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FICHAMENTO: COSTA, Juliana de Almeida; MARIN, Joel Orlando Bevilaqua. MULHERES RURAIS EM LUTAS PELA TERRA: SABERES E CUIDADOS COM ERVAS MEDICINAIS. Revista Raízes, Campina Grande, v. 42, n. 2, jul./dez. 2022. Mulheres rurais “Sem Terra” - identidade cunho político ideológico e a reafirmação de vínculos com o MST Camadas populares menos abastadas Saberes e práticas populares transmitidos pela socialização na família e em espaços comunitários Plantas medicinais - setores de saúde e educação do MST proporcionaram o protagonismo de mulheres na construção de novos aprendizados, diálogos e experiências no cuidado com a vida de pessoas e com o meio ambiente Como constroem a partir dos saberes e práticas em torno da plantas, relações e processos de autonomia social e auto afirmação nas lutas pela terra e nas questões ambientais Histórias de mulheres que aprenderam com outras mulheres e ensinando nos acampamentos e assentamentos Contato ainda na infância, inserção nas lutas durante a juventude, algumas inseridas pelas CEBs (PJR) Desigualdade de gênero nos sindicatos Muita luta para conquistar direitos, como ser reconhecida como agricultura ou trabalhadora rural Mobilizações na década de 80 por direitos das trabalhadoras rurais, pressões parlamentares reivindicação de direitos e de cidadania, entrada também na luta pela terra Processo coletivo: acolher saúde alheia, entender a dor da outra, saber ouvir e saber se doar também faz parte da luta para conseguir manter a resistência p.348 Mulheres na tarefa do cuidado, historicamente atribuído a partir da divisão sexual do trabalho - Kergoat (2009) o cuidado se encontra no rol das tarefas denominadas reprodutivas e atribuídas às mulheres mulheres se transformando e tbm suas relações sociais, reivindicando espaços de destaque em seus assentamentos e comunidades e no próprio movimento Perrot (2006) estudo sobre história das mulheres, participação das camponesas nas revoltas contra expropriação de terras comunais Federici (2017) formação da acumulação primitiva de capital - perseguição aquelas que detinham saberes sobre as plantas medicinais que permitam o controle da natalidade Em Conte (2013), em estudo sobre atuações das mulheres camponesas latino-americanas ao longo da História, demonstra que as mulheres indígenas, assim como as africanas e uma parcela das imigrantes europeus, construíram aqui, neste continente, trajetórias de lutas e de resistências, especialmente frente aos processos que colocavam em risco seus viveres cotidianos e suas famílias Por meio de formações e espaços de mística que rememoram vivências e trajetórias históricas, trazem consigo o legado de muitas camponesas que ousaram lutar por melhores condições Se reconstroem através da produção de alimentos, dos conhecimentos populares em saúde, transmissão dos saberes, do afeto e respeito a natureza e da coletividade emancipação dos sujeitos Kergoat (2016) coletividade - construção da emancipação, pluralidade intrínseca dialética entre indivíduo e coletivo Schwendler (2015) processo enfrentou resistências internas mas se constituiu ao longo da história do MST