
µ
 
Usando a equação Ω=⇒
−
×=⇒
−
= KRFRmsRCT 72,49
51,01
1ln47,067,16
1
1ln µ
η
 
 Este valor cai dentro dos limites para o valor de R. Usando valor comercial de 47 KΩ 
 
 msFkCRT 75,15
51,01
1ln47.047
1
1ln =
−
×Ω=
−
×= µ
η
 
 
 A tensão máxima de do gatilho VVD 8,15= 
 
 Cálculo de RB1 
 Tomando como base a largura do pulso de disparo [ tempo de descarga] 
 
 Ω=== 38,106
47,0
501
F
s
C
tRB
µ
µ Usando valor comercial de 100 Ω 
 
 Cálculo de RB2 
 
 Ω=
×
== 654
1051,0
10102
44
VBB
RB
η
 Usando valor comercial de 680Ω 
 
 
 Observamos que com os valores comerciais utilizados a freqüência passa para 
 
 Hz
msT
F 49,63
75,15
11
=== Se este valor for satisfatório podemos continuar. 
 
p
pBB
V
VBB
I
VV
R
I
VV −
≤≤
− 
Tensão da junção 
do diodo 
Vγ = 0,5 V 
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ELIÉSIO 
11
 
EXERCÍCIO Projetar um Oscilador de Relaxação com UJT que dispare um Tiristor para alimentar uma 
lâmpada de 127 V/100W com frequência de 20Hz. 
DADOS 
VBB=20V 
RB1=27Ω 
FONTE AC=127 V/60Hz 
LÂMPADA=127V/100W 
UJT 2N2646 
 η=0,56(min)/0,75 (max) 
 Rbb=4,7kΩ(min)/9,1KΩ(max) 
 Ip=1µA(típico)/5µA(max) 
 Iv=4mA(min)/6mA(típico) 
TIRISTOR TIC106 
VGD=0,2v 
VGT=1V 
 
 
 A tensão contínua em RB! será no pior caso: 
 
 Esta queda de tensão em RB1 garante que não haverá 
disparo antes da carga no capacitor. 
V VGD VGD VB1 0 2≤ ⇔ = , dados pelo fabricante. 
 A tensão de disparo Vp do UJT (tensão que o capacitor deve se carregar VC) pode ser calculada 
por: 
 
( )Vp Vx Vd Vx V Vp V V VBB= + ⇒ = × ⇒ = × + =η 0 66 20 0 7 13 9, , , 
 
 Considerando-se η=0,66(médio) e adotando-se Vv=2V,obténdo-se a inequação que define R. 
 
V V
I
R
V V
I
V V
mA
R
V V
A
K R MBB V
V
BB P
P
−
≤ ≥
−
⇒
−
≤ ≥
−
⇒ ≤ ≥
20 2
4
20 13 9
5
4 5 122
,
, .
µ
Ω Ω 
 Escolhendo R=15KΩ (cerca de 3 vezes maior do que o valor mínimo), 
 
 Para conseguir a frequência de operação desejada, calcula-se C com a expressão da frequência. 
 
( ) ( )C
R F
C
K
F=
× ×
⇒ =
× ×
=
− −
1 1
15 20
3 11
1
1
1
1 0 66η
µ
Ω ,
, 
 Será escolhido um capacitor comercial de 12µF 
 Para o cálculo de RB2 pode ser usado a formula dada pelo fabricante: 
 
R
V VB
BB
2
10000 10000
0 66 20
757 57=
×
=
×
=
η ,
, Ω 
 Será usado um resistor comercial de 820Ω. 
 
 
V
V R
r
V
K
VB
BB B
BB
1
1 20 27
4 7
0 11=
×
=
×
=
Ω
Ω,
, 
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ELIÉSIO 
12
 A tensão de gatilho [VG] é fornecida pela fonte 
de alimentação através do divisor de tensão resistivo 
formado por R1 e R2 e determina o ponto de tensão de 
pico [Vp]. 
 No caso do UJT, Vp é fixado, para um 
determinado componente, pela fonte de alimentação 
[Vp=ηVBB+Vd}. Mas o VP de um PUT pode ser 
variado alterando-se o valor do dispositivo resistivo 
R1 e R2 . 
 Se a tensão de anodo [VA] for menor que a 
tensão de gatilho [VG] o dispositivo permanecerá em 
seu estado de bloqueio[desligado]. Se VA ultrapassar a 
tensão de gatilho por um queda de tensão direta de um 
diodo[Vd] o ponto de pico será atingido e o 
dispositivo disparará 
 TRANSISTOR DE UNIJUNÇÃO PROGRAMÁVEL 
 
 
 O Transistor Unijunção Programável [Progammmable Unijunction Transistor – PUT ] é um tipo 
de tiristor cujo disparo pode ser programado através de um tensão aplicada no seu gatilho. 
 
 Anodo 
 Gatilho 
 
 
 
 
 Catodo 
 
 Um PUT quando utilizado em um oscilador de relaxação como o apresentado no circuito abaixo, 
funciona da seguinte maneira: 
 +V 
 
 
 R R1 
 
 
 anodo 
 C gatilho 
 PUT 
 
 
 
 
 
 RS VRS R2 
 
 
 
 
 
Os pontos da corrente de pico [Ip] e da corrente de vale [Iv] dependem ambos da impedância equivalente 
do gatilho 21
21
RR
RRRG +
×= e da fonte de alimentação Vs. Geralmente RG é limitado a um valor 
abaixo de 100Ω 
 
 O valor de Vp é dado por : Vs
RR
RVp
21
2
+
= 
 
 Desta forma podemos dizer que 
21
2
RR
R
Vs
Vp
+
==η 
 
 O valor da freqüência é controlado por R e C juntamente com R1 e R2. Sendo que o período de 
oscilação [T] é dado aproximadamente por 
 ⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛ +=
−
==
1
21lnln1
R
RRC
VpVs
VsRC
F
T 
 
 A corrente de gatilho [IG] no ponto do vale é dada por 
 
 ( )
RG
VsIG η−= 1 
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ELIÉSIO 
13
 Onde 21
21
RR
RRRG +
×= E R1 e R2 podem ser determinados a partir de 
 
 
η
RGR =1 e 
η−
=
1
2 RGR 
Exemplo 
Calcular o circuito de dispara usando PUT apresentado abaixo, com as seguintes 
características: 
 Vs= 30 V e IG= 1 mA. A freqüência de oscilação é 
 Vs F= 60 Hz. A largura do pulso t=50 µse a tensão de 
 Pico do disparo é de Vp=10 V. 
 R R1 
 
 Anodo Período ms
HzF
T 67.16
60
11
=== 
 Gatilho 
 C Tensão de pico do disparo VVp 10= 
 PUT 
 Tensão Arbitrando um capacitor de FC µ5,0= 
 de 
 Rs R2 disparo Como Ω=== 100
5'0
501
F
s
C
tRB
µ
µ
 
 
 
 Sabendo que 
3
1
30
10
===
V
Vs
Vpη 
 
 Como Ω=⇒
−
××=⇒
−
×= KRFRms
VpVs
VsCRT 2,82
1030
30ln5,067,16ln µ 
 
 Como ( ) Ω=⇒×⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛ −=⇒−= KRG
RG
mA
RG
VsIG 2030
3
1111 η 
 
 
 Cálculo de R1 Ω=×Ω=
Ω
== KKKRGR 60
1
320
3
1
201
η
 
 
 Cálculo de R2 Ω=×Ω=
Ω
=
−
Ω
=
−
= KKKKRGR 30
2
320
3
2
20
3
11
20
1
2
η

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