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Cirurgia oral em pacientes pediadrico

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08/11/2016
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Prof.ª Esp. Jéssica Sousa
� O processo pré-operatório envolve diagnóstico, 
exames laboratoriais (se necessários), 
desenvolvimentos motor, psicológico e somático 
da criança.
� O processo transoperatório envolve as estratégias 
para superar as inadequações comportamentais, a 
anestesia e o ato cirúrgico em si.
� O processo pós-operatório estabelece os cuidados 
peculiares a cada intervenção cirúrgica e eventuais 
necessidades de terapêutica medicamentosa.
� O prévio conhecimento do nível de cooperação 
do paciente orienta o preparo adequado do 
consultório. 
� Deixar todo instrumental e material separados 
de acordo com a proposta de tratamento para 
aquela consulta.
� Instrumentais utilizado para o procedimento 
cirúrgico.
O pós-operatório para as técnicas 
cirúrgicas realizadas nessas faixa etária 
geralmente é indolor, sendo facultativa a 
prescrição de analgésico. Porém , para 
crianças que sofreram traumatismo 
seguido de exodontia indicamos a 
utilização de anti-inflamatórios. 
ÉPULIS
� O épulis caracteriza-se por uma lesão 
submucosa exofítica benigna. Localiza-se na 
região anterior da gengiva, frequente mente na 
maxila.
� É um tumor celular gengival granular, presente 
ao nascimento, em especial no sexo feminino. 
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ÉPULIS
� Pode eventualmente estar ulcerado, promover 
um quadro sintomático e comprometer a 
amamentação. 
� A técnica cirúrgica é do tipo biópsia excisional, 
restrita ao épilus, não ocorrendo recidiva. 
Cisto/Hematoma de erupção
� A característica dessa lesão expressa 
clinicamente aparência azulada e translúcida, 
produzida por hemorragia interior ao folículo 
de um dente em erupção, cuja coroa dentária 
não consegue romper a mucosa gengival. 
� A terapêutica cirúrgica só é necessária quando 
se prolonga a presença do cisto ou impedindo/ 
dificultando a mastigação da criança. 
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Cisto/Hematoma de erupção
� O procedimento cirúrgico limita-se a uma 
anestesia local infiltrativa. E na remoção dos 
tecidos gengivais que se superpõem à coroa 
dentária, expondo-a.
� Com a exposição coronária do dente em 
erupção, ocorre a drenagem do fluido e a 
consequente fisiologia do processo eruptivo. 
Freio Lingual
� Tática operatória da frenectomia lingual:
1. Anestesia tópica.
2. Anestesia infiltrativa regional dos nervos linguais.
3. Imobilização da língua. 
4. Secciona-se o freio em sua porção mediana com 
uso de bisturi.
5. Com o uso de uma tesoura de ponta romba 
divulciona-se o freio lingual.
6. Sutura-se com pontos isolados.
Freio Lingual
� O Pós-operatório desse processo cirúrgico é 
bastante desconfortável para a criança, em 
função da movimentação da língua. 
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Mucocele
� A mucocele é uma lesão cística benigna, 
oriunda de desordens de glândulas salivares 
menores e seus respectivos ductos.
� Geralmente, essas lesões são encontradas em 
crianças e adultos jovens, e ocorrem devido à 
traumatismo local. 
Mucocele
� Clinicamente, a mucocele apresenta-se como 
uma vesícula circunscrita, de consistência mole, 
cor azulada, translúcida e assintomática. 
� O tratamento preconizado consiste na remoção 
cirúrgica total, por meio de excisões. 
Rânula
� A rânula é uma forma de mucocele que ocorre 
no assoalho bucal associado aos ductos das 
glândulas salivares submandibular ou 
sublingual.
� Clinicamente, apresenta-se como tumefação 
azulada, flutuante, com forma de cúpula no 
soalho da boca. As lesões profundas 
apresentam-se com uma coloração normal. 
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Rânula
� O tratamento da rânula consiste na 
marsupialização (remoção do teto da lesão 
intraoral). 
� Se tratando de pacientes de pouca idade, e da 
dificuldade de se trabalhar nessa região, o 
tratamento proposto é conservador e pouco 
invasivo, realizando, assim, a desobstrução da 
glândula com a ponta de um explorador. 
� Os dentes anteriores superiores decíduo devem 
ser removidos usando-se técnicas similar à 
utilizada para dentes permanentes, ou seja, 
com movimentos de rotação e pendular para 
vestibular. 
� Muito frequentemente, utilizamos o 
instrumento holemback para sindesmotomia e 
subsequente luxação. 
� Para obter êxito na exodontia de molares 
decíduos devemos optar pela utilização de 
fórceps que abracem a porção radicular inicial e 
não a furca desses dentes, e realizar 
movimentos pendulares de vestibular para 
lingual com a finalidade de obter a expansão 
alveolar adequada.
� Há casos que o remanescente radicular não 
puder ser identificado ou removido, deve ser 
mantido, porque um movimento inadequado 
pode causar danos ao elemento permanente.
� Remanescentes radiculares de dentes decíduos 
geralmente são reabsorvidos naturalmente ou, 
então, afloram na cavidade bucal e são 
facilmente removidos.
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� Podemos realizar cuidadosa curetagem 
do alvéolo visando não lesar o germe do 
dente permanente quando for constatada 
a presença de lesão patológica.
As principais indicações de exodontia na infância 
são:
� Quando há presença de dentes natal ou neonatal;
� Supranumerário;
� Dentes com grandes destruições coronárias sem a 
possibilidade de tratamento conservador;
� Traumas; 
� Se o dente for supranumerário, a exodontia 
está indicada. Caso o dente seja da dentição 
decídua, há que se fazer algumas considerações 
antes de qualquer decisão.
� A remoção de dente natal ou neonatal não é 
difícil porque este não apresenta rizogênese 
completa. 
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� Autores citam que a prevalência de 
supranumerários em dentição decídua ocorre 
em menos de 1% da população 90% a 98% dos 
dentes diagnosticados localizavam-se na 
maxila.
� O dente supranumerário pode estar fora 
do alinhamento da arcada causando 
problemas oclusais e estéticos. Nesses 
casos, deve-se considerar a oportunidade 
cirúrgica e realizar sua exodontia, uma 
vez que a remoção precoce pode 
propiciar correção espontânea do mau 
alinhamento.
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� A remoção do dente decíduo, muitas vezes, é o 
tratamento eleito em casos de traumatismos.
� Os autores são unânimes em recomendar, por 
exemplo, a remoção do dente afetado quando 
este for acometido por fratura coronorradicular 
complicada.
� Fraturas coronorradicular com indicação de 
exodontia.
� Nos casos de luxação lateral em que 
houver deslocamento do dente decíduo 
para vestibular e a raiz atingir o germe 
do permanente, mesmo que não tenha 
ocorrido fratura da coroa clínica, a 
exodontia está indicada. 
� Nos poucos casos em que a raiz se deslocar 
para palatino, atingindo o germe dentário 
permanente, estará indicada a exodontia.
� Nesse caso, nunca se utilizam alavancas para 
luxar o dente decíduo, pois poderia promover 
lesões no germe dentário. Utiliza-se apenas 
fórceps com movimentos axial, tracionando-se 
o dente para fora do alvéolo.
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� Deve ser avaliada a possibilidade de restauração 
estética funcional em dentes decíduos que 
apresentem destruições coronárias extensas por 
cárie antes de se optar pela exodontia.
� Porém, em casos nos quais o terço radicular 
cervical de dentes anteriores e da região de furca 
em dentes posteriores estiverem comprometidos 
por cárie, devemos proceder a exodontia.

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