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By @kakashi_copiador
Aula 01 - Profª Monik
Begname
INCRA (Analista em Reforma e
Desenvolvimento Agrário - Engenharia
Florestal) Conhecimentos Específicos -
2023 (Pré-Edital)
Autor:
Monik Begname de Castro
26 de Abril de 2023
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Monik Begname de Castro
Aula 01 - Profª Monik Begname
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Manejo Florestal 3
..............................................................................................................................................................................................2) Manejo Florestal - Questões Comentadas 26
..............................................................................................................................................................................................3) Manejo Florestal - Lista de questões 44
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MANEJO FLORESTAL 
O conceito de manejo florestal é muito amplo e envolve praticamente todas as áreas da Engenharia 
Florestal. É impossível manejar uma floresta de modo adequado sem usar conhecimentos pertinentes a 
todas as áreas. 
Manejo florestal é o desenvolvimento e aplicação de métodos quantitativos e 
conhecimentos ecofisiológicos, visando gerar produtos, serviços e, ou, benefícios, diretos 
e indiretos, com a garantia de sustentabilidade (econômica, social e ambiental), a partir 
de uma floresta. O manejo trata do gerenciamento dos recursos florestais.1 
 
A seguir irei apresentar alguns conceitos que irão facilitar a compreensão do assunto. Vejamos: 
a) Povoamento: um povoamento pode ser equiânio ou inequiâneo. 
 
1 CAMPOS, J.C.C.; LEITE, H.G. Mensuração Florestal: perguntas e respostas. 4.ed. atualizada e ampliada. Viçosa: Editora 
UFV. 2013. 605 p. 
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Na maioria das vezes, um povoamento equiâneo é formado por uma única espécie ou por um grupo 
de clones que apresentam a característica de ter sempre um início (estabelecimento) e um final (corte raso). 
Por outro lado, no inequiâneo existem diversas espécies que se originam continuamente por regeneração 
natural ou plantios de enriquecimento. 
b) Regime de corte: é o termo que se aplica a povoamentos equiâneos e se refere ao tipo de origem das 
árvores. 
➢ Alto fuste: é usado como referência ao regime de corte de um povoamento em que as árvores 
tiveram origem do plantio de mudas, ou via semeadura direta. Então, uma vez implantado, o 
povoamento segue em regime de alto fuste até o corte raso. 
 
➢ Talhadia: é usado como referência a povoamentos formados a partir da brotação de cepas 
remanescentes do corte das árvores. Imagine um povoamento formado pelo regime de alto fuste, 
quando o corte é realizado, se não for feita a reforma da área (novo plantio), algumas espécies 
regeneram (emitem brotações) e, se os fustes resultantes forem conduzidos, tem-se como resultado 
um povoamento sob regime de talhadia. 
 
 
Povamento
Equiâneo
Indivíduos que tiveram 
origem em um mesmo 
ano 
Inequiâneo
Indivíduos que tiveram 
origem em épocas 
diferentes e são de 
diferentes espécies. 
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➢ Reforma ou substituição: quando se realiza um novo plantio. A decisão pela reforma depende de 
questões de ordem econômica, silvicultural e operacional. 
c) Talhão: menor compartimento da floresta. Um conjunto de talhões pode constituir um povoamento ou 
um projeto. 
d) Projeto: é um compartimento da floresta, definido de acordo com critérios específicos de cada empresa, 
muitas vezes levando em consideração aspectos fisiográficos e o ano de aquisição da terra para o plantio. 
e) Unidade de manejo: é um compartimento da floresta que em determinado momento é submetido a uma 
mesma prescrição de manejo. Pode ser um talhão, um conjunto de talhões, um conjunto de projetos, ou 
qualquer outra subdivisão da floresta, utilizado para fins de regulação da produção. 
f) Ciclo de corte: período de tempo entre o estabelecimento do povoamento até a sua reforma (novo 
plantio). Esse ciclo pode envolver uma ou mais rotações. 
g) Rotação: é o termo usado como referência ao período de tempo entre o estabelecimento do povoamento 
até o corte raso (rotação de corte ou de colheita), ou ao intervalo de tempo entre receitas devido à colheita 
de madeira. Esse segundo tipo de rotação é conhecido como rotação regulatória, ou seja, rotação utilizada 
no fluxo de caixa do projeto de investimento. 
 
Fonte: Mensuração Florestal. Perguntas e respostas, 2013.2 
Agora iremos estudar o crescimento e produção florestal, peço que vocês prestem bastante 
atenção, pois esse assunto é muito recorrente em prova. 
 
2 CAMPOS, J.C.C.; LEITE, H.G. Mensuração Florestal: perguntas e respostas. 4.ed. atualizada e ampliada. Viçosa: Editora 
UFV. 2013. 605 p. 
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Crescimento e produção 
Saber o crescimento e a produção florestal são úteis para definir a rotação biológica, silvicultura, 
técnica, física ou do máximo incremento médio anual, assim como o momento ideal de efetuar desbastes, 
do ponto de vista biológico. 
O crescimento de uma árvore é definido como o crescimento das suas dimensões, ou seja, 
engrossamento e alongamento das raízes, tronco e galhos, em um período de tempo. Enquanto que o 
crescimento de uma floresta diz respeito às mudanças ocorridas na sua estrutura nesse tempo, em virtude 
do crescimento propriamente dito das árvores, bem como da contabilidade de outros componentes do 
crescimento florestal como ingresso, mortalidade e corte ou desbaste seletivo. A produção florestal 
expressa a quantidade de recurso florestal disponível em um dado ponto do tempo. 
Os principais componentes do crescimento são: 
 
O crescimento e a produção florestal de florestas plantadas ou nativas podem ser expressos por um 
dos seguintes tipos de crescimento florestal: 
Incremento Corrente Anual (ICA): corresponde ao valor do aumento da produção no período de um ano. 
Geralmente é expresso por hectares. É calculado pela seguinte expressão: 
𝐼𝐶𝐴 = 𝑌2 − 𝑌1 
Em que: Y2 = dimensões de uma árvore tomadas no fim do período de um ano de crescimento; Y1 = 
dimensões de uma árvore tomadas no início do período de um ano de crescimento. 
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Incremento médio anual (IMA): é quanto a floresta cresceu em média por ano até uma idade (I) 
qualquer. Ele é calculado por: 
𝐼𝑀𝐴 =
𝑌
𝐼
 
Em que: Y=produção; I = idade. 
Incremento periódico (IP): é a diferença de produção entre duas idades quaisquer. 
Incremento Periódico Anual (IPA): representa a diferença de produção entre duas idades dividida pelo 
período, em anos. Essa expressão de crescimento normalmente é calculada para florestas naturais, em que 
a avaliação do crescimento ocorre em períodos superiores a um ano(t). O IPA é dado pela seguinte 
expressão: 
𝐼𝑃𝐴 = 
𝑌2 − 𝑌1
𝑡
 
A seguir irei apresentar a você as curvas de produção e incrementos. Peço que vocês fiquem bem 
atentos, pois essas são bastante recorrentes em provas. 
 
O crescimento acumulado (ou a produção florestal) ao longo do tempo define uma curva sigmoidal 
característica. E os incrementos definem curvas com ponto de máximo ICA (Incremento Corrente Anual) 
na idade em que ocorre a inflexão da curva de produção e máximo IMA (Incremento Médio Anual) ao 
final da fase de maturidade. 
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 Fonte: Mensuração Florestal3 
De acordo com a figura acima é possível verificar que a curva de ICA atinge seu ponto de máximo 
antes do máximo IMA. A idade em que ocorre o ponto de máximo IMA define a Idade Técnica de Colheita 
(ITC), que pode ser utilizada como critério para definir o momento de interferir na população, através do 
corte raso ou de desbaste. O máximo IMA é alcançado no ponto onde as duas curvas se encontram. 
A idade em que se verifica a interseção entre as duas curvas de incremento (IMA e ICA) é definida 
como a ideal para o corte raso, quando se considera apenas a maior eficiência na produção em volume; essa 
é definida como rotação técnica com base na produtividade média. No entanto, ela não corresponde, 
necessariamente, à rotação técnica definida com base em considerações de ordem econômica, uma vez 
que, para essa rotação, são considerados outros fatores como o valor da produção e a taxa de juros.4 
 
Como calcular os incrementos e com base neles definir a Idade Técnica de Colheita (ITC)? 
Idade (anos) Volume (m³/ha) ICA (m³/ha) IMA (m³/ha.ano) 
3 73,11 - 24,37 
4 113,58 40,47 28,40 
5 148,01 34,43 29,60 
6 176,59 28,58 29,43 
7 200,35 23,76 28,62 
 
3 SOAREAS, Carlos Pedro Boechat. Capacidade Produtiva dos povoamentos. Mensuração florestal, 2017. Disponível em: 
<http://www.mensuracaoflorestal.com.br/capacidade-produtiva-dos-povoamentos>. Acesso em: 14 jan. de 2020. 
 
4 CAMPOS, J.C.C.; LEITE, H.G. Mensuração Florestal: perguntas e respostas. 4.ed. atualizada e ampliada. Viçosa: Editora 
UFV. 2013. 605 p. 
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ICA: 
𝐼𝐶𝐴 = 𝑌2 − 𝑌1 
ICA na idade de 4 anos: 113,58 - 73,11 = 40,47 m³/ha 
ICA na idade de 5 anos: 148,01 - 113,58 = 34,43 m³/ha 
ICA na idade de 6 anos: 176,59 - 148,01 = 28,58 m³/ha 
ICA na idade de 7 anos: 200,35 - 176,59 = 23,76 m³/ha 
IMA: 
𝐼𝑀𝐴 =
𝑌
𝐼
 
IMA = 
73,11
3
= 24,37 
IMA = 
113,58
4
= 28,40 
 IMA = 
148,01
5
= 29,60 
IMA = 
176,59
6
= 29,43 
IMA = 
200,35
7
= 28,62 
A idade em que ocorre o ponto de máximo IMA define a Idade Técnica de Colheita (ITC), então a 
idade de corte é próxima aos 5 anos de idade. 
Crescimento e produção das variáveis dentrométricas 
a) Crescimento em Diâmetro 
De maneira geral o crescimento em diâmetro depende do: 
a) Genótipo 
b) Sítio: quanto mais produtivo for o sítio, mais inclinada será a curva de produção em diâmetro e mais cedo 
ocorrerá o incremento corrente anual em diâmetro. 
c) Espaçamento: esse fator influencia grandemente o desenvolvimento diamétrico das populações 
florestais. Os espaçamentos maiores entre plantas propiciam uma maior média aritmética dos diâmetros 
que em espaçamentos mais reduzidos. 
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CAMPOS & LEITE, 20095. 
b) Crescimento em altura 
O crescimento em altura, de maneira geral, dependendo: 
a) Genótipo 
b) Sítio: a curva de produção em altura será mais inclinada quanto mais produtivo for o sítio e maiores serão 
os valores de incremento corrente anual (ICA) e mais cedo estes ocorrerão. 
c) Espaçamento: existe controvérsias a respeito do ápice do crescimento. Em espaçamentos menores há 
um maior crescimento em altura da planta, já que a procura por luz pode induzir a um maior 
desenvolvimento dessa que em espaçamentos mais amplos. Assim, o máximo ICAH (Incremento Corrente 
Anual em altura) ocorrerá mais cedo em espaçamentos menores. 
d) Posição no povoamento: se a planta está sombreada, a culminação do ICAH será mais tardia, já que a 
quantidade de luz recebida propicia energia para que as plantas apenas se mantenham. 
c) Crescimento em área basal e volume 
O crescimento em área basal e volume são influenciados pelos fatores altura e diâmetro, já 
mencionados anteriormente, e pela densidade de plantas por hectare. Em menores espaçamentos, ou 
seja, povoamentos mais densos, tem-se mais volume e área basal por unidade de área, porém as plantas 
apresentam menores médias aritméticas em diâmetro que nos maiores espaçamentos. 
Já em espaçamentos maiores, a produção total e menor, mas não necessariamente implica na 
obtenção de menor renda, já que a média aritmética dos diâmetros das árvores neste espaçamento é 
maior, o que implica em maior valor de venda de cada m³ de madeira para uma mesma espécie, sítio, idade, 
procedência e tratos florestais. 
 
 
5 CAMPOS, J.C.C.; LEITE, H.G. Mensuração Florestal: perguntas e respostas. 4.ed. atualizada e ampliada. Viçosa: Editora 
UFV. 2013. 605 p. 
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(Prefeitura de Mangaratiba-RJ/2016) Do ponto de vista técnico, a idade ótima de corte em que uma 
floresta equiânea de eucalipto que mantenha a mesma densidade de plantio ao longo do ciclo de 
produção, e cujo interesse seja apenas o volume de madeira, é: 
a) aos sete anos de idade. 
b) quando o valor de venda da madeira estiver mais alto. 
c) quando o incremento médio anual chegar ao seu valor máximo. 
d) quando o incremento corrente anual chegar ao seu valor máximo. 
e) quando os valores do incremento médio anual e do incremento corrente anual se igualam. 
Comentários: Conforme visto em aula, a idade ótima de corte é quando os valores do incremento médio 
anual e do incremento corrente anual se igualam. 
 
Gabarito: E 
(Polícia técnico-científica do estado de Sergipe-2014) Em uma área de 70 hectares foi plantado um 
povoamento de Eucalipto cuja idade atual é de 7 anos e uma produção total com volume de 14.700 m³. 
Quando esse mesmo povoamento tinha 6 anos de idade, a sua produção total era um volume de 14.000 
m³. A respeito desse povoamento é correto afirmar que o: 
a) IMA (Incremento Médio Anual) aos 6 anos era menor que aos 7 anos. 
b) IMA (Incremento Médio Anual) aos 7 anos é de 30 m³/ha.ano. 
c) ICA (Incremento Corrente Anual) no período entre 6 e 7 anos foi de 210 m³/ha. 
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d) IMA (Incremento Médio Anual) aos 6 anos era de 30 m³/ha.ano. 
e) IMA (Incremento Médio Anual) aos 7 anos e aos 6 anos são iguais. 
Comentários: 
Primeiro vamos calcular o IMA para este povoamento: 
𝐼𝑀𝐴 =
𝑌
𝐼
 
Onde: Y=produção; I = idade. 
A produção de 70 hectares ao final de 7 anos foi de 14.700 m³, então a produção por hectare é: 
=
14.700
70
= 210 𝑚3/ℎ𝑎 
Logo: 
𝐼𝑀𝐴 =
𝑌
𝐼
=
210
7
= 𝟑𝟎𝒎𝟑/𝒉𝒂.𝒂𝒏𝒐 
Agora vamos calcular o ICA entre 6 e 7 anos: 
6 anos: =
14.000
70
= 200 𝑚3/ℎ𝑎 
7 anos: =
14.700
70
= 210 𝑚3/ℎ𝑎 
𝐼𝐶𝐴 = 𝑌2 − 𝑌1 = 210 − 200 = 10 𝑚3/ℎ𝑎 
Com isso, o gabarito da questão fica letra B. 
Gabarito: B 
 
Classificação de sítios florestais 
A qualidade de um sítio (local), ou capacidade produtiva do local, é definida pela capacidade de uma 
região em produzir madeira (ou outro produto). Assim, melhores sítios estão relacionados à maior 
capacidade produtiva do local enquanto piores sítios estão relacionados à menor capacidade produtiva. É 
importante medir a capacidade produtiva de um povoamento florestal para realizarmos a prognose ou 
prescrição de manejo. Mas Monik, o que é prognose? A prognose florestal consiste em utilizar modelos 
matemáticos para prever a produção futura de um povoamento florestal. Essa informação é muito 
importante, pois a partir dela as empresas florestais, por exemplo, conseguem fazer seus planejamentos. 
A determinação da qualidade de sítio pode ser feita através de métodos: 
1. Diretos: quando a capacidade produtiva é medida através do crescimento da floresta. 
Avaliação por meio da relação altura dominante e idade: é o método mais prático e consistente, pois 
para a maioria das espécies, áreas de alta capacidade produtiva são também aquelas cujo crescimento em 
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altura é elevado, podendo-se inferir que existe correlação significativa entre a altura dos indivíduos 
dominantes do povoamento e a capacidade produtiva do lugar. 
 
Considerações sobre a altura das árvores dominantes: 
➢ Altamente correlacionada com o volume dos povoamentos; 
➢ De fácil obtenção no campo, no caso dos plantios; 
➢ Não é afetada, dentro de certos limites, pela densidade de plantio; 
➢ Define o chamado Índice de Local (S). 
2. Indiretos: quando a capacidade produtiva é estimada a partir de atributos do sítio. 
Avaliação da qualidade do lugar pela vegetação indicadora: as plantas ou as comunidades de plantas 
estão associadas à qualidade do sítio (local). A presença de palmeiras (Buriti), por exemplo, em uma região 
permite inferir que aquela área possui grande oferta de água e o solo é essencialmente ácido. Essa 
alternativa possui a limitação de permitir somente avaliação qualitativa e em alguns casos requer 
conhecimentos de ecologia. Porém, tem a vantagem de nos informa sobre condições de umidade do solo, 
acidez do solo, entre outras características da área. 
Avaliação por fatores climáticos, edáficos, fisiográficos e bióticos: entre as alternativas, tem-se: 
• Classificação ecológica: Método de Holdridge, baseia-se em zonas de vida. 
• Classificações climáticas: Método de Thornthwaite & Matter 
• Classificação com base nos tipos de solo 
Avaliação baseado em fatores edáficos visa, principalmente, à indicação de espécies, à estratificação 
do terreno, à indicação de adubação e à definição de unidades de manejo. Esse método tem uma vantagem 
que é a não dependência da existência de plantações. 
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A) Fontes de dados para construção de curvas de Índice de Sítio 
Antes de falarmos sobre as fontes de dados para construção de curvas de Índice de Local, conhecer 
alguns conceitos são importantes para o melhor entendimento do método baseado na relação entre idade 
e altura das árvores dominantes: 
a) Índice de Local (S): é a altura média das árvores dominantes (Hd) ou dominantes e codominantes em 
uma idade-índice (Ii) pré-estabelecida. 
b) Idade-índice: é uma idade de referência (arbitrária), normalmente estabelecida antes da idade de corte 
do povoamento. 
c) Árvores dominantes: são as árvores de maiores diâmetros; tronco retilíneo; copa no estrato superior da 
floresta, recebendo sol por todos os lados; saudáveis; sem defeitos ou ataques de pragas. 
As curvas de índice de sítio podem ser obtidas através de medidas que indicam a relação altura-idade 
de árvores remedidas ao longo do tempo em parcelas permanentes, ou provenientes da reconstrução do 
desenvolvimento da árvore (análise de tronco) ou ainda de parcelas temporárias. 
1. Parcelas permanentes: são a fonte de dados desejável para construção das curvas de índice de sítio e 
são provenientes de inventários florestais contínuos (IFC's). Possibilitam o acompanhamento do 
desenvolvimento das árvores contidas na parcela e consequentemente o padrão de desenvolvimento em 
altura das árvores consideradas para efeito da construção das curvas de índice de sítio. Podem ser utilizadas 
para construção de curvas anamórficas e principalmente polimórficas, já que fornecem elementos sobre o 
crescimento das árvores individuais. 
Curvas anamórficas - feixe de curva com mesma inclinação; a taxa de crescimento relativo em altura é 
considerada constante para todos os sítios, assumindo-se assim que o crescimento em altura entre as 
classes de sítio é proporcional. 
Curvas polimórficas - feixe de curvas não apresenta mesma inclinação; a taxa de crescimento relativa em 
altura é dependente dos fatores do sítio. Se caracterizam por não apresentarem proporcionalidade no 
crescimento da altura das árvores dominantes, entre classes de sítio diferentes. 
Apresentam como inconvenientes: 
• Meio demorado e até certo ponto oneroso de se obter dados, já que é necessário uma série de 
medições periódicas; 
• Se ocorrer ataques de pragas ou doenças e queimadas nas árvores que estão sendo remedidas para 
se fazer a construção das curvas de índice de sítio, elas devem ser eliminadas, perdendo-se a 
sequência do seu desenvolvimento em altura; 
• Medições repetidas em árvores individuais contém erros correlatos. Entretanto, na prática eles são 
frequentemente ignorados. Erros correlatos afetam a estimativa da variância, tornando-a 
tendenciosa; 
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• Inconsistência do método de medição e/ou do tratamento na parcelam que pode ser causada pela 
mudança de equipes, mudanças nos objetivos da empresa e mesmo de mudanças de tecnológicas, 
como o surgimento de novos e eficientes instrumentos de medição. 
2. Parcelas temporárias: levam a construção de curvas anamórficas. Constitui-se uma base de dados 
importante e muito utilizada em locais onde não existem parcelas permanentes e/ou as árvores não 
apresentam nitidez nos anéis de crescimento. 
Tem como vantagem: 
• Possibilidade de uso das informações advindas de inventários convencionais; 
• Informações obtidas em um espaço de tempo relativamente curto e a um custo mais baixo do que 
os demais procedimentos; 
• Não apresentam erros correlatos, já que a cada amostragem parcelas novas e independentes são 
lançadas; 
• As parcelas podem ser lançadas em locais sadios, onde não existe quaisquer danos naturais. 
 Apresentam como inconvenientes: 
• Não possibilitar o conhecimento do real padrão de crescimento individual em alturas das árvores; 
• Depende de uma grande intensidade amostral, já que somente um par de valor altura-idade é obtido 
de cada parcela. 
3. Análise de tronco: é outra técnica que pode ser utilizada para fins de classificação de sítio, já que propicia 
a reconstrução da altura das árvores. A limitação para tal é que a árvore esteja situada numa região onde 
existam grandes diferenças climáticas. Então, o crescimento em um ano é facilmente identificado, já que 
háduas fases de crescimento bastante distintas ao longo do ano. 
Pleno Crescimento Redução do Crescimento 
Período chuvoso e de altas temperaturas Período seco e frio 
Lenho de cor esbranquiçada Lenho apresenta cor mais escura 
Menos células por unidade de área Mais células por unidade de área 
Lenho inicial ou primaveril Lenho de fecho ou tardio 
O lenho primaveril, normalmente maior, e o lenho tardio, correspondem a um ano de crescimento 
da planta e compõem o anel de crescimento. Para reconstruir o desenvolvimento em altura de uma árvore, 
deve-se efetuar a análise de tronco total. E para identificação das árvores dominantes basta lançar parcelas 
no povoamento e nesta após a medição dos diâmetros identificar as árvores dominantes segundo qualquer 
um dos conceitos existentes para tal. Um dos conceitos de árvores dominantes mais utilizado é o de 
Assmann, que pode ser definido como a altura média das 100 árvores mais grossos por hectares. 
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B) Métodos de construção de curvas de índice de local 
Imagine que os dados para a construção das curvas de índice de local foram coletados a partir de 
parcelas permanentes. Assim, o banco de dados teria o seguinte formato6: 
Parcela Idade (meses) Hd (m) 
1 24 13,6 
1 36 17,8 
1 48 21,5 
1 60 21,6 
1 72 21,8 
2 24 14,3 
2 36 17,9 
2 48 21,0 
2 60 21,1 
2 72 21,4 
. . . 
. . . 
. . . 
n 24 14,4 
n 36 17,2 
n 48 19,7 
n 60 20,2 
n 72 20,7 
De posse dos dados, pode-se utilizar vários métodos para a construção de curvas de índice de local, 
entre eles: 
 
6 SOAREAS, C. P. B. Capacidade Produtiva dos povoamentos. Mensuração florestal, 2017. Disponível em: 
<http://www.mensuracaoflorestal.com.br/capacidade-produtiva-dos-povoamentos>. Acesso em: 14 jan. de 2020. 
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➢ Método de atribuição preliminar de índices de local; 
➢ Método da equação das diferenças; 
➢ Método de Hammer; 
➢ Método da predição de parâmetros; 
➢ Método da curva-guia. 
Os métodos da curva-guia e de Hammer geram curvas anamórficas e podem ser empregadas com 
dados de parcelas temporárias ou permanentes, sendo o primeiro o mais difundido. Os demais métodos 
requerem dados de parcelas permanentes ou de análise completa de tronco. Um método eficiente para 
construção de curas polimórficas é o da predição de parâmetros. 
O Método da curva-guia é de fácil entendimento e amplamente utilizado em várias locais pelo 
mundo. Haja vista a distribuição das alturas das árvores dominantes em relação às idades das árvores, pode-
se ajustar uma equação para descrever este comportamento. A imagem a seguir ilustra as curvas de índice 
de local (Curva anamórfica). Percebam que melhores sítios (S= 14 e 15) apresentam maiores valores para 
altura dominante. 
 
Fonte: Mensuração Florestal7 
 
(ITAIPU-PR/2014) Sobre a qualidade do sítio, assinale a alternativa correta. 
a) Os fatores mais importantes para a determinação da qualidade do sítio são: a curva de IMA (incremento 
médio anual), a determinação do volume, através de equações de volume, e o conhecimento da idade das 
árvores. 
 
7 SOAREAS, C. P. B. Capacidade Produtiva dos povoamentos. Mensuração florestal, 2017. Disponível em: 
<http://www.mensuracaoflorestal.com.br/capacidade-produtiva-dos-povoamentos>. Acesso em: 14 jan. de 2020. 
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b) Comparando vários povoamentos da mesma espécie e da mesma idade, podemos diferenciá-los em 
sítios bons, médios e ruins, comparando as alturas médias ou dominantes desses povoamentos. 
c) O sítio é considerado bom quando a curva de incremento tem dois momentos de transição e um ápice no 
ICA (incremento corrente anual) de espécies dominadas e suprimidas. 
d) A qualidade do sítio é determinada pela disponibilidade de água, mas principalmente pela plasticidade 
das espécies vegetais, que é a capacidade que elas têm de povoar meios, com variações mais ou menos 
grandes dos fatores ecológicos. 
e) Os diferentes arranjos espaciais das folhas e galhos das árvores deixam entrar a luz difusa na floresta, 
com uma profundidade desigual. Quanto maior a quantidade de luz difusa que chega ao chão da floresta, 
melhor será a qualidade do sítio. 
Comentários: 
A qualidade de um sítio (local), ou capacidade produtiva do local, é definida como a capacidade de uma 
região em produzir madeira (ou outro produto). Assim, melhores sítios estão relacionados à maior 
capacidade produtiva do local enquanto que piores sítios estão relacionados à menor capacidade produtiva. 
Áreas de alta capacidade produtiva são também aquelas cujo crescimento em altura é elevado, podendo-
se inferir que existe correlação significativa entre a altura dos indivíduos dominantes do povoamento e a 
capacidade produtiva do lugar. Com isso: 
c) Comparando vários povoamentos da mesma espécie e da mesma idade, podemos diferenciá-los em sítios 
bons, médios e ruins, comparando as alturas médias ou dominantes desses povoamentos. 
Gabarito: C 
Medidas de densidade de povoamentos 
Além da idade do povoamento e da capacidade produtiva do local onde ele se encontra, a 
produção florestal também é função da densidade populacional8. 
Entre as medidas de densidade mais utilizadas, tem-se: o número de árvores por hectare; o volume 
por hectare e a área basal por hectare, sendo esta última a mais utilizada na modelagem do crescimento e 
produção florestal, pela possibilidade de simular, por exemplo, diferentes intensidades de desbastes. 
A densidade depende de dois aspectos: da frequência por hectare e dos tamanhos das árvores. Neste 
sentido, a área basal engloba estes dois aspectos, assim como o diâmetro quadrático (q). Via de regra, para 
uma mesma frequência do número de árvores por hectare, quanto maior área basal maior o diâmetro 
quadrático (q). No caso de povoamentos desbastados, pode-se ter uma redução da área basal e um 
aumento do diâmetro quadrático, caso haja remoção de árvores pequenas. 
Algumas considerações gerais: 
 
8 SOAREAS, C. P. B. Medidas de densidade de povoamentos. Mensuração florestal, 2017. Disponível 
em: < http://www.mensuracaoflorestal.com.br/medidas-de-densidade>. Acesso em: 08 fev de 2023. 
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a) Ocorre maior área basal inicial (Bi) nos melhores locais. Além disso, a diferença em área basal 
produzida nos melhores locais é significativa em relação aos piores locais e qualquer melhoria da qualidade 
do local reflete no aumento de área basal. 
 
b) Considerando um mesmo espaçamento, quanto maior área basal inicial (Bi), maior crescimento 
em área basal (ΔB) e maior crescimento em volume (ΔV). Assim sendo, quanto maior a área basal maior a 
produção em volume. 
c) Quanto ao espaçamento, em menores espaçamentos entre plantas (plantios mais adensados) o 
ponto de máximo crescimento em área basal ocorre em idade mais jovem quando comparado com 
espaçamento entre plantas mais amplo (veja figura a seguir). 
 
 
 d) Ainda com relação ao espaçamento, espaçamentos muito amplos não ocupam o potencial de 
produção da área, produzindo áreas basais menores do que o potencial máximo(veja figura a seguir), 
enquanto que em espaçamentos muito reduzidos pode ocorrer alta mortalidade de árvores (em virtude da 
lata competição entre as árvores) e também produzir áreas basais menores do que o potencial máximo. 
 
 
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DESBASTE 
Desbaste é a remoção de uma proporção de árvores num povoamento florestal, a fim de se 
conseguir mais espaço de crescimento para as árvores remanescentes, aumentando a produção de madeira 
utilizável durante o ciclo de corte do povoamento, além de garantir a produção contínua de madeira9. Essa 
retirada visa diminuir a competição entre as plantas, o que proporciona uma maior disponibilidade de 
recursos, sobretudo água e luz. As árvores remanescentes com maior quantidade de recursos irão 
apresentar maiores taxas de crescimento em diâmetro em um menor período de tempo. 
Se em um povoamento florestal for decidido pela realização de um desbaste, é preciso definir: 
1° Idade do primeiro desbaste 
2° Ciclo de desbastes subsequentes: intervalo de tempo entre os sucessivos desbastes. 
3° Intensidade de desbaste: é o quanto de volume, ou área basal, ou o número de árvores, que serão 
removidos do povoamento em cada intervenção de desbaste. 
A atividade de desbaste acarreta maiores investimentos, porém como o suprimento de madeira de 
florestas nativas tem sido cada vez mais restrito, tanto pela escassez natural quanto pela imposição da 
legislação, a estratégia de manejar plantações para a produção de árvores de maior porte surge como uma 
boa alternativa, permitindo um suprimento regular de madeira para diversos usos. 
O desbaste e a definição do espaçamento inicial são as práticas de manejo mais diretamente 
relacionadas com a produção de árvores de maior porte. A desrama artificial, embora não seja diretamente 
relacionada com o aumento do porte da árvore, justifica-se apenas em árvores remanescentes de porte 
comercial. A desrama é uma prática silvicultural que visa à produção de madeira livres de nós, melhorando 
a qualidade e aumentando seu valor no mercado. 
 
 
9 CAMPOS, J.C.C.; LEITE, H.G. Mensuração Florestal: perguntas e respostas. 4.ed. atualizada e ampliada. Viçosa: Editora 
UFV. 2013. 605 p. 
 
Benefícios do desbaste
Redução do tempo para 
produzir árvores de 
grande diâmentro
Maior rendimento 
volumétrtico no 
processamento da 
madeira
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Tipos de desbastes 
Antes de nos adentramos em relação aos tipos de desbaste, gostaria de fazer uma observação muito 
importante. Note que alguns alunos estavam com dúvidas em relação a classificação dos tipos de desbastes 
florestais, pois há na literatura divergências. Dessa forma, irei apresentam as duas classificações mais 
recorrentes para que vocês as conheçam e consigam resolver melhor as questões que tratam sobre esse 
assunto. 
Então, o desbaste pode ser classificado em: desbaste seletivo, sistemático ou misto. 
1. Desbaste seletivo: é aquele em que as árvores são removidas, ou não, de acordo com a sua qualidade 
e envolve, quase sempre, a remoção inicial de árvores suprimidas e dominadas, causando a abertura do 
dossel, o que favorece o desenvolvimento das melhores árvores, uniformizando o povoamento. 
Vantagem Desvantagem 
Melhores resultados na produção e na qualidade da 
madeira 
Alto custo de operação 
Maior dificuldade de extração das árvores 
Mais trabalhoso 
 
 
 
 
 
O método de desbaste seletivo pode ser ainda classificado em desbaste por baixo (desbaste 
negativo) ou pelo alto. 
➢ Desbaste por baixo: visa a remoção de árvores de qualidade inferior do povoamento, árvores da classe 
dominada ou subdominada. 
➢ Desbaste pelo alto: visa a remoção das árvores que concorrem com as árvores classificadas como de 
maior potencial futuro. Árvores potenciais são indivíduos dominantes, de boa qualidade e 
homogeneamente distribuídos no povoamento. A partir de então, são identificadas quais as principais 
concorrentes. Árvores concorrentes às árvores potenciais são, necessariamente, indivíduos bem 
desenvolvidos, que, por algum detalhe, não foram selecionados como árvores potenciais. Precisam ser 
removidas para que as árvores potenciais possam desenvolver suas copas sem restrição de espaço.10 
 
10 Dobner Júnior, Mário. Desbaste pelo alto: uma alternativa rentável para povoamentos de Pinus taeda no Sul do 
Brasil. Pomerode-SC, 2015. 28 p. Disponível 
em:<https://engenhariaflorestal.ufsc.br/files/2015/09/Cartilha_desbaste_Dobner-e-Huss.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2020. 
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2. Desbaste sistemático ou mecânico: é aquele em que as árvores são removidas sem prévia avaliação. 
O sistema mais comum de desbaste sistemático consiste na remoção de uma fileira, em intervalos 
definidos, segundo a intensidade. Esse tipo de desbaste é mais recomendável para povoamentos altamente 
uniformes, em que as árvores se diferenciam pouco entre si. 
Vantagem Desvantagem 
Menor custo de extração 
Menor produtividade do plantio, pois são retiradas 
também árvores com bom crescimento. 
Maior facilidade de extração das árvores 
Mais simples 
 
 
 
 
 
 
3. Desbaste misto: é o método mais utilizado em operações mecanizadas, por permitir o uso de máquinas, 
e também, por trazer a vantagem da seleção pelo "alto" ou por "baixo". Nesse tipo de desbaste, processa 
primeiro o desbaste sistemático e, em seguida, nas linhas remanescentes, o seletivo. Elimina os indivíduos 
com menor destaque e deixa como remanescentes os indivíduos com maior potencial de crescimento, além 
de tirar as árvores doentes, evitando a disseminação. No entanto, esse método possui mais desvantagens 
quando comparado ao desbaste sistemático e seletivo, pois é mais trabalhoso e caro. 
Notem que a classificação que eu acabei de apresentar a vocês, considera o desbaste por baixo e por 
alto como sendo variação do desbaste seletivo. Uma outra classificação seria a seguinte11: 
1. Desbaste Baixo: eliminam-se as árvores dominadas e subdominadas, resultando, na população, em 
árvores dominantes e codominantes. Há ainda três intensidades diferentes de desbaste por baixo que são 
denominadas como leve, moderado ou forte. 
Intensidade leve: remoção de árvores que estão a morrer, mortas, doentes, dominadas e 
subdominadas. 
Intensidade moderada: remoção das árvores da intensidade leve mais a remoção gradual das árvores 
subdominates e dominantes bem conformadas que estiverem muito próximas ou que apresentem copas 
excessivas, ou ainda defeitos no tronco ou na copa. 
 
11 RIBEIRO, N. et al. Manual de silvicultura tropical. Maputo: Universidade Eduardo Mondlane, 2002. 
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Intensidade forte: são removidas todas as árvores da intensidade leve e moderada mais algumas 
codominantes mal e bem conformadas que estão muito juntas de dominantes mais bem conformadas, com 
maior aptidão para permanecer até o corte raso. O objetivo deste desbaste é manter árvores com copas e 
troncos bem desenvolvidos. 
2. Desbaste Alto: são selecionadas as árvores que apresentam maior desenvolvimento do estrato (ou seja,maior altura), mas não demonstram níveis elevados de dossel e nem de crescimento em diâmetro. Dessa 
forma, é dado lugar a árvores dominantes e/ou codominantes de diâmetros e dossel mais elevado para se 
manter até o final da rotação. 
Cortam-se as árvores do estrato médio a superior do povoamento, com a finalidade de desafogar as 
dominantes e codominantes que interessa manter até ao final da rotação, isto é, os cortes são efetuados 
por cima, para abrir o estrato superior, favorecendo as árvores mais promissoras deste estrato. A finalidade 
deste método de desbaste é permitir que as árvores dos estratos inferiores venham atingir valor comercial. 
Há dois graus de intensidade no desbaste pelo alto, sendo eles: leve e forte. 
Intensidade leve: são removidas todas as árvores mortas, a morrer, inclinadas, doentes ou com copas 
muito extensas. Além disso, são retiradas a maior parte das dominantes que apresentam algum defeito ou 
bem conformadas que estão muito próximas e algumas das árvores codominantes. 
Intensidade forte: além das árvores cortadas na intensidade leve, são cortadas outras de classe 
superiores que dificultam o crescimento das copas das árvores com maior aptidão para permanecer até o 
corte raso da floresta. 
3. Desbaste Seletivo: eliminam-se as árvores mortas, doentes, codominantes e dominantes, a fim de 
estimular o desenvolvimento das árvores de estratos mais baixos. Neste desbaste, costuma-se realizar 
também o desrame baixo, favorecendo a condução do crescimento dos indivíduos selecionados. 
4. Desbaste Sistemático: eliminam-se as árvores em um espaçamento previamente determinado, sem 
considerar a qualidade das árvores a serem retiradas. Pode ser feito pela eliminação de árvores, utilizando 
a partir de uma distância média, ou pela eliminação de linhas ou faixas. 
 Acredito que conhecendo essas 2 classificações vocês irão conseguir resolver qualquer questão 
relacionada a esse assunto. 
 
 
 
 
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==d8eaf==
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Área Basal afeta o crescimento e produção12 
Como cada sítio permite apenas um determinado valor limite de área basal, reduzindo o 
número de árvores, a área basal máxima se distribuirá por um número menor de árvores 
remanescentes que atingirão diâmetros maiores. A estratégia é manter o povoamento 
crescendo em taxas próximas do máximo incremento corrente anual em área basal, o que 
pode ser conseguido por meio de desbastes leves e frequentes. 
Povoamentos mais jovens respondem melhor a repentinas mudanças de condições do 
sítio causadas pela redução na competição entre as árvores e, consequentemente, 
ocasionará um aumento no crescimento em volume. Este processo foi chamado por 
Assmann (1970), de “aceleração do processo natural de crescimento”. Esta aceleração 
provoca a antecipação do culmino do incremento corrente em volume. 
Para Assmann (1970), um bom indicador dos limites de intensidade de desbaste é a área 
basal crítica, ou seja, 95% da área basal ótima para o povoamento. Através do uso da área 
basal crítica é possível atingir o efeito de aceleração do crescimento e ainda, repor o que é 
retirado pelo desbaste. 
Os desbastes, quando realizados em momentos corretos, auxiliam na formação do tronco 
das árvores e consequentemente impacta na qualidade da madeira. A imagem abaixo 
demonstra a diferença do crescimento das árvores que estavam dentro de um regime de 
desbaste e outro que não adotou: 
 
12 https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/desbastes 
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A realização do manejo frequente faz com os anéis de crescimento permaneçam 
relativamente constantes. As imagens A e B são árvores de 21 anos de idade. Na imagem 
A o corte da árvore foi prorrogado, causando uma restrição no crescimento em diâmetro. 
Após o manejo, o diâmetro aumenta, mas esse crescimento é reduzido novamente assim 
que a árvore fecha a copa. A imagem B mostra como o manejo adequado permite que o 
crescimento em diâmetro seja praticamente uniforme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
Manejo Florestal (Bancas diversas) -Desbaste 
1. (UFMT/POLITEC-MT/2022) O Quadro contém características dos principais tipos de desbaste 
utilizados em florestas naturais ou plantadas. 
 
Assinale a alternativa que apresenta a denominação correta dos tipos, respectivamente. 
a) Alto; Baixo; Mecânico; Misto; Seletivo. 
b) Misto; Mecânico; Seletivo; Baixo; Alto. 
c) Mecânico; Baixo; Seletivo; Alto; Misto. 
d) Mecânico; Alto; Baixo; Seletivo; Misto. 
e) Misto; Mecânico; Baixo; Alto; Seletivo. 
Comentários: 
Primeiramente gostaria de salientar, que o desbaste mecânico apresentado pela questão é o mesmo que 
desbaste sistemático. Agora, de acordo com característica apresentadas iremos classificar os tipos de 
desbastes: 
1. Desbaste mecânico, eliminam-se as árvores em um espaçamento previamente determinado, sem 
considerar a qualidade das árvores a serem retiradas, ou seja, retira-se árvores de todo o tipo de qualidade. 
2.Desbaste baixo, pois nesse tipo de desbaste retiramos as árvores das classes inferiores. 
3. Desbastes seletivo, uma vez que nesse tipo de desbaste as árvores são removidas, ou não, de acordo com 
a sua qualidade e envolve, quase sempre, a remoção inicial de árvores suprimidas e dominadas, ou seja, de 
baixa qualidade. 
4.Desbaste alto, pois nesse tipo de desbaste são retiradas as árvores das classes superiores. 
5. Desbaste misto, nesse tipo de desbaste processa primeiro o desbaste sistemático e, em seguida, nas 
linhas remanescentes, o seletivo, ou seja, retira-se um volume acima da média e de todo tipo de qualidade. 
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Gabarito: C 
2. (GUALIMP - Engenheiro Florestal/2022) Assinale a alternativa correta sobre o desbaste silvicultural: 
a) No desbaste sistemático as árvores dominantes, codominantes, mortas e doentes são eliminadas do 
povoamento para estimular as árvores das classes inferiores. Neste método de desbaste, são removidas 
indiscriminadamente as árvores do estrato superior em favor das que possuem menores dimensões. 
b) O desbaste seletivo é feito com base num espaçamento pré-determinado, sem considerar a classe das 
copas, muito menos a qualidade das árvores a serem retiradas. 
c) No desbaste pelo alto cortam-se as árvores do estrato médio a superior do povoamento para permitir que 
as árvores dos estratos inferiores venham atingir valor comercial. Pode ser feito em três intensidades, leve, 
moderado e forte, de acordo com quantidade e qualidade das árvores dominadas e subdominadas a serem 
cortadas. 
d) O desbaste por baixo consiste em eliminar a maior parte das árvores da classe dominada e subdominada, 
que são aquelas cujas copas se encontram nos níveis inferiores. Após a remoção dessas árvores restam 
apenas indivíduos da classe dominante e codominante. 
Comentários: 
a) Incorreta. No desbaste seletivo sistemático as árvores dominantes, codominantes, mortas e doentes 
são eliminadas do povoamento para estimular as árvores das classes inferiores. Neste método de desbaste, 
são removidas indiscriminadamenteas árvores do estrato superior em favor das que possuem menores 
dimensões. 
b) Incorreta. O desbaste sistemático seletivo é feito com base num espaçamento pré-determinado, sem 
considerar a classe das copas, muito menos a qualidade das árvores a serem retiradas. 
c) Incorreta. No desbaste pelo alto cortam-se as árvores do estrato médio a superior do povoamento para 
permitir que as árvores dos estratos inferiores venham atingir valor comercial. Pode ser feito em dois 
intensidades: leve e forte três intensidades, leve, moderado e forte, de acordo com quantidade e qualidade 
das árvores dominadas e subdominadas a serem cortadas. 
d) Correta. O desbaste por baixo consiste em eliminar a maior parte das árvores da classe dominada e 
subdominada, que são aquelas cujas copas se encontram nos níveis inferiores. Após a remoção dessas 
árvores restam apenas indivíduos da classe dominante e codominante. 
Gabarito: D 
3. (FEPESE/Engenharia Florestal/2022) Assinale a alternativa que apresenta o tipo de desbaste onde 
são selecionadas as árvores com maior desenvolvimento do estrato e que ainda não apresentam níveis 
elevados de dossel e nem de crescimento em diâmetro, dando lugar às árvores dominantes e/ou 
codominantes de diâmetros e dossel mais elevados. 
a) Desbaste Seletivo. 
b) Desbaste pelo Alto. 
c) Desbaste Ordinário. 
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d) Desbaste Mecânico. 
e) Desbaste Sistemático. 
Comentários: 
O tipo de desbaste em que são selecionadas as árvores com maior desenvolvimento do estrato e que ainda 
não apresentam níveis elevados de dossel e nem de crescimento em diâmetro, dando lugar às árvores 
dominantes e/ou codominantes de diâmetros e dossel mais elevados é o desbaste por alto. 
Gabarito: B 
4. (Prefeitura de Mangaratiba-RJ/2016) Uma das atividades silviculturais que podem ser utilizadas 
dentro do manejo florestal é o desbaste. Em relação ao desbaste, avalie se são verdadeiras (V) ou falsas 
(F) as afirmativas a seguir: 
( ) O desbaste é a retirada de galhos de uma árvore com o intuito de aumentar o espaço para cada planta. 
( ) Tecnicamente, o desbaste deve ser realizado quando o crescimento do povoamento está entrando em 
estagnação. 
( ) O desbaste pode ser realizado de forma sistemática, em que árvores são escolhidas com base em seu 
porte. 
( ) Um dos resultados do desbaste é o estímulo do crescimento em diâmetro das árvores remanescentes. 
( ) Um dos resultados do desbaste é a redução de galhos e nós na madeira, devido à retirada dos galhos. 
As afirmativas são respectivamente: 
a) F, V, F, V e F. 
b) F, F, F, F e V. 
c) V, V, F, V e V. 
d) F, V, V, F e F. 
Comentários: 
(F) O desbaste é a retirada de galhos de uma árvore com o intuito de aumentar o espaço para cada planta. 
O desbaste é a retirada de árvores com o intuito de aumentar o espaço para cada planta. 
(V) Tecnicamente, o desbaste deve ser realizado quando o crescimento do povoamento está entrando em 
estagnação. 
(F) O desbaste pode ser realizado de forma sistemática, em que árvores são escolhidas com base em seu 
porte. O desbaste seletivo que é realizando segundo algum critério, por exemplo, escolhidas com base em 
seu porte. Já o desbaste sistemático as árvores são removidas sem prévia avaliação. 
(V) Um dos resultados do desbaste é o estímulo do crescimento em diâmetro das árvores remanescentes. 
(F) Um dos resultados do desbaste é a redução de galhos e nós na madeira, devido à retirada dos galhos. 
Um dos resultados da desrama é a redução de galhos e nós na madeira, devido à retirada dos galhos. 
Gabarito: A 
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4 
 
5. (Perito Criminal - PE/2016) No manejo florestal, o desbaste negativo deve ser indicado caso a área a 
ser manejada apresente 
a) elevada diversidade de plantas e animais. 
b) árvores de baixa qualidade e árvores com sinais de infecção por fungos. 
c) restrições de acesso. 
d) declividade superior a 10%. 
e) refúgios de fauna, em especial de espécies ameaçadas de extinção. 
Comentários: O desbaste negativo ou desbaste por baixo visa a remoção de árvores de qualidade inferior 
do povoamento, árvores da classe dominada ou subdominada. 
Gabarito: B 
6. (Prefeitura de Quatro Barras-PR/2019) A respeito do desbaste em árvores, é correto afirmar: 
a) No desbaste seletivo por baixo, são removidas as árvores das classes de copas de dimensões 
intermediárias e superiores, com a finalidade de favorecer o crescimento das demais árvores promissoras 
dessas mesmas classes. 
b) No desbaste seletivo pelo alto, as árvores colhidas pertencem às classes de crescimento inferior, visando 
favorecer as árvores das classes superiores. 
c) Depois de um desbaste, as árvores remanescentes retomam o crescimento em diâmetro e, com o passar 
dos anos, o ritmo de crescimento vai diminuindo, até atingir uma idade em que ocorre um novo início de 
estagnação, momento em que deve ser realizado um novo desbaste ou o corte raso. 
d) Por meio dos desbastes, a média da área basal individual torna-se menor, devido à colheita parcial de 
árvores, fato que resulta no aumento da disponibilidade do espaço. 
e) A área basal total, após os desbastes, apresenta maior valor médio por hectare. 
Comentários: 
a) Incorreto. No desbaste seletivo por baixo pelo alto, são removidas as árvores das classes de copas de 
dimensões intermediárias e superiores, com a finalidade de favorecer o crescimento das demais árvores 
promissoras dessas mesmas classes. 
b) Incorreto. No desbaste seletivo pelo alto por baixo, as árvores colhidas pertencem às classes de 
crescimento inferior, visando favorecer as árvores das classes superiores. 
c) Correto. Depois de um desbaste, as árvores remanescentes retomam o crescimento em diâmetro e, com 
o passar dos anos, o ritmo de crescimento vai diminuindo, até atingir uma idade em que ocorre um novo 
início de estagnação, momento em que deve ser realizado um novo desbaste ou o corte raso. 
d) Incorreto. Por meio dos desbastes, a média da área basal individual torna-se menor maior, devido à 
colheita parcial de árvores, fato que resulta no aumento da disponibilidade do espaço. 
e) Incorreto. A área basal total, após os desbastes, apresenta maior valor médio por hectare. A área basal 
total, após os desbastes, apresenta menor valor médio por hectare, pois árvores foram retiradas. 
Gabarito: C 
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7. (CESPE/2013) O espaçamento utilizado no plantio deve ser considerado no planejamento de 
desbastes, uma vez que espaçamento menor faz que a competição ocorra mais cedo, acelerando o 
início das operações de desbastes. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. O espaçamento inicial menor afeta os tratamentos silviculturais, pois mais cedo 
haverá fechamento do dossel, implicando na necessidade de desbaste mais cedo, contudo isto pode 
favorecer a derrama natural. De outro lado espaçamento inicial maior implicará em mais operações de 
limpeza e desfavorecerá a derrama natural, mas também retardará a aplicação do primeiro desbaste. 
Gabarito: Certa. 
Manejo Florestal (Bancas diversas) 
8. (Universidade do Estado do Amapá-2014) Analise a tabela a seguir sobre gerenciamento florestal. 
Tabela 1. VT, ICA e IMA de uma Floresta Teórica 
 
VT: volume total 
ICA: incremento corrente anual 
IMA: incremento médio anual 
No gerenciamento florestal,aplicando o método de maximização do incremento médio anual de corte aos 
dados da tabela apresentada, a idade ótima de corte para a floresta estaria entre: 
a) 4 e 5 anos. 
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b) 10 e 11 anos. 
c) 14 e 15 anos. 
d) 17 e 18 anos. 
Comentários: A idade onde ocorre o ponto de máximo IMA define a Idade Técnica de Colheita (ITC), que 
pode ser utilizada como critério para definir o momento de interferir na população, através do corte raso ou 
de desbaste. O máximo IMA ocorre aproximadamente aos 14 anos (IMA = 33,3), conforme a tabela 
apresentada. 
Gabarito: C 
9. (Polícia Civil do Estado do Piauí - Perito Criminal/2018) “A análise de tronco (ANATRO) é um método 
importante para algumas perícias florestais. Vem sendo utilizada para os estudos dos incrementos dos 
parâmetros dendrométricos da floresta, para avaliação da reação do crescimento a tratos culturais e 
pragas ou a determinadas práticas de manejo como também para a obtenção de dados para o 
desenvolvimento de equações de produção e de índice de sítio”. 
Considere as seguintes afirmativas assinalando as verdadeiras (V) ou falsas (F). 
( ) Pode-se concluir que devido à redução da largura dos anéis de crescimento anuais há o indício do início 
da competição entre as árvores no povoamento. 
( ) Uma das desvantagens da utilização da análise de tronco é não permitir o registro da evolução do fator 
de forma durante o período de crescimento. 
( ) A medição dos anéis de crescimento permite o cálculo dos incrementos de todos os parâmetros do 
povoamento. 
( ) A análise de tronco pode ser utilizada em qualquer espécie florestal que apresente anéis distintos de 
crescimento. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo. 
a) F – V – F – V. 
b) V – F – V – V. 
c) V – V – F – V. 
d) F – F – V – F. 
e) V – F– F – V. 
Comentários: 
(V) Pode-se concluir que devido à redução da largura dos anéis de crescimento anuais há o indício do início 
da competição entre as árvores no povoamento. (Lenho tardio, redução do crescimento. As condições se 
tornam menos favoráveis ao crescimento com a entrada do período seco e frio, os recursos se tornam mais 
escasso havendo uma maior competição entre as plantas.) 
(F) Uma das desvantagens da utilização da análise de tronco é não permitir o registro da evolução do fator 
de forma durante o período de crescimento. 
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Para cada idade, ou seja, para cada anel de crescimento é possível determinar diâmetro, altura, área basal, 
volume, incrementos médio e corrente para cada uma destas variáveis dendrométricas; bem como o 
fator de forma natural e artificial em cada idade. 
(V) A medição dos anéis de crescimento permite o cálculo dos incrementos de todos os parâmetros do 
povoamento. 
(V) A análise de tronco pode ser utilizada em qualquer espécie florestal que apresente anéis distintos de 
crescimento. 
Gabarito: B 
10. (Prefeitura de Mangaratiba-RJ/2016) Do ponto de vista técnico, a idade ótima de corte em que uma 
floresta equiânea de eucalipto que mantenha a mesma densidade de plantio ao longo do ciclo de 
produção, e cujo interesse seja apenas o volume de madeira, é: 
a) aos sete anos de idade. 
b) quando o valor de venda da madeira estiver mais alto. 
c) quando o incremento médio anual chegar ao seu valor máximo. 
d) quando o incremento corrente anual chegar ao seu valor máximo. 
e) quando os valores do incremento médio anual e do incremento corrente anual se igualam. 
Comentários: A idade em que se verifica a interseção entre as duas curvas de incremento (IMA e ICA) é 
definida como a ideal para o corte raso, quando se considera apenas a maior eficiência na produção em 
volume; essa é definida como rotação técnica com base na produtividade média. 
Gabarito: E 
11. (Prefeitura de Mojuí dos Campos - PA/2016) Para se avaliar a idade ótima de corte de um 
povoamento florestal do ponto de vista técnico, dois indicadores de crescimento da floresta devem ser 
observados: o Incremento corrente anual (ICA) e o Incremento médio anual (IMA). Com base nesses 
indicadores, é correto afirmar que: 
a) a partir da idade em que o ICA atingir o seu valor máximo, o povoamento atingirá também a idade ideal 
de corte. 
b) a idade ótima de corte do ponto de vista técnico é atingida quando os valores do IMA e do ICA atingem o 
máximo. 
c) a idade do povoamento em que haverá a máxima produtividade será atingida quando o valor do IMA 
igualar-se ao valor do ICA. 
d) o ponto em que o máximo IMA do povoamento é atingido permite a obtenção do maior volume de 
madeira. 
Comentários: Percebam que esse assunto é bastante recorrente. A idade em que se verifica a interseção 
entre as duas curvas de incremento (IMA e ICA) é definida como a ideal para o corte raso, quando se 
considera apenas a maior eficiência na produção em volume; essa é definida como rotação técnica com 
base na produtividade média. 
Gabarito: C 
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12. (PC-PI/2018) A figura a seguir, por meio de uma representação teórica, mostra o crescimento de 
uma floresta em volume ao longo do tempo e mostra também as curvas de Incremento Corrente Anual 
(ICA) e Incremento Médio Anual (IMA). 
 
Considerando como critério essa representação, é CORRETO afirmar. 
a) Determinar a idade ótima de corte por meio deste critério implica, portanto, o corte da floresta, quando 
esta atingir a idade de máximo ICA. Justifica-se o emprego deste método se considerarmos que, ao longo 
de várias rotações florestais, estaremos extraindo anualmente o maior volume possível, pois o ponto de 
máximo IMA corresponde ao ponto de cruzamento com a curva de ICA. 
b) Determinar a idade ótima de corte por meio deste critério implica, portanto, o corte da floresta, quando 
esta atingir a idade do máximo ICA e do máximo IMA. Justifica-se o emprego deste método se 
considerarmos que, ao longo de várias rotações florestais, estaremos, anualmente, extraindo em média o 
maior volume possível, pois os pontos de cruzamento das duas curvas determinam o limite de idade ótima 
para o corte. 
c) Determinar a idade ótima de corte através deste critério implica, portanto, o corte da floresta, quando 
esta atingir a idade de máximo ICA ou de IMA. Justifica-se o emprego deste método se considerarmos que, 
ao longo de várias rotações florestais, estaremos, anualmente, extraindo o maior volume possível, pois os 
pontos de culminação destas duas curvas definem o período de corte. 
d) Essas relações não permitem isoladamente determinar a idade ótima de corte, pois necessitam estar 
associadas a resultados de uma análise do conteúdo celular para comprovar o início da senilidade. 
e) Determinar a idade ótima de corte, por meio deste critério implica, portanto, o corte da floresta, quando 
esta atingir a idade de máximo IMA. Justifica-se o emprego deste método se considerarmos que, ao longo 
de várias rotações florestais, estaremos, em média, extraindo o maior volume possível, pois o ponto de 
máximo IMA corresponde ao ponto na curva de crescimento tangenciado por uma reta que sai da origem. 
Comentários: 
a) Incorreto. Determinar a idade ótima de corte por meio deste critério implica, portanto, o corte da 
floresta, quando esta atingir a idade de máximo ICA (atingir a idade de máximo IMA). Justifica-seo 
emprego deste método se considerarmos que, ao longo de várias rotações florestais, estaremos extraindo 
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anualmente o maior volume possível, pois o ponto de máximo IMA corresponde ao ponto de cruzamento 
com a curva de ICA. 
b) Incorreto. Determinar a idade ótima de corte por meio deste critério implica, portanto, o corte da 
floresta, quando esta atingir a idade do máximo ICA e do máximo IMA (atingir a idade de máximo IMA). 
Justifica-se o emprego deste método se considerarmos que, ao longo de várias rotações florestais, 
estaremos, anualmente, extraindo em média o maior volume possível, pois os pontos de cruzamento das 
duas curvas determinam o limite de idade ótima para o corte. 
c) Incorreto. Determinar a idade ótima de corte através deste critério implica, portanto, o corte da floresta, 
quando esta atingir a idade de máximo ICA ou de IMA (atingir a idade de máximo IMA). Justifica-se o 
emprego deste método se considerarmos que, ao longo de várias rotações florestais, estaremos, 
anualmente, extraindo o maior volume possível, pois os pontos de culminação destas duas curvas definem 
o período de corte. 
d) Incorreto. Essas relações não permitem isoladamente determinar a idade ótima de corte, pois 
necessitam estar associadas a resultados de uma análise do conteúdo celular para comprovar o início da 
senilidade. Essa relação permite sim determinar a idade ótima de corte. 
e) Correto. Determinar a idade ótima de corte, por meio deste critério implica, portanto, o corte da floresta, 
quando esta atingir a idade de máximo IMA. Justifica-se o emprego deste método se considerarmos que, 
ao longo de várias rotações florestais, estaremos, em média, extraindo o maior volume possível, pois o 
ponto de máximo IMA corresponde ao ponto na curva de crescimento tangenciado por uma reta que sai da 
origem. 
Gabarito: E 
13. (ITAIPU-2015) Em relação ao Manejo Florestal, considere as seguintes afirmativas: 
I. É o planejamento do uso racional de qualquer produto que seja retirado da floresta. 
II. Permite que a produção de madeira possa ser contínua ao longo dos anos. 
III. Quando as técnicas empregadas são para colher seletivamente parte das melhores árvores, de tal 
maneira que sejam preservadas as árvores menores e sadias para serem colhidas futuramente, os benefícios 
econômicos não superam os custos. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa III é verdadeira. 
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
Comentários: 
I. Correto. É o planejamento do uso racional de qualquer produto que seja retirado da floresta. 
II. Correto. Permite que a produção de madeira possa ser contínua ao longo dos anos. 
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III. Incorreto. Quando as técnicas empregadas são para colher seletivamente parte das melhores árvores, 
de tal maneira que sejam preservadas as árvores menores e sadias para serem colhidas futuramente, os 
benefícios econômicos não superam os custos. Os benefícios econômicos superam os custos quando o 
manejo florestal é bem executado. 
Gabarito: B 
14. (Prefeitura de Juazeiro - BA/2016) Manejo florestal consiste no desenvolvimento e na aplicação de 
métodos quantitativos, qualitativos e conhecimentos ecofisiológicos, visando gerar produtos, serviços 
e/ou benefícios diretos e indiretos, com a garantia de sustentabilidade a partir de uma floresta. Um 
povoamento pode ser classificado de duas formas, como equiâneo e inequiâneo. Sobre os dois tipos 
de povoamentos, é correto afirmar que: 
a) um povoamento pode ser equiâneo quando ele é constituído de diferentes espécies que tem idades 
distintas. 
b) um povoamento inequiâneo é formado por uma única espécie ou por um grupo de clones. 
c) a distribuição de diâmetros em um povoamento equiâneo, ao considerar todas as espécies, em qualquer 
idade, segue um modelo exponencial muitas vezes denominado J invertido. 
d) uma característica do povoamento inequiâneo é que a mortalidade regular se eleva com a idade e a altura 
das árvores dominantes e codominantes aumentam com a idade ao longo da vida do povoamento. 
e) uma característica essencial de um povoamento equiâneo é que ele tem sempre um início 
(estabelecimento) e um final (corte raso). 
Comentários: 
a) Incorreto. um povoamento pode ser equiâneo inequiâneo quando ele é constituído de diferentes 
espécies que tem idades distintas. 
b) Incorreto. um povoamento inequiâneo equiâneo é formado por uma única espécie ou por um grupo de 
clones. 
c) Incorreto. a distribuição de diâmetros em um povoamento equiâneo inequiâneo, ao considerar todas as 
espécies, em qualquer idade, segue um modelo exponencial muitas vezes denominado J invertido. 
A distribuição diamétrica de uma floresta equiânea (árvores de mesma idade), um plantio, por exemplo, 
tende à distribuição normal. A distribuição diamétrica de uma floresta inequiânea (árvores de diferentes 
idades), como a Floresta Amazônica ou a Mata Atlântica, tende a uma distribuição no formato de J-
invertido. 
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==d8eaf==
11 
 
 
Fonte: Mensuração florestal, 2014.1 
d) Incorreto. uma característica do povoamento inequiâneo equiâneo é que a mortalidade regular se eleva 
com a idade e a altura das árvores dominantes e codominantes aumentam com a idade ao longo da vida do 
povoamento. 
e) Correto. uma característica essencial de um povoamento equiâneo é que ele tem sempre um início 
(estabelecimento) e um final (corte raso). (Conforme visto em aula, um povoamento equiâneo é formado 
por uma única espécie ou por um grupo de clones e eles apresentam a característica de ter sempre um início 
(estabelecimento) e um final (corte raso)). 
Gabarito: E 
 
 
15. (Perito Criminal -PC-PI/2018) Em relação ao Manejo Florestal, assinale V (verdadeiro) e F (falso). 
( ) É um conjunto de técnicas empregadas para colher cuidadosamente parte das árvores de maior porte, de 
tal maneira, que as menores a serem colhidas futuramente, sejam protegidas. 
( ) É o planejamento do uso racional dos produtos retirados da floresta. 
( ) O único aspecto negativo do plano é que os benefícios econômicos não superam os custos. 
( ) Com a adoção do regime de manejo, pode-se conseguir a produção contínua de madeira ao longo dos 
anos. 
( ) Manejo Florestal Sustentável é a administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos, 
sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e 
considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de 
múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços 
florestais. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo. 
a) V, V, V, F, V. 
b) V, F, V, F, F. 
c) F, F, V, V, V. 
 
1 SOAREAS, Carlos Pedro Boechat. Diâmetro, circunferência e área basal. Mensuração florestal, 2017. Disponível em: 
<http://www.mensuracaoflorestal.com.br/capitulo-2-diametro-circunferencia-e-area-basal>. Acesso em: 22 jan. de 2020. 
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d) V, F, F, V, F. 
e) V, V, F, V, V. 
Comentários: 
(V) É um conjunto de técnicas empregadas para colher cuidadosamente parte das árvores de maior porte, 
de tal maneira, que as menores a serem colhidas futuramente, sejam protegidas. 
(V) É o planejamento do uso racional dos produtos retirados da floresta. 
(F) O único aspecto negativo do plano é que os benefícios econômicos não superam os custos. Os benefícios 
econômicos dentem a superar os custos. 
(V) Com a adoção do regime de manejo, pode-se conseguir a produção contínua de madeira ao longo dos 
anos. 
(V) Manejo Florestal Sustentável é a administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos, 
sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e 
considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de 
múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços 
florestais. 
Gabarito: E 
16. (DEINFRA-SC/2019) Sobre manejo florestal, o período entre duas reduções de densidade, ou seja, 
o tempo necessário para que o estoque em crescimento atinja o estoque florestal é denominado: 
a) Ciclo de corte. 
b) Tempo de rebrota. 
c) Inventário florestal. 
d) Sistema de manejo. 
e) Análise da vegetação. 
Comentários: 
Ciclo de corte: período de tempo entre o estabelecimento do povoamento até a sua reforma (novo plantio). 
Esse ciclo pode envolver uma ou mais rotações. 
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Fonte: Mensuração Florestal. Perguntas e respostas, 2013.2 
Gabarito: A 
 
17. (UFU-MG/2018) Em relação às práticas de manejo florestal, é correto afirmar, EXCETO, que 
a) a definição do espaçamento deve considerar não somente a densidade das plantas, mas também sua 
distribuição espacial ou de formato de modo a permitir a circulação dos equipamentos nas operações de 
desbaste e de colheita final. 
b) o número de árvores por hectare é a mais simples de todas as medidas de densidade embora não descreva 
bem o grau de ocupação do sítio (para dois povoamentos com diferentes idades e diferentes números de 
árvores, não se sabe qual é o mais denso). 
c) mapear as classes de sítio e seus níveis de produtividade ajuda a definir os riscos para o manejo florestal 
e para a predição da produção. 
d) o desbaste sistemático é um procedimento com seleção sucessiva e crescente, em que as árvores são 
removidas ou não, de acordo com sua qualidade. 
Comentários: A única alternativa errada é a letra D, pois o desbaste sistemático é aquele em que as árvores 
são removidas sem prévia avaliação. Quando existe uma prévia avaliação/seleção das árvores que serão 
removidas, esse desbaste é chamado de seletivo. 
Gabarito: D 
18. (Prefeitura de Timbó/2018) O termo rotação refere-se à idade na qual se planeja colher um 
povoamento florestal equiâneo, conforme citado por (Silva et.all. 2005). Essa decisão pode ser apoiada 
nas rotações técnica e econômica. Isso posto, analise as afirmativas abaixo e identifique a(s) correta(s): 
I- A rotação técnica corresponde à idade em que o incremento corrente anual é menor do que o incremento 
médio anual. 
II- A rotação econômica considera somente os resultados de uma dada taxa de desconto. 
 
2 CAMPOS, J. C. C.; LEITE, H. G. Mensuração florestal: perguntas e respostas. 4. ed. Viçosa, MG: UFV, 2013. 605 p. 
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III- A rotação técnica corresponde à idade em que o incremento médio anual é máximo e igual ao incremento 
corrente anual. 
IV- A rotação econômica é aquela que maximiza os retornos do investimento. 
Assinale a alternativa correta: 
a) As afirmativas III e IV estão corretas. 
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
d) Apenas a afirmativa III está correta. 
e) Apenas a afirmativa II está correta. 
Comentários: 
I- Incorreto. A rotação técnica corresponde à idade em que o incremento corrente anual é menor do que o 
incremento médio anual. A rotação técnica corresponde à idade em que o incremento médio anual é 
máximo e igual ao incremento corrente anual. 
II- Incorreto. A rotação econômica considera somente os resultados de uma dada taxa de desconto. 
III- Correto. A rotação técnica corresponde à idade em que o incremento médio anual é máximo e igual ao 
incremento corrente anual. 
IV- Correto. A rotação econômica é aquela que maximiza os retornos do investimento. 
Gabarito: A 
19. (Prefeitura de Acaraú - CE/2019) O manejo florestal assegura o interesse do proprietário e da 
sociedade à floresta, considerando os aspectos econômicos, ecológicos e ambientais. Sobre manejo 
florestal assinale a opção INCORRETA. 
a) O desbaste sistemático consiste na retirada de plantas segundo certas características pré-estabelecidas, 
que variam de acordo com o proposito a que se destina a produção. As principais desvantagens desse 
método é o alto custo de operação, maior dificuldade para extração das árvores. 
b) O manejo florestal madeireiro há muito vem sendo considerado um dos instrumentos mais viáveis de 
gestão dos recursos florestais com vistas à produção sustentada de madeiras. Sob a influência dessa nova 
ótica de desenvolvimento, o manejo florestal passa a incorporar, também, a ideia de desenvolvimento 
sustentável. 
c) No manejo florestal policíclico uma parte ou todas as árvores comerciais que atingiram o tamanho de 
corte são retiradas. As árvores de tamanho intermediário que permanecem na floresta passam a constituir 
o estoque remanescente para o próximo corte. 
d) A análise da vegetação é realizada por meio do Inventário florestal que pode utilizar a técnica de 
amostragem ou censo. 
e) O sistema de manejo policíclico de uso múltiplo permite estabelecer um fluxo de produção otimizado em 
relação à infraestrutura necessária para cada unidade de produção. Outra vantagem deste sistema é a 
manutenção de uma maior área de floresta sem ação antrópica, o que resulta num menor impacto ao 
ecossistema florestal. 
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Comentários: Apesar da questão envolver outros assuntos, apenas com os conhecimentos sobre a 
classificação dos desbastes conseguiríamos resolver a questão. A alternativa A está incorreta, pois a 
desbaste sistemático consiste na retirada de plantas sem prévia avaliação. O sistema mais comum de 
desbaste sistemático consiste na remoção de uma fileira, em intervalos definidos, segundo a intensidade. 
Este tipo de desbaste é mais recomendável para povoamentos altamente uniformes, em que as árvores se 
diferenciam pouco entre si. 
Gabarito: A 
20. (Prefeitura de Capanema - PA/2018) Existem diferentes maneiras para expressar o crescimento de 
um povoamento, podendo-se utilizar o incremento corrente anual (ICA), o incremento médio anual 
(IMA), o incremento periódico médio anual (IPA). Observe o quadro a seguir, contendo os valores do 
ICA volumétrico de um dado povoamento florestal, medidos em intervalos de 5 anos. 
 
Em relação a esse quadro, é correto afirmar que 
a) a idade ótima de rotação técnica do povoamento, momento em que deve ser processada a colheita 
florestal, será entre 25 e 30 anos. 
b) o IMA

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