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19/03/24, 23:10 Aula 01
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AULA
Introdução à Bioética
19/03/24, 23:10 Aula 01
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 Nesta aula, os seguintes tópicos serão explorados:
1 Tópico
Definição dos conceitos: ética, moral e deontologia.
2 Tópico
O surgimento da bioética: histórico e origem.
3 Tópico
Definição de bioética e seus princípios.
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A Bioética é uma área de estudo que nos oferece uma interconexão entre questões
sociais, culturais, epidemiológicas, jurídicas e éticas que surgem devido aos
avanços científicos na área da saúde e dilemas éticos, enraizada na reflexão crítica
sobre as questões morais e éticas provocadas pelos avanços das pesquisas em
saúde. Dessa forma, a Bioética nos convida a questionar, refletir e discernir,
oferecendo uma estrutura para orientar a pesquisa, a prática clínica e as políticas
que moldam nosso relacionamento com a vida, desde o nascimento até questões
ligadas ao fim da existência.
Para compreender esse complexo panorama, é essencial internalizar conceitos
fundamentais que antecedem a Bioética, a saber, ética, moral e deontologia.
Somente ao consolidar essas bases é que podemos aprofundar nossa compreensão
na busca entre o progresso científico e os princípios bioéticos.
Ética: A ética, originada do termo grego "ethos", refere-se aos costumes e caráter
de um grupo social (Moore, 1975). Essa área da filosofia busca entender o que é
moralmente correto ou errado, estabelecendo princípios para orientar ações
individuais e coletivas. Ao observar e interpretar fatos cotidianos, a ética equilibra
emoção e razão na tomada de decisões, considerando tanto critérios subjetivos,
como valores pessoais e consciência moral, quanto objetivos, como regras e
normas (Rossete, 2018).
Moral: O termo "moral" tem origem no latim, “mores”, que significa costumes,
indicando que a moralidade é aprendida e pode ser adquirida ou perdida ao longo
da vida, envolvendo caráter, sentimentos e costumes (Hossne; Segre, 2011). A
moral pode se modificar com o tempo ou mudanças de hábitos dentro de uma
sociedade, uma vez que é definida a partir das necessidades de convivência, sendo
influenciada pela ética, que pode fundamentá-la (Rossete, 2018).
Tópico 01
Definição dos conceitos: ética, moral e deontologia
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Embora ética e moral sejam conceitos distintos, estão intimamente conectadas, a
ética depende da moral como base para suas reflexões, enquanto a moral
necessita da ética para repensar e estabelecer uma relação crucial para a abertura
ao diálogo ético-moral, evitando o dogmatismo (Pedro, 2014).
Conexão
Desvende os segredos da conduta moral que
enriquece a vida com Lúcia Helena Galvão, da
Nova Acrópole. Assista ao vídeo inspirador
durante a Semana da Arte 2023 e embarque
numa jornada de reflexão sobre os valores
que tornam nossa existência
verdadeiramente bela.
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Figura 1 - Relação entre ética e moral
Fonte: Pedro (2014).
Deontologia
A Deontologia, termo de origem grega que significa "dever" ou "obrigação", estuda
os princípios, fundamentos e sistema da moral, oferecendo orientação moral e
jurídica nas relações profissionais de saúde com a sociedade, fundamentada na
ética e na lei. Concentra-se nos deveres e direitos, estabelecendo normas com
base em fundamentos éticos (Alexander; Moore 2007).
Relação entre ética, moral e deontologia
A relação entre ética, moral e deontologia é evidente na medida em que a ética
estabelece os fundamentos teóricos para a construção de sistemas morais, os
quais, por sua vez, guiam a elaboração de códigos deontológicos. Sendo assim, é
fundamental compreender que esses conceitos não operam de maneira isolada, a
ética inspira a moral, a moral contextualiza a ética, e ambas servem como base
para a formulação de códigos deontológicos (Hossene, 2006).
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Figura 2 - Círculos concêntricos da ética, moral e deontologia, segundo Prudente (2000).
Fonte: adaptada de Mattar (2010).
Segundo Prudente (2000), essa relação entre ética, moral e deontologia, pode ser
exemplificada por meio de esferas interligadas. Na esfera mais ampla da ética, são
elaborados os alicerces morais que, em um escopo mais restrito, configuram a
moral aplicada aos padrões de conduta humana e social. Dentro desse contexto, a
deontologia se manifesta em uma escala ainda mais específica e concêntrica,
representando a dimensão ética particular de uma profissão, dessa forma, é
possível observar que ética, moral e deontologia compartilham uma essência
comum, em que a ética lida com questões universais, a moral ajusta esses
princípios à diversidade cultural, e a deontologia direciona a aplicação prática
desses princípios em domínios específicos (Prudente, 2000).
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PARA PENSAR
Diante da complexidade das questões éticas, morais e deontológicas, é essencial
compreender as nuances que permeiam esses conceitos. 
Em relação à ética, moral e deontologia, qual das seguintes afirmações está
correta?
a. A ética é sempre relativa e subjetiva, enquanto a moral e a deontologia são
absolutas e universal.
b. A ética e a moral são termos sinônimos, sem diferenças significativas entre
eles, diferenciando-se da deontologia, que estuda os princípios, fundamentos
e sistema da moral.
c. A ética descarta completamente a influência cultural, sendo uma construção
individual; enquanto a moral e deontologia, seguem uma vertente
confluente, na busca pelo entendimento da influência cultural no indivíduo.
d. A moralidade é exclusivamente determinada pela religião, sem consideração
para perspectivas seculares.
e. A ética estabelece os fundamentos teóricos para a construção de sistemas
morais, os quais, por sua vez, guiam a elaboração de códigos deontológicos.
Resposta: Alternativa E é a correta.
Justificativa: A relação entre ética, moral e deontologia é evidente na medida em
que a ética estabelece os fundamentos teóricos para a construção de sistemas
morais, os quais, por sua vez, guiam a elaboração de códigos deontológicos. Sendo
assim, é fundamental compreender que esses conceitos não operam de maneira
isolada, a ética inspira a moral, a moral contextualiza a ética, e ambas servem
como base para a formulação de códigos deontológicos.
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A origem da Bioética está fundamentada em eventos históricos que efetivamente
conduziram ao seu surgimento, sendo imprescindível para seu entendimento
traçar uma linha temporal, com os principais eventos que antecedem a utilização
do termo "bioética". Isso permite compreender o contexto histórico de avanços
científicos e tecnológicos, bem como profundas transformações sociais, políticas e
culturais, que ocorreram paralelamente, sobretudo em pesquisas que envolviam
seres humanos.
Tópico 02
O surgimento da bioética: histórico e origem
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PARA PENSAR
Em relação ao histórico da bioética, avalie as afirmações apresentadas e escolha
aquela que reflete corretamente o desenvolvimento desta disciplina. Analise as
opções atentamente para identificar a afirmativa que melhor representa um marco
significativo na trajetória histórica da bioética. 
a. O termo "bioética" foi cunhado na Grécia Antiga por Hipócrates, marcando o
início formal dessa disciplina.
b. Na década de 70, os trabalhos de Potter, nos Estados Unidos, foram
fundamentais para a formulaçãode princípios éticos para pesquisa
envolvendo seres humanos.
c. A bioética teve origens exclusivamente religiosas e não se desenvolveu como
uma disciplina secular.
d. O desenvolvimento da bioética é estritamente ligado à pesquisa médica, sem
considerar dilemas éticos em outras áreas científicas.
e. No século XIX, o Ministério da Saúde da Prússia desempenhou um papel
crucial no estabelecimento dos fundamentos da bioética.
Resposta: Alternativa B é a correta.
Justificativa: Potter ressurge com o termo “bioética”, propondo uma ponte entre
as ciências empíricas e as ciências humanas, promovendo uma reflexão sobre os
avanços científicos e seus impactos na vida humana, mais especificamente do
ponto de vista ético. Em resposta a essa necessidade, o governo e o Congresso
norte-americanos formaram uma comissão em 1974, resultando na formulação do
modelo principialista.
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Mas, afinal, o que é bioética?
Com suas origens etimológicas grega, em "Bios" (vida) e "ethos" (ética), a bioética
se apresenta como uma prática voltada ao cuidado de todas as formas de vida. No
entanto, definir com precisão uma área tão complexa e multiprofissional como a
bioética é desafiador e requer muito cuidado, dada sua natureza permeada por
diversas variáveis. Diferentes autores contribuíram para a construção do conceito
de bioética.
Potter, em 1970, conceituou a bioética como a "ciência da sobrevivência e da
qualidade de vida". Já Kemp, em 1977, com a influência das raízes etimológicas,
configura a bioética como, " o cuidado das formas de vida em seu ambiente". Em
1978, Reich integrou à saúde a definição, concebendo a bioética como "a ética das
ciências da vida e da saúde". Posteriormente, Mori, em 1994, a definiu como “a
ética da qualidade de vida”; enquanto Kottow, em 1995, propôs que ela seja
entendida como “a ética das afirmações humanas que podem ter efeitos irreversíveis
sobre os fenômenos vitais”. Diferentemente, em 2001, Hottois percebeu a bioética
como uma “prática discursiva e discurso prático”, abrindo espaço para amplas
discussões (Jorge Filho, 2017).
Tópico 03
Definição de bioética e seus princípios
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O legado bioético remonta a Hipócrates, o pai da medicina, que, por volta de 460
a.C., já estabelecia princípios éticos ao direcionar seu conhecimento para o
benefício dos pacientes, evitando causar-lhes malefícios (Abreu, 2018). No entanto,
somente em 1971, em resposta às transformações sociais nas décadas de 60 e 70,
emergiram novos padrões morais e éticos que passaram a fundamentar as
interações sociais, culminando no surgimento da bioética. O termo ganhou
destaque com a publicação do livro "Bioethics: Bridge to the Future", de Van
Rensselaer Potter (Diniz; Guilhem, 2005).
O propósito inicial de Potter ao criar sua obra era identificar valores e normas que
pudessem guiar a ação humana, promovendo a integração entre os valores
humanos e os campos da medicina, biologia e ecologia. Em resposta a essa
necessidade, o governo e o Congresso norte-americanos formaram uma comissão,
em 1974, para alcançar um consenso sobre o desenvolvimento da pesquisa
biomédica e comportamental. Ao longo de quatro anos de atividade, a comissão
concluiu que ambas as áreas de pesquisa deveriam sempre obedecer aos princípios
por ela estabelecidos, resultando na formulação do modelo principialista (Abreu,
2018).
Modelo principialista
O principialismo emerge como o modelo de bioética no qual seus criadores e
adeptos reconhecem a necessidade de empregar um método específico para
abordar, de maneira eficaz, os desafios éticos relacionados ao cuidado da saúde
A diversidade de definições na
bioética destaca sua complexidade
e importância , sendo abordada por
diversas perspectivas. Isso resulta em
uma variedade de interpretações que,
ao mesmo tempo, convergem para
um núcleo central, fundamentado em
princípios mais antigos do que o
momento de sua conceitualização, o
que é verdadeiramente essencial
(Jorge Filho, 2017).
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humana. Esse método se fundamenta na observância de princípios específicos que
servem como alicerce para a resolução de conflitos éticos, sendo eles: autonomia,
beneficência, não maleficência e justiça (Abreu, 2018).
Princípios da bioética
Princípio da autonomia: O princípio da autonomia se ampara na consideração
dos direitos fundamentais do indivíduo, pautado por uma moralidade que inspira o
respeito mútuo, conforme expresso no pensamento de John Stuart Mill (1806-
1883), em “Sobre si mesmo, sobre seu corpo e sua mente”. Este princípio refere-se
ao respeito pelo consentimento informado da pessoa, seja ela atualmente ou
potencialmente enferma. Além de nortear as questões associadas ao
consentimento informado, é também a base para o testamento vital, as diretivas
antecipadas de vontade e a confidencialidade da informação médica (Oliveira,
2018).
Conexão
A seguir, confira duas obras audiovisuais que
contribuirão para a ampliação do seu
repertório.
No filme “O Enfermeiro da Noite”: adaptado
da história do enfermeiro Charles Cullen,
condenado à prisão perpétua pela morte de
29 pacientes, podemos observar a violação
principalmente de dois princípios
fundamentais da bioética, a saber: a
beneficência e a não maleficência.
Já no documentário “O Holocausto
Brasileiro”, lançado em 2016 e baseado no
livro homônimo de Daniela Arbex, mostra o
genocídio cometido no Hospital Colônia em
Barbacena (MG). Neste caso, temos a violação
de todos os princípios da bioética.
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A autonomia implica na liberdade de decisão sobre a própria vida, sendo associada
à autodeterminação e ao autogoverno. Esse princípio defende que a liberdade de
cada ser humano deve ser preservada. Compete aos profissionais de saúde
fornecer informações técnicas para orientar as decisões do cliente, sem recorrer a
formas de influência ou manipulação, permitindo que ele participe ativamente das
decisões relacionadas ao seu cuidado e assistência à saúde (Stapenhorst et al.,
2017).
Princípio da beneficência: O princípio da beneficência expressa a ideia de que a
atuação da equipe de saúde deve ser direcionada especificamente para o bem-
estar do paciente, visando realizar o máximo bem para o maior número possível de
pessoas. A ética demanda não apenas o tratamento adequado dos necessitados,
com a abstenção de causar malefícios, mas também exige uma contribuição ativa
para o bem-estar do próximo, por meio de ações positivas em favor daqueles que
necessitam. Isso implica em minimizar os danos, considerar o paciente em sua
totalidade e levar em conta as escolhas individuais do paciente (Stapenhorst et al.,
2017).
Princípio da não maleficência: Este princípio impõe o dever de se abster de
causar qualquer mal, evitando danos ou riscos. O profissional assume o
compromisso de avaliar e prevenir danos previsíveis (Stapenhorst et al., 2017).
Diferentemente da beneficência, em que falhas raramente acarretam sanções
legais, na não maleficência, o fracasso frequentemente resulta em punições legais.
Esse princípio permite a ação não prejudicial com todas as pessoas, ao contrário
da beneficência, que é impraticável de forma abrangente. Importante ressaltar que
o fracasso na beneficência não é considerado imoral, enquanto na não maleficência
pode ser visto como imoral. Em suma, a não maleficência traduz a ideia de que,
quando não é possível realizar o bem, é crucial, ao menos, evitar o mal total
(Abreu, 2018).
Princípio da justiça: O princípio da justiça está vinculado à obrigação de
assegurar igualdade nos tratamentos médicos e à distribuição justa e equitativa de
recursos pelo Estado para os serviços de saúde, considerando asnecessidades
individuais de cada cidadão. Este princípio enfatiza o compromisso com a
imparcialidade na distribuição de riscos e benefícios relacionados à pesquisa,
visando proporcionar um tratamento equitativo (Stapenhorst et al., 2017).
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PARA PENSAR
Sr. João, de 60 anos, necessita passar por cirurgia cardíaca, que será realizada em
breve. Para que autorize a realização do procedimento, ele precisa assinar um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aplicado pelo Dr. Rubens, o médico
responsável. Diante disso, assinale a alternativa que corresponde ao princípio da
bioética que esse termo livre e voluntário obedece:
a. Beneficência. 
b. Não maleficência. 
c. Equidade. 
d. Autonomia. 
e. Justiça.
Resposta: Alternativa D é a correta.
Justificativa: O princípio da autonomia refere-se ao respeito pelo consentimento
informado da pessoa, seja ela atualmente ou potencialmente enferma.
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AULA
Fundamentos bioéticos
das práticas em saúde
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 Nesta aula, os seguintes tópicos serão explorados:
1
Tópico
Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos
(DUBDH)
2 Tópico
Declaração dos direitos do paciente
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Em 2005, durante sua 33ª Assembleia Geral, a Organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou, de forma unânime, um
instrumento normativo internacional de grande importância, denominado
Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (DUBDH). Essa declaração
representou uma expansão da abordagem da bioética, abrangendo não apenas os
aspectos biomédicos e biotecnológicos, mas também os campos sanitário, social e
ambiental. Assim, a DUBDH se configura como mais um recurso adicional para
fortalecer os princípios democráticos, contribuindo para o aprimoramento da
cidadania e a promoção dos direitos humanos universais (Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, 2005).
A Declaração visa fornecer uma estrutura global de princípios e diretrizes para
orientar os Estados na formulação de legislações, políticas e instrumentos
relacionados à bioética. Essa abordagem abrangente não se limita apenas aos
âmbitos governamentais, mas também orienta as ações de diversos atores,
incluindo indivíduos, grupos, comunidades, instituições e empresas, tanto públicas
quanto privadas (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura, 2005).
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A Declaração tem como objetivo primordial promover o respeito à dignidade
humana e proteger os direitos humanos, assegurando à vida e às liberdades
fundamentais. Reconhecendo a importância da liberdade da pesquisa científica e
dos benefícios decorrentes dos avanços tecnológicos, a declaração destaca a
necessidade de que essas atividades estejam em consonância com princípios
éticos, respeitando a dignidade humana e os direitos fundamentais (Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, 2005).
 Ao promover o acesso equitativo aos avanços médicos, científicos e tecnológicos, a
declaração visa garantir a ampla disseminação e o rápido compartilhamento de
conhecimento, com especial atenção às necessidades dos países em
desenvolvimento. Além disso, a DUBDH também busca, salvaguarda e promoção
dos interesses das gerações presentes e futuras, assim como a importância da
biodiversidade e sua conservação como uma preocupação compartilhada pela
humanidade (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura, 2005).
Princípios da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos
Humanos
De acordo com a DUBDH, é imprescindível respeitar todos os princípios nas
decisões tomadas ou práticas desenvolvidas por aqueles a quem ela é dirigida
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, 2005).
Objetivos fundamentais da
Declaração Universal sobre
Bioética e Direitos Humanos
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19/03/24, 23:00 Aula 02
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Considerando os objetivos e princípios da presente Declaração Universal sobre
Bioética e Direitos Humanos, é essencial uma análise abrangente, em que seus
princípios devem ser entendidos como complementares e interligados. Cada
princípio deve ser interpretado considerando os demais, de maneira relevante e
apropriada para cada situação. (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura, 2005).
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PARA PENSAR
Durante sua 33ª Assembleia Geral, em 2005, a Unesco aprovou por unanimidade a
Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, um instrumento
normativo internacional crucial. Assinale a alternativa correta em relação a essa
declaração.
a. Conforme a declaração mencionada, em casos de indivíduos incapazes de
consentirem para autorização de pesquisa e prática médica, o critério a ser
utilizado para a realização das práticas, será a partir do interesse público e o
bem comum.
b. A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos tem como
objetivo agilizar os procedimentos médicos e pesquisas na área da saúde,
visando aprimorar a disseminação do conhecimento, por meio de divulgação
digital.
c. A declaração representou uma expansão da abordagem da bioética,
abrangendo não apenas os aspectos biomédicos e biotecnológicos, mas
também os campos sanitário, social e ambiental. 
d. Os princípios orientadores da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos
Humanos devem ser examinados de maneira específica, levando em
consideração as circunstâncias particulares de cada caso, se o mesmo for
realmente concreto. 
e. A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos abrange apenas
os aspectos biomédicos e biotecnológicos.
Resposta: Alternativa C é a correta.
Justificativa: A Declaração Universal sobre bioética e Direitos humanos também
abordou a importância da questão sanitária, ambiental e social. E com isso se
configurou mais um recurso adicional para fortalecer os princípios democráticos,
contribuindo para o aprimoramento da cidadania e a promoção dos direitos
humanos universais.
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O direito à saúde e ao bem-estar representa uma prerrogativa fundamental que
permeia todas as esferas da existência humana. Dessa forma, o fundamento do
conceito de Direitos Humanos no Atendimento ao Paciente está enraizado na
estrutura que combina saúde e direitos humanos. Trata-se de uma reinterpretação
do direito internacional dos direitos humanos, bem como das bases conceituais e
instrumentos constitucionais, em uma abordagem voltada para a proteção e
promoção da saúde, tanto individual quanto comunitária (Mann, 2006).
A Declaração Universal de Direitos Humanos, estabelecida pela Organização das
Nações Unidas em 1948, destaca:
Conexão
O Direito do Paciente e a Ética Médica são
pilares fundamentais no contexto da
prestação de serviços de saúde,
estabelecendo diretrizes essenciais para a
relação entre profissionais da saúde e aqueles
que buscam assistência médica. Amplie seus
conhecimentos sobre o tema ouvindo:
https://go.eadstock.com.br/gmg
https://go.eadstock.com.br/gmg
19/03/24,23:00 Aula 02
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 “que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
em direitos”.
O direito à saúde e ao bem-estar é fundamental, exercendo influência em todas as
esferas da vida e para que os profissionais de saúde atendam plenamente às suas
responsabilidades no contexto do "direito à saúde"; é crucial assegurar a prestação
de cuidados com o mais elevado padrão possível, sempre respeitando a dignidade
fundamental de cada paciente (Daher, 2015).
O relato mais antigo, que registra a importância de se fazer o bem para um
paciente, pode ser encontrado no Juramento de Hipócrates (século V a.C), em que
é possível constatar vários elementos, enfatizando o compromisso com o bem-
estar dos pacientes (Veatch, 1997).
 “Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e
entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém”
(Hipócrates).
Deste modo, concepção dos direitos dos pacientes se baseia em noções
fundamentais dos direitos humanos, consistindo em princípios ético-jurídicos que
estabelecem como todas as pessoas, independentemente de fatores específicos,
como características de cor, raça, etnia e crença, devem ser tratadas quando sob
cuidados de saúde (Cohen; Ezer, 2013). 
Os órgãos governamentais têm o dever de respeitar, proteger, prestar contas e
garantir esses direitos. Contudo, para uma efetiva concretização, é essencial um
aprimoramento por parte dos profissionais de saúde, dos familiares e amigos dos
pacientes, bem como dos próprios pacientes, no que diz respeito ao entendimento
e cuidado com seus próprios corpos (Daher, 2015).
Quais são os principais Direitos dos Pacientes?
19/03/24, 23:00 Aula 02
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No trabalho de Daher (2015), são destacados alguns direitos fundamentais do
paciente, conforme evidenciado:
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Os direitos do paciente visam promover, de maneira abrangente, a saúde individual
e comunitária, empregando os princípios dos direitos humanos e a legislação
pertinente nesse contexto de cuidados. A legislação médica, embasada no direito
civil, orienta a conduta profissional no atendimento ao paciente, destacando as
interações entre pacientes e cuidadores para assegurar o respeito aos direitos. A
não observância dessas responsabilidades pode resultar em ações legais em busca
de compensação por danos decorrentes da violação direta dos direitos ou de danos
físicos provenientes dessa infração (Peled-Raz, 2017).
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PARA PENSAR
A Declaração dos direitos do paciente representa uma prerrogativa fundamental
que permeia todas as esferas da existência humana. Dessa forma, assinale a
alternativa que corresponde ao direito que assegura que o paciente tenha acesso
às informações sobre seu diagnóstico e procedimentos médicos.
a. Direito à Dignidade Humana. 
b. Direito de acesso aos registros médicos. 
c. Direito à assistência espiritual. 
d. Direito ao acesso à informação. 
e. Direito a cuidados de boa qualidade.
Resposta: Alternativa D é a correta.
Justificativa: O Direito ao acesso à informação assegura que o paciente tenha
acesso ao seu diagnóstico e aos procedimentos médicos.
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https://digital.unipar.br/d2l/le/lessons/8753/topics/94731 16/25
Privacidade
A compreensão do conceito de privacidade pode ser abordada por duas
perspectivas distintas. A primeira enfoca o controle que um indivíduo possui sobre
o acesso dos outros às informações pessoais, enquanto a segunda define a
privacidade como uma condição ou estado de intimidade (Loch, 2007).
Segundo Styffe (1997), o direito individual se configura na capacidade de decidir
quando, como e até que ponto as informações fornecidas podem ser transmitidas
ou reveladas. Essa visão converge com a definição do Conselho Nacional de
Pesquisa dos Estados Unidos, que entende privacidade como a vontade do
indivíduo de restringir a divulgação de informações pessoais (National Research
Council, 1997). Além disso, a privacidade também está estabelecida na Declaração
Universal sobre Bioética e Direitos Humanos no artigo 9:
A vida privada das pessoas em causa e a confidencialidade das
informações que lhes dizem pessoalmente respeito devem ser
respeitadas. Tanto quanto possível, tais informações não devem
ser utilizadas ou difundidas para outros fins que não aqueles para
que foram coligidos ou consentidos, e devem estar em
conformidade com o direito internacional, e nomeadamente com o
direito internacional relativo aos direitos humanos.
Com relação à privacidade do paciente, o direito à privacidade dos dados médicos
garante que as informações e problemas de saúde individuais permaneçam
inacessíveis a terceiros (Ozair et al., 2015). Todas as informações provenientes de
interações médicas são tratadas como confidenciais, com o acesso protegido. O
acesso aos dados de saúde do paciente só é permitido com sua autorização ou por
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https://digital.unipar.br/d2l/le/lessons/8753/topics/94731 17/25
ordem judicial. Em situações em que o paciente não pode conceder permissão
devido à idade ou condições de saúde, o representante legal ou cuidador pode fazê-
lo. A proteção legal das informações médicas no Brasil é respaldada pela
Constituição de 1988, que garante, em seu capítulo I, artigo 5º, alínea X, os Direitos
e Garantias Fundamentais (Buckovich; Rippen; Rozen, 1999).
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação.
Assim, a partir de uma perspectiva normativa, que engloba aspectos éticos e
legais, a privacidade se apresenta como um dos direitos fundamentais do indivíduo.
Esse direito se refere à prerrogativa de cada pessoa de exercer controle exclusivo
sobre esferas que abrangem as esferas da sua vida como, por exemplo, sua
intimidade.
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Conexão
A preservação da privacidade e
confidencialidade é um elemento crucial nos
Direito do Paciente, na Ética em saúde e na
prestação de serviços de saúde. Em um
cenário em que a confiança é alicerçada na
relação entre profissionais e aqueles que
procuram assistência médica, manter as
informações pessoais dos pacientes seguras
se torna um compromisso imprescindível. 
Amplie seus conhecimentos sobre o tema
lendo os artigos relacionados à privacidade e
confidencialidade: 
Artigo:
HULKOWER, Rachel; PENN, Matthew; SCHMIT,
Cason. Privacy and confidentiality of public
health information. Public Health Informatics
and Information Systems, p. 147-166, 2020.
PYRRHO, Monique; CAMBRAIA, Leonardo; DE
VASCONCELOS, Viviane Ferreira. Privacy and
health practices in the digital age. The
American Journal of Bioethics, v. 22, n. 7, p.
50-59, 2022.
https://go.eadstock.com.br/gmh
https://go.eadstock.com.br/gmh
https://go.eadstock.com.br/gmi
https://go.eadstock.com.br/gmi
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Confidencialidade
O conceito de confidencialidade nos cuidados de saúde remonta ao Juramento de
Hipócrates (Martin, 2014).
A preservação da confidencialidade e o respeito à privacidade representam
princípios éticos consolidados nas profissões de saúde, evidenciando a
responsabilidade de salvaguardar as informações de terceiros adquiridas no
exercício profissional. Esses princípios estabelecem a base da confiança que deve
reger a relação profissional-paciente (Villas-Bôas, 2015). Desde a década de 70,
com o surgimento da bioética moderna, a confidencialidade passou a trilhar o
caminho dos direitoshumanos, refletindo as significativas transformações no
pensamento da saúde pública e comunitária (Martin, 2014).
Em relacionamentos médico-paciente, a confidencialidade é preservada quando os
profissionais de saúde se comprometem a não divulgar informações sem
permissão (Styffe, 1997). Kottow (1995) enfatiza que a confidencialidade limita a
divulgação da informação compartilhada no encontro clínico ao âmbito
interpessoal, diferenciando-se conceitualmente da privacidade. A autorização do
paciente para a divulgação não viola a confidencialidade, embora ocorra perda de
privacidade. 
“Tudo o que vier ao meu conhecimento
no exercício da minha profissão ou no
comércio diário com os homens, que
não deva ser divulgado no exterior,
manterei em segredo e nunca
revelaremos”.
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A confidencialidade em relações clínicas abrange a manutenção do sigilo
interpessoal e a proteção do registro da informação, mesmo com acesso a
prontuários por vários profissionais, uma vez que esse acesso visa o benefício na
assistência ao paciente.
Dessa forma, é possível destacar que entre privacidade e confidencialidade existe
uma diferença, uma vez que a privacidade abrange atributos únicos e distintivos de
uma pessoa, como pensamentos, sentimentos ou fantasias, enquanto a
confidencialidade, necessariamente, implica um contexto relacional que envolve,
no mínimo, duas pessoas. Assim, romper a privacidade se torna uma condição
prévia para o estabelecimento da confidencialidade no âmbito da relação entre
duas pessoas (Winslade, 1995).
Saiba mais sobre os limites entre privacidade e confidencialidade na história em
quadrinhos a seguir. Explore as nuances dos pensamentos e relações, nas quais
cada quebra de privacidade molda o delicado equilíbrio da confidencialidade. Uma
jornada visual sobre os segredos que conectam e separam.
Segurança profissional
A segurança do profissional de saúde desempenha um papel central na garantia de
práticas assistenciais seguras e na promoção da segurança do paciente no
contexto da saúde diária (Vázquez et al., 2017). A abordagem da segurança do
profissional está intrinsecamente ligada à cultura de segurança do paciente, na
qual todos os trabalhadores, incluindo profissionais de cuidados e gestores,
assumem a responsabilidade não apenas por sua própria segurança, mas também
pela segurança de colegas, pacientes e familiares (Brasil, 2013).
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Sendo assim, promover a segurança em ambientes de saúde envolve a
implementação de diversas estratégias, como de iniciativas em educação contínua,
treinamentos e capacitações. Além disso, outros aspectos fundamentais a levar em
consideração incluem a superação da cultura punitiva, a adequação de recursos
humanos e físicos, bem como o desenvolvimento contínuo de pesquisas e
protocolos, que atuam como ferramentas para reforçar a segurança. Dessa forma,
compreender os fatores que impactam na segurança do profissional diante de
questões éticas e bioéticas pode orientar intervenções que garantam boas práticas
e decisões seguras (Nora; Beghetto, 2020).
Para abordar efetivamente a
segurança do profissional de saúde, é
essencial considerar as dimensões
éticas e bioéticas relacionadas ao
conhecimento, emoções e interações
do profissional com o mundo, isso
inclui aspectos inerentes ao agir
profissional, integrando processos
como consciência, empatia,
responsabilidades e tomada de
decisões autônomas (Freitas;
Oguisso; Fernandes, 2010).
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PARA PENSAR
A privacidade e a confidencialidade são conceitos fundamentais em diversas áreas,
incluindo a prestação de serviços de saúde. Dessa forma, assinale a alternativa que
corresponde a distinção entre esses dois conceitos.
a. Privacidade se refere à proteção das informações pessoais, enquanto
confidencialidade está relacionada ao direito de uma pessoa controlar o
acesso a essas informações.
b. Privacidade e confidencialidade são termos intercambiáveis e podem ser
usados como sinônimo em contextos de assistência à saúde.
c. Privacidade diz respeito à segurança física da pessoa, enquanto
confidencialidade está relacionada à proteção de dados médicos.
d. Privacidade e confidencialidade são conceitos exclusivos do campo jurídico e
não têm aplicação prática na prestação de cuidados de saúde.
e. A privacidade se refere, exclusivamente, à segurança dos registros médicos,
enquanto a confidencialidade diz respeito às escolhas pessoais do paciente.
Resposta: Alternativa A é a correta.
Justificativa: A alternativa diferencia corretamente a privacidade, que se
concentra na proteção das informações pessoais, da confidencialidade, que está
relacionada à preservação do sigilo das informações compartilhadas durante uma
relação médico-paciente. 
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Unidade: 
Aula: 
BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA 
Profa. Me. Tâmila Siminski Melhorança
1
1
2
Introdução a Bioética: definição dos conceitos ética, moral e 
deontologia 
INTRODUÇÃO A BIOÉTICA
3
• A Bioética é uma área de estudo que nos oferece uma interconexão entre questões:
Epidemiológicas 
Éticas 
Sociais
Culturais 
Jurídicas 
Avanços científicos na 
área da saúde e 
dilemas éticos
DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS:
4
Deontologia
Moral 
Ética
ÉTICA
5
• A ética, refere-se aos costumes e caráter de um grupo social. Essa área da filosofia 
busca entender o que é moralmente correto ou errado, estabelecendo princípios 
para orientar ações individuais e coletivas. 
Ao observar e interpretar fatos 
cotidianos, a ética equilibra emoção e 
razão na tomada de decisões, 
considerando tanto critérios subjetivos, 
como valores pessoais e consciência 
moral, quanto objetivos, como regras e 
normas.
Fig01
MORAL
6
• O termo moral significa costumes, indicando que a moralidade é aprendida e pode 
ser adquirida ou perdida ao longo da vida. Envolvendo caráter, sentimentos e 
costumes. A moral pode se modificar com o tempo ou mudanças de hábitos dentro 
de uma sociedade, uma vez que é definida a partir das necessidades de convivência, 
sendo influenciada pela ética, que pode fundamentá-la.
Fig02
Mudanças na 
sociedade, na 
sua cultura e 
nos seus 
hábitos 
RELAÇÃO ENTRE ÉTICA E MORAL
7
• Embora ética e moral sejam conceitos distintos, estão intimamente conectadas, a 
ética depende da moral como base para suas reflexões, enquanto a moral necessita 
da ética para repensar e estabelecer uma relação crucial para a abertura ao diálogo 
ético-moral, evitando o dogmatismo.
Ética
Moral
DEONTOLOGIA
8
• A Deontologia, termo que significa 
"dever" ou "obrigação", estuda os 
princípios, fundamentos e sistema da 
moral, oferecendo orientação moral e 
jurídica nas relações profissionais de 
saúde com a sociedade, fundamentada na 
ética e na lei. 
• Concentra-se nos deveres e direitos, 
estabelecendo normas com base em 
fundamentos éticos. 
Fig03
RELAÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL E DEONTOLOGIA
9
• A ética estabelece os fundamentos teóricos para a construção de sistemas morais, 
os quais, por sua vez, guiam a elaboração de códigos deontológicos. A, a moral, e.
Inspira a 
moral
Ética Ambas servem 
como base para 
a formulação de 
códigos 
deontológicos
Deontologia
Contextualiza 
a ética
Moral Moral
Aplicação ao 
comportamento 
humano e social
Deontologia
Aplicação às 
profissões
Ética
Princípios gerais
REFERÊNCIA
10
Fig01: 
https://img.freepik.com/vetores-premium/personagem-de-desenho-grafico-vetorial-d
e-ilustracao-para-escolher-expressoes-faciais_516790-328.jpg?w=740 
Fig02: 
https://img.freepik.com/vetores-premium/tomada-de-decisoes-comerciais-duvida-sob
re-opcoes-confusao-sim-ou-nao-esquerda-ou-direita_175634-28028.jpg?w=996Fig03: 
https://www.bing.com/images/create/deontologia-concentra-se-nos-deveres-e-direit
os2c-e/1-65cbc88fb90e42b3aeb5fc219c7cca9e?id=PPvs4ebczIE7ENC5RQ4%2Bkw.NdV
fAMDxem3zSm8DXJ0pNw&view=detailv2&idpp=genimg&thid=OIG3.EQr.qjc6ftEbDAXY
T2_v&form=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
https://img.freepik.com/vetores-premium/personagem-de-desenho-grafico-vetorial-de-ilustracao-para-escolher-expressoes-faciais_516790-328.jpg?w=740
https://img.freepik.com/vetores-premium/personagem-de-desenho-grafico-vetorial-de-ilustracao-para-escolher-expressoes-faciais_516790-328.jpg?w=740
https://img.freepik.com/vetores-premium/tomada-de-decisoes-comerciais-duvida-sobre-opcoes-confusao-sim-ou-nao-esquerda-ou-direita_175634-28028.jpg?w=996
https://img.freepik.com/vetores-premium/tomada-de-decisoes-comerciais-duvida-sobre-opcoes-confusao-sim-ou-nao-esquerda-ou-direita_175634-28028.jpg?w=996
Unidade: 
Aula: 
BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA 
Profa. Me. Tâmila Siminski Melhorança
1
2
2
O surgimento da bioética: histórico e origem
O SURGIMENTO DA BIOÉTICA
3
• A origem da Bioética está fundamentada em eventos históricos que efetivamente 
conduziram ao seu surgimento.
O SURGIMENTO DA BIOÉTICA: HISTÓRICO E ORIGEM
4
1900
1927
1930
1931
1º documento que 
estabelecia os 
princípios éticos da 
experimentação 
em seres humanos.
Experimento com a 
vacina BCG em 100 
crianças, sem o 
consentimento de 
seus pais, onde 
infelizmente, 75 
crianças morreram.
Ministro do Interior 
da Alemanha 
promulgou diretrizes 
para novas 
terapêuticas e 
pesquisa em seres 
humanos. 
Ministério da 
Saúde da Prússia
Fritz Jahr 
Fig01
Desastre de 
Lübeck 
14 Diretrizes
O SURGIMENTO DA BIOÉTICA: HISTÓRICO E ORIGEM
5
1933
1945
1947
1948
1966
Alemanha nazista 
foi palco de 
eventos cruéis 
relacionados à 
implementação de 
políticas eugenistas 
e racistas.
10 princípios para a 
pesquisa médica em 
seres humanos, 
visando proteger de 
abusos e violações 
dos direitos 
humanos.
Segunda Guerra 
Mundial 
Código de 
Nuremberg
Declaração 
Universal dos 
Direitos Humanos 
“Bomba de 
Beecher”
Fig02
Fig03
Dr. Henry Beecher
O SURGIMENTO DA BIOÉTICA: HISTÓRICO E ORIGEM
6
O professor 
norte-americano, 
bioquímico e 
oncologista, que 
ressurge com o 
termo bioética.
Van Rensselaer 
Potter
1970
1971
Defendendo uma 
perspectiva holística 
que considera não 
apenas os aspectos 
técnicos, mas 
também os valores e 
impactos sociais da 
ciência e da 
medicina. Seu 
trabalho ajudou no 
desenvolvimento de 
políticas e práticas 
éticas em saúde.
Fig04
REFERÊNCIA
7
Fig01: 
https://www.bing.com/images/create/bioc3a9tica-e-pesquisa-com-animais2c-plantas
2c-humanos-/1-65cbd1af31f845a5866a1137ef0a37b9?id=M8VQ3n%2Bo1WbQNUBHj
hAIBA%3D%3D&view=detailv2&idpp=genimg&thid=OIG2.VAF8t596hFSbsnlVhekp&for
m=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
Fig02:https://www.lifeder.com/fritz-jahr/ 
Fig03:https://jornalissimo.com/historia/a-declaracao-universal-dos-direitos-humanos-f
az-70-anos/ 
Fig04:https://www.harvardmagazine.com/2017/02/henry-knowles-beecher 
Fig05:https://s3.amazonaws.com/s3.timetoast.com/public/uploads/photo/16309574/i
mage/e8f015c1684d9eda2a280cd3db7902e4 
https://www.lifeder.com/fritz-jahr/
https://jornalissimo.com/historia/a-declaracao-universal-dos-direitos-humanos-faz-70-anos/
https://jornalissimo.com/historia/a-declaracao-universal-dos-direitos-humanos-faz-70-anos/
https://www.harvardmagazine.com/2017/02/henry-knowles-beecher
https://s3.amazonaws.com/s3.timetoast.com/public/uploads/photo/16309574/image/e8f015c1684d9eda2a280cd3db7902e4
https://s3.amazonaws.com/s3.timetoast.com/public/uploads/photo/16309574/image/e8f015c1684d9eda2a280cd3db7902e4
Unidade: 
Aula: 
BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA 
Profa. Me. Tâmila Siminski Melhorança
1
3
2
Definição de bioética e seus princípios 
MAS AFINAL, O QUE É BIOÉTICA?
3
Fig01
Fig02BIOÉTICA
Vida Ética
2001
1978
1977
DEFINIÇÃO DE BIOÉTICA
4
1970
1994
“Ciência da 
sobrevivênc
ia e da 
qualidade 
de vida"
"Bioética é o 
cuidado das 
formas de 
vida em seu 
ambiente"
“A ética da 
qualidade 
de vida”
Potter
MoriKemp
Reich
“A ética das 
ciências da 
vida e da 
saúde".
1995
Kottow
“A ética das 
afirmações 
humanas que 
podem ter efeitos 
irreversíveis sobre 
os fenômenos 
vitais”.
Hottois
A bioética 
como uma 
“prática 
discursiva e 
discurso 
prático”
Autonomia
Beneficência 
Não 
maleficência 
Justiça 
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 
5
Principialismo
Surge com a necessidade de empregar 
um método específico para abordar de 
maneira eficaz os desafios éticos 
relacionados ao cuidado da saúde 
humana. 
Esse método se fundamenta na 
observância de princípios específicos que 
servem como alicerce para a resolução 
de conflitos éticos, sendo eles: 
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 
6
• Autonomia
A autonomia implica na liberdade de decisão sobre a própria vida, sendo associada à 
autodeterminação e ao autogoverno. Esse princípio defende que a liberdade de cada 
ser humano deve ser preservada. 
Compete aos profissionais de saúde 
fornecer informações técnicas para 
orientar as decisões do paciente, sem 
recorrer a formas de influência ou 
manipulação, permitindo que ele 
participe ativamente das decisões sobre 
seu cuidado e assistência à saúde.
Fig03
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 
7
• Beneficência
Expressa a ideia de que a atuação da equipe de saúde deve ser direcionada 
especificamente para o bem-estar do paciente, visando realizar o máximo bem para o 
maior número possível de pessoas. 
Isso implica em minimizar os danos, 
considerar o paciente em sua totalidade 
e levar em conta as escolhas individuais 
do paciente.
Fig04
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 
8
• Não maleficência
Este princípio impõe o dever de se abster de causar qualquer mal, evitando danos ou 
riscos. O profissional assume o compromisso de avaliar e prevenir danos previsíveis.
Diferentemente da beneficência, onde 
falhas raramente acarretam sanções 
legais, na não-maleficência, o fracasso 
frequentemente resulta em punições 
legais. 
O fracasso na beneficência não é 
considerado imoral, enquanto na 
não-maleficência pode ser visto como 
imoral. Fig05
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 
9
• Justiça
Está vinculado à obrigação de assegurar igualdade nos tratamentos médicos e à 
distribuição justa e equitativa de recursos pelo Estado para os serviços de saúde, 
considerando as necessidades individuais de cada cidadão. 
Este princípio enfatiza o compromisso 
com a imparcialidade na distribuição de 
riscos e benefícios relacionados à 
pesquisa, visando proporcionar um 
tratamento equitativo
Fig06
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 
10
Desigualdade
Acesso desigual 
a oportunidade 
Equidade
Ferramentas 
personalizadas 
para mitigar a 
desigualdade 
Justiça
Consertando o 
sistema para 
oferecer acesso 
igual a 
ferramentas e 
oportunidades
Igualdade
Ferramentas e 
assistência 
distribuídas 
uniformemente
Fig07
REFERÊNCIA
11
Fig01: 
https://www.bing.com/images/create/representar-22bio22-de-um-lado-da-balanc3a7a-e-22c3a9tica22-/1-65ca4d09eaee46b4b4b233eb162f9b49?id=40IBOD
ha%2f%2bdazxIhQJ%2boKg%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG2.Wwnsoz8GogZJd_1uFizk&FORM=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
Fig02: 
https://stock.adobe.com/br/images/puzzle-icon-teamwork-concept-jigsaw-linear-sign-on-white-background-editable-vector-illustration-eps10/243194972 
Fig03: 
https://www.bing.com/images/create/desenho-de-uma-estrada-com-dois-caminhos-e-uma-pes/1-65cbddd2612942b1acd5d3355e9dbd80?id=IgpB%2Fy%2BE
Ke2x2DJ59y6Ztg%3D%3D&view=detailv2&idpp=genimg&thid=OIG4.xuLLdfF6rrynnXT1Z8vF&form=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
Fig04: https://mvaenfermagem.blogspot.com/2015/09/comunicacao-reflexao.html 
Fig05: 
https://www.bing.com/images/create/peofissional-da-sac3bade-segurando-uma-tesoura2c-mas-o/1-65cbe49f365e4185ad60b4950357a8a8?id=JvoZV3V54d1
YzNpJ4gPX2Q%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG4.WePyskgcU0Liz1y_Vhjs&FORM=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
Fig06: 
https://www.bing.com/images/create/imagem-representando-assegurar-igualdade-nos-trata/1-65cbe725f9444bde8007f51957caa992?id=V86onEARGmwH6h17XNcZug%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG3.kXn.q6wCEJmoE7DRAPAW&FORM=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
Fig07: 
https://brasil.elpais.com/verne/2020-06-16/a-igualdade-de-oportunidades-explicada-com-uma-macieira-quatro-quadrinhos-e-um-meme.ht
ml 
https://stock.adobe.com/br/images/puzzle-icon-teamwork-concept-jigsaw-linear-sign-on-white-background-editable-vector-illustration-eps10/243194972
https://www.bing.com/images/create/desenho-de-uma-estrada-com-dois-caminhos-e-uma-pes/1-65cbddd2612942b1acd5d3355e9dbd80?id=IgpB/y%2BEKe2x2DJ59y6Ztg%3D%3D&view=detailv2&idpp=genimg&thid=OIG4.xuLLdfF6rrynnXT1Z8vF&form=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0
https://www.bing.com/images/create/desenho-de-uma-estrada-com-dois-caminhos-e-uma-pes/1-65cbddd2612942b1acd5d3355e9dbd80?id=IgpB/y%2BEKe2x2DJ59y6Ztg%3D%3D&view=detailv2&idpp=genimg&thid=OIG4.xuLLdfF6rrynnXT1Z8vF&form=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0
https://mvaenfermagem.blogspot.com/2015/09/comunicacao-reflexao.html
https://www.bing.com/images/create/peofissional-da-sac3bade-segurando-uma-tesoura2c-mas-o/1-65cbe49f365e4185ad60b4950357a8a8?id=JvoZV3V54d1YzNpJ4gPX2Q%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG4.WePyskgcU0Liz1y_Vhjs&FORM=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0
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https://brasil.elpais.com/verne/2020-06-16/a-igualdade-de-oportunidades-explicada-com-uma-macieira-quatro-quadrinhos-e-um-meme.html
https://brasil.elpais.com/verne/2020-06-16/a-igualdade-de-oportunidades-explicada-com-uma-macieira-quatro-quadrinhos-e-um-meme.html
Unidade: 
Aula: 
BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA 
Profa. Me. Tâmila Siminski Melhorança
2
1
2
Fundamentos bioéticos das práticas em saúde 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS 
HUMANOS 
3
• Em 2005, durante sua 33ª Assembleia Geral, a Organização das Nações Unidas para 
a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou, de forma unânime, um 
instrumento normativo internacional de grande importância denominado 
Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (DUBDH). 
Essa declaração representou uma 
expansão da abordagem da bioética, 
abrangendo não apenas os aspectos 
biomédicos e biotecnológicos, mas 
também os campos sanitário, social e 
ambiental. 
Fig01
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE 
BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS
4
• A Declaração tem como objetivo primordial:
• Promover o respeito à dignidade humana;
• Proteger os direitos humanos; 
• Assegurando à vida e às liberdades fundamentais; 
• Reconhecer a importância da pesquisa científica e dos benefícios decorrentes dos 
avanços tecnológicos, que estejam em consonância com princípios éticos;
• Garantir a ampla disseminação e o rápido compartilhamento de conhecimento, com 
especial atenção às necessidades dos países em desenvolvimento; 
• Promoção dos interesses das gerações presentes e futuras;
• Proteção biodiversidade e sua conservação. 
Benefício e Dano
Autonomia e Responsabilidade Individual
Consentimento
Indivíduos sem a Capacidade para Consentir
Dignidade Humana e Direitos Humanos
PRINCÍPIOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E 
DIREITOS HUMANOS
5
1º
2º
3º
4º
5º
Princípios
Privacidade e Confidencialidade
Igualdade, Justiça e Equidade
Não-Discriminação e Não-Estigmatização
Respeito pela Diversidade Cultural e pelo 
Pluralismo
Respeito pela Vulnerabilidade Humana e pela 
Integridade Individual
PRINCÍPIOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E 
DIREITOS HUMANOS
6
6º
7º
9º
10º
8ºPrincípios
Responsabilidade Social e Saúde
Compartilhamento de Benefícios
Proteção das Gerações Futuras
Proteção do Meio Ambiente, da Biosfera e da 
Biodiversidade
Solidariedade e Cooperação
PRINCÍPIOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E 
DIREITOS HUMANOS
7
11º
12º
13º
14º
15º
Princípios
PRINCÍPIOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E 
DIREITOS HUMANOS
8
Considerando os objetivos e princípios da presente Declaração Universal sobre 
Bioética e Direitos Humanos, é essencial uma análise abrangente, onde seus princípios 
devem ser entendidos como complementares e interligados. 
Fig02
REFERÊNCIA
9
Fig01:http://dinizbioetica.com.br/declaracao-universal-sobre-bioetica-e-direitos-huma
nos-e-resolucao-4662012-analise-comparativa/ 
Fig02: 
https://www.bing.com/images/create/declarac3a7c3a3o-universal-sobre-bioc3a9tica-
e-direitos-hum/1-65cc15caf2d045a68a3a0fcc7582ede6?id=XcDl%2fQFoKZ4DHlLf1PePF
A%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG3.3XxPORpvaxm37So_dhlF&FORM=
GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
http://dinizbioetica.com.br/declaracao-universal-sobre-bioetica-e-direitos-humanos-e-resolucao-4662012-analise-comparativa/
http://dinizbioetica.com.br/declaracao-universal-sobre-bioetica-e-direitos-humanos-e-resolucao-4662012-analise-comparativa/
Unidade: 
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BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA 
Profa. Me. Tâmila Siminski Melhorança
2
2
2
 
Declaração dos direitos do paciente 
DIREITOS DO PACIENTE
3
O direito à saúde e ao bem-estar representa uma prerrogativa fundamental que 
permeia todas as esferas da existência humana. Dessa forma, o fundamento do 
conceito de Direitos Humanos no Atendimento ao Paciente está enraizado na estrutura 
que combina saúde e direitos humanos. 
Fig01
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS
4
A Declaração Universal de Direitos Humanos, estabelecida pela Organização das 
Nações Unidas em 1948, destaca:
 “que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”
 
Os órgãos governamentais têm o dever de respeitar, proteger, prestar contas e garantir 
esses direitos. 
Fig02
PRINCIPAIS DIREITOS DOS PACIENTES
5
• Direito a cuidados de boa qualidade
O acesso aos serviços de saúde deve ser igualitário, sem qualquer tipo de 
discriminação. 
Os pacientes devem receber tratamento 
imparcial, tanto profissionalmente quanto no 
acesso a seguros de saúde e deve ter acesso a 
aconselhamento abrangente para suas 
necessidades.
Fig03
PRINCIPAIS DIREITOS DOS PACIENTES
6
• Direito ao consentimento informado e escolha do tratamento
Os pacientes têm o direito de participar ativamente nas decisões sobre sua saúde, 
sendo essencial o respeito da equipe médica por suas escolhas e qualquer 
procedimento não autorizado é considerado uma agressão, mesmo em ambientes 
médicos.
O consentimento informado busca 
transparência e compreensão, indo além da 
obtenção de permissão, e a comunicação 
eficaz entre médico e paciente é crucial para 
diminuir as dúvidas e aprimorar a satisfação 
do paciente. 
Fig04
PRINCIPAIS DIREITOS DOS PACIENTES
7
• Direito de acesso à informação
Os pacientes têm o direito de receber informações abrangentes sobre sua condição de 
saúde e o médico deve garantir que ele esteja informado sobre a natureza da sua 
condição, alternativas, custos e riscos do tratamento proposto. 
Fig05
PRINCIPAIS DIREITOS DOS PACIENTES
8
• Direito à confidencialidade
A equipe de saúde deve promover políticas e procedimentos que garantam a 
confidencialidade dos registros dos pacientes. O médico está proibido de divulgar 
informações sem o consentimento do paciente. 
No entanto, esse princípio ético não é 
absoluto e pode ser anulado em situações 
críticas. Se a quebra for necessária, deve ser 
feita de maneira a minimizar danos e estar em 
conformidade com a legislação vigente.
Fig06
PRINCIPAIS DIREITOS DOS PACIENTES
9
• Direitode acesso aos registros médicos
Os pacientes têm o direito de revisar e obter cópias de seus registros médicos, 
gratuitamente ou mediante uma taxa razoável. Os prestadores de cuidados de saúde 
devem estar disponíveis para explicar o conteúdo desses registros.
Fig07
PRINCIPAIS DIREITOS DOS PACIENTES
10
• Direitos do paciente inconsciente ou incapacitado
Quando um paciente não pode decidir devido à falta de capacidade, um substituto 
deve assumir essa responsabilidade, priorizando as preferências e melhores interesses 
do paciente. 
Fig08
Se um procurador de saúde for designado pelo 
paciente, essa escolha deve ser respeitada. Na 
ausência de um procurador, membros da 
família podem atuar como substitutos, 
seguindo diretrizes estaduais. 
PRINCIPAIS DIREITOS DOS PACIENTES
11
• Direito à Dignidade Humana
Os pacientes têm o direito de ser tratados com dignidade em todas as fases de sua 
jornada médica, incluindo condições crônicas. O cuidado de qualidade abrange a eficaz 
gestão da dor, cuidados paliativos e de suporte. Durante esse processo, é essencial que 
os profissionais de saúde respeitem a autonomia do paciente, proporcionando a 
melhor qualidade de vida possível.
Fig09
PRINCIPAIS DIREITOS DOS PACIENTES
12
• Direito à Assistência Espiritual
A equipe de saúde deve respeitar integralmente todas as crenças religiosas, dado o 
papel crucial que desempenham nos processos de saúde e doença do paciente. Essa 
influência é especialmente marcante e em diversas culturas, onde as tradições 
religiosas têm fortes vínculos, principalmente em momentos de doença e morte.
Fig10
REFERÊNCIA
13
Fig01: https://www.ufsm.br/midias/arco/cuidados-paliativos 
Fig02:https://trilhante.com.br/novidade/todos-os-seres-humanos-nascem-livres-e-iguais-em-dignidade-e-em-direitos 
Fig03:https://www.bing.com/images/create/equipe-multidiciplinar/1-65cc1ab955a5453c93f8b3e78f2ab32a?id=aMw2nwbQ0qxzth%2bcX
mNirw%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG4.daNxkPiAzYuyrjhV6df0&FORM=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
Fig04: https://bulcaoezeferino.adv.br/falha-no-dever-de-informar-gera-indenizacao/ 
Fig05: 
https://br.freepik.com/vetores-premium/paciente-e-submetido-a-desenho-de-exame-medico-de-ressonancia-magnetica-ou-raio-x_13076
885.htm 
Fig06: 
https://www.bing.com/images/create/equipe-de-saude-com-varios-cadeados-direito-do-pa/1-65cc2087057f413f9100fc4c8e78eb86?id=9e
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rp=0 
Fig07: 
https://www.bing.com/images/create/desenho-paciente-tendo-acesso-aos-registros-mc3a9dico/1-65cc223208ed4abcaaaa2ab00939a296
?id=bkD3DGAtJJ%2bOosaYXdM3cA%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG4.qYvAV6ZBqVqEsy068HeY&FORM=GCRIDP&ajaxhist=
0&ajaxserp=0 
Fig08: 
https://www.bing.com/images/create/desenho-paciente-inconsciente-ou-incapacitado/1-65cc22fd92fa498392f3e4e1e279cada?id=OOzYl4
EA8%2fmVgUOXumGMDA%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG4.rjqLsF7Em8nF8BS_a7Mg&FORM=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxse
rp=0
Fig09: https://www.meuvademecumonline.com.br/blog/direitos-humanos/ 
Fig10: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/estado-laico.htm 
https://www.ufsm.br/midias/arco/cuidados-paliativos
https://trilhante.com.br/novidade/todos-os-seres-humanos-nascem-livres-e-iguais-em-dignidade-e-em-direitos
https://www.bing.com/images/create/equipe-multidiciplinar/1-65cc1ab955a5453c93f8b3e78f2ab32a?id=aMw2nwbQ0qxzth%2bcXmNirw%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG4.daNxkPiAzYuyrjhV6df0&FORM=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0
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https://bulcaoezeferino.adv.br/falha-no-dever-de-informar-gera-indenizacao/
https://br.freepik.com/vetores-premium/paciente-e-submetido-a-desenho-de-exame-medico-de-ressonancia-magnetica-ou-raio-x_13076885.htm
https://br.freepik.com/vetores-premium/paciente-e-submetido-a-desenho-de-exame-medico-de-ressonancia-magnetica-ou-raio-x_13076885.htm
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https://www.meuvademecumonline.com.br/blog/direitos-humanos/
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/estado-laico.htm
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3
2
Privacidade, Confidencialidade e Segurança profissional
Segunda define a 
privacidade 
como uma 
condição ou 
estado de 
intimidade
Primeira enfoca o 
controle que um 
indivíduo possui 
sobre o acesso dos 
outros às 
informações 
pessoais.
PRIVACIDADE
3
• Duas perspectivas:
PRIVACIDADE
4
• Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos no artigo 9:
“A vida privada das pessoas em causa e a confidencialidade das informações que lhes 
dizem pessoalmente respeito devem ser respeitadas. Tanto quanto possível, tais 
informações não devem ser utilizadas ou difundidas para outros fins que não aqueles 
para que foram coligidos ou consentidos, e devem estar em conformidade com o 
direito internacional, e nomeadamente com o direito internacional relativo aos 
direitos humanos”.
PRIVACIDADE
5
A proteção legal das informações médicas no Brasil é respaldada pela Constituição de 
1988, que garante, em seu capítulo I, artigo 5º, alínea X, os Direitos e Garantias 
Fundamentais:
“São invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua 
violação”.
Fig01
CONFIDENCIALIDADE
6
O conceito de confidencialidade nos cuidados de saúde remonta ao Juramento de 
Hipócrates:
“Tudo o que vier ao meu conhecimento no exercício da minha profissão ou no 
comércio diário com os homens, que não deva ser divulgado no exterior, manterei em 
segredo e nunca revelaremos”.
CONFIDENCIALIDADE
7A preservação da confidencialidade e o respeito à privacidade representam princípios 
éticos consolidados nas profissões de saúde, evidenciando a responsabilidade de 
salvaguardar as informações de terceiros adquiridas no exercício profissional. Esses 
princípios estabelecem a base da confiança que deve reger a relação 
profissional-paciente. 
Fig02
PRIVACIDADE E CONFIDENCIALIDADE
8
A preservação da privacidade e confidencialidade é um elemento crucial nos Direito do 
Paciente, na Ética em saúde e na prestação de serviços de saúde. Em um cenário onde 
a confiança é alicerçada na relação entre profissionais e aqueles que procuram 
assistência médica, manter as informações pessoais dos pacientes seguras, se torna um 
compromisso imprescindível. 
Fig03
Fig04
SEGURANÇA PROFISSIONAL
9
A segurança do profissional de saúde está intrinsecamente ligada à cultura de 
segurança do paciente, na qual todos os trabalhadores, incluindo profissionais de 
cuidados e gestores, assumem a responsabilidade não apenas por sua própria 
segurança, mas também pela segurança de colegas, pacientes e familiares.
• Fatores que impactam na segurança do profissional
Superação da 
cultura punitiva
Adequação de 
recursos 
humanos e 
físicos
Desenvolvimento 
contínuo de 
pessoas, 
pesquisas e 
protocolos
REFERÊNCIA
10
Fig01: 
https://pt.linkedin.com/pulse/orienta%C3%A7%C3%B5es-para-m%C3%A9dicos-nas-re
des-sociais-ad%C3%A9la%C3%AFde-vandeputte 
Fig02: https://www.youtube.com/watch?v=lTI4iDQ5SxQ 
Fig03: 
https://www.bing.com/images/create/confidencialidade-na-sac3bade-diz-respeito-c3a
0-protec3a7c3a3o/1-65cc33865e104a289ba3ead44eaa9a4d?id=yvXy%2fj5hUeH41Mrs
l%2fKJ4g%3d%3d&view=detailv2&idpp=genimg&thId=OIG2.x6pLjrrEELzDiRbYrzLc&FO
RM=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
Fig04: 
https://www.bing.com/images/create/privacidade-sobre-suas-informac3a7c3b5es-pes
soais/1-65cc320d7d5a43479be607c8170a1da4?id=hiJzRRM1ijo4aJPETrd7dA.UlOr2ojLv
tjExRfiowkj%2BQ&view=detailv2&idpp=genimg&thid=OIG1.WDrcJA5fyTcPG1Fz2SOF&f
orm=GCRIDP&ajaxhist=0&ajaxserp=0 
https://pt.linkedin.com/pulse/orienta%C3%A7%C3%B5es-para-m%C3%A9dicos-nas-redes-sociais-ad%C3%A9la%C3%AFde-vandeputte
https://pt.linkedin.com/pulse/orienta%C3%A7%C3%B5es-para-m%C3%A9dicos-nas-redes-sociais-ad%C3%A9la%C3%AFde-vandeputte
https://www.youtube.com/watch?v=lTI4iDQ5SxQ
Unidade: 
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3
1
2
Bioética e pesquisa: Impacto da tecnologia e da ciência na 
sociedade
AVANÇOS TECNOLÓGICOS 
3
• Os avanços tecnológicos e científicos têm trazido incontestáveis benefícios à 
sociedade, impactando diversos setores da vida. No entanto, é importante ressaltar 
que nem todo progresso nessas áreas resulta automaticamente em benefícios.
Fig01
AVANÇOS TECNOLÓGICOS 
4
• Um exemplo emblemático para não esquecer é o impacto da bomba de Hiroshima, 
lançada em 1945 como parte do Projeto Manhattan. A devastadora explosão 
resultou em mortes imediatas, ferimentos graves, liberação de radiação e efeitos a 
longo prazo, levantando questões éticas e políticas profundas com relação as novas 
tecnologias.
Isso deu origem ao movimento 
antinuclear, influenciando 
tratados internacionais como o 
Tratado de Não Proliferação 
Nuclear (TNP). 
Fig02
AVANÇOS TECNOLÓGICOS 
5
• Em 1960, Belding Screibner, David Dillard e Wayne Quinton inventaram o shunt de 
Scribner, um dispositivo inovador de hemodiálise. Esse dispositivo permitiu os 
tratamentos regulares em pacientes com insuficiência renal crônica, resultando em 
melhorias significativas na qualidade de vida e na sobrevida desses indivíduos.
Fig03
Fig04
A INFLUÊNCIA DA INTERNET NA MEDICINA E OS DESAFIOS DA 
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
6
• A importância da internet como meio revolucionário de informação e atualização de 
pesquisas é incontestável. No entanto, abundância de informações online, variando 
entre conteúdos sérios e irrelevantes, dificulta a distinção da veracidade desses 
conteúdos. 
Ponto negativo: embate de pacientes 
munidos de informações online e 
médicos
Ponto positivo: crescimento 
exponencial na produção científica 
Fig05
Fig06
A INFLUÊNCIA DA INTERNET NA MEDICINA E OS DESAFIOS DA 
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
7
• Outra notável inovação criada na era da internet é a inteligência artificiai (IA), 
compreendida como uma ferramenta criada por humanos para auxiliar na resolução 
de problemas e facilitar processos de trabalho, buscando emular as habilidades 
"cognitivas" presentes nas mentes humanas.
• Com o surgimento da IA, surge também um desafio ético para os seres humanos ao 
estabelecerem relações com algo artificial e não natural. 
Em consonância com essa 
preocupação ética, o 
Pentágono anunciou, em 2020, 
estar em processo de adoção 
de princípios para o uso da IA.
Fig07
PRINCÍPIOS SUGERIDOS PARA BIOÉTICA DA INTELIGÊNCIA 
ARTIFICIAL
8
Finalidades e funcionalidades da 
IA devem buscar benefícios para 
toda a vida humana, a 
sociedade e o universo 
A IA não deve transgredir as 
normas sociais e morais, sendo 
essencialmente livre de 
preconceitos
Deve ser clara, sem ocultar 
intenções secretas, sendo 
facilmente compreensível, 
detectável, incorruptível e 
perceptível. 
Designers e 
desenvolvedores devem 
reconhecer a 
responsabilidade que 
carregam pelos resultados e 
impactos da IA. 
Beneficência
Defesa de 
valores
LucidezResponsabilidade
REFERÊNCIA
9
Fig01: https://blog.portaleducacao.com.br/evolucao-tecnologica-e-as-mudancas-sociais/ 
Fig02: 
https://www.bbc.com/portuguese/resources/idt-a05a8804-1912-4654-ae8a-27a56f1c2b8
a 
Fig03: https://abdominalkey.com/ethical-issues-in-hemodialysis/ 
Fig04: 
https://www.tribunapr.com.br/conteudo-publicitario/santa-casa/hemodialise-curitiba/ 
Fig05: 
https://isc.ufba.br/saude-sem-fake-news-conheca-o-canal-para-desmascarar-boatos-de-s
aude/ 
Fig06: 
https://noticias.unb.br/117-pesquisa/2870-por-um-impacto-cada-vez-maior-unidades-ava
liam-producao-cientifica-na-unb 
Fig07: https://www.unite.ai/pt/ferramentas-de-recrutamento-de-ia/ 
https://blog.portaleducacao.com.br/evolucao-tecnologica-e-as-mudancas-sociais/
https://www.bbc.com/portuguese/resources/idt-a05a8804-1912-4654-ae8a-27a56f1c2b8a
https://www.bbc.com/portuguese/resources/idt-a05a8804-1912-4654-ae8a-27a56f1c2b8a
https://abdominalkey.com/ethical-issues-in-hemodialysis/
https://www.tribunapr.com.br/conteudo-publicitario/santa-casa/hemodialise-curitiba/
https://isc.ufba.br/saude-sem-fake-news-conheca-o-canal-para-desmascarar-boatos-de-saude/
https://isc.ufba.br/saude-sem-fake-news-conheca-o-canal-para-desmascarar-boatos-de-saude/
https://noticias.unb.br/117-pesquisa/2870-por-um-impacto-cada-vez-maior-unidades-avaliam-producao-cientifica-na-unb
https://noticias.unb.br/117-pesquisa/2870-por-um-impacto-cada-vez-maior-unidades-avaliam-producao-cientifica-na-unb
https://www.unite.ai/pt/ferramentas-de-recrutamento-de-ia/
Unidade: 
Aula: 
BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA 
Profa. Me. Tâmila Siminski Melhorança
3
2
2
Bioética nas pesquisas com animais
PESQUISAS COM ANIMAIS
3
• As pesquisas com animais desempenham um papel crucial no progresso científico, 
fornecendo as bases para avanços, especialmente na saúde humana e animal. A 
experimentação animal é essencial para obter resultados de testes antes da 
aplicação em seres humanos, impulsionando o desenvolvimento de novas 
terapêuticas e diversas soluções benéficas para a sociedade 
Fig01
PESQUISAS COM ANIMAIS
4
1927
1949 1959
Foi publicado o 1º 
documento voltado para 
proteger os direitos dos 
seres vivos
Dr. Fritz Jarh 1º documento sobre ética 
em pesquisa humana, 
destacou a importância de 
fundamentar experimentos 
em humanos em estudos 
prévios em animais. 
Código de 
Nuremberg
Propuseram o princípio dos 
Três R's
Russel e Burch 
Apesar de o uso de 
animais em pesquisas 
ser justificado, não havia 
normas legais que o 
regulamentassem
Dr. Fritz Jarh 
PRINCÍPIO DOS TRÊS R'S
5
Fig02
Fig03
Fig04
SubstituiçãoReduzir Refinamento
REDUZIR6
Sugere a maior redução possível do 
número de animais a serem 
utilizados em um experimento
Fig05
REFINAMENTO
7
Indica a redução do 
sofrimento dos 
animais, visando ao 
maior conforto dos 
mesmos durante a 
execução do 
experimento
Fig06
SUBSTITUIÇÃO
8
Fig07
Fig08
Significa trocar animais de 
desenvolvimento superior por 
formas de vida mais primitivas, 
ou por outros métodos
PESQUISAS COM ANIMAIS
9
• No Brasil, as primeiras manifestações legais acerca do bem-estar dos animais surgiram 
com o Decreto Federal nº 24.645, de 1934. Esse decreto estabeleceu penalidades, 
incluindo multas e prisão, para atos de abuso ou crueldade contra qualquer animal, 
reconhecendo as práticas com fins científicos. 
• Já em 1997 o projeto de Lei 3964/97, além de adotar os princípios dos Três R, propôs a 
criação da Comissão de Ética para o Uso de Animais (CEUA) e a instituição do Conselho 
Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), que atua como 
controlador das atividades de pesquisa envolvendo animais .
PESQUISAS COM ANIMAIS
10
• Em 2008 foi publicada a Lei Arouca (legislação federal Nº 11.794/2008), que 
desempenha um papel fundamental na proteção dos animais utilizados em 
atividades de ensino e pesquisa científica em todo o território nacional. 
Esta lei estabelece 
normas para a criação, 
utilização, 
manutenção e 
preservação do 
bem-estar animal 
durante 
experimentações. 
Todos os projetos de 
pesquisa que envolvem 
animais passam por uma 
cuidadosa avaliação da 
Comissão de Ética no Uso 
de Animais (CEUA) de 
cada instituição irá 
analisar 
Os protocolos 
experimentais, 
considerando a existência 
de recursos substitutivos e 
se o pesquisador prioriza o 
bem-estar animal antes, 
durante e após o 
experimento.
PESQUISAS COM ANIMAIS
11
• Em suma, a contribuição dos animais como modelos na biologia humana e no estudo de 
doenças é incontestável, impulsionando avanços substanciais na compreensão, 
prevenção e gestão de condições humanas ao fornecer informações valiosas sobre 
processos biológicos fundamentais. 
No entanto, é essencial reconhecer as 
limitações dessas pesquisas e a importância 
de mitigar efetivamente os riscos para os 
animais, em conformidade com as normas e 
legislações específicas de cada país em 
relação à pesquisa com animais 
Fig09
REFERÊNCIA
12
Fig01: https://www.peritoanimal.com.br/testes-em-animais-o-que-sao-tipos-e-alternativas-23404.html 
Fig02: 
https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/diminuir_3102284?term=grafico+diminuindo&page=1&position=1&origin=search&related_id=3
102284 
Fig03: https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/rato_3553088?term=rato&page=1&position=83&origin=search&related_id=3553088 
Fig04: https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/sem-conexao_2032259?term=conex%C3%A3o+internet&related_id=2032259 
Fig05: https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-rato-em-experi%C3%AAncias-do-laborat%C3%B3rio-image87374544 
Fig06: https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-rato-em-experi%C3%AAncias-do-laborat%C3%B3rio-image87374080 
Fig07: 
https://br.freepik.com/vetores-premium/conceito-de-ciencias-matematicas-vetor-linha-banner-em-forma-de-coracao-ilustr
acao-matematica_48559523.htm 
Fig08: 
https://www.istockphoto.com/br/vetor/%C3%ADcones-da-linha-fina-do-laborat%C3%B3rio-tra%C3%A7ado-edit%C3%A1vel
-gm1292466542-387262328?phrase=procariota 
Fig09: https://issuu.com/escoladeveterinariaufmg/docs/caderno_tecnico_67_bem_estar_animal 
https://www.peritoanimal.com.br/testes-em-animais-o-que-sao-tipos-e-alternativas-23404.html
https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/diminuir_3102284?term=grafico+diminuindo&page=1&position=1&origin=search&related_id=3102284
https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/diminuir_3102284?term=grafico+diminuindo&page=1&position=1&origin=search&related_id=3102284
https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/rato_3553088?term=rato&page=1&position=83&origin=search&related_id=3553088
https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/sem-conexao_2032259?term=conex%C3%A3o+internet&related_id=2032259
https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-rato-em-experi%C3%AAncias-do-laborat%C3%B3rio-image87374544
https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-rato-em-experi%C3%AAncias-do-laborat%C3%B3rio-image87374080
https://br.freepik.com/vetores-premium/conceito-de-ciencias-matematicas-vetor-linha-banner-em-forma-de-coracao-ilustracao-matematica_48559523.htm
https://br.freepik.com/vetores-premium/conceito-de-ciencias-matematicas-vetor-linha-banner-em-forma-de-coracao-ilustracao-matematica_48559523.htm
https://www.istockphoto.com/br/vetor/%C3%ADcones-da-linha-fina-do-laborat%C3%B3rio-tra%C3%A7ado-edit%C3%A1vel-gm1292466542-387262328?phrase=procariota
https://www.istockphoto.com/br/vetor/%C3%ADcones-da-linha-fina-do-laborat%C3%B3rio-tra%C3%A7ado-edit%C3%A1vel-gm1292466542-387262328?phrase=procariota
https://issuu.com/escoladeveterinariaufmg/docs/caderno_tecnico_67_bem_estar_animal
Unidade: 
Aula: 
BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA 
Profa. Me. Tâmila Siminski Melhorança
3
3
2
Contribuição da bioética na preservação ambiental
CONTRIBUIÇÃO DA BIOÉTICA NA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
3
• O ser humano tem uma relação de dependência com o meio em que vive e sua 
relação pode ser analisada através das perspectivas éticas do antropocentrismo e 
biocentrismo. 
Historicamente estabelecia a ideia de que os recursos naturais 
eram inesgotáveis, conferindo plenos direitos ao ser humano 
sobre a natureza. 
Antropocentrismo
Ressurge com uma sensibilidade ambiental, enfatizando a 
conscientização sobre a finitude dos recursos naturais e a 
necessidade de proteção e conservação
Biocentrismo 
CONTRIBUIÇÃO DA BIOÉTICA NA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
4
• Contudo, somente no século XX, que a preocupação e conscientização ambiental 
passaram a ser destaque, devido às primeiras consequências das mudanças 
climáticas identificadas após a Segunda Guerra Mundial e às consequências 
devastadoras do uso inadequado da tecnologia nuclear.
• Nesse contexto e por esses motivos, Potter propôs, em 1970, a bioética como um 
campo de estudo destinado a examinar a sobrevivência da civilização humana em 
consonância com a preservação do planeta como um todo. 
Fig01
A BIOÉTICA O MEIO AMBIENTE
5
• A bioética, devido à sua abrangência, contempla uma diversidade de temas, entre 
eles uma subárea específica denominada ecoética, onde a discussão ética foca nas 
consequências imprevisíveis do desenvolvimento econômico, industrial, científico e 
tecnológico, bem como nas intervenções ecológicas e genéticas na natureza, 
incluindo os impactos sociais e políticos do capitalismo. 
Fig02
OS TRÊS “P” QUE AMEAÇAM A HUMANIDADE
6
População Poluição
Pobreza 
O ambiente natural constitui um 
sistema complexo, no qual interagem 
agentes físicos, químicos, biológicos e 
fatores sociais, exercendo influência 
significativa sobre os seres vivos. 
Esta perspectiva sustenta os principais 
fatores de ameaça à humanidade. 
Esses elementos geram inúmeros 
impactos adversos, intensificando os 
desafios enfrentados globalmente. 
A BIOÉTICA O MEIO AMBIENTE
7
A bioética, ao fundamentar-se nos princípios de justiça, equidade, beneficência e 
solidariedade, destaca a necessidade de: 
• Reduzir desigualdades sociais,
• Promover acesso a melhores condições de saúde, 
• Promover melhores condições de educação,
• Promover melhores condições ambientais.
A Lei Federal nº 6.938/81 aborda a política ambiental, com metas de preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental, favorecendo a vida, o 
desenvolvimento socioeconômico e a proteção da dignidade humana.
 
REFERÊNCIA
8
Fig01: https://www.casalocomotiva.com.br/post/arte-sa%C3%BAde-e-tecnologia 
Fig02: http://ipama.org.pe/2018/01/30/opinion-la-ecoetica-peru/ 
https://www.casalocomotiva.com.br/post/arte-sa%C3%BAde-e-tecnologia
http://ipama.org.pe/2018/01/30/opinion-la-ecoetica-peru/

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