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ESTUDO DE CASO DENISE FIGUEIREDO DE SOUZA PASTRE RU - 2576244 TEMA Consumo e produção responsáveis Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 12 O consumo sustentável é um conceito que se refere à utilização de produtos e serviços de forma consciente e responsável, levando em consideração os impactos ambientais, sociais e econômicos ao longo de todo o ciclo de vida desses bens. Principais desafios do consumo sustentável: Mudança de comportamento: Um dos principais desafios é promover a mudança de comportamento dos consumidores, incentivando-os a adotar práticas mais sustentáveis. Isso envolve conscientizar as pessoas sobre os impactos do seu consumo e encorajá-las a fazer escolhas mais sustentáveis. Redução do desperdício: O desperdício de recursos é um problema importante associado ao consumo insustentável. É necessário adotar medidas para reduzir o desperdício de alimentos, água, energia e outros recursos, tanto na produção quanto no consumo. Eficiência nos processos de produção: A produção de bens e serviços também deve ser mais sustentável. É importante melhorar a eficiência dos processos produtivos, reduzindo o consumo de recursos naturais e minimizando a geração de resíduos e poluição. Ciclo de vida dos produtos: Considerar o ciclo de vida dos produtos é essencial para o consumo sustentável. Isso significa avaliar não apenas os impactos da produção, mas também a utilização, manutenção e descarte dos produtos. É importante promover a produção de bens duráveis, a reparação e a reciclagem, evitando o descarte prematuro e desnecessário. Desigualdade e acesso aos recursos: Alcançar o consumo sustentável também envolve lidar com questões de desigualdade e acesso equitativo aos recursos. É necessário garantir que todas as pessoas tenham a capacidade de atender às suas necessidades básicas, como alimentação, água potável, energia e habitação, de maneira sustentável. Esses desafios exigem ações coordenadas em diversos níveis, envolvendo governos, empresas, organizações da sociedade civil e os próprios consumidores. É fundamental promover a conscientização, implementar políticas e regulamentações adequadas. “Em 2016, Araras evoluiu nas diretivas Cidade Sustentável, principalmente pelo aumento de ações intermunicipais, e Qualidade do Ar, com inédito trabalho de avaliação de fumaça preta nos veículos oficiais e ações efetivas de melhoria de mobilidade urbana e acessibilidade”, comentou Raul de Barros Winter, diretor do DMA de Araras. O Programa Município Verde Azul é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente que estimula ações ambientais locais e avalia o desempenho dos municípios ano a ano. Seu fundamento é o pleno cumprimento das 10 diretivas do programa. As ações devem ser passíveis de execução pelos 645 municípios do Estado e o objetivo é incentivar a variável ambiental na agenda do município, além de estimular o Poder Público local a fortalecer o planejamento ambiental em seu cotidiano. A certificação do município permite acesso a recursos do Fecop (Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição). O Programa estabelece parâmetros para avaliação dos Planos de Ação Ambiental, em que os municípios são convocados a cumprir 10 Diretivas Ambientais: 1 - Esgoto Tratado, 2 - Gestão das Águas, 3 - Resíduos Sólidos, 4 - Cidade Sustentável, 5 - Biodiversidade, 6 - Arborização Urbana, 7 - Educação Ambiental, 8 - Qualidade do Ar, 9 - Estrutura Ambiental e 10 - Conselho Ambiental. “A expectativa é que neste ano o município aumente sua pontuação, principalmente devido à Diretiva Qualidade do Ar, pois, além das ações já desenvolvidas nos anos anteriores, foi realizada também a Avaliação da Fumaça Preta nos veículos movidos à óleo diesel da frota municipal e terceirizada”, finalizou o diretor do DMA. Para avaliação da fumaça preta no município, segundo Winter, foi realizada amostragem por meio das autarquias Saema (Serviço de Água e Esgoto do Município de Araras) e TCA (Transportes Coletivos de Araras), além da empresa terceirizada Forty Construções e Engenharia Ltda., contratada para limpeza urbana do município. As avaliações foram conduzidas por técnicos do Departamento de Meio Ambiente, com o apoio dos funcionários das entidades avaliadas. Para avaliação, foi utilizada a Escala Ringelmann, respeitando a distância mínima de 20m dos veículos, estando estes em funcionamento. A partir daí, foi feita a análise visual conforme recomendado para o uso da escala. No total, foram avaliados 90 veículos - entre eles, ônibus, caminhões, tratores e retroescavadeiras - o que representa 41,66% da frota movida à diesel municipal. Os veículos avaliados foram identificados com adesivos colocados em local visível. A preservação dos recursos naturais e da própria vida na Terra depende, cada vez mais, do respeito dos seres humanos aos limites do planeta. Com o acelerado desenvolvimento econômico nas últimas décadas, é inevitável que o consumo crescente de água, energia e alimentos tenha um impacto na natureza. Mas esses efeitos podem ser substancialmente minimizados se práticas sustentáveis, de simples execução, forem adotadas por todos. Os 3Rs De maneira simplificada, o consumo consciente pode ser resumido pelo princípio dos 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. Nesse contexto, o primeiro significa consumir menos produtos com alto potencial de gerar resíduos – como sacolas e canudos plásticos – e dar preferência àqueles que tiverem maior durabilidade e oferecerem menos riscos à natureza. Reutilizar, como o verbo indica, consiste em reaproveitar tudo aquilo que não for descartável, como embalagens de sorvete, por exemplo. Já reciclar é o processo de transformação de materiais diversos em matéria-prima para outros produtos. Consumidor Sempre que fizer uma compra, o consumidor consciente deve levar em conta questões como o meio ambiente, a saúde humana e animal e as relações justas de trabalho. Ele deve entender que, em suas escolhas, é necessário buscar um equilíbrio entre satisfação pessoal e sustentabilidade. Além disso, esse consumidor é aquele que prioriza as empresas empenhadas em oferecer produtos que respeitem o planeta. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Akatu, organização não governamental que trabalha na conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente, mostra que os brasileiros ainda têm muito a avançar nesse quesito. O levantamento elencou 13 comportamentos desejados – como fechar a torneira enquanto escova os dentes e evitar deixar lâmpadas acesas em ambiente desocupados – para avaliar o grau de consciência do consumidor do País. Apenas 4% das pessoas foram classificadas no nível mais elevado (aquele em que o consumidor adota de 11 a 13 dos comportamentos listados). Além deles, 20% foram enquadrados como engajados (8 a 10 comportamentos), 38% como iniciantes (5 a 7 comportamentos) e outros 38% como indiferentes (0 a 4 comportamentos). Agenda 2030 Além da população, governos e órgãos internacionais também têm papel fundamental na promoção do consumo consciente. O tema é uma das prioridades, por exemplo, da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU), que traz 17 objetivos para o planeta. Entre outros pontos, estão assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. As metas para a área incluem reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial; alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e todos os resíduos; e promover práticas de compras públicas sustentáveis, de acordo com as políticas e prioridades nacionais. No Brasil, o estímulo à implementação das práticas sustentáveis previstas pela ONU ocorre, principalmente, por meio do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis, do Ministério do Meio Ambiente. A medida busca engajar tanto os setores privado e público quanto os consumidores a aplicarem os padrões de produção e consumo sustentáveis preconizados mundialmente. Além disso, a pasta é responsável pelo Programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), que estimula os órgãospúblicos do país a implementarem práticas de sustentabilidade. Dicas Confira exemplos de como se tornar um consumidor mais consciente: · Evitar embalagens desnecessárias: Cerca de 1/3 do lixo doméstico é composto por embalagens e 80% delas são descartadas após o primeiro uso, poluindo o meio ambiente e fazendo com que mais unidades sejam produzidas. · Usar sacolas retornáveis: A decomposição de sacolas plásticas leva séculos. Por isso, é importante adotar, sempre que possível, as que podem ser utilizadas outras vezes. · Reciclar embalagens: A reciclagem não apenas diminui os impactos ambientais e reduz a quantidade de lixo produzido, como também é uma fonte de emprego e renda para muitas pessoas. Materiais que parecem não ser mais úteis, como garrafas plásticas, caixas de papelão e latas, podem ser reaproveitadas em muitas atividades.