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Normas na Construção Civil

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MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO
André Luis Abitante
Ederval de Souza Lisboa
Gustavo Alves G. de Melo
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
L769m Lisboa, Ederval de Souza.
Materiais de construção : concreto e argamassa 
[recurso eletrônico] / Ederval de Souza Lisboa, Edir dos 
Santos Alves, Gustavo Henrique Alves Gomes de Melo. 
– 2. ed. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
Editado como livro impresso em 2017.
ISBN 978-85-9502-013-9
1. Materiais de construção. 2. Concreto. 3. 
Argamassa. Engenharia. I. Alves, Edir dos Santos. II. Melo, 
Gustavo Henrique Alves Gomes de. III. Título. 
CDU 691.3:62
Normalização da construção
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Expressar o significado de normalização na construção.
 � Diferenciar os tipos de auditorias.
 � Identificar a vantagem do uso das normatizações.
Introdução
Neste texto, você vai compreender os conceitos de normalização da 
construção. Toda e qualquer atividade de Engenharia deve seguir as 
normas vigentes, e o não cumprimento dessas normas pode causar 
problemas gigantescos. O profissional de engenharia deve conhecer 
constantemente as mudanças nas normas vigentes e dominar os 
conceitos presentes nas principais regulamentações.
Contextualização sobre normalização
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), normali-
zação consiste em uma atividade que estabelece prescrições para que utili-
zações comuns e repetitivas contenham boa qualidade em um determinado 
contexto de problemas ou, ainda, consiste na elaboração, difusão e implemen-
tação das normas.
A normalização é, portanto, o processo de formulação e aplicação de re-
gras para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos 
os interessados, e, em particular, para a promoção da economia global. Para 
aplicação dessas regras é preciso recorrer à tecnologia como instrumento para 
estabelecer, de forma objetiva e neutra, as condições que possibilitem que o 
produto, o projeto, o processo, o sistema, a pessoa, o bem ou o serviço atendam 
às finalidades as quais se destinam, sem esquecer dos aspectos de segurança.
Considerando essas informações, você poderá concluir que Norma é um 
documento e, no Brasil, a ABNT é o organismo de reconhecimento interna-
cional gerador dessa documentação que contém regras e diretrizes para exe-
cutar atividades ou os seus resultados em um determinado contexto. A utili-
zação de normas não é obrigatória, porém, é geralmente usada por representar 
um estado atual de determinado assunto, avaliado por especialistas.
As normas asseguram as características desejáveis de produtos e serviços, 
como qualidade, segurança, confiabilidade, eficiência, intercambialidade, 
bem como respeito ambiental; e tudo isso a um custo econômico.
A ausência de boa qualidade ou segurança em produtos ou serviços ge-
ralmente são verificadas por não seguirem normas requeridas, e os usuários 
acabam, na maioria das vezes, recorrendo aos meios disponíveis de reclama-
ções e defesa de seus direitos como consumidores.
Uso de normas na construção civil
As atividades que devem ser realizadas na construção civil têm sua organização 
controlada, devido às ações repetidas realizadas por diferentes pessoas, ao utili-
zarem de regras ou normas e assim evitar perdas e a execução de forma segura.
A normalização técnica, dessa forma, tem por objetivo garantir:
 � Qualidade (padrão requerido pelo usuário final da obra e manutenção da 
reprodutibilidade dos operários).
 � Produtividade (controle do processo de construção, dos custos e da mão 
de obra).
 � Tecnologia (parametrizar o processo em comum entre todos os envolvidos 
pela boa qualidade de produtos e serviços oferecidos de forma segura).
 � Marketing (equilibrar as ações comerciais e de serviços com atributos de 
confiança).
 � Eliminação de barreiras técnicas e comerciais (facilitar intercâmbio co-
mercial entre nações).
O retorno obtido pelo emprego das normas gera muitos benefícios, que, 
na sua maioria, são quantificáveis, porém também proporcionam garantias 
qualitativas nas relações de compra e venda.
O processo de normalização traz como produtos as normas técnicas e as 
normas regulamentadoras. No Brasil, a maioria das pessoas sabe da existência 
das normas técnicas por meio das siglas NBR e as normas regulamentadoras 
com NR. As NBR não têm caráter obrigatório, exceto se citadas em contratos, 
já as NR são exigidas legalmente, com inclusão das disposições administra-
tivas aplicáveis.
Materiais de construção: concreto e argamassa66
Os níveis de padronização são estabelecidos pela abrangência das normas em 
relação aos limites geográficos, ou seja, podem ser elaboradas e aplicadas apenas 
em uma empresa, em um grupo de empresas e até no âmbito internacional, sendo 
o mais conhecido a International Organization for Standardization (ISO).
Para melhor compreensão, a abrangência das normas podem ser:
 � Normas empresariais (padronização de serviços de uma empresa ou grupo 
de empresas estabelecidas conforme suas necessidades particulares).
 � Normas de associação (normalização de interesse um determinado setor 
que compõem a entidade de associados e assim os orienta).
 � Normas nacionais (organização nacional de normas composta por repre-
sentantes do governo, setores econômicos, consumidores e comunidade 
científica. No Brasil, a ABNT é o Comitê Brasileiro da Construção de 
importância para a Engenharia Civil).
 � Normas regionais (visa o alinhamento entre um determinado grupo de 
países independentes do mesmo continente, nosso exemplo mais próximo 
são as normas do Mercosul e as normas da Comissão Pan-Americana de 
Normas Técnicas).
 � Normas internacionais (cooperação e acordo entre vários países indepen-
dentes com interesses comerciais comuns, agem para diferentes campos 
sob reconhecimento da Organização Mundial do Comércio [OMC], sendo 
a ISO a de maior projeção, seguida pela International Electrotechnical 
Commmission [IEC], para as áreas elétrica e eletrônica, muito difundida 
nos últimos anos).
Cabe, aqui, destacarmos a ISO por contar com mais de cem países, e a 
ABNT, por representar um consenso internacional para viabilizar a troca de 
bens e serviços entre os países. Os setores de abrangência da ISO são muitos, 
mas o que mais se destaca é o da gestão da qualidade. Nos anos de 1980 a mais 
popularizadas e a mais conhecida série no mundo foi a ISO 9000, cuja aplicação 
não é obrigatória. Seus princípios básicos podem ser assim apresentados:
 � Foco no cliente (encantar o cliente com suas necessidades atuais e futuras).
 � Liderança (a liderança orienta todos os colaboradores na busca do mesmo 
objetivo).
 � Abordagem factual para tomada de decisão (decidir a partir de dados e 
construir informações relevantes).
 � Abordagem de processo (gestão das atividades e os recursos relacionados 
baseados em processos).
Normalização da construção 67
 � Abordagem sistêmica para a gestão (interpretar as relações empresariais 
como um sistema para o atingimento de suas metas).
 � Melhoria contínua (busca permanente pela excelência no desempenho em-
presarial).
 � Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores (estabelecer uma re-
lação de ganha-ganha e confiança entre ambos).
Para a construção civil, no Brasil, existem dois comitês técnicos, com-
postos de subcomitês relevantes, o CB-02 (Construção Civil) e o CB-18 (Ci-
mento, Concreto e Agregado). Entre as responsabilidades do CB-02 vamos 
destacar as tarefas para elaboração de normas técnicas, como componentes, 
elementos, produtos, serviços utilizados na construção civil de abrangência 
para planejamento, projeto, execução, métodos de ensaio, armazenamento, 
transporte, operação, uso, manutenção e necessidades do usuário. Já o CB-18 
trata da normalização do setor do cimento, concreto e agregados, referente à 
terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades.
Norma para bloco de concreto: a fabricação e o uso dobloco de concreto devem ser 
resultados da aplicação da normalização nos seus variados aspectos: 
 � Padronização (NBR 6.136: garante a intercambeabilidade e a racionalização da cons-
trução pela definição das diferentes famílias de bloco de concreto e o seu recebi-
mento, destinados à execução de alvenaria com ou sem função estrutural).
 � Especificação (NBR 121.128: para uso seguro do bloco de concreto faz-se especifica-
ções dimensional, resistência e outras).
 � Ensaio (especificar ensaios de resistência à compressão e os equipamentos e proce-
dimentos necessários).
 � Terminologia (definição de termos empregados aos diferentes tipos de bloco).
 � Simbologia (representação gráfica de um bloco em um projeto).
 � Classificação (classificar os tipos de bloco de concreto).
 � Procedimentos (NBR 8.798: estabelece os procedimentos para execução e controle 
de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto).
Exemplo
Auditorias comumente empregadas
As normas são prescrições científicas que têm por objetivo o aperfeiçoamento 
estrutural, funcional e estético da construção, sem desconsiderar a economia 
Materiais de construção: concreto e argamassa68
na execução. Normas são conhecimentos registrados disponibilizados para 
garantir a qualidade e certificar um produto ou serviço.
Todos os profissionais envolvidos na construção civil devem conhecer 
uma quantidade mínima de normas, para assim transferirem seus conheci-
mentos com base na melhor técnica ou boa prática. Mesmo que as normas não 
sejam obrigatórias, elas lhe possibilitarão alcançar um resultado satisfatório 
para o usuário final. Por outro lado, as normas também permitem um padrão 
mínimo de referência, para gerar defesa do consumidor pelos seus direitos, 
quando se sentir lesado.
No processo de avaliação dos materiais empregados na construção civil, 
empregamos as seguintes ações:
 � Selecionar normas e regulamentos.
 � Coletar amostras e realizar ensaios.
 � Realizar inspeções.
 � Realizar auditorias nos Sistemas de Gestão da Qualidade.
 � Avaliar e acompanhar a obra realizada no mercado.
Destacaremos a auditoria nos parágrafos seguintes, porém as diferentes 
formas de inspeção são também fundamentais, pois usam técnicas de me-
dição para quantificar a qualidade de um produto/obra ou um serviço, pos-
sibilitando o controle durante a execução. As ações de avaliação sobre as 
atividades desenvolvidas estão em conformidade com o planejado e, assim, 
devemos observar os desvios ocorridos, buscando alternativas corretivas e 
servindo como aprendizado para os próximos planejamentos.
De uma forma simples e direta, a auditoria é um exame sistemático das 
atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, que tem o obje-
tivo de averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e/ou 
estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão 
adequadas.
O auditor é a pessoa capaz de realizar a auditoria da qualidade, a organi-
zação é a parte que será auditada por solicitação de um cliente. Para isso, as 
auditorias são classificadas em três níveis:
 � Auditoria de primeira parte (ou auditoria interna): a organização mesmo 
aplica em seu sistema com vistas a garantir para a administração da em-
presa que os sistemas de gestão da qualidade estão atingindo seus obje-
tivos. Desse processo, surge um documento conclusivo denominado de 
Declaração do Fornecedor.
Normalização da construção 69
 � Auditoria de segunda parte (ou auditoria de fornecedor): conduzida por 
uma organização sobre a outra, que pretende adquirir produtos ou ser-
viços. Assim, a organização compradora verifica se o fornecer será capaz 
de cumprir com a entrega de produtos ou serviços. O documento gerado é 
denominado de Declaração de Comprador.
 � Auditoria de terceira parte: quando uma agência idônea e independente con-
clui e garante que a organização auditada é capaz de garantir o Sistema de 
Gestão da Qualidade por estar em conformidade com normas nacionais ou 
internacionais. Ao final é gerado um documento denominado Certificação.
O Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) é o responsável pela acreditação das 
empresas certificadoras. Para esse instituto, 
Acreditação é o reconhecimento formal por um organismo de acreditação, de 
que um organismo de Avaliação da Conformidade - OAC (laboratório, organis-
mo de certificação ou organismo de inspeção) atende a requisitos previamente 
definidos e demonstra ser competente para realizar suas atividades com con-
fiança. (INMETRO, c1993-2012).
A coordenação geral do INMETRO atua na acreditação da OAC. Suas diretrizes básicas são:
 � Acreditação de laboratórios.
 � Acreditação de organismos de certificação.
 � Acreditação de organismos de inspeção.
 � Acreditação de organismos de verificação de desempenho.
Benefícios da normalização na construção
Anteriormente, comentamos sobre a importância da normalização, o que lhe 
permite, até esse momento da leitura, se posicionar sobre os riscos de sobre-
vivência que se expõem uma organização que não implemente, em sua obra 
ou prestação e serviços, as normas orientadas pela ABNT como requisito mí-
nimo para manter seus clientes ou captar novos clientes.
Todos nós em determinado momento nos deparamos com o uso de produtos 
ou serviços de baixa qualidade, cujos defeitos estavam “invisíveis” e que nos 
decepcionaram no momento que mais precisávamos de seu desempenho.
Materiais de construção: concreto e argamassa70
O processo de normalização visa à consecução de normas com clareza, sem 
a necessidade de ser refeito e que assegurem que o sistema fará certo, logo da 
primeira vez, sem erros, cumprindo os requisitos e padrões estabelecidos.
Os benefícios provenientes da normalização podem ser quantitativos 
ou qualitativos. Não será diferente para o emprego na construção civil das 
mesmas determinações. Os benefícios quantitativos são, aparentemente, mais 
fácil de se observar, porque devem permitir resultados que tornem possível 
medições numéricas, geralmente com apoio da estatística para:
 � Redução do consumo de materiais e do desperdício.
 � Padronização de equipamentos e componentes.
 � Redução da variedade de produtos.
 � Fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos.
 � Aumento da produtividade.
 � Melhoria da qualidade.
 � Controle de processos.
Os consequentes benefícios qualitativos da normalização, são mais difíceis 
de detectar e, assim, controlar suas causas para evitar que se tornem repetitivos, 
comprometendo até mesmo a imagem da organização diante de seus clientes 
atuais ou potenciais. Eles são frequentemente manifestados por meio de:
 � Utilização adequada dos recursos (equipamentos, materiais e mão de obra).
 � Uniformização da produção.
 � Facilitação do treinamento da mão de obra, melhorando o seu nível técnico.
 � Possibilidade do registro do conhecimento tecnológico.
 � Melhora do processo de contratação venda de tecnologia.
Para ambos os benefícios é pertinente destacar a importância da correta se-
leção e utilização dos materiais para a construção civil. A persistência no tema 
sobre a garantia de materiais de boa qualidade é básica e fundamental quando 
se espera que uma obra bem projetada não apresente problemas durante o uso.
A certificação de materiais na construção civil não é suficiente, exige-se 
também:
 � Certificação de sistema – aplicado quando uma organização implementou um 
sistema de gestão e o mantém em conformidade com requisitos normativos.
 � Certificação de pessoal – garantia de que um profissional tem compe-
tência, habilidade e conhecimento para executar uma determinada função.
Normalização da construção 71
A maioria das empresas já assimilaram a importância de obter certifi-
cação quanto o seu campo de atuação, uma vez que a ocorrência de uma falha 
de seu produto pode colocar em risco a segurança das pessoas e/ou meio am-
biente. Isso requer, em primeiro lugar, o uso de materiais de boa qualidade.
Da mesma forma, a obtenção da certificação de produtosdada por um or-
ganismo independente certificador acreditado, possibilitando o acompanha-
mento do selo INMETRO, traz muitos benefícios, e possibilita:
 � Demonstrar a existência de regras de mercado que devem ser seguidas 
por todos os fornecedores, sem exceção, propiciando a concorrência justa.
 � Declarar externamente de forma independente a qualidade dos produtos e 
serviços perante os diversos mercados.
 � Minimizar os erros de produção e a oferta de produtos padronizados que 
atendam às necessidades do consumidor, trazendo como consequência au-
mento da produtividade e da competitividade.
 � Garantir a aceitação internacional dos produtos sem a necessidade de re-
petições das avaliações realizadas.
 � Aumentar a confiança do consumidor no produto adquirido.
 � Auxiliar na identificação de produtos que atendam a normas específicas, 
possibilitando a tomada de decisões acertadas e diminuindo o risco da 
tomada de decisões com base em avaliações incorretas.
 � Facilitar o controle do governo dos produtos no mercado e simplificar as 
compras públicas.
É importante salientarmos, também, que as ações do Programa Brasileiro 
da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) visam o combate à não 
conformidade intencional às normas técnicas na fabricação de materiais e 
aos componentes para a construção civil. Para cada segmento de produtos, 
existe um Programa Setorial de Qualidade específico, definido por entidades 
setoriais nacionais representantes de cada setor. O modelo de atuação para a 
certificação é por meio de amostragem, ou seja, amostras de produtos são re-
tirados da fábrica e do mercado para as empresas que aderiram ao programa. 
O produto de empresas que não aderiram ao programa pode ser analisado a 
partir de amostragens realizadas no mercado.
Dentro do programa, são tomadas ações específicas para a criação de 
normas técnicas, proporcionando a avaliação da conformidade dos produtos a 
critérios confiáveis e com abrangência nacional.
Materiais de construção: concreto e argamassa72
Assim, a normalização da construção civil é de grande importância, pois 
a maioria das empresas já buscam certificações para, dessa forma, melhor se 
posicionarem no mercado de cada região do país, visando o desenvolvimento 
tecnológico na produção habitacional, especialmente. É preciso ir além para 
que as empresas evoluam na mesma taxa de crescimento da evolução tec-
nológica com a sua equipe profissional, visando às exigências de inovação 
tecnológica e, assim, possibilitar a viabilidade nos investimentos de ativos 
intangíveis para se tornarem competitivos internacionalmente.
1. Quais dos itens abaixo NÃO faz 
parte do processo de verificação da 
conformidade de serviços e produtos 
a partir da observância das normas 
técnicas?
a) Certeza de qualidade após a 
verificação.
b) Realizar ensaios, verificações e 
auditorias.
c) Selecionar normas.
d) Selecionar regulamentos.
e) Coletar amostras.
2. Qual dos itens abaixo NÃO é um 
objetivo atingido com o uso de 
normatizações?
a) Qualidade.
b) Produtividade. 
c) Tecnologia. 
d) Queda de barreiras comerciais.
e) Garantia legal quando um 
produto for utilizado inadequa-
damente.
3. Qual dos itens abaixo NÃO repre-
senta as diretrizes da NBR ISO 9000?
a) Foco no cliente.
b) Abordagem factual.
c) Envolvimento das pessoas.
d) Facilidade de explorar os forne-
cedores.
e) Melhoria contínua.
4. Qual dos itens abaixo NÃO motivou 
o surgimento das primeiras norma-
tizações?
a) Garantia de padrões.
b) Disparidade das características.
c) Falta de benefício para o usuário.
d) Diferenças de aplicação.
e) Reposição inexistente.
5. Qual dos itens abaixo NÃO é uma 
vantagem na utilização de normati-
zações?
a) Concorrência justa.
b) Garantia de preço igual em todos 
os produtos.
c) Aumento de competitividade.
d) Confiança do consumidor.
e) Facilidade de compras públicas.
Normalização da construção 73
INMETRO. O que é acreditação. Rio de Janeiro: INMETRO, c1993-2012. Disponível em: 
<http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/oqe_acre.asp>. Acesso em: 6 jul. 2016.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério das Cidades. Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do 
Habitat. Bússola da qualidade: Sistema Nacional de Avaliação Técnica - SINAT. Brasília: 
Ministério das Cidades, c2016. Disponível em: <http://pbqp-h.cidades.gov.br/impren-
sa_bussola2.php?cd=102>. Acesso em: 6 jun. 2016.
ISAIA, G. C. Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de material. 2. 
ed. São Paulo: IBRACON, 2010.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. O que é normaliza-
ção? [S.l.]: Sebrae, 2016. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/
artigos/o-que-e-normalizacao,82bc438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD>. 
Acesso em: 6 jun. 2016.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Gestão da qualidade. Porto Ale-
gre: Senai-RS, 2009. (Série EED – Estratégias Educacionais Diferenciadas).
Referência
Materiais de construção: concreto e argamassa74

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