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CONCEPÇÃO DO PROCESSO DA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE Profa. Dra. Dorisdaia C. de Humerez GRUPO FAMILIAR • Aquisição da identidade é resultado de um processo evolutivo • A estrutura familiar, tem influências incontestáveis sobre cada membro • No processo de desenvolvimento, a infância tem especial relevância, pois nela se definem aspectos fundamentais da pessoa para toda sua vida • Compreender o papel da família na construção da identidade é de suma importância, tanto para os que têm a responsabilidade de educar, quanto para os que precisam ajudar nos transtornos mentais decorrentes desse processo FAMÍLIA • Cada componente desempenha um papel no grupo familiar • Valores éticos e morais, princípios e conceitos são repassados e desenvolvidos junto à família • Família pode ser conceituada como uma unidade de pessoas em interação, sistema semiaberto, com uma história composta, sendo que a cada membro corresponde uma determinada função e tarefas específicas CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE • A criança nasce desprovida de juízo moral. O que Freud chamou de censura ou superego • O recém-nascido possui apenas uns poucos instintos: sugar, respirar, engolir, gritar • Os valores vão sendo desenvolvidos através dos relacionamentos e influências do meio em que vivemos • Daí, não são mais os instintos que controlarão a criança, mas o comportamento aprendido geralmente na família • Podemos dizer que a principal função da família é a defesa da vida, cabendo a ela a responsabilidade formação de seus membros, assegurando-lhes não só a manutenção da vida, mas também a qualidade de vida • A família pode ser definida como o lócus produtor de pessoas saudáveis, emocionalmente estáveis, equilibradas, ou como o núcleo gerador de inseguranças, desequilíbrio e desvios de comportamento TEMPORALIDADE • A capacidade de antecipar-se, de prever-se no amanhã, deu ao homem a percepção do EU histórico • Um ser temporal, com presente, passado e futuro que lhe da a dimensão de sua continuidade • A temporalidade é uma propriedade inerente da consciência que é sempre ordenada sempre temporalmente • O tempo, na vida cotidiana, é finito, tem um padrão de calendário social, e a existência de cada homem é continuamente ordenada por esse tempo da realidade exterior e convencional • Adquirindo socialmente a capacidade de construir sequências, usando os ciclos naturais, como as estações do ano, imagina-se numa sucessão de presentes que vão sustentá-lo • A história, criada pelo homem, exige esta continuidade, onde nada começa sempre de novo • A nossa história singular tem início em um dos extremos da existência, o nascimento, que determina o EU concreto, o corpo, que se deslocará no tempo até o outro extremo. • Arrastamos o corpo do parto à morte, sendo esses os limites da existência humana. • Ao nascer, geralmente colocados em um grupo constituído, o grupo familiar, iniciamos a vivência social. PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO • Predispostos à socialização, somos induzidos a participar da sociedade, exteriorizando o próprio ser no mundo social e interiorizando-o como objetividade. • O processo de socialização se dá numa sociedade perpassada pela desigualdade social, criam-se hábitos de classe que vão aparecer nas relações familiares entre os membros, determinando comportamentos específicos quanto à idade, sexo, posição no grupo familiar, entre outros. • Ao nascer, somos resgatados da subjetividade pelo grupo familiar, vamos interiorizando papéis e atitudes dos outros significativos, exteriorizando o próprio ser. • Na busca da superação da subjetividade, a pessoa encontra no olhar do outro a confirmação de sua existência. • Na Família a socialização primária estabelece a construção da identidade, através das percepções dos pais. • Ao nos redefinir, nos reconhecer, o outro assegura e afiança o sentimento de que somos nós mesmos . • A influência da família é sutil e suas crenças determinam diferentes expectativas com relação aos seus filhos, bem como influenciam o comportamento expresso pelas crianças por toda vida. Socialização primária • Dá-se, geralmente, na relação com a família, que não permite a escolha de outros sujeitos significativos, a não ser seus membros. • Um conjunto antecipadamente definido que devemos aceitar, sem possibilidade de outra opção. • A criança deve interiorizar o mundo familiar como sendo o seu mundo, o único concebível. • Por mais que nos afastemos dele, ele sempre estará presente, pois a sua interiorização se faz carregada de emoção. CONCEPÇÃO DO EU E DO NÃO EU • Na intermediação com os membros da família vai se determinando a concepção do EU e do não EU . • Neste cenário doméstico recebemos uma tira biográfica para ensaiar o papel determinado pela família. • Grupo familiar constitui o cimento mais firme da ordem social, representando a base do sistema social. • A família é instituição criada pelos homens em relação, para responder às necessidades sociais e controlar a conduta de seus membros. • Sem que possam se dar conta, na maior parte dos casos os pais enfatizam comportamentos que acabam determinando diferenças na aquisição da identidade de seus filhos. • A socialização primária cumpre-se, quando estiver cristalizada na consciência, uma relação simétrica entre a realidade objetiva e a subjetiva. • O real fora, corresponde ao real internamente. • A pessoa passa a ser membro efetivo da sociedade, constituindo subjetivamente, uma identidade e uma visão de mundo. Socialização Secundária • Processo de aquisição de funções específicas. • Exige aquisição de vocabulário específico. • Diferentes papéis e condutas na área institucional. • A pessoa transforma-se, integrando o EU que foi, o EU agora e o EU-projetado no futuro. • A nossa biografia depende da integração de uma cadeia de EUS, assumindo os personagens e papéis que irão compondo a nossa história de vida. • O bebê, criança, adolescente, adulto, velho e papéis personagens de filho, estudante, enfermeiro, pai, mãe, paciente, órfão e outros. • Nome, a profissão, a cidade onde nasceu fazem parte de nossa identidade. • Especialmente a FAMÍLIA. CONTATO Dorisdaia C. de Humerez e-mail: dorisdaia.humerez@cofen.gov.br doris_daia@yahoo.com.br Facebook- Dóris Humerez OBRIGADA!!! mailto:dorisdaia.humerez@cofen.gov.br