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Curso NR-10 Complementar

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CAPACITA ÇÃ O EM NR-10 SEP 
Seguran ç a em Instala çõ es e Servi ç os em Eletricidade 
M ó dulo: COMPLEMENTAR 
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(47) 3349-2482 
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Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
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Curso NR-10 Complementar – SEP 
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SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................... 6 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 7 
2 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP ............................................. 9 
2.1 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência ....................................................................... 10 
2.1.1 A distribuição de energia .................................................................................................... 11 
2.1.2 Redes de Energia Elétrica .................................................................................................. 12 
2.1.3 As linhas (redes) de transmissão ...................................................................................... 13 
2.1.4 Subestações de transmissão ............................................................................................. 13 
2.1.5 O sistema físico de distribuição (redes de energia elétrica urbanas) .......................... 14 
2.1.6 As redes de distribuição ...................................................................................................... 14 
2.1.7 Subestação de distribuição ................................................................................................ 16 
2.1.8 Transformador de distribuição ........................................................................................... 17 
2.2 Características do Sistema Elétrico Brasileiro ........................................................................ 17 
2.2.1Sistema Interligado Nacional - SIN .................................................................................... 17 
2.2.2 Transmissão de Energia Elétrica no Brasil ...................................................................... 18 
2.2.3 Sistemas de Distribuição no Brasil .................................................................................... 18 
2.3 Características dos Sistemas Elétricos de Potência ............................................................. 19 
2.3.1 Representação do Sistema Elétrico .................................................................................. 20 
3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .................................................................................................... 24 
3.1 Programação e Planejamento dos Serviços ........................................................................... 24 
3.2 Trabalho em Equipe .................................................................................................................... 25 
3.3 Prontuário e Cadastro das Instalações .................................................................................... 25 
3.4 Métodos de Trabalho .................................................................................................................. 26 
3.4.1 Definição e Objetivos ........................................................................................................... 26 
3.5 Comunicação ............................................................................................................................... 26 
4 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS ............................................................................................... 28 
4.1 Comportamento Seguro ............................................................................................................. 28 
4.1.1 Aspectos individuais ............................................................................................................ 28 
5 CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS ........................................................................... 30 
6 RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA PREVENÇÃO ....................................................................... 31 
6.1 Proximidade e Contatos com Partes Energizadas ................................................................ 31 
6.2 Indução Eletromagnética ........................................................................................................... 32 
6.3 Descargas Atmosféricas ............................................................................................................ 33 
6.3.1 Descarga atmosférica transversal ..................................................................................... 34 
6.3.2 Descarga atmosférica longitudinal .................................................................................... 34 
6.4 Estática ......................................................................................................................................... 34 
6.5 Campos elétricos e Magnéticos ................................................................................................ 35 
6.6 Trabalhos em Altura, máquinas e equipamentos especiais ................................................. 36 
6.6.1 Procedimentos ...................................................................................................................... 37 
6.6.2 Escadas ................................................................................................................................. 38 
6.6.3 Cesta Aérea .......................................................................................................................... 40 
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Curso NR-10 Complementar – SEP 
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6.6.4 Máquinas e Equipamentos Especiais ............................................................................... 41 
7 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP.............................................................................. 43 
7.1 Conceitos Básicos ....................................................................................................................... 43 
7.1.1 Perigo ..................................................................................................................................... 43 
7.1.2 Risco ...................................................................................................................................... 43 
7.1.3 Análise de Riscos ................................................................................................................. 44 
7.1.4 Avaliação de riscos .............................................................................................................. 44 
7.1.5 Gerenciamento de Riscos .................................................................................................. 45 
7.1.6 Níveis de risco ...................................................................................................................... 45 
7.2 Desenvolvimento de estudos de análise de riscos ................................................................ 45 
7.2.1 Caracterização da empresa ............................................................................................... 45 
7.2.2Identificação de perigos ...................................................................................................... 45 
7.2.3 Estimativa de consequências e de vulnerabilidade ........................................................ 48 
7.2.4 Estimativa de frequências ................................................................................................... 49 
7.2.5 Estimativa de riscos ............................................................................................................. 49 
7.2.6 Avaliação e gerenciamento de riscos ............................................................................... 50 
8 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO - ANÁLISE E DISCUSSÃO ............................................. 51 
8.1 Objetivo do Procedimento .......................................................................................................... 51 
8.2 Abrangência ................................................................................................................................. 51 
8.3 Documento de Referência ......................................................................................................... 52 
8.4 Definições ..................................................................................................................................... 52 
8.5 Procedimentos ............................................................................................................................. 52 
8.6 Responsabilidades ...................................................................................................................... 54 
8.7 Equipamentos de Proteção ....................................................................................................... 54 
8.8 Treinamento ................................................................................................................................. 55 
9 TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO .................................................................................. 56 
9.1 Em Linha Viva .............................................................................................................................. 56 
9.2 Método ao Contato ...................................................................................................................... 56 
9.3 Método ao Potencial ................................................................................................................... 56 
9.4 Método a Distância ..................................................................................................................... 56 
9.5 Em Áreas Internas ....................................................................................................................... 56 
9.6 Trabalhos Noturnos ..................................................................................................................... 57 
10 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO ............................................................ 58 
11 SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA ..................................................................................... 60 
11.1 Dispositivos de Seccionamento .............................................................................................. 60 
11.1.1 Chaves Fusíveis ................................................................................................................. 60 
11.1.2 Chaves Facas ..................................................................................................................... 61 
11.2 Dispositivos de Isolação Elétrica ............................................................................................ 61 
11.3 Dispositivos de Travamento .................................................................................................... 62 
11.4 Aterramento Elétrico ................................................................................................................. 63 
11.4.1 Aterramento elétrico fixo em Equipamentos ................................................................. 63 
11.4.2 Aterramento Fixo em Redes e Linhas ............................................................................ 63 
11.4.3 Aterramento Fixo em Estais ............................................................................................. 63 
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11.4.4 Aterramento de Veículos .................................................................................................. 63 
11.4.5 Aterramento Temporário e Equipotencialização ........................................................... 63 
11.5 Dispositivos de Sinalização ..................................................................................................... 65 
11.6 Outros Dispositivos ................................................................................................................... 65 
12 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI ............................................................. 66 
12.1 Proteção dos Olhos e Face ..................................................................................................... 66 
12.2 Proteção da Cabeça ................................................................................................................. 66 
12.3 Proteção Auditiva ...................................................................................................................... 67 
12.4 Proteção dos Membros Superiores ........................................................................................ 68 
12.5 Proteção dos Membros Inferiores .......................................................................................... 69 
12.6 Proteção Contra Quedas Com Diferença de Nível .............................................................. 71 
12.6.1 Esporas ............................................................................................................................... 71 
12.6.2 Escadas ............................................................................................................................... 71 
12.6.3 Cestas Aéreas .................................................................................................................... 71 
12.6.4 Cinturão de segurança tipo para-quedista ..................................................................... 72 
12.6.5Dispositivo trava quedas .................................................................................................... 73 
12.7 Proteção Respiratória ............................................................................................................... 73 
12.8 Dispositivos de Manobra .......................................................................................................... 73 
12.8.1 Varas de Manobra ............................................................................................................. 74 
12.9 Bastões ....................................................................................................................................... 74 
12.10 Instrumentos de Detecção de Tensão e Ausência de Tensão ........................................ 75 
13 POSTURAS E VESTUÁRIOS DE TRABALHO ........................................................................... 76 
13.1 Vestimenta de proteção tipo condutiva ............................................................................. 76 
13.2 Vestimenta de proteção contra arco elétrico .................................................................... 76 
14 SEGURANÇA COM VEÍCULOS E TRANSPORTE DE PESSOAS, MATERIAIS 
EEQUIPAMENTOS ...............................................................................................................................79 
15 SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO ................................................. 80 
15.1 Cone de Sinalização ............................................................................................................. 80 
15.2 Fita de Sinalização ................................................................................................................ 80 
15.3 Correntes para sinalização em ABS .................................................................................. 80 
15.4 Grade Metálica Dobrável ..................................................................................................... 81 
15.5 Placas: .................................................................................................................................... 81 
15.6 Situações de sinalização de segurança ............................................................................ 83 
16 LIBERAÇÃO DE INSTALAÇÃO PARA SERVIÇO E PARA OPERAÇÃO E USO ................. 84 
17 TREINAMENTO EM TÉCNICAS DE REMOÇÃO, ATENDIMENTO, TRANSPORTE 
DEACIDENTADOS ................................................................................................................................ 86 
17.1 Transporte em Maca ................................................................................................................. 86 
17.2 Transporte sem Maca ............................................................................................................... 89 
17.2.1 Transporte com Um Socorrista ........................................................................................ 89 
17.2.2 Transporte com Dois Socorristas .................................................................................... 90 
17.2.3 Transporte com Três Socorristas .................................................................................... 90 
17.2.4 Transporte com Quatro Socorristas ................................................................................ 91 
18 ACIDENTES TÍPICOS ..................................................................................................................... 92 
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18.1 Exemplos de Acidentes Típicos com Eletricidade ........................................................... 92 
19 RESPONSABILIDADES .................................................................................................................. 94 
19.1 SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
doTrabalho ...................................................................................................................................... 95 
19.2 PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ................................................ 96 
19.3 PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional ................................ 97 
19.4 CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ................................................... 98 
20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 100 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
O Curso tem como objetivo atender as exigências do texto da Norma Regulamentadora nº 10 – 
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. De acordo com a NR-10, que foi publicada na 
Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978 e que vem sofrendo alterações/atualizações conforme 
necessário, ela estabelece diretrizes básicas para implantação de medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança e saúde, de forma a garantir a segurança dos trabalhadores que, direta ou 
indiretamente, interagem em instalações elétricas e serviços com eletricidade. 
Deste modo, a NR-10 possui uma área de aplicação bastante abrangente, desde indústrias e 
instalações comerciais, até mesmo instalações residenciais, em que o profissional atuante na área de 
eletricidade deverá estar capacitado e orientado a seguir os itens da norma aplicados à sua função. 
As fases de aplicação da NR-10 se estendem desde a geração, transmissão até distribuição de 
consumo de eletricidade, incluindo-se etapas de projeto, de construção, de montagem, de operação e 
de manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados em suas proximidades. 
O curso da NR-10 apresentado capacitará os participantes para prevenção, controle e medidas 
a serem tomadas em acidentes com eletricidade, atendendo seu texto e credenciando-os para a 
execução de trabalhos em instalações elétricas. 
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1 INTRODUÇÃO 
A energia elétrica, desde a sua descoberta, sempre ocupou lugar de destaque, tendo em vista 
a dependência da qualidade de vida e do progresso econômico da qualidade dos serviços elétricos 
que, por sua vez, dependem de como as empresas de eletricidade projetam, operam e mantêm os 
sistemas elétricos de potência. 
 
Figura 1 Importância da eletricidade para a sociedade. 
A energia elétrica proporciona à sociedade conforto, comodidade e praticidade, conduzindo a 
sociedade moderna a se tornar cada vez mais dependente de seu fornecimento e mais suscetível às 
falhas do sistema elétrico. Esta dependência dos usuários vem se traduzindo em exigências por melhor 
qualidade de serviço. 
Os crescimentos da população mundial e da economia nos países em desenvolvimento 
implicam, necessariamente, no aumento do consumo de energia, porém a produção de energia deve 
seguir os conceitos de desenvolvimento sustentável e de responsabilidade ambiental. 
No Brasil, as fontes primárias que se transformam em eletricidade são predominantemente de 
origem hidráulica estando os locais produtores em regiões quase sempre distantes dos centros 
consumidores. Com isso, são necessárias grandes extensões de linhas de transmissão e instalações 
para repartir e distribuir a energia nos centros de consumo. 
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, em 2019 houve um incremento de 
7.246,41 megawatts (MW) de capacidade instalada no Brasil, ultrapassando a meta de 5.781 MW. O 
país fechou o ano com potência fiscalizada de 170.071 MW, sendo mais de 75% a partir de fontes 
renováveis. 
A força da água dos rios continua impulsionando a maior parte da energia gerada no país, com 
um total de 4.839 MW em empreendimentos inaugurados e/ou concluídos no ano passado. Desse total, 
4.755 MW foram trazidos por usinas hidrelétricas de grande porte, entre as quais se destaca Belo 
Monte, que completou sua motorização com 3.667 MW injetados na rede. 
A ampliação da geração eólica no ano impressiona, com incremento de 971 MW, superior aos 
776 MW acrescidos em usinas termelétricas. As usinas solares fotovoltaicas de grande porte 
agregaram 551 MW à matriz brasileira no ano. Considerando o avanço verificado no ano, os 3.870 
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Curso NR-10 Complementar – SEP 
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empreendimentos de energia solar em operação já são responsáveis por 1,46% da potência fiscalizada 
no país, e os 629 de energia eólica, por 9,04%. 
O gráfico a seguir apresenta a estrutura da oferta interna de eletricidade no Brasil em 2019. 
 
Figura 2 Estrutura da oferta interna de energia elétrica Brasil – 2019 
O atendimento dos aspectos de simultaneidade de produção e consumo, exigindo instalações 
dimensionadas para a ponta de carga e a longa distância entre os locais de geração e os centros 
consumidores pode ser traduzido pela necessária existência de um sistema de transmissão e de 
distribuição longos e complexos, apoiados por uma estrutura de instalações e equipamentos que, além 
de representarem importantes investimentos, exigem ações permanentes de planejamento, de 
operação e de manutenção, e estão como qualquer produto tecnológico sujeito a falhas. 
 
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Curso NR-10 Complementar – SEP 
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2 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP 
O setor elétrico mundial tem passado por amplo processo de reestruturação organizacional. No 
modelo atual, os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos como: geração, 
transmissão, distribuição e comercialização. 
No Brasil, este processo de reestruturação foi desencadeado com a criação de um novo marco 
regulatório, a desestatização das empresas do setor elétrico e a abertura do mercado de energia 
elétrica. 
Para gerenciar este novo modelo do setor elétrico, o Governo Federal criou a estrutura 
organizacional apresentada na figura a seguir. 
 
Figura 3 Estrutura organizacional e os agentes do setor elétrico brasileiro. Fonte ANEEL 
Conselho Nacional de Política Energética – CNPE 
Órgão de assessoramento do Presidente da República para formulação de políticas nacionais 
e diretrizes de energia, visando, dentre outros, o aproveitamento natural dos recursos energéticos do 
país, a revisão periódica da matriz energética e a definição de diretrizes para programas específicos. 
Ministério de Minas e Energia – MME 
Encarregado de formulação, do planejamento e da implementação de ações do Governo 
Federal no âmbito da política energética nacional. O MME detém o poder concedente. 
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE 
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Curso NR-10 Complementar – SEP 
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Constituído no âmbito do MME e sob sua coordenação direta, com a função precípua de 
acompanhar e avaliar, permanentemente, a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético 
em todo o território. 
Empresa de Pesquisa Energética - EPE 
Empresa pública federal vinculada ao MME, que tem por finalidade prestar serviços na área de 
estudos e pesquisas destinados a subsidiar o planejamento do setor energético. 
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL 
Autarquia vinculada ao MME, com finalidade de regular a fiscalização, a produção, a 
transmissão, a distribuição e a comercialização de energia, em conformidade com as políticas e 
diretrizes do Governo Federal. A ANEEL detém os poderes regulador e fiscalizador. 
Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS 
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, 
que tem por objetivo executar as atividades de coordenação e controle da operação de geração e de 
transmissão, no âmbito do SIN (Sistema Interligado Nacional). O ONS é responsável pela operação 
física do sistema e pelo despacho energético centralizado. 
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, 
com finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional SIN. 
Administra os contratos de compra e venda de energia elétrica, a contabilização e a liquidação destes. 
A CCEE é responsável pela operação comercial do sistema. 
2.1 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência 
O objetivo de um Sistema Elétrico de Potência (SEP) é gerar, transmitir e distribuir energia 
elétrica atendendo a determinados padrões de confiabilidade, disponibilidade, qualidade, segurança e 
custos, com o mínimo impacto ambiental e o máximo de segurança pessoal. 
• Confiabilidade: pode ser definida como a probabilidade do SEP prover um adequado 
suprimento de energia elétrica dentro de um período de tempo desejado, de modo a 
satisfazer as necessidades do usuário. 
• Disponibilidade: é definida como a probabilidade do SEP prover suprimento de energia, 
quando requisitado pelo usuário. 
• Qualidade da energia: é a condição de compatibilidade entre sistema supridor e carga 
atendendo critérios de conformidade senoidal (idênticos ao da função). 
• Segurança: está relacionada com a habilidade do sistema de responder a distúrbios que 
possam ocorrer no sistema. Em geral, os sistemas elétricos são construídos para continuar 
operando após serem submetido a uma contingência. 
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2.1.1 A distribuição de energia 
O sistema de distribuição de energia é aquele que se confunde com a própria topografia das 
cidades, ramificado ao longo de ruas e avenidas para conectar fisicamente o sistema de transmissão, 
ou mesmo unidades geradoras de médio e pequeno porte, aos consumidores finais da energia elétrica. 
A conexão, o atendimento e a entrega efetiva de energia elétrica ao consumidor do ambiente 
regulado ocorrem por parte das distribuidoras de energia. A energia distribuída, portanto, é a energia 
efetivamente entregue aos consumidores conectados à rede elétrica de uma determinada empresa de 
distribuição, podendo ser rede de tipo aérea (suportada por postes) ou de tipo subterrânea (com cabos 
ou fios localizados sob o solo, dentro de dutos subterrâneos). Do total da energia distribuída no Brasil, 
o setor privado é responsável pela distribuição de, aproximadamente, 60% da energia, enquanto as 
empresas públicas se responsabilizam por, aproximadamente, 40%. 
Assim como ocorre com o sistema de transmissão, a distribuição é também composta por fios 
condutores, transformadores e equipamentos diversos de medição, controle e proteção das redes 
elétricas. Todavia, de forma bastante distinta do sistema de transmissão, o sistema de distribuição é 
muito mais extenso e ramificado, pois deve chegar aos domicílios e endereços de todos os seus 
consumidores. 
Os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos, como: geração, transmissão, 
distribuição, utilização e comercialização. A oferta da energia elétrica aos seus usuários é realizada por 
meio da prestação de serviço público concedido para exploração à entidade privada ou governamental. 
As empresas, que prestam serviço público de energia elétrica, o fazem por meio da concessão ou 
permissão propiciados pelo poder público. 
 
Figura 4Estrutura Básica de um Sistema Elétrico. 
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 De acordo com a ABRADEE, o Brasil em 2015, contava com mais de 77 milhões de 
“Unidades Consumidoras” (UC), termo que corresponde ao conjunto de instalações/equipamentos 
elétricos caracterizados pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição 
individualizada e correspondente a um único consumidor. Do total de UCs brasileiras, 85% são 
residenciais. 
Pode-se dizer, por fim, que o setor de distribuição é um dos mais regulados e fiscalizados do 
setor elétrico; além de prestar serviço público sob contrato com o órgão regulador do setor, a Agência 
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a própria Agência edita Resoluções, Portarias e outras normas 
para o funcionamento adequado do setor de Distribuição, sendo muito rigorosa com sua fiscalização. 
Um exemplo são os Procedimentos de Distribuição (Prodist), o qual dispõe disciplinas, condições, 
responsabilidades e penalidades relativas à conexão, planejamento da expansão, operação e medição 
da energia elétrica. O Prodist, ainda, estabelece critérios e indicadores de qualidade para consumidores 
e produtores, distribuidores e agentes importadores e exportadores de energia. 
Outro referencial para o setor de distribuição é a Resolução 414 de 2010, a qual elucida, tanto 
para consumidores quanto para os demais agentes do setor, o que é a distribuição, conceitos-chave e 
normas de funcionamento, cobrança, atendimento, etc. 
2.1.2 Redes de Energia Elétrica 
Desde a descoberta da eletricidade até os dias de hoje, ainda não foi possível transmitir a 
energia elétrica pelo ar, ao menos não de forma economicamente viável. Desse modo, há a 
necessidade de encaminhar a energia gerada nas usinas, sejam elas térmicas, hidráulicas, 
termonucleares, eólicas, solares, etc., até os centros urbanos - onde, em sua maioria, a energia elétrica 
será consumida. É, portanto, a partir desse ponto que surge a necessidade de construção das redes 
de energia elétrica – do contrário, não haveria como a energia gerada chegar ao seu destino final. 
Ao sair das usinas e seus geradores, a eletricidade é transportada através de cabos aéreos, ou 
seja, cabos visíveis por não estarem enterrados, sendo revestidos por camadas isolantes e fixados em 
grandes (e altas) torres de metal. Chamamos a todo esse conjunto de cabos e torres, portanto, de rede 
de transmissão de energia elétrica. As Transmissoras de energia costumam administrar as Linhas de 
Transmissão com as maiores voltagens; contudo, há também redes de menor voltagem dentro das 
próprias distribuidoras de energia elétrica, isso para permitir que as distribuidoras possam levar a 
energia de voltagens menores e mais seguras aos clientes de sua área de concessão. 
Outros elementos importantes das redes de transmissão são os isolantes de vidro ou porcelana, 
os circundam e sustentam os cabos, impedindo descargas elétricas durante o trajeto e, com isso, 
prevenindo acidentes e minimizando custos de perdas/ manutenção. 
Além das linhas de transmissão propriamente ditas, as redes de transmissão de energia elétrica 
também são compostas por subestações de transformação, dotadas de transformadores e 
equipamentos de proteção e controle. A seguir, descreveremos esses componentes em maiores 
detalhes. 
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2.1.3 As linhas (redes) de transmissão 
As linhas de transmissão são basicamente constituídas por fios condutores metálicos 
suspensos em torres, também metálicas, por meio de isoladores cerâmicos ou de outros materiais 
altamente isolantes. Como os sistemas de potência são trifásicos, geralmente existem três conjuntos 
de cabos de cada lado das torres, acompanhados por um cabo mais alto, no topo, que é o cabo para-
raios, ou também chamado de cabo guarda. 
As linhas de transmissão se estendem por longas distâncias, conectando também, além de 
usinas geradoras aos grandes consumidores, aqueles que adquirem energia em alta tensão, como 
fábricas e mineradoras, ou às empresas distribuidoras de energia, as quais vão se encarregar de 
transportar a energia aos consumidores de menor porte. 
No Brasil, as linhas de transmissão são classificadas de acordo com o nível de tensão de sua 
operação, mensurado em Kilo Volt (kV - milhares de Volts). Para cada faixa de tensão, existe um código 
que representa todo um conjunto de linhas de transmissão de mesma classe. São eles: 
A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV 
A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV 
A3 – tensão de fornecimento de 69 kV 
Em termos organizacionais, a classe A1 é representativa do sistema de transmissão interligado, 
ou Sistema Interligado Nacional (SIN), também denominado rede básica. As empresas transmissoras 
também operam instalações de tensão inferior a 230 kV, que são as chamadas Demais Instalações da 
Transmissão (DIT). 
As classes A2 e A3, quando não são de propriedade das transmissoras, representam as redes 
denominadas de sub-transmissão, que, ao contrário das redes de transmissão propriamente ditas, são 
administradas pelas empresas de distribuição. 
2.1.4 Subestações de transmissão 
As subestações de transmissão são aquelas localizadas nas pontos de conexão com geradores, 
consumidores e empresas distribuidoras. Nos pontos de conexão com geradores, a função das 
subestações é elevar o nível de tensão da energia elétrica gerada para centenas de milhares de Volts. 
Já nos pontos de conexão com consumidores ou distribuidoras, a função das subestações de 
transmissão é rebaixar os níveis de tensão para dezenas de milhares de Volts. 
A elevação da tensão reduz a corrente elétrica que circula nas linhas de transmissão, reduzindo 
assim, consideravelmente, as perdas elétricas inerentes ao transporte da energia. Dentro da 
subestação de transmissão, o equipamento responsável tanto pela elevação como pela redução da 
tensão elétrica é chamado de transformador. 
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Além do transformador, a subestação de transmissão conta com equipamentos de 
seccionamento (chaves) para manobras de manutenção e de situações de contingência, além de 
disjuntores e equipamentos de medição e proteção do sistema, como medidores de tensão, corrente e 
para-raios. 
 
Figura 5: Subestações de transmissão [Fonte: ABRADEE] 
2.1.5 O sistema físico de distribuição (redes de energia elétrica urbanas) 
Como supracitado o sistema de distribuição de energia é aquela rede de energia elétrica que se 
confunde com a própria topografia das cidades, ramificado ao longo de ruas e avenidas para conectar 
fisicamente o sistema de transmissão (ou mesmo unidades geradoras de médio e pequeno porte, aos 
consumidores finais), que são majoritariamente os consumidores residenciais. 
Assim como ocorre com o sistema de transmissão, a rede de energia elétrica da distribuição é 
também composta por fios condutores, transformadores e equipamentos diversos de medição, controle 
e proteção das redes elétricas. Todavia, de forma bastante distinta do sistema de transmissão, o de 
distribuição é muito mais extenso e ramificado, pois deve chegar aos domicílios e endereços de todos 
os seus consumidores. 
2.1.6 As redes de distribuição 
As redes de distribuição são compostas por linhas de alta, média e baixa tensão. 
As linhas de transmissão com tensão igual ou superior a230 kV constituem a chamada rede 
básica. Apesar de algumas transmissoras também possuírem linhas com tensão abaixo de 230 kV, as 
chamadas Demais Instalações da Transmissão (DIT), grande parte das linhas de transmissão com 
tensão entre 69 kV e 138 kV são de responsabilidade das empresas distribuidoras. Essas linhas são 
também conhecidas no setor como linhas de subtransmissão. 
Além das redes de subtransmissão, as distribuidoras operam linhas de média e baixa tensão, 
também chamadas de redes primária e secundária, respectivamente. As linhas de média tensão são 
aquelas com tensão elétrica entre 2,3 kV e 44 kV, e são muito fáceis de serem vistas em ruas e avenidas 
das grandes cidades, frequentemente compostas por três fios condutores aéreos sustentados por 
cruzetas de madeira em postes de concreto. 
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As redes de baixa tensão, com tensão elétrica que pode variar entre 110 e 440 V, são aquelas 
que, também afixadas nos mesmos postes de concreto que sustentam as redes de média tensão, 
localizam-se a uma altura inferior. As redes de baixa tensão levam energia elétrica até as residências 
e pequenos comércios/indústrias por meio dos chamados ramais de ligação. Os supermercados, 
comércios e indústrias de médio porte adquirem energia elétrica diretamente das redes de média 
tensão, devendo transformá-la internamente para níveis de tensão menores, sob sua responsabilidade. 
 
Figura 6: As redes de distribuição [Fonte: ABRADEE] 
Nas redes de distribuição de média tensão também são, frequentemente, encontrados 
equipamentos auxiliares, tais como capacitores e reguladores de tensão. Ambos são, frequentemente, 
utilizados para corrigir anomalias na rede, as quais podem prejudicar a própria rede elétrica ou mesmo 
os equipamentos dos consumidores. 
Existem quatro tipos de redes de distribuição de energia elétrica. São eles: 
• Rede de Distribuição Aérea Convencional: É o tipo de rede elétrica mais encontrado 
no Brasil, na qual os condutores são nus (sem isolamento). Exatamente por isso, essas 
redes são mais susceptíveis à ocorrência de defeitos (curto-circuitos), principalmente 
quando há contato de galhos de árvores com os condutores elétricos. 
• Rede de Distribuição Aérea Compacta: Surgidas no Brasil na década de 1990, as 
redes compactas são muito mais protegidas que as redes convencionais, não somente 
porque os condutores tem uma camada de isolação, mas porque a rede em si ocupa 
bem menos espaço, resultando em menor número de perturbações. 
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• Rede de Distribuição Aérea Isolada: Esse tipo de rede é bastante protegida, pois os 
condutores são encapados com isolação suficiente para serem trançados. Geralmente 
mais cara, essa rede é utilizada em condições especiais. 
• Rede de Distribuição Subterrânea: A rede subterrânea é aquela que proporciona o 
maior nível de confiabilidade e também o melhor resultado estético, dado que as redes 
ficam enterradas. No entanto, as redes subterrâneas são bem mais caras que as 
demais soluções, sendo comuns apenas em regiões muito densas ou onde há restrições 
para a instalação das redes aéreas. 
Com relação às redes de iluminação pública (IP), que também podem ser do tipo aéreo ou 
subterrâneo, são redes que derivam das redes de distribuição das concessionárias. Apesar disso, a 
operação e a manutenção das redes de IP são de responsabilidade das prefeituras municipais. 
2.1.7 Subestação de distribuição 
As subestações de distribuição são as unidades responsáveis pela recepção da energia elétrica 
proveniente de redes de subtransmissão em alta tensão e, como também ocorre nas subestações de 
transmissão, pelo rebaixamento do nível de tensão a valores caracterizados como média tensão (entre 
2,3 kV e 44 kV). Os componentes principais de uma subestação de distribuição são: o transformador, 
chaves, seccionadores, disjuntores e equipamentos de mediação e proteção contra raios ou curto-
circuitos. 
As subestações de distribuição, ao contrário das de transmissão, estão localizadas nos próprios 
centros urbanos, já que são elas que distribuem a energia para as redes de distribuição. Uma 
preocupação constante das empresas concessionárias é o espaço necessário para a implantação de 
novas subestações de distribuição. Atualmente, existem soluções tecnológicas para compactar a 
estrutura elétrica dessas estações de forma a reduzir espaço, e assim os custos de terreno para sua 
instalação. 
 
figura 7: Subestação de distribuição [Fonte: ABRADEE] 
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2.1.8 Transformador de distribuição 
Os transformadores de distribuição, como todos os demais transformadores eletromagnéticos, 
funcionam transformando os níveis de média em baixa tensão. Na grande maioria das regiões do país, 
os transformadores de distribuição transformam 13.800 V, ou 13,8 kV, em 220 V ou 127 V. 
Diferentemente dos transformadores de subestações, os de distribuição localizam-se nos 
postes de luz, podendo compor um único equipamento ou um conjunto de transformadores. São os 
transformadores de distribuição que alimentam as redes de baixa tensão, as quais efetivamente 
entregam a energia elétrica para os consumidores residenciais e pequenos comércios e indústrias. 
Os níveis de tensões praticados no Brasil são: 765 kV, 525 kV, 500 kV, 440 kV, 345 kV,300 kV, 
230 kV, 161 kV, 138 kV, 132 kV, 115 kV, 88 kV, 69 kV, 34,5 kV, 23 kV, 13,8 kV, 440 V, 380 V, 220 V, 
110 V. 
2.2 Características do Sistema Elétrico Brasileiro 
O sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil pode ser classificado como 
hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos 
proprietários. 
A maior parte da capacidade instalada é composta por usinas hidrelétricas, que se distribuem 
em doze diferentes bacias hidrográficas nas diferentes regiões do país de maior atratividade 
econômica. São os casos das bacias dos rios Tocantins, Paranaíba, São Francisco, Paranaíba, 
Grande, Paraná, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, Uruguai e Jacuí, em que se concentram as maiores 
centrais hidrelétricas. 
Os reservatórios nacionais situados em diferentes bacias hidrográficas, que não têm nenhuma 
ligação física entre si, funcionam como se fossem vasos comunicantes interligados por linhas de 
transmissão. 
2.2.1Sistema Interligado Nacional - SIN 
Com o objetivo de ampliar a confiabilidade e otimizar os recursos energéticos e homogeneizar 
mercados foi criado o sistema interligado nacional – SIN, visto que o parque gerador nacional é 
constituído, predominantemente, de centrais hidrelétricas de grande e médio porte, instaladas em 
diversas localidades do território nacional. Por outro lado, existe uma concentração de demanda em 
localidades industrializadas, em que não se concentram as centrais geradoras. Estas características 
são imperativas para a implantação de um sistema de transmissão de longa distância 
A Operação Nacional do Sistema Elétrico por meio do ONS concentra sua atuação sobre a 
Rede de Operação do Sistema Interligado Nacional. O sistema interligado deeletrificação permite que 
as diferentes regiões permutem energia entre si, quando uma delas apresenta queda no nível dos 
reservatórios. 
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2.2.2 Transmissão de Energia Elétrica no Brasil 
As linhas de transmissão no Brasil costumam ser extensas, porque as grandes usinas 
hidrelétricas, geralmente, estão situadas a distâncias consideráveis dos centros consumidores de 
energia. Atualmente, o país está quase que totalmente interligado, de norte a sul. 
Apenas o Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e parte dos Estados do Pará ainda não 
fazem parte do sistema integrado de eletrificação. Nestes Estados, o abastecimento é feito por 
pequenas usinas termelétricas ou por usinas hidrelétricas situadas próximas às suas capitais. 
2.2.3 Sistemas de Distribuição no Brasil 
Resolução nº. 414/2010 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) consolidou os direitos e deveres dos 
consumidores de energia elétrica na nova Resolução nº. 414 em 15 de setembro de 2010, que trata 
das Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica, em substituição à Resolução nº. 456/2000. 
As principais mudanças da nova Resolução nº. 414/2010, que trata das Condições Gerais de 
Fornecimento de Energia Elétrica são: 
• As distribuidoras passarão a oferecer atendimento presencial em todos os municípios de sua 
área de concessão ou permissão. 
• Regras para disciplinar a qualidade do atendimento comercial prestado pela distribuidora, 
com a padronização de todos os procedimentos e prazos. Em caso de violação dos prazos 
pela distribuidora, o consumidor passa a ter direito de receber um crédito financeiro em sua 
fatura de energia elétrica. 
• Suspensão do fornecimento só poderá ocorrer em horário comercial e só pode ser feita até 
90 dias após o vencimento da fatura em aberto, a não ser em casos de determinação judicial 
ou outro motivo justificável. 
• Outra alteração da norma se refere às restrições ao consumidor inadimplente. Nesses casos, 
a distribuidora pode condicionar a prestação de alguns serviços, como ligação ou alteração 
da titularidade da unidade consumidora, bem como os pedidos de religação, de aumento de 
carga, de contratação de fornecimentos especiais ou de serviços. Entretanto, a distribuidora 
não pode condicionar o atendimento a essas solicitações ao pagamento de débito não 
autorizado pelo consumidor ou de débito pendente em nome de terceiros, exceto nos casos 
de sucessão comercial. 
A unidade consumidora de energia elétrica, dependendo da carga instalada, poderá ser 
enquadrada no grupo A ou no grupo B. 
Grupo A (alta tensão): é composto por unidades consumidoras, que recebem energia em 
tensão igual ou superior a 2,3 kilovolts (kV) ou são atendidas a partir de sistema subterrâneo de 
distribuição em tensão secundária, caracterizado pela tarifa binômia (aplicada ao consumo e à 
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demanda faturável). No grupo A, geralmente, se enquadram indústrias e estabelecimentos comerciais 
de médio ou grande porte. 
Grupo B (baixa tensão): é caracterizado por unidades consumidoras atendidas em tensão 
inferior a 2,3 kV, com tarifa monômia (aplicável apenas ao consumo). 
As unidades consumidoras são classificadas em classes e subclasses pela distribuidora de 
acordo com a atividade nela exercida. O consumidor do tipo B1 é o residencial. O consumidor rural é 
chamado de B2, enquanto estabelecimentos comerciais ou industriais de pequeno porte são 
classificados como B3. A iluminação pública é enquadrada no subgrupo B4. 
2.3 Características dos Sistemas Elétricos de Potência 
Como já estudamos Sistemas elétricos de potência (SEP) é o conjunto constituído por centrais 
elétricas, subestações de transformação e de interligação, linhas e receptores, ligados eletricamente 
entre si. São grandes sistemas de energia que englobam geração, transmissão e distribuição de 
energia elétrica. 
A geração de energia elétrica se faz em usinas localizadas em função de suas características 
próprias. Usinas hidrelétricas, que usam represamento de rios e lagos, são localizadas nos pontos dos 
rios e lagos considerados mais eficientes para o armazenamento do volume ideal de água. Usinas 
térmicas podem ser localizadas em pontos mais convenientes para a transmissão e controle. 
Geradores eólicos são localizados em pontos com maior volume de ventos. 
O sistema elétrico de potência engloba todas as formas de geração de energia elétrica e sua 
transmissão até os consumidores. 
Os Sistemas Elétricos de Potência apresentam as seguintes características: 
• Normalmente são trifásicos; 
• Apresentam um grande número de componentes; 
• Possuem transformadores, que particionam o sistema em seções de diferentes níveis 
de tensão. 
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2.3.1 Representação do Sistema Elétrico 
Os sistemas elétricos podem ser representados graficamente por meio de Diagramas. 
Usar símbolos gráfico para representar uma instalação elétrica ou parte de uma instalação é o 
que denominamos como diagramas elétricos. A correta leitura e interpretação de diagramas é essencial 
para a carreira de um bom eletricista, pois o diagrama elétrico garante uma linguagem comum a 
qualquer eletricistas pois o desenho é uma representação visual universal. Desta maneira se você sabe 
ler um diagrama elétrico aqui no Brasil você vai saber ler um diagrama elétrico em qualquer parte do 
mundo. 
Nem todos os eletricistas sabem ler e interpretar um diagrama elétrico e isso torna um diferencial 
entre a categoria de trabalho. Os chamados eletricistas práticos, aqueles que fazem as instalações mas 
não tem a teoria da eletricidade são profissionais que muitas vezes não sabem ler e interpretar 
diagrama elétricos. 
Existem quatro tipos de diagrama elétricos: 
• Diagrama funcional; 
• Diagrama multifilar; 
• Diagrama unifilar; 
• Diagrama trifilar; 
Diagrama funcional. 
O diagrama funcional é bastante usado por se referir a apenas uma parte da instalação elétrica, 
ele possui todos os condutores e componentes que serão ligados em um circuito elétrico, permite 
interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo. 
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Este diagrama não demonstra com exatidão a posição exata dos componentes nem medidas 
de cabos ou percurso real destes. Os condutores são representados por retas sem inclinação e de 
preferências sem cruzamentos. Usado para explicar o funcionamento e não posicionamento de 
componentes. 
 
Diagrama Multifilar 
O diagrama multifilar é representação mais minuciosa de uma instalação elétrica, assim como 
no diagrama funcional ele também mostra todos os condutores e componentes. Mas, além disso ele 
tenta representar os componentes da instalação bem como os condutores em sua posição correta. 
Desenhandoem plano tridimensional ele representa detalhes de componentes e conexões. 
Devido sua complexidade este diagrama é pouco usado, sua interpretação para grandes circuitos é 
demasiada complexa. 
 
Diagrama unifilar 
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O diagrama unifilar é o mais usado pelos eletricistas instaladores nas obras. Ele é desenhando 
sobre a planta baixa (planta arquitetônica) e apresenta os dispositivos e trajeto dos condutores 
rigidamente em suas posições físicas apesar de ser em uma representação bidimensional. 
Uma diferença aos dois outro modelos de diagrama e que neste todos os condutores de um 
mesmo percurso são representados por um único traço e símbolos que identificam neste traço os outros 
condutores. 
Não é representado com clareza neste diagrama o funcionamento da instalação, pois não 
permite visualizar com clareza o percurso da corrente elétrica. A prática adquirida com o tempo na 
leitura deste tipo de diagrama proporciona ao eletricista saber interpretar com facilidade uma instalação 
elétrica e sem o auxílio de outros diagramas. 
O diagrama unifilar serve especialmente para se verificar, com rapidez, quantos condutores 
passarão em determinados eletrodutos e qual o trajeto do mesmo. 
 
Diagrama trifilar. 
Amplamente usado em sistemas de comandos elétricos e maquinas trifásicas o diagrama trifilar 
representa cada uma das três fases de uma sistema elétrico e suas respectivas derivações, tendo 
características muito parecidas com o diagrama unifilar. 
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Os diagramas compõem, junto a outros documentos elétricos, o prontuário das instalações 
elétricas. A norma NR10 criou uma obrigatoriedade para que as empresas possuam e mantenham 
atualizados os diagrama elétricos. A facilidade que o diagrama proporciona ao profissional que for 
realizar uma manutenção é tão grande quanto a segurança que o mesmo propicia, os acidentes em 
eletricidade acontecem com menos frequência em instalações que possuem diagramas corretos e 
atualizados. 
 
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3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
A organização do trabalho tem um papel fundamental para uma padronização e segurança dos 
trabalhadores envolvidos, visto que nesta etapa será feita a avaliação prévia, estudo e planejamento 
de atividades e ações. 
Segundo a NR-10, antes de iniciar trabalhos em equipe, os seus membros, em conjunto com o 
responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as 
atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos 
e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço. 
A organização do trabalho determina a atividade das pessoas, as responsabilidades e o modo, 
em que o trabalho será realizado. 
Em trabalhos com eletricidade, para obter uma organização do trabalho eficaz, há necessidade 
de alguns fatores como: 
• Programação e planejamento dos serviços. 
• Trabalho em equipe. 
• Prontuário e cadastro das instalações. 
• Métodos de trabalho. 
• Comunicação. 
3.1 Programação e Planejamento dos Serviços 
A programação e planejamentos dos serviços preveem os principais riscos e falhas que podem 
ocorrer no trabalho a ser executado, utilizando das técnicas de análise de risco para prevenir quaisquer 
acidentes que venham a ser identificados. A NR-10 estabelece que em todas as intervenções em 
instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros 
riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no 
trabalho. 
Outro aspecto da programação e planejamento é de determinar a quantidade de recursos 
humanos (trabalhadores) e recursos materiais (máquinas e ferramentas) necessários, bem como o 
tempo de duração do serviço. 
O planejamento possibilita avaliar o melhor caminho adequado e reavaliar todo o processo que 
se destina, estabelecendo a melhor programação para cada serviço a ser execultado, além de 
estabelecer o profissional correto para cada tarefa. 
A programação estabelece os procedimentos passo a passo a serem tomados para a execução 
de determinado serviço, duração e medidas de segurança a serem tomadas. 
Os objetivos e medidas da programação e planejamento devem ser claros e de fácil 
entendimento, pois não poderá haver dúvidas, por parte dos trabalhadores, sobre todo o processo, bem 
como em suas tarefas a serem executadas. 
O supervisor responsável pela programação e planejamento dos serviços deve conhecer todo 
o processo, em que o serviço esta submetido, participando do planejamento, corrigindo irregularidades 
e situações de risco e perceber as dificuldades encontradas, após o fim do serviço, de modo que 
procure melhorar, ainda mais, os procedimentos. 
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3.2 Trabalho em Equipe 
O trabalho em equipe é fundamental para serviços, em que há necessidade de mais de um 
profissional. Para um trabalho em equipe eficiente, todos os profissionais devem estar envolvidos e 
buscando o mesmo objetivo, sendo que equipe é um grupo de pessoas, que se junta para alcançar um 
objetivo em comum. 
Para uma equipe alcançar o objetivo comum, de modo eficaz, cada membro deve saber suas 
funções, suas responsabilidades e a importância da tarefa para a equipe, além de ter uma visão 
sistêmica (visão geral) sobre o serviço. 
A NR-10 estabelece que antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em Alta Tensão 
(AT), o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma 
avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender 
os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao 
serviço. 
3.3 Prontuário e Cadastro das Instalações 
Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o 
Prontuário de Instalações Elétricas com os esquemas unifilares atualizados, contendo as 
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção, além 
disso, devem conter, no mínimo: 
a) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e 
saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; 
b) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, 
aplicáveis conforme determina esta NR; 
c) Documentação comprobatória da qualificação, da habilitação, da capacitação, da 
autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; 
d) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção 
individual e coletiva; 
e) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; 
f) Relatóriotécnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de 
adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. 
Os prontuários e cadastros das instalações devem ser visíveis e de conhecimentos de todos os 
profissionais, que irão realizar os serviços em eletricidade. Dependendo da empresa, esses 
documentos podem estar disponíveis na Intranet (rede interna de computador) ou até mesmo 
impressas em pastas para consultas, em que as mesmas deverão ser atualizadas por profissional 
legalmente habilitado, sempre que houver novos procedimentos de trabalhos, esquemas elétricos, 
testes de Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), 
treinamentos e plano de emergência entre outros procedimentos que influem, diretamente ou 
indiretamente, com a segurança no trabalho. 
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3.4 Métodos de Trabalho 
O método de trabalho consiste em analisar a melhor maneira de realização do trabalho com 
segurança, para isso exigindo conhecimentos técnicos e habilidades do profissional. 
O treinamento dos profissionais e a utilização de ferramentas adequadas, bem como os 
equipamentos de proteção são essenciais para um método de trabalho eficaz. 
O estudo dos métodos de trabalho tem assumido cada vez mais relevância. Não no sentido de 
limitar o homem a executar as tarefas mecanicamente, mas com o objetivo de que ele participe em 
todo o sistema de trabalho, apelando à sua criatividade, ao seu sentido crítico e ao seu conhecimento 
da tarefa. No entanto, para isso é preciso executantes com formação adequada, com conhecimentos 
de base, que lhes permitam se adaptar às tecnologias, flexibilizar as tarefas e os métodos e partir 
sempre para novas tarefas e novos métodos. 
Os serviços em instalações elétricas energizadas em Alta Tensão (AT) somente podem ser 
realizados, quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional 
autorizado 
3.4.1 Definição e Objetivos 
Método é um conjunto de movimentos empregados na realização de uma operação, tendo uma 
sequência finita de acontecimentos e determinada utilização de dispositivos (ferramentas). 
O melhor método de trabalho é aquele que proporciona segurança sendo simples, rápido, 
econômico e menos fatigante, buscando melhoras na qualidade em geral. 
O objetivo de um estudo do método é aperfeiçoar os procedimentos implantados no posto de 
trabalho, aperfeiçoando as concepções de equipamentos, buscando uma economia na utilização das 
máquinas, materiais e recursos humanos, reduzindo a fadiga e aumentando a segurança geral. 
Quando se propõe a fazer um estudo de métodos, há que fazer a escolha dos problemas a 
estudar, isto é, há que definir prioridades, sendo que uma delas é a segurança. 
3.5 Comunicação 
A comunicação é o principal pilar para uma organização do trabalho, sendo esta a responsável 
pela transmissão dos procedimentos e métodos, além de informações que possibilitam a proteção e 
prevenção de acidentes. A comunicação tem a função de informar a equipe sobre os objetivos do 
serviço e o papel de cada profissional no processo. 
Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em Alta Tensão (AT), bem como aqueles 
envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento, que permita a comunicação 
permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do 
serviço. 
A comunicação deve ser feita via radio ou telefone, tendo a equipe ou centro de operações 
informações sobre qualquer anormalidade dos procedimentos e riscos decorrentes não analisados. 
Não se pode esquecer que a segurança em eletricidade vai além da comunicação verbal, tendo 
exigências de comunicação visual, com placas, cones, faixas e cartões comunicando os perigos ou 
riscos dos serviços decorrentes a área energizada. 
A comunicação abrange também a importância em divulgar informações relacionadas com os 
riscos, planos, objetivos, entre outros, criando um clima no qual as pessoas estejam sempre 
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estimuladas em trazer notícias a respeito dos perigos, dos incidentes e das lesões, surgindo uma 
preocupação de todos pela segurança. 
 
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4 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS 
Muitas vezes, o comportamento é decisivo para os meios pelos quais os objetivos serão 
atingidos e as razões pelas quais outros não poderão ser alcançados. 
Uma das grandes indagações que se faz no mundo da segurança é saber o que separa os 
equipamentos modernos, normas e procedimentos, orientações de treinamento da atuação concreta 
dos trabalhadores. 
O comportamento pode ser entendido como um conjunto de relações que se estabelecem entre 
aspectos de um organismo e aspectos do meio, em que ele atua e as consequências da sua atuação, 
sendo o meio caracterizado como máquinas, ferramentas, relação com colegas e supervisores, normas 
e procedimentos entre outros. 
Competências são repertórios de comportamentos que algumas pessoas dominam melhor que 
outras, o que as faz eficaz em uma determinada situação. Pode-se, também, designá-las com a sigla 
CHAI - reunião de conhecimentos, habilidades, atitudes e interesses que, em ação, diferenciam umas 
pessoas das outras. As competências são observáveis na situação cotidiana de trabalho e/ou em 
situações de teste, quando evidenciam, de forma integrada, atitudes assertivas, características 
pessoais, conhecimentos adquiridos. 
As formas de comportamento em espaços coletivos, abordagem com os colegas e superiores, 
linguagem utilizada e apresentação pessoal pode fazer toda a diferença no relacionamento com a 
empresa e equipe em que se atua. 
4.1 Comportamento Seguro 
Trabalhar somente com estratégias para se conseguir um ambiente de trabalho seguro não é 
suficiente. O ideal é que se estabeleça a combinação de estratégias com programas de capacitação e 
de relacionamento e que estas possam estar alicerçadas nos aspectos individuais, na organização e 
em políticas de trabalho. 
O comportamento seguro pode ser definido por meio da capacidade de identificar e controlar os 
riscos da atividade no presente, para que isso resulte em redução da probabilidade de consequências 
indesejáveis no futuro, para si e para o outro. 
Não há dúvida de que aprender a se comportar de forma preventiva pode ser um dos meios de 
prevenir lesões e doenças relativas ao trabalho e um dos pontos que evidencia isto é a mudança de 
comportamentos. 
4.1.1 Aspectos individuais 
Sabe-se que indiferentemente do nível, em que estejam enquadrados os trabalhadores, os 
variados costumes, as atitudes, os conhecimentos e até mesmo as condições físicas e mentais se 
modificam de tempo em tempo na medida em que neles se aprofundam: 
• A experiência. 
• A capacitação. 
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• A idade e condições físicas. 
• O estresse. 
• Os interesses pessoais. 
• A satisfação no trabalho. 
• A vida fora do trabalho. 
• As ambições e a satisfação no trabalho. 
• As atitudes. 
• A motivação no trabalho. 
• As ações. 
• O conhecimento. A percepção. 
A motivação é a força que estimula uma pessoa a tomar uma atitude. As pessoas são motivadas 
pelos desejos ou por impulsos que têm. 
Para ser possível motivar uma pessoa para que ela adote o comportamento seguro se deve: 
• Desenvolver a percepção relacionada com os riscos; 
• Difundir amplamente informações sobre acidentes; 
• Fixar cartazes com informações sobre atitudes inseguras; 
• Exigir o comprometimento com as normas de segurança; 
• Estimular a apresentação de sugestões, que visem o aprimoramento das medidas de 
prevenção. 
Não há um único caminho que possa levar aos aspectos comportamentais com segurança. No 
entanto, alguns procedimentos auxiliam neste sentido, que são: 
• Definir claramente as responsabilidades; 
• Explicitar o reconhecimento àqueles que souberam cumprir as recomendações; 
• Facilitar o comportamento seguro, eliminando obstáculos; 
• Facilitar o entendimento do trabalhador sobre o porquê do
 estabelecimento das 
“exigências”; 
• Realizar treinamento para reduzir a possibilidade de erros. 
 
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5 CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS 
Toda a condição que ocasione riscos à saúde e à vida dos profissionais, não sendo essas 
sanadas pelos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) ou Equipamentos de Proteção Coletiva 
(EPC) são consideradas condições impeditivas para o serviço. Em alguns casos, os próprios 
equipamentos de segurança apresentam irregularidades, surgindo assim uma condição impeditiva para 
o serviço. 
Conforme a NR 01, os trabalhadores poderão interromper suas tarefas exercendo o direito de 
recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para a segurança e a saúde 
própria ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato ao superior hierárquico, que 
diligenciará as medidas cabíveis. 
Os serviços em instalações energizadas ou em suas proximidades devem ser suspensos de 
imediato na iminência de ocorrência, que possa colocar os trabalhadores em perigo. O responsável 
pela execução do serviço deve suspender as atividades, quando verificar situação ou condição de risco 
não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível. 
As situações ou condições de risco podem ser diretas ou indiretas: 
Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou a vida do 
profissional diretamente. Exemplo: Equipamentos, ferramentas e procedimentos inadequados para o 
serviço. 
Condições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou a vida do profissional 
indiretamente. Exemplo: Condições climáticas, Iluminação e perigo de desmoronamento. 
Além desses fatores, a NR-10 estabelece que os serviços em instalações elétricas energizadas 
em Alta Tensão (AT), bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência (SEP), não 
podem ser realizados individualmente, visando assim uma melhor avaliação prévia das atividades e 
dos riscos, até mesmo uma alternativa mais rápida de socorro na ocorrência de um eventual acidente. 
Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em Alta Tensão (AT), bem como aqueles 
que interajam no Sistema Elétrico de Potência (SEP), somente pode ser realizado mediante ordem de 
serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área, caso contrário, o 
profissional não poderá realizar o serviço, sendo deste modo uma condição impeditiva para o serviço. 
Além disso, os serviços somente podem ser realizados, quando houver procedimentos específicos, 
detalhados e assinados por profissional autorizado. 
 
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6 RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA PREVENÇÃO 
Como já visto no curso básico, risco é a capacidade de uma grandeza com potencial para causar 
lesões ou danos à saúde das pessoas. 
Existem diferentes tipos de riscos devido aos efeitos da eletricidade no ser humano e no meio 
ambiente, ainda mais no Sistema Elétrico de Potência (SEP). Os principais riscos são o choque elétrico, 
o arco elétrico, a exposição aos campos eletromagnéticos e riscos adicionais. 
Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específicos de cada ambiente 
ou processos de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no 
trabalho são vistos como um risco adicional. 
No Sistema Elétrico de Potência (SEP) os riscos são muito elevados, visto que o contato com 
partes energizadas, possivelmente ocasionará a morte do trabalhador, além de eventualmente o 
trabalhador ficar mais exposto aos riscos adicionais, visto que muitos dos serviços são feitos em 
ambiente externo, em que há maior risco em relação às condições atmosféricas. A altura é outro risco 
adicional muito comum, pois muitos serviços também são realizados em torres ou postes elétricos. 
6.1 Proximidade e Contatos com Partes Energizadas 
Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja 
possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de 
acidentes. 
Os contatos com partes energizadas é o principal responsável por acidentes e morte no sistema 
elétrico de potência, por isso, as partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou 
examinadas devem ser dispostas de modo a permitir um espaço suficiente para trabalho seguro. 
Sabe-se que o choque elétrico causa efeitos diversos como: contrações violentas dos músculos, 
queimaduras, parada respiratória, parada cardíaca, eletrólise de tecidos, fibrilação ventricular, 
hemorragias internas e morte. 
Para evitar os perigos de estar nas proximidades e contatos com partes energizadas, as 
instalações devem ser isoladas e sinalizadas. 
As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de se 
conservarem distâncias que evitem contatos causais, devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam, 
de forma segura, resistência a esforços mecânicos usuais. Toda instalação ou peça condutora que não 
faça parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, 
desde que esteja em local acessível a contatos. 
O aterramento das instalações elétricas deve ser executado, conforme regulamentação 
estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas internacionais 
vigentes. 
As instalações elétricas, que estejam em contato, direto ou indireto, com a água e que possam 
permitir fuga de corrente devem ser projetadas e executadas, em especial, quanto à blindagem, 
isolamento e aterramento. 
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6.2 Indução Eletromagnética 
Indução elétrica é um corpo carregado com certa carga elétrica, próximo a outro corpo, induz 
(provoca) o aparecimento, nesse outro corpo, de uma carga igual e de sinal contrário (positivo x 
negativo).

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