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SanarSaude_Residencias_Farmacia_2020

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https://www.editorasanar.com.br/curso-online/preparatorio-online-para-residencias-em-farmacia-2020-2
SU
MÁ
RIO
INTRODUÇÃO 3
COMO SE TORNAR UM RESIDENTE 
EM ONCOLOGIA? 5 
COMO SE TORNAR UM RESIDENTE 
EM ANÁLISES CLÍNICAS? 10
COMO SE TORNAR UM RESIDENTE 
EM TERAPIA INTENSIVA? 15
COMO SE TORNAR UM RESIDENTE 
EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE? 19
COMO SE TORNAR UM RESIDENTE 
EM SAÚDE DA FAMÍLIA? 23
COMO SE TORNAR UM RESIDENTE 
EM SAÚDE DO ADULTO? 27
OMO SE TORNAR UM RESIDENTE 
EM SAÚDE MENTAL? 31
COMO SE TORNAR UM RESIDENTE 
EM CARDIOLOGIA? 34
PRÓXIMO PASSO IDEAL 40
 
3
Quase todo estudante de farmácia ou farmacêutico que deseja fazer residência 
tem dúvidas sobre qual programa e área escolher e como se preparar, afinal, escolher 
uma carreira não é fácil e esse é um dos passos cruciais para ser bem sucedido(a).
Imagine se pudesse ter certeza de qual residência se encaixa mais com o seu 
perfil sem precisar ter uma experiência diretamente com ela. 
O segredo está em conseguir identificar QUAL área se encaixa melhor 
em você e não o contrário. 
A falta de informações confiáveis sobre o dia a dia do farmacêutico residente 
e seu papel nas variadas áreas de concentração acabam dificultando a decisão de 
qual área escolher na hora de fazer a inscrição no processo seletivo.
A verdade é que você pode acelerar, economizar tempo e frustrações se conseguir 
informações suficientes e privilegiadas com pessoas que já fazem ou já fizeram 
residência nessas áreas.
INTRODUÇÃO
https://www.editorasanar.com.br/curso-online/preparatorio-online-para-residencias-em-farmacia-2020-2
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Foi exatamente por isso que criamos esse E-book. Nele você vai ter acesso à 
8 entrevistas com farmacêuticos residentes abrindo o jogo sobre a sua rotina, 
funções, dificuldades e desafios em diferentes áreas. 
Ele é apenas o pontapé inicial para você começar a mergulhar mais intensamente 
nesse mundo de possibilidades que é a Farmácia.
https://www.editorasanar.com.br/curso-online/preparatorio-online-para-residencias-em-farmacia-2020-2
5
COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM 
ONCOLOGIA?
“Ser residente em oncologia é ter 
uma visão mais ampla e integral no 
cuidado ao paciente com câncer, não 
basta, apenas, oferecer a contribuição 
técnica, é preciso tornar a assistência 
mais humanizada a fim de influenciar 
positivamente a evolução clínica do 
paciente oncológico”
Por Luana Bacelar
Na atualidade, o término da graduação não 
tem sido suficiente para qualificar o profis-
sional em uma área tão específica como a 
oncologia, o residente em oncologia é um 
profissional em processo de especialização 
e aprendizado, não somente de habilidades 
que devem ser inerentes a cada profissional, 
mas do entendimento de uma prática com 
foco exclusivo no indivíduo. 
A Política Nacional de Humanização (PNH) 
existe para reafirmar e provocar debates que 
possam proporcionar mudanças no cuidado: 
valorizar o sujeito, entender sua individuali-
dade e estabelecer um elo de confiança com 
o paciente.¹ Isto tem sido o fundamento das 
01
https://www.editorasanar.com.br/curso-online/preparatorio-online-para-residencias-em-farmacia-2020-2
6
residências, sendo assim, a Residência 
Multiprofissional tem ganhado destaque 
nos programas, cujo principal objetivo é o 
aperfeiçoamento profissional e científico 
de profissionais de saúde. 
O RESIDENTE EM ONCOLOGIA E 
SUA ROTINA
O farmacêutico na oncologia vem am-
pliando sua atuação. As múltiplas funções 
desse profissional perpassam pela produ-
ção de antineoplásicos, com o seguimento 
de critérios rígidos de manipulação; ativi-
dades relacionadas com o gerenciamento 
desses medicamentos, que incluem sele-
ção, padronização e armazenamento; até 
a Farmácia Clínica, com participação do 
farmacêutico na equipe multiprofissional 
e monitoramento, detecção e avaliação de 
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reações adversas, tornando-se um profissio-
nal corresponsável na qualidade de vida do 
paciente oncológico. 
A produção e preparo dos medicamentos 
antineoplásicos é uma atividade privativa do 
farmacêutico², nesta etapa, a responsabilida-
de envolve a preservação das características 
físico-químicas do medicamento preparado 
e a qualidade durante todo processo de pro-
dução, este deve ser realizado com técni-
ca asséptica, ambiente com infraestrutura 
apropriada e a utilização de equipamentos 
de proteção individual, os quais garantem a 
segurança do manipulador, do ambiente e a 
qualidade do medicamento. 
No que diz respeito ao gerenciamento de 
medicamentos antineoplásicos, o conhe-
cimento de protocolos terapêuticos e dos 
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principais medicamentos utilizados como 
suporte na terapia é essencial para auxi-
liar na padronização e seleção. 
O papel do farmacêutico na oncologia 
vai muito além do preparo e produção de 
medicamentos antineoplásicos, envolve 
também a Farmácia Clínica, esta ativi-
dade promove uma maior interação do 
farmacêutico com o paciente e o com o 
prescritor. 
Conhecer de maneira detalhada os pro-
tocolos e a farmacologia desses medica-
mentos é essencial para uma adequada 
assistência prestada pelo profissional 
farmacêutico, sendo assim, suas atribui-
ções ultrapassam os limites da simples 
dispensação dos medicamentos prescri-
tos.3,4 O foco do cuidado para o paciente 
oncológico está no aconselhamento e 
monitoramento da terapia farmacoló-
gica, sabendo que é um tratamento que 
resulta em reações adversas, e que deve 
ser orientado com a finalidade de garantir 
a adesão a farmacoterapia. 
Diante disto, o profissional residen-
te poderá realizar todas estas tarefas, 
desde que, sob supervisão do preceptor, 
isto é, um farmacêutico do serviço onde 
são desenvolvidas as atividades do pro-
grama, que tem a função de supervisionar, 
orientar e avaliar o residente durante a sua 
permanência no estágio-trabalho. 
PREPARAÇÃO PARA A PROVA 
DA RESIDÊNCIA
A preparação leva alguns meses contando 
com, principalmente, resoluções de questões 
dos processos seletivos anteriores e simula-
dos. Ter um planejamento é fundamental para 
otimizar com qualidade o tempo disponível 
para os estudos. 
COMO INGRESSAR NA ÁREA
As atribuições do farmacêutico na onco-
logia são bem específicas, sendo assim, a 
residência em farmácia é uma chance de pro-
porcionar um conhecimento prático e teórico 
com situações reais em que o profissional em 
formação poderá vivenciar. O aporte teórico 
durante a graduação é mínimo ou nulo, nesta 
área de atuação, e o grande desafio do novo 
profissional é inteirar-se de protocolos tera-
pêuticos e medicamentos sendo, inclusive, 
uma área em constante atualização. 
ÁREAS DE ATUAÇÃO E MERCADO 
DE TRABALHO
O farmacêutico especialista na área de 
oncologia deve estar apto a desenvolver ativi-
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dades administrativas com a participação 
nos processos de seleção, padronização, 
aquisição e armazenamento de medica-
mentos antineoplásicos; atividades clí-
nicas, que inclui avaliação da prescrição 
médica, quanto à dose, compatibilidade 
de diluentes, estabilidade, interações com 
outros medicamentos, além de partici-
pação em reuniões multidisciplinares; e 
preparo dos medicamentos antineoplási-
cos. Nesta condição, algumas instituições 
realizam os rodízios entre os farmacêuti-
cos como medida protetora à exposição.
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL 
E DESAFIOS
Embora esse cenário atual seja extre-
mamente promissor ao farmacêutico, as 
especializações ainda estão restritas e 
poucos programas de Residência Multi-
profissional contemplam a qualificaçãoem oncologia. Outro aspecto que deve ser 
enfatizado é a preparação do preceptor 
para o acompanhamento do residente, 
deixando claro os objetivos da residên-
cia, bem como, a sua proposta principal, 
isso é relevante é necessário que todos os 
envolvidos conheçam o fundamento dos 
Programas de Residência em Farmácia 
entendendo que é uma forma de ensino 
de Pós-Graduação nova, com aprovação em 
Lei no ano de 2005 (Lei 11.129/2005) 5.
EXPECTATIVAS 
O câncer tem se destacado pelo crescimen-
to e impacto gerado na saúde pública. É de ex-
trema importância a relação dos profissionais 
de saúde com familiares e pacientes, hoje, o 
profissional que tem ganhado importância 
no que tange a segurança do paciente é o 
farmacêutico. O mercado para esse profis-
sional tem sido promissor, pois percebe-se 
a relevante contribuição no tratamento do 
câncer, otimizando a terapia e oferecendo 
qualidade de vida ao paciente oncológico. 
O que tem sido satisfatório, na atuação do 
farmacêutico, é uma maior interação desse 
profissional com paciente e equipe multipro-
fissional, sendo cada vez mais perceptível a 
sua importância e função na prática clínica. 
A ampliação do número de instituições que 
possibilitem a qualificação efetiva dos pro-
fissionais na área de oncologia, bem como a 
contínua complementação do quadro técnico 
com a inserção de profissionais especializa-
dos e a interação na equipe multiprofissional, 
certamente são perspectivas que vão con-
tribuir com a otimização dos resultados da 
prática de assistência ao paciente. 
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Como afirmou Martin Luther King “Tal-
vez não tenha conseguido fazer o melhor, 
mas lutei para que o melhor fosse feito. 
Não sou o que deveria ser, mas Graças 
a Deus, não sou o que era antes”. Esta é 
uma frase que muito tem a ver com o dia 
a dia do residente, que é um profissional 
com postura de aprendiz, algo que deve 
ser incorporado à sua essência enquanto 
profissional de saúde. 
REFERÊNCIAS
1 - BRASIL. Ministério da Saúde. Política 
Nacional de Humanização. 1ª ed. Brasília, 
2013.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária. Resolução n° 220, 21 de setem-
bro de 2004. Dispõe sobre o regulamen-
to técnico de funcionamento dos serviços 
de terapia antineoplásica. Diário Oficial da 
União da República Federativa do Brasil, Bra-
sília. 
3 - ANDRADE, C.C. Farmacêutico em Oncolo-
gia: Interfaces Administrativas e Clínicas. 
Pharmacia Brasileira. Ceará, 2009.
4 - BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. 
Resolução nº 565 de 6 de dezembro de 2012. 
Dá nova redação aos artigos 1º, 2º e 3º da 
Resolução/CFF nº 288 de 21 de março de 
1996. Diário Oficial da União, 2012. 
5 - BRASIL. Lei nº 11.129 de 30 de junho de 
2005. Institui o Programa Nacional de In-
clusão de Jovens - Pro Jovem. Diário Oficial 
da União, 2005.
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02
 “Ser um residente em urgência é estar 
preparado para entender que um segundo 
de hesitação, um segundo a mais de 
descanso, um segundo de foco perdido 
pode trazer um mal a um paciente. Um 
analista clínico com vivência em urgência 
entende que não há tempo para dúvidas, 
perder tempo precioso confirmando um 
resultado deveras alterado pode trazer 
repercussões graves aos pacientes e 
tempo em urgência é vida”
Por Márlon Rodrigues
Na residência em Urgência com ênfase em 
Análises Clínicas, o analista clínico pode en-
tender a importância do trabalho específico 
para o tratamento dos pacientes, pois diante 
de um resultado de um exame complementar 
rapidamente divulgado, as tomadas de deci-
sões podem ser feitas ou melhor embasadas 
e danos aos pacientes evitados. Um analista 
clínico com vivência em urgência entende que 
não há tempo para dúvidas, perder tempo 
precioso confirmando um resultado deveras 
alterado pode trazer repercussões graves 
aos pacientes e tempo em urgência é vida. 
COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM 
ANÁLISES CLÍNICAS?
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O RESIDENTE EM ANÁLISES 
CLÍNICAS E SUA ROTINA
Dentro do laboratório o residente 
toma para si algumas responsabilidades 
preparando o setor para o recebimento 
das amostras do dia: organiza bancadas 
e materiais, realiza as manutenções dos 
equipamentos, calibra os reagentes que 
porventura necessitem, valida os equi-
pamentos como parte da gestão da qua-
lidade, realiza os exames laboratoriais 
dos pacientes fornecendo os parâmetros 
para a equipe de assistência para o em-
basamento de condutas.
Fora do laboratório, nas enfermarias 
e unidades fechadas, o residente acom-
panha a equipe multiprofissional nas 
discussões clínicas a respeito do quadro 
clínico do paciente, além de auxiliar no 
entendimento dos resultados de exames 
correlacionando os dados com a clínica 
do paciente. 
Existe situações em que o residente 
analista clínico se torna o primeiro a se 
deparar com uma informação que envolve 
um risco iminente ao paciente, é obrigação 
do residente divulgar esse dado, e o dever 
de ter certeza que algo foi feito a partir 
dessa informação. Chamamos esses dados 
de “valores críticos” (LUNDBERG, 1972).
Os valores críticos demandam uma to-
mada de decisão imediata ou podem trazer 
repercussões graves aos pacientes podendo 
levar a morte, daí a importância de se envolver 
pessoalmente nessas situações.1
PREPARAÇÃO PARA A PROVA DA 
RESIDÊNCIA
Para ingressar na residência muitas vezes 
é necessário estudar de 10-12 horas por dia na 
preparação para a prova. Quando possível, é 
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liberação de resultados. Pensar dessa forma 
nos torna profissionais medíocres. 
É muito importante estar atento às 
possibilidades, diante de um dado fora do 
comum, perder tempo querendo confirmar 
algo e mesmo após a confirmação não acre-
ditar que aquilo possa ser possível, é a falta 
do conhecimento, pois muitas vezes leva à 
insistência no erro. 
É preciso saber correlacionar os dados 
numéricos a outros aspectos da saúde do 
paciente. Por exemplo, um TP e TTPA que 
estão incoaguláveis num paciente que antes 
tinha resultados dentro da referência e não 
tem nenhum anticoagulante prescrito, e o 
fibrinogênio cai vertiginosamente, pode 
indicar uma CIVD; ou um paciente que tem 
hipercalemia e hiponatremia após um quadro 
de cetoacidose diabética, entre tantos outros 
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interessante escolher o estágio final 
da graduação na área o que já prepa-
ra de certa forma para os conteúdos 
específicos da prova, mas se isso não 
for possível, não precisa se preocupar 
basta estudar o edital, estruturá-lo, 
fazer um bom planejamento de acordo 
com as suas vantagens e deficiências 
em relação ao conteúdo e também com 
relação à sua rotina. Para estudar os 
assuntos específicos é interessante 
utilizar livros de grande aceitação 
para a maioria dos conteúdos, e para 
os conteúdos de saúde pública dar 
preferência a artigos que dissertem 
sobre os temas do edital.
COMO INGRESSAR NA ÁREA
Para atuar nessa área é preciso aci-
ma de tudo “pensar fora da caixa” e en-
tender que não somos apenas profis-
sionais presos ao laboratório, que não 
temos somente a responsabilidade de 
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exemplos, é essencial perceber que 
apenas apertar botões não é suficiente.
Segundo GastãoCampos, 
“(...) se o profissional não se 
sente sujeito ativo do processo 
de reabilitação ou na trajetória 
de invenção de programas para 
debelar um problema sanitário 
mais coletivo, ele não somente 
perderá contato com elementos 
potencialmente estimuladores de 
sua criatividade, como tenderá a 
não se responsabilizar pelo objeto 
final da própria intervenção, ou 
seja, pela recuperação do paciente 
ou pela promoção de saúde de uma 
comunidade...” (CAMPOS, 1997)2
ÁREAS DE ATUAÇÃO E MERCADO 
DE TRABALHO
A atuação na área de análises é bas-
tante variada, é possível trabalhar com 
biologia molecular, reprodução humana, 
análises toxicológicas, análises de alimen-
tos, imunologia, hormonologia, hemato-
logia, bioquímica clínica, microbiologia, 
uroanálise, parasitologia. 
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL 
E DESAFIOS
Inevitavelmente é uma área que não 
se esgota, dificilmente não há um aten-
dimento de urgência, seja num ambiente 
hospitalar, seja num Pronto Atendimento, 
além de grandes hospitais possuem foco nos 
atendimentos das urgências (principalmente 
nos plantões), bem como nas Unidades de 
Pronto Atendimento (UPAs).
Os maiores desafios na residência em aná-
lises clínicas estão relacionados à inserção 
do residente na prática clínica, isso acontece 
porque muitas vezes os profissionais de saú-
de identificam no analista clínico somente a 
figura do profissional do laboratório, aquele 
que lida apenas com as análises e com os 
equipamentos. Com relação a atuação profis-
sional na área, a desvalorização profissional é 
desafiadora, tendo em vista a imprescindível 
presença das análises clínicas em urgência, 
existe uma demanda grande de trabalho para 
uma remuneração aquém ao nível de exigên-
cia e stress que a área produz. Além disso, 
valorização do profissional ainda é abaixo 
da expectativa tendo em vista que há pouca 
exigência por profissionais especializados, 
ainda que os conhecimentos específicos para 
algumas situações sejam necessários.
EXPECTATIVAS PARA A ÁREA
Espero que se mantenha, infelizmente o 
programa de residência que eu fiz decidiu 
por encerrar a área de análises clínicas, tenho 
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certeza que foi uma perda grande para a 
equipe multiprofissional, os exames com-
plementares fazem parte do dia-a-dia dos 
hospitais e dos atendimentos de urgência. 
A residência em urgência agrega muito 
valor ao profissional de saúde que apren-
de a focar naquilo que é o principal para 
resolver um risco imediato, não que os 
outros problemas não sejam importantes, 
mas existe uma ordem de prioridade, a re-
sidência em urgência capacita o indivíduo 
para ter esse discernimento.
REFERÊNCIAS:
1 - LUNDBERG, G.D. When to panic over abnor-
mal values. MLO Med Lab Obs. 1972;4:47–54
2 - Gastão Wagner de Sousa Campos. Subje-
tividade e administração de pessoal: consi-
derações sobre modos de gerenciar trabalho 
em equipes de saúde. Agir em Saúde: um 
desafio para o público
https://www.editorasanar.com.br/curso-online/preparatorio-online-para-residencias-em-farmacia-2020-2
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03
COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM 
TERAPIA INTENSIVA?
O RESIDENTE EM TERAPIA 
INTENSIVA E SUA ROTINA
O residente em terapia intensiva tem uma 
rotina árdua, pois tem que se dividir entre 
as atividades obrigatórias do programa de 
residência que inclui aulas, trabalhos, ela-
boração de Trabalho de Conclusão de Curso, 
entre outras, e a rotina da Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI). 
O residente farmacêutico em terapia inten-
siva desempenha dentro do serviço de UTI um 
papel superimportante na promoção do uso 
racional de medicamentos, já que o paciente 
“Ser residente em terapia intensiva 
é poder aprender uma gama de 
conhecimentos e assuntos que você 
jamais sonhou em conhecer e poder 
retribuir a equipe e ao paciente todos 
os dias um pouco desse conhecimento 
que lhe foi proporcionado”. 
Por Mirian de Moraes
https://www.editorasanar.com.br/curso-online/preparatorio-online-para-residencias-em-farmacia-2020-2
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de UTI costuma fazer uso de uma grande 
quantidade de medicamentos, aumentan-
do exponencialmente as chances de even-
tos adversos, como aqueles relacionados 
a erros de prescrição, por exemplo. 
Dentre as diversas atividades desen-
volvidas destaca-se a análise da prescri-
ção médica, na qual se avalia a ocorrência 
de possível interações
medicamentosas, incompatibilidades 
fármaco-fármaco, diluição e tempo de 
infusão de medicamentos, também é feito 
ajuste de drogas de acordo com a função 
renal ou hepática, além do controle de 
prescrição dos medicamentos obrigatórios 
no FAST-HUG, que é um mnemônico que au-
xilia a equipe de terapia intensiva no manejo 
de pacientes críticos.
O residente em terapia intensiva também 
realiza farmacovigilância, na qual identifica 
as possíveis reações adversas causadas fár-
macos ou queixa técnica de produtos para 
saúde e realiza as notificações via NOTIVISA.
Analisa diariamente os exames laborato-
riais e sugere a solicitação destes casos veja 
necessidade e participa ativamente dos rou-
nds multiprofissionais, informando a equipe 
sobre a ocorrência de interações medica-
mentosas e sugerindo a alteração da terapia 
medicamentosa sempre que for necessário.
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PREPARAÇÃO PARA A PROVA DA 
RESIDÊNCIA
A dedicação requer estudo diário, es-
tudar pelo menos 3 horas por dia durante 
6 meses, usando sempre o edital como 
direcionamento para os estudos é um bom 
caminho para a aprovação.
COMO INGRESSAR NA ÁREA
O farmacêutico intensivista é essencial 
na composição da equipe multidisciplinar 
em UTI para garantir o uso racional de 
medicamentos, a efetividade da farmaco-
terapia e a segurança do paciente, através 
do acompanhamento farmacoterapêutico 
e da farmacovigilância. Desse modo, a 
residência multidisciplinar proporciona 
a vivência da rotina de UTI, vasto conhe-
cimento através da teoria e da prática 
clínica, além da sabedoria advinda das 
experiências práticas juntamente com 
outros profissionais.
ÁREAS DE ATUAÇÃO E MERCADO 
DE TRABALHO
Existem diferentes tipos de Unidades 
de Terapia Intensiva, por exemplo UTIs 
gerais, cirúrgicas, clínicas, cardiológicas, 
neurológicas, neonatais, pediátricas, on-
cológicas, entre outras, de modo que existem 
diferentes áreas de atuação para o farmacêu-
tico intensivista nas quais a metodologia e 
a abordagem variam de acordo com o perfil 
da unidade.
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL 
E DESAFIOS
A residência é um ambiente “mágico”, onde 
o farmacêutico se sente útil e importante 
dentro daquela rotina. A troca de experiência 
entre a equipe é riquíssima e engrandecedora.
Um dos principais desafios para iniciar a 
assistência farmacêutica dentro de uma uni-
dade de terapia intensiva é primeiramente 
entender como funciona a rotina do setor, 
por se tratar de um ambiente complexo com 
diferentes abordagens multiprofissionais, 
além de possuir paciente graves, com dife-
rentes patologias, fazendo uso de vários me-
dicamentos essenciais para manutenção da 
vida e muitas vezes pacientes idosos e com 
disfunção de órgãos e sistemas. 
O maior desafio após a conclusão da resi-
dência está em conciliar a jornada de trabalho 
na distribuição dentro das farmácias (central 
ou satélites) com a prática clínica dentro da 
UTI, isso pode gerar sobrecarga de trabalho 
que reduz a produtividade do profissional 
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dentro da UTI, além de um isolamento com 
os demais profissionais.
EXPECTATIVAS PARA A ÁREA
A visibilidade que o farmacêutico resi-
dente mostra perante aos demais profis-
sionais é de grande relevância, pois o farma-
cêutico sai do serviço exclusivo da farmácia 
de distribuição para trabalhar ativamente 
na assistência ao paciente grave junto aos 
demais profissionais, demonstrando assim 
a importância do serviço farmacêutico para 
redução de eventos adversos, mortalidade 
e custos hospitalares.
As expectativas para a residência em 
UTI e para o serviço do farmacêutico in-
tensivista são bem otimistas, visto que 
desde 2010 a RCD Nº 7, que dispõe sobre 
os requisitos mínimos para o funcionamen-
to de Unidade em Terapia Intensiva, cita a 
assistência farmacêutica como obrigatória 
em UTIs. Então, a tendência é que novas re-
sidências sejam ofertadas para qualificação 
dos farmacêuticos que tenham interesse em 
trabalhar na área.
Para finalizar, um trecho de Cora Coralina 
que tem especial valor para aquele que decide 
viver a experiência da residência, que promo-
ve crescimento através dos conhecimentos 
e saberes vivenciados na coletividade.
“Feliz aquele que transfere 
o que sabe e aprende o que 
ensina. O saber se aprende 
com mestres e livros. A 
Sabedoria, com o corriqueiro, 
com a vida e com os humildes. 
O que importa na vida não 
é o ponto de partida, mas a 
caminhada. Caminhando e 
semeando, sempre se terá o 
que colher.” 
(Cora Coralina)
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04
COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM SAÚDE DA 
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE?
Dessa forma, ser residente em saúde da 
criança e do adolescente é um gratificante 
contexto para retribuir os investimentos que 
a sociedade realizou para minha formação, 
atuando diligentemente para proporcionar 
uma melhor oferta de saúde a essa cama-
da populacional que merece uma especial 
atenção.
O RESIDENTE EM SAÚDE DA 
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E 
SUA ROTINA
A residência em saúde da criança e do ado-
lescente é dividida por módulos, sendo eles: 
“Ser residente em saúde da criança 
e do adolescente é poder atuar em 
benefício daqueles em cujos ombros 
repousa o futuro do país.”
Por Cinara Oliveira
https://www.editorasanar.com.br/curso-online/preparatorio-online-para-residencias-em-farmacia-2020-2
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clínicas pediátricas, clínica cirúrgica, UTD 
(Unidade de Treinamento e Desospitali-
zação), oncologia, atenção básica, UTIs 
e o eletivo. A rotina diária consiste em 
conferência de kit, discussão de paciente 
ou assunto, participação das visitas jun-
tamente com a equipe multiprofissional, 
realização da farmácia clínica e visita 
ao leito. Essa rotina, contudo, pode ser 
modificada a depender da unidade. Em 
alguns programas, é possível que o resi-
dente realize manipulação na oncologia. 
Por fim, importante apontar, enquanto 
atividade destacável, a apresentação 
quinzenal de caso clínico de algum pa-
ciente antecipadamente escolhido, que é 
discutida pelos preceptores e pela coor-
denadora da residência.
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PREPARAÇÃO PARA A PROVA DA 
RESIDÊNCIA
Para a preparação para a prova da resi-
dência, é muito importante refazer as provas 
dos últimos três anos e focar nos assuntos 
que costumam cair mais, especialmente para 
quem tem pouco tempo de estudo disponível. 
Assistir vídeo-aulas, focando principalmen-
te na legislação do SUS também é uma boa 
estratégia de estudo. Quanto aos assuntos 
específicos de farmácia, existem variados 
resumos na internet, sendo igualmente in-
teressante revisitar as anotações das aulas 
de graduação.
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COMO INGRESSAR NA ÁREA 
Um dos maiores desafios dessa área 
está relacionado à escassez de estudos 
em pediatria relacionados a medicamen-
tos, torna-se, portanto, recorrente o uso 
de medicamentos “off label” e medicamen-
tos não apropriados para infância. Assim, 
o cálculo da dose e a execução da farmácia 
clínica se tornam mais difíceis. Outro pon-
to a ser considerado é que a criança não 
é um “mini adulto”, tendo uma fisiologia 
totalmente diferente, o que requer maior 
atenção quanto às reações adversas. 
ÁREAS DE ATUAÇÃO E MERCADO 
DE TRABALHO
A especialização em saúde da criança 
e do adolescente, por ser multiprofissio-
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nal, capacita o residente a ter um olhar dife-
renciado quanto à equipe, tornando-a mais 
interativa, o que possibilita a humanização 
do sistema. Além disso, o farmacêutico sai 
preparado para atuar na farmácia clínica e 
na gestão.
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL E 
DESAFIOS 
Os maiores desafios da residência mul-
tiprofissional estão relacionados com a ex-
tensa carga horária, são 60h semanais entre 
atividades de estudo e prática, e isso pode 
ser bastante desafiador. Mas é importante 
ser organizado e estar aberto para novos 
aprendizados.
“Fazer sempre o melhor, pois se está li-
dando com vidas”, essa é uma ótica essencial 
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para o residente multiprofissional e para 
todo profissional de saúde pois, diariamen-
te, se está lidando com as mais diversas 
pessoas, que representam, por sua vez, a 
razão de existência de outras. Então, ten-
do consciência de que cada novo paciente 
não se trata apenas de um número, mas de 
um ser humano, deve-se procurar sempre 
dar o melhor de si, seja no atendimento, 
na atenção, na conferência da prescrição 
ou em qualquer outro aspecto que possa 
trazer uma influência positiva em sua vida.
EXPECTATIVAS PARA A ÁREA
Considerando que a residência propor-
ciona a conjugação da teoria com a práti-
ca, o residente consegue acompanhar o 
paciente por inteiro, podendo, dessa for-
ma, aprofundar seus conhecimentos e até 
mesmo agregá-los ao tratamento. Então, é 
gratificante a oportunidade de poder estudar 
diariamente os questionamentos que surgem 
na prática, oportunidade que, às vezes, tor-
na-se difícil para um profissional contratado 
da unidade, devido à falta de tempo e às de-
mandas do trabalho. 
Vislumbrando o futuro, é importante que 
haja maior reconhecimento dos profissionais 
que fizeram residência, não sendo essa resi-
dência somente considerada como uma espe-
cialização comum. O aumento no número de 
vagas nos programas de residência também 
seria uma excelente forma de capacitar mais 
profissionais com qualidade e dessa forma 
melhorar o nível da assistência. 
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05
COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM 
SAÚDE DA FAMÍLIA?
“Ser residente em Saúde Pública 
é trabalhar em favor da promoção 
da Saúde, na prevenção de agravos, 
b u s c a n d o a l t e r n a t i v a s p a r a 
modificação de hábitos, e situações 
de saúde e não apenas da cura de 
doenças já instaladas.”
Ser residente em Saúde Pública, é simples-
mente não seguir o padrão hospitalocêntrico, 
que somos formados. É trabalhar em favor da 
promoção da Saúde, na prevenção de agravos, 
buscando alternativas para modificação de 
hábitos, e situações de saúde e não apenas 
da cura de doenças já instaladas, temos esta 
competência também, mas não é a essencial.
O Farmacêutico sanitarista, então terá 
a possibilidade de implementar cuidados 
farmacêuticos voltados à terapêutica dos 
pacientes que poderá proporcionar uma me-
lhora significativa na adesão e o uso racional 
dos medicamentos. Além da possibilidade 
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de trabalhar em parceria com os demais 
profissionais da equipe multidisciplinar 
na busca da mais eficaz e eficiente tera-
pêutica do paciente. Sendo suas ações de 
abrangência coletiva, visto que a Atenção 
Primária é (ou deveria ser) a coordenadora 
e ordenadora do cuidado no SUS.
 Sendo assim, as ações do Residente 
Farmacêutico, neste nível de complexi-
dade do sistema, poderão evitar o agrava-
mento da situação de saúde do paciente 
e de sua família. Além do componente de 
gestão da sua formação, que contempla 
as ações assistências no primeiro ano de 
residência (R1) e ações de gestão no se-
gundo ano de formação (R2). Nesta última, 
o farmacêutico terá a oportunidade de 
desenvolver atividades de vigilância em 
saúde, implantação de políticas públicas, 
e Diretoria de Atenção Básica em nível 
estadual.
O RESIDENTE EM SAÚDE DA FAMÍ-
LIA E SUA ROTINA
 O Profissional farmacêutico na estratégia 
de Saúde da Família, está inserido na perspec-
tiva do Núcleo Ampliado de Saúde da Família 
(NASF), compondo a equipe de especialistas 
que dão suporte matricial às equipes mínimas 
de Saúde da Família, sua rotina abrange ações 
coletivas e individuais a exemplo de: Visitas 
domiciliares, acompanhamento de casos clí-
nicos, atividade educativas nas unidades de 
saúde, comunidades, escolas, interconsultas 
com os diversos profissionais da estratégia, 
consultas farmacêuticas e atividade geren-
ciais da farmácia (esta última, sendo reali-
zada na perspectiva da garantia de acesso e 
uso racional dos medicamentos – baseada 
no ciclo da assistência farmacêutica). Isso 
tudo no primeiro ano da residência, já como 
R2, desenvolve-se atividades de construção, 
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implantação e/ou avaliação de programas 
e políticas públicas de saúde apoio institu-
cional a municípios e vigilância em saúde. 
PREPARAÇÃO PARA A PROVA 
DA RESIDÊNCIA
Na preparação é muito importante 
estudar as políticas públicas voltadas a 
Saúde da Família, a Vigilância em Saúde, 
os princípios básicos de epidemiologia, 
sem deixar de lado a farmacologia, farma-
codinâmica, farmacocinética entre outros 
conteúdos comuns a todas as áreas.
COMO INGRESSAR NA ÁREA
Fazer uma residência em saúde da fa-
mília amplia os horizontes profissionais, 
possibilitando crescimento pessoal e 
profissional que auxiliam o ingresso no 
mercado de trabalho.
A palavra de ordem da residência é “Res-
significar”, não só o farmacêutico, como um 
profissional essencial para a efetivação 
do cuidado em saúde, mas principalmente 
ressignificar conceitos, saberes e postu-
ras pessoais e profissionais. Enquanto 
residentes temos a oportunidade de ex-
perimentar a realidade profissional, com 
seus desafios, limitações e potencialida-
des, ancorados ainda com o componente 
teórico que deve ser valorizado por todos 
que fazem parte deste processo formativo.
ÁREAS DE ATUAÇÃO E MERCADO 
DE TRABALHO
O mercado de trabalho é amplo, mas ainda 
existe uma limitação devido ao campo de 
trabalho ser um pouco restrito a cargos co-
missionados ou concursos públicos, por isso 
a importância de fazer uma residência para se 
qualificar e fazer networking, o que pode aju-
dar a ingressar na área com mais facilidade. O 
Profissional farmacêutico especializado em 
Saúde da Família poderá trabalhar assisten-
cialmente com os pacientes, comunidade, e 
demais profissionais do NASF, ou poderá tra-
balhar a nível de gestão no campo de atuação 
do profissional sanitarista como por exemplo: 
Apoiador Institucional, Gestores de Assistên-
cia Farmacêutica, Coordenador de Atenção 
Básica, etc. Atuando para a implementação 
de políticas públicas de saúde e vigilâncias em 
Saúde (Epidemiológica, Sanitária, Ambiental 
e do Trabalhador).
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL 
E DESAFIOS
Os farmacêuticos que atuam na atenção bá-
sica pertencem à categoria profissional que 
poderá trazer maior efetividade aos cuidados 
na atenção primária à saúde, tendo em vista 
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os agravos a saúde relacionados ao uso ir-
racional de medicamentos, a baixa adesão 
terapêutica, iatrogenia medicamentosa, 
“Polifarmácia”, etc. Desse modo, a atuação 
farmacêutica evita o agravamento das si-
tuações de saúde dos pacientes e conse-
quentemente a necessidade de acesso aos 
demais níveis de complexidade do sistema 
de saúde. Além disso, há a possibilidade de 
trabalhar na gestão do Sistema de Saúde em 
atividades de vigilância em saúde e formula-
ção, implantação e avaliação de Programas 
e Políticas Públicas de Saúde.
O grande desafio é ser um profissional 
que tenha empatia pelos usuários/pacien-
tes, ter competência técnica para embates 
profissionais relacionados à melhor con-
duta para o paciente e ser um profissional 
disposto a trabalhar de forma multidisci-
plinar e transdisciplinar.
EXPECTATIVAS PARA ÁREA
A saúde pública em geral está sujeita a 
modificações estruturais inclusive consti-
tucionais em nosso país nos últimos tempos. 
Entretanto, como a Atenção primária é legal-
mente a coordenadora e ordenadora do cuida-
do em saúde no país, este campo não poderá 
ser exaurido por completo, sendo a inserção 
do farmacêutico estratégica para a melhoria 
da situação de saúde, diminuição de perdas 
com medicamentos, e agravamento dos ca-
sos dos pacientes. Tanto a nível assistencial 
quanto a nível de gestão do sistema, sendo 
um campo fértil para a Farmacoeconomia em 
saúde pública, por exemplo.
Vivenciar a prática na Residência, maximiza 
a possibilidade de intervenções na realida-
de do sistema, ou seja, as ações, produtos, 
ou apenas sugestões dos residentes sobre 
o processo de trabalho, tem o potencial de 
ressignificar fazeres e condutas por esta-
rem normalmente aliadas à teoria e à prática 
exercidas durante a jornada da residência. 
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06
COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM SAÚDE 
DO ADULTO?
Atualmente o campo da saúde está voltado 
para a compreensão do sujeito não apenas 
como um ser biológico, mas sim biopsicosso-
cial. O residente farmacêutico compreende 
que para garantir a efetividade e segurança 
de uma terapia é necessário mais que a orien-
tação racional baseada no funcionamento 
fisiológico. Esse aprendizado, que se dá na 
prática, é o que molda o residente e o torna 
um profissional mais qualificado para atender 
as demandas da sociedade contemporânea.
“Ser residente em saúde do adulto 
é ter empatia, entender quais 
são as demandas dos indivíduos 
que depositam sua confiança em 
mim, é compreender que garantir 
a efetividade e segurança de uma 
terapia vai além da orientação racional 
e do funcionamento fisiológico.”
Por Renato Morais
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O RESIDENTE EM SAÚDE DO 
ADULTO E SUA ROTINA
Trata-se de uma rotina intensa, or-
ganizada de forma semanal. Os turnos 
matutinos são dedicados às enfermarias 
realizando acompanhamento farmaco-
terapêutico dos pacientes internados, 
participação em rounds de discussão 
para definição das condutas a serem 
adotadas. Entretanto, há semanalmen-
te, sessões clínicas onde um caso que 
demandou mais da equipe como um 
todo é discutido juntamente com os 
preceptores e a quinzenalmente, ocor-
rem as sessões de farmacovigilância, 
onde realiza-se um processo investiga-
tivo exaustivo para atribuição ou não 
de medicamentos comocausa das reações 
adversas notificadas ao serviço de farmácia. 
Os turnos da tarde são variáveis: são desen-
volvidas outras atividades relacionadas ao 
serviço de farmácia, que não o seguimento 
farmacoterapêutico; há também as aulas 
teóricas com professores de diversas pro-
fissões sobre assuntos que atravessam a 
multidisciplinaridade e, por fim, há um dia 
para dedicação aos estudos.
PREPARAÇÃO PARA A PROVA DA 
RESIDÊNCIA
É essencial a resolução de questões de 
provas passadas associada a um estudo da 
teoria para os conteúdos programáticos re-
ferentes às questões respondidas.
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COMO INGRESSAR NA ÁREA
O ingresso na área hospitalar é objeto 
de desejo de grande parte dos farmacêu-
ticos. Entretanto, os requisitos mínimos 
para contratação são aprimorados com o 
decorrer do tempo, devido a maior dispo-
nibilidade de profissionais no mercado e 
também a processos de acreditação hos-
pitalar que exige farmacêuticos especia-
listas. Em se tratando de atuação específi-
ca como farmacêutico clínico em saúde do 
adulto, o processo seletivo se torna ainda 
mais rigoroso. Portanto, especializações, 
como as residências, são um grande dife-
rencial no currículo de candidatos.
ÁREAS DE ATUAÇÃO E MERCADO 
DE TRABALHO
Do ponto de vista mercadológico não há 
diferentes atuações dentro da saúde do 
adulto, entretanto, a demanda por profis-
sionais especializados em uma área, como 
cardiologia, nefrologia, etc., já é realidade 
em muitos hospitais de referência.
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL 
E DESAFIOS
O farmacêutico especializado em saúde 
do adulto traz grande impacto no ambien-
te hospitalar. Estudos comprovaram que, 
no pior cenário, o investimento no setor de 
farmácia clínica gera uma economia equiva-
lente ao valor investido pela instituição, tudo 
isso associado a ganhos em segurança e efeti-
vidade terapêutica para todos pacientes. Em 
uma revisão sistemática, Perez et al. (2008), 
avaliaram estudos de impacto econômico 
da implementação de serviços de farmácia 
clínica em diversos âmbitos: clínicas ambu-
latoriais, hospitais, farmácias comunitárias, 
consultórios médicos e serviços por telefo-
ne. Os resultados demonstraram que todos 
os serviços de farmácia clínica avaliados re-
presentaram nenhum custo adicional para 
as instituições, sendo que alguns geraram 
um benefício de até 34,61 euros para cada 
unidade monetária investida¹.
As atividades de um farmacêutico clínico 
giram em torno do cuidado direto ao pacien-
te: conciliação medicamentosa, seguimento 
farmacoterapêutico, validação de reações 
adversas a medicamentos e farmacocinética 
clínica.
O principal desafio para vivenciar uma ex-
periência de uma Residência nessa área é a 
disposição, pois a carga horária é extensa e 
a quantidade de atividades propostas é de-
safiadora para os residentes. Se acostumar 
com essa rotina requer tempo e paciência 
consigo mesmo.
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EXPECTATIVAS E REMUNERAÇÃO
A bagagem que um residente acumula 
em dois anos de experiência é riquíssi-
ma e isso associado a dedicação torna a 
residência um período de grande aprimo-
ramento profissional, portanto, as pers-
pectivas são de muito de aprendizado. 
Com o passar do tempo alguns problemas 
vão se ajustando e isso é um ponto positivo 
para a residência. A integração multiprofis-
sional a cada ano é melhorada e isso facilita 
o aprendizado dos novos residentes. Para 
o futuro, é possível que a Residência Multi-
profissional seja uma especialização que se 
tornará essencial ou até mesmo obrigatória, 
em alguns casos, para exercer certas atividades 
profissionais.
Por fim, é importante lembrar que “No-
venta e nove não é cem”, essa frase dita por 
Valter dos Santos, no documentário chamado 
“lixo extraordinário”, é muito representativa 
para o contexto do residente, pois, reafirma 
a importância de cada pessoa em contribuir 
para um mundo melhor.
REFERÊNCIAS
1- PEREZ, A. et al. Economic Evaluations of 
Clinical Pharmacy Services: 2001–2005. Phar-
macotherapy, v. 29, n. 1, p. 128–128, jan. 2009. 
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1592/
phco.29.1.128>.
https://www.editorasanar.com.br/curso-online/preparatorio-online-para-residencias-em-farmacia-2020-2
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07
COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM 
SAÚDE MENTAL?
“Ser um residente em Saúde Mental é 
ser um farmacêutico em aprendizado. 
Porém um aprendizado que vai além dos 
conhecimentos técnicos específicos, é 
um conhecimento também pessoal e 
social, além da ampliação de valores 
e conceitos.”
Por Luana Sávia
O RESIDENTE EM SAÚDE MENTAL 
E SUA ROTINA
A rotina de um residente em Saúde Mental 
é bastante intensa. No 1º ano, as manhãs são 
destinadas para o aprendizado em serviço, 
nas unidades de internação. O R1 passa por 
diversas enfermarias, como: clínica médica, 
infectologia, cardiologia, Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI), psiquiatria, pediatria e neuro-
logia. No turno vespertino, as atividades são 
de cunho teórico ou teórico-prático. 
Já no 2º ano, o residente permanece aloca-
do na sua área de concentração, dividindo o 
rodízio entre a enfermaria de psiquiatria do 
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 ção para aprender. Além da necessidade de 
desenvolver habilidades como comunicação, 
respeito com as outras profissões que com-
põem a equipe multiprofissional, resiliência 
para encarar os desafios e sensibilidade para 
cuidar de pessoas que estão em sofrimento 
psíquico.
ÁREAS DE ATUAÇÃO E MERCADO DE 
TRABALHO
O farmacêutico especialista encontra-se 
apto para atuar em diferentes áreas da Saúde 
Mental, como em unidades de emergências 
psiquiátricas ou em unidades hospitalares, 
nos serviços como CAPS e residências te-
rapêuticas, ou com pacientes usuários de 
substâncias ilícitas.
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL E 
DESAFIOS
O farmacêutico especialista em saúde 
mental é um profissional com uma formação 
diferenciada e robusta para acompanhar pa-
cientes em sofrimento psíquico e, portanto, 
um profissional de grande importância para 
a saúde.
O principal desafio está relacionado ao 
mercado de trabalho que ainda absorve pouco 
esse profissional. A Saúde Mental não é vista 
hospital e os serviços da rede como os 
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) 
e Centro de Estudos e Tratamento de Ál-
cool e Outras Drogas (CETAD), no caso do 
programa do qual fiz parte. 
Há o período do estágio eletivo, no qual 
o residente escolhe um local para perma-
necer durante dois meses. Geralmente, é 
escolhida alguma área de conhecimento 
que não tenha sido explorada na residên-
cia de origem. Ao final da residência o 
residente de Saúde Mental, assim como 
os demais, deve apresentar um Trabalho 
de Conclusão de Curso (TCC). 
PREPARAÇÃO PARA A PROVA DA 
RESIDÊNCIA
As aulas online dos assuntos específi-
cos são ferramentas importantes no es-
tudo além dos livros-texto, é claro. Fui da 
1ª turma de residência multiprofissional 
em saúde mental da instituição, por isso, 
não havia provas anteriores, entretanto 
a resolução de provas anteriores é uma 
excelente estratégia para a preparação.
COMO INGRESSAR NA ÁREA
O desafio inicial para quem quer in-
gressar na residência é ter total disposi-
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como prioridade nas políticas públicas 
governamentais nem nas instituições pri-
vadas. O residente, muitasvezes, acaba 
indo para outras áreas e utilizando seus 
conhecimentos específicos na área que 
se encontra quando é necessário.
EXPECTATIVAS 
A área de saúde mental tende a se ex-
pandir e fortalecer nos próximos anos, 
pelo aumento significativo na prevalência 
de transtornos mentais graves como de-
pressão, transtorno de ansiedade, trans-
tornos alimentares, fobia social e outros. 
A própria Organização Mundial da Saúde 
(OMS) afirma que em 2030, depressão 
será a principal causa de incapacitação 
mundial. Com esse cenário daqui alguns 
anos, será de fundamental importância 
farmacêuticos habilitados a cuidar desses 
pacientes. ¹ 
Existe uma frase do escritor Machado 
de Assis que foi muito significativa em 
diversos momentos da residência: “A lou-
cura, objeto dos meus estudos, era até 
agora uma ilha perdida no oceano da ra-
zão; começo a suspeitar que é um conti-
nente.” Não podemos deixar de olhar para 
essa parcela crescente da população que 
requer cuidados específicos e, portanto, 
profissionais especializados.
REFERÊNCIAS
1 - OMS. Depression and Other Common Men-
tal Disorders: global health estimates. 2017. 
24p.
 
“A loucura, objeto dos meus 
estudos, era até agora uma 
ilha perdida no oceano da ra-
zão; começo a suspeitar que 
é um continente.” 
Machado de Assis
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“Ser residente em Cardiologia é 
poder atuar desde a promoção à saúde 
até a otimização da farmacoterapia 
do paciente, através do processo 
de conscientização quanto ao uso 
dos medicamentos, monitoração 
do paciente e intervenção quanto 
possíveis problemas relacionados 
à farmacoterapia, dentre outros 
parâmetros, sempre em consonância 
com a equipe multiprofissional visando 
o cuidado integral ao paciente.”
Por Luciano Vasconcellos
COMO SE TORNAR 
UM RESIDENTE 
EM CARDIOLOGIA?
Atualmente de acordo com a OPAS, 2017, 
no Brasil (e no mundo), as doenças crônicas 
não transmissíveis (DCNT) são as principais 
causas de óbito, dentre elas, as doenças car-
diovasculares, principalmente a insuficiência 
cardíaca e as síndromes isquêmicas, supe-
rando as doenças infectocontagiosas que 
tinham grande impacto até a década de 80 do 
século passado e as doenças oncológicas que 
estão em grande ascensão (e também fazem 
parte do grupo das DCNT). Alguns fatores 
tais como o aumento da expectativa de vida 
da população e os hábitos alimentares atuais 
tem contribuído para esse panorama.1
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Outro aspecto importante é o alto custo 
financeiro para os pacientes portadores 
de doenças cardiovasculares. Nos últimos 
20 anos, no Brasil, houve aumento do gasto 
com medicamentos, tanto pela iniciati-
va pública quanto pelo setor privado e 
até mesmo pela própria população. Em 
relação ao setor público, o país gastou 
aproximadamente 0,7% do PIB no ano de 
2015 com medicamentos, de forma que, as 
doenças crônicas têm papel fundamental 
nesse acréscimo.2 
O terceiro ponto que necessita ser 
aventado é o impacto psicossocial que 
sofre um paciente cardiopata, que requer 
um cuidado integral e universal.
Dessa maneira, a residência em cardio-
logia permite oferecer a atuação multi-
profissional ao paciente cardiopata, de 
maneira que é possível atuar desde a 
promoção à saúde até a otimização da 
farmacoterapia desse paciente, efetuar 
um processo de conscientização quanto 
ao uso dos medicamentos, monitoração 
do paciente e intervenção na resolução 
de problemas relacionados à farmaco-
terapia, sempre em consonância com a 
equipe multidisciplinar.
O RESIDENTE EM CARDIOLOGIA E 
SUA ROTINA
O residente em cardiologia deve ter uma 
visão ampla sobre o panorama das doenças 
cardiovasculares, atuando nos diferentes 
níveis de complexidade da saúde. 
As atividades de promoção e prevenção 
são realizadas dispondo da atenção primária 
e buscam atuar em fatores de risco modificá-
veis, levando a maior autonomia do paciente 
para tentar reduzir a curva de crescimento 
das doenças cardiovasculares.
A maior parte das atividades de rotina, 
são focadas na atenção terciária, ofertada 
a nível hospitalar. No nível terciário, o papel 
do farmacêutico frente à sociedade e aos 
demais profissionais de saúde vem mudan-
do nas últimas décadas, de modo que hoje 
há o reconhecimento do profissional como 
membro da equipe multidisciplinar. 
Durante a residência a maior parte das 
atividades é voltada para a Farmácia Clínica 
mas há também tarefas relacionadas à far-
macovigilância, armazenamento, transporte 
e dispensação de medicamentos.
Fazem parte da rotina, a avaliação das 
prescrições e a realização de intervenções 
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junto a equipe médica, quando necessário. 
Além das visitas aos pacientes, discutindo 
e contribuindo ativamente para ofertar o 
melhor e mais seguro cuidado ao paciente 
dispondo dos conhecimentos de cada es-
pecialidade. E por fim, o acompanhamento 
clínico no pós uso do medicamento, mo-
nitorando reações adversas e 
documentando-as junto à ANVISA, e 
fazendo a evolução do paciente em pron-
tuário.
Os conhecimentos sobre o fluxo da As-
sistência Farmacêutica são primordiais, 
pois o farmacêutico atua identificando 
algumas demandas decorrentes da tera-
pia farmacológica como a necessidade de 
padronizar um novo medicamento junto à 
comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) 
e a realização de ajustes terapêuticos res-
paldados em material científico sempre 
em consonância com a equipe médica para 
otimizar a aquisição e dispensação de me-
dicamentos.
PREPARAÇÃO PARA A PROVA DA 
RESIDÊNCIA
O preparo para a prova da residência 
geralmente leva alguns meses. Na prepa-
ração é importante consultar alguns livros 
que são referências. Sobre a bibliografia são 
excelentes referências: Katzung para Farma-
cologia; Berne e Levy e Guyton, para Fisiologia 
do Sistema cardiovascular e; Spence para 
Anatomia. Todas essas obras citadas ofere-
cem um rápido material de base para revisão 
do que foi estudado na graduação. Além de 
artigos sobre antibioticoterapia e medica-
mentos que agem no sistema nervoso central. 
O uso de videoaulas, contribui bastante para 
a revisão dos conteúdos e aprofundamento 
em conteúdos vistos na graduação bem como 
para a parte de legislação do SUS. 
Por fim, é importante dar um enfoque espe-
cial no estudo dos medicamentos que atuam 
no sistema cardiovascular, antibioticoterapia, 
anticoagulação e generalidades do conheci-
mento farmacêutico, tais como físico-química 
dos fármacos, biofarmácia, farmacocinética 
e farmacodinâmica. 
COMO INGRESSAR NA ÁREA
O maior enfoque na residência é dado às 
atividades clínicas, como avaliação da prescri-
ção médica, quanto à dose, compatibilidade 
de diluentes, estabilidade, interações com 
outros medicamentos, avaliação da via de 
administração, orientações ao paciente e 
à equipe de enfermagem sobre a adminis-
tração, além de participação em reuniões 
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multidisciplinares, o que garante o preparo 
para atuação na equipe multidisciplinar 
em saúde.
Apesar do enfoque clínico, o farmacêu-
tico especialista na área de cardiologia 
também está apto a desenvolver ativida-
des administrativas como a participação 
nos processos de seleção, padronização, 
aquisição e armazenamento de medica-
mentos.
As atividades ligadas à farmacovigilân-
cia também são de extrema importância 
para as instituições, visto que promove 
maior segurança ao paciente tanto por 
propiciar uma abordagem mais rápida em 
possíveis reações adversas a farmacote-
rapia quanto por catalogaros principais 
medicamentos e problemas associados 
relatando-os à ANVISA, o que auxilia na 
atualização da bula do medicamento e 
melhor descrição do perfil de segurança.
ÁREAS DE ATUAÇÃO E MERCADO DE 
TRABALHO
A atuação do farmacêutico especialista 
em doenças cardiovasculares está mais foca-
da no âmbito hospitalar, principalmente por 
meio da Farmácia Clínica. Os conhecimentos 
específicos adquiridos são de extrema impor-
tância para a atuação nas unidades fechadas 
e até mesmo na pediatria. 
Grande parte dos hospitais está em pro-
cesso de acreditação e requer farmacêuticos 
com preparo para atuar na clínica, em ações 
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relacionadas ao ciclo da assistência far-
macêutica e na farmacovigilância.
Além disso, a especialização abre por-
tas para um futuro mercado de atendi-
mento farmacêutico voltado à atenção 
primária até mesmo em drogarias, afinal 
os consultórios farmacêuticos já são rea-
lidade em alguns estados do país.
IMPORTÂNCIA DO 
PROFISSIONAL E DESAFIOS
O maior desafio está relacionado à 
formação, pois a formação generalista 
muitas vezes não oferece o arcabouço 
teórico necessário para a prática clínica. 
Desse modo, a chave para ingressar na 
residência e na área como especialista é 
a motivação. 
A insegurança que pode ser gerada por 
esse sentimento de “estar despreparado” 
pode ser, através da motivação, o motor 
que impulsiona o residente rumo aos 
seus objetivos profissionais, que passa 
a buscar com afinco a construção de um 
raciocínio clínico, lógico e crítico, o que 
pode ser facilitado pela experiência mes-
mo que teórica com diferentes aspectos 
debatidos durante a formação.
Na cardiologia é desafiador começar es-
tudos mais aprofundados sobre diferentes 
fisiopatologias, anatomia, doenças congê-
nitas, agravos, manejos clínicos e farmaco-
logia, de modo que, com a prática rotineira o 
profissional passa a se tornar confiante na 
sua área de atuação.
Pode haver outros desafios relacionados 
à oferta de aulas teóricas e acompanhamen-
to por preceptoria e infraestrutura que são 
característicos das instituições. Por isso, é 
essencial que todos os envolvidos conheçam 
o fundamento dos Programas de Residência 
em Farmácia entendendo que é uma forma de 
ensino de Pós-Graduação nova, com aprova-
ção em Lei no ano de 2005 (Lei 11.129/2005) 
e para que se conheça os direitos e deveres 
de residentes e demais envolvidos.3
O programa de residência oferece e exige 
cerca de 6 mil horas (dentre prática e teoria) 
aos residentes, de maneira que, essa carga 
horária total é pelo menos 50% maior do que 
os 5 anos de graduação realizados. Portan-
to, ao mesmo tempo em que é ofertada uma 
infinidade de conhecimentos, há também a 
dedicação à vivência, por isso, a residência 
requer comprometimento real com os estu-
dos e prática profissional. 
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EXPECTATIVAS 
O crescimento profissional, intelectual 
e clínico que é construído durante a resi-
dência é, sem dúvida, o maior ganho do 
farmacêutico. A residência oferece gran-
de conhecimento a quem está disposto a 
buscá-lo. Além disso, há o impacto social 
gerado, tanto do ponto de vista do pacien-
te quanto da profissão farmacêutica que 
ganha destaque trazendo gratificação e 
orgulho à classe. 
O movimento de reaproximação do 
farmacêutico da equipe de saúde gera 
uma estruturação da atuação em dife-
rentes unidades, abertas e fechadas, com 
diferentes perfis (clínica médica, clínica 
cirúrgica, nefrologia, UTI, semi-intensiva, 
pediatria, UTI pediátrica, UTI cardioló-
gica, dentre outras), que é um aspecto 
bastante positivo.
Os programas de residência em cardio-
logia, podem evoluir em alguns aspectos, 
mas, sem dúvida, existe a demanda por 
esse profissional e a residência é o me-
lhor caminho para preparação para atuar na 
área. Em relação ao mercado de trabalho a 
expectativas são as melhores, creio que ha-
verá mercado amplo, tanto a nível hospitalar 
quanto no futuro próximo com os consultórios 
farmacêuticos.
REFERÊNCIAS
1 - OPAS BRASIL. Disponível em: https://www.
paho.org/bra/index.php?option=com_conten-
t&view=article&id=5253:doencas-cardiovas-
culares&Itemid=1096.
2 - SIQUEIRA, A. S. E.; SIQUEIRA-FILHO, A. G.; 
LAND, M. G. P. Análise do Impacto Econômico 
das Doenças Cardiovasculares nos Últimos 
Cinco Anos no Brasil Analysis of the Economic 
Impact of Cardiovascular Diseases in the Last 
Five Years in Brazil Universidade Federal do 
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ – Brasil. Arq 
Bras Cardiol. 2017; 109(1):39-46. 
3 - BRASIL. Lei nº 11.129 de 30 de junho de 
2005. Institui o Programa Nacional de Inclu-
são de Jovens- Pro Jovem. Diário Oficial da 
União, 2005.
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PRÓXIMO 
PASSO IDEAL
Muito bem então, vamos lá
Você leu até aqui 8 entrevistas com residentes em diferentes áreas e aprendeu 
um pouco mais sobre elas e sobre como se preparar para ingressar na residência 
dos seu sonhos.
Esperamos de verdade ter te ajudado a encontrar uma área da farmácia que você 
– não se se encaixe – mas se encante, porque temos a certeza de que o amor pelo 
trabalho é fundamental para o sucesso profissional.
Mas, amor apenas não é suficiente, é necessário que você tenha dedicação na sua 
preparação para ser um residente. Afinal, os melhores programas de residência são 
extremamente concorridos.
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Algumas pessoas, já entram na graduação sabendo onde querem atuar depois de 
formadas, outras se descobrem no meio do percurso, mas eu acredito que a maioria 
dos farmacêuticos se forma sem saber ao certo onde deseja atuar, afinal, são mais 
de 70 possíveis caminhos.
É claro que a afinidade com a área é um dos fatores mais importantes na escolha 
da sua residência, mas essa descoberta não acontece de uma maneira mágica, por 
isso é essencial conhecer as diferentes áreas, o dia a dia profissional, as formas de 
ingressar nesse contexto, os desafios e as facilidades encontradas pelos profissio-
nais, entre outros fatores.
Agora que você já sabe as principais informações sobre as residências em farmácia, 
vai ficar mais fácil tomar a sua decisão. Mas lembre-se de analisar a sua afinidade 
com a área, afinal, fazer o que a gente gosta faz toda a diferença. Sucesso!
Vou deixar o link abaixo para você ter mais informações e saber todos os detalhes 
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RESIDENTE EM 
SAÚDE DA FAMÍLIA?
	COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM SAÚDE 
DO ADULTO?
	COMO SE TORNAR UM 
RESIDENTE EM 
SAÚDE MENTAL?
	COMO SE TORNAR 
UM RESIDENTE 
EM CARDIOLOGIA?
	PRÓXIMO 
PASSO IDEAL
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