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Manual PASSO A PASSO da contabilidade

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1 
 
2 
 
Passo a Passo 
para Aprender 
Contabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Kadson Luz; Cleuso Rodrigues; Reinaldo Saraiva 
3 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução: ........................................................................................................................................................................ 7 
Resumo ............................................................................................................................................................................. 8 
Fundamentos da Contabilidade ........................................................................................................................................ 9 
Princípios Contábeis Fundamentais .............................................................................................................................. 9 
Princípio da Entidade: ............................................................................................................................................... 9 
Princípio da Continuidade ......................................................................................................................................... 9 
Princípio do Custo Original ........................................................................................................................................ 9 
Princípio da Competência ......................................................................................................................................... 9 
Princípio da Consistência .......................................................................................................................................... 9 
Tipos de Contabilidade.................................................................................................................................................. 9 
Contabilidade Financeira .......................................................................................................................................... 9 
Contabilidade Gerencial .......................................................................................................................................... 10 
Contabilidade de Custos ......................................................................................................................................... 10 
Conceitos Básicos ............................................................................................................................................................ 10 
PATRIMÔNIO ............................................................................................................................................................... 10 
ATIVO .......................................................................................................................................................................... 10 
PASSIVO ....................................................................................................................................................................... 11 
Obrigação presente da entidade ............................................................................................................................ 11 
Derivada de eventos já ocorridos ........................................................................................................................... 11 
Cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ................ 11 
PATRIMONIO LIQUIDO ................................................................................................................................................ 12 
Demonstração de Resultados ..................................................................................................................................... 12 
Receita de Vendas ................................................................................................................................................... 12 
Custos e Despesas ................................................................................................................................................... 12 
Lucro Bruto .............................................................................................................................................................. 12 
Lucro Operacional ................................................................................................................................................... 12 
Lucro Líquido ........................................................................................................................................................... 12 
Fluxo de Caixa ......................................................................................................................................................... 12 
Fluxo de Caixa Operacional ..................................................................................................................................... 13 
Fluxo de Caixa de Investimento .............................................................................................................................. 13 
Fluxo de Caixa de Financiamento ........................................................................................................................... 13 
Regras de Escrituração Contábil ..................................................................................................................................... 13 
Partida dobrada .......................................................................................................................................................... 13 
4 
 
Contas contábeis ......................................................................................................................................................... 13 
Lançamentos contábeis .............................................................................................................................................. 13 
Plano de Contas .............................................................................................................................................................. 14 
Estrutura do plano de contas ...................................................................................................................................... 14 
Classificação das contas .............................................................................................................................................. 14 
Ativo: ....................................................................................................................................................................... 14 
Passivo: .................................................................................................................................................................... 14 
Patrimônio Líquido: ................................................................................................................................................. 14 
Receitas: .................................................................................................................................................................. 14 
Despesas: ................................................................................................................................................................ 14 
Exemplos práticos ....................................................................................................................................................... 14 
Elaboração de Demonstrações Contábeis ...................................................................................................................... 15 
Balanço patrimonial ....................................................................................................................................................15 
Demonstração de resultados do exercício .................................................................................................................. 15 
Demonstração do fluxo de caixa ................................................................................................................................. 15 
Demonstração dos Fluxos de Caixa na Lei 6.404/76 ............................................................................................... 15 
Demonstração dos fluxos de caixa – Método indireto ........................................................................................... 16 
Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Direto ............................................................................................. 16 
Notas explicativas ....................................................................................................................................................... 17 
Notas Explicativas Segundo A Lei 6.404/76 ............................................................................................................ 17 
Notas Explicativas Segundo O CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica Da Contabilidade ........................................ 17 
Notas Explicativas Segundo O CPC 26 – Apresentação Das Demonstrações Contábeis ......................................... 17 
Análise Financeira ........................................................................................................................................................... 18 
Ratios financeiros ........................................................................................................................................................ 18 
Interpretação das demonstrações financeiras ........................................................................................................... 18 
Avaliação de desempenho .......................................................................................................................................... 18 
Aspectos Tributários ....................................................................................................................................................... 18 
Impostos sobre a renda .............................................................................................................................................. 18 
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF): .................................................................................................................. 18 
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) ................................................................................................................ 18 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ................................................................................................... 18 
Imposto sobre Ganhos de Capital ........................................................................................................................... 19 
Impostos sobre vendas ............................................................................................................................................... 19 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)................................................................................. 19 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ........................................................................................................ 19 
Imposto sobre Serviços (ISS) ................................................................................................................................... 19 
Imposto sobre Valor Agregado (IVA) ...................................................................................................................... 19 
Contabilidade de Custos ................................................................................................................................................. 19 
5 
 
Definições .................................................................................................................................................................... 19 
Classificação Dos Custos E Despesas ........................................................................................................................... 20 
Custos Diretos E Indiretos ....................................................................................................................................... 20 
Custos Fixos E Variáveis .......................................................................................................................................... 20 
Métodos de custeio .................................................................................................................................................... 21 
Custeio por absorção .............................................................................................................................................. 21 
Custeio Variável ou Custeio Direto ......................................................................................................................... 21 
Tecnologia e Contabilidade ............................................................................................................................................. 21 
Softwares contábeis .................................................................................................................................................... 21 
Automação contábil .................................................................................................................................................... 21 
Segurança de dados .................................................................................................................................................... 22 
Obrigações acessórias ..................................................................................................................................................... 22 
O que são obrigações acessórias? .............................................................................................................................. 22 
Obrigações principais x obrigações acessórias? ......................................................................................................... 22 
Obrigações principais .............................................................................................................................................. 22 
Obrigações acessórias ............................................................................................................................................. 22 
Regimes Tributários ........................................................................................................................................................ 23 
Simples Nacional ......................................................................................................................................................... 23 
Lucro Presumido ......................................................................................................................................................... 23 
Lucro Real .................................................................................................................................................................... 23 
Lucro Arbitrado ........................................................................................................................................................... 23 
Obrigações acessórias comuns a todos os regimes tributários ...................................................................................... 23 
SEFIP/GFIP ................................................................................................................................................................... 23 
CAGED .........................................................................................................................................................................24 
DIRF ............................................................................................................................................................................. 25 
RAIS ............................................................................................................................................................................. 26 
Obrigações acessórias do Simples Nacional ................................................................................................................... 27 
DEFIS ........................................................................................................................................................................... 27 
DAS .............................................................................................................................................................................. 28 
DESTDA ........................................................................................................................................................................ 29 
SINTEGRA .................................................................................................................................................................... 30 
DES .............................................................................................................................................................................. 31 
Obrigações acessórias do Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado .................................................................... 32 
ECF ............................................................................................................................................................................... 32 
ECD .............................................................................................................................................................................. 33 
DCTF ............................................................................................................................................................................ 34 
EFD Contribuições ....................................................................................................................................................... 35 
EFD ICMS/IPI (SPED Fiscal) .......................................................................................................................................... 36 
6 
 
SISCOSERV ................................................................................................................................................................... 37 
DAPI ............................................................................................................................................................................. 37 
GUIA ESTADUAL .......................................................................................................................................................... 38 
GIA- SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ................................................................................................................................ 38 
LFE (Distrito Federal) ................................................................................................................................................... 38 
DES .............................................................................................................................................................................. 38 
Conheça os prazos de entrega das declarações obrigatórias ......................................................................................... 38 
Obrigações acessórias mensais ................................................................................................................................... 38 
Livros fiscais e comerciais ............................................................................................................................................... 39 
Departamentos de um escritório contábil ...................................................................................................................... 40 
Departamento Contábil: ............................................................................................................................................. 40 
Departamento de Pessoal (ou Recursos Humanos): .................................................................................................. 40 
Departamento Fiscal: .................................................................................................................................................. 41 
Departamento Legal: .................................................................................................................................................. 41 
 
 
7 
 
Introdução: 
Bem-vindo ao Manual de Contabilidade: Navegando pelas Trilhas Financeiras. Este guia abrangente 
foi desenvolvido para fornecer uma visão clara e prática do mundo da contabilidade, seja para iniciantes 
que estão dando os primeiros passos ou profissionais experientes que buscam aprimorar suas habilidades. 
A contabilidade é mais do que simples registros; é a linguagem financeira que permite compreender, 
analisar e otimizar o desempenho econômico de uma entidade. Vamos explorar juntos os princípios 
fundamentais, ferramentas modernas e estratégias eficazes que tornarão a contabilidade uma aliada 
poderosa na tomada de decisões empresariais. 
 
8 
 
Resumo: 
O Manual de Contabilidade é uma fonte abrangente para compreender os princípios contábeis 
essenciais e aplicá-los de maneira prática. Desde os conceitos básicos, como partida dobrada e estrutura 
do plano de contas, até tópicos avançados, como interpretação de demonstrações financeiras e uso de 
softwares contábeis, este manual aborda todos os aspectos da contabilidade de forma clara e acessível. A 
automação contábil e a segurança de dados também são exploradas, destacando a importância da 
tecnologia na evolução da contabilidade moderna. Prepare-se para uma jornada educativa que 
transformará a maneira como você enxerga e utiliza a contabilidade como uma ferramenta estratégica e 
indispensável para o sucesso empresarial. 
9 
 
Fundamentos da Contabilidade 
O que é Contabilidade? 
A contabilidade é uma disciplina fundamental que desempenha um papel essencial na gestão 
financeira de empresas e organizações. Ela é o sistema de registro, análise e interpretação das transações 
financeiras de uma entidade. A principal finalidade da contabilidade é fornecer informações financeiras 
precisas e relevantes para ajudar a tomada de decisões gerenciais, planejamento financeiro e prestação de 
contas a partes interessadas, como investidores, credores e órgãos reguladores. 
A contabilidade é muito mais do que apenas manter registros de receitas e despesas. Ela abrange 
uma série de princípios contábeis fundamentais que garantem a integridade e a consistência das 
informações financeiras. 
Princípios Contábeis Fundamentais 
A contabilidade é regida por princípios contábeis que estabelecem as diretrizes para o tratamento 
das transações financeiras. Estes princípios são a espinha dorsal da contabilidade e incluem: 
Princípio da Entidade: Este princípio estabelece que a entidade (empresa ou organização) é 
separada das transações de seus proprietários ou de outras entidades. Isso significa que os registros 
contábeis devem refletir apenas as atividades da entidade em questão. 
Princípio da Continuidade: Esse princípio presume que a entidade continuará suas operações no 
futuro previsível. Portanto, os ativos e passivos são registrados com base nessa premissa. 
Princípio do Custo Original: Os ativos são registrados a seu custo original de aquisição, e esse valor é 
mantido até que haja evidência objetiva de que o valor justo tenha diminuído de forma permanente. 
Princípio da Competência: As receitase despesas devem ser registradas no período em que são 
realizadas, independentemente de quando o pagamento é recebido ou feito. 
Princípio da Consistência: Os métodos contábeis devem ser aplicados de forma consistente de um 
período para o outro para garantir a comparabilidade das informações. 
Tipos de Contabilidade 
Existem vários tipos de contabilidade, cada um com seu foco e finalidade específicos: 
Contabilidade Financeira: A contabilidade financeira concentra-se na preparação de demonstrações 
financeiras (como o balanço patrimonial e a demonstração de resultados) para apresentar informações aos 
investidores, credores e outras partes interessadas externas. Seu objetivo é fornecer uma visão precisa e 
transparente do desempenho financeiro da empresa. 
10 
 
Contabilidade Gerencial: A contabilidade gerencial é usada internamente pelas organizações para 
auxiliar na tomada de decisões e no planejamento estratégico. Ela fornece informações detalhadas sobre 
custos, orçamentos e eficiência operacional, ajudando os gestores a aprimorar o desempenho da empresa. 
Contabilidade de Custos: A contabilidade de custos concentra-se na análise e controle dos custos 
associados à produção e à prestação de serviços. Isso ajuda as empresas a entender os custos envolvidos 
em suas operações e a tomar decisões informadas sobre preços, produção e investimentos. 
Conceitos Básicos 
PATRIMÔNIO 
Por definição, o patrimônio é considerado como sendo o conjunto de BENS, DIREITOS e 
OBRIGAÇÕES de uma entidade. 
Esse patrimônio deve ser tratado conforme o princípio da ENTIDADE. De acordo com esse princípio, 
a contabilidade é executada e mantida para as entidades como pessoas completamente distintas das 
pessoas físicas (ou jurídicas) dos sócios. Quando uma empresa individual paga uma despesa, é o caixa da 
empresa que está desembolsando o dinheiro, e não o dono da empresa, embora, materialmente, as duas 
coisas se confundam muitas vezes. Este princípio tem validade de grande importância, pois consolida a 
antiga distinção jurídica entre pessoas físicas e jurídicas. 
ATIVO 
O Ativo, em sua essência simplificada, engloba os bens e direitos de uma entidade representados 
em termos monetários. Alguns exemplos de ativos são: 
Caixa e Bancos: Estes são recursos financeiros imediatamente disponíveis. 
Imóveis, Veículos, Equipamentos, Mercadorias e Contas a Receber de Clientes: Estes são apenas 
alguns exemplos dos ativos que uma empresa geralmente possui. Esses ativos representam propriedades 
tangíveis e direitos a receber dinheiro no futuro. 
O Ativo compreende uma variedade de elementos, que podem ser categorizados em bens tangíveis 
e intangíveis. Os bens tangíveis são aqueles que possuem presença física e podem ser subdivididos em 
duas categorias: bens móveis, que são passíveis de movimentação e incluem itens como estoques, 
veículos, equipamentos, móveis e utensílios; e bens imóveis, que são permanentemente ligados ao solo, 
como edifícios e construções. 
11 
 
Por outro lado, os bens intangíveis são aqueles que não têm presença física e incluem ativos como 
marcas e patentes, direitos autorais e outros. Eles representam propriedades de natureza incorpórea, 
sendo valiosos por seus aspectos intelectuais e legais. 
Adicionalmente, direitos a receber, que representam valores a receber de terceiros, também fazem 
parte do Ativo, contribuindo para a diversificação dos elementos que compõem essa categoria contábil. 
Direitos de terceiros, embora intangíveis por natureza, são frequentemente referidos simplesmente 
como "Direitos". Um exemplo notável desses direitos é representado pelas contas a receber, que denotam 
um direito da empresa decorrente de uma venda a prazo. Nesse cenário, o cliente se compromete a 
efetuar o pagamento à empresa em algum momento no futuro. Além disso, outros exemplos de direitos 
incluem valores a receber provenientes de aluguéis, salários e duplicatas. 
Existem ativos que não se enquadram na categoria de bens ou direitos no sentido tradicional. No 
entanto, como qualquer outro ativo, é essencial que estejam sob o controle da entidade e que prometam 
benefícios econômicos futuros que a entidade possa desfrutar. Além disso, por convenção, todos os 
componentes do Ativo são listados no lado esquerdo do Balanço Patrimonial. 
PASSIVO 
O passivo é a parte do balanço patrimonial de uma empresa que representa suas obrigações 
financeiras. Essas obrigações podem surgir de transações passadas ou eventos futuros que provavelmente 
resultarão em saídas de recursos financeiros. Em termos simples, o passivo é tudo o que a empresa deve a 
terceiros. 
Obrigação presente da entidade: Gastos previstos e/ou esperados não constituem passivos. Por 
exemplo, se uma empresa de aviação tem a previsão de trocar os motores de uma aeronave dentro de 2 
anos, ao custo de R$200.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação presente. Dentro de 
dois anos, a empresa pode vender o avião e não realizar a troca dos motores. 
Derivada de eventos já ocorridos: eventos futuros não constituem passivo. Ainda que o pagamento 
seja feito em data posterior, o evento que origina o passivo já deve ter ocorrido. 
Cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos: 
O passivo deverá ser liquidado com recursos capazes de gerar benefícios econômicos. 
Lembra a definição de Ativo? 
Pois é, os recursos capazes de gerar benefícios econômicos são os Ativos da empresa. Assim, o 
Passivo será liquidado através da entrega de ativos (dinheiro, duplicatas a receber, outros bens ou 
12 
 
mercadorias, etc). A maneira mais comum é através do pagamento do passivo em dinheiro. Mas também 
pode ocorrer a liquidação de um passivo com a entrega de mercadoria, ou de qualquer outro ativo 
PATRIMONIO LIQUIDO 
Basicamente, o patrimônio total de uma empresa é constituído dos itens positivos que ela possui, 
os bens e os direitos, e dos itens negativos, as obrigações. Definimos o Patrimônio Líquido (PL) como a 
diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo de uma entidade, em determinado momento. Ou seja, 
os bens e direitos menos as obrigações. O PL representa a riqueza líquida que a empresa possui. 
Se uma entidade possui ativos no total de R$ 100.000,00 e passivos no total de R$ 60.000,00, 
teremos então um PL no valor de? Isso mesmo, R$ 40.000,00. Guarde essa fórmula. Ela é de extrema 
importância para o nosso curso como um todo. 
Demonstração de Resultados 
A Demonstração de Resultados, também conhecida como Demonstração do Resultado do Exercício 
(DRE) ou Demonstração de Lucros e Perdas (DLP), é um documento contábil que apresenta um resumo das 
receitas, despesas e lucros (ou prejuízos) de uma empresa durante um período contábil específico, 
geralmente um trimestre ou um ano. A DRE é fundamental para avaliar o desempenho operacional e a 
rentabilidade de uma empresa. 
Os principais elementos da Demonstração de Resultados incluem: 
Receita de Vendas: Representa a receita gerada pela venda de produtos ou serviços. 
Custos e Despesas: Incluem os custos diretos e indiretos associados à produção e operação, bem 
como despesas operacionais, como salários, aluguéis e despesas administrativas. 
Lucro Bruto: Calculado subtraindo os custos das vendas da receita de vendas. 
Lucro Operacional: Obtido deduzindo-se as despesas operacionais do lucro bruto. 
Lucro Líquido: É o resultado final, após deduzir despesas financeiras, impostos e outras despesas. 
A Demonstração de Resultados fornece uma visão clara do desempenho financeiro de uma 
empresa, permitindo que os gestores e investidores avaliem a eficiência operacional, a capacidade de 
geração de lucros e a tendência de crescimento. 
Fluxo de Caixa 
O Fluxo de Caixa, por outro lado, concentra-se no rastreamento do dinheiro que entra e sai da 
empresa em um período específico. Ele é dividido em três categorias principais: 
13 
 
Fluxo deCaixa Operacional: Reflete as entradas e saídas de caixa relacionadas às operações do dia a 
dia, incluindo receitas de vendas, pagamento de fornecedores, salários e outras despesas operacionais. 
Fluxo de Caixa de Investimento: Registra as transações de compra e venda de ativos de longo prazo, 
como imóveis, equipamentos e investimentos. 
Fluxo de Caixa de Financiamento: Rastreia as atividades de captação de recursos, como 
empréstimos e emissão de ações, bem como o pagamento de dívidas e dividendos. 
O Fluxo de Caixa é crucial para garantir que a empresa tenha recursos financeiros suficientes para 
atender às suas obrigações e investir em crescimento. Ele ajuda a evitar crises de liquidez e fornece 
informações importantes para a tomada de decisões de financiamento e investimento. 
Regras de Escrituração Contábil 
Partida dobrada 
A partida dobrada é o alicerce sobre o qual a contabilidade se sustenta. Esse princípio estabelece 
que toda transação financeira envolve, no mínimo, duas contas: uma que será debitada e outra que será 
creditada. Em outras palavras, para cada ação há uma reação equivalente. Esse equilíbrio é crucial para 
garantir a integridade e a precisão dos registros contábeis. 
Contas contábeis 
Contas contábeis são como categorias que organizam as diferentes atividades financeiras de uma 
entidade. Elas funcionam como recipientes virtuais, agrupando receitas, despesas, ativos e passivos. Cada 
conta possui uma natureza específica e é classificada como sendo devedora ou credora, de acordo com sua 
função no contexto financeiro. Através dessa estrutura, é possível analisar e compreender a saúde 
financeira de uma empresa. 
Lançamentos contábeis 
Os lançamentos contábeis são as notas registradas no diário contábil, refletindo cada 
movimentação financeira da entidade. Cada lançamento segue o princípio da partida dobrada, garantindo 
que os débitos e créditos estejam equilibrados. Esses registros são essenciais para a elaboração de 
demonstrativos financeiros e para a tomada de decisões estratégicas. 
14 
 
Plano de Contas 
Estrutura do plano de contas 
O plano de contas é dividido em categorias que refletem as diversas atividades financeiras da 
empresa. As contas são agrupadas em ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas. Cada uma 
dessas categorias abriga contas específicas relacionadas às operações e características da entidade. 
Classificação das contas 
As contas são classificadas como contas patrimoniais e contas de resultado. As contas patrimoniais 
englobam ativo, passivo e patrimônio líquido, representando a situação financeira da empresa em um 
determinado momento. Já as contas de resultado incluem receitas e despesas, refletindo o desempenho 
financeiro ao longo de um período. 
Ativo: Representa os bens e direitos da empresa. 
Exemplo prático: Conta "Caixa" ou "Contas a Receber". 
Passivo: Engloba as obrigações e compromissos da empresa. 
Exemplo prático: Conta "Fornecedores" ou "Empréstimos". 
Patrimônio Líquido: Reflete o valor residual dos ativos após o pagamento das obrigações. 
Exemplo prático: Conta "Capital Social" ou "Lucros Acumulados". 
Receitas: Representam os ganhos financeiros da empresa. 
Exemplo prático: Conta "Vendas" ou "Receitas Financeiras". 
Despesas: Englobam os custos e gastos da empresa. 
Exemplo prático: Conta "Despesas com Salários" ou "Despesas de Aluguel". 
Exemplos práticos 
Vamos imaginar uma transação em que a empresa realiza uma venda a prazo de um produto. Nesse 
caso, haverá um aumento na conta "Contas a Receber" (ativo), enquanto a conta "Vendas" (receitas) 
também será impactada positivamente. 
Por outro lado, se a empresa adquirir mercadorias a prazo, a conta "Fornecedores" (passivo) será 
aumentada, refletindo a obrigação de pagamento no futuro, enquanto a conta "Estoque" (ativo) indicará o 
aumento dos bens disponíveis. 
 
15 
 
Elaboração de Demonstrações Contábeis 
Balanço patrimonial 
Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a evidenciar, seja de forma 
qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição patrimonial e financeira da entidade. No balanço 
patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações da empresa. Esta informação é estática, 
pois funciona tal qual uma fotografia da entidade em determinado momento. 
Demonstração de resultados do exercício 
A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que apresenta o confronto 
entre receitas e despesas da entidade. Todas as mutações do patrimônio líquido que não sejam resultantes 
das transações com os sócios devem estar reconhecidas em duas demonstrações: demonstração do 
resultado do exercício e demonstração de resultados abrangentes. 
Se as receitas forem maiores que as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao contrário, 
sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo. 
Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as receitas e despesas devem 
ser reconhecidas independentemente de pagamento ou recebimento. 
Demonstração do fluxo de caixa 
Demonstração dos Fluxos de Caixa na Lei 6.404/76 
A demonstração dos fluxos de caixa tornou-se obrigatória, no Brasil, a partir de 2008. 
Conforme a Lei 6404/76: 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da 
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do 
patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
IV – Demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 
2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos 
fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no 
mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
16 
 
I – Demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e 
equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 
3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
a) das operações; (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
Portanto, a demonstração dos fluxos de caixa é obrigatória para a companhia aberta e para a companhia 
fechada com patrimônio líquido superior a 2 milhões. 
A lei estabelece ainda que no mínimo teremos três fluxos evidenciados na DFC: Operacional, Investimentos 
e Financiamento. 
Demonstração dos fluxos de caixa – Método indireto 
Os passos para fazermos a DFC pelo método indireto, no fluxo operacional, são os seguintes: 
Como calcular o fluxo operacional pelo método indireto? 
Passo 1: Pegar o lucro líquido do exercício 
Passo 2: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa. 
Passo 3 Eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa. 
Fluxo de Atividades Operacionais – Método Indireto 
Vamos ver detalhadamente? 
Passo 1: Pegar o lucro líquido do exercício 
Passo 2: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa. 
Vamos começar a nossa DFC pelo método indireto, encontrando o fluxo operacional. 
Atenção: Partir do lucro líquido do exercício e procurar o que não afeta o caixa (seja receita, seja despesa). 
Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Direto 
Pelo método indireto, usamos o Lucro Líquido e a variação do saldo das contas patrimoniais. No 
método direto, usamos as contas patrimoniais e ajustamos pelas contas de resultado. Ou seja, usamos as 
mesmas informações, mas a forma de cálculo muda. 
17 
 
Fica bem simples se usarmos a fórmula universal, para o método direto, que é a seguinte: Saldo 
Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final. 
O saldo iniciale final de cada conta vem do Balanço Patrimonial. E as contas de Resultado 
representam as entradas ou as saídas, dependendo da conta. 
Notas explicativas 
Notas Explicativas Segundo A Lei 6.404/76 
Os atos contábeis são acontecimentos que ocorrem na entidade e não provocam alterações do 
patrimônio, tais como admissão de empregados, assinatura de um contrato de compra, venda, o aval de 
um título de crédito, uma fiança prestada em favor de terceiros. 
Notas Explicativas Segundo O CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica Da Contabilidade 
Notas Explicativas e Demonstrações Suplementares 
Um item que possui as características essenciais de elemento, mas não atende aos critérios para 
reconhecimento pode, contudo, requerer sua divulgação em notas explicativas, em material explicativo ou 
em quadros suplementares. Isso é apropriado quando a divulgação do item for considerada relevante para 
a avaliação da posição patrimonial e financeira, do desempenho e das mutações na posição financeira da 
entidade por parte dos usuários das demonstrações contábeis. 
Portanto, as Notas Explicativas, quando bem elaboradas, constituem informação essencial para o correto 
entendimento e utilização das Demonstrações Financeiras. 
Notas Explicativas Segundo O CPC 26 – Apresentação Das Demonstrações Contábeis 
As notas explicativas devem: 
(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e das políticas 
contábeis específicas utilizadas de acordo com os itens 117 a 124; 
(b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos, Orientações e Interpretações que não tenha 
sido apresentada nas demonstrações contábeis; e 
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas que 
seja relevante para sua compreensão. 
As notas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. Cada item das 
demonstrações contábeis deve ter referência cruzada com a respectiva informação apresentada nas notas 
explicativas. 
18 
 
Análise Financeira 
Ratios financeiros 
Os ratios financeiros são ferramentas quantitativas que traduzem dados contábeis em indicadores 
relevantes para análise. Esses ratios abrangem diversas áreas, como liquidez, rentabilidade, endividamento 
e eficiência operacional. Por exemplo, o índice de liquidez corrente compara ativos e passivos circulantes, 
oferecendo uma visão da capacidade de uma empresa em honrar suas obrigações de curto prazo. 
Interpretação das demonstrações financeiras 
As demonstrações financeiras, como o balanço patrimonial, a demonstração de resultados e o fluxo 
de caixa, servem como fontes ricas de informações. A interpretação adequada desses documentos é 
essencial para compreender a posição financeira atual e passada da empresa. Por exemplo, analisar a 
evolução das receitas ao longo do tempo pode revelar padrões de crescimento ou alertar sobre possíveis 
desafios. 
Avaliação de desempenho 
A avaliação de desempenho vai além dos números brutos; ela busca entender o contexto por trás 
dos dados. Os ratios e as demonstrações financeiras permitem a identificação de tendências, a 
comparação com padrões do setor e a projeção de possíveis cenários futuros. Por exemplo, uma análise de 
retorno sobre o patrimônio líquido pode indicar quão eficientemente uma empresa está utilizando seus 
recursos para gerar lucro. 
Ao combinar ratios financeiros com a interpretação cuidadosa das demonstrações financeiras, os 
gestores podem formar uma imagem abrangente do desempenho e da viabilidade financeira de uma 
empresa. Essa análise aprofundada capacita as tomadas de decisão informadas, permitindo ajustes 
estratégicos e a implementação de medidas corretivas quando necessário. 
Aspectos Tributários 
Impostos sobre a renda 
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF): Aplicado sobre os ganhos individuais, salários, aluguéis e 
outros tipos de renda. 
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ): Incide sobre os lucros das empresas. 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): Uma contribuição adicional sobre os lucros das 
empresas. 
19 
 
Imposto sobre Ganhos de Capital: Aplicado sobre o lucro obtido com a venda de ativos, como 
imóveis ou investimentos. 
Impostos sobre vendas 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): Aplicado sobre a circulação de 
mercadorias e prestação de serviços, sendo um imposto estadual no Brasil. 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): Aplicado sobre produtos industrializados no Brasil. 
Imposto sobre Serviços (ISS): Um imposto municipal no Brasil, aplicado sobre a prestação de 
serviços. 
Imposto sobre Valor Agregado (IVA): Aplicado em diversos países, como o VAT (Value Added Tax) 
em alguns lugares, incidindo sobre o valor adicionado em cada estágio da cadeia de produção. 
Contabilidade de Custos 
Definições 
Custo é o gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. 
Gasto: compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade 
(desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente 
dinheiro). 
Desembolso: Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. 
Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). 
Despesa: Bem ou serviço consumido diretamente ou indiretamente para a obtenção de receitas. 
Perda: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. 
Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. 
Custo da Produção acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada do período. 
Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram 
completadas no presente período. 
Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora 
estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos 
tenham sido produzidos em diversas épocas diferentes. 
Custos Primários: soma de matéria-prima com mão de obra direta. 
20 
 
Custos de Transformação: soma de todos os Custos de Produção, exceto os relativos a matérias-primas e 
outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes 
adquiridos prontos, embalagens compradas, etc.). 
Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos. Exemplo: Matéria-
prima, mão de obra direta, embalagens, etc. 
Custos Indiretos são aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos produtos. A sua alocação é 
feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Exemplo: Aluguel da fábrica, supervisão, chefia, etc. 
Custos Variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção. Exemplo: Matéria-prima. 
Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de matéria-prima. 
Custos Fixos são aqueles que não sofrem variação em função da quantidade produzida. 
Exemplo: Aluguel da fábrica. O seu valor independe da quantidade produzida. 
Classificação Dos Custos E Despesas 
Custos Diretos E Indiretos 
Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos. 8 
Exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, embalagens, etc. 
Custos Indiretos são aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos produtos. A sua alocação é 
feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. 9 
Exemplo: Aluguel da fábrica, supervisão, chefia, etc. 
Observação: Cada vez que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou cada vez que 
há o uso de estimativas e não de medição direta, o custo é considerado indireto. 
Custos Fixos E Variáveis 
Custos Variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção. 10 
Exemplo: Matéria-prima. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de matéria-prima. 
Custos Fixos são aqueles que não sofrem variação em função da quantidadeproduzida. 
Exemplo: Aluguel da fábrica. O seu valor independe da quantidade produzida. 
Observações: A divisão dos custos em fixos e variáveis ocorre em função da variação do custo devido à 
variação do volume de produção. 
21 
 
Métodos de custeio 
Custeio por absorção 
É o método resultante da aplicação dos Princípios de Contabilidade. Consiste na apropriação de 
todos os custos incorridos, sejam fixos, variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados. 
Custeio Variável ou Custeio Direto 
Nesse método de custeio, apenas os custos variáveis são atribuídos aos produtos. Os custos fixos 
são tratados como despesas do período, sendo lançados diretamente na Demonstração do Resultado do 
Exercício. 
O Custeio Variável ou Direto pode ser usado para fins gerenciais, mas não na contabilidade oficial, 
pois fere o princípio da Competência, especialmente na parte referente ao confronte das receitas e 
despesas. 
Tecnologia e Contabilidade 
Softwares contábeis 
Os softwares contábeis revolucionaram a forma como as tarefas contábeis são executadas. Desde o 
processamento de transações até a elaboração de relatórios financeiros, essas plataformas simplificam e 
agilizam as operações contábeis. Elas permitem que os profissionais contábeis foquem em análises 
estratégicas, em vez de se perderem em tarefas repetitivas e manuais. 
A variedade de softwares disponíveis oferece recursos como registro de transações, conciliação 
bancária, emissão de relatórios fiscais e controle de estoque. Isso não apenas otimiza o tempo, mas 
também reduz erros humanos, proporcionando informações mais precisas. 
Automação contábil 
A automação contábil é um aspecto-chave dos softwares modernos. Ela envolve a aplicação de 
tecnologias para realizar automaticamente tarefas contábeis rotineiras. A reconciliação automática de 
contas, a categorização de despesas e a geração de relatórios são apenas alguns exemplos de processos 
que podem ser automatizados. Essa abordagem não apenas acelera as operações, mas também minimiza a 
probabilidade de erros, melhorando a confiabilidade dos dados contábeis. 
A automação também é crucial para manter a conformidade com regulamentações fiscais em 
constante mudança. Softwares contábeis atualizados automaticamente ajudam as empresas a se 
adaptarem a novas normas, evitando multas e complicações legais. 
22 
 
Segurança de dados 
Com a transição para ambientes digitais, a segurança de dados tornou-se uma preocupação central. 
Os softwares contábeis lidam com informações financeiras sensíveis, exigindo medidas robustas de 
segurança para proteger esses dados contra acessos não autorizados, perdas ou alterações indevidas. 
Criptografia, autenticação de dois fatores e backups regulares são práticas comuns para garantir a 
segurança dos dados contábeis. Além disso, a conformidade com regulamentações de proteção de dados, 
como o GDPR, é essencial para evitar penalidades e manter a confiança dos clientes. 
Obrigações acessórias 
O que são obrigações acessórias? 
Como dito anteriormente, as empresas possuem tanto obrigações principais quanto obrigações 
acessórias. E em resumo, as obrigações acessórias são os relatórios que as empresas devem entregar aos 
órgãos governamentais. 
Além disso, esses relatórios são de acordo com o tipo de atividade desempenhada pela empresa e 
do regime tributário da mesma. 
Obrigações principais x obrigações acessórias? 
Obrigações principais 
Como o nome diz, a obrigação principal está relacionada aos tributos que a empresa deve pagar. A 
obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e extingue-se juntamente com o 
crédito tributário dela decorrente. Como exemplo, temos as contribuições trabalhistas, IPTU, tributos 
sobre produtos e serviços, entre outros. 
Obrigações acessórias 
A obrigação é acessória quando, por força de lei, a prestação a ser cumprida é a de fazer ou não 
fazer alguma coisa, ou permitir que ela seja feita pelo Fisco, tudo no interesse da arrecadação ou da 
fiscalização dos tributos. Como exemplo de obrigações acessórias, temos a escrituração das operações de 
circulação de mercadorias e prestações de serviços (notas fiscais), declarações, entre outras, que tem o 
objetivo de informar aos órgãos governamentais um relatório sobre as operações e dados da empresa, 
sendo importante para a análise dos tributos, e possíveis fraudes. 
23 
 
Regimes Tributários 
Simples Nacional 
O Simples Nacional é um regime tributário que unifica os principais tributos das Microempresas e 
Empresas de Pequeno Porte. Esse sistema tributário está em vigor desde 2007, sendo previsto na Lei 
Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006. 
Lucro Presumido 
O Lucro presumido é um regime de tributação simplificado que para recolher o Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). Estabelecido pela lei 9.718/98, 
a sistemática de apuração é feita presunção de acordo com a atividade da empresa. 
Lucro Real 
É o regime estabelecido pela lei 9.249/95, onde é apurado o lucro da empresa, confrontando 
receita x despesa, e com as adições e exclusões e compensações definidas previstas em lei. Estabelecido o 
lucro líquido, apura-se o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro 
Líquido (CSLL), quando devidos. 
Lucro Arbitrado 
É o regime onde geralmente é tido como uma penalidade do Fisco, quando a empresa aufere 
receitas desconhecidas. Ocorre quando a empresa deixa de cumprir as obrigações existentes por 
determinação do Lucro Real ou Lucro Presumido. 
Obrigações acessórias comuns a todos os regimes tributários 
SEFIP/GFIP 
A Lei Federal n° 9.528, de 10 de dezembro de 1997, ao alterar a Lei n° 8.212/91, obrigou as 
empresas a prestarem ao INSS informações sobre as contribuições previdenciárias. Desse modo, essas 
informações podem ser usadas para realizar os cálculos para concessão de benefícios previdenciários. 
Nesse sentido, o Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social 
(SEFIP) é um aplicativo da Caixa Econômica Federal que emite a Guia de Recolhimento de FGTS e de 
Informações à Previdência Social (GFIP). 
Sendo assim, as empresas têm até o dia 7 de cada mês para transmitir o recolhimento de FGTS e 
até o dia 20 do mês seguinte para declarar o recolhimento das contribuições previdenciárias. 
24 
 
 
Fonte: https://www.caixa.gov.br/Downlods/fgts-manuais-e-cartilhas-operacionais/Manual_SEFIP_8_4_17102022.pdf 
 
CAGED 
A princípio, a lei nº 4.923 de dezembro de 1965 instituiu o sistema de Cadastro Geral de 
Empregados e Desempregados (CAGED). Dessa forma, o Ministério do Trabalho e Emprego consegue 
fiscalizar e acompanhar a situação da classe trabalhadora. 
Nesse sentido, o objetivo do CAGED é criar um banco de dados sobre o mercado de trabalho. Bem 
como, compor o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Além disso, ele faz o levantamento de 
dados sobre desemprego, e verifica se os vínculos trabalhistas estão ativos. 
https://www.caixa.gov.br/Downlods/fgts-manuais-e-cartilhas-operacionais/Manual_SEFIP_8_4_17102022.pdf
25 
 
 
Fonte: https://trabalhista.blog/2017/12/05/informacoes-importantes-para-preenchimento-do-caged/ 
DIRF 
A Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) é emitida pela fonte pagadora para informar a 
Receita Federal sobre o imposto de renda retido na fonte a fim de evitar sonegação fiscal. Nesse sentido, 
ela pode ser emitida tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica. 
Logo, a DIRF informa a receita todos os pagamentos realizados no ano-calendário anterior. Por exemplo, 
pagamentos de salários aos funcionários e empresas terceirizadas. 
Normalmente, o prazo de entrega é em fevereiro, entre o 15º dia útil até o último dia útil de fevereiro. 
26 
 
 
Fonte: https://grupomodulos.com.br/centraldeajuda/dirf-2023/ 
RAIS 
A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) é umrelatório que deve ser entregue ao Ministério 
do Trabalho, instituído pelo Decreto 76.900, de 23/12/1975. 
O objetivo do RAIS é sobretudo fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista e dos registros do 
FGTS. Bem como, monitorar os sistemas de arrecadação de benefícios previdenciários. 
Além disso, visa realizar diversos estudos técnicos sobre o mercado de trabalho formal do Brasil. 
Sob o mesmo ponto de vista, o RAIS identifica quais trabalhadores possuem direito ao abono salarial 
PIS/PASEP. 
27 
 
 
Fonte: https://blog.alterdata.com.br/rais-2021-x-esocial/ 
Obrigações acessórias do Simples Nacional 
DEFIS 
A Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS) tem como objetivo informar a 
Receita Federal os dados econômicos, fiscais e sociais de uma empresa. Além disso, ela informa quais 
impostos foram recolhidos da empresa no ano fiscal. 
Nesse sentido, as principais informações apresentadas são os ganhos de capital, quantidade de 
empregados no início e no final do período da declaração, entre outros. 
28 
 
 
 
DAS 
O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) é uma guia unificada para o pagamento 
de impostos destinado as empresas optantes pelo Simples Nacional. Entre os impostos contidos no DAS 
estão: 
29 
 
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Cofins — Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social. 
Bem como, Programa de Integração Social (PIS), Contribuição Patronal Previdenciária (CPP), 
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e o Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza (ISSQN). 
 
Fonte: https://www.bonomi.com.br/boletim/novo-modelo-das-documento-de-arrecadacao-do-simples-nacional-262 
DESTDA 
Uma das obrigações acessórias das empresas optantes pelo Simples Nacional é a Declaração de 
Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DESTDA). 
Em resumo, o objetivo da DESTDA é recolher o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços). Afinal, cada estado estabelece um valor de alíquota, e este diferencial deve ser pago pela 
empresa ao comprar uma mercadoria de outro estado. 
30 
 
Além do Diferencial de Alíquota, o DESTDA também recolhe um valor referente ao Fundo de 
Combate a Pobreza (FCP) e de Substituição Tributária (ST). 
 
Fonte: https://ajuda.sankhya.com.br/hc/pt-br/articles/360045116233-DeSTDA-Declaração-de-Subst-Tribut-e-Difer-Alíquota-S-N- 
SINTEGRA 
O Sistema Integrado de Informações Sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços 
(SINTEGRA) é um sistema central que integra os dados de entradas e saídas da empresa. 
Nesse sentido, o SINTEGRA realiza a comunicação para todos os estados brasileiros através das 
informações emitidas pelas notas fiscais da empresa. 
Com isso, o governo consegue unificar todas as informações estaduais e a partir disso controlar o 
fluxo de mercadorias. 
 
31 
 
 
Fonte: http://www.linhadecodigo.com.br/artigo/623/sintegra-abordagem-completa-ferramentas-relacionadas.aspx 
DES 
A Declaração Eletrônica de Serviços (DES) serve para escriturar os documentos fiscais emitidos pela 
empresa. Por exemplo, notas fiscais de serviço, bem como os documentos dos serviços tomados por 
terceiros. 
 
32 
 
 
Fonte: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/financas/des/Manual-DES-14.pdf 
Obrigações acessórias do Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado 
ECF 
A instrução normativa RFB nº 1.422/2013 estabeleceu a substituição da Declaração de Informações 
Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) pela Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 
Nesse sentido, a Escrituração Contábil Fiscal tem como objetivo declarar os rendimentos da pessoa 
jurídica que antes estavam na DIPJ. Entretanto, o nível de detalhamento das informações é bem maior e 
requer uma análise criteriosa de um contador 
33 
 
 
Fonte: http://www.mauronegruni.com.br/wp-content/uploads/2016/04/fig1.png 
ECD 
Assim como o EFD ICMS/IPI, a Escrituração Contábil Digital (ECD) é um relatório digital apresentado 
na plataforma SPED do governo federal. Foi instituída por meio da Instrução Normativa RFB n°1.420 de 19 
de dezembro de 2013. 
Seu objetivo, por sua vez, é substituir os relatórios contábeis em papel por documentos digitais. 
Nesse sentido, faz parte da Escrituração Contábil Digital os seguintes arquivos: 
I – Livro Diário e seus auxiliares, se houver; 
II – Livro Razão e seus auxiliares, se houver; 
III – Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles 
transcritos. 
34 
 
 
Fonte: https://ajuda.contaazul.com/hc/pt-br/articles/360026657871-Modelo-padrão-de-integração-ECD-Sped-Plano-de-contas 
 
Fonte: https://ajuda.contaazul.com/hc/pt-br/articles/360026657871-Modelo-padrão-de-integração-ECD-Sped-Plano-de-contas 
DCTF 
A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) é uma obrigação fiscal mensal. Através dela 
a Secretaria da Receita Federal verifica os tributos apurados pela empresa, bem como os créditos que 
foram auferidos no período informado. 
 
35 
 
 
Fonte: https://www.jettax.com.br/blog/substituicao-dctf/ 
 
EFD Contribuições 
A Escrituração Fiscal Digital da Contribuição, ou EFD Contribuições, é uma obrigação acessória 
responsável pelo PIS/PASEP e da COFINS. Nesse sentido, o objetivo da EFD Contribuições é realizar o 
registro fiscal e de apuração das contribuições do PIS/PASEP, COFINS e CPRB. 
https://www.jettax.com.br/blog/substituicao-dctf/
36 
 
 
Fonte: http://www.radinfo.com.br/help/lib/NewItem5358.jpg 
 
EFD ICMS/IPI (SPED Fiscal) 
Segundo a Receita Federal, a Escrituração Fiscal Digital (EFD ICMS/IPI) é um relatório digital que é 
assinado digitalmente no ambiente SPED. Nesse sentido, ele conta com informações de interesse dos 
Fiscos das unidades federativas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
Além disso, conta com os registros de apuração dos impostos referentes às operações e prestações 
praticadas pelo contribuinte. 
 
http://www.radinfo.com.br/help/lib/NewItem5358.jpg
37 
 
Fonte:https://docs.inventsoftware.info/TaxOne/RelatoriosMagneticos/SPEDFiscal/ComoImportarGIARSEFD/ProblemasImportacaoEFD/EFDICMSIPIGeraGIAAssiI
mporAceitaValFiscalGeraArqTransbloqParaGIA.html 
SISCOSERV 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e de Outras Operações que 
Produzam Variações no Patrimônio (SISCOSERV) busca registrar as informações sobre as transações 
realizadas entre residentes no Brasil e no exterior. 
 
Fonte: https://manuais.siscoserv.mdic.gov.br/modulo-venda 
DAPI 
DAPI é o nome da declaração de apuração e informação do ICMS que deve ser entregue, mensalmente, à 
SEF/MG, pelas microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no regime simplificado de 
apuração do ICMS. 
 
38 
 
Fonte: https://gruposkill.com.br/skillconsulting/knowledge-base/dap000-dapi-minas-gerais-manual-completo/ 
GUIA ESTADUAL 
A Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA) é uma declaração mensal referente a escrituração 
efetuada no Livro Fiscal Registro de Apuração do ICMS. 
GIA- SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
A GIA-ST – Guia de Informação e Apuração do ICMS com Substituição Tributária é a declaração utilizada 
por contribuintes de outros Estados que na condição de responsável efetuam a retenção do imposto a 
favor do estado no qual residem. 
LFE (Distrito Federal) 
O Livro Fiscal Eletrônico (LFE) é uma declaração que visa demonstrar a apuração de ICMS para empresas 
que compram e vendem produtos e o valor do ISS a recolher para empresas prestadoras de serviços. 
Este livro demonstrará de forma detalhada como o cálculo é realizado e qual o valor do imposto a ser 
pago, facilitando assim, a fiscalização para osórgãos competentes. 
DES 
A Declaração Eletrônica de Serviços (DES) serve para escriturar as notas fiscais de serviços tomados e 
prestados pela empresa. É uma declaração de competência municipal, onde a legislação local estabelece a 
necessidade e os parâmetros para a entrega. 
Conheça os prazos de entrega das declarações obrigatórias 
Obrigações acessórias mensais 
SINTEGRA: até o dia 15 do mês seguinte ao período da apuração; 
EFD ICMS/IPI: até o dia 25 do mês seguinte ao período da apuração; 
DCTF: até o 15º dia útil do 2º mês seguinte ao mês de ocorrência; 
EFD Contribuições: até o 10º dia útil do segundo mês seguinte ao de referência; 
Sefip/GFIP: até o dia 7; 
GPS: até o dia 20; 
Caged: até o dia 07 do mês seguinte ao mês de referência. 
Obrigações acessórias anuais 
ECD: até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário; 
39 
 
ECF: até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário; 
Dirf: até o último dia útil de fevereiro de cada ano. 
Rais: até o início do mês de março de cada ano. 
Livros fiscais e comerciais 
Livro Razão 
Em resumo, o livro razão visa registrar a escrituração da empresa através de dados cronológicos de todas 
as transações da empresa. Desse modo, ele consegue organizar esses dados em contas individuais. 
Livro Diário 
O Livro Diário é uma escrituração obrigatória estabelecida pelo Decreto-Lei 486 e regulamentada pelo 
Decreto-Lei 64.567. Sua função é sobretudo escriturar todas as movimentações diárias da empresa. 
Livro Caixa 
Em primeiro lugar, o livro caixa visa registrar a entrada e saída de dinheiro de uma empresa. Além disso, 
ele serve para registrar os pagamentos feitos em dinheiro, cheque e transferência. Nesse sentido, todos os 
comprovantes devem ser arquivados para realizar a manutenção do livro. 
Livro de Registro de Duplicatas 
A lei 5.474/1968 estabelece o Livro de Registro de Duplicatas como um documento obrigatório para todos 
os vendedores que efetuam vendas com prazo de pagamento de 30 ou mais dias. 
Nesse sentido, o livro de registro de duplicatas escritura de forma cronológica todas as duplicatas emitidas. 
Livro Registro de Entradas 
Assim como o nome sugere, o livro de registro de entradas aponta todas as entradas da empresa. Além 
disso, ele faz parte dos livros fiscais municipais, estaduais e federais. 
Livro Registro de Inventário 
O livro Registro de Inventário é um livro fiscal obrigatório para todas as empresas. Nesse sentido, o seu 
objetivo é registrar todas as mercadorias no estoque da empresa. 
Livro para Registro Permanente de Estoque 
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O Livro para Registro Permanente de Estoque é um documento destinado às pessoas jurídicas que 
exercerem atividades de compra e venda, incorporação e construção de imóveis, loteamento ou 
desmembramento de terrenos para venda. 
Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) 
Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) é um livro contábil obrigatório para as empresas do regime 
tributário do lucro real. Nesse sentido, ele deve ajustar os demonstrativos da declaração do imposto de 
renda com adições e exclusões ao lucro líquido do período-base. 
Além disso, ele deve apurar a base de cálculo do Imposto de Renda devido e controle de valores que 
devam influenciar a determinação do Lucro Real de períodos-base futuros e que não constem da 
escrituração comercial. 
Livro de Movimentação de Combustíveis 
O Livro de Movimentação de Combustíveis (LMC) é um documento obrigatório usado para registrar a 
entrada e a saída de combustível em um posto de gasolina e deve ser preenchido diariamente. 
Todo posto de combustíveis está sujeito ao preenchimento diário do LMC, que corresponde ao registro de 
todas as movimentações de combustíveis (entrada e saída) na empresa. 
Departamentos de um escritório contábil 
Departamento Contábil: 
Função: O departamento contábil é o núcleo da empresa de contabilidade. Ele lida com todas as atividades 
relacionadas à contabilidade financeira das empresas-clientes. 
Atividades Principais: 
• Manutenção de registros contábeis precisos. 
• Lançamentos contábeis de transações financeiras. 
• Reconciliações de contas. 
• Preparação de demonstrações financeiras, como balanços, demonstrações de resultado e fluxo de 
caixa. 
• Cálculo de depreciação de ativos fixos. 
Departamento de Pessoal (ou Recursos Humanos): 
Função: O departamento de pessoal lida com questões trabalhistas e de recursos humanos relacionadas 
aos funcionários da empresa-cliente. 
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Atividades Principais: 
• Processamento de folhas de pagamento. 
• Cálculo de impostos sobre a folha de pagamento. 
• Emissão de holerites e relatórios relacionados a funcionários. 
• Gerenciamento de benefícios dos funcionários. 
• Cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias. 
Departamento Fiscal: 
Função: O departamento fiscal é responsável pela gestão das questões fiscais das empresas-clientes, 
garantindo a conformidade com as leis tributárias. 
Atividades Principais: 
• Preparação e arquivamento de declarações de impostos, como imposto de renda, ICMS, PIS, 
COFINS e outros impostos locais, estaduais e federais. 
• Cálculo e registro de impostos devidos. 
• Acompanhamento de mudanças na legislação fiscal. 
• Orientação sobre estratégias fiscais para otimização tributária. 
Departamento Legal: 
Função: O departamento legal lida com questões jurídicas e regulatórias relacionadas aos negócios dos 
clientes. 
Atividades Principais: 
• Auxílio na abertura, fechamento e registro de empresas. 
• Assessoria em questões contratuais e comerciais. 
• Garantir que a empresa-cliente esteja em conformidade com regulamentações locais, estaduais e 
federais. 
• Lidar com questões legais complexas, como fusões e aquisições. 
 
 
 
 
 
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Referência 
https://assensus.com.br/obrigacoes-acessorias/ 
Livro Contabilidade de Custos, 10ª Edição, do Professor Eliseu Martins. 
ANDRADE, Eurídice, LINS, Luiz, BORGES, Viviane. Contabilidade Tributária: Um enfoque nas Áreas Federal, 
Estadual e Municipal. São Paulo: Atlas, 2013. 
BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Diário Oficial da União. 2006. 93p. 
BRASIL. Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011. Diário Oficial da União. 2011. 17p. 
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributaria. 7ª Edição. Editora Atlas. São Paulo, 2001. 
GUERREIRO, Rutnéia Navarro. Planejamento tributário: os limites de licitudes e ilicitudes. In ROCHA, V de 
Oliveira (org). Planejamento fiscal teoria e pratica.2.v. São Paulo, 1988. 
SANTOS, Fernando, VEIGA, Windsor. Contabilidade: com ênfase em Micro, Pequenas e Médias Empresas. 
3. São Paulo: Atlas, 2014. 
https://assensus.com.br/obrigacoes-acessorias/

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