Buscar

E-Book da Unidade - Legislação e Regulamentação Ambiental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Legislação e Regulamentação 
Ambiental
Gestão Ambiental
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
CAROLINA GALVÃO SARZEDAS
AUTORIA
Carolina Galvão Sarzedas
Olá! Sou formada em Ciências Biológicas, com mestrado e 
doutorado em Ciências, com experiência técnico-profissional na área de 
Meio Ambiente há mais de 18 anos. Minha formação acadêmica começou 
na UFRJ, local em que me apaixonei pela ciência e pela educação. Tenho 
experiência tanto na área de orientação acadêmica quanto na produção 
de material didático para grandes empresas de educação. Por isso, fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Introdução à Legislação Ambiental .................................................... 10
Histórico da Legislação Ambiental Brasileira ............................................................. 10
Importância da Legislação Ambiental Brasileira ...................................................... 14
Lei de Crimes Ambientais ........................................................................ 17
Crimes Ambientais ......................................................................................................................... 17
Crimes Contra a Fauna ............................................................................................. 18
Crimes Contra a Flora ............................................................................................... 18
Crimes Contra a Administração Ambiental ............................................... 19
Poluição e Outros Crimes Ambientais .......................................................... 19
Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio 
Cultural ................................................................................................................................. 21
Lei de Crimes Ambientais .........................................................................................................22
Infrações Administrativas .......................................................................................23
Multas ...................................................................................................................................24
Conferências Sobre o Meio Ambiente ................................................26
Conferências Sobre o Meio Ambiente: ............................................................................26
Conferência de Estocolmo ....................................................................................27
ECO-92 ou Rio-92 ........................................................................................................28
Protocolo de Kyoto .................................................................................................... 30
RIO+10: ..................................................................................................................................32
RIO+20: ..................................................................................................................................33
Desenvolvimento Sustentável ............................................................... 35
Definição e Objetivos ................................................................................................................... 36
Princípios .............................................................................................................................................. 38
Exemplos de Desenvolvimento Sustentável ............................................................. 39
Desenvolvimento Sustentável no Brasil ........................................................................ 40
Exemplos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil ..................... 41
7
UNIDADE
02
Gestão Ambiental
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que a legislação ambiental Brasileira é uma das mais 
importantes do mundo? É a partir dela que o governo fiscaliza e pune 
os crimes ambientais e impõe regras para licenciamento ambiental 
de atividades potencialmente poluidoras. Isso mesmo! As discussões 
sobre Meio Ambiente tomaram mais forma a partir da década de 90, e 
o termo “desenvolvimento sustentável” passou a reforçar as relações 
entre economia, tecnologia, sociedade e política, tendo como princípio 
a preservação dos recursos naturais. Desse modo, o desenvolvimento 
sustentável deve levar em conta tanto a viabilidade econômica quanto 
a ecológica, conservando os recursos naturais não renováveis para as 
futuras gerações. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva, você vai 
mergulhar neste universo!
Gestão Ambiental
9
OBJETIVOS
Olá! Seja muito bem-vindo à Unidade 2 – Legislação e Regulamentação 
Ambiental. Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento dos seguintes 
objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1. Compreender a legislação ambiental em vigor no Brasil.
2. Interpretar a Lei de Crimes Ambientais e suas aplicações.
3. Identificar as principais conferências sobre o Meio Ambiente e 
compreender sua importância para as políticas ambientais.
4. Discernir sobre a aplicabilidade do desenvolvimento sustentável 
e sua finalidade.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Gestão Ambiental
10
Introdução à Legislação Ambiental
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funciona a Legislação Ambiental no Brasil. Você 
vai perceber que a evolução da nossa legislação mostra 
também a evolução da preocupação com o uso dos 
recursos naturais. E, então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!.
Histórico da Legislação Ambiental 
Brasileira
O Brasil é considerado um país com legislação ambiental muito 
completa e avançada. Todas as ações, nesse sentido, têm o intuito de 
proteger o Meio Ambiente, de maneira a reduzir as consequências dos 
impactos ambientais gerados.
Figura 1 - Histórico da Legislação Ambiental Brasileira
Fonte: Freepik.
Gestão Ambiental
11
Mas, se engana quem pensa que o cumprimento da legislação 
cabe somente aos órgãos públicos e às pessoas jurídicas. Nós, como 
sociedade, temos uma grande parcela de obrigações e deveres para com 
o Meio Ambiente. 
Nesse contexto, o nosso sistema institucional para a gestão do Meio 
Ambiente é complexo e passou por um processo histórico com diversos 
momentos políticos, sociais e econômicos, e evolui em conjunto com as 
definições de Meio Ambiente definido por cada época. 
A seguir, vamos fazer um rápido resumo dos momentos históricos 
que trouxeram nossa legislação ambiental até os dias de hoje.• Década de 30: durante a Era Vargas, ocorreu intensificação da 
industrialização do país e, com isso, maior preocupação com 
o uso dos recursos naturais. Em 1934, foi realizada a Primeira 
Conferência Brasileira de Proteção da Natureza, representando 
um primeiro movimento contra o uso desenfreado dos recursos 
naturais. Mesmo com a criação de alguns códigos de proteção 
ambiental, não havia setores dos governos para gerir as questões 
ambientais. 
 • 1967: Criação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal 
(IBDF), responsável por aplicar o Código Florestal e a Lei de 
Proteção à Fauna (Lei n° 5197/67). Embora vejamos uma evolução 
na legislação ambiental Brasileira, havia ainda muitas contradições 
dentro dos códigos e leis, o que gerava problemas ambientais.
EXEMPLO: 
Durante esse período, muitas mineradoras foram instaladas em 
áreas consideradas unidades de conservação pelo IBDF.
Aqui no Brasil, na década de 70, o pensamento era de que se a 
poluição é o preço a pagar para o desenvolvimento, então o país receberá 
de braços abertos as indústrias poluidoras (SÁNCHEZ, 2008).
Gestão Ambiental
12
Enquanto isso, no resto do mundo, as questões ambientais já se 
tornavam compromisso entre as nações, com a Conferência de Estocolmo 
(1972). Inclusive, nos EUA, a National Environmental Policy Act (NEPA), em 
vigor desde a década de 70, já estabelecia amplos objetivos para a política 
ambiental norte americana, determinando a exigência de avaliações de 
impactos ambientais por agências federais quando as ações pudessem 
causar danos ambientais relevantes. 
Porém, aos poucos, a preocupação internacional com o Meio 
Ambiente, foi influenciando o pensamento dos representantes Brasileiros. 
Em 1973, foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), 
vinculada ao Ministério do Interior e responsável por desenvolver a 
legislação Brasileira. 
 • 1975: um decreto do governo federal regulamentou políticas de 
controle de poluição industrial (Decreto-Lei nº 1.413), estimulando 
que estados e municípios começassem a criar suas próprias leis e 
decretos de controle da poluição.
 • 1979: criação da lei que dispõe sobre o parcelamento do 
solo urbano (Lei nº 6.766/79). Essa lei estabelece regras para 
loteamentos urbanos, os quais são proibidos em áreas de 
preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa 
perigo à saúde e em terrenos alagadiços.
 • 1981: marco da legislação Brasileira com a instituição da 
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA- Lei nº 6.938/81) e, 
posteriormente, a criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA), gerido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA). Falaremos mais sobre a PNMA ao longo desta aula. 
 • 1985: ocorreu a Convenção de Viena e seu reflexo tornou a Avaliação 
do Impacto Ambiental (AIA) obrigatória para a implantação de 
projetos possivelmente nocivos ao Meio Ambiente. 
 • 1986: criada a Resolução nº 001/86 do CONAMA, que 
regulamenta a realização de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) 
e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
 • 1988: a Constituição Federal regulamenta a obrigatoriedade do 
Licenciamento Ambiental para todas as atividades utilizadoras de 
Gestão Ambiental
13
recursos naturais, sendo o SISNAMA o responsável pelo controle 
e adequação das licenças ambientais.
 • 1989: estruturação dos demais órgãos públicos responsáveis pela 
questão ambiental com a criação de um único órgão: Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais (IBAMA).
 • 1997: criação da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH- 
Lei no 9433/97), que passa a definir a água como recurso natural 
limitado e dotado de valor econômico, prevendo a criação do 
Sistema Nacional para a coleta, tratamento, armazenamento e 
recuperação de informações sobre recursos hídricos.
 • 1998: também considerada um marco na nossa legislação, a Lei de 
Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) institui punições e multas às 
atividades lesivas ao Meio Ambiente. Essa lei concede aos órgãos 
ambientais, ao Ministério Público e à sociedade mecanismos de 
punição para os causadores de danos ambientais. 
 • 2000: instituição do Sistema Nacional de Unidade de Conservação 
(SNUC- Lei nº 9.985/00) com o objetivo de conservar a nossa 
variedade de espécies biológicas e de recursos genéticos, de 
modo a preservar e restaurar a diversidade dos ecossistemas 
naturais, promovendo o desenvolvimento sustentável a partir dos 
recursos naturais.
 • 2006: criação da Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei nº 
11.284/06), com a instituição do Serviço Florestal Brasileiro (órgão 
regulador) e do Fundo do Desenvolvimento Florestal, com o 
objetivo de normalizar o sistema de gestão florestal em áreas 
públicas.
 • 2007: estabelecimento da Política Nacional do Saneamento 
Básico (Lei nº 11.445/07) em todos os setores do saneamento 
como drenagem urbana, abastecimento de água, resíduos sólidos 
e esgotamento sanitário.
 • 2010: instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS 
– Lei nº 12.305/10), responsável por estabelecer diretrizes à 
gestão integrada e ao gerenciamento ambiental adequado dos 
resíduos sólidos. Passa a compartilhar a responsabilidade pelo 
Gestão Ambiental
14
cumprimento de seus objetivos entre a sociedade, as empresas 
e o governo, definindo o processamento adequado dos resíduos 
antes da destinação final e sujeitando o infrator a penas passivas 
pelo descumprimento da legislação.
 • 2012: revogação do Código Florestal Brasileiro de 1965 e instituição 
de um Novo Código (Lei nº 12.651/12) com a definição de que a 
responsabilidade pelo Meio Ambiente natural é obrigação do 
proprietário mediante a manutenção de espaços protegidos 
de propriedade privada, divididos entre Área de Preservação 
Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).
NOTA:
É preciso, também, que cada estado tenha sua legislação 
específica e, ao seguir as normas estabelecidas pela legislação 
federal ou estadual, sempre é aconselhável optar pelas mais 
restritivas para não correr o risco de sofrer punições.
Precisamos ter em mente que as nossas leis ambientais, com suas 
infrações e normas, devem ser conhecidas e entendidas, pois só assim 
haverá uma mudança de comportamento nas empresas e na sociedade. 
A preocupação não pode estar relacionada apenas a penalidades legais, 
e sim à adoção de uma postura de responsabilidade perante nossos 
recursos naturais, seu uso e preservação. 
Importância da Legislação Ambiental 
Brasileira
Sabemos que o Brasil tem dimensões continentais e que possuímos 
a maior biodiversidade do planeta distribuída em seis biomas: Amazônia, 
Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal. 
E, ainda, aqui estão presentes 9,5% de todas as espécies de flora 
e fauna registradas no mundo, sendo considerado o país mais rico em 
peixes de água doce, anfíbios, mamíferos e plantas do planeta. Temos 
Gestão Ambiental
15
uma extensão marítima de 3,5 milhões de km2, com 10.800 km de costas 
e reentrâncias. 
O que isso quer dizer? 
Esse contexto significa que é um imenso desafio conferir proteção 
legal a todo o nosso patrimônio natural. 
Diante disso, a nossa evolução legislativa mostra que, na década 
de 80, as normas e leis estavam relacionadas à organização institucional, 
ao controle da poluição, ao fortalecimento dos mecanismos de 
participação popular no processo de controle dos impactos ambientais 
e, principalmente, ao controle da degradação ambiental ocasionada pela 
implantação de atividades e empreendimentos econômicos. 
A Constituição Federal teve grande importância no nosso controle 
ambiental, pois, em seu artigo 225, dispõe:
Todos têm direito ao Meio Ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e de preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações. (BRASIL, 1988, p. 131)
Isto é, o Estado passou a sujeitar sançõespenais e administrativas 
a pessoas físicas e jurídicas que praticassem atos nocivos ao Meio 
Ambiente, além de reparar os danos ambientais causados. 
Paralelamente à legislação de proteção ambiental específica, 
houve uma evolução também nas normas relativas ao desenvolvimento 
regional, de modo a melhorar o ordenamento urbano.
Além disso, percebemos também um grande aumento na 
preocupação com o Meio Ambiente advindo da iniciativa privada, uma 
vez que as empresas vêm adotando Sistemas de Gestão Ambiental 
(SGA) certificados por organismos creditadores (Ex.: NBR ISO 14.001/2015) 
como diferencial de mercado. Além disso, bancos vêm condicionando a 
liberação de créditos para empresas quando elas já têm licença ambiental 
para o empreendimento a ser desenvolvido. 
Podemos, assim, concluir a importância da legislação ambiental 
para o direcionamento do Poder Público e a iniciativa privada à uma 
Gestão Ambiental
16
gestão eficiente, com o intuito de prevenir e minimizar a ocorrência de 
danos causados ao Meio Ambiente, melhorando assim, a qualidade de 
vida de todos. 
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto, recomendamos a 
leitura da Legislação Ambiental Básica, do Ministério do 
Meio Ambiente. Você pode acessá-la clicando aqui. 
RESUMINDO:
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo, tudinho? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que o Brasil é considerado um país com legislação 
ambiental muito completa e avançada, cujas ações têm o 
intuito de proteger o Meio Ambiente, de modo a reduzir as 
consequências dos impactos ambientais gerados. O nosso 
sistema institucional passou por um processo histórico 
com diversos momentos políticos, sociais e econômicos, 
e vem evoluindo em conjunto com as definições de Meio 
Ambiente definidos por cada época. Muitas leis ambientais 
foram criadas e modernizadas para se adaptarem às 
necessidades atuais, de modo a ampliar a discussão 
acerca do tema e compartilhar a responsabilidade do 
seu funcionamento entre sociedade, empresas e Poder 
Público. Diante disso, é importante reiterar que precisamos 
assumir nossa parcela de responsabilidade perante o uso 
dos recursos naturais e devemos cobrar a aplicação correta 
da legislação ambiental.
Gestão Ambiental
https://www.mma.gov.br/estruturas/secex_conjur/_arquivos/108_12082008084425.pdf
17
Lei de Crimes Ambientais
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender a Lei 
de Crimes Ambientais. Porém, antes, precisamos identificar 
o que é um crime ambiental e seu impacto causado ao 
Meio Ambiente. E, então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!.
Crimes Ambientais
Começamos apresentando uma definição genérica de crime: é uma 
violação ao direito. Sendo assim, um crime ambiental é um prejuízo ou 
dano causado aos elementos que compõem o Meio Ambiente, sejam 
eles, recursos naturais, flora, fauna ou patrimônio cultural. Qualquer 
violação de direito é passível de uma penalização regulada por lei e com 
o Meio Ambiente não seria diferente, a lei que determina as sanções 
penais e administrativas aplicadas em caso de danos ao Meio Ambiente é 
chamada de Lei de Crimes Ambientais. 
Figura 2 - Lei de Crimes Ambientais
Fonte: Wikipedia.
Gestão Ambiental
18
Crimes Contra a Fauna
São ações prejudiciais cometidas contra animais silvestres, nativos 
ou em rota migratória, como caçar, pescar, matar, perseguir, apanhar, 
utilizar, vender, expor, exportar, adquirir, impedir a procriação, maltratar, 
propiciar ou negligenciar doenças dolorosas ou cruéis com animais 
quando existe outro meio, mesmo que para fins didáticos ou científicos, 
transportar, manter em cativeiro ou depósito, espécimes, ovos ou larvas 
sem autorização ambiental ou em desacordo com essa. Ou ainda, 
modificar, danificar ou destruir ninho, abrigo ou criadouro natural. 
Da mesma forma, a introdução de espécime animal estrangeira no 
Brasil sem a devida autorização também é considerada crime ambiental, 
assim como o perecimento de espécimes devido à poluição.
Crimes Contra a Flora
São ações que visem destruir ou danificar a floresta permanente, 
mesmo que ela esteja em formação, utilizá-la em desacordo com as 
normas de proteção, assim como usar as vegetações fixadoras de dunas 
ou protetoras de mangues. 
Causar danos diretos ou indiretos às unidades de conservação, 
provocar incêndio em mata ou floresta, bem como fabricar, vender, 
transportar ou soltar balões que possam provocá-lo em qualquer área. 
Promover extração, corte, aquisição, venda, exposição para fins 
comerciais de madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal 
sem a devida autorização ou em desacordo com a Lei 9.605 de 1998. 
Extrair de florestas de domínio público ou de preservação 
permanente: pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineral, de modo 
a impedir ou dificultar a regeneração natural de qualquer forma de 
vegetação.
Assim como destruir, danificar, lesar ou maltratar plantas de 
ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia, 
além de comercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização.
Gestão Ambiental
19
Em caso da degradação da flora, provocar mudanças climáticas ou 
alterações de corpos hídricos e erosão, a pena é aumentada de um sexto 
a um terço.
Figura 3 – Crime ambiental
Fonte: Pixabay. 
Crimes Contra a Administração Ambiental
Esse tipo de crime é atribuído à afirmação falsa ou enganosa, 
sonegação ou omissão de informações e dados técnico-científicos em 
processos de licenciamento ou autorização ambiental, assim como a 
concessão de licenças ou autorizações em desacordo com as normas 
ambientais.
Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de 
cumprir obrigação de relevante interesse ambiental; dificultar ou obstar a 
ação fiscalizadora do Poder Público.
Poluição e Outros Crimes Ambientais
A poluição acima dos limites estabelecidos, por lei, é considerada 
crime ambiental, assim como a poluição que provoque ou possa provocar 
Gestão Ambiental
20
danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa 
da flora. 
Também é crime a poluição que torne locais impróprios para uso ou 
ocupação humana, a poluição hídrica que torne necessária a interrupção 
do abastecimento público e a não adoção de medidas preventivas em 
caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.
Outros crimes ambientais são a pesquisa, lavra ou extração de 
recursos minerais sem autorização ou em desacordo com a obtida e a 
não-recuperação da área explorada. 
A produção, processamento, embalagem, importação, exportação, 
comercialização, fornecimento, transporte, armazenamento, guarda, 
abandono ou uso de substâncias tóxicas, perigosas ou nocivas à saúde 
humana ou em desacordo com as leis também são configurações de crime. 
Além disso, mais algumas atitudes criminosas são construir, reformar, 
ampliar, instalar ou fazer funcionar empreendimentos de potencial 
poluidor sem licença ambiental ou em desacordo com a legislação.
E, ainda, é crime ambiental a disseminação de doenças, pragas ou 
espécies que possam causar danos à agricultura, à pecuária, à fauna, à 
flora e aos ecossistemas.
Figura 4 – Crime ambiental: poluição
Fonte: Freepik. 
Gestão Ambiental
21
Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o 
Patrimônio Cultural
É considerado crime destruir, inutilizar, deteriorar, alterar o aspecto 
ou estrutura sem devida autorização, pichar ou grafitar bem, edificação ou 
local especialmente protegido por lei.
Danificar registros, documentos, museus, bibliotecas e qualquer 
outra estrutura, edificação ou local protegidos seja por seu valor 
paisagístico, histórico, cultural, religioso ou arqueológico. 
E construir em solo não edificável (por exemplo, áreas de 
preservação), ou no seu entorno, sem autorização ou em desacordocom 
a autorização concedida também é considerado crime ambiental.
IMPORTANTE:
O que mais vemos no Brasil são episódios trágicos 
envolvendo crimes ambientais, que exemplificam a 
importância da adoção e efetiva aplicação das leis 
ambientais e das penalidades relacionadas a esse tipo de 
crime.
Figura 5 – Crime ambiental: pichação
Fonte: Wikipedia.
Gestão Ambiental
22
Lei de Crimes Ambientais
Como dito anteriormente, crime ambiental é todo e qualquer dano 
ou prejuízo causado aos elementos que compõem o ambiente: flora, 
fauna, recursos naturais e patrimônio cultural. 
Antes da existência da Lei de Crimes Ambientais, a proteção ao 
Meio Ambiente era um grande desafio, pois as leis eram vagas e sem 
muita aplicabilidade.
EXEMPLO: 
As praias são de domínio público e de livre acesso, porém não havia 
punição criminal para quem impedisse seu acesso.
Antes, maus tratos a animais e desmatamento eram considerados 
contravenções, com aplicação de multas como punição, mas matar um 
animal da fauna silvestre para própria alimentação era considerado crime 
inafiançável.
Com a instituição da Lei, as pessoas jurídicas passam a ser 
responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, sem excluir a pessoa 
física, autora e coautora. A pessoa jurídica pode ter a suspensão parcial 
ou total das atividades, interdição do estabelecimento, obra ou atividade, 
proibição de contrato com o Poder Público, bem como dele obter 
subsídios, subvenções ou doações. 
A lei passa a centralizar a proteção ao Meio Ambiente, com as 
infrações claramente definidas, uniformização das penas e gradação 
adequadas, de acordo com:
I - A gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas 
consequências para a saúde pública e para o Meio Ambiente.
II - Os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da 
legislação de interesse ambiental.
III - A situação econômica do infrator, no caso de multa.
As penas são aplicadas conforme a gravidade da situação, podendo 
variar entre:
Gestão Ambiental
23
 • Privação de liberdade (prisão).
 • Restrição de direitos.
 • Prestação de serviços à comunidade.
 • Interdição temporária de direitos.
 • Suspensão de atividades.
 • Prestação pecuniária e recolhimento domiciliar.
 • Multa.
Empreendimentos sem a devida licença ambiental, mesmo que não 
tenham causado dano ambiental, cometem crime ambiental, pois essa 
situação configura desobediência da legislação ambiental e é passível de 
punição com multa e até detenção.
O Poder Público tem o poder fiscalizador e indica a multa prevista 
para a conduta ou as demais sanções estabelecidas no decreto, ao lavrar 
o auto de infração e de apreensão, de maneira a analisar a gravidade dos 
fatos, a situação econômica do infrator e seus antecedentes. 
NOTA:
A aplicação de sanções administrativas não impede a 
penalização por crimes ambientais, se também forem 
aplicáveis ao caso.
Infrações Administrativas
Infração administrativa ambiental é toda ação ou omissão que viole 
as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do 
Meio Ambiente.
Qualquer pessoa, ao tomar conhecimento de alguma infração 
ambiental, poderá apresentar representação às autoridades integrantes 
do SISNAMA e, a partir de então, a autoridade ambiental não tem escolha, 
Gestão Ambiental
24
ou seja, precisa apurar imediatamente a infração ambiental sob pena de 
corresponsabilidade. 
As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:
I – Advertência.
II - Multa simples.
III - Multa diária.
IV - Apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e 
flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer 
natureza utilizados na infração.
V - Destruição ou inutilização do produto.
VI - Suspensão de venda e fabricação do produto.
VII - Embargo de obra ou atividade.
VIII - Demolição de obra.
IX - Suspensão parcial ou total de atividades.
X - Restritiva de direitos.
Multas
Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração 
ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, Fundo 
Naval, fundos estaduais ou municipais de Meio Ambiente, ou correlatos, 
conforme dispuser o órgão arrecadador.
A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma 
ou outra medida pertinente, de acordo com o objeto jurídico lesado e 
será fixada, além de corrigida periodicamente, com base nos índices 
estabelecidos na legislação, sendo o mínimo de R$ 50,00 e o máximo de 
R$ 50.000.000,00.
Gestão Ambiental
25
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto e saber mais sobre 
crimes ambientais, analise a Lei nº 9605/98 clicando aqui.
RESUMINDO:
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Aprendemos 
que crime é uma violação de direito, sendo assim, crime 
ambiental é violar ou causar prejuízo ao Meio Ambiente 
e seus elementos: flora, fauna, recursos naturais e 
patrimônio cultural. A Lei de Crimes Ambientais(Lei no 
9605/98) passa a centralizar a legislação ambiental no 
que diz respeito à proteção do Meio Ambiente, de modo 
que as punições passam a ser uniformes e gradativas de 
acordo com a gravidade da infração cometida. A lei passa 
a determinar a responsabilidade das pessoas jurídicas, 
permitindo que grandes empresas sejam penalizadas e 
paguem multas pelos danos ambientais causados por seus 
empreendimentos. Dessa forma, qualquer cidadão pode 
apresentar representação às autoridades do SISNAMA se 
tomar conhecimento de infrações ambientais e, uma vez 
ciente, o órgão não tem escolha senão apurar os fatos sob 
pena de corresponsabilidade. 
Gestão Ambiental
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.html
26
Conferências Sobre o Meio Ambiente
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
as conferências ambientais realizadas no intuito de unir os 
países em prol do desenvolvimento sustentável. E, então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!.
Conferências Sobre o Meio Ambiente:
As discussões acerca do Meio Ambiente e do desenvolvimento 
sustentável são realizadas em conferências ambientais que reúnem 
líderes de diversos países. Após a Segunda Guerra Mundial, com a 
intensificação da indústria e a introdução de técnicas inovadoras no meio 
rural, os encontros entre líderes se tornaram de suma importância, uma 
vez que houve um aumento na exploração de recursos naturais. 
A tentativa de desenvolver estratégias visando ao desenvolvimento 
socioeconômico atrelado ao uso consciente dos recursos naturais e à 
preservação ambiental fizeram com que as conferências ambientais se 
tornassem reuniões de grande importância para a conservação do planeta. 
Neste capítulo, discutiremos sobre as mais importantes conferências e 
suas implicações no comportamento dos países envolvidos. 
Figura 6 – Principais conferências mundiais sobre o Meio Ambiente
Fonte: Pixabay. 
Gestão Ambiental
27
Conferência de Estocolmo
Foi realizada em 1972 na Suécia Conhecida como Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, é considerada um importante 
marco para as conferências ambientais. Reuniu 250 organizações 
internacionais, com 113 líderes. Foi uma reunião grandiosa, porém qual foi 
seu real impacto nas políticas mundiais em relação ao Meio Ambiente? 
1. A constatação da existência de problemas ambientais.
2. A extrema necessidade de conter esses problemas.
Entre as questões abordadas na Conferência estão a preservação da 
fauna e da flora como atitudes essenciais, a redução do uso de resíduos 
tóxicos e, o ponto principal, o financiamento do desenvolvimento para 
que países subdesenvolvidos atinjam o progresso esperado. 
NOTA:
O apoio a países subdesenvolvidos foi um ponto importante 
pois, segundo a Declaração de Estocolmo, a melhor 
maneira de barrar a degradação ambiental é por meio da 
promoção do desenvolvimentodos países.
A Conferência teve como resultado a Declaração de Estocolmo e o 
Plano de Ação para o Meio Ambiente. 
Na Declaração de Estocolmo, foram colocadas 27 questões 
principais e 26 princípios referentes às responsabilidades dos países com 
a preservação do Meio Ambiente. 
O Plano de Ação para o Meio Ambiente contempla 109 
recomendações. Entre eles, a convocação para que os países e as 
organizações internacionais busquem soluções e alternativas para os 
problemas ambientais. 
Gestão Ambiental
28
A partir dessa conferência, começaram a surgir políticas de 
gerenciamento ambiental que envolviam a união de países na tentativa 
de diminuir os impactos ambientais negativos gerados. 
IMPORTANTE:
A Conferência também impulsionou a criação do Programa 
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), nova 
instituição da Organização das Nações Unidas (ONU) 
para tratar de assuntos ambientais, como forma de dar 
continuidade aos debates sobre o Meio Ambiente.
ECO-92 ou Rio-92
Também conhecida por Conferência das Nações Unidas, foi 
realizada na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Reuniu 172 países e cerca 
de 1400 organizações não governamentais (ONGs). Essa Conferência 
retomou alguns pontos que já haviam sido abordados na Declaração de 
Estocolmo e constatou que problemas que antes tinham abrangência 
local, agora eram globais.
O modelo até então adotado, que sempre foi a exploração máxima 
dos recursos naturais para obtenção de lucro, não poderia ser mais 
sustentado, devido à escassez de recursos naturais. 
Alguns importantes documentos foram originados dessa reunião, 
entre eles:
 • Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente de Desenvolvimento.
 • Declaração de Princípios sobre Floresta de todo o tipo.
 • Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima 
(CQNUMC).
 • Convenção sobre diversidade biológica.
 • Agenda 21.
Gestão Ambiental
29
Esses documentos tiveram como objetivo operar uma mudança 
nos padrões de consumo estabelecidos até então, de maneira a alcançar 
o desenvolvimento sustentável. 
Ficou acertado que em 10 anos seria realizada uma nova conferência 
para discutir os resultados obtidos a partir das propostas apresentadas na 
ECO-92.
Principais resultados da ECO-92: 
 • Cooperação dos países desenvolvidos para acelerar o 
desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento.
 • Combate à pobreza.
 • Mudança nos padrões de consumo.
 • Combate ao desflorestamento.
 • Conservação da diversidade biológica.
Agenda 21:
Um dos resultados da Declaração do Rio foi a Agenda 21, que é 
um documento com o objetivo de desenvolver uma proposta para o 
desenvolvimento sustentável. Em sua composição, temos a base para 
que cada um dos 179 países elabore sua própria Agenda 21, com um novo 
padrão de desenvolvimento, o qual concilie proteção ambiental, justiça 
social e eficiência econômica. 
É um documento composto por 40 capítulos em que estão 
presentes algumas propostas de alternativas para um novo modelo de 
desenvolvimento, com valores de cooperação, igualdade de direitos 
e fortalecimento dos grupos socialmente vulneráveis, democracia, 
participação e sustentabilidade. 
Segundo o MMA, pode ser definida como um “instrumento de 
planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes 
bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça 
social e eficiência econômica”.
Gestão Ambiental
30
Precisamos deixar claro que o objetivo a ser atingido não se 
restringe à preservação do Meio Ambiente, e, sim, ao desenvolvimento 
sustentável, de modo ampliado e progressivo. A principal questão passa 
a ser a discussão do equilíbrio entre crescimento econômico, equidade 
social e preservação ambiental. 
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto e saber mais sobre a 
Agenda 21 Brasileira, você pode clicar aqui. :
Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD):
É um tratado da ONU (Organização das Nações Unidas) também 
estabelecido durante a ECO-92, o qual se tornou um dos mais importantes 
instrumentos internacionais relacionados ao Meio Ambiente.
Foi um acordo assinado por mais de 160 países e está estruturado 
em 3 bases: 
 • Conservação da diversidade biológica (espécies).
 • Uso sustentável da biodiversidade (ecossistema).
 • Repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da 
utilização dos recursos genéticos (recursos genéticos).
Para que os objetivos de conservação sejam alcançados, é preciso 
haver uma aliança envolvendo as esferas federal, estadual e municipal, 
além dos setores científico, acadêmico, não governamental e empresarial.
Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto foi realizado em 1997 no Japão como 
Conferência das Partes 3 ou COP-3.
Gestão Ambiental
https://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-Brasileira.html
31
Representou um tratado complementar à CQNUMC com 
compromissos rigorosos a respeito do aquecimento global, estabelecendo 
metas para que os países reduzissem a emissão de gases de efeito estufa.
Entrou em vigor em 2005, ratificado por 55 países responsáveis pela 
maior parte da emissão de gases do efeito estufa no mundo. 
NOTA:
Os Estados Unidos negaram-se a assinar o protocolo, 
justificando que os compromissos iriam prejudicar a 
economia estadunidense.
As metas de redução são diferenciadas entre as partes em 
consonância com dois princípios fundamentais: 
 • Responsabilidades comuns, porém diferenciadas: estabelecem 
compromissos distintos para cada grupo de países, baseando-se 
na ideia de que países com melhores condições socioeconômicas 
(e mais poluidores) devem ser alvo de ações mais radicais e 
imediatas para o problema. 
 • Abordagem abrangente: redução para todos os gases, não só o 
CO2. O protocolo surge como uma oportunidade para que os países 
em desenvolvimento busquem o desenvolvimento sustentável, de 
maneira a estimular a produção de energia limpa para a redução 
das emissões de gases do efeito estufa ou aumento da remoção 
de CO2.
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL): 
É o único mecanismo proposto pelo Protocolo de Kyoto que 
permite a participação de países em desenvolvimento em cooperação 
com países desenvolvidos. 
Surge da ideia dos países desenvolvidos ajudarem os 
subdesenvolvidos a seguirem um caminho de desenvolvimento mais 
eficiente, de modo a diminuir a utilização de energia convencional. 
Gestão Ambiental
32
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto e saber mais 
informações sobre o MDL Brasileiro, você pode clicar aqui. :
RIO+10:
Ocorreu em 2002. Também é conhecida como Conferência Mundial 
sobre Desenvolvimento Sustentável e foi realizada em Joanesburgo, na 
África do Sul.
Reuniu 189 países e centenas de ONGs, tendo como resultado a 
Declaração de Joanesburgo.
Nessa conferência, foram debatidas questões sobre Meio Ambiente 
e sobre a pobreza, pois, entre os problemas associados à globalização, 
estão miséria e fome. 
A seguir, veja alguns dos pontos discutidos na Declaração de 
Joanesburgo:
 • Necessidade de proteger a biodiversidade.
 • Necessidade de promover o acesso à água potável.
 • Melhoria do saneamento básico para atender às populações.
 • Acesso à energia e à saúde.
 • Combate à fome, aos conflitos armados, ao narcotráfico e ao crime 
organizado.
Um dos principais pontos positivos da conferência está relacionado 
à concordância dos países em reduzir pela metade (até 2015) o número de 
pessoas que não tem acesso à água potável.
Porém, a RIO+10 não obteve outros resultados significativos, uma 
vez que os países desenvolvidos não concordaram em cancelar as dívidas 
dos países mais pobres e não houve assinatura do acordo que tinha como 
meta o uso de apenas 10% das fontes energéticas renováveis. 
Gestão Ambiental
https://www.mma.gov.br/component/k2/item/11678-mecanismo-de-desenvolvimento-limpo-mdl
33
RIO+20:
Também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre 
o DesenvolvimentoSustentável, foi realizada no Rio de Janeiro em 2012.
Houve participação de 193 países membros da ONU, com maior 
cobertura da mídia, pois o objetivo foi reforçar o compromisso dos nações 
com a sustentabilidade.
Algumas questões foram retomadas e refletiu-se sobre ações 
adotadas desde a ECO-92, de maneira a identificar aquelas que pudessem 
servir de orientação para o desenvolvimento sustentável nos próximos 20 
anos. 
O seguinte questionamento foi levantado pela ONU: “Qual o futuro 
que queremos?”
Desse modo, o resultado da conferência foi um documento 
denominado “O futuro que queremos”.
O texto mostra a criação de objetivos de desenvolvimento 
sustentável, com um plano de 10 anos para o consumo e a produção 
sustentáveis, além da importância de questões relacionadas à gênero, ao 
direito, à comida e à água. E a questão mais importante que continua em 
pauta: o combate à pobreza.
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto, recomendamos o 
acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento, 
intitulada Declaração Final da Conferência das Nações 
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20). Você 
pode acessá-la clicando aqui. 
Gestão Ambiental
http://www2.mma.gov.br/port/conama/processos/61AA3835/O-Futuro-que-queremos1.pdf
34
RESUMINDO:
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. O avanço do capitalismo 
e do uso dos recursos naturais para o desenvolvimento das 
sociedades foi, aos poucos, despertando uma consciência 
ecológica, de que era preciso preservar para “não acabar”. 
Com isso, alguns países, começaram a promover formas 
de desenvolvimento que pudessem integrar crescimento 
econômico com preservação dos recursos naturais. Assim, 
nasceram as conferências sobre o Meio Ambiente, com o 
objetivo de discutir ações, metas e estratégias pautadas 
em evitar a degradação ambiental. Temos como principais 
conferências ambientais internacionais: Conferência de 
Estocolmo (1972), a ECO-92 (1992), a RIO+10 (2002) e a 
RIO+20 (2012). Os temas discutidos não abrangem somente 
problemas ambientais, mas também problemas sociais 
e educacionais que dificultam o avanço de medidas de 
proteção e conservação. 
Gestão Ambiental
35
Desenvolvimento Sustentável
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de definir o 
desenvolvimento sustentável e suas consequências para o 
futuro do mundo. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!.
Figura 7 – Desenvolvimento sustentável
Fonte: Freepik. 
Gestão Ambiental
36
Definição e Objetivos
A definição de desenvolvimento sustentável partiu de uma pergunta: 
é possível manter o crescimento econômico eficiente (sustentado) no 
longo prazo, com acompanhamento da melhoria das condições sociais e 
a partir do respeito ao Meio Ambiente? 
Daí, surgiu, em 1983 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, o conceito clássico: “desenvolvimento Sustentável 
é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, 
sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras 
gerações” (ONU, 1983, on-line). 
Embora os termos desenvolvimento sustentável, sustentabilidade 
e sustentável sejam corriqueiros na literatura científica e nas políticas 
públicas e privadas, não existe um consenso sobre o conceito, então 
trabalharemos com o conceito exposto anteriormente. 
Os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) foram definidos 
em 2015 com o dever de orientar as políticas nacionais e as atividades 
de cooperação internacional até 2030. Dos objetivos definidos, 17 estão 
citados a seguir:
 • Erradicar a pobreza.
 • Erradicar a fome.
 • Saúde de qualidade.
 • Educação de qualidade.
 • Igualdade de gênero.
 • Água potável e saneamento.
 • Energias renováveis e acessíveis.
 • Trabalho digno e crescimento econômico.
 • Indústrias, inovação e infraestruturas.
 • Redução das desigualdades.
 • Cidades e comunidades sustentáveis.
Gestão Ambiental
37
 • Consumo e produção responsáveis.
 • Ação contra a mudança global do clima.
 • Vida na água.
 • Vida terrestre.
 • Paz, justiça e instituições eficazes.
 • Parcerias e meios de implementação.
Figura 8 – Desenvolvimento sustentável
Fonte: Freepik. 
Gestão Ambiental
38
Princípios
Como mencionamos anteriormente, o desenvolvimento sustentável 
tem 3 princípios básicos:
 • Desenvolvimento econômico.
 • Desenvolvimento social.
 • Conservação ambiental.
Isto é, o desenvolvimento sustentável tem por objetivos promover 
o crescimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e evitar a 
degradação ambiental pelo uso descontrolado dos recursos naturais. 
O suprimento das necessidades da sociedade não pode 
comprometer o desenvolvimento das gerações futuras. Em razão disso, é 
fundamental que os recursos naturais sejam repostos de modo a impactar 
o mínimo possível o Meio Ambiente. 
O nosso modelo econômico e de desenvolvimento visa a obtenção 
de lucro pela exploração dos recursos naturais, e isso não é compatível 
com modelos de desenvolvimento sustentável. 
O crescimento econômico eficiente não é condição suficiente 
para elevar o bem-estar humano. Isso porque são necessárias políticas 
públicas específicas para evitar que o crescimento beneficie apenas uma 
minoria. Ademais, o mesmo crescimento econômico afeta negativamente 
o equilíbrio ecológico, de maneira limitante e a longo prazo. 
É preciso que as políticas de proteção ao Meio Ambiente estimulem 
o aumento da eficiência ecológica, de modo a reduzir o risco de danos 
ambientais potencialmente negativos. 
Diante disso, para que se inicie uma política ambiental eficiente, é 
preciso uma regulação ambiental agressiva, a fim de evitar a escassez de 
recursos naturais no futuro. Além disso, é necessário diminuir ou acabar 
com os incentivos econômicos em atividades que utilizem combustíveis 
fósseis, como transportes e geração de energia. 
Gestão Ambiental
39
O ideal seria criar, para os agentes econômicos, um equilíbrio entre 
os custos do controle ambiental e os custos dos impactos ambientais 
causados pelas atividades poluidoras, de modo a forçar esses indivíduos 
e/ou instituições a pagar taxas correspondentes ao uso dos recursos 
naturais. Aí sim, os empreendedores começariam a minimizar o uso dos 
recursos, pois pagariam uma taxa proporcional à degradação causada. 
Exemplos de Desenvolvimento Sustentável
Vimos, até agora, definições, princípios e objetivos, mas 
efetivamente, como se aplica o Desenvolvimento Sustentável? 
A seguir, vamos citar alguns países como Noruega, Suécia e 
Dinamarca, que adotaram medidas de sucesso e são campeões no 
ranking das melhores práticas. 
Suécia: 
 • Campeã em reciclagem.
 • Apenas 1% dos resíduos produzidos vai para lixões, outros 99% são 
reciclados, reutilizados ou incinerados para produção de energia.
 • A lei exige que TODOS façam coletas seletivas.
 • As empresas são obrigadas a recolher os resíduos dos seus 
produtos.
IMPORTANTE:
2 milhões de toneladas de lixo viram energia todos os anos, 
evitando o consumo de 670 mil toneladas de petróleo e 
outros combustíveis fosseis. 
Dinamarca:
 • A luta contra o desperdício de alimentos é única. 
 • Há incentivos financeiros, por parte do governo, para projetos que 
defendem as causas ambientais.
Gestão Ambiental
40
 • Supermercados fazem suas próprias campanhas de 
reaproveitamento.
 • Foi desenvolvido um aplicativo para celular que mostra 
estabelecimentos prestes a fechar, caso alguém queira ficar com 
as sobras. 
Noruega: 
 • Melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. 
 • Oslo (capital) tem iluminação que se ajusta, de maneira inteligente, 
às condições meteorológicas e do tráfego. 
 • Investimento massivo em energia renovável.
 • Até 2020, comporta o maior parque eólico terrestre da Europa.
 • Temsistema de educação gratuito para a maior parte da população. 
O ranking das 20 melhores posições, além de Suécia, Dinamarca 
e Noruega, inclui: Finlândia, Suíça, Alemanha, Áustria, Holanda, Islândia, 
Reino Unido, França, Bélgica, Canadá, Irlanda, República Tcheca, 
Luxemburgo, Eslovênia, Japão, Singapura e Austrália. 
O Brasil ocupa a 52ª posição no ranking.
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto, acesse o estudo 
completo clicando aqui. 
Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Vimos que o desenvolvimento sustentável é composto por uma 
grande variedade de fatores determinantes, porém o que está em jogo é 
a capacidade humana de cooperação e a maneira como nós fazemos uso 
dos ecossistemas aos quais somos dependentes.
Gestão Ambiental
https://www.sdgindex.org/
41
O Brasil luta bravamente para a diminuição da pobreza, porém 
persistem ainda as formas mais graves de desigualdades que são o 
acesso à educação, à moradia, a condições urbanas dignas, à justiça e à 
segurança. 
A legislação Brasileira voltada para o Meio Ambiente não tem poder 
suficiente para conter os nossos padrões de consumo, que são apoiados 
em processos de degradação ambiental.
Porém, muitos avanços têm sido vistos nos últimos anos, sendo 
2009 um ano de virada decisiva na postura do Brasil diante das mudanças 
climáticas. Isso porque, até então, o Protocolo de Kyoto não estabelecia 
obrigação nesse sentido. Contudo, em 2009, o país assumiu, de maneira 
voluntária, o compromisso de reduzir suas emissões de gases até 
2020, sendo a diminuição da devastação florestal na Amazônia grande 
responsável por essa redução.
Exemplos de Desenvolvimento Sustentável no 
Brasil
Além da redução de gases, Brasil se destaca com outros exemplos 
de desenvolvimento sustentável como:
Água de reuso: algumas empresas fazem uso da água proveniente 
de esgotos para atividades industriais. É uma medida rentável e uma 
prática sustentável, pois seu custo é até 40% menor do que a água potável. 
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o reuso pode 
ocorrer de forma direta ou indireta, por meio de ações planejadas ou não. 
 • Reuso direto: é o uso planejado e deliberado de esgotos tratados 
para certas finalidades como uso industrial, irrigação, recarga de 
aquífero e água potável.
 • Reuso indireto: ocorre quando a água já utilizada, uma ou mais 
vezes para uso doméstico e industrial, é descarregada nas águas 
superficiais ou subterrâneas e utilizada novamente de forma 
diluída.
Gestão Ambiental
42
 • Reciclagem interna: é o reuso da água internamente às instalações 
industriais, tendo como objetivo a economia de água e o controle 
de poluição.
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto e saber mais 
informações sobre o reuso da água, leia o artigo Reuso de 
água: tipos processos específicos e contaminantes clicando 
aqui.
Figura 9 – Energia solar
Fonte: Freepik. 
Uso de fontes renováveis para geração de energia: é utilizada com 
cada vez mais frequência, sendo considerado um excelente exemplo de 
desenvolvimento sustentável. Entre alguns tipos, podemos citar:
 • Solar: é o aproveitamento da radiação do Sol. Além de inesgotável, 
é muito potente, devido à emissão diária de luz solar. A grande 
Gestão Ambiental
https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/reuso-de-agua-tipos-processos-especificos-e-contaminantes/
43
questão quanto ao uso, ainda são as formas de captar a luz para 
geração de energia.
 • Eólica: é o processo pelo qual o vento é transformado em energia 
cinética e depois, em eletricidade. 
 • Hidrelétrica: é considerado um dos processos mais eficientes e 
menos poluidores, porém o seu processo de instalação requer 
devastação de grandes áreas e a fase de construção causa 
inconvenientes. 
Reflorestamento: apesar de vermos diariamente notícias sobre 
a degradação das matas Brasileiras, o reflorestamento tem sido um 
compromisso do governo e das empresas. E isso tem gerado grandes 
áreas reflorestadas no território Brasileiro. Nesse sentido, em diversos 
níveis e com diversas finalidades, algumas empresas têm se interessado 
na atividade com intenção de realizar reparos ambientais e outras com 
intenção de participar do mercado mundial de carbono.
IMPORTANTE:
Em 11 anos, o reflorestamento da Mata Atlântica absorveu 
cerca de 1,2 milhão de toneladas de CO2.
Reciclagem: é um assunto muito presente na vida de todos e que 
merece ganhar cada vez mais importância. Atualmente, sabe-se que 
apenas 18% dos resíduos gerados nas cidades das regiões Sul e Sudeste 
do país são reciclados. No Brasil, 30% dos resíduos sólidos gerados 
têm potencial para ser reciclado, porém apenas 3% são efetivamente 
reciclados. O maior índice de reciclagem no Brasil diz respeito ao alumínio 
(97,9%), seguido pelo papel (63,4%), ao passo que o vidro alcança um 
índice de reciclagem em torno de 45%. É pouco, perto do potencial que 
poderia ser alcançado. 
Gestão Ambiental
44
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto, leia o artigo intitulado 
Reciclagem no Brasil: panorama atual e desafios para o 
futuro, clicando aqui. 
RESUMINDO:
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. O termo “desenvolvimento 
sustentável” tem muitas definições e não é uma 
unanimidade entre autores, porém uma das mais utilizadas 
é esta: “Desenvolvimento Sustentável é a capacidade de 
suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer 
a capacidade de atender as necessidades das futuras 
gerações”. Isso significa que seus objetivos são promover 
o crescimento econômico, reduzindo as desigualdades 
sociais, de modo a priorizar a conservação ambiental e o 
uso desenfreado de recursos naturais. 
E, para mostrar que poder econômico pode caminhar junto à 
preocupação ambiental, temos Noruega, Suécia e Dinamarca como 
exemplos de países que adotaram medidas de sucesso e são campeões 
no ranking das melhores práticas ambientais. O Brasil ocupa a 52ª posição 
nesse ranking, porém vem desenvolvendo medidas sustentáveis ao longo 
dos anos, como reciclagem de resíduos, uso de fontes alternativas para 
geração de energia, reuso da água, entre outras. 
Gestão Ambiental
https://portal.fmu.br/reciclagem-no-Brasil-panorama-atual-e-desafios-para-o-futuro/
45
REFERÊNCIAS
20 PAÍSES com melhor desenvolvimento sustentável. Juntos 
pela Água, 2016. Disponível em: “https://www.juntospelaagua.com.
br/2016/10/06/20-paises-desenvolvimento-sustentavel. Acesso em: 27 
nov. 2019.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 
Senado Federal, 1988.
BRASIL. Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente: 
Biodiversidade. 6. ed. Brasília: Edições Câmara, 2019.
IWAKI, G. P. Reúso de água: tipos, processos específicos e 
contaminantes. Portal Tratamento de Água, 2015. Disponível em: https://
tratamentodeagua.com.br/artigo/reuso-de-agua-tipos-processos-
especificos-e-contaminantes. Acesso em: 27 nov. 2019.
JURAS, I. A. G. M. Ecossistemas costeiros e marinhos: ameaças e 
legislação nacional aplicável. Brasília: Câmara dos Deputados, 2012.
MAGALHÃES, L. Desenvolvimento sustentável. Toda Matéria, [s. 
d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/desenvolvimento-
sustentavel. Acesso em: 27 nov. 2019.
MECANISMO de desenvolvimento limpo (MDL). Ministério do Meio 
Ambiente, [s. d.]. Disponível em: https://www.mma.gov.br/component/
k2/item/11678-mecanismo-de-desenvolvimento-limpo-mdl. Acesso em: 
27 nov. 2019.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. O futuro que queremos. 
Declaração final da Conferência das Nações Unidas sobre 
desenvolvimento sustentável (RIO + 20). Rio de Janeiro: ONU, 2012.
PEIXOTO, D. R. S. A importância da legislação ambiental para a gestão 
ambiental pública municipal e no setor privado. Revista Internacional de 
Ciências, v. 8, n. 2, p. 281-285, 2018. 
Gestão Ambiental
46
REBOUÇAS,A. C. Água doce no mundo e no Brasil. In: TUNDISI, J. G. 
et al. Águasdoces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 3. ed. 
São Paulo: Escrituras, 2006. p. 1-37.
VASCONCELOS, T. P. Crime ambiental (agressões ao meio 
ambiente e seus componentes). Instituto Internacional de Educação, 
2014. Disponível em: http://www.iunib.com/revista_juridica/2014/05/07/
crime-ambiental-agressoes-ao-meio-ambiente-e-seus-componentes. 
Acesso em: 26 nov. 2019.
Gestão Ambiental
	_Hlk25851159
	Introdução à Legislação Ambiental
	Histórico da Legislação Ambiental Brasileira
	Importância da Legislação Ambiental Brasileira
	Lei de Crimes Ambientais
	Crimes Ambientais
	Crimes Contra a Fauna
	Crimes Contra a Flora
	Crimes Contra a Administração Ambiental
	Poluição e Outros Crimes Ambientais
	Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural
	Lei de Crimes Ambientais
	Infrações Administrativas
	Multas
	Conferências Sobre o Meio Ambiente
	Conferências Sobre o Meio Ambiente:
	Conferência de Estocolmo
	ECO-92 ou Rio-92
	Protocolo de Kyoto
	RIO+10:
	RIO+20:
	Desenvolvimento Sustentável
	Definição e Objetivos
	Princípios
	Exemplos de Desenvolvimento Sustentável
	Desenvolvimento Sustentável no Brasil
	Exemplos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil

Mais conteúdos dessa disciplina