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Sistema monetário e financeiro Moedas e padrão-ouro Eichengreen, 1-2 Saes, 11 Introdução • Moeda mercadoria ex: gado, sal pedra da Ilha de Yap e conhas – fiat money? dois mercados • Moeda metálica propriedades cunhagem - senhorio dois valores: face e intrínseco – vale quanto pesa face=intrínseco ou conversível ou tem suporte legal • Metais mais utilizados: Ouro, prata e cobre Idade Média e Renascimento • Predomínio da circulação da prata • Recunhagem de moedas de ouro no final da Idade Média – norte da Itália no século XIII • “Quebra” da moeda – Rei – agente público Recunhagem com menor peso Soberano inglês 1489 = 15,6 g ouro – pureza 96% Henrique VIII 92% 1601 £ = 11,31g 1670 £ = 10g 1817 £ = 7,937g • Três moedas convivem num mesmo meio circulante – especialização por valor Florim de 1340 Papel moeda • China: pioneira 960 Guerras emissões excessivas inflação “Todas estas peças de papel são emitidas com muita solenidade e autoridade como se eles fossem puro ouro ou prata; e sobre toda peça uma variedade de oficiais, que marcam, tem de escrever seus nomes e colocar seus bustos.” – Marco Polo abandono o papel em 1455 • Receio da população - credibilidade do governo Episódios de bolhas – John Law • Origem das notas: recibos de depósitos em ourives e bancos – setor privado: lastro na promessa de pagamento ao portador Mercantilismo e a moeda • Malestroit: “ Paradoxos sobre a Moeda”, 1566; o aumento do acumulo de metais preciosos trazia riqueza e não era responsável pela inflação! • Jean Bodim: “Respostas aos paradoxos de Malestroit”, 1568; “quanto maior a quantidade de moeda em circulação, maior ficava o nível geral de preços” • Ortiz: “Relatório ao Rei para impedir a saída de ouro” 1588; “quanto mais ouro o país acumulasse, tanto mais rico ele seria” • Montchrétien: Tratado de Economia Política, 1615; “o ouro e a prata suprem a necessidade do homem, sendo ouro muito mais poderoso que o ferro” • Thomas Mun: Discurso sobre o Comércio da Inglaterra com as Índias Orientais, (1621): benefícios do comércio do Oriente: comprar barato e vender caro, reexportação Sistema bimetálico - I • 2 mercados: monetário e não monetário • Paridade entre as moedas metálicas • Senhorio limita a conversão custo de arbitragem • Inglaterra 1661 Guinéu de ouro 1666 livre cunhagem, sem senhorio Notas: emissões privadas com lastro Sistema bimetálico - II • Sem senhorio inconveniente do Bimetalismo • Dois mercados 1 g Au = 15 g Ag - monetário 1 g Au = 20 g Ag – não monetário Transferência de ouro para o uso em jóias etc • Lei de Gresham - XVI Moeda má expulsa a boa de circulação Sistema bimetálico - III • Por que durou tanto tempo? Falta de ouro e para as maiores transações valor de face igual ao intrínseco, sem falsificação melhora da cunhagem Interesse dos setores mineradores de prata e dos agricultores - EUA • Issac Newton - Mint 1717 fixou preço da prata em ouro muito baixo Padrão-ouro de facto 1774 valorização do ouro, mas limitou-se a conversão de prata em ouro Guerras Napoleônicas • 1788 suspensão da cunhagem livre da prata – valor de face muito maior do metal Moedas representativas como atualmente • Guerra: 1797 corrida aos bancos fim da conversibilidade das notas em ouro financiamento da guerra ↑M ↑π = 84% 1790 – 1810 • Fim da guerra: qual sistema monetário? Controvérsia Bulionista • Retorno da conversibilidade do papel moeda em ouro – paridade Duas visões: bulionista – Ricardo – 1810 e 1816 emissões excessivas do Banco ING anti-bulionistas – James Mill Real Business Doctrine: empréstimos = produção Ajuste deflacionário: 1816-21 retorno a paridade 1797 • Currency X Banking School Puramente metálico P X sem regras de emissão política econômica sob o padrão-ouro Modelo Inglês do Padrão-Ouro • Lei de cunhagem de 1816 limitação do poder liberatório da prata • Conversão das notas emitidas pelo Banco da Inglaterra em ouro – 1821 • Papel moeda: curso forçado e legal 1833 • Restrição às emissão das notas - 1844 limite de 14 bilhões de libras proibição da emissão privada – Peel Act 1844 excedente coberto com depósito de ouro Banco da Inglaterra: separação de emissão e comercial/bancária Outros países • Persistência do bimetalismo até a década de 1870 França e União Latina: solidariedade em defesa EUA: interesse dos mineradores falsificação das moedas representativas • Difusão do sistema inglês Importância da Inglaterra no século XIX descoberta de ouro – Austrália e Califórnia externalidade de rede Ouro, reservas e meio circulante • Proporção de ouro em reservas e no meio circulante • Países centrais: GBR, ALE, EUA e FRA predominância de reservas e meio circulante em ouro • Países periféricos: predominância da moeda estrangeira nas reservas e meio circulante 15 Padrões-Ouro Padrão-Ouro difere entre os países R e s e rv a s e m Meio Circulante doméstico Predominância de moedas de ouro Ouro, prata, moedas representativas e papel-moeda Ouro Inglaterra Alemanha França, EUA Bélgica Suíça Predominância de divisas estrangeiras Rússia, Egito Austrália África do Sul Áustria-Hungria Japão, Holanda Escandinávia Outras colônias britânicas Totalmente em divisas estrangeiras Filipinas Índia Latino americanos Sistema heterogêneo • Reservas distintas entre os países ouro e moedas estrangeiras – 20% em 1913 libra (40%), marcos + francos (40%) • Meio circulante: ouro, prata, papel-moeda depósitos > notas > moedas metálicas - 1913 • Relação reservas e meio circulante fiduciário: proporção de 30% - 40% • Taxa de câmbio fixa possibilidade de flutuação: custo de arbitragem “Bancos Centrais?” • Bancos privados e autoridade monetária • Negócios comerciais depósitos e empréstimos • Funções de banco central: públicas emitir a moeda nacional emprestador em última instância fiscalizador bancário manter o câmbio fixo e controlar as reservas evitar ou amenizar as crises Bancos emissores • Bancos Nacionais mantém reservas em ouro para eventualidade da troca normalmente de obrigatoriedade de níveis mínimos • bancos privados exceto: Suécia, Rússia e Finlândia • Separação emissão e atividade bancária nem sempre é clara e gera conflito entre responsabilidade pública e oportunidade privada Ajustamento das contas externas • Desequilíbrio externo e ajuste, com ℮ fixo • A) Transferência de ouro David Hume (1752): mecanismo price-specie-flow BP<0 ↓ Ouro ↓ M ↓ P ↓ Y ↑ X ↓M hipótese: preços e salários flexíveis • B) Fluxo de capitais ↑ r atração de capitais externos ajuste no redesconto do Bacen auxílio de outros países facilita a transferência de recursos Fatores de estabilidade do sistema • Credibilidade: capitais estabilizadores poucos ataques especulativos confiança na manutenção do sistema • Coordenação: Banco da Inglaterra liderança na política de estabilização da crise • Cooperação: colaboração dos outros atuação de forma acordada para atenuar os problemas: solidariedade internacional Ex: Crise do Baring (1890), socorrer o banco e manter o valor da libra, ajuda da FRA e RUS Críticas de Triffin (1968) • Se o modelo de Hume funciona: P dos países periféricos e centrais divergem • Comércio exterior tem movimentos conjuntos e não opostos para ajustar • Equilíbrio por outros mecanismos • Movimento de capitais estabilizadores contando com a liderança do Banco da Inglaterra: coordenação e cooperação dos demais Sistema desigual entre países • Divisão internacional dotrabalho Países centrais e periféricos • Ciclo de crescimento amplia desigualdade Boom adoção do padrão-ouro Crise menor apoio internacional • Países Centrais Periféricos Boom ↑ Y ↑Ix ↑X Entra Capitais Crise ↓Y ↓Ix ↓X Saída Capitais Resultados • 1881-1913 • Ordem liberal: poucas barreiras: X, K e L • Estabilidade de preços • Crescimento da renda per capita • Orçamento equilibrado: controle de emissão • Condicionantes do sucesso: período favorável de oferta de ouro capitais britânicos pelo mundo cooperação e coordenação da Inglaterra representação política restrita: operários Problemas do sistema – vulnerabilidade a choques externos não há filtragem da variação cambial – adequação oferta e demanda de ouro oferta de ouro é quase “exógena” – desigualdade dos ajustes entre países centrais e periféricos – instabilidade para os pobres – maior interesse doméstico X câmbio fixo Banco da Inglaterra emprestador em última instância: crises bancárias de 1865 em diante Pressão interna por renda e emprego dos trabalhadores controle da política monetária e até fiscal Comércio e fluxo de capitais • Redução de tarifas: 1846-1880 GBR, FRA, ALE, HOL • Protecionismo após 1880 exceção GBR, HOL e Dinamarca EUA mais durante a Guerra Civil e a Lei Mckinley (1890) • Investimentos externos em 1913 GBR 43%, FRA 20%, ALE 13% e EUA 7% • Fluxo de capitais da GBR: 43% do total – Títulos de governos, ferrovias e mineração – Império Britânico, depois EUA ≈ América Latina Declínio Britânico • Liderança na esfera financeira e comercial fretes, juros e lucros na BP • Sucesso levou a acomodação produtiva retardatários aprimoram a tecnologia atraso na 2ª Revolução Industrial • Educação em massa menos difundida ALE e EUA mais democráticos no ensino Padrão-ouro no entre guerras Eichengreen, 3 Período entre Guerras: 1919-1937 • Abandono do padrão-ouro no início da guerra • Financiamento da Guerra: tributos, soldos reduzidos, moeda e títulos • Gastos militares elevados déficit inflação • Política deflacionária na GBR, FRA e ALE apoio dos EUA com capitais e juros favoráveis • Dificuldade de recuperação recessão na maioria dos países, só EUA, ITA e HOL acima de 1913 Taxa de desemprego elevada, apenas EUA menor dificuldade do reestabelecimento do comércio mundial • Retorno ao padrão-ouro? Keynes Conseqüências das alterações do valor da moeda (1923) Problemas do retorno • Inflação e redistribuição de renda • Redução da oferta de ouro Keynes menor oferta e circulação de ouro • Resistência interna a política deflacionária salários e preços mais rígidos • Grande instabilidade econômica e política • Dificuldade da recuperação econômica EUR • Pouca cooperação e retorno dos fluxos de capitais • Solução – flexibilização do padrão-ouro câmbio ouro – moedas conversíveis como reservas moeda sem lastro para o público, só entre países Keynes – Conseqüências das alterações do valor da moeda (1923) Retorno ao padrão-ouro • Dificuldade de retorno ao padrão-ouro • Poucos países no sistema em 1923 – dez em 1928 pouco mais de 40 aderiram • Atitude cooperativa dos EUA 1924-28 • Conferência de Gênova – 1922 antes de Bruxelas - 1920 padrão câmbio-ouro: utilização de moedas conversíveis nas reservas nos países centrais, não só periféricos recomendação do Banco Central independente participação inglesa: Keynes – libra moeda de reserva • Reestruturação financeira mundial tentativa de solução conjunta e cooperativa EUA de início pouco cooperativo Retorno distinto - I • Grã-Bretanha tentativa de financiamento da guerra com T retorno a antiga paridade – 4,86 dólares por £ ou não? primeira tentativa em 1920-21: EUA juros elevados • Churchill - Tesouro ( Ricardo) X Keynes Interesses financeiros X industriais Preparação para o retorno, P, r, U Keynes: desvalorização de 10%-15% equilibra a BP • Keynes: “padrão antigo (...) bárbara relíquia” • Retorno finalmente em 1925 expirou a suspensão do padrão-ouro FED reduziu a taxa de juros em 1924 deflação e sobrevalorização da libra Índice de preços da GBR (em log, 1913= 100) 10 100 1.000 10.000 19 00 19 06 19 12 19 18 19 24 19 30 19 36 19 42 19 48 19 54 19 60 19 66 19 72 19 78 19 84 19 90 19 96 20 02 Retorno distinto - II • EUA mais cooperativo política deflacionária em 1920 – juros elevados 1924 redução dos juros e ajuda a GBR Plano Dawes para a ALE e exporta capital • França financiamento inflacionário da guerra Maior destruição e gastos câmbio flutuante 1924-26 Inflação mais elevada e instabilidade ampliada Instabilidade política – socialistas – fuga de capitais 1926-28 ortodoxia + T e – G retorno a taxa desvalorizada X > M estrutural comportamento não cooperativo: conversão em ouro • Alemanha em 1924 depois da hiper juros elevados atraiam capitais + reservas Padrão câmbio ouro no entre guerras • Falta de coordenação no retorno papel mais hesitante dos EUA • Benefício individual em detrimento do todo conversão das reservas em ouro: FRA e ALE • Falácia da composição melhor individual, mas não coletivo • Dificuldades de manutenção do sistema retorno a paridades iguais ou distintas da pré-guerra cooperação entre os países foram casos isolados reorientação do política econômica dos países fluxo de capitais em pequenas proporções, só EUA Conclusão do entre guerras • Conflito entre objetivos de política econômica • Estabilidade da moeda X desemprego, crédito • Conversibilidade ouro X renda, consumo interno • Mudança do fluxo capitais incerteza do câmbio e da política dos países capitais especulativos menos benéficos mudança do centro da economia mundial GBR EUA titubeia na liderança • Crise de 1929 num sistema monetário debilitado primeiro países periféricos, depois ALE, GBR em 1931 manutenção apenas nos EUA, FRA e Europa ocidental e AL satélite dos EUA desvalorização do dólar em 1933 Lewis (1949, p. 50) “se 1919-25 foi um período obviamente dominado pelos efeitos da guerra, 1925-29 não foi muito mais do que um período de reajustamento aos efeitos da guerra, embora esses efeitos não fossem mais visíveis na superfície. Problemas deixados pela guerra permaneceram não resolvidos, especialmente a criação de um sistema monetário internacional estável, o ajuste da dimensão da economia agrícola e a reorientação da GBR, ALE e FRA no mundo do pós-guerra. Tão logo a América deixou de se expandir e de emprestar, os desajustes subjacentes vieram à tona e cobraram seu preço.” Sistema Bretton Woods Eichengreen, 4 Frieden,12-13 Introdução • Importância de Bretton Woods para a Era de Ouro do século XX estabilidade cambial e ajustável avanço comércio internacional movimentação de capital controlada • Montagem do sistema • Resultados e sobrevivência por várias décadas Bretton Woods – julho 1944 • Acordos anteriores entre EUA e GBR conversibilidade da libra • Perspectiva do final da guerra • Conferência sobre o novo sistema monetário • Pensar o pós-guerra a partir do entre guerras esgotamento do padrão-ouro • Rejeição da supremacia do mercado crença no planejamento: afastar nova catástrofre • Promover os fluxos comerciais e de capitais • Estabilidade cambial Herança do entre guerras • Câmbio fixo dificultou ajustes de BP • Fluxos de capitais desestabilizadores • Falta de instituição supranacional controle e financiamento dos desequilíbrios cooperação e coordenação • Dificuldade da aceitação de políticas deflacionárias e/ou recessivas compromisso do Estado do Bem-estar social • Publicação das posições em 1943 antes daconferência Lord Keynes • Velha hegemonia • Projeto Keynes: ambicioso – Possibilidade substancial de flexibilidade cambial – Restrições cambiais e comerciais – Bancor: moeda internacional – unidade de conta – União Internacional de Compensação – Cotas para constituir o Fundo de Estabilização 26 bilhões de dólares, principalmente dos EUA • Participação brasileira: Eugênio Gudin e Roberto Campos Plano White • Harry White: executivo do Tesouro • Proposta: – Mundo livre de controles comercias e financeiros – paridades fixas – Instituição internacional que autoriza mudanças cambiais – Obrigações dos EUA de 2 bilhões • Menores recursos para financiamento precisaria de maior flexibilidade cambial controles • Força da economia americana prevalece na posição de White Acordo final • Reservas em ouro ou moedas conversíveis • Câmbio fixo em relação ao ouro ou uma moeda conversível em ouro (na prática o dólar) mas ajustáveis +- 1% ou até 10% em função de um “desequilíbrio fundamental” • Controle dos movimentos de capitais: Limite de juros, ativos aceitos, regulamentação do setor financeiro Até de importações de países superavitários persistentemente • Cronograma de conversibilidade das moedas até 1952 • Instituições supranacionais: FMI, BM e OIC depois o GATT – 1947 FMI • Promover a cooperação monetária internacional • Estabilidade cambial • Colaborar para resolver questões monetárias crise externa de BP • monitora as políticas e desequilíbrios da BP • quotas de 8,8 bilhões • Emprestar a países deficitários • Instituição monetária mundial central: dificuldades falta de recursos para grandes ajustes correlação de forças desigual: poder de voto EUA 16-17% e UE 36%, África nenhum • Ações independentes do GATT eliminar controles de câmbio e concessões tarifárias Banco Mundial e GATT • Fomento: financiamento de longo prazo • Áreas prioritárias: infra-estrutura, saúde, educação • Pouco operante no início < Plano Marshall emprestou 753 milhões até 1953, 5% do Plano Marshall • Concentração até 1968 nos países desenvolvidos, depois cresce os subdesenvolvidos • GATT: início pouco efetivo, só EUA em 1947 barreiras da guerra continuam até 1960 Até a Rodada Kennedy (1963-67) redução apenas dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos “free riders” Rodada Tokyo (1973-79): EUA exigem reciprocidade EUA: grande potência • Grande reserva em ouro: 50% do mundo • Superávit comercial de 32 bilhões 1946-49 • Plano Marshall (1948-52) • Dólar conversível em ouro • Inflação menor nos EUA do que EUR • Dificuldade de início do sistema monetário taxas de câmbio de 1945-46 supervalorizadas transição: dificuldade para os europeus GBR: grande emissão, dívida externa conversibilidade em 1947 desvalorização e ajuda Dólar moeda mundial • Maior confiança na sua paridade • Redução do superávit dos EUA após 49 garantia da liquidez mundial • Até 1958 escassez de dólar • União Européia de Pagamentos 1950 compensação dentro da Europa sem dólar unificação das barreiras e redução entre os países europeus ações discriminatórias para os demais acesso a recursos por meio de quotas • Comunidade Econômica Européia 1958 moedas conversíveis e menores barreiras Bretton Woods em ação • Início na Europa Oc. – Desvalorizações cambiais de 30% em set.49 – Plano Marshall com grandes recursos equilibrar déficits – Controles de importações • FMI redireciona o destino dos recursos limitação dos recursos países pobres • Controles de capital governos mantinham restrições da guerra limitações aos fluxos: tetos de juros grandes restrições até 1959 • Entrou em funcionamento nos anos 50 acordo político para aceitação do sistema em conjunto com o Estado do Bem-Estar social e pleno emprego e maiores salários ajustes da política econômica interna: Alemanha e França Depois de 1958 • Período de crescente excesso de dólares saldo em dólar no exterior > reservas em ouro • Restabelecida a convertibilidade na Europa • Diminuição dos controles de capital • Investimento direto americano déficit na conta capital • Guerra do Vietnã: déficit orçamentários gastos maiores nos programas sociais dos EUA • Movimentos de capitais crescentes • Euromercado: fluxo de dólar fora dos EUA juros mais elevados na Europa, decorrência dos controles de capital relevantes Problemas do sistema • Acumulo de dólares e libras: ALE, JAP, FRA • Dúvida da conversibilidade do dólar em ouro • Cooperação facilitou a manutenção do sistema não conversão dos dólares em ouro: Gold Pool em 1961 aumentos dos recursos do FMI revalorização alemã e holandesa • Crise da Libra crescimento menor da GBR, déficit BP, juros empréstimos do EUA, EUR e FMI desvalorização em 1967 • Crise do dólar proibição de deter ouro no exterior 1961 imposto equalização de juro sobre títulos estrangeiros 1% 1964 compra de dólares pelos bancos centrais da ALE e JAP Derrocada do sistema • Irresistível tendência a desvalorização do dólar Cambio real melhora: Inflação nos EUA menor, mas produtividade cresce mais na Europa e Japão • Atuação crítica de De Gaulle “exorbitante privilégio” dólar reserva mundial converteu os excedentes de dólar em ouro • Tentativa do DES nos 1960 moeda mundial ≠ dólar • Perda de ouro dos EUA • 1971: sobretaxa de 10% das importações não conversibilidade em ouro desvalorização de 8% bandas de flutuação alargadas de 1% para 2,25% 1973 taxas de câmbio flutuantes Lições de Bretton Woods • Mesmo no padrão-ouro não existia ajuste automático, agora controles de capitais fortes • Câmbio fixo não combina com mobilidade de capitais crescente mobilidade nos anos 1960 • Cooperação internacional do bloco capitalista forneceu sobrevida ao sistema cooperação não apenas na crise como no padrão-ouro (menor necessidade), agora continuada e mais ampla (grande necessidade) • Cooperação monetária funciona há mútuas vantagens econômicas • Período de grande desenvolvimento crescimento da renda 4,2% ao ano 1946-70 inflação mais elevada 3,6% ao ano • Política monetária dissocia-se do câmbio após 1973