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Patologia Buco-dental: Ameloblastoma INTRODUÇÃO: O ameloblastoma é um tumor de tecido do órgão do esmalte, que não sofre diferenciação a ponto de formar esmalte, benigno e de origem ectodérmica. Apesar de ser considerado um tumor benigno, seu comportamento clínico pode ser considerado entre benigno e maligno. Crescimento lento, mas persistente, e infiltração nos tecidos adjacentes são algumas características deste tumor. Origem: ● Células da camada basal da mucosa oral; ● Remanescentes do órgão do esmalte; ● Revestimento epitelial de um cisto odontogênico. Características: ● Sua ocorrência se dá predominantemente entre a 4ª e 5ª décadas de vida; ● Em média, 80% dos casos atingem a mandíbula: 70% região dos molares e ramo ascendente. ● Expansão cortical lingual e bucal; ● Reabsorção das raízes dos dentes adjacentes ao tumor. ● Imagem radiolúcida (radiotransparente) uni ou multilocular; ● Associação com terceiros molares não-erupcionados. CLASSIFICAÇÃO: ● Sólido oumulticístico (86%); ● Unicístico (13%); ● Periférico (1%). Multicístico: ● Progressão lenta e assintomática; ● Benigno, localmente agressivo e invasivo; ● Altas taxas de recidiva; ● Frequência maior em negros; ● Tratados com simples enucleação seguida de curetagem até a ressecção em bloco. Imagem radiológica do ameloblastoma convencional. Nessa figura observamos lóculos pequenos, lembrando padrão de “favos de mel”, e outros maiores, semelhantes a bolhas de sabão. Exame radiográfico: lesão que se estendia da região de ângulo mandibular esquerda à região de corpo da mandíbula direito O ameloblastoma multicístico ainda possui seus subtipos histológicos: ● Ameloblastoma folicular: apresenta um padrão de crescimento mais organizado em estruturas semelhantes a folículos; Ilhas de epitélio lembram o epitélio reduzido do órgão do esmalte/estroma fibroso. Resumo por Jhennifer Gonçalves Viana | Graduanda de Odontologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2024 | Jequié — Ba ● Ameloblastoma plexiforme: disposição das células tumorais em um padrão ramificado, semelhante a um plexo. Aglomerado de placas de epitélio com células colunares na periferia. Cordões ou placas de células epiteliais anastomosados, distribuídos em um estroma frouxo. ● Ameloblastoma acantomatoso: células do epitélio que crescem para dentro da cavidade cística, proliferação benigna. ● Ameloblastoma de células granulares: células epiteliais exibem citoplasma abundante com granulações eosinofílicas. ● Ameloblastoma de células basais: apresenta uma proliferação de células basais, com pouca ou nenhuma formação de pseudocistos. Células cúbicas e não colunares na periferia. ● Ameloblastoma desmoplásico: há uma abundância de tecido fibroso desmoplásico intercalado com ilhas de epitélio odontogênico. Ilhas de epitélio num estroma colágeno denso. Resumo por Jhennifer Gonçalves Viana | Graduanda de Odontologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2024 | Jequié — Ba Unicístico: ● Responsáveis por 10% a 15% de todos os ameloblastomas intraósseos; ● Faixa etária mais precoce: 2ª a 3ª década de vida; ● Localiza-se, em especial, na região posterior de mandíbula; ● As lesões são frequentemente assintomáticas, apesar de grandes lesões poderem causar um aumento de volume indolor nos ossos gnáticos; ● Exame radiológico: observaremos imagem radiolúcida/hipodensa, unilocular, com limites bem definidos, que, frequentemente, é associada a dente incluso. Ameloblastoma unicístico do tipo luminal: as células basais serão colunares altas em paliçada com inversão de polaridade e hipercromatismo. Ameloblastoma unicístico do tipo mural: invasão da cápsula por lençóis de células neoplásicas (infiltração de estroma); essa invasão pode comprometer toda a espessura da cápsula, aumentando as chances de recidiva. Ameloblastoma unicístico do tipo intraluminal: há formação de projeções epiteliais para o interior da cavidade. SINAIS DE RELEVÂNCIA PARA O DENTISTA: ● Reabsorções radiculares irregulares e localizadas; ● Alterações da densidade óssea alveolar; ● Alargamento do espaço periodontal localizado; ● Mobilidade dentária acentuada; ● Parestesia. PRINCIPAIS SINTOMAS NO PACIENTE: ● Inchaço na mandíbula, que não dói; ● Hemorragia na boca; ● Deslocamento de alguns dentes; ● Dificuldade para movimentar a boca; ● Sensação de formigamento no rosto. TÉCNICAS CIRÚRGICAS: ★ Curetagem: é a raspagem cirúrgica da parede da cavidade em tecido duro ou mole para remover o conteúdo, preservando a continuidade óssea. ★ Enucleação: é a separação da estrutura patológica com a continuidade óssea, em virtude da restrição da lesão num envoltório de tecido conjuntivo de origem ou circunscrita pelo osso circunjacente. ★ Ressecção Marginal: é a remoção cirúrgica de um tumor intacto com uma margem de osso sadio, deixando estrutura de sustentação para o remanescente ósseo; ★ Ressecção Segmentar: é a remoção cirúrgica de um segmento da maxila ou mandíbula sem manter a continuidade óssea. Resumo por Jhennifer Gonçalves Viana | Graduanda de Odontologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2024 | Jequié — Ba Resumo por Jhennifer Gonçalves Viana | Graduanda de Odontologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2024 | Jequié — Ba
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