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Professor Luiz Henrique Monqueiro Neste módulo serão abordados os seguintes tópicos: Classificação dos sistemas termodinâmicos; Considerações na análise dos ciclos de potência; O Ciclo de Carnot e seu valor na engenharia; Hipótese do Padrão a Ar; Visão Geral dos Motores Alternativos; Ciclo Otto – Ignição por centelha; Ciclo Diesel – Ignição por compressão; Ciclos Stirling e Ericsson; Continuação: Ciclo Brayton – Ciclo Ideal das Turbinas a Gás; Ciclo Brayton com Regeneração; Ciclo Brayton com Resfriamento Intermediário, Reaquecimento e Regeneração; Bibliografia Básica MORAN, M.J. e SHAPIRO, H.N. – Princípios da Termodinâmica para a Engenharia - Ed. LTC, 6ª Ed. 2009. ÇENGEL, Y.A. e BOLES, M.A. - Termodinâmica - Ed. McGraw-Hill, 2007. Ciclo Brayton com Regeneração; Bibliografia complementar : Wylen, G.J., Borgnakke, C. e Sonntag, R.E. – Fundamentos da Termodinâmica Clássica - Ed. Edgard Blucher 1997. ; Bibliografia Os ciclos termodinâmicos podem ser divididos em duas categorias gerais: os ciclos de potência e os ciclos de refrigeração; Os ciclos termodinâmicos também podem ser classificados baseados nos fluidos de trabalho. Sendo assim, se classificam como ciclo a gás ou a vapor; Podem, ainda, ser classificados como ciclo aberto ou fechado; As máquinas térmicas são classificadas também como: a combustão interna ou combustão externa Introdução Nos ciclos fechados, o fluido de trabalho volta ao estado inicial no final do ciclo e circula novamente; Nos ciclos aberto, o fluido de trabalho é renovado ao final de cada ciclo em vez de circular novamente; Nos motores dos automóveis, ocorre a exaustão e a substituição dos gases da combustão pela mistura de ar fresco e combustível, ao final de cada ciclo. Introdução Nos motores de automóveis ocorre um ciclo mecânico, mas o ciclo termodinâmico não se completa, pois o fluido de trabalho é rejeitado e, portanto, não retorna ao seu estado inicial; Nas máquinas térmicas a combustão externa (usinas de potência a vapor), o calor é fornecido por uma fonte externa à fronteira do sistema, tais como: fornalha, caldeira, reator nuclear, sol e etc. Introdução Maquinas Térmicas Combustão Externa Nos motores de combustão interna (motores de automóveis), a combustão é realizada dentro da fronteira do sistema (câmara de combustão) Combustão Interna Os ciclos encontrados em dispositivos reais são difíceis de se analisar devido ao atrito e a falta de tempo suficiente para se estabelecer as condições de equilíbrio. Sendo assim, para superar a complexidade do dispositivos reais são propostas algumas idealizações. Análise dos Ciclos de Potência Nesta análise despreza-se os efeitos da irreversibilidade (atrito por exemplo) e idealiza-se um sistema sem perdas e que possua processos internamente reversíveis. Ou seja, trata-se o sistema como um sistema ideal. Esta idealização permite os estudos dos principais parâmetros que dominam o ciclo e se aproximam dos modelos reais. É lógico que o modelo idealizado possui algumas imprecisões, mas serve de ponto de partida para estudos mais aprofundados Análise dos Ciclos de Potência A eficiência térmica do ciclo Otto ideal aumenta com o aumento da razão de compressão e isso também é válido para o ciclo Otto real Análise dos Ciclos de Potência As máquinas térmicas foram desenvolvidas para converter energia térmica (calor) em trabalho, e seu desempenho é expresso em termos da eficiência térmica: Máquinas Térmicas 𝜂 𝑇 = 𝑊𝑙𝑖𝑞 𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 𝑜𝑢 𝑤𝑙𝑖𝑞 𝑞𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 O ciclo não envolve atrito. Assim, o fluido de trabalho não sofre nenhuma queda de pressão ao escoar em tubos ou dispositivos como os trocadores de calor; Todos os processos de expansão e compressão ocorrem de forma quase estática; Os tubos que conectam os diversos componentes de um sistema são isolados e a transferência de calor ao longo deles é desprezível Ciclo idealizado As energias cinética e potencial podem ser consideradas desprezíveis em dispositivos como turbinas, bombas e compressores, pois a sua contribuição na equação de energia é pequena em relação aos outros termos; As variações de velocidades em caldeiras, condensadores e câmara de mistura são muito baixas o que torna a energia cinética desprezível; Em difusores e bocais as variações de velocidades são significativas e, portanto, a energia cinética não pode ser desprezada. Ciclo idealizado Nos diagramas P-v e T-s, a área delimitadas pelas curvas de processo de um ciclo representa o trabalho líquido produzido durante o ciclo, que também equivalente à transferência líquida de calor do ciclo Diagramas P-v e T-s Um ciclo de potência ideal não envolve nenhuma irreversibilidade interna, assim o único efeito capaz de variar a entropia do fluido de trabalho durante um processo é a transferência de calor. Ciclo de Potencia Ideal Em um diagrama T-s, um processo de fornecimento de calor acontece na direção do aumento da entropia, um processo de rejeição de calor acontece na direção da diminuição da entropia e um processo isentrópico (internamente reversível e adiabático) acontece a uma entropia constante Diagrama T-s ∆𝒔 = න 𝒔𝒊 𝒔𝒇 𝒅𝑸 𝑻 O Ciclo de Carnot é composto por quatro processos totalmente reversíveis: 1 – fornecimento isotérmico de calor (A→B) 2 – expansão adiabática (B→C) 3 – rejeição isotérmica de calor (C→D) 4 – compressão adiabática (D→A) Ciclo de Carnot O ciclo de Carnot pode ser executado em um sistema fechado (conjunto pistão-cilindro) ou em um sistema com escoamento em regime permanente (usina de potência), e o fluido de trabalho utilizado pode ser um gás ou um vapor; É o ciclo mais eficiente que pode ser executado entre uma fonte de calor a temperatura TQ (fonte quente) e um sumidouro à temperatura TF (fonte fria) Ciclo de Carnot A eficiência térmica do ciclo de Carnot é dada por: 𝜼𝑻 = 𝟏 − 𝑻𝑭 𝑻𝑸 A transferência isotérmica reversível exige trocadores de calor muito grandes e muito tempo, que torna este ciclo inviável na prática; O ciclo ideal de Carnot é um padrão com relação ao qual os ciclos ideais e reais podem ser comparados. Ciclo de Carnot A eficiência térmica aumenta com o aumento da temperatura média com a qual o calor é fornecido ao sistema, ou com a diminuição da temperatura média com a qual o calor é rejeitado pelo sistema Ciclo de Carnot 𝜼𝑻 = 𝟏 − 𝑻𝑭 𝑻𝑸 Mostre que a eficiência térmica de um ciclo que opera entre os limites de temperatura de TQ e TF é exclusivamente uma função dessas duas temperaturas e que é dada pela equação abaixo 𝜼𝑻 = 𝟏 − 𝑻𝑭 𝑻𝑸 Exemplo 1 Resolução 𝒒𝒔 = 𝑻𝑭 𝒔𝟒 − 𝒔𝟏 = 𝑻𝑭 𝒔𝟑 − 𝒔𝟐 𝜼𝑻 = 𝒘𝒄 𝒒𝒆 = 𝒒𝒆 − 𝒒𝒔 𝒒𝒆 = 𝟏 − 𝒒𝒔 𝒒𝒆 = 𝟏 − 𝑻𝑭 𝒔𝟑 − 𝒔𝟐 𝑻𝑸 𝒔𝟑 − 𝒔𝟐 = 𝟏 − 𝑻𝒔 𝑻𝒆 A eficiência térmica não depende do tipo de fluido de trabalho e nem se o ciclo opera em um sistema é aberto ou fechado, ou se opera em regime permanente ∆𝒔 = න 𝟐 𝟑𝒅𝒒𝒆 𝑻𝑸 𝒒𝒆 = 𝑻𝑸. 𝒔𝟑 − 𝒔𝟐 ∆𝒔 = න 𝟒 𝟏𝒅𝒒𝒔 𝑻𝑭 Em ciclos de potência a gás, o fluido de trabalho mantém-se como um gás em todo o ciclo. Os motores de ignição por centelha, motores a diesel e as turbinas a gás convencionais são exemplos de dispositivos que operam em ciclos a gás. Nessas máquinas a energia é fornecida pela queima de um combustível dentro da fronteira do sistema (combustão interna) Hipótese do Padrão a AR A composição do fluido de trabalho, durante o ciclos dessas máquinas, muda de ar e combustível para produtos de combustão. O ar é, basicamente, composto por nitrogênio, que não sofre reação química na câmara de mistura, ou seja, o fluido de trabalho sempre se parece muito com o ar. Motores de combustão interna operam em ciclos mecânicos, mas o fluido de trabalho não passa por um ciclo termodinâmico. Hipótese do Padrão a AR Os motores de combustão interna tem como característica o fato de operarem em ciclosabertos. Os ciclos de potência a gás são bastante complexos. Para conduzir a análise em um nível de complexidade adequado, utiliza-se aproximações conhecidas como hipóteses do padrão de ar Hipótese do Padrão a AR 1. O fluido de trabalho é o ar, o qual circula continuamente em um circuito fechado, sempre se comportando como um gás ideal. 2. Todos os processos que formam o ciclo são internamente reversíveis. 3. O processo de combustão é substituído por um processo de fornecimento de calor a partir de uma fonte externa. 4. O processo de exaustão é substituído por um processo de rejeição de calor que restaura o fluido de trabalho ao seu estado inicial. Hipótese do Padrão a AR Outra hipótese utilizada é a de que o ar tem calores específicos constantes, cujos valores são determinados à temperatura ambiente (25 ºC ou 77 ºF).Quando essa hipótese é utilizada, as hipóteses do padrão a ar são chamadas hipóteses do padrão ao ar frio. Um ciclo ao qual se aplicam as hipóteses do padrão a ar são chamados de ciclo padrão a ar. Hipótese do Padrão a AR As hipóteses do padrão a ar permitem uma simplificação considerável da análise sem desviá- la significativamente dos ciclos reais. Esse modelo simplificado permite estudar qualitativamente a influência dos principais parâmetros sobre o desempenho das máquinas reais. Hipótese do Padrão a AR O motor alternativo (basicamente um sistema pistão- cilindro) é muito versátil com uma ampla variedade de aplicações. É utilizado em automóveis, caminhões, aviões pequenos, navios, geradores de energia elétrica e etc. O pistão se alterna no cilindro entre duas posições fixas chamadas de ponto morto superior (PMS) – a posição quando ele forma o menor volume no cilindro, e o ponto morto inferior (PMI) – a posição do pistão quando ele forma o maior volume dentro do cilindro MOTORES ALTERNATIVOS Componentes A distância entre o PMS e o PMI é a maior distância que o pistão pode percorrer em uma direção e é chamada de curso do motor ou curso do pistão. MOTORES ALTERNATIVOS O ar ou a mistura ar combustível entra pela válvula de admissão. Os produtos da combustão são rejeitados através da válvula de escapamento MOTORES ALTERNATIVOS O volume mínimo obtido quando o pistão atingiu o PMS é chamado de volume morto e é o volume da câmara de combustão. Há o volume que é deslocado quando o pistão se desloca do PMI para o PMS, que é chamado de volume deslocado (cilindrada) (CC) Taxa de compressão – relação entre o volume deslocado e o volume morto MOTORES ALTERNATIVOS Taxa de compressão ou razão de compressão (r) MOTORES ALTERNATIVOS 𝒓 = 𝑽𝒎á𝒙 𝑽𝒎𝒊𝒏 = 𝑽𝑷𝑴𝑰 𝑽𝑷𝑴𝑺 𝒓𝒆𝒙𝒆𝒎𝒑𝒍𝒐 = 𝟖 𝟏 = 𝟖 𝒐𝒖 𝟖: 𝟏 Pressão Média Efetiva – é uma pressão fictícia que, se agisse sobre o pistão durante todo o curso (ou tempo) motor, produziria a mesma quantidade de trabalho líquido que a produzida durante um ciclo real. MOTORES ALTERNATIVOS 𝑊𝑙í𝑞 = 𝑃𝑀𝐸 𝑥 Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜 𝑥 𝐶𝑢𝑟𝑠𝑜 = 𝑃𝑀𝐸 𝑥 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑷𝑴𝑬 = 𝑾𝒍í𝒒 𝑽𝒎á𝒙 − 𝑽𝒎𝒊𝒏 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝒎á𝒙 − 𝒗𝒎í𝒏 Pressão Média Efetiva A pressão média efetiva pode ser usada como parâmetro para comparar o desempenho de motores alternativos de igual tamanho. O motor com maior PME produz mais trabalho líquido por ciclo e, portanto, tem melhor desempenho. Pressão Média Efetiva 𝑷𝑴𝑬 = 𝑾𝒍í𝒒 𝑽𝒎á𝒙 − 𝑽𝒎𝒊𝒏 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝒎á𝒙 − 𝒗𝒎𝒊𝒏 𝑱 𝒎𝟑 = 𝑵.𝒎 𝒎𝟑 = 𝑵 𝒎𝟐 = 𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 Nos motores de ignição por centelha, a combustão da mistura ar combustível é iniciada por uma vela de ignição. Motores a Ignição por Centelha Nos motores de ignição por compressão, a ignição da mistura ar e combustível é resultado da compressão da mistura acima da temperatura de auto-ignição. Ignição por Compressão Exemplo 1 Um ciclo Otto tendo uma razão de compressão de 9:1 usa ar como fluido de trabalho. Inicialmente P1 = 95 kPa, T1 = 17 ºC, e V1 = 3,8 litros. Durante o processo de adição de calor, é adicionado 7,5 kJ de calor. Determine todas as temperaturas, pressões, o rendimento térmico, a razão de trabalho de retorno (back work) e a pressão média efetiva. Dados: cv = 0,718 kJ/(kg.K) gama = K = 1,4 𝑹 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈.𝑲 𝑻𝟐 = 𝑻𝟏. 𝑽𝟏 𝑽𝟐 𝒌−𝟏 = 𝑻𝟏. 𝒓 𝒌−𝟏= 𝟏𝟕 + 𝟐𝟕𝟑 𝑲 𝒙 𝟗 𝟏,𝟒−𝟏 = 𝟔𝟗𝟖, 𝟒 𝑲 𝑷𝟐 = 𝑷𝟏. 𝑽𝟏 𝑽𝟐 𝑲 = 𝑷𝟏 𝒙 𝒓 𝑲 = 𝟗𝟓 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟗 𝟏,𝟒 = 𝟐𝟎𝟓𝟗 𝒌𝑷𝒂 Aplicando a 1ª Lei da termodinâmica 𝑸𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 = 𝒎. 𝒄𝒗. 𝑻𝟑 − 𝑻𝟐 Mas qentra = Qentra/m e m = V1/v1 Exemplo 1 T1 = 17ºC r = 9 𝒗𝟏 = 𝑹. 𝑻𝟏 𝑷𝟏 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈.𝑲 𝒙 𝟐𝟗𝟎 𝑲 𝟗𝟓 𝒌𝑷𝒂 = 𝟎, 𝟖𝟕𝟓 𝒌𝑵.𝒎 𝒌𝒈 𝒌𝑵 𝒎𝟐 = 𝟎, 𝟖𝟕𝟓 𝒎𝟑 𝒌𝒈 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 = 𝑸𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 𝒎 = 𝑸𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 𝐱 𝒗𝟏 𝑽𝟏 = 𝟕, 𝟓 𝒌𝑱 𝒙 𝟎,𝟖𝟕𝟓 𝒎𝟑 𝒌𝒈 𝟑,𝟖 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 = 𝟏𝟕𝟐𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝑻𝟑 = 𝑻𝟐 + 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 𝒄𝒗 = 𝟔𝟗𝟖, 𝟒 𝑲 𝒙 𝟏𝟕𝟐𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝟎, 𝟕𝟏𝟖 𝒌𝑱 𝒌𝒈.𝑲 = 𝟑𝟏𝟎𝟑, 𝟕 𝑲 Exemplo 1 Usando a Lei do gás ideal (V3 = V2) 𝑷𝟑 = 𝑷𝟐𝒙 𝑻𝟑 𝑻𝟐 = 𝟐𝟎𝟓𝟗 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟑𝟏𝟎𝟑, 𝟕 𝑲 𝟔𝟗𝟖, 𝟒 𝑲 = 𝟗, 𝟏𝟓 𝑴𝑷𝒂 𝑻𝟒 = 𝑻𝟑𝒙 𝑽𝟑 𝑽𝟒 𝒌−𝟏 = 𝑻𝟑𝒙 𝟏 𝒓 𝒌−𝟏 = 𝟑𝟏𝟎𝟑, 𝟕 𝑲 𝒙 𝟏 𝟗 𝟏,𝟒−𝟏 = 𝟏𝟐𝟖𝟖, 𝟖 𝑲 𝑷𝟒 = 𝑷𝟑. 𝑽𝟑 𝑽𝟒 𝑲 = 𝑷𝟑 𝒙 𝟏 𝒓 𝑲 = 𝟗, 𝟏𝟓 𝑴𝑷𝒂 𝒙 𝟏 𝟗 𝟏,𝟒 = 𝟒𝟐𝟐 𝒌𝑷𝒂 Exemplo 1 Processo 4-1 é a volume constante. Então a primeira lei resulta em 𝑸𝒔𝒂𝒊 = 𝒎. 𝒄𝒗. 𝑻𝟒 − 𝑻𝟏 𝒒𝒔𝒂𝒊 = 𝑸𝒔𝒂𝒊 𝒎 = 𝒄𝒗 𝒙 𝑻𝟒 − 𝑻𝟏 = 𝟎, 𝟕𝟏𝟖 𝒌𝑱 𝒌𝒈.𝑲 𝒙 𝟏𝟐𝟖𝟖, 𝟖 − 𝟐𝟗𝟎 𝑲 = 𝟕𝟏𝟕, 𝟏 𝒌𝑱 𝒌𝒈 A 1ª Lei para ciclos fechados resulta em (U = 0) 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝒒𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 − 𝒒𝒔𝒂𝒊 = 𝟏𝟕𝟐𝟕 − 𝟕𝟏𝟕, 𝟒 𝒌𝑱 𝒌𝒈 = 𝟏𝟎𝟎𝟗, 𝟔 𝒌𝑱 𝒌𝒈 Exemplo 1 A eficiência térmica será: 𝜼𝒕 = 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 = 𝟏𝟎𝟎𝟗, 𝟔 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝟏𝟕𝟐𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈 = 𝟎, 𝟓𝟖𝟓 𝒐𝒖 𝟓𝟖, 𝟓% 𝑷𝑴𝑬 = 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒗𝒎á𝒙 − 𝒗𝒎𝒊𝒏 = 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒗𝟏 − 𝒗𝟐 = 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒗𝟏 𝒙 𝟏 − 𝒗𝟐 𝒗𝟏 = 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒗𝟏 𝒙 𝟏 − 𝟏 𝒓 A Pressão Média Efetiva será: 𝑷𝑴𝑬 = 𝟏𝟎𝟎𝟗, 𝟔 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝟎, 𝟖𝟕𝟓 𝒎𝟑 𝒌𝒈 𝒙 𝟏 − 𝟏 𝟗 = 𝟏𝟐𝟗𝟖 𝒌𝑷𝒂 Exemplo 1 A razão de trabalho de retorno 𝑩𝑾𝑹 = 𝒘𝒄𝒐𝒎𝒑 𝒘𝒆𝒙𝒑 = 𝒄𝒗. 𝑻𝟐 −𝑻𝟏 𝒄𝒗. 𝑻𝟑 − 𝑻𝟒 = 𝑻𝟐 −𝑻𝟏 𝑻𝟑 − 𝑻𝟒 = 𝟔𝟗𝟖, 𝟒 − 𝟐𝟗𝟎 𝑲 𝟑𝟏𝟎𝟑, 𝟕 − 𝟏𝟐𝟖𝟖, 𝟖 𝑲 = 𝟎, 𝟐𝟐𝟓 𝒐𝒖 𝟐𝟐, 𝟓% Exemplo 1 Exemplo 2 Um ciclo Otto ideal tem uma razão de compressão igual a 8. No início do processo de compressão, o ar está a 100 kPa e 17°C, e 800 kJ/kg de calor são transferidos para o ar durante o processo de fornecimento de calor a volume constante. Considerando a variação dos calores específicos do ar com a temperatura, determine: a) A temperatura e a pressão máximas que ocorrem durante o ciclo. b) O trabalho líquido produzido. c) A eficiência térmica. d) A pressão média efetiva do ciclo. Exemplo 2 a) Usando as tabelas de propriedades de gás ideal do ar para T1 = 290 K Processo 1-2: compressão isentrópica de um gás ideal u1 = 206,01 kJ/kg vr1 = 676,1 𝒗𝒓𝟐 𝒗𝒓𝟏 = 𝒗𝟐 𝒗𝟏 = 𝟏 𝒓 → 𝒗𝒓𝟐 = 𝒗𝒓𝟏 𝒓 = 𝟔𝟕𝟔, 𝟏 𝟖 = 𝟖𝟒, 𝟓𝟏 Exemplo 2 Usando as tabelas de propriedades de gás ideal do ar para v𝑟2 = 84,51 Por interpolação: T2 = 652,4 K u2 = 475,11 kJ/kg Da lei dos gases perfeitos temos: 𝑷𝟐. 𝒗𝟐 𝑻𝟐 = 𝑷𝟏. 𝒗𝟏 𝑻𝟏 → 𝑷𝟐 = 𝑷𝟏. 𝑻𝟐 𝑻𝟏 . 𝒗𝟏 𝒗𝟐 = 𝑷𝟏. 𝑻𝟐 𝑻𝟏 . 𝒓 𝑷𝟐 = 𝟏𝟎𝟎 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟔𝟓𝟐, 𝟒 𝑲 𝟐𝟗𝟎 𝑲 𝒙 𝟖 = 𝟏. 𝟕𝟗𝟗, 𝟕 𝒌𝑷𝒂 Exemplo 2 Processo 2-3: foram 800 kJ/kg de calor a volume constante. Logo: Usando as tabelas de propriedades de gás ideal do ar 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟐 → 𝒖𝟑 = 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 + 𝒖𝟐 = 𝟖𝟎𝟎 + 𝟒𝟕𝟓, 𝟏𝟏 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝒖𝟑 = 𝟏. 𝟐𝟕𝟓, 𝟏𝟏 𝒌𝑱 𝒌𝒈 Por interpolação T3 = 1.575,1 K e vr3 = 6,108 Exemplo 2 Por interpolação T3 = 1.575,1 K e vr3 = 6,108 Da lei dos gases perfeitose lembrando que v2 = v3, temos: 𝑷𝟑. 𝒗𝟑 𝑻𝟑 = 𝑷𝟐. 𝒗𝟐 𝑻𝟐 → 𝑷𝟑 = 𝑷𝟐. 𝑻𝟑 𝑻𝟐 . 𝒗𝟐 𝒗𝟑 = 𝑷𝟐. 𝑻𝟑 𝑻𝟐 . 𝟏 𝑷𝟑 = 𝟏. 𝟕𝟗𝟗, 𝟕 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟏. 𝟓𝟕𝟓, 𝟏 𝑲 𝟔𝟓𝟐, 𝟒 𝑲 = 𝟒. 𝟑𝟒𝟓 𝒌𝑷𝒂 = 𝟒, 𝟑𝟒𝟓𝑴𝑷𝒂 Exemplo 2 b) Processo 3-4: expansão isentrópica em um gás ideal Usando as tabelas de propriedades de gás ideal do ar 𝒗𝒓𝟒 𝒗𝒓𝟑 = 𝒗𝟒 𝒗𝟑 = 𝒓 → 𝒗𝒓𝟒 = 𝒓. 𝒗𝒓𝟑 = 𝟖 𝒙 𝟔, 𝟏𝟎𝟖 = 𝟒𝟖, 𝟖𝟔𝟒 Por interpolação T4 = 795,6 K e u4 = 588,74 kJ/kg Exemplo 2 Processo 4-1: rejeição de calor específico a volume constante. 𝒒𝒔𝒂𝒊 = 𝒖𝟒 − 𝒖𝟏 = 𝟓𝟖𝟖, 𝟕𝟒 + 𝟐𝟎𝟔, 𝟗𝟏 𝒌𝑱 𝒌𝒈 = 𝟑𝟖𝟏, 𝟖𝟑 𝒌𝑱 𝒌𝒈 Trabalho específico do ciclo 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 − 𝒒𝒔𝒂𝒊 = 𝟖𝟎𝟎 − 𝟑𝟖𝟏, 𝟖𝟑 𝒌𝑱 𝒌𝒈 = 𝟒𝟏𝟖, 𝟏𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈 Exemplo 2 c) A eficiência térmica. 𝜼𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 = 𝟒𝟏𝟎, 𝟏𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝟖𝟎𝟎 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝜼𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝟎, 𝟓𝟐𝟑 𝒐𝒖 𝟓𝟐, 𝟑% Exemplo 2 d) A pressão média efetiva do ciclo. 𝑷𝑴𝑬 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝟏 − 𝒗𝟐 𝒗𝟏 𝒗𝟐 = 𝑟 → 𝒗𝟐 = 𝒗𝟏 𝒓 𝑷𝑴𝑬 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝟏 − 𝒗𝟏 𝒓 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝟏. 𝟏 − 𝟏 𝒓 𝑷𝟏. 𝒗𝟏 = 𝑹. 𝑻𝟏 → 𝒗𝟏 = 𝑹. 𝑻𝟏 𝑷𝟏 𝒗𝟏 = 𝑹. 𝑻𝟏 𝑷𝟏 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈.𝑲 𝒙 𝟐𝟗𝟎 𝑲 𝟏𝟎𝟎 𝒌𝑷𝒂 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟕 𝒌𝑵.𝒎 𝒌𝒈.𝑲 𝒙 𝟐𝟗𝟎 𝑲 𝟏𝟎𝟎 𝒌𝑵 𝒎𝟐 = 𝟎, 𝟖𝟑𝟐 𝒎𝟑 𝒌𝒈 𝑷𝑴𝑬 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝟏. 𝟏 − 𝟏 𝒓 = 𝟒𝟏𝟖, 𝟏𝟕 𝒌𝑵.𝒎 𝒌𝒈 𝟎, 𝟖𝟑𝟐 𝒎𝟑 𝒌𝒈 𝒙 𝟏 − 𝟏 𝟖 = 𝟓𝟕𝟒 𝒌𝑷𝒂 Espero que tenham gostado Obrigado Até a próxima aula https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi-nJW_k_rVAhUC22MKHa9xAnYQjRwIBw&url=https://pt.123rf.com/photo_22466964_stock-photo.html&psig=AFQjCNEIJ1dFJSNEbiQc1MvLXszhdChFxg&ust=1504017336562811 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi-nJW_k_rVAhUC22MKHa9xAnYQjRwIBw&url=https://pt.123rf.com/photo_22466964_stock-photo.html&psig=AFQjCNEIJ1dFJSNEbiQc1MvLXszhdChFxg&ust=1504017336562811