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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL ÁREA DO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS ERICK DOS SANTOS PERUZO RAFAEL TESSARI BIM TRABALHO SOBRE CICLOS DE PRESSÃO A GÁS CAXIAS DO SUL 2020 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Volume de controle ciclo Brayton .................................................................. 5 Figura 2 - Ciclo padrão de ar Brayton ............................................................................ 5 Figura 3 - Ciclo regenerativo ideal ................................................................................. 6 Figura 4 - Ciclo Brayton com reaquecimento e regeneração ......................................... 7 Figura 5 - Ciclo Ericsson ................................................................................................ 8 Figura 6 - Esquema didático do motor Stirling................................................................ 9 Figura 1 - Gráficos P-v e T- s do Ciclo Stirling............................................................. 10 Figura 2 - Gráficos P-v e T-S do ciclo OTTO................................................................ 11 Figura 3 - Ciclo Diesel.................................................................................................. 12 Figura 4 - Gráficos P-v e T-S do ciclo Diesel..............................................................12 Figura 5 - Gráfico P-v do processo Dual.....................................................................13 file:///D:/Desktop/Trabalho%20sobre%20Ciclos%20de%20Potência%20a%20Gás.docx%23_Toc57836605 file:///D:/Desktop/Trabalho%20sobre%20Ciclos%20de%20Potência%20a%20Gás.docx%23_Toc57836607 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4 2 CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS ....................................................................... 5 2.1 CICLO DE AR PADRÃO BRAYTON - CAPB .................................................... 5 2.2 CICLO DE AR PADRÃO BRAYTON COM REGENERADOR - CAPBR ........... 6 2.3 CICLO DE AR PADRÃO BRAYTON COM REAQUECIMENTO E REGENERAÇÃO - CAPBRR ....................................................................................... 7 2.4 CICLO ERICSSON - CE ................................................................................... 7 2.5 CICLO STIRLING CS..........................................................................................8 2.6 CICLO DE AR PADRÃO OTTO - CAPO............................................................10 2.7 CICLO DE AR PADRÃO DIESEL - CAPD..........................................................12 2.8 CICLO DE AR PADRÃO DUAL - CAPDU..........................................................13 3 TABELA............................................................................................................ 14 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... .15 1 INTRODUÇÃO Boa parte dos equipamentos que são dedicados à produção de trabalho (motores), utilizam fluido de trabalho no estado gasoso. Motores a diesel, de ignição por centelha automotivo e a turbina a gás convencional são alguns exemplos. Esses motores possuem uma mudança na composição do fluido de trabalho, pois durante a combustão, ele varia de uma mistura de ar e combustível para produtos de combustão. Para que seja possível analisar os motores de combustão interna, é vantajoso conceber ciclos fechados que se aproximam muito dos ciclos abertos. Uma dessas aproximações é o chamado ciclo padrão a ar. Este trabalho irá apresentar uma breve explicação sobre alguns ciclos de potência a gás. 5 2 CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS 2.1 CICLO DE AR PADRÃO BRAYTON - CAPB Brayton é a denominação dada ao ciclo teórico de potência, que opera em regime permanente com um fluido gasoso, utilizando a mudança de fase. É o ciclo ideal para a central de potência baseada a turbina a gás. O ciclo de Brayton não executa processos isotérmicos, porque estes devem ser realizados muito lentamente. No ciclo de Brayton ideal, o sistema que executa o ciclo passa por uma série de quatro processos: dois processos isentrópicos (adiabáticos reversíveis) alternando com dois processos isobáricos. Na figura 1 pode- se verificar que a análise deste ciclo é feita considerando o volume de controle ao redor dos elementos compressor (1-2), turbina (3-4) e trocadores de calor (2-3 e 4-1). Na figura 2 (a–b) é mostrado o ciclo padrão de ar Brayton. Figura 7 - Ciclo padrão de ar Brayton Figura 6 - Volume de controle ciclo Brayton a b 6 Rendimento do ciclo: O rendimento do ciclo padrão Brayton é função da relação de pressão isotrópica. O fato de o rendimento aumentar em relação a pressão é evidente a partir da análise da figura 2. Abaixo pode- se observar as eficiências do compressor e da turbina que são definidas em relação a processos isotrópicos. 2.2 CICLO DE AR PADRÃO BRAYTON COM REGENERADOR - CAPBR Os gases que saem da turbina, normalmente possuem uma temperatura acima da temperatura ambiente. Então esses gases podem ser reaproveitados em um regenerador. O regenerador permite que os gases que saem do compressor sejam pré- aquecidos antes de chegarem no trocador de calor. Assim podemos reduzir o consumo de combustível na câmera e aumentar a eficiência do processo. Figura 3 representa um esquema do ciclo simples de turbina a gás, de um ciclo aberto com regenerador. Figura 8 - Ciclo regenerativo ideal 7 Para o ciclo ideal com regeneração, o rendimento térmico não depende apenas da relação de pressão, mas também, da relação das temperaturas máximas e mínimas. Diferente do Brayton, o rendimento diminui com o aumento da relação da pressão. 2.3 CICLO DE AR PADRÃO BRAYTON COM REAQUECIMENTO E REGENERAÇÃO - CAPBR A temperatura que os gases de combustão que entram na turbina tem um determinado limite, ocasionando a contrução da própria turbina. Essa temperatura pode ser controlada fornecendo ar em quantidades maiores que as necessárias para a queima do combustível no combustor. A uma etapa onde o compressor recebe uma injeção de água, para que o fluxo de massa seja aumentado, e aumentando consideravelmente a potência de saída da turbina. Na segunda etapa do compressor esta água é convertida em uma forma de gás em um sistema de intercooler (através do seu calor latente de vaporização). A figura 4 representa as características básicas de uma turbina a gás de dois estágios com reaquecimento são apresentadas considerando um ciclo de ar padrão. Figura 9 - Ciclo Brayton com reaquecimento e regeneração 2.4 CICLO ERICSSON - CE Diferente do ciclo de ar Brayton (ciclo ideal), o ciclo de ar Ericson, possui seu compressor e sua turbina operando reversível e isotermicamente, levando a melhores resultados de rendimentos nestes componentes. Esse novo ciclo é composto por 8 quatro processos reversíveis, dois deles isobáricos e dois deles isotérmicos. É um ciclo difícil de ser realizado na prática, porque envolve transferência de calor com uma diferença de temperatura infinitesimal em todos os componentes. Isso requer superfícies de transferência de calor muito grandes, ou tempos muito longos para a realização dos processos. Os processos que ocorrem no ciclo Ericsson ideal são: a) Compressão isotérmica: Presume- se que o espaço de compressão seja inter-resfriado, de modo que o gás sofre compressão isotérmica. O ar comprimidoflui para um tanque de armazenamento a pressão constante. No ciclo ideal, não há transferência de calor através das paredes do tanque. b) Adição de calor isobárico: Do tanque, o ar comprimido flui através do regenerador e capta calor a uma alta pressão constante no caminho para o cilindro de potência aquecido. c) Expansão isotérmica: O espaço da expansão do cilindro de potência é aquecido externamente e o gás sofre expansão isotérmica. d) Remoção de calor isobárico: Antes de o ar ser liberado como exaustão, ele é passado de volta pelo regenerador, resfriando o gás a uma pressão constante baixa e aquecendo o regenerador para o próximo ciclo. Figura 5 ilustra um sistema de aplicação do ciclo Ericsson. Figura 10 - Ciclo Ericsson 9 Fonte: https://engenharia360.com/o-que-e-como-funciona-e-como-fazer-um- motor-de-stirling/ 2.5 CICLO STIRLING – CS Este ciclo foi desenvolvido por Robert Stirling (1816) é caracterizado por ser reversível e cíclico com quatro etapas de funcionamento: 1-2 Expansão isotérmica- o ar presente no motor sofre expansão aproximadamente isotérmica, absorvendo calor de fontes externas; 2-3 Resfriamento isovolumétrico - o ar presente no motor transfere calor para o meio externo, mantendo-se o volume constante; 3-4 Compressão isotérmica – nesta etapa o ar que está contido dentro do cilindro do motor é contraído e sua pressão aumenta consideravelmente, em um processo que ocorre a temperatura constante; 4-1 Aquecimento isovolumétrico – na ultima etapa, o processo ocorre a volume constante e envolve transferência de calor da fonte quente para o ar contido dentro do cilindro do motor. A Figura 6 ilustra apresenta o esquema didático do motor: Figura 11: Esquema didático do motor Stirling 10 Fonte: Sonntag (2003) Para ilustrar os processos descritos anteriormente, a Figura 7 apresenta os gráficos P- v e T - s do ciclo. Figura 12: Gráficos P-v e T- s do Ciclo Stirling Os motores de Stirling apresentam uma eficiência alta se comparados com os motores de combustão interna (como aqueles que movem os carros a gasolina), atingindo até 45% de eficiência energética, muito além dos 20% a 30% atingidos por outros tipos de motores, como os motores movidos a óleo diesel ou gasolina. 2.6 CICLO DE AR PADRÃO OTTO – CAPO Este ciclo é um ciclo utilizado em motores de combustão interna e ignição por centelha, conhecido como motores 4 tempos, que significa que ele possui 4 estágios de funcionamento como: 1-2: Processo de compressão do ar existente dentro da câmera do cilindro em um processo isoentrópico. 2-3: Processo de aquecimento, que é devido a centelha ser acionada e a mistura de ar combustível entre em combustão fornecendo calor e se expanda em um processo isocórico. 3-4: O pistão desce fazendo com que o ar se expanda num processo isoentrópico. 4-1: Processo de rejeição do calor a volume constante, que é um processo isocórico. A Figura 8 apresenta os gráficos P-v e T-S do processo descrito acima 11 Fonte: Sonntag (2003) O rendimento do ciclo padrão Otto, é função apenas da relação de compressão (𝑟𝑣), ou seja, com o aumento dessa relação, o rendimento aumentará também, porém em motores reais, o aumento excessivo da taxa de compressão pode ocasionar “batidas”. Um bom exemplo disso, é quando utilizamos gasolina com menor quantidade de álcool, e que os motores foram projetado para funcionar, acabando por termos um rendimento melhor, porém com o passar do tempo, o motor iria estragar, pelo fato de estar trabalhando com taxas de compressão maiores do que o planejado. 2.7 CICLO DE AR PADRÃO DIESEL – CAPD Esse ciclo é empregado em motores diesel, também conhecidos por motor de ignição por compressão. O único processo que difere o ciclo Otto e o ciclo Diesel é que o trabalho é realizado durante o processo de combustão. Porém, em aplicações, como em motores, a construção do mesmo é diferente, sendo que os motores não tem um gerador de centelha, o que pode ser visto na Figura 9, como acorre nos motores ciclo Otto. Figura 13: Gráficos P-v e T-S do ciclo OTTO 12 Fonte: http://maquinasemotoresnapescavso.blogspot.com/p/motor-do-ciclo-diesel.html Fonte: Adaptado de Sonntag (2003) O ciclo acima é detalhado através de quatro etapas: 1-2: Processo de compressão do ar existente dentro da câmera do cilindro, elevando sua temperatura em um processo isoentrópico. 2-3: Quando o pistão chega perto do PMS, o óleo Diesel é injetado, e ao se deparar com o ar superaquecido entra em combustão instantaneamente, ocasionando uma explosão em um processo isobárico. 3-4: A explosão causa uma grande força de expansão, fazendo com que o pistão dessa ao seu PMI em um processo isoentrópico. 4-1: Processo de rejeição do calor a volume constante, que é um processo isocórico. A Figura 10 apresenta os gráficos de P-v e T- S do processo descrito anteriormente. 2.8 Figura 14: Ciclo Diesel Figura 15: Gráficos P-v e T-S do ciclo Diesel 13 Fonte: Santiago Del Rio Oliveira e Vicente Luis Scalon, 2014, otimização dos ciclos de ar-padrão otto, diesel e dual com relação a potência líquida de saída e a pressão média efetiva. 2.8 CICLO DE AR PADRÃO DUAL - CAPDU O ciclo dual é um ciclo onde a combustão ocorre em duas fases (por isso o nome “dual”), onde parte do calor é fornecido a uma pressão constante e parte do calor é fornecido a um volume constante. Pode ser descrito como uma combinação do ciclo Otto e Diesel. Sua vantagem é oferecer de mais tempo para o combustível ter a queima completa (por característica de combustão este ciclo é apenas utilizado com combustível diesel). Abaixo seguem os 5 estágios do ciclo-padrão de ar Dual: 1-2: Compressão adiabática; 2-3: Adição de calor com volume constante; 3-4: Adição de calor com pressão constante; 4-5: Expansão adiabática; 5-1: Rejeição de calor a um volume constante. A Figura 11 apresenta o grafico de pressão e volume do processo. Figura 16: Gráfico P-v do processo Dual 14 3 TABELAS A tabela abaixo apresenta um resumo dos processos abordados anteriormente 1-2 2-3 3-4 4-1 CAPB Compressão isentrópica Adição de calor isobárica Expansão isentrópica Rejeição de calor isobárica CAPBR Compressão isentrópica Adição de calor isobárica Expansão isentrópica Rejeição de calor isobárica CAPBRR Compressão isentrópica Adição de calor isobárica Expansão isentrópica Rejeição de calor isobárica CE Compressão isotérmica Adição de calor adiabático Expansão isotérmica Remoção do calor isobárico CS Expansão isotérmica Resfriamento isocórico Compressão isotérmica Aquecimento isocórico CAPO Compressão isoentrópica Transferência de calor isocórico Expansão isoentrópica Rejeição de calor do ar isocórico CAPD Compressão isoentrópica Transferência de calor isobárico Expansão isoentrópica Rejeição de calor do ar isocórico CAPDU Compressão adiabática Adição de calor isovolumétrico e isobárico Expansão isoentrópica Rejeição de calor do ar isovolumétrico Ciclo Processos 𝜼𝑻é𝒓𝒎𝒊𝒄𝒐 Tabela1: Resumo dos ciclos de potência e rendimento térmico 15 REFERÊNCIAS SONNTAG, Richard E.; BORGNAKKE, Claus; WYLEN, Gordon J.van. Fundamentos da Termodinâmica. 6. ed. São Paulo: Edgar Blücher Ltda, 2003. p.577 GARCIA, Roberto. Combustíveis e combustão industrial. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2013. Disponível em: . Acesso em: 04 jun. 2020. OLIVEIRA, Santiago del Rio e SCALON, Vicente Luiz. OTIMIZAÇÃO DOS CICLOS DE AR- PADRÃO OTTO, DIESEL E DUAL COM RELAÇÃO A POTÊNCIA LÍQUIDA DE SAÍDA E A PRESSÃO MÉDIA EFETIVA. Disponível em: < http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east- 1.amazonaws.com/mathematicalproceedings/cnmai2014/0016.pdf>.Data de acesso em: 5/12/2020.
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