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Formação de Professores em Ciências Sociais

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Construindo competências profissionais para um ensino de qualidade” 
 
 
 
 INDE 
 INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO 
 
Testagem 2012 
 
 
Módulo de Ciências Sociais 
 
Formação de Professores do Ensino Primário 
 
Elaborado por: Felizardo Chambo e Firoza Bicá Bijal 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
CIÊNCIAS SOCIAIS 
Duração do Módulo: 50 HORAS 
 
Índice: 
Capitulo I – Introdução 
1.1 – Competências a desenvolver no Modulo 
1.2 – Resultados de aprendizagem do Modulo 
1.3 - Visão geral dos temas do Modulo 
Capitulo II – 1ª Unidade A localização e representação do meio local 
 2.1 -Duração da Unidade: 5 Horas 
 2.2 -Introdução da Unidade Temática 
 2.3. -Evidências Requeridas da Unidade Temática: 
 2.4 - Recursos de Aprendizagem: 
 2.5 -Actividades: 
 2.6.- Autoavaliação: 
 2.7.- Chave de Correcção 
 2.8.- Bibliografia Complementar 
Capitulo III – 2ª Unidade Do meu país ao Mundo (físico/económico e Histórico/ cultural) 
 3.1 -Duração da Unidade: 28 Horas 
 3.2 -Introdução da Unidade Temática 
 3.3. -Evidências Requeridas da Unidade Temática: 
 3.4 - Recursos de Aprendizagem: 
 3. 5 -Actividades: 
 3.6.- Autoavaliação: 
 3.7.- Chave de Correcção 
 3.8.- Bibliografia Complementar 
Capitulo IV – 3ª Unidade A presença europeia em África e a implantação do sistema colonial 
http://www.canstockphoto.com.br/file_view.php?id=4697704
 
 
3 
 
 4.1 -Duração da Unidade: 5 Horas 
 4.2 -Introdução da Unidade Temática 
 4.3. -Evidências Requeridas da Unidade Temática: 
 4.4 - Recursos de Aprendizagem: 
 4.5 -Actividades: 
 4.6.- Autoavaliação: 
 4.7.- Chave de Correcção 
 4.8.- Bibliografia Complementar 
Capitulo V – 4ª Unidade Moçambique no período da Luta de Libertação à independência de 
Moçambique 
 5.1 -Duração da Unidade: 3 Horas 
 5.2 -Introdução da Unidade Temática 
 5.3. -Evidências Requeridas da Unidade Temática: 
 5.4 - Recursos de Aprendizagem: 
 5.5 -Actividades: 
 5.6.- Autoavaliação: 
 5.7.- Chave de Correcção 
 5.8.- Bibliografia Complementar 
Capitulo VI – 5ª Unidade A sociedade e suas formas de participação na vida 
 6.1 -Duração da Unidade: 6 Horas 
 6.2 -Introdução da Unidade Temática 
 6.3. -Evidências Requeridas da Unidade Temática: 
 6.4 - Recursos de Aprendizagem: 
 6.5 -Actividades: 
 6.6.- Autoavaliação: 
 6.7.- Chave de Correcção 
 6.8.- Bibliografia Complementar 
Capitulo VII – Bibliografia 
Capitulo VIII – Anexos Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
Capitulo I - Introdução ao Módulo: 
 
O módulo ”Ciências Sociais” enquadra - se no leque dos diversos módulos do curso de 
Formação de Professores Primários. 
Esta componente curricular constitui-se como uma área interdisciplinar em que se integram 
conteúdos sobre a sociedade, contemplando as componentes do saber das várias Ciências 
Sociais (Geografia, História, Moral e Cívica). 
A leccionação deste módulo tem em vista proporcionar que se adquiram conhecimentos e 
oportunidades de desenvolvimento de capacidades necessárias para que os cidadãos se 
orientem numa sociedade complexa, compreendendo o que se passa ao seu redor. 
Este módulo dá especial atenção ao desenvolvimento de conceitos básicos relacionados com a 
vida social, partindo do estudo de fenómenos do quotidiano, capacitando o instruendo a 
entender a sociedade do passado e a aumentar o seu domínio da sociedade do presente, 
desenvolvendo habilidades de compreensão, interpretação de processos históricos e de 
fenómenos naturais. 
O domínio da formação pessoal e social torna-se cada vez mais importante, numa época em 
que os valores e as mudanças sociais, económicas tecnológicas e demográficas se confrontam 
com uma maior instabilidade relativamente aos valores socialmente aceites à medida que a 
família vai perdendo terreno na sua formação educativa. Estas mudanças vão exigindo, cada 
vez mais, que a escola forme cidadãos com espírito crítico, criativo, democrático, que se 
respeitem a si próprios e ao próximo, abertos ao diálogo e a livre troca de opiniões. 
 
1.1 - Competências a Desenvolver no Módulo: 
Este módulo visa dotar os instruendos de conhecimentos e habilidades que lhes permitam 
compreender os problemas do mundo actual muitos dos quais estão ligados à convivência 
 
 
5 
 
social. Tem como fim capacitar os formandos de modo a adoptarem uma postura reflexiva, 
proactiva face às questões concernentes as Ciências sociais. 
As competências a serem materializadas neste módulo provém do plano curricular do curso de 
Formação de Professores Primários e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e 
de forma específica nos módulos tendo sempre em conta os elementos de competências, 
critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim deste módulo o formando 
deverá desenvolver as seguintes competências: 
(1) Promove o espírito patriótico e de cidadania, regras de convivência democrática e 
valores universais; 
(2) Comunica adequadamente em vários contextos; 
(3) Age de acordo com os princípios éticos e deontológicos associados à profissão do 
professor; 
(4) Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; 
(5) Promove o auto - desenvolvimento profissional e envolve-se num trabalho 
cooperativo, colaborativo e articulado. 
 
1.2 - Resultados de aprendizagem do módulo: 
 
Utilizar os conhecimentos das Ciências Sociais para a resolução de problemas; 
Conhecer a história da comunidade, província e país; 
Identificar as principais actividades económicas da comunidade, província e país; 
Descrever a situação geográfica do continente africano, e interpretar as principais características 
naturais; 
Conhecer o território, o papel da FRELIMO na luta pela independência nacional 
Assumir valores éticos ligados à sua profissão e desenvolver estratégias pedagógicas conducentes 
ao sucesso de todos os alunos; 
Aplicar os direitos e deveres da criança; 
Fomentar o espírito patriótico, direitos e deveres cívicos e morais, exercício dos direitos e deveres 
de cidadania; 
Desenvolver acções de promoção de valores socioculturais na escola e na comunidade 
Valorizar e fomentar a educação para o desenvolvimento sustentável. 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
1.3 - Visão Geral dos Temas do Módulo: 
UNIDADE TEMATICA TEMPO 
(HORAS) 
A localização e representação do meio local 5 
Do meu país ao meu continente (físico/económico e Histórico/ cultural) 28 
A presença europeia em África e a implantação do sistema colonial 5 
Moçambique no período da Luta de Libertação à independência de Moçambique 3 
A sociedade e suas formas de participação na vida 6 
Avaliação 3 
 
Capitulo II - 1ª - Unidade temática: A localização e representação do meio 
local 
2.1. - Duração da Unidade: 5 Horas 
Esta unidade será leccionada em cinco horas 
2.2 - Introdução da Unidade Temática: 
Esta é a primeira unidade do módulo, com a duração de cinco horas. Na primeira aula far-se-á 
a introdução ao estudo da geografia. Onde se destaca o objecto, factos e fenómenos 
geográficos, facto histórico e sujeito da história e o estudo dos ramos da geografia. 
Nas aulas seguintes, estudar-se-ão coordenadas geográficas realçando a leitura no globo e do 
mapa. 
http://www.canstockphoto.com.br/file_view.php?id=2892303
 
 
7 
 
Nesta fase o formador deve privilegiar actividades práticas, como a elaboração do planisfério 
e do globo com vários pontos para a leitura; mostrar a utilidade das coordenadas na navegação 
aérea, marítima, na vida militar entre outros ramos. 
2.3 - Evidências Requeridas da Unidade Temática: 
2.4 - Recursos de Aprendizagem: 
Conceito de Ciências Sociais – Ciências Sociais é um conjunto de disciplinas que tem omesmo objecto de estudo, ou seja que estudam o Homem através das suas relações com a 
sociedade e com a cultura. As Ciências Sociais analisam as manifestações da sociedade, quer 
materiais, quer simbólicas. As Ciências Sociais fazem parte de um grupo de disciplinas do 
curriculum do Ensino Primário e engloba as cadeiras de História, Geografia e Educação Cívica. 
Objectos de estudo das ciências Sociais - As Ciências Sociais comportam conteúdos que 
dizem respeito aos problemas da sociedade de uma forma geral, o estudo dos territórios 
seleccionados da terra e enquadra ainda o Homem no seio meio geográfico, social e técnico. 
Factos e fenómenos geográficos 
Facto Geográfico - O facto geográfico é algo que possui uma estrutura extremamente 
complexa e resulta da combinação de elementos e factores sólidos. Os factos são interdependentes 
e se combinam entre si de formas diversas. Existem factos naturais e humanos. 
Fenómeno Natural ou Geográfico – Fenómeno Natural ou geográfico é um acontecimento 
não artificial, ou seja, que ocorre sem a intervenção humana. Os fenómenos naturais podem 
influenciar a vida humana que a eles está sujeita, como as epidemias, às condições meteorológicas, 
 Faz a correspondência relação entre os factos geográficos e fenómenos geográfico; 
Estabeleça a relação entre o objecto e o sujeito da história; 
Elabora um esquema demonstrando a relação das Ciências Sociais com outras Ciências; 
Elabora um esquema demonstrativo dos ramos da geografia; 
Localiza no planisfério ou no globo um determinado ponto; 
Lê as coordenadas de um ponto ou lugar; 
Desenha os mapas de acordo com a escala, conteúdo ou tema; 
Calcula as horas de acordo com os fusos; 
 
 
8 
 
desastres naturais, etc. os fenómenos naturais podem ser: chuva, relâmpago, furacão, marmoto, 
sismo, Tsunami, vulcão, vento, ciclone. 
Factos Histórico – são os acontecimentos que se desenvolveram num determinado lugar num 
certo período de tempo. podem ser traduzidos como sendo aqueles relacionados aos enventos 
políticos, às festas cívicas e às acções de heróis nacionais, factos esses apresentados de modo 
isolodo do contexto histórico em que viveram os personagens e dos movimentos de que 
participaram. O facto historico pode ainda ser entendido como acções humanas significativas. 
Podem ser também enventos mais próximos ou distantes de caracter material ou mental, que 
destacam mudanças ou permanencias. ocorridas na vida coletiva. 
Assim, por exemplo, dependendo das escolhas didáticas, podem se constituir em factos históricos 
as ações realizadas pelos homens e pelas coletividades que envolvem diferentes níveis da vida em 
sociedade: criações artísticas, ritos religiosos, técnicas de produção, formas de desenho, actos de 
governantes, comportamentos de crianças ou mulheres, independências políticas de povos. 
Sujeito da História - É o Homem ou seja o Historiador. O sujeito da história é aquele que 
narra os factos história que se desenvolveram num determinado lugar. 
Relação das Ciências Sociais com outras Ciências - as ciências deve completar o seu 
estudo com a contribuição de outras ciências. Nenhumas ciências podem trabalhar sem a 
colaboração de outra. Se as ciências não tivessem a colaboração de outras apenas atingiriam uma 
imagem parcial e, portanto incompleta da realidade a que se proporiam estudar. A disciplina de CS 
estabelece relação com outras ciências como por exemplo: 
A Historia estabelece relaãao com as Ciências Sociais pois para além de fazer parte dela esta 
ajuda a esta ci6encia a compreeder as estruturas economicas, politicas, sociais e culturais dos 
povos. 
A sociologia tem um relação com as Ciências Sociais pois ela estuda as consequências da 
modernização das sociedades urbanas e industriais. 
A antropologia tem relação com as Ciências Sociais pois esta consiste em observar realidade 
social ao mesmo tempo que participa na mesma. 
A Economia é uma Ciência que tem relação com as Ciências Sociais pois estuda a distribuição e 
consumo de bens e serviços e por objecto de estudo as actividades humanas. 
A Pedagogia é uma ciência que tem uma relação com as Ciências Sociais e tem com objectivo a 
ordenação, a sistematização e a crítica do processo educativo. 
 
 
9 
 
A Geografia é uma ciência que tem relação com as Ciências Sociais pois ela estuda a superfície 
terrestre e a distribuição espacial da população e sua relação com os fenómenos da natureza. 
 
 
 
 
 
Ramos da geografia: geografia física e geografia económica 
Geografia física Geografia económica 
Cosmografia; Cartografia; Climatogeografia; 
Geomorfologia; Hidrografia; Pedegeografia; 
Biogeografia 
Geografia da população (demografia); Geografia da agricultura 
e pecuária; Geografia da indústria; Geografia dos transportes; 
Geografia do comércio; Geografia de turismo 
Coordenadas geográficas 
Coordenadas geograficas - são um conjunto de linhas imaginárias que servem para 
localizar um ponto ou acidente geográfico na superficie terrestre. Essas linhas são os paralelos e 
meridianos. 
Para se proceder à localização de um lugar, ou de um ponto, no sistema considerado, utiliza-se 
uma rede de paralelos e de meridianos, que inclua também as referências indicadas. 
A unidade de medida angular usada é o grau sexagesimal, com os seus submúltiplos minutos e 
segundos. Deste modo cada paralelo é designado por um número que indica a sua distância 
angular ao equador, expressa naquela unidade. É a esta distância angular, contada a partir do 
equador, para norte e para sul, que se dá o nome de latitude. 
Latitude – arco de meridiano de lugar compreendido entre o equador e a linha vertical do ponto 
dado. Conta-se a partir de 0° (observador no equador) a 90° (observador nos polos). (fig. I) 
(Fig I) – globo mostrando a latitude 
 
 
10 
 
Longitude – arco do equador compreendido entre os meridianos que contem o zénite de 
Greenwich e o zénite do observador, contado de 0° a 180°, para Leste ou para Oeste, a partir 
do meridiano de Greenwich. 
 Fig(II) e Fig III globo com a rede de coordenadas 
 
 
 
 
 
 
Altitude – é a distância em metros, medida na vertical a partir do nível médio das águas do 
mar até um determinado ponto. Esta pode ser negativa ou positiva; obs. fig V 
Fig V – Representa as altitudes positivas e negativas. 
A- Altitude positiva; B- altitude negativa 
Fusos horários 
 O dia é o período de tempo que a Terra necessita de efectuar uma Rotação completa. Se 
termos em conta que a Terra faz uma rotação completa o que perfaz 360º por dia, isto seria 24 
horas. Fazendo a relação teríamos: 
360º Esta para 24 horas 
 Fig.IV Planisfério com rede de coordenadas 
 
 
11 
 
 Então X estaria para 1 Hora 
Como resultado diríamos que em cada uma hora percorre 15 º, concluindo teríamos 24 fusos 
que corresponderiam cada um a uma hora. Por essa razão a hora vária de meridiano para 
meridiano ou seja de longitude para longitude, o que seria uma consequência do Movimento 
de Rotação da Terra. Internacionalmente estabeleceu-se que o fuso principal seria o do 
Meridiano de Greenwich (pequena cidade inglesa próxima de Londres, onde existe um 
observatório astronómico) donde se designa TMG ou seja Tempo Médio de Greenwich. 
Passando de um fuso para outro temos: para Este acrescentasse uma Hora e para Oeste 
diminui-se uma hora. 
 Fig VI representação dos fusos horários 
 Globo e Mapas 
Globo terrestre 
Fig VII – Globo Terrestre 
Globo - é uma forma de representação da terra, onde estão representados todos os principias 
componentes integrantes da terra (continentes, oceanos, mares, grandes lagos, rios, 
montanhas, planícies e a sua distribuição planetária). 
Vantagens da utilização do globo 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:GEO_Globe.jpg
 
 
12 
 
 A utilização do globo é o ideal para a representação da Terra, pois esta apresenta-se em 
forma tridimensional e tem a forma aproximada da Terrae apresenta a inclinação, permite o 
estudo dos movimentos de Terra; pode visualizar as consequências do movimento de rotação; 
as coordenadas geográficas aparecem tal com são concebidos na realidade. 
Desvantagem da utilização do globo 
Não permite o estudo das zonas mais restritas e é de difícil manuseamento. 
Mapa geográfico – é uma representação diminuída e generalizada da superfície terrestre 
no plano, baseando-se em leis matemáticas definidas e reflete a distribuição, estado e 
interligações de diferentes fenómenos da natureza e sociedade. Mapa é uma representação 
gráfica de um determinado território, geralmente apresentado em superfície plana. Os mapas 
são realizados em escala e com propriedades métricas que permitem tirar medidas das 
distâncias, das superfícies e dos ângulos com resultados bastantes precisos. 
Elementos de um mapa 
Titulo: nome que indica o que o mapa esta representando, contendo informações como o 
recorte espacial, o periodo de tempo e a temática em geral; 
Escala: informação de quantas vezes o terreno real foi reduzido em relação ao mapa; 
Legenda: indentifica os simbolos e as cores usadas no mapa; 
Orientação: aponta no mapa o rumo da rosa dos ventos; 
Fonte: entidade responsável pela realização do mapa. 
Classificação dos mapas geográficos 
Chama-se classificação à distribuição de qualquer fenómeno em grupo de acordo com os 
caracteres comuns. De acordo com a classificação selecionada divide os mapas geográficos 
segundo: território, assunto, objectivo e escala. 
A classificação territorial: examina os mapas de acordo com o seu alcance territorial. Entre 
eles podem-se destacar os mapas-mundo, mapas da superfície terrestre e espaços aquáticos, 
 
 
13 
 
mapas dos continentes e oceanos. Por seu turno os mapas dos continentes são divididos em 
mapas de diferentes países. 
Segundo temário: os mapas geográficos dividem-se em mapas geográficos gerais, mapas 
temáticos, mapas sociais e económico. Os mapas temáticos podem-se dividir em mapas 
físicos-geográficos (geológicos, geofísicos, geomorfológicos, oceanográficos, de vegetação de 
solos, de clima etc.) e mapas sociais-económicos (população, culturais, politico, 
administrativo etc.). 
Classificação de acordo com o objectivo: contem os seguintes mapas (destinados à 
educação; ciência e cultura; mapas para a economia nacional e para a defesa). 
Classificação de acordo com a escala – divide os mapas geográficos nas seguintes escalas: 
mapas à grande escala 1:200 000 e mais; mapas à escala média 1:300 000 a 1000 000; mapas 
à escala pequena menos de 1000 000. 
Vantagens da utilização do mapa 
Os mapas geográficos têm grande valor para prática e são utilizados em todas as esferas da 
actividade humana. Em primeiro lugar, eles permitem representar no papel qualquer território, 
numa área pequena em relação a do globo terrestre no total. Em segundo lugar, os mapas 
geográficos dão diferentes características quantitativas (ângulos, áreas, comprimentos, 
altitude, coordenadas, volumes) e qualitativa (génese e idade do relevo, estrutura geológica, 
divisão administrativa etc.) em terceiro, estes modelos cartográficos representam bem a 
distribuição, estado, ligações, deslocamento, modificações e desenvolvimento de diferentes 
fenómenos (distribuição da população rural; ligações de relevo e hidrografia; deslocamento de 
correntes oceânicas; desenvolvimento de massas aéreas, etc.). 
Os mapas geográficos são indispensáveis para a aprendizagem escolar. Elas permitem aos 
alunos o conhecimento do seu país e do mundo, como a história do desenvolvimento da 
humanidade. Os mapas servem para aumento do nível cultural e político das pessoas. 
Na economia nacional de qualquer país, diferentes mapas são amplamente utilizados para 
projecção de várias empresas, edifícios e construções (oleodutos, vias de comunicação, 
barragens, reservatórios de água, construção civil, prospecção e extracção de minérios etc.). 
 
 
14 
 
Desvantagens da utilização do mapa 
Um dos grandes problemas do mapa é o facto deste apresentar –se de uma forma plana, 
enquanto a superfície terreste é esférica, o que faz com que a sua representação seja parcial. 
Uma outra desvantagem é o facto de o mapa ser bastante complexo e rico em detalhes dai 
algumas informações tem que ser deixadas de lado para que outros ganhem maior destaque. 
2.5 - Actividades: 
1-Desenha um globo com a respectiva rede de coordenadas geográficas. 
2-Representa nele alguns pontos à sua escolha. 
3-Faça um esquema que representa uma altitude por si conhecida. Não se esqueça de indicar 
altitude negativa e positiva. 
4-Observa o mapa da sua província e descubra as coordenadas do seu distrito. 
5- Se em Moçambique são 21 hora, diga que hora será em Luanda e em Lisboa. Justifica. 
2.6- Autoavaliação: 
1-Faça a leitura das coordenadas dos pontos: A, B, C, D. (por incluir o mapa) 
2-Indica o valor da longitude de um lugar situado no semi-meridiano oposto ao de referência 
(Greenwich). 
3-Qual o valor da latitude de um lugar situado no círculo polar Árctico? 
4- Qual o valor da latitude de um lugar situado no trópico de Capricórnio? 
5- Mostre, por meio de uma figura e respectiva legenda, que dois lugares, A e B, situados no mesmo 
paralelo, têm igual latitude. 
6- Num lugar A, cuja longitude é igual a 30°W de Gr são 10 horas. Determina que horas solares serão, 
no mesmo instante, num lugar X situado a 75º E do Gr. 
7-O lugar A tem de Long 50º E de Gr e o lugar B, situado no mesmo paralelo, fica a 100º para E de A. 
que horas serão em B, quando em A forem 17 horas? 
http://3.bp.blogspot.com/_Y5VHIIGTJ1c/TOfVjPjV4GI/AAAAAAAAS5k/VTKFa0w_fFg/s1600/hp_notepad2_pencil-700215.png
http://1.bp.blogspot.com/_Y5VHIIGTJ1c/TOfVwxqEOOI/AAAAAAAAS9U/m7GTrVVLXtw/s1600/office_v3-754994.png
 
 
15 
 
2.7 - Chave de Correcção: 
1. A: Lat 40° N 
 Log 40° E 
B: Lat 60° N 
 Log 30° W 
C: Lat 0° 
 Long 0° 
D: Lat 30° S 
 Long 20° E 
2- O valor da longitude de um lugar situado no semi-meridiano oposto ao de referência (Greenwich) é 
180º 
3-A latitude de um lugar situado no círculo polar Árctico: 66º33' N 
4- O valor da latitude de um lugar situado no trópico de Capricórnio: 23º 27'S 
5- Mostre, por meio de uma figura e respectiva legenda, que dois lugares, A e B, situados no mesmo 
paralelo, têm igual latitude 
6- Serão 17:00 horas 
7- Em B será 23h e 40m 
 2.8 - Bibliografia Complementar: 
 1. Matos, M. Lúcia Santos e Ramalho, M. H. Ramalhão. A terra, planeta dinâmico, Edições Asas 
Porto; 1989. 
 2. Mikhailov, V. ; Demakov, A. e Barca A. Cartografia, Textos básicos, Maputo, Faculdade de Letra 
e de Educação, UEM 1983. 
 3. Semedo, Énio e Queiroz, José. Geografia 7º ano de escolaridade, Lisboa, Porto Editora, 1983. 
http://www.iconarchive.com/show/tulliana-2-icons-by-umut-pulat/password-icon.html
http://iconesbr.net/download.php?id=1210&file=1210_128x128.png
 
 
16 
 
 4. Manual da Unesco para o ensino da geografia; tradução de Eduardo Salo; Unesco; Editorial 
estampa lda, lisboa, 1978. 
 Capitulo III - 2ª - Unidade temática: Do meu país ao meu continente 
 3.1 - Duração da Unidade: 28 Horas 
Esta unidade será leccionada em vinte oito horas 
3.1.- Introdução da Unidade Temática: 
A segunda unidade do módulo, com a duração de 28 horas, é composta por duas partes: a 
primeira, aborda questões ligadas à geografia física, concretamente, os agentes da 
geodinâmica interna e externa. Inclui também o estudo do clima, onde se destacam os 
elementos e factores do clima. 
Nesta parte, o professor deverá privilegiar a análise dos elementos do clima, sua variação de 
acordo com os factores climáticos; a construção dos gráficos termo-pluviométricos e dos 
mapas climáticos. 
A segunda parte, orienta-se fundamentalmente ao estudo da história de Moçambique, desde a 
fixação Bantu, os reinos e impérios antigos. Trata-se deuma revisão da matéria leccionada no 
ensino básico. 
3.3 - Evidências Requeridas da Unidade Temática: 
Esquematiza a estrutura interna da terra; 
Localiza no mapa as zonas sísmicas e vulcânicas; 
Esboça um esquema sobre o aparelho vulcânico; 
Elabora um cartaz demonstrando a importância dos sismos e vulcões na construção do relevo; 
Desenha o mapa-África destacando Moçambique; 
Localiza no mapa as principais formas de relevo; 
Através de um cartaz faz a diferenciação das formas de relevo de Moçambique/ África; 
 Localiza no mapa os diferentes tipos de clima com a flora e fauna; 
Com a ajuda dos mapas e atlas geográfico de Moçambique e África faz uma relação entre o 
relevo e clima; 
http://www.canstockphoto.com.br/file_view.php?id=2892303
 
 
17 
 
Observa o mapa e identifica as condições que poderão concorrer para a integração regional; 
Elabora um mapa com as rotas do comércio afro- árabe na costa oriental africana. 
 
3.4 - Recursos de Aprendizagem: 
Noções Gerais 
A terra: sua estrutura interna 
 
Fig. VIII – corte transversal da estrutura da terra 
A terra, no seu interior, não é homogénea, isto é, compõe-se de 
várias camadas (Crusta ou crosta, manto e núcleo). 
Crusta ou crosta – zona mais superficial, que representa a zona 
menos espessa (é comparável com a película delgada de uma casca 
de cebola). Pode atingir a profundidade média aproximada de 40km sob os continentes, recebendo 
o nome de crusta continental. Sob os oceanos, a crusta é menos espessa (profundidade média 
aproximada de 10km) e recebe o nome de crusta oceânica. 
Manto – zona que se inicia à profundidade média de 40km, indo até à profundidade aproximada 
de 2.900km. é no manto que se produz a maior parte da energia interna do planeta. Os materiais aí 
existentes são muito variados e apresentam-se no estado sólido. Contudo, pensa-se que alguns 
Localiza no mapa os rios e lagos; 
Com base no esquema faz a relação entre o relevo, clima, rios e lagos; 
Constrói uma pirâmide etária; 
Pesquisa as causas das migrações na sua comunidade ilustrando os aspectos negativos e 
positivos; 
Apresente um trabalho de pesquisa sobre as actividades económicas dominantes na região; 
Elabora um mapa dos países da África Austral; 
Desenha o mapa dos principias centros arqueológicos; 
Reconstitui as etapas da evolução do Homem; 
Esquematiza a organização dos primeiros habitantes; 
Esquematiza no mapa as rotas da migração Bantu; 
Elabora um quadro comparativo dos Reinos e Impérios. 
 
 
18 
 
deles poderão estar próximos do estado de fusão. No manto, há a considerar, ainda, duas regiões: 
manto superior e manto inferior. 
No manto superior, pensa-se que existe uma zona constituída por materiais que se comportam 
como não rígidos, quando sujeitos a acções de deformação durante períodos muito longos. A esta 
zona atribui-se a designação de astenosfera. 
Acima da astenosfera, os materiais que constituem a crusta e parte do manto superior têm 
características diferentes. Comportam-se como rígidos, quando sujeitos a acções de deformação 
durante períodos muito longos. Litosfera é a designação atribuída ao conjunto formado pela crusta 
e por parte do manto superior, acima da astenosfera. 
Núcleo - corresponde à zona que se inicia à profundidade aproximada de 2900km, indo até à 
profundidade de 6371 km. É constituído essencialmente por ferro e algum níquel, materiais que 
contribuem para a formação de um campo magnético existente no interior da Terra. 
O núcleo subdivide em: 
Núcleo externo – constituído por materiais fundidos 
Núcleo interno – região interior, encontrando-se aqui os materiais no estado sólido, devido às 
altas pressões existentes. 
 
 Fig.IX- Estrutura interna da terra 
Relevo 
Conceito de relevo - é um conjunto de formas presentes na superfície sólida do planeta. 
Resulta da estrutura geológica (factores internos) e dos processos geomorfológicos (factores 
externos). O primeiro forma a estrutura do relevo e o segundo esculpe as formas. 
Formas de relevo – As formas de relevo são: planícies, planaltos, montanhas, depressões 
e vales. 
 
 
19 
 
As planícies – áreas extensas planas em que há sedimentação que erosão. Áreas chatas e mais 
baixas, geralmente, no nível do mar. 
Planalto – terras mais altas que o nível do mar, razoável planas delimitadas por escarpas 
íngremes. 
As Montanha – terrenos bastantes elevados, acima de 300 metros. Podem ser classificados 
quanto à origem ou a idade. 
Depressão – áreas situadas abaixo do nível do mar, ou das outras superfícies planas. 
Agentes modeladores do relevo 
No globo actuam duas formas de energia, uma proveniente do interior da terra e a outra 
proveniente do sol, que actua directamente e indirectamente sobre a superfície terrestre, 
modificando pela acção do vento e das águas. 
 Agentes da geodinâmica interna – são os que vem do interior da terra, ele actuam muito 
lentamente em movimentos não visíveis à escala da vida humana estes são os movimentos 
tectónicos existem também os movimentos bruscos que são os sismos e vulcões. 
Movimentos tectónicos – são movimentos que produzem grandes deformações na estrutura 
da crusta. Estes classificam-se em verticais e horizontais. Os movimentos tectónicos originam 
deslocações e desdobramento das rochas que dão lugar a novas estrutura. 
Os movimentos verticais são chamados epirogénico - que se manifestam na base de 
levantamentos e aprofundamentos muito lentos de extensas áreas da superfície terrestre. 
Os movimentos horizontais são os chamados orogénicos – estes dependem por um lado da 
forca da direcção do movimento e por outro da natureza da própria rocha. 
Movimentos bruscos – manifestam sob forma de sismos e dos vulcões 
Sismos -são movimentos da crusta terrestre mais ou menos mas de curta duração, tendo como 
origem principal uma súbita ruptura e consequente deslocamento brusco das grandes massas 
de rochosas. A maior parte da origem dos sismos situa-se a uma profundidade inferior a 60 
km. As zonas onde os sismos têm origem são chamadas de epicentro. Quando o epicentro se 
localiza na terra os sismos são chamados de terramotos e quando se localiza no mar tomam o 
nome de maremoto. Os sismos têm vários efeitos como: provocam deslocamento de falhas e 
fracturas originando deslocamento de terra, desvio de rios, origem de lagos, abatimento de 
 
 
20 
 
construções, incêndios, etc. nos oceanos provocam grandes ondas ou seja os Tsunamis. É 
importante salientar que os efeitos dos sismos também têm os seus aspectos positivos. 
OS VULCÕES 
Fig. X - vulcão 
Vulcões – são manifestações de energia do interior da terra 
relacionado com a temperatura e pressão existentes no seu interior. As erupções vulcânicas 
resultam da ascensão de materiais fundidos (o magma) proveniente das camadas profundas da 
Terra, através da crusta, onde as rochas estão fracturadas. Um vulcão pode-se definir como 
sendo uma abertura na crusta terrestre através da qual sobem massas rochosas em fusão, 
fumos, vapor de água, cinzas etc., o magma. O magma ao atingir as proximidades da 
superfície, liberta grande parte dos produtos gasosos e passa a designar-se lava. O vulcanismo 
e um conjunto de fenómenos relacionados com as erupções vulcânicas e com a expansão do 
magma pela superfície terrestre. A formação do aparelho vulcânico é constituída por: cone 
vulcânico, chaminé vulcânica, cratera, câmara magmática, cones secundários. Os vulcões têm 
os seguintes efeitos: causam perdas humanas, danos muito elevados, destroem cidades, infra-
estruturas, mas também tem efeitos positivos na formação do relevo, fertilização do solo, 
formação de jazigos minerais. 
 
Fig. XI – aparelho vulcânico 
Agentes da geodinâmica externa – depois da 
formação do relevo, sobre eles começam a actuar forcas externas que provocam lentas mas 
profundas transformações. As transformações do relevo pelos agentes externos dão-se o nome 
de erosão. Na erosão se destacamtrês processos fundamentais, desgaste nas rochas 
http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://netin.ese.ipcb.pt/cp_vulcao/images/vulcoe27.jpg&imgrefurl=http://netin.ese.ipcb.pt/cp_vulcao/vulcoes.htm&h=340&w=509&sz=14&tbnid=xM0vck4F3Ql5sM:&tbnh=98&tbnw=147&prev=/search%3Fq%3Dvulcoes%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=vulcoes&docid=WLNswO7gcIarFM&hl=pt-PT&sa=X&ei=p8rETvHfOIKg-waTlaSADg&sqi=2&ved=0CD4Q9QEwAw&dur=4281
 
 
21 
 
(meteorização), transporte dos materiais (acção dos ventos) e acumulação ou deposição 
(acção modeladora das aguas do mar). 
Meteorização- é o processo de alteração (desagregação e decomposição) das richas 
provocadas por acção dos agentes externos. Temos a meteorização mecânica e química. A 
meteorização mecânica consiste no momento em que as forcas de tensão actuem sobre as 
rochas causando a desagregação. As variações da temperatura originam o aquecimento que 
provoca a dilatação dos blocos rochosos e, o arrefecimento origina contracção dos mesmos. A 
meteorização química consiste no momento em que as águas e os ácidos, produzidos pelas 
plantas e animais dissolvem, separam e transforma os minerais que constituem as rochas 
provocando a sua decomposição química. 
Acção modeladora dos ventos – os ventos levantam e transportam partículas de areias 
soltas que posteriormente as depositam em lugares onde encontram obstáculos ou barreiras, 
neste caso estamos na presença da erosão eólica. O vento no seu trabalho de modelação 
exerce uma acção tripla de desgaste, transporte e acumulação. 
O trabalho de acumulação eólica dá origem às dunas e aos leoss. Dunas são montes de areia 
depositados pelos ventos. Existem dunas litorâneas (nas regiões litorais) e continentais (no 
interior dos continentes). Dunas de 100 metros ou mais de altura são encontradas no deserto 
do Sahara. Recebem o nome de Ergs. 
Leoss- são depósitos formados por partículas de granulação muito fina, ricas em calcário e de 
cor amarela (terra amarela), que são transportadas pelos ventos, dando origem a solos de boa 
fertilidade agrícola. São encontrados principalmente na China, na Europa e na América do 
Norte. 
Erosão eólica 
Fig. XII: Erosão eólica 
Acção modeladora das águas dos rios – estes realiza como os outros a destruição ou 
desgaste, o transporte e a acumulação. Aqui estamos na presença da erosão fluvial 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Alrededores_de_Puno.jpg
 
 
22 
 
Erosão fluvial é o desgaste do leito e das margens dos rios pelas suas águas. Este processo 
pode levar a alterações no curso do rio. O relevo resultante da sedimentação das rochas no 
processo de erosão é denominado Colúvio. A erosão das rochas pode gerar ravinas e 
deslizamentos de terra, no qual estes sedimentos são escoados para as partes mais baixas, 
formando colúvios e depósitos de encosta. 
 Figs: XIII e XIV: Erosão 
fluvial 
Erosão marinha 
 A erosão marinha é um longo processo de atrito da água do mar com as rochas que acabam 
cedendo transformando-se em grãos, esse trabalho constante actua sobre o litoral 
transformando os relevos, em planície e deve-se praticamente acção de dois factores presentes 
na termodinâmica: calor e frio, responsáveis pelo surgimento das ondas, correntes e marés. 
Tanto ocorre nas costas rochosas bem como nas praias arenosas. Nas primeiras a acção 
erosiva do mar forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o sedimento 
removido pelas ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva litoral. 
Nas praias arenosas a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os 
danos causados podem ir desde a destruição das habitações e infra-estruturas humanas, até a 
graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema, podem ser tomadas 
diversas medidas de protecção, sendo as principais as construções pesadas de defesa costeira e 
a protecção dos mangais e dunas costeiras. 
 Fig XV Erosão Marinha 
http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_djZoII72n64/TGLb-CVLfZI/AAAAAAAAADU/9Y5WyHE_-yo/s1600/2009012117321%255B1%255D.jpg&imgrefurl=http://natureza-fonte-de-vida.blogspot.com/2010/08/erosao-fluvial.html&h=665&w=1000&sz=134&tbnid=tbUg0gvwzzdQoM:&tbnh=98&tbnw=147&prev=/search%3Fq%3Derosao%2Bfluvial%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=erosao+fluvial&docid=IThLqKko3YYfPM&hl=pt-PT&sa=X&ei=6crETv6QDMzu-ga77PWLDg&sqi=2&ved=0CB8Q9QEwAA&dur=2110
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Sitges_coast.jpg
 
 
23 
 
A erosão pluvial 
Quando as águas das chuvas caem na superfície terrestre, tomam três destinos: evaporação, 
infiltração e escoamento superficial. 
O escoamento é feito pelos rios e pelas enxurradas, as quais podem acarretar danos mais ou 
menos graves dependendo principalmente da intensidade das chuvas e da declividade do 
terreno. Nas regiões acidentadas e sem cobertura vegetal a sua violência é sempre maior. 
Torrentes são pequenos cursos de água periódicos, formados pelas enxurradas. Ao descerem 
montanha abaixo, as enxurradas podem se acumular temporariamente em pequenas 
depressões (bacias de recepção) e após transbordarem escavam sulcos (canal de escoamento) 
através dos quais se dá o escoamento da água. Descendo montanha abaixo, as águas levam 
consigo grandes quantidades de detritos, os quais são finalmente depositados no sopé das 
montanhas, vindo a formar o cone de detritos ou de dejecção, capaz de barrar cursos fluviais 
ou de provocar outros danos de igual monte. 
 Fig: XVI e XVII: Erosão pluvial 
 
3.5.1 - Actividades: 
1. Realiza uma pesquisa na sua região sobre a erosão, não se esquecendo de mencionar as 
formas para a resolução da mesma. 
Recursos de Aprendizagem: 
Clima 
Tempo - é uma combinação passageira, momentânea e acidental dos fenómenos atmosféricos. 
http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7b/Erosion.jpg/250px-Erosion.jpg&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Eros%25C3%25A3o&h=378&w=250&sz=41&tbnid=IQOuzdyhz2ydAM:&tbnh=90&tbnw=60&prev=/search%3Fq%3Derosao%2Bpluvial%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=erosao+pluvial&docid=INIQ5Th9B8kOgM&hl=pt-PT&sa=X&ei=a8zETsjlKMvo-gbNva3_DQ&ved=0CCIQ9QEwAQ&dur=2250
http://3.bp.blogspot.com/_Y5VHIIGTJ1c/TOfVjPjV4GI/AAAAAAAAS5k/VTKFa0w_fFg/s1600/hp_notepad2_pencil-700215.png
 
 
24 
 
Clima - conjunto dos fenómenos meteorológico que caracterizam o estado médio da 
atmosfera num lugar da superfície terrestre. 
Factores do clima – são aqueles que actuam indirectamente no clima, isto é, modificam o 
comportamento dos elementos do clima. Destacam-se: latitude, altitude, continentalidade, 
correntes marítimas, massa de ar, ventos. 
Elementos de clima – são fenómenos atmosféricos que definem e caracterizam o clima, 
os mais importantes são: temperatura, humidade, nebulosidade, precipitação, pressão 
atmosférica, e vento. 
Temperatura atmosférica – é o grau do aquecimento ou arrefecimento do ar 
atmosférico. Ela mede-se através de instrumentos chamados termómetros e pode ser expresso 
em graus centígrados ou Celsius. 
A temperatura mede-se da seguinte maneira: 
TMD ou seja temperatura média diurna 
TMD = Soma das temperaturas 
 Nª de registo 
TMM ou seja temperatura média mensal 
TMM = Soma das TMD 
 Nª de registos 
TMA ou seja temperatura média anual 
TMA = Soma das TMM 
 Nª de registos 
Amplitude térmica – é a diferença entre a temperatura máxima e mínima. 
 
ATD = amplitude térmica diurna, 
ATD = TM – Tm 
 
 
25 
 
ATM = amplitude térmica mensal 
ATA = amplitude térmica anual 
 Variação da temperatura 
Variação diurna – em qualquer lugar da Terra a temperatura vária durante o dia. A 
variação diurna da temperatura é resultante do movimento de Rotação da Terra. 
O Movimento de Rotação da Terra – é o movimento que a Terra faz em torno do seu 
eixo imaginário, realizando a cada rotação no período de 24 horas. Este movimento é feito no 
sentido contrárioaos do ponteiro do relógio. 
 As consequências deste movimento são: sucessão dos dias e das noites; variação da 
altura do sol; variação da obliquidade do sol. 
Variações anuais - são grandes diferenças de temperatura que se registam ao longo do 
ano, devido às diferentes quantidades de energia que a Terra recebe do sol. A variação anual 
da temperatura é resultante do Movimento de Translação. O Movimento de Translação é 
movimento que a Terra faz em torno do sol e dura um ano ou seja 365 dias. 
As consequências do movimento de Translação são - variação da altura do sol ao 
longo do ano; variação da obliquidade dos raios solares; desigualdade dos dias e das noites. 
Dentro das desigualdades temos: 
Solstícios - são momentos em que o sol se encontra mais afastado possível do equador, ou 
seja. Sobre os trópicos. Esses momentos ocorrem no dia 21 de Junho (solístico de Junho) e 
nos dias 21 e 22 de Dezembro (solístico de Dezembro). Esses momentos. Correspondem a 
desigualdade entre a duração do dia e da noite. No solístico de Verão o dia é maior e no 
solístico do Inverno a noite é maior. 
Equinócios – são momentos em que o sol se encontra sobre o equador ao longo do seu 
movimento anual aparente. Esses movimentos correspondem a uma duração igual entre o dia 
e a noite em toda a superfície terrestre, ocorrendo a 21 de Marco (equinócio de Março) e no 
dia 21 ou 22 de Setembro (equinócio de Setembro). 
 
 
26 
 
Variação da temperatura com a latitude – a variação da latitude implica uma 
variação da temperatura. Quanto maior for a latitude, mas distante estará a linha do equador e, 
portanto mais próximo dos pólos, área sabidamente mais fria. 
Esse fenómeno decorre da curvatura do planeta Terra, que faz com que diminua a incidência 
da radiação solar com o aumento da latitude. Assim, geralmente a temperatura decresce a 
medida que aumenta latitude. Quanto maior for a latitude menor será a temperatura 
Variação da temperatura com a altitude – a temperatura diminui a medida que a 
altitude aumenta, na troposfera, porque a quantidade de componentes atmosféricos que 
absorve no calor (vapor de agua, dióxido de carbono e poeiras) diminui e menos se faz sentir 
o calor libertado pelo globo (radiação terrestre). Em sumo quanto maior for a altitude menor 
será a temperatura 
Pressão atmosférica – é a força exercida pela atmosfera em cada unidade de superfície de 
corpos. 
Variação da pressão atmosférica 
Variação da pressão atmosférica com a temperatura - Na atmosfera os gases 
expandem-se quando a temperatura aumenta, e, pelo contrário, contraem-se quando a 
temperatura diminui. Ao expandir-se a sua densidade diminui e diminui com ela a pressão. Ao 
diminuir a temperatura, os gases contraem-se, aumentam de densidade e, portanto, aumenta 
também a sua pressão. Então a pressão atmosférica diminui com o aumento da temperatura. 
Variação da pressão com a altitude - A pressão atmosférica diminui com a altitude, 
pois o peso exercido pelas camadas de ar superiores decresce, não só porque a sua espessura 
vai diminuindo, mas também porque a densidade do ar vai-se tornando menor. Esta 
diminuição da pressão não é uniforme, mas diminui rapidamente nas baixas camadas e 
lentamente nas camadas mais altas a pressão atmosférica diminui com o aumento da altitude. 
Variação da pressão com a latitude - A pressão a superfície do globo dispõe - se por 
faixas, mais ou menos paralelas segundo a latitude e alternadamente de baixas e de altas 
pressões. Diz-se que a pressão atmosférica é normal quando o seu valor é de 760 mm/Hg ou, 
o que é equivalente a 1013mb. Considera-se alta pressão quando é superior aquele valor (com 
o símbolo +) e baixas pressões quando é inferior (com o símbolo -). 
 
 
27 
 
Fig XVIII- Variação da temperatura com a latitude 
Precipitação atmosférica – é a queda de água quer 
em estado líquido, quer em estado sólido. 
Humidade atmosférica – é o vapor de água que se encontra na atmosfera, resulta 
principalmente da evaporação das águas dos mares, dos lagos e rios e da transpiração dos 
seres vivos. Podemos encontrar a humidade relativa e a humidade absoluta. 
Climas 
 Fig. XIX: Zonas climáticas 
Tipos de clima 
Climas quentes: Equatoriais; Tropicais e Desértico 
Clima equatorial: 
O clima equatorial estende-se por latitudes compreendidas entre 5º Sul e 10º Norte. Localiza-
se essencialmente nas bacias dos rios Congo e Amazonas, as costas do Golfo da Guiné, na 
América Central, Madagáscar e na maior parte das ilhas situadas entre os Oceanos Índico e 
Pacífico, na zona equatorial. 
Temperaturas - sempre elevadas, com médias anuais superiores a 25ºC, e amplitudes 
térmicas anuais inferiores a 3ºC, por vezes mesmo inferiores a 1ºC. Ocorrem chuvas durante 
todo o ano, não havendo estação seca. 
http://www.google.pt/imgres?q=zonas+climaticas&hl=pt-PT&sa=X&biw=800&bih=401&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=1f9kwPbDyZ6PYM:&imgrefurl=http://www.coladaweb.com/geografia/as-zonas-climaticas-da-terra&docid=RTC-B3erC7WGKM&imgurl=http://www.coladaweb.com/files/zonas-climaticas.jpg&w=341&h=281&ei=-sbETvPiEsqr-QaLrKGADg&zoom=1
 
 
28 
 
Precipitação - apresenta chuvas convectivas e frontais. Possui ainda outras características, 
como forte evaporação, humidade e nebulosidade; baixas pressões. 
Flora e Fauna- o calor e a humidade elevada são os grandes responsáveis pela exuberância 
da vegetação. Predomina a floresta equatorial, vulgarmente conhecida por floresta virgem, 
a que se atribuem também as designações de floresta densa, sempre verde, pluvíssima, 
ombrófila, ou floresta de chuva. 
É constituída por milhares de espécies que crescem com vigor enorme, desenvolvendo-se em 
andares sucessivos, capazes de atingir 50 e 60 metros de altura, que chegam a durar mais de 
um ano, renovam-se sucessivamente dando-lhe um aspecto permanente verde. Lianas grossas, 
que podem ter mais de 200 metros de comprimento, entrelaçam-se tornando difícil a 
penetração. 
Árvores, como é o caso de diversas aves, insectos e macacos, ou então aproveitam os 
pequenos espaços do solo, como sucede com alguns répteis. O maior carnívoro que vive nesta 
floresta é o jaguar americano. 
Clima Tropical húmido: 
Localiza-se entre o 5º a 10º / 12º de latitude Norte ou Sul. 
Temperaturas - médias anuais sempre superiores a 20ºC, podendo mesmo ser superiores às 
do clima equatorial; amplitudes térmicas anuais compreendidas entre 3ºC e 10ºC, 
distinguindo-se um período quente, de um período fresco. 
Precipitação - com chuvas geralmente menos abundantes que o clima equatorial, excepto na 
Ásia das monções, onde a queda pluviométrica pode ultrapassar os valores do clima 
equatorial; há uma estação de chuvas distinta de uma estação seca; a chuvosa é mais longa 
que a seca. 
Flora e Fauna - Floresta Tropical é menos densa que a floresta equatorial, possuindo 
árvores cujas folhas caem na estação seca. De espaço a espaço possui árvores abertas, do que 
resulta também denominar-se Floresta clareira. Floresta galeria – é uma formação arbórea, 
exuberante, que acompanha os cursos de água, desenvolvendo-se nas respectivas margens, 
constituindo muitas vezes como que um prolongamento da floresta equatorial. A vida animal 
está representada pelos grandes herbívoros e pelos grandes carnívoros, principalmente nas 
savanas, graças à sua abundante vegetação herbácea. 
É o domínio dos elefantes, búfalos, zebras, gazelas e dos carnívoros como o leão, leopardo, 
hiena, etc. 
 
 
29 
 
Clima Tropical Seco: 
Estende-se, teoricamente, desde o 10º /12˚ até ao 15º /18º de latitude. 
Temperaturas – têm um reduzido clima tropical, com uma pronunciada estação seca que 
pode durar até aos 10 meses. Os climas tropicais além de cobrir a Ásia das monções, também 
se distribuem pelo Brasil, Venezuela, o planalto das Antilhas, norte e nordeste da Austrália, 
algumas ilhas da Insulíndia e áreas que envolvem a África. 
Precipitação - a medida que se afasta do equadore se aproxima dos trópicos, os contrastes 
pluviométricos vão-se acentuando, isto é, os meses secos vão aumentando e os meses com 
queda pluviométrica acentuada vão diminuindo. 
Flora e Fauna - Predomina a estepe é uma formação vegetal herbácea, própria de climas em 
que o período seco é bastante logo. Possui arbustos espinhosos e resistentes como as acácias, 
e volumosos embondeiros. Os arbustos espinhosos são providos de compridas raízes que 
penetram no solo em busca de água. Encontra-se também a savana, uma formação herbácea, 
em que, de onde a onde, ainda surgem tufos de árvores. Existe a Savana arbórea a mais 
densa. A estação seca pode durar seis meses, com uma pluviosidade que pode variar entre 
1300 e 1800mm, de solos tipicamente ferruginoso. O estrato arbóreo adensa-se com árvores 
que podem atingir 10 a 20m, de copa larga, folhas pequenas, caducas ou persistentes. Aparece 
também o sub-bosque formado por arbustos xeromorfos, espinhosos, de folha persistente e 
coriácea, misturados com plantas suculentas. O estrato herbáceo é reduzido, normalmente 
formado de pequenas gramíneas. As espécies dominantes continuam a ser a acácia espinhosa 
e embondeiro. 
Clima desértico quente: 
Está localizado entre latitudes que variam do 15º ao 35º e cujo eixo é aproximadamente os 
respectivos trópicos; Sahara, Arábia, Irão, Thar (Paquistão), Kalahari, Austrália, Montana, 
Colorado, Nevada. 
As temperaturas: médias anuais são superiores a 20ºC; amplitudes térmicas anuais 
geralmente superiores a 15ºC e quedas pluviométricas inferiores a 250mm. As amplitudes 
térmicas diurnas são elevadas; humidade e nebulosidade fraca e altas pressões. 
Precipitação - em contraste com o clima húmido equatorial está o clima desértico. Muito 
seco devido às massas de ar descendentes que originam as altas pressões continentais 
(anticiclones) para o norte ou para o sul dos climas tropicais. 
 
 
30 
 
Flora e Fauna - A degradação da vegetação acentua-se neste tipo de clima. Escasseia ou 
chega mesmo a desaparecer totalmente. A constante falta de água limita a vida nos desertos. 
As plantas são Xerófilas, não sendo de grande porte, possuem raízes muito compridas, caules 
adaptados a conservar a água, folhas reduzidas, espinhosas, também adaptadas a reter água. 
Nos locais mais favoráveis, onde se concentra água, há agrupamentos vegetais que podem 
constituir oásis. Nestes é possível encontrar uma maior variedade de espécies, incluindo 
palmeiras tamareiras, à sombra das quais se abrigam outras plantas. A vida animal é variada, 
havendo camelos, dromedários, antílopes, aves corredoras, répteis, roedores e insectos. 
 
Climas temperados: Mediterrânico ou subtropical seco; Marítimo ou 
oceânico e Continental 
Mais exactamente, os limites para os climas temperados são definidos entre a isotérmica de 
10ºC para o mês mais quente e a isotérmica dos 18ºC para o mês mais frio. É, pois, o clima 
temperado um clima de transição entre os climas quentes e os frios, como se fosse uma ponte 
a dar passagem de um para outro. Entre as zonas frias árctica e a zona quente intertropical 
localizam-se os chamados climas temperados. Os limites dos climas temperados localizar-se-
iam entre os círculos polares e os trópicos no se hemisfério respectivo. 
Temperatura: uma das características destes climas é o contraste térmico entre as estações. 
As amplitudes térmicas anuais poderão ir de 8ºC a 15ºC em média, devido não só à 
desigualdade dos dias e das noites mas também ao fluxo de massas de ar que ora são de 
origem polar ora tropical, marítimo ou continental 
Precipitação: os contrastes neste elemento também são notórios. No hemisfério norte ora se 
registam máximas de precipitação no inverno ora no verão, ou as precipitações se distribuem 
ao longo de todo o ano ou ainda, há estações secas. 
Em suma, afirma-se que é na zona dos climas temperados que se registam os maiores 
contrastes: calor e frio intenso, secura e chuvas torrenciais ao longo do ano. 
Clima temperado subtropical seco ou mediterrâneo: 
Localizam-se não só nas margens do mar Mediterrâneo mas também na América do Norte e 
Sul, África do sul, sudoeste da Austrália e Nova Zelândia. 
Temperaturas- Os climas pertencentes a este tipo fazem a transição entre os 
permanentemente quentes (tropical) e os temperados. Influenciados ora pelos ventos alísios 
ora pelos ventos marítimos de Oeste, beneficiam desde fins da primavera até princípios de 
 
 
31 
 
Outono de tempo tropical e, no restante, de temperado ameno, daí a designação de 
subtropical. 
Precipitação - os Verões são quente e secos; os Invernos são suaves com algumas chuvas. 
Flora e Fauna - Floresta mediterrânica: é característica das áreas com este tipo de 
clima, ainda que a acção do homem a tenha degradado. Predomina as azinheiras, os sobreiros 
e os pinheiros mansos. Os sobreiros distribuem-se pelos terrenos mais húmidos, enquanto as 
azinheiras se encontram em terrenos mais secos. Verifica-se a tendência para o aparecimento 
de espécies xerófilas; o maquis, é constituído por uma associação muito fechada de arbustos e 
matagal que chega a atingir dois metros de altura. Existe garrigue uma vegetação menos 
exuberante, não indo além de um metro de altura. Dominam os arbustos espinhosos, como os 
carrascos e aromáticos, como as estevas, o tomilho, a alfazema e o alecrim. 
Clima temperado marítimo ou oceânico: 
Encontra-se nas costas do ocidente europeu, desde o norte da Península Ibérica à Noruega, 
nas costas ocidentais da América do Norte, desde o norte da Califórnia ao Alaska, no Chile 
meridional e Nova Zelândia. 
Apresenta Verões pouco quentes, com algumas chuvas e Invernos pouco frios com 
precipitações abundantes; pequenas amplitudes térmicas; elevada humidade e forte 
nebulosidade. 
Flora e Fauna - Predomina a floresta de folhas caducas ou caducifólia: é uma formação 
vegetal mais característica deste clima. É essencialmente constituída por carvalhos, faias e 
tílias, que podem atingir 30 a 35 metros de altura. Perdem grande parte da folhagem durante o 
Outono e o Inverno. 
Encontram-se aqui grandes e pequenos mamíferos, como veado, cabrito-montês, javalis, 
coelhos, esquilos e aves diurnas. 
Clima temperado continental 
De uma maneira geral, pode-se localizar este tipo de clima entre as latitudes de 35º e 50º, 
portanto, a Norte do clima mediterrâneo e a Este do clima marítimo, mas no interior dos 
continentes e na fachada ocidental dos oceanos, isto é, todo o norte e centro Este dos EUA, no 
interior da Europa Sul e interior Norte da Ásia, entre aquelas latitudes. 
Apresenta Verões quentes e pluviosos e Invernos frios com precipitações menos abundantes, 
quase sempre de neve; grandes amplitudes térmicas anuais. 
 
 
32 
 
Flora e Fauna - A vegetação desta zona climática, dá-se o nome de pradaria, constitui uma 
formação vegetal herbácea, cujas espécies podem atingir dois ou três metros de altura na 
estação mais pluviosa. Durante o Inverno a paisagem modifica-se devido à neve, mas as fortes 
raízes resistem perfeitamente no solo gelado. Na Primavera a pradaria torna-se verde e cobre-
se de flores; surgem igualmente florestas de folhagem persistente. A fauna é abundante, desde 
raposas até cavalos selvagens e bisontes da pradaria norte americana. 
Climas frios: Continental, Subártico e Polar: 
De uma maneira geral os climas frios mais atenuados localizam-se entre a isotérmica de 0ºC 
para o mês mais frio e a isotérmica de 20ºC para o mês mais quente. 
De uma maneira geral os climas frios mais atenuados localizam-se entre a isotérmica de 0ºC 
para o mês mais frio e a isotérmica de 20ºC para o mês mais quente. 
As zonas frias estão longe de ser homogéneas, devido essencialmente à sua extensão em 
latitude e às características gerais da circulação atmosférica. A classificação dos climas frios 
em relação aos climas a temperados baseia-se, especialmente, em factores de ordem 
geográfica (latitudee relevo) e não em factores de ordem meteorológica. 
Clima frio Continental: 
Localiza-se a Norte do clima temperado continental, entre as latitudes de 45º e 65º Norte: 
Europa Ocidental, Norte do Japão, Norte dos EUA e Sul do Canadá, e interior da Ásia 
(Sibéria). 
Temperaturas: as altas pressões do Inverno, especialmente devido à perda de calor por 
irradiação, impedem a penetração dos ventos de Oeste e assim as temperaturas são muito 
baixas, sempre abaixo de 0ºC. As temperaturas médias no Verão podem atingir os 17ºC 
embora algumas estações registem até 22º C, mas o Verão é curto, não chegando por vezes a 
fundir todo o gelo que se formou durante o Inverno. 
Precipitações -no inverno, as precipitações são bastante reduzidas, pois, além de 
predominarem as altas pressões, as massas de ar polar impedem as condensações e quando se 
verificam são sempre em forma de neve. Esta é a razão por que os solos estão praticamente 
cobertos de neve ou gelo durante o inverno. 
Flora e Fauna - Taiga ou floresta de coníferas. É uma floresta monotona, constituida por 
árvores de folhas persistentes, resinosas e com forma de agulhas, muito densa, constituida 
ainda por pinheiros ou abetos de folhas persistentes. Neste clima temos a rena, a lebre, o lobo, 
 
 
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a raposa, a marta, o arminho, a lontra, o alce o urso. Existe também muitas avés de especíes 
migratória. 
Clima Subártico: 
A norte do clima continental frio, entre as latitudes de 55º e 65º N encontra-se este tipo de 
clima que é próprio do Alaska, Labrador, desde o Norte da Escandinávia à Sibéria e norte do 
Canadá. 
Temperatura: apresenta Verões curtos em que é grande a obliquidades dos raios solares, mas 
com a duração dos dias é grande, a temperatura dos meses mais quentes pode ser superior a 
10ºC; invernos prolongados e rigorosamente frios, cuja média do mês mais frio pode atingir -
50ºC; o Inverno é a estação mais predominante, pois durante 6 a 8 meses a temperatura está 
sempre abaixo de 0ºC, o que leva à existência, no solo, a uma profundidade de 0,6 a 4 metros, 
de uma camada permanentemente gelada que as temperaturas do curto Verão não conseguem 
fundir. 
Precipitação – a precipitação anual é muito baixa, os valores mais elevados registam-se nos 
meses frios. A precipitação que ocorre no inverno é geralmente, sob forma de neve. 
Flora e Fauna - A flora e fauna são pouco diversificadas, só existe grama e algumas 
marmotas, as vezes um esquimó ou outro. 
Clima frio Polar: 
A estação da Upernivik na Gronelândia, à latitude de 73º N pode servir de modelo a este tipo 
de clima, embora se distribua por norma nas altas latitudes a norte dos continentes americano 
e asiático até aos 76º/80º de latitude. 
Temperaturas - as amplitudes térmicas, apesar de altas são inferiores às do clima subártico; a 
média das temperaturas no s meses mais quente é sempre maior que 0ºC mas nunca além dos 
5ºC (apenas 4 meses). 
Precipitação: é anual é inferior a 250 mm, sendo mais abundante nos meses mais quentes e 
nos dois seguintes. 
Flora e Fauna - Durante a maior parte do ano o gelo e a neve formam como que um 
deserto branco, mas quando fundem, a paisagem cobre-se de um tapete de líquenes e de 
musgos, onde crescem algumas espécies que produzem flores. É a tundra. A rena e o caribu 
são animais característicos das áreas com este clima. Aparece também o urso branco, foca e 
morsas. 
 
 
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3.5.2- Actividades: 
1- Usando a cartolina elabore uma figura que demonstra os movimentos de rotação e de 
translação. 
2- Constrói um mapa mundi para visualizar a distribuição do clima 
3- Faça o levantamento do tipo de vegetação e fauna existente na tua zona. 
Recursos de Aprendizagem: 
Hidrografia é o ramo da geografia fisica que estuda as àguas do planeta, abrangendo portanto 
rios, mares, oceanos, lagos, àgua do subsolo e da atmosfera. 
Rio – corrente de águas doce permanente que ocorrem um leito próprio. Os elementos de um 
rio são: Afluente - é o nome dado aos rios menores que desaguam em rios principias; 
Confluência - termo que define a junção de dois ou mais rios; Foz - é o local onde desagua 
um rio, podendo dar-se em outro, ou em um lago ou mesmo no oceano; Jusante – é qualquer 
ponto ou secção do rio que se localiza depois de um outro ponto referencial fixado; Leito 
local onde o rio corre. É o solo que fica entre as margens, por onde as `aguas do rio escorrem; 
Margens – são as laterais do curso do rio que delimitam sua largura. Temos dois tipos de 
margens a direita e a esquerda. Montante - é qualquer ponto ou secção do rio que se localiza 
antes de um outro ponto referencial fixado; Nascente - é o ponto onde se originam as águas 
do rio. 
A completar os elementos de um rio temos: Rede hidrográfica - conjunto formado pelo rio 
principal e seus afluentes e subafluentes; Bacia hidrográfica – é a área drenada pela rede 
hidrográfica. 
Lago - é uma depressão natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma 
quantidade variável de água. Essas águas podem ser provenientes da chuva, duma nascente 
local, ou de um curso de água, como os rios e glaciares que desaguam nessa depressão. 
http://3.bp.blogspot.com/_Y5VHIIGTJ1c/TOfVjPjV4GI/AAAAAAAAS5k/VTKFa0w_fFg/s1600/hp_notepad2_pencil-700215.png
 
 
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Os lagos são classificados em função da sua origem. Temos os seguintes tipos: Lagos de 
origem tectónica. Lagos de origem vulcânica, lagos de origem residuais, lagos de depressão e 
lagos mistos. 
Oceano - é designado a grande massa de àgua salgada que cobre cerca de 71% da 
superficie terrestre e separa as massas continentais e ilhas. Os coeanos sao divididos em 
cinco nomeadamente: Ártico, Atlântico, Pacífico, Índico e Antárctico. 
Mar- é uma longa extensão de água salgada conectada com um oceano. 
3.5.3- Actividades: 
1. Faça o levantamento das bacias hidrográficas da sua região. 
2. Utilizando uma cartolina, faça a localização geográfica das bacias da sua região. 
Do meu país ao Mundo 
Moçambique 
 Fig XX - Localização de Moçambique 
 
 
 
Localização geográfica e cósmica 
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Moçambique é um país da costa oriental da África, limitado a norte pela Tanzânia (limite 
natural - rio Rovuma), a noroeste pelo Malawi e Zâmbia; a oeste pelo Zimbabwe; a sudoeste 
África do sul e Suazilândia; a sul novamente África do sul. E a este Oceano Índico (canal de 
Moçambique). 
Quanto à localização cósmica, o território moçambicano encontra-se entre os paralelos 10º 
27‟ e 26º 52‟ de latitude sul. E entre os meridianos 30º 12‟ e 41º 51‟ de longitude este. 
A superfície: o território moçambicano cobre uma superfície de 799.380km2, dos quais 
786.380km2 constituem terra firme e 13.000km2 águas interiores. 
O litoral: ao longo do litoral moçambicanos podemos encontrar saliências e reentrâncias que 
formam baías e cabos; existem também ilhas/ arquipélagos. 
Cabos: na província de Cabo Delgado, encontra-se o Cabo Suafo, no extremo Norte junto à 
foz do rio Rovuma; o Cabo Delgado acerca de 30km da foz do mesmo rio e ainda o Cabo 
Paquete mais a sul. Pode-se destacar nesta província a Ponta Maunhane, à entrada da baía de 
Pemba e a Ponta do Diabo, ao norte da baía do mesmo nome. 
Na província de Nampula, há a destacar o Cabo Culumulomo, à entrada da baía de Nacala, a 
Ponta Nangata à entrada da baía de Memba, a Ponta Serissa a sul da Foz do rio Lúrio. Mais 
para o sul temos a ponta Bajone, a sul da Baía de Macombo e a Ponta Mesiuana, a sul da 
entrada do porto de Angoche. 
Na província da Zambézia destaca-se a Ponta Malongana, a sul da Foz do rio Ligonha, a 
Ponta Matirre e a norte do porto de Pebane, a ponta Olinga e Tangalane, respectivamente a sul 
e a norte da entrada do porto de Quelimane e finalmente a ponta Macovane no extremo norte 
da Península de Bartolomeu Dias. 
Na província de Inhambane merece a referênciado Cabo Bazaruto, no extremo norte da ilha 
de Bazaruto, o Cabo de S. Sebastião a sul da Baía de Bazaruto e o Cabo das Correntes ao sul 
da Baía de Inhambane e Bazaruto, a Ponta da Barra, à entrada da Baía de Inhambane. 
Finalmente na província mais meridional do país, podem-se apontar o Cabo de Inhaca, à 
entrada da Baía de Maputo na parte Norte da ilha do mesmo nome, o Cabo de Santa Maria ao 
sul da ilha de Inhaca, e a Ponta do Ouro no extremo sul da província. 
Baías 
Na província de Cabo Delgado, encontra-se a Baía de Palma, a Baía da Mocimboa da Praia, a 
Baía de Qissanga, a Baía de Pemba e a Baía de Lúrio. Na província de Nampula encontra-se a 
Baía de Memba; Baía de Nacala, de Candúcia, Mossuril e de Angoche. Na província da 
 
 
37 
 
Zambézia destaca-se a Baía de Quelimane. Na província de Sofala existem as Baías de 
Nhandoze e Sofala. Na província de Inhambane existe a Baía de Inhambane. No extremo sul, 
na Cidade de Maputo, como província, encontra-se a Baía de Maputo. 
Ilhas: 
Na província de Cabo Delgado encontra-se o Arquipélago das Quirimbas, que é constituído 
pelas ilhas Tecomaji, Rongui, Queramimbi, Vamizi, Metundo, Quifuqui, Tambuzi, Niuni, 
Kero, Medjumbi, Nacaloé, Matemo, Ibo, Quirimba, Mefunco e Quissira. 
A província de Nampula possui um número considerável de Ilhas. As mais importantes são as 
ilhas de Moçambique, ilhas de Angoche (Moma, Caldeira, Njovo, Puga-Puga, Mafamede). 
Na província de Sofala destaca-se a ilha de Chiloane. Em Inhambane encontram-se as ilhas do 
Bazaruto, ilha de Santa Carolina e ilha Magaruque. Finalmente na província de Maputo 
Cidade encontram-se as ilhas da Inhaca, Elefantes e ilha de Xefina. 
O relevo de Moçambique 
Observando atentamente o mapa, nota-se que os relevos de Moçambique dispõem-se em 
forma de escadaria com três degraus em que, o mais baixo corresponde, no litoral, planície, o 
intermédio ao planalto e o degrau mais alto, às montanhas. 
Planície 
Estende-se ao longo de todo o litoral do país, desde a foz do rio Rovuma no extremo 
setentrional até à Ponta de Ouro, no extremo meridional. Ocupa cerca de um terço do 
território nacional, o que equivale a aproximadamente 250.000km2. a sua maior extensão 
encontra-se nas províncias de Sofala, Inhambane e Gaza, tornando-se cada vez mais estreita à 
medida que se caminha para o norte. 
Do ponto de vista hipsométrico, a planície moçambicana é bastante homogénea, não apresenta 
depressões muito pronunciadas nem elevações significativas. A sua altitude não ultrapassa os 
200 metros, mas distinguem-se nela duas faixas: uma no litoral com um máximo de 100 
metros e os outra logo a seguir a esta, com altitudes variando entre os 100 e os 200 metros. 
Ao longo dos vales dos rios, a planície adquire, características próprias aos processos de 
erosão fluvial. Nestes casos, ela apresenta-se como depressões de acumulação, possuindo 
vertentes cujo limite inferior coincide com o curso do rio respectivo. Por esta razão, é comum 
destacar-se: 
- A planície do Incomáti, atravessada pelo rio do mesmo nome; 
- A planície do Limpopo, atravessada pelo rio limpopo; 
 
 
38 
 
- A planície do Save cujo rio estabelece o limite entre a zona Sul e centro; 
- A planície do Buzi, atravessada pelo rio Buzi; 
- A planície do Lúrio na província de Nampula. 
Planaltos 
A sua maior extensão encontra-se na região Norte e Centro do país. Aqui, eles estendem-se 
até à fronteira ocidental sem grandes particularidades a destacar. Ocupam cerca de dois terços 
do território nacional o que perfaz 500.000 km2. No sul do país, ocupam apenas uma pequena 
faixa nas províncias de Maputo e Gaza, ao longo da fronteira com a Suazilândia, África do 
Sul e Zimbabwe. 
Morfologicamente, distinguem-se em Moçambique os planaltos médios com altitudes 
compreendidas, entre 200 e 500 metros e os altiplanaltos entre 500 a 1000 metros. Assim pela 
sua identidade morfológica, distinguem-se em Moçambique os seguintes planaltos: 
 Planalto Moçambicano: com altitude entre 500 e 1000 metros, ocupa uma vasta área 
nas províncias de Zambézia e Nampula; 
 Planalto de Angónia: no Nordeste da província de Tete, junto à fronteira com o 
Malawi. Neste planalto, as altitudes chegam a ultrapassar os 1000 metros; 
 Planalto da Marávia: também na província de Tete junto à fronteira com a Zâmbia; 
 Planalto de Chimoio: estende-se no sentido Norte-sul na província de Manica, 
alargando-se até junto a fronteira com o Zimbabwe onde é interrompida por 
montanhas; 
 Planalto de Lichinga: a oeste da província do Niassa, estende-se ao longo do lago 
Niassa, no sentido sul-norte; 
 Planalto de Mueda: na província de Cabo Delgado. 
Montanhas 
As principais formações montanhosas do país encontram-se no centro e norte , erguendo-se na 
zona planáltica. Em geral, elas aparecem agrupadas formando cadeias montanhosas, 
destacam-se no país, as seguintes formações montanhosas: 
1- Cadeia montanhosa da Maniamba – Amaramba, que se localiza na província do Niassa 
ao redor do lago Niassa. A Serra Jéci com 1836 metros é um dos pontos mais alto. 
2- As formações Chire – Namule, na província da Zambézia, tendo como pontos mais 
elevados o Monte Namuli com 2419 metros e a Serra Inago com 1807 metros. 
 
 
39 
 
3- O Maciço de Chimanimani (Cadeia de Manica) que se estende ao longo da fronteira 
entre a província de Manica e o território do Zimbabwe. É nesta cadeia que se localiza 
o monte Binga que é o mais elevado do país, com 2436 metros. Ainda nesta cadeia, 
localiza-se o Monte Goróngue com 1887 metros e a Serra Choa com 1844 metros. 
4- Cadeia dos Libombos, que se estende ao longo da fronteira com a África do sul, nas 
províncias de Maputo e Gaza. Na totalidade, as suas altitudes não chegam a atingir os 
1000 metros. Porém, no conjunto do relevo do sul do país, ela se destaca como sendo a 
única formação elevada. O ponto mais alto é o monte M'ponduine, com 801 metros e 
que se localiza no distrito da Namaacha, província de Maputo. 
Clima de Moçambique 
 
Fig XXI – clima de Moçambique 
 
A maior parte do território moçambicano localiza-se na 
zona intertropical, o que confere naturalmente um clima 
do tipo tropical. Há no entanto, algumas diferenças 
climáticas por um lado devido à influência de factores 
gerais e por outro devido a factores específicos ao clima 
de Moçambique. Deste modo encontram-se em 
Moçambique os seguintes tipos de clima: 
Clima tropical húmido: cobre o norte e o centro do país, as províncias de Cabo Delgado, 
Niassa, Nampula, Zambézia e Sofala. Ao sul aparece ao longo da faixa costeira das províncias 
de Inhambane, Gaza e Maputo. É caracterizado por uma época de chuvas mais longa que a 
época de seca; as temperaturas médias anuais oscilam entre os 24ºC e 26ºC. 
Clima tropical Seco: Cobre quase na totalidade a zona sul do país, o sul de Tete e uma parte 
do norte da província de Manica e uma pequena faixa ocidental da província de Sofala. 
Apresenta o período estação seca mais longa que a chuvosa; as temperaturas médias anuais 
ultrapassam com frequência os 26ºC. 
Clima tropical de altitude, característico das zonas de altitude, menos quentes que os 
anteriores, as temperaturas médias anuais são geralmente inferiores a 22ºC. Encontra-se em 
Lichinga, nas formações Chire Namule; no norte da província de Tete (planaltos da Marávia e 
 
 
40 
 
Angónia); cobre a província de Manica e aparece na província de Maputo ao longo da cadeia 
dos Libombos. 
Clima semi-árido, localiza-se no interior de Gaza, na faixa compreendida entre 
Chicualacuala e Massingir. Tem características marcadamente mais secas. As temperaturas 
médias situam-se entre 24ºC – 26ºC e a pluviosidade é inferior a 400mm, sendo as mais áridas 
do país. 
Hidrografia de Moçambique 
Rios de Moçambique (característica gerais) 
A maioria dos rios de Moçambique nascem nos países vizinhos do oeste, em zonas de 
planaltos e, devido à disposição do relevo, entram no paíse correm na direcção Oeste-este, 
indo desaguar no Oceano Índico também devido a disposição do relevo, os rios sofrem várias 
quedas ao longo do seu percurso, tornando-se assim pouco navegáveis 
A natureza dos terrenos atravessados pelos rios é outro elemento a considerar. No centro e 
norte do 93país, onde os terrenos são resistentes, os rios realizam uma erosão vertical, 
escavando vales em forma de "V", o que associado à velocidade que as suas águas ganham 
pelas quedas de água, o facto confere-lhes um elevado potencial hidroeléctrico. 
No sul do país, os rios correm em zonas de planícies, por isso, os seus vales são muito mais 
largos e os rios apresentam meandros. Nestes casos, o potencial hidroeléctrico é baixo, mas 
existem condições para a captação das águas para a irrigação. 
As características climáticas do país tornam o caudal dos rios variável ao longo do ano, 
apresentando maior volume na estação chuvosa, onde os rios registam com frequência cheias 
e no tempo seco, alguns, reduzem o caudal e outros secam. Deste modo, numerosos rios 
possuem regime periódico, possuindo caudal apenas numa parte do ano, enquanto na época 
seca chegam a secar completamente. Os que possuem regime constante apresentam caudais ao 
longo de todo ano, embora variando de volume. 
Principais bacias hidrográficas 
Do ponto de vista da sua importância nacional, distinguem-se de norte a sul, as seguintes 
bacias: 
Bacia do Rovuma - abrange vastos terrenos nas províncias de Niassa e Cabo Delgado. O rio 
Rovuma e os seus afluentes, o Lugela, Lucheringo e Messinge são os principais cursos de 
água desta bacia. O Rovuma nasce na Tanzânia e, depois de um percurso Norte- sul naquele 
 
 
41 
 
país, percorre em Moçambique, ao longo da fronteira Norte 650 km, no sentido Oeste-Este, 
indo desaguar em estuário em Palma, província de Cabo Delgado. 
Bacia do Lúrio -é constituída pelo rio com o mesmo nome, que tem a particularidade de ser 
um rio inteiramente moçambicano. Nasce no monte Malema e desagua na Baía do Lúrio na 
província de Nampula. 
Bacia do Zambeze -é a maior bacia hidrográfica do país, abrangendo uma vasta área das 
províncias de Tete, Zambézia e Sofala. O principal rio desta bacia é o Zambeze que nasce na 
República Democrática do Congo e desagua por um delta na localidade de Chinde, província 
da Zambézia. O Zambeze entra em Moçambique através do Zumbo, província de Tete, 
percorrendo uma extensão de 820 km, até a sua foz. 
Bacia do Púngue - ocupa uma área considerável na província de Sofala, sendo formada pelo 
rio Púngue que nasce no Zimbabwe e desagua na baía de Sofala. A maior parte do seu 
percurso, 322 km é na zona de planície. 
Bacia do Búzi -constituída pelos rios Búzi e Revué e abrange áreas consideráveis na 
província de Sofala, em regiões de planícies. O rio Búzi, nascendo no Zimbabwe, tem em 
Moçambique uma extensão de 320 km. 
Bacia do Save -ocupa uma grande área da planície no Norte da província de Inhambane, 
prolongando-se desde a fronteira com o Zimbabwe até ao Oceano Índico. O rio Save, que 
constitui a razão desta bacia, nasce no Zimbabwe e tem no nosso país, um percurso de 330 
km. 
Bacia do Limpopo -ocupa uma vasta área na província de Gaza e inclui os rios Limpopo e 
Changane, este último, afluente do primeiro. O Limpopo nasce na África do sul e entra em 
Moçambique através do Pafúri, percorrendo uma região de planície, té desaguar em 
Inhampura, na província de Gaza. Em Moçambique, a sua extensão é de 283km. 
Bacia do Incomáti -ocupa a maior área da província de Maputo, sendo constituída pelo rio 
Incomáti, que nasce na África do sul e desagua na Baía de Maputo. A extensão do Incomáti 
em Maputo é de 283 km, correndo em zonas de planície. 
Bacia de Maputo -desenvolve-se no sentido Sul-Norte, desde a fronteira com a África do sul 
até à Baía de Maputo. É formada pelo rio Maputo, que nascendo na África do Sul estabelece a 
fronteira entre os dois países e vai desaguar na Baía de Maputo. Extensão do rio Maputo em 
Moçambique é de 150 km. 
Lagos de Moçambique 
 
 
42 
 
Moçambique possui um grande número de lagos, a maior parte dos quais de água doce. É na 
extensa planície ao sul do Save onde os lagos e pântanos são relativamente frequentes. Na 
maioria dos casos, trata-se de colecções de água com pouca profundidade e extensão variável 
com a época do ano, em dependência com o regime pluviométrico. 
 Os lagos Niassa e Chirua são os maiores, com 30.600 km2 e 100km2, respectivamente, mas a 
sua extensão é partilhada com outros países. 
Podem-se mencionar ainda como lagos de considerável importância o Chiúta e o Amaramba, 
todos na província do Niassa. 
No que respeita à sua origem, distinguem-se os lagos de origem tectónica, isto é, aqueles que 
ocupam depressões que se formaram na base de movimentos provocados por forças internas 
da crusta. Os lagos Niassa, Chirua, Chiúta e Amaramba são todos deste tipo, ocupando 
depressões do vale do Rift. 
Os lagos e lagoas ao sul do Save e ao longo da costa, têm a sua origem na erosão costeira e na 
deposição de sedimentos. 
Finalmente, há a destacar os lagos de origem antropogénica; isto é, os que resultam da 
actividade humana, sendo por isso artificiais. Estes lagos, tiveram a sua origem na construção 
de barragens daí a designação específica de albufeiras. 
Existem no país 10 albufeiras, com destaque a de Cahora Bassa, possuindo 250km de 
comprimento, 11km de largura média, sendo a máxima de 30km e uma profundidade máxima 
de 327m. 
Outros lagos artificiais são os de Massingir, Chicamba real, Pequenos Libombos e Corumana. 
3.5.4 Actividades: 
1. Elabore um mapa do teu distrito e localize a sua localidade. 
2. Faça uma pesquisa da tua província observando os seguintes aspectos: 
a) Localização geográfica. 
b) Tipos de clima, vegetação, fauna e relevo. 
Continente africano 
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 Fig XXII: continente africano 
 
 
Generalidades 
África é o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e da América), com 30 (trinta) 
milhões de quilómetros quadrados, cobrindo 20,3% da área total da terra firme do planeta. 
Este continente está localizado na zona Intertropical, as suas terras estão estabelecidas nos 
dois Hemisférios (Sul e norte), devido a esse facto é cortado pelo paralelo de 0º (Equador) na 
parte central do mesmo, além do meridiano de Greenwich que o travessa a Oeste. É o 
continente mais tropical, embora possua faixas subtropicais nas extremidades Norte e Sul; 
predominam altas temperaturas; um terço do território é de áreas desérticas; 40% não têm 
rios. As terras aráveis somam 17,8% e as florestas 31,5%. Detém 69% das terras áridas do 
planeta. 
O litoral é pouco recortado; as planícies são ocupadas por lagunas e pântanos; apresenta 
cadeias de montanhas ao Norte, os Atlas na Tunísia, Argélia e Marrocos. 
Localização Astronómica 
A África está separada da Europa pelo mar Mediterrâneo e liga-se à Ásia na sua extremidade 
nordeste pelo istmo de Suez. No entanto, a África ocupa uma única placa tectónica, ao 
contrário da Europa que partilha com a Ásia a Placa Euro-asiática. 
Do seu ponto mais a norte, Ras ben Sakka, em Marrocos, à latitude 37°21' N, até ao ponto 
mais a sul, o cabo das Agulhas na África do Sul, à latitude 34°51'15? S, vai uma distância de 
aproximadamente 8 000 km. Do ponto mais ocidental de África, o Cabo Verde, no Senegal, à 
longitude 17°33'22? W, até Ras Hafun na Somália, à longitude 51°27'52 E, vai uma distância 
de cerca de 7 400 km. 
Limites: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mediterr%C3%A2neo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Istmo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Suez
http://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B4nica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_Euro-asi%C3%A1tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marrocos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_das_Agulhas

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