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Patologia-6

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- Patologia: ciência que estuda os mecanismos que 
as produzem, os locais onde ocorrem as alterações 
morfológicas e funcionais que se apresentam 
- Saúde: sentimento de bem estar no meio 
socioeconômico, social, ambiental... 
- Sintoma: o que o paciente sente na doença; não 
tem como mensurar; é subjetivo 
- Sinal: é objetivo e observável; é mensurável; 
presente na doença 
- Etiologia: genética, fatores ambientais, consumo 
de determinadas substâncias 
- Patogênese: estudo o mecanismo de atuação do 
fator etiológico 
- Anatomia patológica: origem da lesão/ início da 
lesão 
- Fisiopatologia: estudo do mal funcionamento 
Injúrias físicas e químicas: 
→ Lesões fundamentais: 
- Denominação clínica dada as alterações teciduais 
Solução de continuidade: 
- São aquelas que apresentam perda de tecido 
epitelial 
Erosão; úlcera; fissura; sulco; 
- Diferem entre si pela profundidade envolvida e 
sua forma 
Aumentos de volume: 
- São intumescimentos teciduais projetados para o 
observador 
Pápula; nódulos; vesículas; bolhas 
- Diferem entre si pelo conteúdo e dimensão da 
lesão 
Alterações de cor e expessura: 
- São modificações exógenas/ endógenas que 
alteram a cor tecidual 
Manchas (máculas); placa; membrana 
 
 
 
- Diferem entre si pela espessura e cor 
→ Aumentos de volume: 
 
 
- Pápula: conteúdo sólido 
< que 3 mm 
 
- Nódulo: conteúdo sólido 
> que 3 mm 
 
- Vesícula: conteúdo líquido 
< que 3 mm 
 
 
Patologia bucal 
- Bolha: conteúdo líquido 
> que 3 mm 
 
→ Aumento de espessura e cor: 
- Placa: 
- Aumento da espessura do tecido (extensão maior 
que altura da lesão) 
- Não cede à raspagem 
- Lesão fundamental que surge em decorrência de 
fatores físicos, químicos... 
- É uma lesão plana e pouco elevada. Sua altura é 
pequena em relação à extensão. 
- É uma lesão em que ocorre um espessamento de 
tecido, o que representa clinicamente a elevação. 
 
 
 
 
 
 
 
- Mancha: 
- Alterações de cor tecidual, sem aumento da 
espessura 
 
 
- Membrana: 
- Tecido que se destaca frente à raspagem 
- Tecido que se encontra aderido a uma região 
 
 
→ Solução de continuidade ou perda epitelial: 
 
 
- Erosão: 
- Perda superficial do epitélio sem exposição do 
tecido conjuntivo 
 
 
- Úlcera: 
- Perda de epitélio com perda do tecido conjuntivo 
 
 
 
 
- Erosão e úlceras são lesões características pela 
perda de tecido, lesões deprimidas. Também 
são lesões fundamentais. A diferença entre elas 
está na quantidade de tecido que se perde 
(tecido epitelial) 
- Sulco: 
- Perda superficial do epitélio sem exposição do 
conjuntivo 
 
- Fissura: 
- Perda retilínea de epitélio com exposição do 
conjuntivo/ úlcera retilínea/ maior profundidade do 
que extensão 
 
- Aspecto clínico: sintomatologia, duração, 
consistência a palpação, bordas, forma, tamanho, 
cor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Injúrias físicas: 
 
- Linha alba: 
- Normalmente se apresenta como uma elevação 
linear bilateral assintomática 
- Bilateral em mucosa julgal 
- Segue o formato da oclusão dos dentes 
- Conseguimos diagnosticar através do exame 
clínico 
- Tratamento: trabalhar estresse → fator causal 
(não morder mais) 
- Hiperqueratinizações 
- Morsicatio linguarum 
- Relacionado com trauma mecânico (coroa 
dentária, restauração) 
- Aspecto clínico: 
- Apresenta-se como uma elevação linear, bilateral, 
assintomática, de coloração levemente 
esbranquiçada e localizada na altura da linha, de 
superfície rugosa oclusal dos dentes. Tem 
consistência normal à palpação. O diagnóstico é 
clínico. 
* Leucoplasia pilosa (ausência de fatores 
traumáticos, bilateral, em mucosa julgal → solicitar 
teste de HIV (epistembar ativado) condição viral 
- Manifesta-se clinicamente como uma placa 
branca, caracteristicamente não removível através 
de raspagem, com localização preferencial nas 
bordas laterais da língua, podendo ser uni- ou 
bilateral. A superfície pode apresentar-se plana, 
corrugada ou pilosa 
- Os pacientes soropositivos para o HIV constituem 
o grupo de predileção, sendo rara em crianças e 
adolescentes 
- Aspecto histopatológico: 
 
 
- É caracterizado por hiperceratose, paraceratose, 
acantose, papilomatose, presença de células 
balonizadas com alterações nucleares na camada 
espinhosa, discreto infiltrado inflamatório intra-
epitelial e no tecido conjuntivo subjacente que, 
freqüentemente, está associado à presença de 
candidíase 
 
- Úlcera por mordida: 
- Atrito por dentes tocando na mucosa julgal 
- Com borda esbranquiçada 
- Origem traumática 
- Úlcera por fratura coronária: 
- Restauração desadaptada, dente com borda 
cortante 
- Fibrinopurulenta: pseudomembrana do material 
necrótico 
- Queimadura térmica: 
- Temperaturas muito altas ou muito baixas 
- Injúrias químicas: 
- Queimadura por ácido acetilsalicílico: 
- Leucodema (edema branco) → distender a 
mucosa do paciente, por baixo rosa (na mucosa) 
- Queimadura por peróxido de hidrogênio 
- Queimadura por clareamento dental 
 
Injúrias físicas e químicas 
- Tratamento de queimaduras químicas: prevenção 
a exposição, solução sem/com cicatriz, 
desbridamento (raro) 
- Aspecto clínico: 
- Clinicamente, a mucosa afetada apresenta-se 
recoberta por uma membrana branca resultante de 
necrose. O epitélio necrosado pode ser facilmente 
removido, resultando em uma superfície 
avermelhada e sangrante. As lesões são dolorosas. 
O diagnóstico baseia-se nas características clínicas 
e na história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Adaptações celulares x Neoplasias 
* Adaptações celulares: 
- Resposta a estímulos fisiológicos alterados e a 
estímulos novos não letais 
- Hiperplasia/ Hipoplasia (alteração na taxa de 
divisão celular) 
- Hipertrofia/ Hipotrofia (alteração no volume 
celular) 
- Displasia (alteração no crescimento e 
diferenciação celular) 
- Metaplasia (alteração na diferenciação celular) 
* Neoplasias: 
- Respostas independente de estímulos 
- Neoplasia benignas 
- Neoplasia malignas 
→ Processos proliferativos não neoplásicos 
- Lesões reacionais; aumento dos tecidos moles da 
boca ou tumores dos tecidos moles 
Definição: lesões proliferativas, basicamente de 
natureza inflamatória, sem características 
histológicas neoplásicas 
→ Hiperplasias 
- Fibrosas 
- Papilomatosa 
→ Granuloma piogênico 
- Gravídico 
- Epúlide granulomatosa 
→ Lesão de células gigantes 
- Periférica 
- Central 
→ Fibroma ossificante periférico 
 
 
 
Hiperplasia fibrosa focal: 
 
- Sinonímias: fibroma; fibroma de irritação; 
fibroma traumático; nódulo fibroso 
- A Hiperplasia Fibrosa Focal (HFF), também 
conhecida como fibroma, ou fibroma de irritação é 
uma lesão ocasionada por um traumatismo crônico 
de baixa intensidade, ou por estresse e ansiedade 
que leva os pacientes a morder repetidamente na 
região. 
- Aumento de volume mais comum da mucosa oral 
- Localização mais comum: mucosa jugal 
- Tamanho variável 
- Usualmente assintomático 
- Mais comum entre as 4° e 6° décadas de vida 
- Características clínicas: 
- É um nódulo de superfície lisa com forma e 
tamanho variado, com base de implantação séssil 
ou pediculado. Com frequência, apresenta a 
coloração rósea, semelhante à mucosa normal, 
porém a superfície pode se apresentar 
esbranquiçada, em decorrência de hiperqueratose 
ou eritematosa em decorrência de inflamação, ou 
ainda ulcerada com sintomatologia dolorosa. O 
tamanho médio é de 1,5cm, porém pode variar de 
tamanho. 
- Características histopatológicas: 
- Apresenta epitélio pavimentoso, estratificado, 
hiperplásico,ceratinizado, alternando áreas de 
paraqueratose e hiperqueratose. O epitélio 
apresenta atrofia das cristas. Já o tecido conjuntivo 
é fibroso e denso, composto por feixes de fibras de 
colágenas dispostas de forma circular, irradiada ou 
aleatória, entremeados por fibroblastos e pequenos 
vasos sanguíneos. Pode ser observada uma 
Processos proliferativos não neoplásicos 
inflamação difusa, principalmente abaixo da 
superfície epitelial. 
- Diagnóstico diferencial: Lipoma, Neurofibroma, 
Rabdomioma, Leiomioma, Tumores de Glândula 
Salivar Menor, Granuloma Piogênico e Fibroma 
Ossificante Periférico. 
- Tratamento: excisão cirúrgica e eliminação do 
trauma 
 
Hiperplasia fibrosa inflamatória: 
 
- Sinonímias: epúlide fissurada; tumor por lesão de 
dentadura; epúlide por dentadura 
- É uma hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso 
que se desenvolve em associação as bordas de uma 
prótese total ou parcial mal adaptada. 
- Única ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico 
- Localização mais comum: vestíbulo alveolar, 
região anterior 
- Tamanho variável 
- Mais comum na meia idade e em adultos mais 
velhos 
- Comum em pacientes que possui prótese má 
adaptada 
- Mais comum em mulheres 
- Características Clínicas 
- Apresenta-se como uma prega única ou múltipla 
de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar. O 
tecido é firme e fibroso e algumas vezes pode se 
apresentar eritematoso e ulcerado. O tamanho da 
lesão pode variar de poucos milímetros a alguns 
centímetros. Se desenvolve na região vestibular do 
rebordo alveolar, mas também pode aparecer na 
face lingual do rebordo alveolar inferior. Os 
sintomas dependem da intensidade do trauma. 
- Características Histopatológicas: 
- O epitélio da mucosa bucal é do tipo estratificado 
pavimentoso queratinizado, apresenta áreas de 
hiperplasia, acantose, exocitose e espongiose. Pode 
ser observadas áreas de ulceração. O tecido 
conjuntivo é fibroso e apresenta grande quantidade 
de fibras colágenas e um número variável de vasos 
sanguíneos. Em algumas outras áreas o tecido 
conjuntivo pode ser frouxo. O infiltrado 
inflamatório crônico pode variar de moderado a 
intenso e é constituído de células mononucleares 
(linfócitos, macrófagos e plasmócitos). 
- Diagnóstico diferencial: 
- O diagnóstico diferencial das lesões que estão 
localizadas na gengiva inserida inclui: granuloma 
piogênico, fibroma ossificante periférico, lesão 
periférica de células gigantes e neoplasias 
mesenquimais benignas. Quando localizadas em 
outras áreas da mucosa bucal, o diagnóstico 
diferencial deve considerar principalmente as 
neoplasias mesenquimais e glandulares. 
- Tratamento: excisão cirúrgica e eliminação do 
trauma 
 
Hiperplasia papilar inflamatória: 
 
- Sinonímias: papilomatose por dentadura 
- A hiperplasia papilomatosa inflamatória (HPI) é 
definida como um crescimento tecidual reacional 
da mucosa bucal, que usualmente se desenvolve 
por baixo da dentadura. A patogênese exata é 
desconhecida, porém os fatores associados são 
prótese mal adaptada, má higiene da prótese, ou o 
uso diário excessivo da prótese total. 
- Lesão de superfície pedregosa, geralmente 
assintomática 
- Localização mais comum: vestíbulo alveolar, 
região anterior 
- Patogênese incerta: má adaptação da prótese; 
higienização precária e uso interrupto da prótese 
- Pode estar associada à Candida sp. 
- Características clínicas: 
- A HPI é caracterizada por eritema e inflamação 
das áreas de mucosa bucal cobertas pela prótese. A 
mucosa se apresenta com superfície papilar ou 
pedregosa, com múltiplas pápulas ou nódulos 
eritematosos. As projeções podem ser vilosas e 
delgadas, ou arredondadas e rombas e apesar de ser 
uma lesão “assintomática”, muitas estão associadas 
com a sensação de “queimação” na boca por 
dentadura e à candidose e/ou ulceração. A área 
mais envolvida é a abóbada palatina, porém 
também pode ocorrer no rebordo alveolar e palato 
mole com menos frequência. São mais comuns 
entre a terceira e a quinta década de vida. 
- Características Histopatológicas: 
- Em lesões de HPI, os crescimentos papilares na 
superfície da mucosa são cobertos por epitélio 
estratificado pavimentoso queratinizado ou não. 
Áreas de hiperplasia, acantose são observados 
frequentemente no epitélio, porém é possível notar 
em maior aumento microscópico, a presença da 
degeneração hidrópica, exocitose e espongiose. O 
Epitélio envolve um tecido conjuntivo 
hiperplásico, que pode variar entre frouxo, 
edematoso ou densamente colagenizado. Há 
também a presença de um infiltrado de células 
inflamatórias mononucleares, podendo estar 
presentes leucócitos polimorfonucleares. Áreas de 
feixes de fibras colágenas são observados dispersas 
pelo tecido conjuntivo e na submucosa. 
- Diagnóstico diferencial: 
- Granuloma piogênico, fibroma ossificante 
periférico, lipofibroma, neurofibroma, 
rabdomioma, leiomioma, tumores de glândula 
salivar menor. 
- Tratamento: depende do estágio da lesão 
(conservador ou cirúrgico) 
 
 
 
 
 
 
Granuloma Piogênico: 
 
- O Granuloma Piogênico (GP) é uma lesão 
hiperplásica reacional, caracterizado pela 
proliferação de células endoteliais e pela formação 
de vasos sanguíneos. Sua localização preferencial é 
na gengiva inserida, porém também podem ocorrer 
em dorso de língua, mucosa labial e jugal. Sua 
etiologia geralmente envolve o acúmulo de 
biofilme e cálculo, para lesões em gengiva, ou 
trauma, para lesões em outros locais. O estímulo 
inflamatório leva a angiogênese. 
- Características clínicas: 
- Apresenta-se como pápula ou nódulo de 
superfície lisa ou lobulada, de base séssil ou 
pediculada, superfície ulcerada (ou não), de 
coloração que varia do rosa ao vermelho ou roxo, 
dependendo do tempo da lesão. Crescimento 
indolor e rápido. Apresenta grande vascularização, 
podendo sangrar facilmente. Cerca de 75% se 
apresentam na gengiva, sendo mais comum na 
região vestibular na área dos dentes 
anterossuperiores. Outras localizações mais 
comuns são: lábios, língua e mucosa jugal. 
Frequentemente acomete crianças e jovens, com 
predileção ao sexo feminino. 
- Reação tecidual à irritação local 
- Assintomática, altamente vascularizada e de 
tamanho variável 
- Massa plana ou lobulada, usualmente pediculada, 
rosa → vermelho ou roxo 
- Localização mais comum: gengiva (75% dos 
casos), podendo se estender entre os dentes 
- Características histopatológicas: 
- Ao exame microscópico o epitélio é estratificado, 
pavimentoso e pode exibir hiperplasia, acantose, 
atrofia, exocitose leucocitária e ulceração, sendo 
esta última recoberta por membrana 
fibrinopurulenta. No tecido conjuntivo fibroso 
nota-se numerosas células endoteliais, por vezes 
dispostas em padrão lobular, formando espaços 
vasculares de tamanho e formato variados. Alguns 
vasos estão congestos (obliterados por hemácias). 
O infiltrado inflamatório é misto (agudo e crônico) 
e de intensidade variável, com presença de 
neutrófilos, linfócitos, macrófagos e alguns 
plasmócitos. 
- As células da inflamação aguda 
(polimorfonucleares) estão localizadas mais 
próximas a superfície da úlcera e as células da 
inflamação crônica (mononucleares) são 
encontradas permeando as células endoteliais e em 
áreas mais profundas. Lesões antigas podem ter 
áreas com aparência mais fibrosa. 
- Diagnóstico diferencial: 
- Os principais DDs do granuloma piogênico em 
gengiva são: lesão periférica de células gigantes, 
hiperplasia fibrosa, fibroma ossificante periférico e 
neoplasias mesenquimais benignas. Lesões 
vasculares benignas e neoplasias malignas também 
- Tratamento: remoção do agente irritativo e 
excisão cirúrgica 
 
Lesão Periférica de Células Gigantes: 
 
- Sinonímias: granuloma periférico ou epúlide 
periférica de células gigantes 
- A lesão periférica de células gigantes (LPCG) se 
caracteriza por um crescimentosemelhante a um 
tumor, seu aparecimento na cavidade bucal é 
comum. É uma lesão hiperplásica reacional 
ocasionada por agentes traumáticos ou irritantes 
locais. Apresenta numerosas células gigantes 
multinucleadas permeadas por células 
mononucleares. 
- Reação tecidual à irritação ou trauma local 
- Massa nodular, vermelha ou vermelho-azulada, 
que geralmente menores de diâmetro. Séssil ou 
pediculada 
- Localização exclusiva: gengiva ou rebordo 
alveolar edêntulo. Mandíbula 
- Pico de prevalência entre 5° e 6° década de vida 
- Ocasionalmente pode ser observada reabsorção 
em forma de taça 
- Características clínicas: 
- Apresenta-se como pápula ou nódulo de 
coloração que varia do vermelho ao 
vermelhoazulado, possui menos de 2 cm de 
diâmetro, pode ser séssil ou pediculada e em alguns 
casos apresentam ulcerações. É exclusiva da 
gengiva ou rebordo alveolar edêntulo. Desenvolve-
se nas regiões anterior e posterior da gengiva ou da 
mucosa alveolar, sendo a mandíbula ligeiramente 
mais afetada que a maxila. 
- Características histopatológicas: 
- A LPCG apresenta proliferação de células 
gigantes multinucleadas em meio a células 
mesenquimais ovoides e fusiformes. As células 
gigantes podem ter poucos ou muitos núcleos, 
sendo eles grandes e vesiculares ou pequenos e 
picnóticos. Frequentemente são observadas áreas 
de hemorragia e depósitos de hemossiderina 
(pigmento férrico resultante da degradação das 
hemácias), além de células inflamatórias 
mononucleares. Ocasionalmente, podem ser 
detectadas áreas de formação óssea. Uma faixa de 
tecido conjuntivo fibroso separa a proliferação de 
células gigantes da mucosa de superfície, também 
estão presentes células inflamatórias agudas e 
crônicas. 
- Diagnóstico diferencial: 
- Os principais diagnósticos diferenciais são 
granuloma piogênico, hiperplasia fibrosa, fibroma 
ossificante periférico e neoplasias mesenquimais 
benignas. Da mesma forma que para o GP, lesões 
vasculares benignas e neoplasias malignas também 
devem ser consideradas no diagnóstico diferencial. 
- Tratamento: excisão cirúrgica abaixo do osso 
subjacente e raspagem dos dentes 
 
 
 
 
Lesão Central de Células Gigantes: 
 
- Sinonímias: granuloma central ou tumor de 
células gigantes 
- Lesão osteolítica dos maxilares: localizada, 
benigna, mas algumas vezes agressiva 
- Lesão não neoplásica, porém reacional a um 
estímulo desconhecido 
- Tem um comportamento parecido com uma 
neoplasia benigna, mas a OMS não considera 
- Proliferação= fibroblastos (células primárias) + 
células gigantes multinucleadas + osso reacional 
- Lesão intra-óssea reativa, com predileção pela 
mandíbula, região anterior 
- Pode ultrapassar a linha média 
- Gênero feminino é mais afetado 
- Acomete mais jovens (<30 a) 
- Assintomático (maioria) 
- Expansões ósseas lentas 
- Gnáticos (quase exclusivamente) 
- Achados radiográficos: lesões radiolúcidas uni ou 
multiloculares, bem delimitados, sem halo cortical 
- Tratamento: curetagem cirúrgica ou terapias 
medicamentais (corticoides; calcitonina) 
 
Fibroma Ossificante Periférico: 
 
- Sinonímias: epúlide fibroide ossificante; fibroma 
periférico com granuloma fibroblástico calcificante 
- O fibroma ossificante periférico (FOP) é 
considerado uma lesão de natureza reacional e não 
neoplásica. Caracteriza-se pela proliferação de 
células mesenquimais, com capacidade de 
deposição de colágeno, matriz óssea e estruturas 
semelhantes ao cemento. Trata-se de uma lesão que 
é originada a partir de células indiferenciadas do 
periósteo ou ligamento periodontal, sendo o 
material mineralizado provavelmente originado 
por essas células. A etiologia do FOP é incerta, 
porém acredita-se que seja em decorrência de 
fatores locais irritantes, como acúmulo de biofilme 
e cálculo dental. 
- Patogênese incerta 
- Produto mineralizado: células do periósteo ou 
ligamento periodontal 
- Localização exclusiva: gengiva, usualmente na 
papila interdental. Região anterior de maxila 
- Massa nodular, pediculada ou séssil, rósea-
vermelho, de tamanho variável 
- Pacientes adolescentes e adultos jovens, do 
gênero feminino 
- Características clínicas: 
- O FOP ocorre exclusivamente na gengiva, 
principalmente na papila interdental e se 
caracteriza por uma pápula ou nódulo, podendo 
apresentar base séssil ou pediculada, de superfície 
lisa, de consistência firme, cor rósea ou 
avermelhada e pode apresentar ulceração com 
sintomatologia dolorosa. É provável que seu 
crescimento se inicie com uma lesão ulcerada, já 
que as lesões mais antigas mostram cicatrização da 
úlcera e superfície íntegra. O FOP acomete mais 
mulheres que homens, ocorre frequentemente em 
adolescentes e adultos jovens, com pico na segunda 
década de vida e predileção para a maxila, 
principalmente na região dos dentes anteriores, não 
afetando os dentes. Usualmente mede 1,5 cm, 
porém conforme registros na literatura, lesões de 6 
a 9 cm já foram examinadas. Radiografias 
periapicais podem mostrar estruturas radiopacas no 
interior da lesão, contribuindo para estruturação 
das hipóteses diagnósticas. Porém para o 
estabelecimento do diagnóstico é fundamental a 
realização de exame anatomopatológico. 
- Características histopatológicas: 
- O FOP apresenta histologicamente um epitélio 
estratificado pavimentoso, que pode apresentar 
hiperplasia, acantose, atrofia, exocitose 
leucocitária e ulceração. Em caso de ulceração do 
epitélio, a superfície é coberta por membrana 
fibrinopurulenta com área subjacente de tecido de 
granulação. No tecido conjuntivo fibroso 
subjacente, observa-se numerosas células 
mesenquimais fusiformes ou ovoides, permeadas 
por trabéculas de osso (imaturo ou lamelar) e 
material mineralizado ovoide e basofílico 
semelhante à cemento ou calcificação distrófica, 
havendo uma combinação destes. O osso é do tipo 
trabeculado e entrelaçado. As calcificações 
distróficas possuem por característica múltiplos 
grânulos, glóbulos e grandes massas irregulares de 
material mineralizado basofílico. 
- Diagnóstico diferencial: 
- Granuloma Piogênico, Hiperplasia Fibrosa, Lesão 
Periférica de Células Gigantes, Neoplasias 
mesenquimais benignas. O exame Radiográfico 
nestes casos pode colaborar nas hipóteses 
diagnósticas! 
- Tratamento: excisão cirúrgica abaixo do osso 
subjacente e raspagem dos dentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Pigmento: qualquer substância que tenha cor 
própria com algum significado 
- Mancha/ mácula → lesões planas, onde temos 
uma alteração de cor 
* Pigmento endógeno: produzido pelo próprio 
organismo (bilirrubina, melanina, hemoglobina...) 
* Pigmento exógeno: tatuagem por amálgama, 
intencionalmente colocados ou por uso de 
medicações e pigmentações por metais pesados 
* Lesões reacionais: Mácula melanótica, 
melanoacantoma, melanose associada ao fumo, 
pigmentação fisiológica, pigmentação pós-
inflamatória 
* Neoplasia benignas: nevo melanocítico 
adquirido, nevo azul 
* Neoplasias malignas: melanoma 
* Pigmentações associadas a condições 
sistêmicas: Doença de Addison, Síndrome de 
Peutzs-Jeghers 
* Pigmentação: deposições de substâncias 
corantes 
- Uso excessivo de algumas vitaminas pode 
modificar a cor da pele 
- Células: 
→ Melanócito 
- Se encontra na camada basal, bulbo piloso e 
bainha folicular externa dos folículos pilosos 
• Eumelanina (verdadeiro pigmento/ negro: 
duração maior) 
• Felmelanina (pigmento mais claro, 
castanhado/ vermelhado) 
→ Aspecto clínico- Mancha ou mácula 
A- Melanina (marrom) 
B- Tatuagem (roxo) → alteração vascular 
C- Inflamação (vermelho vivo) 
D- Vascular (laranja) 
- Biópsia ecisional: remove toda lesão (sem riscos 
de magnilização e pequenas) 
 
 
- Biópsia incisional: remove parte da lesão→ Pigmentações exógenas: 
Tatuagem por Amálgama (argirose 
focal): 
 
- Lesão pigmentada mais comum da boca. 
- Pigmentação exógena. 
- Assintomático 
- Acontece por negligência do dentista, não fez o 
isolamento absoluto 
- Dependendo do tamanho pode aparecer na 
radiografia 
- Características clínicas: 
- Lesão macular, coloração preto azulado e 
acinzentada, geralmente única, bem delimitada, 
formatos variados, medindo 1 a 20 mm em seu 
maior diâmetro, superfície lisa, assintomática 
- Localização: 
- Gengiva, mucosa alveolar, soalho bucal, mucosa 
jugal e palato próximo a regiões restauradas por 
amálgama 
- Características demográficas: 
- Adultos, sem predileção por sexo 
- Conduta: 
- Radiografar o local. Em cerca de 25% dos casos 
se encontram grânulos radiopacos no local. Neste 
caso, o diagnóstico é clínico-radiográfico. Em caso 
de dúvidas, a biópsia deve ser realizada 
- Diagnósticos diferenciais 
Lesões Pigmentadas 
- Mácula melanótica, nevo melanocítico adquirido, 
melanoma 
 
Mácula melanótica: 
 
- No lábio= mácula melanótica melanótica 
- Na gengiva= mácula melanótica oral 
- Lesões únicas 
- Formato regular 
- Mesma coloração (homogênea) 
- Limites precisos 
- A mancha fica na camada basal 
- Benigna. 
- Etiopatogenia desconhecida, mas acredita-se ter 
origem reacional ou genética. 
- Indicadores: hormônios, A.C, radiação solar 
- Estrogênio e progesterona intensifica o aumento 
de melanócitos 
- Características clínicas: 
- Lesão macular, coloração de marrom ao preto, até 
10 mm, superfície lisa, assintomática, bem 
circunscrita, geralmente única, quando múltiplas 
avaliar comprometimento sistêmico 
- Localização: 
- Vermelhão do lábio, gengiva, mucosa jugal e 
palato 
- Características demográficas: 
- Mulheres negras, de 4ª-5ª décadas de vida 
- Conduta: 
- Biópsia em caso de dúvidas, principalmente em 
palato devido a prevalência de melanoma no local 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Melanoma, tatuagem por amálgama, nevo 
melanocítico adquirido, pigmentação 
pósinflamatória 
 
→ Condições sistêmicas associadas à mácula 
melanótica: 
Doença de Addison: 
 
- Hipofunção das suprarrenais: tuberculose 
- Sintomas: Náusea, fraqueza, dor abdominal 
- Sinal: vômito 
- Doença sistêmica decorrente do 
comprometimento da glândula supra-renal, com 
consequente deficiência de produção de 
corticosteroides. A causa primária pode ser 
atribuída a doenças autoimunes, neoplasias, 
infecções, entre outros. 
- Características clínicas: 
- Lesão macular, coloração marrom, difusa, 
múltipla, bilateral, geralmente acompanhada de 
sinais e sintomas como: anorexia, hipotensão 
postural, náuseas, vômitos, fraqueza, dor 
abdominal, perda de peso, constipação e diarreia. 
- Localização: 
- Lábios, gengiva, mucosa jugal, palato duro e 
língua. 
- Conduta: 
- É necessária a identificação da doença de base, 
para realização do tratamento adequado com a 
reposição de corticosteroides. Exames laboratoriais 
podem auxiliar no diagnóstico (ACTH, cortisol 
plasmático e eletrólitos séricos). A pigmentação 
geralmente persiste após o tratamento 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Pigmentação fisiológica, melanose associada ao 
fumo, pigmentação fisiológica, pigmentação 
relacionada a medicamentos, pigmentação por 
metais pesados 
 
Pigmentação fisiológica: 
 
- Pigmentação melanocítica, benigna, comum, 
causada por fatores genéticos e intensificada por 
fatores físicos, químicos, hormonais e idade 
- Características clínicas: 
- Lesão macular, de coloração marrom a preto, 
tamanhos variados, difusas, bilaterais, 
assintomáticas, inócuas, bordas bem definidas, 
simétricas, únicas ou múltiplas 
- Localização: 
- Gengiva inserida (região anterior), mucosa jugal, 
lábios, língua (papilas) e palato 
- Conduta: 
- O diagnóstico é clínico e não há necessidade de 
intervenções cirúrgicas, exceto por queixas 
estéticas 
- Acomete com maior frequência pessoas negras 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Melanose associada ao fumo, pigmentação 
relacionada a medicamentos, pigmentação 
pósinflamatória, pigmentação por metais pesados, 
melanoacantoma, doença de Addison, síndrome de 
Peutz-Jeghers 
Síndrome de Peutez- Jeghers: 
 
- Genética dominante 
- Sinais: presença de máculas → palmas das mãos, 
lábios 
- Crescimentos nodulares no intestino (pólipos 
intestinais) 
- Alta taxa de câncer intestinal 
- Sintoma: dor abdominal ao redor do umbigo 
- Também chamada de síndrome da polipose 
intestinal. Tem origem genética e se caracteriza por 
formação de pólipos intestinais que têm grande 
susceptibilidade à transformação maligna, além de 
maior risco para câncer de mama, tireoide e 
pâncreas. 
- Características clínicas: 
- Lesões maculares, múltiplas, coloração marrom, 
puntiformes (até 1 mm) e uniformes. Em boca 
correspondem a máculas melanóticas 
- Localização: 
- Lábios, região perioral, mucosa jugal, palato duro 
e gengiva. Podem ser encontradas em pele de 
extremidades (planta dos pés e palma das mãos) e 
face 
- Características demográficas: 
- Da primeira infância até jovens. Sem predileção 
por sexo 
- Conduta: 
- Identificação da síndrome para a realização do 
tratamento adequado com o médico 
gastroenterologista. A pigmentação não tem 
potencial de transformação maligna, persiste até a 
idade adulta, diminuindo a intensidade ao longo 
dos anos 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Mácula melanótica, nevo melanocítico adquirido 
e doença de Addison 
Nevo melanocítico adquirido: 
- Neoplasia benigna, melanocítica, incomum, 
oriunda de células névicas 
- Grande maioria na boca: intradérmico 
- Maior frequência em palato duro 
- Características clínicas: 
- Lesão macular, em placa ou papular, arredondada 
ou ovalada, coloração marrom, cinza, preto ou 
amelanótica, geralmente até 10 mm, assintomática, 
bem circunscrito e única 
- Localização: 
- Palato duro, mucosa jugal, vermelhão do lábio e 
gengiva 
- Conduta: 
- Biópsia excisional e exame anatomopatológico 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Tatuagem por amálgama, mácula melanótica, 
melanoma e nevo azul 
 
Nevo Azul: 
 
- Neoplasia benigna, melanocítica, oriunda de 
células névicas. Segundo tipo mais comum de nevo 
intra-bucal, variante do nevo melanocítico 
adquirido. 
- Características clínicas: 
- Lesão macular ou em placa, coloração azulada 
devido a profundidade da pigmentação, superfície 
lisa, assintomática, bem circunscrita, geralmente 
única e pequena 
- Localização: 
- Palato duro 
- Características demográficas: 
- Pacientes com cerca de 40 anos de idade 
- Conduta: 
- Biópsia excisional e exame anatomopatológico 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Nevo melanocítico adquirido, mácula melanótica, 
melanoma 
 
 
Pigmentação relacionada a 
medicamentos: 
- Lesão pode ser melanocítica ou não melanocítica 
causada pelo uso prolongado de medicamentos 
- Características clínicas: 
- Lesão macular, geralmente multifocal, coloração 
marrom a preto azulado, tamanhos variados e 
bordas bem definidas 
- Localização: 
- Palato duro, mucosa alveolar maxilar, língua e 
gengiva inserida 
- Medicamentos: 
- Antimaláricos (pirimetamina, quinacrina, 
quimidina, cloroquina), antimicrobianos 
(tetraciclina, minociclina), anticoncepcionais 
(estrogênio), antifúngicos (cetaconazol), para 
hanseníase (clofazimina), barbitúricos, anti-
neoplásicos (bussulfano, dexorrubicina, mesilato 
de imatinibe), para desordens autoimunes 
(ciclofosfamida), antipsicóticos e anti-histamínicos 
(fenotiazinas), laxantes (fenolftaleína), para AIDS 
(zidovudina) 
- Conduta: 
- Diagnóstico é clínico, biópsia em casos 
duvidosos. Regressão total ou parcial após cessado 
o uso do medicamento 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Melanoma, mácula melanótica, nevo 
melanocítico adquirido, pigmentação fisiológica, 
pigmentação pós-inflamatória, melanose associada 
ao fumo 
Pigmentação relacionadaa metais 
pesados: 
- Não melanocítica, ocorre devido ao nível 
aumentado de metais no sangue. Exames 
laboratoriais podem auxiliar no diagnóstico 
(mineralograma, dosagem de minerais nas 
hemácias ou urina). 
- Características clínicas: 
- Lesão macular linear e difusa, a coloração varia 
de acordo com o tipo de metal, maioria é preta, 
acinzentada e azulada, bem delimitada e bilateral 
- Localização: 
- Gengiva marginal 
- Características demográficas: 
- Aspiração de vapores, medicamentos e água 
contaminada, devido aspectos laborais e/ou 
culturais 
- Conduta: 
- O diagnóstico pode ser clínico. Fator causal deve 
ser identificado. Comprometimento sistêmico 
decorrente da contaminação deve ser avaliado e 
tratado pelo médico (distúrbios mentais, sialorreia, 
náuseas, vômitos, cefaleia, alterações cardíacas, 
dores abdominais e diarreia) 
- Alguns metais: 
- Chumbo, prata, mercúrio, bismuto, arsênico, ouro 
e grafite 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Tatuagem por amálgama, pigmentação 
fisiológica, pigmentação relacionada a 
medicamentos e pigmentação pós-inflamatória 
 
Melanoma: 
 
- Neoplasia maligna, melanocítica, rara e altamente 
agressiva. 
- Características clínicas: 
Estágio inicial: Lesão macular ou em placa, única, 
coloração de marrom a preto, uniforme, 
assintomática, bordas assimétricas e mal definidas 
e crescimento rápido 
Em evolução: Lesão nodular, geralmente única, 
coloração marrom, preto, roxo, avermelhado e 
cinzentado, com ulcerações, sintomatologia 
dolorosa, bordas mal definidas, assimétrica, de 
crescimento rápido e causando mobilidade dentária 
e destruição óssea vista radiograficamente 
- Características demográficas: 
- Homens, de 4ª a 7ª décadas de vida 
- Localização: 
- Predominante em palato duro, podendo acometer 
outras regiões da mucosa bucal 
- Conduta: 
- Biópsia incisional e exame anatomopatológico. O 
tratamento é realizado pelo médico oncologista e 
cirurgião de cabeça e pescoço e consiste em 
remoção cirúrgica com margem de segurança, 
associada à radioterapia e quimioterapia. 
- Diagnósticos diferenciais: 
- Tatuagem por amálgama, mácula melanótica, 
nevo melanocítico adquirido, pigmentação 
fisiológica, sarcoma de Kaposi (neoplasia de 
origem vascular, usualmente vista em pacientes 
HIVpositivos) 
- Diagnósticos diferencias melanoma 
amelanótico: 
Outras lesões malignas, como carcinomas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisto → cavidade patológica revestida por epitélio, 
sustentada por uma cápsula de tecido conjuntivo 
 
 
 
 
 
 
 
- Cápsula (tecido conjuntivo 
- Revestimento epitelial 
- Cavidade cística 
- Cistos odontogênicos → o epitélio vem de restos 
embrionários de epitélios que revestiram o esmalte 
dentário na odontogênese. Com origem incerta 
- São lesões que afetam geralmente ossos, ou 
internamente nos dentes 
 
- Cistos não odontogênicos → o epitélio que 
reveste a cavidade não tem relação com a 
odontogênese. Vem de restos embrionários 
resultantes da construção da face 
 
 
 
* Cistos odontogênicos de desenvolvimento: 
- Etiologia não conhecida 
- Não foi a inflamação o fator de desenvolvimento 
- Traumas que podem levar a formação do cisto 
- Cisto dentígero, cisto de erupção, ceratocisto 
odontogênico, cisto odontogênico 
ortoceratinizado, cisto gengival do recém-nascido, 
cisto gengival do adulto, cisto periodontal lateral, 
cisto odontogênico calcificante, cisto odontogênico 
glandular 
* Cistos odontogênicos inflamatórios: 
- Cisto periapical radicular, cisto residual, cisto da 
bifurcação vestibular 
 
Cisto Dentígero (Folicular): 
 
- Cavidade patológica revestida por epitélio que 
passou pelo processo de odontogênese 
- Separação do folículo pericoronário e a coroa do 
dente 
- Esse é o tipo mais comum de cisto odontogênico 
do desenvolvimento, sendo responsável por cerca 
de 20% de todos os cistos revestidos por epitélio 
nos ossos gnáticos. 
- O cisto dentígero envolve a coroa de um dente 
impactado e se conecta ao dente pela junção 
amelocementária. 
 
Cistos Odontogênicos 
- Patogênese: 
- A patogênese desse cisto é incerta, mas 
aparentemente ele se desenvolve pelo acúmulo de 
fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa 
do dente. 
- Características clínicas: 
- Apesar de o cisto dentígero poder ocorrer em 
associação com qualquer dente impactado, ele 
envolve, mais frequentemente, 3° molares 
inferiores. Outros sítios relativamente frequentes 
incluem os caninos e os 3° molares superiores e os 
2° pré-molares inferiores. 
- Os cistos dentígeros raramente envolvem dentes 
decíduos inclusos. 
- Precisa de um dente incluso 
- Mais frequente em pacientes entre 10 e 30 anos. 
- Mais comum em pacientes do sexo masculino 
- Assintomático 
- Radiograficamente: 
- Radiograficamente, o cisto dentígero mostra 
tipicamente uma área radiolúcida unilocular que 
está associada à coroa de um dente incluso. A lesão 
radiolúcida geralmente apresenta uma margem 
bem definida e frequentemente esclerótica, mas um 
cisto infectado pode mostrar margens pouco 
definidas. 
- Um cisto dentígero de grandes dimensões pode 
passar a impressão de um processo multilocular 
devido à persistência de trabéculas ósseas dentro da 
lesão radiolúcida. 
- Características histopatológicas: 
- Os aspectos histopatológicos incluem cápsula de 
tecido conjuntivo fibroso arranjada frouxamente 
revestida por epitélio com 2 a 4 camadas de células 
achatadas não ceratinizadas e a interface entre o 
epitélio e o tecido conjuntivo é plana. Pequenas 
ilhas ou cordões de restos de epitélio odontogênico 
aparentemente inativos podem estar presentes na 
capsula fibrosa 
- Tratamento: 
- O tratamento usual para o cisto dentígero é a 
cuidadosa enucleação e remoção do dente incluso 
associado. Se a erupção do dente envolvido é 
considerada viável, o dente pode ser mantido no 
local após a remoção parcial da parede do cisto. A 
marsupialização pode ser uma escolha de 
tratamento, em casos de cisto dentígeros grandes, o 
que acarretará na descompressão e redução do 
tamanho do defeito ósseo. 
- Recorrência não é esperada e o prognóstico é bom 
- Sinais e sintomas: 
-Um exame clínico habitualmente revela a falta de 
um dente e, possivelmente, um edema que pode 
causar dor. As características mais importantes 
desta lesão são a capacidade de expansão 
assintomática, o potencial para deslocar ou 
reabsorver dentes adjacentes e também osso. Pode 
causar um atraso na erupção dentária. 
- Complicações: 
- Podem ocorrer complicações como a fractura 
óssea patológica, a perda de dentes permanentes, a 
deformação óssea e o desenvolvimento de um 
carcinoma espinocelular, carcinoma 
mucoepidermóide ou ameloblastoma 
- Diagnósticos diferenciais: 
- O diagnóstico diferencial deve incluir ainda o 
queratocisto odontogénico, o odontoma, o 
cementoma, o fibroma ameloblástico, o granuloma 
central de células gigantes e o ameloblastoma. 
Cisto Dentígero Inflamatório: 
- Dentes: 1° ou 2° molar decíduo (inferior) → mais 
comum em pacientes jovens 
- Área escura radiolúcida, respeitando a junção 
amelocementária da raiz 
- Posicionamento mais central 
- Descobre de forma acidental 
- Tratamento: remoção do dente 
- Assintomático 
- Desconfiamos de crianças que não estão com o 
canino permanente 
- Histologicamente: 
- Epitélio estratificado, células pavimentosas 
superficiais não queratinizadas, interface com 
epitélio conjuntiva plana 
Cisto de Erupção (Hematoma de 
Erupção): 
 
- O cisto se desenvolve como resultado da 
separação do folículo dentário da coroa de um 
dente em erupção que já está posicionado nos 
tecidos moles que recobrem o osso alveolar. 
- O dente está em processo de rompimento 
querendo chegar na cavidade oral 
- Características clínicas: 
- O cisto de erupção surge como um aumento de 
volume de consistência mole, frequentementetranslúcido, na mucosa gengival que recobre a 
coroa de um dente decíduo ou permanente em 
erupção. A maioria dos exemplos é observada em 
crianças com menos de 10 anos de idade. 
- Apesar de esse cisto poder ocorrer em qualquer 
dente em erupção, a lesão é mais comumente 
associada a incisivos centrais decíduos inferiores, a 
1° molares permanentes e a incisivos decíduos 
superiores. 
- O trauma em sua superfície pode resultar em uma 
quantidade considerável de sangue no fluido 
cístico, o que concede uma cor azul a marrom-
arroxeada ao cisto. 
- Essas lesões algumas vezes são denominadas de 
hematoma de erupção. 
- Coloração azulada/arroxeada (podendo também 
ter uma cor semelhante à da mucosa) 
- Pacientes que apresentam uma gengiva mais 
densa, fibrosa, ao realizar o procedimento nesses 
pacientes, se colocar muita força podemos 
conseguir afastar a coroa do dente 
- Remove parte da incisão= Ulectomia 
- Características Histopatológicas: 
- Epitélio fino, delgado, estratificado, pavimentoso, 
cavidade plana, não produz queratina 
- Tratamento: 
- Pode não haver necessidade de tratamento porque 
o cisto geralmente se rompe espontaneamente, 
permitindo a erupção do dente. Se isso não 
acontecer, então a simples excisão do teto do cisto 
geralmente permite a rápida erupção do dente. 
- Diagnóstico diferencial: 
- O diagnóstico diferencial é com hemangioma, 
cisto gengival do recém-nascido e granuloma 
piogênico 
 
Ceratocisto (queratocisto): 
 
- Cisto capaz de produzir queratina 
- Lesão agressiva 
- Deriva de remanescentes da lâmina dentária 
- Mutações que não dão características de neoplasia 
- Região posterior do ramo/ângulo de mandíbula 
- O queratocisto odontogénico pode envolver um 
dente adjacente não erupcionado (queratocisto 
envolvente) e por vezes um dente pode erupcionar 
para a cavidade de um queratocisto (queratocisto 
folicular) 
- Os queratocistos odontogénicos podem provocar 
reabsorção da cortical óssea e também 
deslocamento dentário e reabsorção radicular, 
embora não tanto como os cistos dentígeros 
- A maioria dos queratocistos são lesões isoladas, 
embora cistos múltiplos também ocorram, 
particularmente na síndrome de carcinomas 
nevóides de células basais (Síndrome de Gorlin). 
- Não necessita de um dente incluso 
- Unilocular ou multilocular 
- Características clínicas: 
- Os ceratocistos odontogênicos podem ser 
encontrados em pacientes com idade variável, 
desde a infância até a velhice, mas cerca de 60% de 
todos os casos são diagnosticados em pessoas entre 
10 e 40 anos. Há uma leve preferência por homens. 
- A mandíbula é acometida em 60% a 80% dos 
casos, com uma marcante tendência para o 
envolvimento do corpo posterior e do ramo da 
mandíbula 
- Radiograficamente: 
- Os ceratocistos odontogênicos exibem uma área 
radiolúcida, com margens escleróticas 
frequentemente bem definidas. Lesões grandes, 
particularmente no corpo posterior e no ramo da 
mandíbula, podem se apresentar multiloculadas 
- Características histopatológicas: 
- É caracterizado por uma fina cápsula fibrosa e 
revestimento de epitélio escamoso estratificado 
queratinizado, habitualmente com uma espessura 
de 5 a 8 células e, geralmente, sem cristas 
interpapilares. 
- Histologicamente, na ausência de inflamação, a 
parede é fina. A camada basal de epitélio é 
distintiva e bem definida, composta ou por células 
colunares ou cubóides em paliçada, assemelhando-
se ao epitélio interno de esmalte. Isto porque a 
origem deste epitélio é a lâmina dentária ou porções 
diferenciadas do órgão de esmalte. 
- A queratinização do epitélio é 
predominantemente paraqueratótica, mas são 
observados casos com ortoqueratose. 
- Sinais e sintomas: 
- Tumefacção, dor muitas vezes associada a 
infecção, drenagem intra-oral, parestesia, abcesso, 
celulite e trismus 
- Diagnóstico diferencial: 
- ameloblastoma, cisto dentígero, cisto radicular, 
granuloma central de células gigantes, cisto ósseo 
traumático, cisto de Gorlin, cisto residual e mixoma 
odontogênico. 
- Dente: 3° molar- quando o dente incluso está 
presente 
- Osteotomia → remover a lesão e tirar parte do 
tecido ósseo 
- Núcleos hipercromáticos → alta atividade 
mitótica 
- Queratinização parcial (paraqueratina) 
- Síndrome do carcinoma basal de células menores 
(múltiplos) → alteração do desenvolvimento 
frontal → pupilas mais afastadas 
- Tratamento: 
- Existem diversas actuações cirúrgicas tais como a 
simples enucleação, a enucleação com curetagem, 
a marsupialização (descompressão), a recessão 
óssea e também terapêuticas adjuvantes como 
crioterapia com nitrogénio líquido, electrocautério, 
desbridamento ultra-sónico e solução de Carnoy 
para diminui as recidivas. 
Cistos odontogênicos de origem 
inflamatória: 
- Cárie dentária- necrose pulpar 
- Cisto radicular 
- Cisto residual 
- Restos epiteliais 
Granuloma Periapical x Cisto 
radicular: 
- Radiograficamente, em Granuloma Periapical não 
pode ser diferenciado de um Cisto Periapical 
- Granuloma- presença somente de células 
inflamatórias 
- Cisto Radicular → epitélio pavimentoso, 
estratificado não queratinizado 
- Cisto Periapical → cavidade patológica revestida 
por epitélio 
Granuloma Periapical: 
 
- O termo granuloma periapical refere-se a uma 
massa de tecido de granulação crônica ou 
agudamente inflamado no ápice de um dente 
desvitalizado. 
- Características clínicas: 
- A maioria dos granulomas periapicais é 
assintomática, mas pode desencadear dor ou 
sensibilidade se ocorrer uma exacerbação aguda. 
- O tecido mole sobrejacente ao ápice pode ou não 
estar sensível. 
- Radiograficamente: 
- As áreas radiolúcidas associadas são variáveis, 
podendo ser lesões pequenas, quase 
imperceptíveis, até imagens radiolúcidas 
excedendo 2,0 cm de diâmetro. Os dentes 
acometidos apresentam a perda da lâmina dura 
periapical. A lesão pode ser bem-circunscrita ou 
mal definida e pode ou não apresentar um halo 
radiopaco circundante. 
- Características histopatológicas: 
- Os granulomas periapicais consistem em tecido 
de granulação, circundado por uma cápsula de 
tecido conjuntivo fibroso. O tecido de granulação é 
composto por um infiltrado de linfócitos denso 
variável, que é muitas vezes permeado por 
neutrófilos, plasmócitos, histiócitos e, menos 
frequentemente, mastócitos e eosinófilos. 
- Tratamento: 
- O tratamento endodôntico é eficaz nos casos de 
granuloma periapical, no entanto, em alguns casos, 
só essa abordagem não é suficiente, necessitando 
de uma complementação cirúrgica, a cirurgia 
parendodôntica. 
- Tratamento do canal radicular 
Cisto radicular: 
 
- O cisto radicular é uma patologia que tem origem 
em resíduos epiteliais, nomeadamente nos restos 
epiteliais de Malassez que se encontram no 
ligamento periodontal, como consequência de 
inflamação crónica e geralmente após necrose da 
polpa dentária 
- Desenvolvem-se após uma inflamação da polpa 
atingir a região radicular periapical ou lateral (neste 
último devido a um forâmen pulpar extra ou 
ectópico) e dar origem à formação de um 
granuloma apical ou lateral. 
- Características clínicas: 
- Em geral, os pacientes com cistos periapicais não 
apresentam sintomas, a menos que exista uma 
exacerbação inflamatória aguda. Além disso, se o 
cisto atingir um tamanho grande, podem ser 
observadas tumefação e sensibilidade leve. Com o 
crescimento do cisto, podem ocorrer mobilidade e 
deslocamento dos dentes adjacentes. 
- Características histopatológicas: 
- A maioria dos cistos radiculares é revestida por 
epitélio escamoso estratificado habitualmente não 
queratinizado. A morfologia do epitélio é 
dependente do grau de inflamação e, na presença 
desta, vão ser exibidas cristas interpapilares 
proliferativas. O revestimento epitelial é 
incompleto em algumas secções e o epitélio 
apresenta hiperplasia reactiva e algumadegeneração. Há intenso edema intercelular nos 
cistos jovens e a maioria do infiltrado inflamatório 
é composto por polimorfonucleares, 
particularmente nas áreas de hiperemia 
- Radiograficamente: 
- A maioria dos cistos radiculares surge como uma 
lesão radiolúcida, unilocular com uma forma 
redonda ou elíptica na região periapical e com uma 
fina margem de osso cortical bem definida. 
- Tratamento: 
- O tratamento destas lesões, normalmente, envolve 
extracção ou tratamento endodôntico radical para o 
dente e marsupialização ou enucleação do cisto. 
 
 
 
Cisto do Ducto Nasopalatino: 
 
- Origem embriológica: remanescentes 
embrionários do ducto nasopalatino 
- O cisto do ducto nasopalatino é o cisto não 
odontogênico mais comum da cavidade oral, 
ocorrendo em cerca de 1% da população. Acredita-
se que ele se origine de remanescentes do ducto 
nasopalatino, uma estrutura embrionária que liga a 
cavidade nasal e oral na região do canal incisivo. 
- Características clínicas: 
- O cisto do ducto nasopalatino pode se desenvolver 
praticamente em qualquer idade, porém ele é mais 
comum na quarta a sexta décadas de vida. Apesar 
de ser um cisto do “desenvolvimento”, o cisto do 
ducto nasopalatino é raramente observado durante 
a primeira década de vida. 
- Radiograficamente: 
- As radiografias geralmente demonstram uma 
lesão radiolúcida bem-circunscrita próxima ou na 
linha média da região anterior de maxila, entre os 
ápices dos incisivos centrais. A reabsorção 
radicular é raramente notada. A lesão em geral é 
redonda ou oval, com uma margem esclerótica. 
Alguns cistos podem ter um formato de pera 
invertida, possivelmente devido à resistência das 
raízes dos dentes adjacentes. Outros casos podem 
exibir o formato clássico de coração, como 
resultado da sobreposição da espinha nasal ou pelo 
chanframento causado pelo septo nasal. 
- Pode ser assintomático ou sintomático 
- Sempre situado entre as raízes dos incisivos 
superiores 
- Região anterior do palato 
 
- Características histopatológicas: 
- O epitélio de revestimento dos cistos do ducto 
nasopalatino é variável. Pode ser constituído de: 
• Epitélio escamoso estratificado 
• Epitélio colunar pseudoestratificado 
• Epitélio colunar simples 
• Epitélio cúbico simples 
Frequentemente, mais de um tipo de epitélio é 
encontrado no mesmo cisto. O epitélio escamoso 
estratificado é o mais comum, estando presente em 
três quartos de todos os cistos. O epitélio colunar 
pseudoestratificado tem sido relatado desde um 
terço até três quartos de todos os casos. 
- Células caliciformes e cílios podem ser 
encontrados em associação do epitélio colunar. O 
tipo de epitélio pode estar relacionado com a 
posição vertical do cisto dentro do canal incisivo. 
Cistos que se desenvolvem mais superiormente no 
canal, próximos à cavidade nasal, tendem a 
apresentar epitélio respiratório, enquanto que 
aqueles localizados próximos à cavidade oral 
geralmente exibem epitélio escamoso. 
- Tratamento: 
- Os cistos do ducto nasopalatino são tratados por 
enucleação cirúrgica. A biópsia é recomendada, 
porque a lesão não é diagnosticada por radiográfia 
e existem outras lesões benignas e malignas 
semelhantes ao cisto do ducto nasopalatino. 
 
Cisto Nasolabial: 
 
- Tecido mole 
- Origem embriológica: remanescentes da porção 
anterior e inferior no ducto nasolacrimal ou restos 
epiteliais aprisionados do processo maxilar, nasal 
medial e nasal lateral 
- O cisto nasolabial é um cisto do desenvolvimento 
raro que ocorre no lábio superior, lateral à linha 
média. 
- Características clínicas: 
- O cisto nasolabial apresenta-se como um aumento 
de volume do lábio superior lateral à linha média, 
resultando na elevação da asa do nariz. Muitas 
vezes, o aumento eleva a mucosa do vestíbulo nasal 
e causa apagamento do fundo de vestíbulo. 
Ocasionalmente, esta expansão pode resultar em 
obstrução nasal ou interferir na utilização de uma 
prótese. 
- A dor é rara, exceto quando a lesão está infectada 
secundariamente. 
- Os cistos nasolabiais são observados com maior 
frequência em adultos, com pico de prevalência na 
4° e 5° décadas de vida. Existe uma predileção 
significativa pelo gênero feminino, com relação 
mulheres-homens de 3:1. Aproximadamente 10% 
dos casos relatados são bilaterais. 
- Radiograficamente: 
- Como o cisto nasolabial origina-se nos tecidos 
moles, na maioria dos casos não há alterações 
radiográficas. Ocasionalmente, pode ocorrer 
reabsorção do osso subjacente pela pressão 
exercida pelo cisto. 
- Características histopatológicas: 
- O cisto nasolabial é caracteristicamente revestido 
por epitélio colunar pseudoestratificado, exibindo 
muitas vezes células caliciformes e ciliadas. Áreas 
de epitélio cúbico e metaplasia escamosa não são 
raras. Alterações apócrinas também foram 
relatadas. A parede do cisto é composta de tecido 
conjuntivo fibroso com tecido muscular 
esquelético adjacente. 
- Tratamento: 
- O tratamento de eleição consiste na remoção 
cirúrgica total por acesso intraoral. Como a lesão 
geralmente está próxima ao soalho nasal, muitas 
vezes é necessário retirar uma parte da mucosa 
nasal para garantir a remoção completa da lesão. 
- A recidiva é rara. 
- Diagnóstico diferencial: 
- Inflamações periapicais, furúnculo, cisto do ducto 
nasal opalatino, cisto dermoide, epidermoide e 
ainda tumores de glândulas salivares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ameloblastoma Convencional: 
 
- O ameloblastoma convencional é uma neoplasia 
benigna originada do tecido epitelial odontogênico 
encontrado nos ossos maxilares 
- Características clínicas: 
- Mais comum na região posterior 
- Mandíbula (corpo e ramo) 
- Crescimento lento 
- Assintomático 
- Pico de incidência está na 4° e 5° décadas de vida 
- Adultos 
- Pode ou não está relacionado a um dente incluso- 
3° molar 
- Aumento de volume indolor ou expansão de ossos 
gnáticos 
- Característica histopatológica: 
- Padrão folicular 
- Os ninhos epiteliais consistem em uma região 
central de células angulares arranjadas 
frouxamente, lembrando o retículo estrelado do 
órgão do esmalte 
- O núcleo dessas células está localizado no lado 
oposto a membrana basal (polaridade reversa) 
- Biologicamente agressivo → reabsorve com mais 
intensidade → infiltra 
- Podem surgir: restos de lâmina dentária 
- Órgão do esmalte 
- Revestimento epitelial de cisto odontogênico 
 
 
 
- Células basais da mucosa oral 
- Comum em adultos 
- Radiograficamente: 
- Radiograficamente, tais lesões apresentam 
imagem radiolúcida uni ou multilocular, com 
limites bem definidos. Quando multiloculada, essa 
imagem pode assemelhar-se a “favos de mel” 
(pequenos lóculos) ou “bolhas de sabão” (grandes 
lóculos) 
- Acompanhamento ao longo dos anos obrigatório 
→ 1 a 2 décadas 
- Radiografia (aspecto clínico e microscópico) + 
exame complementar 
- Padrão folicular 
- Polarização invertida das células colunares 
periféricas 
- Região central de células angulares frouxamente, 
lembrando o retículo estrelado de um órgão do 
esmalte 
Ameloblastoma Unicístico: 
 
 
 
 
 
 
- Aspecto radiográfico unilocular 
- Provocam proliferação da cortical óssea e 
reabsorção radicular 
- Região posterior da mandíbula 
- Característica clínica: 
- Mais comum em pacientes jovens, 2° década de 
vida 
Tumores odontogênicos 
- Mandíbula 
- Assintomática 
- Radiograficamente: 
- Imagem radiolúcida circunscrita que envolve a 
coroa de um 3° molar inferior não erupcionado, 
lembrando, clinicamente, um cisto dentígero 
- Característica histopatológica: 
- A lesão consiste em uma parede cística fibrosa 
com um revestimento composto total ou 
parcialmente por epitélio ameloblástico. Tal 
epitélio exibe uma camada basal de células 
colunares ou cúbicascom núcleo hipercromático, 
que apresenta polaridade reversa e vacuolização 
citoplasmática basilar. 
- 2° molar 
- Tratamento: 
- O tratamento dos ameloblastomas, a variante 
uniloculada é menos agressiva, tem baixos índices 
de recidiva, podendo ser tratada através de uma 
cirurgia mais conservadora, enquanto que lesões 
multiloculada deverão receber um tratamento mais 
agressivo através de uma ressecção do tumor com 
margem de segurança e adequada reconstrução 
óssea do segmento 
Tumor Odontogênico Adenomatoide 
(TOA): 
 
 
 
 
- Lembra o epitélio granular 
- Tumor dos “dois terços” 
- Maxila 
- Sexo feminino 
- Região anterior 
- Coroa do dente 
- Impacto → pacientes jovens 
- Canino superior 
- Dente anterior mais comum 
- Origem embriológica: epitélio do órgão do 
esmalte, epitélio reduzido do esmalte, restos de 
Malassez e remanescentes da lâmina dentária 
- Características clínicas: 
- Comum em pacientes jovens- 10 a 19 anos 
- Lençóis de células epiteliais fusiformes 
- Assintomático 
- Lento 
- Forma cápsula 
- Estruturas em rosetas 
- Estruturas semelhantes a ductos 
- Radiograficamente: 
- Lesão radiolúcida circunscrita, unilocular, que 
envolve a coroa do dente não erupcionado, sendo 
mais usual o canino 
- Característica histopatológica: 
- O tumor é composto por células epiteliais 
fusiformes que formam lençóis de volume 
espiralados de células em um estroma fibroso 
escasso. As células epiteliais podem formar 
estruturas semelhantes a rosetas ao redor de um 
espaço central, que pode estar vazio ou conter 
pequena quantidade de material eosinofílico. 
- Removeu- não volta 
Tumor Odontogênico Epitelial 
Calcificante: 
 
- Tumor de Pindborg 
- Adultos de 30 a 50 anos de idade 
- Origem embriológica: pode ser restos epiteliais da 
lâmina dentária ou do estrato intermediário do 
órgão do esmalte 
- Geralmente tem dente incluso 
- Lesão pode ser unilocular ou multilocular 
- Bem definidas 
- Geralmente envolvido com um dente impacto 
- Radiograficamente: 
- Exibe uma imagem radiolúcida uni ou 
multilocular, com um padrão unilocular encontrado 
mais comumente na maxila 
- A lesão pode ser inteiramente radiolúcida, porém 
o defeito das estruturas calcificadas de tamanhos e 
densidades variados em geral são encontrados 
- “flocos de neve” 
- Característica histopatológica: 
- Apresenta discretas ilhas em um estroma fibroso. 
Os contornos celulares das células epiteliais são 
distintos e é possível observar as pontes 
intercelulares. O núcleo mostra variação e núcleos 
gigantes 
- Grandes áreas de material extracelular amorfo, 
eosinofílico, hialinizado também estão presentes 
- Aspecto cribriforme 
- Tratamento: remoção 
- Volta mínima 
- Calcificação 
- Células epiteliais poliédricas 
- Pontes intercelulares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mixoma odontogênico: 
 
- 2° a 3° lugar de ocorrência 
- Origem: ectomesenquimal 
- É uma lesão benigna que mimetiza 
microscopicamente a polpa dentária ou o tecido 
conjuntivo folicular 
- Características clínicas: 
- Adultos jovens- 30 a 40 anos 
- Aparece em qualquer região da mandíbula e da 
maxila 
- Assintomático 
- Expansão indolor do osso 
- Crescimento infiltrativo 
- Aparência frouxa- remetendo a papila dentária 
- Produz muita substância fundamental, como o 
ácido hialurônico, refletindo assim no seu 
comportamento clínico 
- Padrão de escada, raquete de tênis 
- Pode reabsorver a raiz dentária 
- Radiograficamente: 
- São lesões bem circunscritas e usualmente são 
cercadas por uma margem esclerótica 
- Pode ser unilocular ou multilocular 
- Podem estar associadas à coroa de um dente 
impactado 
 
 
 
 
- Aparece como uma lesão mista radiopaca e 
radiolucente; o fibroma ameloblástico se apresenta 
radiograficamente como uma lesão completamente 
radiolucente 
- Características histológicas: 
- Tecido conjuntivo com aspecto frouxo (mixoide), 
com delicadas fibrilas colágenas, lembrando a 
papila dentária 
- Células de formato ora arredondadas ora 
fusiformes 
- Pequenas ilhas de restos epiteliais odontogênicos 
de aspecto inativo podem ser evidenciadas 
dispersas na substância fundamental mixoide. 
- Tratamento: 
- Pequenos mixomas são tratados, geralmente, 
através de curetagem. Para lesões maiores, 
ressecções mais extensas podem ser necessárias. 
 
Cementoblastoma: 
 
- Proliferação do cemento → célula responsável 
por secretar a matriz do esmalte 
- Características clínicas: 
- Dentes vitais (íntegros) 
- Absorção do terço apical da raiz (aderido) 
- Presença de dor (principalmente à palpação) 
- Ocorre entre a 2° e a 3° década de vida 
- Sintomático 
Tumores Odontogênicos de origem Mesenquimal e Mista 
- Se desenvolve na região apical pois é onde os 
amentoblastos ficam localizados 
- Invade o canal radicular → agredindo a polpa 
- Região posterior da mandíbula – pré-molares e 
molares (1° molar inferior – maior frequência) 
- Dente irrompido 
- Dentição permanente 
- Dor vem também do ligamento periodontal 
- Radiograficamente: 
- Interface radiolúcida, osso radiopaco 
- Massa radiopaca que está fundida a um ou mais 
dentes e é circundada por um fino halo radiolúcido. 
O contorno da raiz ou das raízes do dente envolvido 
está geralmente obscurecido como resultado da 
reabsorção radicular e fusão da neoplasia com o 
dente. 
- Características histopatológicas: 
- Cementoblastos volumosos dentro das lacunas 
- Matriz mineralizada basofílica, linhas reservas 
basofílicas 
- O estroma é composto de tecido fibrovascular 
celularizado. 
- Há com frequência células gigantes 
multinucleadas, além de proeminentes células 
blásticas margeando as trabéculas mineralizadas 
- A periferia da lesão, correspondente à zona 
radiolúcida vista na radiografia, é composta de 
matriz não calcificada, que na maioria das vezes 
está arranjada em colunas radiais. 
- Em poucos casos, as lesões podem se infiltrar na 
câmara pulpar e nos canais radiculares dos dentes 
envolvidos. 
- Tratamento: 
- Devido à íntima relação dessa neoplasia com a 
raiz dentária, ela não pode ser removida sem 
sacrificar o dente. Tipicamente, é requerido um 
alívio ósseo para remover essa massa bem 
circunscrita. Não são observadas recidivas. 
 
 
 
→ Tumores odontogênicos de origem mista 
- Tecidos de origem mista e mesenquimal estão em 
proliferação 
 
Odontoma (Hmartomas) 
 
- Os odontomas são considerados como distúrbios 
de desenvolvimento (hamartomas), em vez de 
neoplasias verdadeiras. Quando totalmente 
desenvolvidos, os odontomas consistem 
principalmente em esmalte e dentina, com 
quantidades variáveis de polpa e cemento. 
- Os odontomas são ainda subdivididos em tipo 
composto e tipo complexo. 
- O odontoma composto é formado por múltiplas 
estruturas pequenas, semelhantes a dentes. 
- O odontoma complexo consiste em uma massa 
amorfa de esmalte e dentina, que não exibe 
qualquer semelhança anatômica com um dente. 
- Características clínicas: 
- Detectado durante as primeiras décadas de vida 
- Assintomático 
- Lesões relativamente pequenas 
- Ao formar esmalte, dentina e polpa sessam o 
crescimento 
- Encapsuladas (solitárias) 
- Ocorrem com mais frequência na maxila 
(odontoma composto) 
- Tem a separação da lesão dos tecidos adjacentes 
(devido a uma cápsula) 
- No odontoma complexo forma uma massa de 
tecidos dentários 
- Síndrome de Gardner 
 
→ Odontoma complexo: 
- Região posterior (mandíbula, maxila) 
- Pode ter dente incluso 
- Ilhas de matriz de esmalte, dentina 
- Características histopatológicas: 
- O odontoma composto consiste em múltiplas 
estruturas lembrando pequenos dentes 
unirradiculares, contidos em uma matriz fibrosa 
frouxa. 
- Em pacientes que apresentam um odontoma em 
desenvolvimento, háestruturas que lembram os 
germes dentários. 
- Os odontomas complexos consistem, em grande 
parte, de dentina tubular madura. Essa dentina 
envolve fendas ou estruturas ocas circulares que 
costumam conter o esmalte maduro que foi 
removido durante a descalcificação. 
- Os espaços podem conter quantidades pequenas 
de matriz de esmalte ou esmalte imaturo 
- Em geral, há uma delgada camada de cemento na 
periferia do aumento de volume. Ocasionalmente, 
um cisto dentígero pode surgir do revestimento 
epitelial da cápsula fibrosa de um odontoma 
complexo. 
- Características radiográficas: 
- Radiograficamente, o odontoma composto 
aparece como uma coleção de estruturas 
semelhantes a dentes de variados tamanhos e 
formas, cercados por uma delgada zona 
radiolúcida. 
- O odontoma complexo aparece como uma massa 
calcificada com a radiodensidade da estrutura 
dentária, que também está cercada por uma delgada 
margem radiolúcida. 
- Tratamento: 
- Enucleação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Neoplasia benigna x Neoplasia maligna 
- Lipoma Grande 
- Papiloma Mal delimitado 
- Pequeno Crescimento Rápido 
- Bem delimitado Com hemorragia 
- Crescimento lento Com necrose 
- Não invasivo Localmente invasivo 
- Não metastático Metastático 
- Bem diferenciado Menos diferenciadas 
 
Lipoma: 
 
- É uma neoplasia benigna de gordura. 
- Características clínicas: 
- Mucosa jugal e mucosa labial 
- Coloração mais amarelada 
- Mais frequente em adultos 
- São aumentos de volume nodulares, de superfície 
lisa e consistência macia, que podem ser sésseis ou 
pediculados 
- Assintomático 
- Características histopatológicas: 
- Proliferação de tecido adiposo 
- Organizada em lóbulos 
- Tecido adiposo maduro 
- A neoplasia é bem circunscrita e pode apresentar 
uma fina cápsula fibrosa. 
 
 
 
- Tem sido descrito um número de variantes 
microscópicas. A mais comum delas é o 
fibrolipoma, que é caracterizado pela presença de 
um maior componente fibroso, misturado aos 
lóbulos de células adiposas. 
- O angiolipoma consiste em uma mistura de 
células adiposas maduras e numerosos pequenos 
vasos sanguíneos. 
- O lipoma de células fusiformes demonstra uma 
quantidade variável de células fusiformes de 
aparência uniforme em conjunto com um 
componente lipomatoso típico. 
- Os lipomas pleomórficos são caracterizados pela 
presença de células fusiformes mais células 
gigantes hipercromáticas e bizarras, sendo difícil 
sua diferenciação de um lipossarcoma pleomórfico. 
- Os lipomas intramusculares (infiltrantes) 
geralmente são situados mais profundamente e 
apresentam um padrão de crescimento infiltrativo 
por entre as fibras do músculo esquelético. 
- O sialolipoma foi criado para descrever lesões que 
secundariamente aprisionam tecido de glândulas 
salivares. 
- Tratamento: 
- Os lipomas são tratados pela excisão local 
conservadora, sendo as recidivas raras. 
- Os lipomas intramusculares apresentam uma 
elevada taxa de recidiva devido a seu padrão de 
crescimento infiltrativo, mas essa variante é rara na 
região oral e maxilofacial. 
 
Hemangioma: 
 
Tumores não odontogênicos- Patologia óssea 
- Neoplasia benigna 
- Malformações vasculares de desenvolvimento. 
- Muitos hemangiomas podem não ser 
reconhecidos ao nascimento, mas surgem durante 
as oito primeiras semanas de vida. Pode agravar 
após a adolescência 
- Características clínicas: 
- Coloração azulada/arroxeada 
- Assintomático 
- Mais frequente em mulheres 
- Mais frequente em pessoas brancas 
- São firmes e borrachosos à palpação, e o sangue 
não pode ser evacuado com a aplicação de pressão. 
- Língua, lábio... 
Anastomose: vasos se “comunicando” → levam a 
formação de lesões → lesões → exerce uma 
pressão sobre ela, muda de cor 
- Os “hemangiomas” intraósseos também podem 
ocorrer e, provavelmente, representam 
malformações venosas ou arteriovenosas. 
- Características Histopatológicas: 
- Hemangiomas da infância são caracterizados por 
numerosas células endoteliais volumosas e lúmens 
vasculares geralmente indistintos 
- Tecido epitelial estratificado pavimentoso 
- Vasos sanguíneos grandes e congestos 
- Radiograficamente: 
- A aparência radiográfica das malformações 
vasculares intraósseas é variável. Comumente, 
essas lesões exibem defeitos radiolúcidos 
multiloculares. As loculações individuais podem 
ser pequenas (aparência de favos de mel) ou 
grandes (aparência de bolhas de sabão). Em outros 
casos, a lesão pode se apresentar como área 
radiolúcida ou como radiolucência bem definida 
semelhante a um cisto. 
- Tratamento: 
- Laser → leva à coagulação → é diluído 
 
 
Cisto ósseo simples: 
 
- O cisto ósseo simples é uma cavidade óssea vazia 
ou com conteúdo fluido. Por causa da ausência de 
revestimento epitelial da lesão, representa um 
pseudocisto a um cisto verdadeiro. 
- Características clínicas: 
- Mais comum em jovens e raramente em crianças 
menores de 5 anos 
- Os cistos ósseos simples podem surgir nos ossos 
gnáticos, com marcante predominância pela 
mandíbula. 
- A região dos pré-molares e molar, e a região de 
sínfise são mais comumente acometidas. 
- Radiograficamente: 
- Imagem radiolúcida bem circunscrita → 
formando estrutura em cúpula entre as raízes 
- Características histopatológicas: 
- Tecido conjuntivo vascularizado 
- Existem áreas de fibrina, eritrócitos dispersos, 
ocasionais células gigantes e calcificações 
distróficas em forma de laço. 
- Não tem revestimento epitelial 
 
Displasia óssea focal: 
 
- Alterações metabólicas do ligamento 
- Periodontal 
- Características clínicas: 
- Envolve, mais comumente, a região posterior da 
mandíbula. 
- Assintomática → não gera alteração de volume 
- Ocorrem em mulheres, com uma predileção pela 
terceira à sexta década de vida. 
- Tecido conjuntivo mineralizado 
- Radiograficamente: 
- Radiograficamente, a lesão varia de 
completamente radiolúcida à densamente 
radiopaca com fino halo radiolúcido na periferia. 
- As margens são levemente finas e irregulares. 
 
Displasia óssea periapical: 
 
- Características clínicas: 
- A displasia óssea periapical envolve 
predominantemente a região anterior da 
mandíbula. 
- Lesões solitárias podem ocorrer, mas múltiplos 
focos estão presentes. 
- Mulheres negras entre a 3° e 2° décadas de vida 
- Assintomática 
- Tecido mineralizado 
- Tecido conjuntivo fibroso celularizado 
- Radiograficamente: 
- As lesões iniciais aparecem como áreas 
radiolúcidas circunscritas envolvendo a área 
periapical, similar aos granulomas periapicais e aos 
cistos radiculares 
- As lesões adjacentes podem se fundir para formar 
um padrão linear de radiolucência, que envolve os 
ápices de vários dentes 
- Com o tempo, as lesões tendem a “amadurecer” e 
criar uma aparência mista de radiolucidez e 
radiopacidade 
- No estágio final, as lesões mostram uma 
calcificação densa circunscrita, circundada por um 
estreito halo radiolúcido. 
 
Displasia óssea florida: 
 
- Lesões benignas 
- Características clínicas: 
- Região anterior e posterior da mandíbula 
- Mulheres negras- acima de 50 anos 
- Lesões simétricas e bilaterais 
- Tecido conjuntivo fibroso celularizado 
- Radiograficamente: 
- Radiograficamente, as lesões apresentam um 
padrão de maturação similar ao notado nas outras 
duas formas de displasia óssea. 
- De início, as lesões são predominantemente 
radiolúcidas, mas com o tempo se tornam mistas e 
então com dominância radiopaca, apresentando 
apenas um fino halo radiolúcido. 
- Por vezes, uma lesão pode se tornar quase que 
totalmente radiopaca e misturar-se com o osso 
adjacente de aparência normal.- Em geral, as radiopacidades permanecem 
separadas dos dentes adjacentes, por meio do 
espaço do ligamento periodontal intacto. 
 
 
 
- Desordens potencialmente malignas e CEO: 
→ Fatores etiológicos: 
Tabagismo; etilismo (não é o principal fator); 
radiação ultravioleta (causa vermelhão nos lábios); 
radiografia (radiação em alta velocidade) 
- Neoplasia malignas 
- Grande frequência em idoso acima de 50 anos 
 
Leucolasia: 
 
- Não se encaixa nem clínica nem 
microscopicamente a nenhuma lesão pré-existente 
- Características clínicas: 
- Placas esbranquiçadas 
- Não saí à raspagem 
- A mais frequente devido a sua coloração 
- Assintomático 
- Dorso da língua, borda lateral da língua, ventre de 
língua, assoalho da boca 
- Região retromolar 
- Características histopatológicas: 
- Displasia leve → alteração celular → 
desequilíbrio entre proliferação e diferenciação 
- Núcleos levemente pleomórficos e 
hipercromáticos 
- Tratamento: 
- Remover- biópsia 
 
 
 
Eritroplasia: 
 
- Qualquer mancha ou placa vermelha que não se 
encaixa nem clínica e nem microscopicamente com 
qualquer outra lesão pré-existente 
- Características clínicas: 
- Assintomático 
- Mais “rara” 
- Mais frequente em homens 
- Paciente fumante- histórico de câncer 
- Candidíase Eritematosa 
- Assoalho da boca, palato mole, ventre de língua 
- Assintomático 
- Diagnóstico clínico- dado por exclusão 
- Características histopatológicas: 
- Pleomorfismo celular e hipercromatismo 
- Mitose atípica 
- Leucoplasia salpicada- partes brancas e 
vermelhas 
- Tratamento: 
- Excisão completa ou ablação 
 
Queilite Actínica: 
 
Desordens potencialmente malignas 
- É uma condição potencialmente maligna do 
vermelhão do lábio inferior, resultante da 
exposição crônica à luz UV. 
- Características clínicas: 
- Mais frequente em homens 
- Há uma predileção entre os de meia-idade a 
idosos de pele clara. 
- A lesão se desenvolve tão lentamente que os 
pacientes muitas vezes são inconscientes de uma 
mudança. 
- Os achados clínicos iniciais incluem atrofia 
(caracterizada por áreas lisas, manchadas e 
pálidas), ressecamento e fissuras do vermelhão do 
lábio inferior, com margem indefinida entre o 
vermelhão e a pele. 
- Com a progressão da lesão, áreas descamativas e 
ásperas, aparecem nas porções ressecadas do 
vermelhão. 
- Características histopatológicas: 
- Epitélio estratificado pavimentoso 
ortoceratinizado 
- Hipergranulose 
- Elastose solar- degeneração das fibras colágenas 
e elásticas devido a radiação ultravioleta 
 
 
 
 
Carcinoma de células escamosas: 
 
- Crescimento infiltrativo 
- Aspectos de malignidade: 
- Eritroplasia, ulceração, duração, crescimento, 
sangramento, endurecimento, fixação 
- Biopsia incisional 
- Se desenvolvendo e invadindo 
- Realizar a palpação 
- Aspectos gerais: 
- Neoplasia maligna mais comum da cavidade oral 
- Masculino para feminino 3:1 
- Geralmente acima de 50 anos 
- Características clínicas: 
- Úlcera catriforme 
- Bordas elevadas 
- Início = assintomático 
- Ventre de língua 
- Crescimento para fora 
- Pode se apresentar como eritroplasia 
- Na superfície tem presença de epitélio normal 
- No conjuntivo, invasão neoplásica 
- Ilhas de células neoplásicas invadindo o 
conjuntivo 
- Pleomorfismo celular; Células disceratóticas 
- Pérolas córneas ou pérola de queratina 
- Estagiamento – Sistema ATM: 
T- tamanho do tumor primário, em cm 
N- envolvimento de linfonodos locais 
M- metástase 
- Quanto maior o estágio, pior o prognóstico 
 
 
Doenças mediadas imunologicamente → 
intensificação das células de defesa 
Doenças autoimune → o corpo ataca seus próprios 
tecidos 
Líquen Plano reticular: 
 
- Muco cutânea (tanto em mucosa quanto em pele) 
- Exacerbação de um infiltrado de linfócitos 
- Patogênese incerta, porém, estresse e 
medicamentos são fatores desencadeantes 
- Na mucosa oral: 
- Mucosa jugal, estrias esbranquiçadas que se 
entrelaçam (também conhecido como estrias de 
Wickham) 
- Sempre bilateral 
- Patognomônico (exclusivo da doença) 
- Acomete mais mulheres 
- Assintomático 
- Caráter muitas vezes crônico 
- Biópsia se faz necessária (principalmente com o 
uso de corticoides) 
- Desordem potencialmente maligna (OMS) 
- Lesão tende a regredir expontaneamente até 14 
dias, ou com uso de corticoides (no caso do 
reticular) 
Na pele/unha: 
- Máculas/pápulas 
- Coçam muito → levando a pequenas 
úlceras/erosões 
- Na unha aparece estrias esbranquiçadas 
 
 
 
Líquen plano erosivo: 
 
- O epitélio é perdido parcialmente formando 
úlceras 
- Sintomático (muito doloroso) 
- Nas áreas centrais mais avermelhadas são 
revertidas por estrias esbranquiçadas 
- Gengiva (superior e inferior) → gengivite 
descamativa 
- Utilização de corticoide tópico se faz necessário 
- Se o componente erosivo for grave, pode ocorrer 
separação entre o epitélio e o tecido conjuntivo 
subjacente, resultando na apresentação 
relativamente rara de líquen plano bolhoso. 
Características Histopatológicas: 
- Hiperparaqueratinização 
- Cristas epiteliais pontiagudas (alongadas) 
- Atrofia- erosivo 
- Infiltrado linfocítico em faixa 
- A diferença do erosivo para o reticular está no 
epitélio 
- Camada basal muitas vezes é destruída 
- Exocitose (entrada de células inflamatórias no 
epitélio) 
 
Doenças Imunológicas: 
Penfigoide das membranas mucosas: 
 
 
 
- Doença autoimune 
- Doença vesículo bolhosa 
- Células se ancoram na camada basal, essas células 
que se ancoram são alvos do sistema 
- São os m-desmossomos → o sistema os destrói 
(produz auto anticorpos) → gera formação de 
bolhas e vesículas 
- Isso faz com que o epitélio e o tecido conjuntivo 
se separem, formando uma fenda sub epitelial 
- Mais comum em mulheres 
- Palato mole (bolha/vesícula) 
- Áreas ulceradas 
- Sintomático 
- Começa a se manifestar primeiramente na boca 
- Formação de bolhas que estouram → formando 
simbléfaro no globo ocular, podendo levar à 
cegueira 
- Utilização de fármacos imunossupressores 
- Características histopatológicas: 
- Tecido epitelial estratificado pavimentoso 
- Tecido conjuntivo 
- Fenda sub-epitelial 
- Exame de imunofluorescência direto → tecido 
fresco (não será fixado) 
- Deposição de imunorreagentes na zona basal do 
epitélio 
- Tratamento: Corticoide (multiprofissional) 
Pênfigo Vulgar (fogo selvagem): 
 
 
- Formação de vesículas/bolhas 
- Acomete tanto homens quanto mulheres 
igualmente 
- Fenda intraepitelial acima da camada basal 
- Baixa mortalidade, alta morbidade 
- O corpo entende que as estruturas inimigas são os 
desmossomos, criando auto anticorpos, separando 
a ligação das células epiteliais entre si 
- Pode acometer qualquer região da boca 
- Sintomático 
- As vezes quando vamos manipular (sinal 
Nikolsky positivo), podemos gerar vesículas e 
bolhas 
- Características histopatológicas: 
- Fenda intraepitelial 
- Epitélio estratificado pavimentoso 
- Tecido conjuntivo 
- Células acantolíticas → células da camada 
espinhosa que perderam seus desmossomos e 
assumem formato redondo 
- Camada basal aderida 
- Exame de imunofluorescência direta 
- Deposição de imunorreagentes nas áreas 
intercelulares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Podem ser divididas em doenças de origem 
inflamatória e as de características de malignidade 
e benignidade 
Mucocele: 
 
 
- Aspecto flutuante 
- Mucosa labial inferior 
- Ruptura do sistema de ducto, fazendo a saliva fica 
“pressa” no tecido conjuntivo, gerando uma 
inflamação 
- Fator etiológico: trauma 
- Consistência macia 
- Pode ter em ventre de língua, assoalho de boca...

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