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Politicas publicas 10 01 18

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NÚCLEO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO 
OURINHOS-SP 
 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO 
NO BRASIL: INFÂNCIA, CONSELHOS DE 
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE 
EDUCADORES 
 
Prof.ª Esp. Nádia Soares 
 
10/01/2018 
NÚCLEO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO 
OURINHOS-SP 
 
Pauta: 
 
- NOGUEIRA, Ione da Silva Cunha. Políticas 
públicas para a Educação no Brasil. Curitiba: 
Editora CRV, 2012. 
- Simulado questões OM 2015/2016/2017 
POLÍTICAS DE ATENDIMENTO À 
INFÂNCIA NO BRASIL: DA 
COLONIZAÇÃO À LDB 
 - A infância tem sido reconhecida como uma fase da vida que 
deve ser protegida da exposição inadequada a determinados 
assuntos ou acontecimentos e resguardada de atitudes e 
situações violentas; 
-Nunca se falou tanto em violência contra a criança como na 
atualidade e diariamente somos alcançados por notícias 
divulgadas por todos os meios de comunicação; 
- O sentimento de infância foi um conceito gradualmente 
construído nas consciências 
POLÍTICAS DE ATENDIMENTO À 
INFÂNCIA NO BRASIL: DA 
COLONIZAÇÃO À LDB 
 - No século XVI Crianças foram trazidas no período de 
colonização – início da história da infância no Brasil; 
- Meninas vinham se casar com súditos da coroa e meninos 
eram ajudantes de marujo (força de trabalho); 
- No Brasil no século XVIII, as mulheres poderiam se casar 
desde os 12 anos e com 15 já se considerava a população 
como adulta; 
- Século XXI número expressivo de crianças abusadas 
sexualmente e exploradas; trabalho infantil e maus tratos; 
POLÍTICAS DE ATENDIMENTO À 
INFÂNCIA NO BRASIL: DA 
COLONIZAÇÃO À LDB 
 - Recrutamento de crianças para trabalho nos navios ao 
longo dos séculos XVIII e início do XIX; 
- Alimentação baseada em farinha de mandioca e charque; 
sujeitos à fome e maus tratos; trabalho nas fábricas com 
apenas 8 anos; ferimentos nas máquinas que poderiam trazer 
sequelas físicas irreversíveis ou morte prematura da criança; 
exercício de funções impróprias para a idade; salário mais 
baixo que o dos adultos; exploração de mão de obra como 
filantropia; 
POLÍTICAS DE ATENDIMENTO À 
INFÂNCIA NO BRASIL: DA 
COLONIZAÇÃO À LDB 
 - Movimento operário militou contra o trabalho infantil; 
- Pais abandonando os filhos devido a dureza da vida; 
problema do Estado e necessidade de políticas sociais e 
legislação específica; 
- Fim da escravidão no Brasil; preocupação da classe 
dominante em dar as crianças pobres um atendimento que 
lhes proporcionasse uma educação suficiente para ocupar o 
lugar dos escravos; 
POLÍTICAS DE ATENDIMENTO À 
INFÂNCIA NO BRASIL: DA 
COLONIZAÇÃO À LDB 
 - Primeiro Programa Nacional de Políticas Públicas em 1855; 
- Declaração dos direitos da criança em 1923; 
- Constituição Federal de 1988; 
- Estatuto da Criança e do Adolescente; 
- Declaração Universal dos Direitos Humanos; 
- UNICEF (Fundo Internacional de Ajuda Emergencial à 
Criança Necessitada); 
- Criança passa a ser vista como um sujeito de direitos e como 
prioridade absoluta, o que pode ser considerado uma 
verdadeira revolução. 
POLÍTICAS DE ATENDIMENTO À 
INFÂNCIA NO BRASIL: DA 
COLONIZAÇÃO À LDB 
 - A legislação produzida nos anos 1980 e 1990 aponta uma 
preocupação maior com os direitos individuais, dentre eles 
com os direitos da criança e do adolescente, bem como, a 
necessidade de se educar para a cidadania; 
- CF, ECA e LDB tem sido de grande importância para a 
formação da democracia e da cidadania no país; 
- No Brasil ainda se está aprendendo a exercer a cidadania e 
a vivenciar o espírito de democracia; (p. 30) 
- É preciso objetivar o alcance de uma situação de muito mais 
estabilidade e segurança para a infância e a adolescência. 
EDUCAÇÃO INFANTIL, POLÍTICAS 
PÚBLICAS E O DIREITO À INFÂNCIA 
 - Apresenta uma reflexão a respeito da experiência de Reggio 
Emilia, no Norte da Itália, tendo como ponto de partida pesquisas 
realizadas no contexto brasileiro, as quais contemplam uma análise 
da educação infantil no Brasil à luz da prática pedagógica italiana; 
- Crianças sendo educadas com base nos valores de mercado; 
segmento mercadológico dirigido à infância, denominado cultura 
infantil; empresas de comunicação e entretenimento são puramente 
comerciais, sem preocupação social e de formação do cidadão 
crítico, autônomo; (p. 35) 
- Déficit na formação de professores, baseada na política 
dominante, o uso contínuo de apostilas e materiais prontos 
contribuem para justificar a enfermidade das políticas públicas para 
a educação. 
EDUCAÇÃO INFANTIL, POLÍTICAS 
PÚBLICAS E O DIREITO À INFÂNCIA 
 - Políticas públicas para a educação orientadas por ideais 
sociopolíticos e econômicos, trazem para a escola um agravamento 
das dificuldades vividas, visto que os projetos educacionais são 
implantados sem a participação de educadores e alunos; 
- Escola de tempo integral surgiu em 2005, programa que não 
sustenta com solidez, possui projetos vagos sem atendimento às 
necessidades e interesses dos alunos e professores; 
- PPP, formação de professores, progressão continuada e 
educação inclusiva estão baseados em políticas públicas 
contraditórias voltadas para a resolução de problemas sociais para 
manter a ordem capitalista; 
- Brasil: história educacional fundamentada em moldes importados 
sem valorizar as necessidades e peculiaridades do povo; 
EDUCAÇÃO INFANTIL, POLÍTICAS 
PÚBLICAS E O DIREITO À INFÂNCIA 
 - Reggio Emilia objetiva a integração das idades, gêneros, culturas, 
processo de humanização e não de adaptação como é aceito no 
Brasil; 
- Intenso investimento e envolvimento na educação das crianças 
pequenas, pautado na formação continuada de educadores e na 
abertura do espaço da escola da primeira infância para pais e 
comunidade, articulando uma relação de interação, complexa e 
desafiadora; 
- Envolvimento das camadas populares e a cooperação são 
provenientes de lutas sociais, políticas e econômicas no decorrer da 
história; tem em vista a criança como um todo; 
- Pesquisas com forte influência da teoria histórico-cultural de 
Vigotsky; 
EDUCAÇÃO INFANTIL, POLÍTICAS 
PÚBLICAS E O DIREITO À INFÂNCIA 
 - Crianças são entendidas como fonte de riqueza e é a partir 
delas que se constrói o currículo, o qual podemos chamar de 
currículo emergente, pois não se faz para a criança e sim com 
ela; 
-O currículo tem como ponto de partida um trabalho pedagógico 
que procura ouvir a criança e que respeita suas necessidades a 
partir do entendimento de como elas leem o mundo; 
- Concepção de criança é a espinha dorsal da própria formação 
de um currículo escolar da educação infantil; 
- Pais tornam-se essenciais no desenvolvimento pedagógico; 
- Conceito de qualidade não é isento de valores, é construído 
socialmente e produto de uma maneira particular de entender o 
mundo; 
EDUCAÇÃO INFANTIL, POLÍTICAS 
PÚBLICAS E O DIREITO À INFÂNCIA 
 - Formação continuada dos profissionais; condições adequadas 
da estrutura organizacional; relação família e comunidade; 
professores mediadores de todo esse processo com a função de 
potencializar as linguagens sensórias, gráficas, verbais e 
gestuais das crianças, oferecendo a elas a oportunidade de 
desenvolver suas potencialidades humanas; 
-Comunidade local é colocada como parte integrante da escola; 
- Concepção de educação se baseia em efetivar todos seus 
participantes como agentes sociais que possuem função 
transformadora, sendo a escola o espaço ideal para que isso se 
consolide; 
- Trabalho pedagógico envolvido com a pesquisa e o 
compromisso em formar cidadãos críticos e autônomos; 
EDUCAÇÃO INFANTIL, POLÍTICAS 
PÚBLICAS E O DIREITO À INFÂNCIA 
 - Atelier é um espaço rico que funciona como local de 
exploração das variadas linguagens infantis, sendo estas 
realizadas por meio de trabalhos manuais, brincadeiras, diálogo 
e participação dos pais; 
-Projetos elaborados de acordo com o resultado das 
investigações que tem a função de detectar as necessidades 
infantis;- Ambiente escolar decorados e ampliados de maneira que sejam 
acolhedores, permitindo que crianças, pais, professores e 
funcionários se sintam parte da história da escola; 
- Pedagogista – conselheiro pedagógico que tem a função de 
auxiliar na relação entre os membros da comunidade escolar; 
EDUCAÇÃO INFANTIL, POLÍTICAS 
PÚBLICAS E O DIREITO À INFÂNCIA 
 - Pilares da Reggio são a documentação e a pesquisa; todas 
as atividades são registradas, documentadas e refletidas e 
ficam a disposição da comunidade escolar; 
- Concepção de criança capaz, ser ativo dentro do processo 
de ensino e aprendizagem; 
- No Brasil é muito diferente, se precisa trabalhar por uma 
formação mais sólida aos nossos professores, aos quais se 
atribui a função de agentes sociais, de transformadores da 
sociedade, que contribuiriam significativamente para a 
formação de dirigentes. 
POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: 
DA SEGREGAÇÃO À PERSPECTIVA DA 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
- Educação como direito de todos e de cada um; (p. 50) 
- É necessário ampliar o conceito de Educação Inclusiva que tem 
se restringido a inclusão escolar de alunos com deficiência; 
- Políticas Públicas: urgência de ações que fomentem a 
valorização do professor, bem como repense a formação inicial e 
continuada, com vistas a garantir no cotidiano das escolas uma 
cultura inclusiva com práticas pedagógicas que favoreçam a 
convivência na diversidade respeitando e valorizando as 
diferenças; 
- Década de 90 – Educação para Todos 
- Escolas não estruturadas para atender a diversidade, pois 
historicamente, ensinou a alguns e de forma única; 
POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: 
DA SEGREGAÇÃO À PERSPECTIVA DA 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
- Ampliação dos direitos sociais e humanos por meio das leis não 
garante a implementação de ações necessárias à existência de 
uma sociedade melhor; 
- Educação inclusiva – escola que respeite e valorize as diferenças 
sejam elas de qualquer natureza; 
- A busca da universalização da educação deu origem à concepção 
de Escola Inclusiva na segunda metade no século XX, que tem 
como objetivo enfrentar o desafio da exclusão escolar de milhões 
de alunos; 
- Necessidade de reestruturação da escola e do combate da cultura 
da exclusão na escola e na sala de aula; (p. 69) 
- Mera inserção dos alunos na classe comum não garante a 
permanência e o sucesso deles no percurso escolar. 
POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: 
DA SEGREGAÇÃO À PERSPECTIVA DA 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
- Temos a certeza de que o conceito de educação inclusiva 
precisa ser ampliado de aluno com deficiência para todo e 
qualquer aluno, independente de sua singularidade. 
- O conceito de educação inclusiva precisa ser ampliado de 
aluno com deficiência para todo e qualquer aluno, 
independentemente de sua singularidade (pobres, negros e 
pardos, crianças e idosos, mulheres, homossexuais, pessoas 
com deficiência, quilombos, comunidades rurais) 
- p. 69 
 
A PARTICIPAÇÃO DOS CONSELHOS 
MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NA 
POLÍTICA E NA GESTÃO EDUCACIONAL 
- Preocupação com o estudo dos Conselhos Municipais de 
Educação é decorrente da configuração de uma sociedade 
democrática, em proveito da qual a discussão sobre a 
educação a ser oferecida poderia provir de uma gestão mais 
participativa, no sentido de tomada de decisão conjunta; 
- Os Conselhos são espaços para refletir sobre as condições 
da atual sociedade e suas estruturas de poder, sendo os 
órgãos por meio dos quais a sociedade civil pode se organizar 
em prol da descentralização e da democratização das 
decisões referentes à educação; 
A PARTICIPAÇÃO DOS CONSELHOS 
MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NA 
POLÍTICA E NA GESTÃO EDUCACIONAL 
- Os Conselhos a partir da CF tornaram-se um mecanismo 
importante de participação, experimentados em grande parte 
do país, nos seus estados e municípios quando a sociedade 
pôde participar de conferências, fóruns e reuniões que 
buscam democratizar a gestão, apresentando aos governos 
diretrizes e ideias a respeito dos serviços prestados à 
população, devemos pensá-los como espaços de luta e de 
disputa no interior do Estado e da Sociedade Civil, como 
mecanismos de democratização e de socialização da política. 
(p. 93) 
A PARTICIPAÇÃO DOS CONSELHOS 
MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NA 
POLÍTICA E NA GESTÃO EDUCACIONAL 
- Os Conselhos estão possibilitando a construção de pilares de 
processos mais participativos e coletivos e são verdadeiros espaços 
de gestão democrática na definição de políticas educativas do 
município na perspectiva em que é necessário reposicionar a 
direção da flecha da descentralização na direção de baixo para 
cima. 
- Pensar nos CME é ter coragem e o compromisso de buscar 
entender os caminhos de uma gestão democrática da educação, 
ancorada em um olhar justo e, ao mesmo tempo, desafiante, 
instigado por uma militância acadêmica e profissional que nos faz 
refletir e atuar neste espaço que, por excelência, pode ser utilizado 
para o exercício e efetivação da democracia em nosso país. 
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: 
REFLEXÃO E (RE)VALORIZAÇÃO 
- Formação para a cidadania e preparo necessário para que o 
indivíduo exerça uma função, um papel nas relações de trabalho, 
numa sociedade de classes; (p. 99) 
- Formação de professores tem como eixo a reflexão das práticas 
pedagógicas, procurando extrair referenciais teóricos que 
possibilitarão ao professor perceber em que condições sociais se 
dá o seu trabalho, levando-o a interferir nesse processo, 
modificando-o de forma autônoma e consciente e, 
consequentemente, modificando o seu fazer. 
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: 
REFLEXÃO E (RE)VALORIZAÇÃO 
- Reflexão sobre a prática em uma conduta indagativa e 
problematizadora a luz de um referencial externo a própria prática é 
um fator que produz mudança; 
- Análise reflexiva da prática pressupõe uma mudança na 
perspectiva avaliativa, tanto do professor formador como do 
professor em formação; 
- Defende um paradigma de formação de professores que a partir 
da prática pensada/refletida passa a uma elaboração teórica 
através de uma vivência e de um agir comunicacional; propiciando 
assim um retornar para a prática um profissional professor já 
transformado e transformador. 
OLHANDO PARA A FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES 
- Inicia com a expressão “o homem é um animal político” 
- Esta habilidade propriamente humana define a Ética e a 
Política como dimensões fundamentais para que o homem 
conheça a si mesmo e busque a completude. Isto significa 
dizer que a dimensão política, no sentido clássico, funciona 
como cimento da vida social, pois a realização humana não 
está na simples convivência com o outro, mas nas relações 
decorrentes desta que necessitam ser negociadas, 
consolidando-se aí, pelo uso da linguagem e da razão, o 
exercício da política. 
OLHANDO PARA A FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES 
- Pode-se inferir que o modo como as sociedades se 
organizam está diretamente relacionado ao sentido atribuído à 
atividade política que desenvolvem. Assim, a política é tanto 
dimensão da práxis social quanto estratégia de regulação das 
relações o que implica na elaboração das chamadas políticas 
públicas, criadas para que o Estado atue no sentido de 
promover o bem estar da sociedade. 
- O capítulo tem por objetivo apresentar a tessitura da política 
de formação de professores em nosso país até o período 
imediatamente posterior à publicação da LDB. 
OLHANDO PARA A FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES 
- Magistério como profissão passou a existir com a 
modernidade; antes era exercido prioritariamente pelo padre; 
- Final do século XVIII há contornos de legalidade, passa a ser 
exigido do professor a obtenção de uma licença para lecionar; 
- Posteriormente houve a institucionalização de uma formação 
específica, especializada e longa; 
- LDB deixou de lado a profissionalização docente, trata o 
profissional da educação como um semiprofissional (art. 62 e 
63)- Enfoque na construção de competências na formação de 
professores; 
OLHANDO PARA A FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES 
- Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica 
far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, 
como formação mínima para o exercício do magistério na educação 
infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a 
oferecida em nível médio, na modalidade normal. (2017) 
- Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: 
I - cursos formadores de profissionais para a educação básica, 
inclusive o curso normal superior, destinado à formação de 
docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do 
ensino fundamental; 
II - programas de formação pedagógica para portadores de 
diplomas de educação superior que queiram se dedicar à educação 
básica; 
III - programas de educação continuada para os profissionais de 
educação dos diversos níveis. 
 
OLHANDO PARA A FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES 
- O encaminhamento dado à legislação e às políticas 
educativas resulta das transformações político-econômicas 
que afetam diretamente o mundo do trabalho, abalroando os 
profissionais docentes; 
- Há que se refletir sobre questões pontuais: Como avaliamos 
as estratégias escolhidas pelo sistema político brasileiro para 
solucionar os problemas da área educacional? 
- p. 130 e p. 133 
A FORMAÇÃO MATEMÁTICA DO PEDAGOGO 
E OS FUNDAMENTOS QUE EMBASAM A 
PRÁTICA PEDAGÓGICA 
- Matemática na infância: ensinada por professores 
pedagogos ou formado em nível médio; 
- Mudança da legislação com ampliação do Ensino 
Fundamental exige que se direcione nossos olhares para o 
que e como ensinar os conceitos matemáticos; 
- Alfabetização parece não ser mais o melhor caminho para 
receber as crianças, se acredita numa visão curricular que 
valorize as brincadeiras como forma de socialização e 
recriação de experiências, em um trabalho pedagógico 
interligado com as diferentes áreas do conhecimento, tal como 
uma proposta de Educação Infantil; 
A FORMAÇÃO MATEMÁTICA DO PEDAGOGO 
E OS FUNDAMENTOS QUE EMBASAM A 
PRÁTICA PEDAGÓGICA 
- O professor do 1.º ano precisa ter em mente, ao planejar e 
propor atividades, que a criança deve ser o ponto de partida 
para as situações didáticas neste momento de mudança 
curricular. 
- Prática do professor está condicionada por sua concepção 
de Matemática e suas experiências com esta área do 
conhecimento; 
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO 
- Ao pensar na formação de professores, destaca 4 fases 
nesse processo formativo específico: 
 a) Fase pré-treino que inclui as experiências prévias de 
ensino que os candidatos a professor viveram, geralmente 
como alunos, as quais podem ser assumidas de forma crítica 
e influenciar de um modo inconsciente o professor; 
 b) Fase de formação inicial que é a etapa de 
preparação formal numa instituição específica de formação de 
professores, na qual o futuro professor adquire conhecimentos 
pedagógicos e de disciplinas acadêmicas, assim como realiza 
as práticas de ensino; 
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO 
 c) Fase de iniciação que corresponde aos primeiros anos 
do exercício profissional do professor, durante os quais os 
docentes aprendem na prática, em geral através de estratégias 
de sobrevivência; 
 d) Fase de formação permanente que é a última fase 
referida por Feiman, e inclui todas as atividades planificadas 
pelas instituições ou até pelos próprios professores de modo a 
permitir o desenvolvimento profissional e aperfeiçoamento de seu 
ensino. 
- Caracterizam-se 3 grandes etapas formativas: inicial (pré-
serviço), iniciação e formação contínua, que permitem aferir ao 
conceito de formação de professores a ideia de continuidade. 
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO 
- Para Garcia, formação de professores pode ser entendida como 
a “Área de conhecimentos, investigação e de propostas teóricas e 
práticas que, no âmbito da Didática e da Organização Escolar, 
estuda os processos através dos quais os professores – em 
formação ou em exercício – se implicam individualmente ou em 
equipe, em experiências da aprendizagem através das quais 
adquirem ou melhoram seus conhecimentos, competências e 
disposições, e que lhes permite intervir profissionalmente no 
desenvolvimento do seu ensino, do currículo e da escola, com o 
objetivo de melhorar a qualidade da educação que os alunos 
recebem. 
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO 
- Neste sentido, por formação de professores pode-se 
compreender um processo contínuo de aprendizagem que 
toma como mote as diversas temáticas da profissão docente 
que didaticamente podem ser organizadas em: saber, saber-
fazer e saber-ser. (p. 165) 
- Dentro desse processo contínuo, encontram-se 2 grandes 
categorias: formação inicial e formação contínua. 
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO 
- Formação contínua em serviço é uma das modalidades da 
formação contínua, deve ser um compromisso dos sistemas 
de ensino para o enfrentamento da universalização de uma 
escola que atenda tanto às necessidades quanto às 
expectativas das camadas populares; 
- Papel dos sistemas de ensino imprescindível no que se 
refere à edificação de uma profissionalidade docente digna e 
condizente com o papel da escola re-concebendo assim a 
profissão; 
- Formação contínua, por parte dos professores, já parece ser 
consenso sua necessidade, tanto no que se refere à 
instituição de uma escola de qualidade quanto na perspectiva 
da consolidação da profissão docente. 
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO 
- p. 173 e 175 
- Formação contínua concebida como investimento pessoal, 
pois resume-se a um bem de consumo. Pensar a formação 
contínua em serviço enquanto elemento constitutivo da 
carreira docente estaria no mínimo, na contra mão do senso 
comum estabelecido; 
- Elementos formativos de 3 ordens: ordem individual; ordem 
coletiva e ordem sistêmica; 
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO 
Ordem individual 
Ordem coletiva 
Ordem sistêmica 
Condições objetivas de acesso e permanência 
na etapa da formação contínua, considerando 
a pessoa do professor e seu meio (situação 
econômica e condições psicológicas) 
Dimensão profissional do professor na 
confluência das suas condições de trabalho e 
de interação com o lócus do seu ofício: a 
escola; vínculos pessoais e profissionais 
Profissionalização docente e as frentes de 
lutas dos professores brasileiros em diversas 
instâncias (sindical); esfera trabalhista 
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO 
- Pode ser imprescindível para que os professores venham a 
galgar um efetivo estágio de formação permanente, sem o 
que, pensar em uma escola que dê conta dos desafios 
colocados a ela hoje. 
- p. 177 e 178

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