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FARMÁCIA INTRODUÇÃO A PRÁTICA FARMACÊUTICA (IPF) POSTAGEM 1 ATIVIDADE 1 – RELATÓRIO NOME E RAs DOS INTEGRANTES DO GRUPO UNIP-PARANÁ-PR RESUMO Atualmente, no Brasil, as farmácias são reconhecidas como um dos principais meios de distribuição de medicamentos à população. Isso torna essencial avaliar como os farmacêuticos veem seu papel e as práticas que realizam no local de trabalho. O propósito deste estudo é entender como esses profissionais percebem sua realização e reconhecimento no trabalho, sua satisfação com a remuneração e se consideram mudar de especialidade dentro da farmácia. O estudo também visa compreender o papel da biologia (incluindo Citologia, Histologia e Genética), fisiologia, química, anatomia humana e bioestatística na prática farmacêutica. A pesquisa foi conduzida de setembro a outubro de 2022, consultando fontes como Google Acadêmico, SciELO, CRFMS e a Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, e consistiu na formulação de cinco perguntas objetivas e na realização de entrevistas com dez profissionais atuantes em farmácias. Palavras-chave: “farmácia”, “profissionais farmacêuticos” e “farmácia”. INTRODUÇÃO De acordo com a Instrução Normativa nº 09/2009 da Anvisa, as farmácias são reconhecidas por sua função na venda de itens como medicamentos, ervas medicinais, substâncias de origem vegetal, além de cosméticos, fragrâncias, itens de cuidado pessoal, e equipamentos médicos e de diagnóstico in vitro. Atualmente, no Brasil, as farmácias são vistas como vias essenciais para a distribuição de medicamentos ao público (GARCIA BASTOS; CAETANO, 2010). No contexto profissional, a missão do farmacêutico vai além da gestão de medicamentos, englobando a fabricação, fornecimento e garantia da qualidade. Igualmente importante é a atenção dedicada ao consumidor final dos medicamentos. É crucial que o farmacêutico adote práticas que reforcem a dedicação à prevenção de enfermidades e ao fomento e restabelecimento da saúde (GARCIA BASTOS; CAETANO, 2010). Assim, o papel do farmacêutico como mediador essencial no uso adequado de medicamentos pela população é inegável. No entanto, a introdução da Lei 5.991/73 alterou significativamente o foco desse profissional para atividades comerciais. Esse desenvolvimento contribuiu para a desvalorização da contribuição social da profissão farmacêutica. Com isso, a farmácia transformou-se em mais um estabelecimento comercial, e o farmacêutico foi relegado ao papel de mero empregado, perdendo seu prestígio perante a comunidade (FERREIRA; PETITO, 2014). Os eventos recentes destacam a percepção do farmacêutico como um comerciante de remédios, mas sua função continua sendo de vital importância no suporte aos cuidados adequados com a saúde. É evidente que a realização profissional do farmacêutico deve estar alinhada não apenas com suas aspirações de carreira, mas também com o bem-estar da comunidade que atende. A satisfação do farmacêutico em seu campo de atuação é essencial para desempenhar corretamente suas funções, zelando pela saúde e pelo bem-estar dos pacientes (FERREIRA; PETITO, 2014). O propósito deste estudo é avaliar a percepção dos farmacêuticos em relação à sua satisfação no trabalho, reconhecimento na carreira, contentamento financeiro e interesse em transitar para diferentes áreas da farmácia. Adicionalmente, visa entender o papel fundamental de disciplinas como biologia (incluindo Citologia, Histologia e Genética), fisiologia, química, anatomia humana e bioestatística nas suas práticas profissionais. MATERIAL E MÉTODOS A investigação foi estruturada com 5 perguntas de escolha múltipla, cada uma com 5 opções e contextualizando as práticas farmacêuticas no ambiente laboral. Os temas abordados incluem: satisfação na carreira, reconhecimento profissional, contentamento financeiro e interesse em mudar de área dentro da farmácia. Uma pergunta adicional examinou a visão do farmacêutico sobre a aplicabilidade de áreas como biologia (Citologia/Histologia/Genética), fisiologia, química, anatomia humana e bioestatística no dia a dia profissional. O estudo contou com a participação de 10 farmacêuticos, convidados pessoalmente, que responderam ao questionário impresso em pranchetas. Os participantes foram selecionados com base em suas especialidades, focando em farmacêuticos de grandes redes de drogarias, como Droga Raia, Farmácias Mini Preço e Farmácias São João. A pesquisa foi realizada nos meses de março e abril de 2024. QUESTIONÁRIO 1) “Atualmente, a crescente preocupação com os cuidados para prevenir e retardar os efeitos do envelhecimento da pele, fez com que as indústrias farmacêutica e cosmética se dedicassem à investigação de compostos e produtos antienvelhecimento. A procura de produtos inovadores, naturais, eficazes e seguros tem fomentado o estudo de inúmeros fitoquímicos quanto às suas propriedades antienvelhecimento” (CALAMOTE, 2022). Dessa forma, ao se deparar com uma situação envolvendo os cuidados com a pele em que poderiam ser apresentadas diferentes formas farmacêuticas ao(à) paciente como creme, pomada, loção, gel, entre outros, qual das disciplinas abaixo elencadas confeririam informações mais relevantes na escolha da forma farmacêutica ideal para os cuidados com a pele para aplicação cutânea, dentro do contexto apresentado? (A) Biologia (Citologia/Histologia/Genética) (B) Fisiologia Geral (C) Química Geral (D) Anatomia Humana (E) Bioestatística 2) O artigo ‘‘Atuação profissional dos farmacêuticos no Brasil: perfil sociodemográfico e dinâmica de trabalho em farmácias e drogarias privadas’’ destaca a posição estratégica do farmacêutico em estabelecimentos de saúde e seu papel privilegiado na promoção do uso racional de medicamentos. No entanto, aponta também para os desafios enfrentados pelos profissionais, como a expansão do comércio varejista de medicamentos que pode limitar suas atribuições clínicas. Diante desse cenário, como você, farmacêutico atuante em drogarias, percebe o reconhecimento de sua profissão? (A) Totalmente Reconhecido: Sinto que minha profissão é altamente valorizada, tanto pela comunidade quanto pela gestão da drogaria, e isso reflete positivamente na minha prática diária. (B) Bem Reconhecido: Há um bom nível de apreciação pelo meu trabalho, embora haja espaço para maior reconhecimento das minhas contribuições clínicas. (C) Moderadamente Reconhecido: Enquanto algumas das minhas funções são reconhecidas, outras, especialmente as clínicas, poderiam ser mais valorizadas. (D) Pouco Reconhecido: Frequentemente sinto que as habilidades e conhecimentos que ofereço não são devidamente reconhecidos, o que pode ser desmotivador. (E) Não Reconhecido: Sinto uma falta significativa de reconhecimento pelo meu trabalho, o que me leva a considerar outras oportunidades onde minha contribuição possa ser mais valorizada. 3) Para que uma farmácia ou drogaria ofereça serviços farmacêuticos, é necessário obter autorização da vigilância sanitária e incluir os serviços licenciados na Licença de Funcionamento. De acordo com a RDC nº 44/09, as atividades autorizadas incluem: perfuração do lóbulo auricular para brincos, atendimento farmacêutico em domicílio, medição de parâmetros fisiológicos como temperatura e pressão arterial, medição de glicemia capilar e aplicação de medicamentos. Serviços fora do escopo da RDC nº 44/09 são proibidos. Após o atendimento, deve-se fornecer ao cliente uma Declaração de Serviço Farmacêutico. Essas interações entre farmácias, drogarias e clientes promovem um vínculo e cuidado entre o profissional e o paciente, o que pode contribuir para a satisfação do profissional em sua área de atuação. Considerando isso, qual seria o seu nível de satisfação profissional? (A) Plenamente satisfeito (a). (B) Satisfeito (a). (C) Parcialmente satisfeito (a). (D) Ligeiramente insatisfeito (a). (E) Completamente insatisfeito (a). 4) Um estudo realizado pelo Centro Universitário de Jales - UNIJALES, intitulado ‘A Satisfação do Profissional FarmacêuticoAtuantes em Farmácias e Drogarias do Noroeste Paulista e Triângulo Mineiro’, revelou que 32% dos farmacêuticos entrevistados estão insatisfeitos com o salário em relação à sua capacidade profissional e esforços, e 44% se consideram insatisfeitos com o salário em comparação ao custo de vida. Com base nesses dados, como você avalia seu nível de satisfação financeira trabalhando em drogarias? (A) Satisfeito (a). (B) Parcialmente satisfeito (a). (C) Totalmente satisfeito (a). (D) Pouco satisfeito (a). (E) Insatisfeito (a). 5) Fagundes, Costa e Moreira (2017) destacam que a sobrecarga de trabalho pode ter múltiplas consequências negativas para a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Entre os efeitos adversos estão o cansaço emocional, a falta de satisfação com o trabalho realizado, a deterioração da qualidade de vida no ambiente laboral e os problemas que surgem na conciliação entre as responsabilidades profissionais e a vida familiar. Além disso, ressaltam que a exaustão contínua, a ausência de oportunidades de crescimento, sentimentos de frustração, ansiedade, depressão, medo, falta de motivação e o excesso de tarefas podem ser danosos para os profissionais de saúde, afetando de forma negativa suas atitudes e comportamentos no trabalho. Um artigo publicado na revista ‘Saúde e Sociedade’ discute o perfil sociodemográfico e a dinâmica de trabalho dos farmacêuticos em farmácias e drogarias privadas no Brasil. O estudo, que analisou as concepções e práticas dos farmacêuticos sobre a comercialização da contracepção de emergência, também abordou as mudanças na atuação profissional desses farmacêuticos, destacando os desafios do ambiente de trabalho e a necessidade de atualização profissional. Com base nesse contexto, como você, enquanto farmacêutico atuante em drogarias, avalia a possibilidade de mudar de área de atuação? (A) Estou satisfeito com a drogaria; ela atende às minhas exigências e não tenho intenções de mudar de campo profissional no momento. (B) Estou razoavelmente satisfeito. Embora a drogaria atenda às minhas necessidades básicas, estou considerando a possibilidade de explorar outras áreas profissionais no futuro. (C) Estou completamente satisfeito e não tenho planos de deixar a drogaria. (D) Estou insatisfeito em certa medida. A drogaria não atende a todas as minhas necessidades, o que me leva a considerar a mudança para outra área profissional futuramente. (E) Estou insatisfeito e planejo deixar a drogaria. REFERÊNCIAS: ANVISA, INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Nº 9, DE 17 DE AGOSTO DE 2009. Disponível em: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Qwo7Qzwt7KkJ:https://www.cff.org.br/userfiles/file/noticias/in9_170809.pdf&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em: 01/04/2024. Bastos, Cláudia Regina Garcia e Caetano, Rosângela. As percepções dos farmacêuticos sobre seu trabalho nas farmácias comunitárias em uma região do estado do Rio de Janeiro. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2010, v. 15, suppl 3 [Acessado 25 de Setembro 2022], pp. 3541-3550. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000900029>. Epub 19 Nov 2010. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000900029. Acesso em: 03/04/2024. COSTA, Alexandro Moraes da et al. ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA FARMÁCIA COMERCIAL. Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE, 2021. Disponível em: https://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:W1eKXbnkEUoJ:scholar.google.com/&hl=pt-PT&as_sdt=0,5. Acesso em: 05/04/2024. Fagundes, E. deF., Costa, J. C. da & Moreira, T. A. S. (2017). Qualidade de Vida no Trabalho: o caso dos agentes penitenciários em um Centro de Detenção Provisória do Rio Grande do Norte. Research, Society and Development, [S. l.], 5(2), 109-123. 10.17648/rsd-v5i2.101. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/327300163_Qualidade_de_Vida_no_Trabalho_o_caso_dos_agentes_penitenciarios_em_um_Centro_de_Detencao_Provisoria_do_Rio_Grande_do_Norte. Acesso em: 06/04/2024. FERREIRA, M. S. G. & Anderson, M. I. P. (2020). Sobrecarga de trabalho e estresse. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 15(42), 2188- 2188. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2188. Acesso em: 06/04/2024. FERREIRA, Ráylla Arianne; PETITO, Guilherme. 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Atuação profissional dos farmacêuticos no Brasil: perfil sociodemográfico e dinâmica de trabalho em farmácias e drogarias privadas. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12902017000002. Acesso em: 07/04/2024. image1.png