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AD1 - ZOOLOGIA

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DAIANE VIEIRA (NOVA FRIBURGO)
EVOLUÇÃO EM HOMINÍDEOS: AFINAL SOMOS OU NÃO MACACOS?
	A evolução sempre esteve em debate, na comunidade científica e também no nosso dia a dia. Principalmente a evolução humana, que existe o questionamento de que, “se viemos do macaco, porque ainda existem macacos?”. 
	Ao longo do tempo, várias áreas da biologia uniram seus conhecimentos, e como se fosse um quebra-cabeça, tentam desvendar os mistérios da evolução.
 Através da paleontologia, podemos ter acesso ao importantíssimo registro fóssil, que embora limitado, pode nos dizer muita coisa a cerca do grau de parentesco entre as espécies. Na biologia comparada, através do conceito de Homologia, onde observamos espécies diferentes que possuem estruturas homólogas. Que são elas, estruturas com formas similares, ou que são localizadas anatomicamente na mesma região, ou possuem a mesma origem embrionária. Através desses critérios, podemos comparar as espécies, e traçar um grau de parentesco entre elas, e se elas possuem um ancestral em comum que também compartilha dessa característica. 
	Há também estruturas que chamamos de análoga, elas apresentam a mesma função, porém foram adquiridas independentes nas espécies.
O ancestral entre humanos e chimpanzés se especiou a aproximadamente 6 milhões de anos atrás, a espécie que deu origem aos humanos e aos macacos atuais, era tão diferente dos macacos que vivem hoje, como dos humanos. 
	Quando o ancestral em comum de humanos e macacos sofreu o processo de especiação, chamado Cladogênese, em que uma espécie se divide em duas ou mais, ele deu origem ao ancestral dos macacos, e dos hominídeos que deram origem aos humanos. 
	Ao longo da evolução, os primatas foram adquirindo Apomorfias, que são caracteres peculiares que o diferem dos ancestrais. Como, dedão do pé virado p frente, o que foi muito importante para a evolução do bipedalismo. E assim, deixando p trás o hábito arborícola e andar quadrupedal. Ao longo do tempo essas apomorfias foram sendo herdadas por diferentes espécies, se tornando sinapomorfia, que são apomorfias homólogas compartilhada.
	Através do fóssil em perfeito estado de um Australopithecus afarensis, conhecido como Lucy, observamos vários carácteres presente nos humanos. A angulação do fêmur de lucy, saindo da bacia e direcionando para o centro, a anatomia de seus pés, são plesiomorfias existentes em nós humanos.
	Australopithecus afarensis foi um hominídeo que já apresentava o habito bipedal. Esse hábito foi muito importante, pois apresenta várias vantagens, como as mão livres pra carregar comida e filhotes, menos energia gasta na locomoção, o indivíduo fica mais alto possibilitando uma visão melhor do ambiente. Essas mãos que já não eram mais usadas para se locomover, se tornaram mais delicadas.
Australopithecus afarensis passou a se alimentar de carne, fazendo uso de algumas ferramentas para caçar . O que fez toda a diferença na encefalização, o consumo de carne aumentou a produção de energia, como resultado deu origem a um cérebro maior. Homo erectus já dominava o fogo, e cozinhava a carne para se alimentar. O processo de se alimentar da carne cozida diminuiu o tamanho da mandíbula e dos dentes. O fogo também pode ter tido outra função importante, a socialização, provavelmente compartilhavam a fogueira para se aquecer.
Aproximadamente 500 mil anos atrás, um grupo de Homo heidelbergensis que migraram para a Europa, deu origem ao Homo neanderthalensis, outro grupo de Homo heidelbergensis que continuaram na África deram origem ao Homo sapiens. 
	A evolução humana percorreu um logo caminho desde que se separou dos macacos primitivos. Nosso parentesco com os macacos, é que temos um ancestral em comum.
	REFERÊNCIAS
Russo, Claudia Augusta de Moraes. Diversidade dos Seres Vivos. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2018.
Rodarte, Mateus de Fraga. Potencialidades da formação continuada com o tema sistemática filogenética para professores de ciências e biologia. Disponível em: <https://fernandosantiago.com.br/defesa_final_MATEUS.pdf>, Acesso em: 10/09/2020.Mazzarolo, L.A. Conceitos básicos de sistemática filogenética. 2005. Disponível em: <http://uenf.br/posgraduacao/gmp/wp-content/uploads/sites/6/2013/05/Mazzarolo_Apostila.pdf>, Acesso em: 10/09/2020.
	Neil Shubin. Quando Éramos Macacos. Youtube. Disponível em: 	<https://www.youtube.com/watch?v=2miuEcBPf_c>, Acesso em: 10/09/2020.

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