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O futuro da humanidade

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E-book digitalizado por: Levita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
Gilmar Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O FUTURO 
DA 
HUMANIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2001 
 3 
@ Copyrignt - 2001 Fundação Gilmar Santos 
 
 
Condenação: 
Pr. Gilmar Santos 
 
 
Consultoria Editorial: 
Pr. Tácito da Gama Leite Filho 
 
 
Revisão: 
Pâmela Alves dos Santos Andrade 
 
 
Digitação e Capa: 
Wanderson Ribeiro A. Padilha 
 
 
Diagramação e Arte Final: 
Márcio José de Oliveira Veras 
 
 
Impressão Planográfica 
Fone: (62) 211-6185/211-6194 
 
 
Realização: Fundação Gilmar Santos 
Faculdade de Teologia e Filosofía de Goiânia 
Av. C. 1, Qd. 468, N°. 887 - Jardim América 
CEP: 74.265-010 - Goiânia/GO 
Fone: 286-7234/5761722 
 
www.fundacaogilmarsantos.org.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.fundacaogilmarsantos.org.com.br/
 4 
Sumário 
 
 
Introdução..................................................................05 
1. A Diferença entre o Justo e o ímpio.........................07 
2. A Última Morada dos Perdidos................................16 
2.1. A Realidade do Inferno na Bíblia..........................17 
2.2. A Realidade do Inferno na Consciência Humana..20 
2.3. A Descrição do Inferno........................................ 23 
2.4. O Escape do Inferno............................................ 26 
2.5. A Esperança do Céu............................................ 27 
3. A Única Solução para a Humanidade..................... 29 
3.1. A Validade do Derramamento de Sangue no 
 Antigo Testamento.....................................................30 
3.2. O Poder e a Eficácia do Sangue de Jesus............ 35 
Conclusão................................................................. 39 
Contracapa................................................................40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
Introdução 
 
 
Existe um quadro muito antigo intitulado "os dois 
caminhos", que pode ser encontrado na casa de muitos cristãos, o 
quadro retrata o destino final das pessoas, um paradoxo de dois 
estilos de vida. De um lado, há o caminho largo, cheio de prazeres, 
festas, facilidades; do outro, há o caminho estreito, cheio de 
obstáculos, algumas dificuldades, um templo. No final de cada um 
desses caminhos está o destino daqueles que os trilham: o 
primeiro leva à perdição, ao inferno, ao fogo destinado aos ímpios; 
o segundo leva à salvação, ao céu, à paz junto ao trono do 
Cordeiro. O pintor preocupou-se com as pessoas que estavam 
caminhando por aqueles caminhos e tentou alertá-los quanto ao 
seu futuro. 
No início deste milênio, proliferam idéias e grupos místicos, 
seitas, todos supersticiosos, enfatizando crenças em gnomos, 
anjos, poderes sobrenaturais, contatos com o invisível. 
Preocupam-se em buscar soluções para problemas cotidianos, 
vividos no âmbito pessoal ou social, na família, no trabalho, na 
comunidade e até mesmo na igreja. Demonstram que estão 
abertos à espiritualidade que, infelizmente, está mal direcionada. 
Envolvemo-nos, também, em debates quanto à existência ou 
não do destino das pessoas. Em nível popular ou acadêmico e 
teológico, há discussões em torno de predestinação, livre arbítrio, 
destino traçado por Deus. Percebe-se que o materialismo 
positivista, ou seja, a busca pela posse de coisas materiais não 
tem satisfeito os desejos mais íntimos do ser humano e, por isso, 
as pessoas enveredam pelos caminhos do misticismo e do 
sobrenatural. 
Como arautos de Deus, atalaias de Israel, servos de Jesus 
Cristo, precisamos proclamar a verdade do evangelho àqueles que 
estão sedentos por encontrar uma resposta adequada aos seus 
anseios e preocupações espirituais. É este o objetivo da presente 
obra: esclarecer quanto ao destino das pessoas, nem sempre 
visível neste mundo mas, com certeza, claro e evidente nas 
Escrituras Sagradas, a Bíblia, fonte de toda a verdade e sabedoria 
reveladas por Deus. Queremos deixar bem claro que existe 
diferença entre o justo e o ímpio, que há um castigo eterno para os 
ímpios e uma recompensa eterna para os justos. Neste sentido, o 
destino eterno das pessoas já está traçado por Deus; entretanto, 
cada pessoa pode mudar este destino, através de suas escolhas ao 
longo desta vida. Não acreditamos que Deus tenha traçado o 
destino para as pessoas, no sentido de serem justas ou ímpias; 
 6 
entendemos que cada um colhe aquilo que semeia: 
 
"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois 
aquilo que o homem semear, isso também ceifará. 
Porque o que semeia para a sua própria carne da 
carne colherá corrupção; mas o que semeia para o 
Espírito do Espírito colherá vida eterna ".(Gl 6.7,8) 
 
O presente livro quer ajudar o povo de Deus a compreender 
o futuro da humanidade. O que vai acontecer conosco depois da 
morte? Para tanto, é importante reconhecermos a diferença entre 
o justo e o ímpio; estes, dependendo de suas escolhas durante sua 
vida, alcançarão a salvação eterna ou a perdição eterna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
1 
A Diferença entre o Justo e o ímpio 
 
 
"Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, 
entre o que serve a Deus e o que não serve ". 
(Ml 3.18) 
 
 
A profecia de Malaquias foi dada por Deus no tempo de 
Esdras e Neemias, durante a volta do cativeiro babilônico, da 
reconstrução da cidade, da religião e do culto. Caracteriza-se o 
livro pelo seu estilo contestador, indagador. O profeta coloca-se no 
lugar de advogado de Deus, inquirido pelo povo acerca de diversas 
questões, mais precisamente sete perguntas atrevidas e incisivas: 
Em que nos tens amado? (1.2) 
Em que desprezamos nós o teu nome? (1.6) 
Em que te havemos profanado? (1.7) 
Em que o enfadamos? (2.17) 
Em que havemos de tornar? (3.7) 
Em que te roubamos? (3.8) 
Que temos falado contra ti? (3.13) 
Este atrevimento se deveu ao fato da nação de Israel sentir-
se frustrada, por Deus não castigar a impiedade das nações 
vizinhas. Eles percebiam a diferença que havia entre eles e os 
povos politeístas, idólatras, adoradores de imagens de escultura e 
ídolos, povos cruéis, devassos. Diante deles, os israelitas pareciam 
santos, bons, honestos, fiéis. Por isso, entre murmúrios de 
indignação, censuravam-se por terem sido tão justos em sua 
maneira de viver: "É inútil servir a Deus. Vejam os povos das 
outras nações: fazem tudo o que querem, vivem folgadamente e 
Deus não os castiga". Continuavam com suas lamúrias: "O que 
nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos, e 
andar de luto diante do Senhor dos Exércitos?". O povo estava 
ressentido com Deus. Em meio às conversas mais triviais, era 
impossível evitar comentários menos exasperados. 
- Bem-aventurados são os soberbos, resmungavam, 
alguns, com azedume. 
- Só os que cometem impiedade prosperam, coaxavam, 
outros, amargurados. 
- ... até os que tentam ao Senhor escapam..., concluíam, 
enciumados, os escravizados pela concupiscência. 
Deus, porém, não aceitou as palavras injuriosas do povo, e, 
através do profeta Malaquias, transmitiu-lhes o seu desagrado: 
 8 
"Eu ouvi tudo. As vossas palavras foram agressivas para mim". 
Deus também ouviu e atentou para as palavras daqueles 
que O temiam e se lembravam do Seu nome. Mandou que fosse 
escrito um memorial a esse respeito em Sua presença. Acerca 
deles, declarou: "São minha possessão particular, naquele dia que 
preparei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei, como um homem 
poupa a seu filho, que o serve" (Ml 3.17). Voltando-se para os que o 
aborreceram, esclareceu decisivamente: "Então vereis outra vez a 
diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que 
não o serve " (Ml 3.18). 
O salmista Asafe também tratou do problema da 
prosperidade dos maus ou ímpios. Sua atitude parece semelhante 
à dos israelitas, na volta do cativeiro, e assim se expressa: 
 
"Com efeito, inutilmente conservei puro o 
coração e lavei as mãos na inocência.Pois de 
contínuo sou afligido e cada manhã, castigado. Se 
eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído 
a geração de teus filhos. Em só refletir para 
compreender isso, achei mui pesada tarefa para 
mim; até que entrei no santuário de Deus e atinei 
com o fim deles". (SI 73.13-17) 
 
Asafe contemplava a prosperidade dos infiéis e o fato de não 
terem preocupações, terem saúde, serem violentos e nada 
sofrerem, falarem maliciosamente, serem altivos, blasfemarem, e 
mesmo assim viverem tranqüilos e aumentarem suas riquezas (SI 
73.1-12). Muitos, ainda hoje, olham para a prosperidade do 
homem ímpio, para a sua vida de orgia e de prazeres e se deixam 
tentar, dizendo: "Não vale a pena servir a Deus. Eu procuro viver 
uma vida santificada para melhor servir a Deus, e não tenho essa 
prosperidade". Existem ainda outros que procuram justificar-se a 
si mesmos, dizendo: "Eu me abstenho das coisas más e não ando 
no pecado como esses ímpios ingratos, que fazem o que querem, 
não temem a Deus e não O servem. Por que eles têm tudo: 
prosperidade, saúde, educação, lazer...? Parece até que Deus não 
se importa com a maneira como eles vivem". 
Querido leitor, todos os prazeres deste mundo são efêmeros 
e passageiros. A Bíblia afirma claramente: Nada trouxemos para 
este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. "Como 
saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e 
do seu trabalho nada poderá levar consigo " (Ec 5.15). Só há uma 
coisa que podemos levar deste mundo, sobre a qual o apóstolo 
Paulo falou nestes termos: "Combati o bom combate, acabei a 
carreira e guardei a fé" (2 Tm 4.7). Somente a fé nos acompanhará 
 9 
para a eternidade. 
O Senhor atentava para os justos e também ouvia as suas 
palavras. Diz-nos a Bíblia que havia um memorial diante do 
Senhor (Ml 3.16). O Senhor falou através de Malaquias: "Outra vez 
vereis a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e 
o que não o serve". Sempre houve e sempre haverá diferença entre 
o justo e o ímpio. Deus não trata o justo e o ímpio da mesa forma. 
Deus sabe fazer distinção entre o justo e o ímpio. Foi assim 
nos dias de Noé, quando os ímpios pereceram afogados nas águas 
do dilúvio. À medida que as águas subiam, cobrindo toda a 
superfície da terra, os seus corpos começaram a boiar. Deus, 
porém, lembrou-se de Noé, diz-nos a Bíblia. Deus jamais se 
esquece dos justos. Eles estão no seu coração e fazem parte dos 
Seus planos. "São de paz os planos que tenho para vós" - diz o 
Senhor, - "e não de mal, para vos dar uma esperança e um futuro " 
(Jr 29.11). Deus sabe tratar tanto com o justo quanto com o 
ímpio. Quem faz a diferença é Ele. 
Uma das interrogações mais desafiadoras e questionadoras 
que o homem já fez aos ouvidos de Deus foi feita por Abraão: 
"Senhor, destruirás também o justo com o injusto?" (Gn 18.23). O 
Senhor estava disposto a destruir Sodoma e Gomorra, mas antes 
de fazê-lo comunicou a Abraão, cumprindo-se o que está escrito 
na Palavra: "Fará o Senhor alguma coisa sem comunicar isso aos 
seus servos, os profetas?" (Am 3.7) A Palavra ainda acrescenta: "Os 
segredos do Senhor são para aqueles que o temem ". 
- Vou destruir Sodoma e Gomorra, disse o Senhor a 
Abraão, pois a abominação praticada nessas duas cidades chegou 
até a minha presença. 
- Senhor, intercedeu Abraão, destruirás também o justo 
com o injusto? 
- Não, Abraão, respondeu o Senhor. 
- Se houver ali cinqüenta justos, ainda assim matarás a 
todos? Intercedia aflito o patriarca. 
- Não, Abraão. Se houver ali cinqüenta justos eu 
pouparei as cidades, por amor dos cinqüenta. 
- E se houver quarenta? Insistia inseguro o patriarca. 
- Não, Abraão. Se houver ali quarenta justos eu pouparei 
as cidades, por amor dos quarenta. 
Em toda a Bíblia distinguimos a tremenda diferença entre o 
justo e o ímpio. Vejamos: 
a) Os ímpios são chamados de: árvore corrupta, arbustos no 
deserto, cães, cabritos, cegos, cereal queimados, cera derretida, 
cinzas sob os pés, escorpiões, espinhos e abrolhos, estrelas 
errantes, feras, filhos da desobediência, filhos da ira, filhos da 
maldição, filhos do diabo, filhos do inferno, filhos do maligno, 
 10 
filhos da perdição, fumaça, geração perversa, inimigos da cruz, 
inimigos de Deus, insensatos edificado sob a areia, joio, lobos, 
leões cobiçosos de presas, nuvens sem água, ondas espumantes 
do mar, orvalho que logo desaparece, prata reprovada, ramos 
abomináveis, moinha que o vento espalha, redemoinho que passa, 
sepulcros caiados, terreno pedregoso, transgressores, vasos de ira, 
vestes corroídas pela traça, víbora surda, etc. É a Bíblia que os 
descreve assim. 
b) Os justos são chamados de: o sol, as estrelas, monte Sião, 
embaixadores, homens de Deus, o Líbano, tesouro, jóia, ouro, 
vaso de ouro e de prata, pedras de uma coroa, pedras vivas, 
criancinhas, escolhidos, filhos obedientes, filhos da luz, filhos 
amados, herdeiros, instrumentos para honra, luzes, membros do 
corpo de Cristo, lutadores, servos bons, peregrinos rumo aos céus, 
ovelhas de Deus, cordeiro, água, orvalho e chuva, jardim regado, 
ramo de oliveira, romãs, lírio, árvore plantada junto ao ribeiro, 
cedro do Líbano, palmeira, oliveira nova, árvore frutífera, cereal, 
trigo, soldado de Cristo, sal da terra, embaixadores do Rei, 
cidadãos do céu, remidos do Senhor, vasos de misericórdia. 
"Outra vez vereis a diferença entre o justo e o ímpio, entre o 
que serve a Deus e o que não o serve ". Vale a pena ser crente. 
Aleluia! Essa diferença refere-se não apenas a esta vida, mas 
também a vida futura, à eternidade. A Bíblia afirma claramente 
que o ímpio está destinado à condenação eterna. Essa condenação 
não é um castigo de Deus ao ímpio, mas uma conseqüência das 
escolhas feitas por ele aqui, em vida. A Bíblia descreve ainda de 
várias maneiras o estado de sofrimento e de perdição do ímpio: 
fogo eterno, trevas exteriores, tormento, castigo eterno, ira de 
Deus, segunda morte, eterna destruição, banidos da face de Deus, 
pecado eterno, inferno. Tudo isto é a descrição do estado eterno de 
sofrimento e de perdição do ímpio. 
Os ímpios, segundo a Palavra de Deus, sofrerão o juízo 
divino durante a grande tribulação. Eis uma descrição do que 
acontecerá nesse dia: 
 
"Os reis da terra, os grandes, os chefes militares, os ricos, os 
poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e 
nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos 
rochedos: Caí sobre nós, escondei-nos o rosto 
daquele que está assentado sobre o trono, e da ira 
do Cordeiro. Pois é vindo o grande dia da ira deles, 
e quem poderá subsistir? " .(Ap 6.15-17) 
 
Para os ímpios está determinada a grande tribulação. As 
estrelas do firmamento cairão, a lua escurecerá, as águas do mar 
 11 
tornar-se-ão em sangue e haverá pestilência na terra. Naquele dia, 
os horrores serão tão grandes, os sofrimentos tão terríveis, que os 
homens chegarão diante dos montes, das rochas, dos rochedos, e 
dirão assim: "Abafai-nos! Matai-nos agora! E melhor morrer do que 
sofrer toda essa aflição". Mas não morrerão. 
A Bíblia diz que os agentes de Satanás, gafanhotos, ferirão 
os homens. São gafanhotos de uma espécie diferente, dotados da 
mesma peçonha dos escorpiões. 
 
"Foi-lhes dito que não causassem dano à erva verde 
da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore 
alguma, mas somente aos homens que não têm na 
testa o selo de Deus. Foi-lhes permitido que não os 
matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. 
E o seu tormento era semelhante ao 
tormento do escorpião, quando fere o homem. 
Naqueles dias os homens buscarão a morte mas não 
a acharão; desejarão morrer, mas a morte fugirá 
deles" .(Ap 9.3-6) 
 
Ah! Que dia terrível será aquele! Diz-nos a Palavra do Senhor 
que os ímpios estão destinados à eterna perdição e ao julgamento 
do trono branco. 
 
"Então vi um grande trono branco, e o que estava 
assentado sobre ele. Da presença dele fugiram a 
terra e o céu, e não se achou lugarpara eles. E vi os 
mortos, grandes e pequenos, e abriram-se os livros. 
Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam 
escritas nos livros, segundo as suas obras. Então a 
morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. 
Esta é a segunda morte. E todo aquele que não foi 
achado inscrito no livro da vida , foi lançado no 
lago de fogo" .(Ap 20.11-12,14-15) 
 
Preste atenção ao que diz a Palavra: 
a) "Eu vi... (os) grandes e pequenos... ". Esta expressão, 
grandes e pequenos não se refere à estatura física e sim à posição 
social de cada indivíduo aqui na terra. Naquele dia estarão ali, 
diante do trono branco, governados e governantes, pobres e ricos, 
pretos e brancos, sábios e ignorantes. Todos os homens, sem 
exceção alguma, estarão ali diante do Senhor para serem julgados. 
Naquele dia estarão ali as grandes estrelas de Hollywood, os 
grandes astros do rock que em suas canções amaldiçoam a Jesus 
Cristo e exaltam a Satanás. Naquele dia estarão ali aqueles 
 12 
considerados "ídolos", os quais desprezam a Deus e querem a 
glória para si mesmos. Naquele dia estarão ali grandes e 
pequenos, e todos eles tremerão diante do Senhor. 
b) "... e abriram-se os livros...". Eu creio que um dos livros a 
serem abertos ali, naquele dia, é o livro da consciência. Deus fará 
com que a mente humana, semelhante a uma fita de vídeo, 
reproduza toda a existência de cada uma das pessoas. Deus não 
acusará a pessoa alguma. Será a própria mente humana que 
acusará o homem diante de Deus, mostrando-lhe todos os seus 
atos praticados em vida aqui na terra. 
Naquele dia, diante do trono do Senhor, mulheres lembrar-
se-ão do momento em que o fórceps extraiu-lhes do útero um 
indefeso embrião, usurpando-lhe o direito à vida. Naquele dia 
todas as coisas estarão transparentes, cristalinas e reveladas 
diante do Senhor. 
Naquele dia o joio vai deixar de perturbar o trigo. Naquele 
dia as máscaras de religiosidade cairão por terra e todos hão de 
ver "outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a 
Deus e o que não o serve". (Está chegando esse dia). Depois que 
todos forem julgados, o Senhor também julgará o "príncipe deste 
mundo". 
Naquele dia, o Senhor Jesus Cristo será exaltado e 
enaltecido acima de todos os seres e poderes; todos os joelhos se 
dobrarão diante dele e exaltarão o seu nome. 
 
"... Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de 
Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas 
a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, 
fazendo-se semelhante aos homens. E achado na 
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo 
obediente até à morte, e morte de cruz- Pelo que 
Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome 
que é sobre todo nome, para que ao nome de Jesus 
se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra 
e debaixo da terra, e toda língua confesse que Cristo 
Jesus é o Senhor para a glória de Deus Pai". 
(Fp2. 6-11) 
 
Naquele dia, os husselitas (Testemunhas de Jeová), que 
afirmam que Jesus não é Deus, mas apenas um profeta 
semelhante aos demais, virão e se ajoelharão diante de Jesus, 
declarando: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!" 
Naquele dia, Joseph Smith, pai do mormonismo, virá e terá 
que se ajoelhar diante de Jesus e declarar para a glória de Deus 
Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!" 
 13 
Naquele dia, Allan Kardec, sistematizador do espiritismo 
moderno, virá e terá que se ajoelhar diante de Jesus e declarar 
para a glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és 
Senhor!" 
Naquele dia, as "mães e pais de santos" e todas as pessoas 
que entregaram suas mentes ao diabo e às suas mentiras, terão 
que se ajoelhar diante de Jesus e declarar para a glória de Deus 
Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!" 
Será assim com todos: Buda, Maomé, Confúcio, César, Nero, 
Pilatos, Herodes, Karl Max, Hitler, entre tantos outros que 
negaram a Jesus e perseguiram os seus seguidores, curvar-se-ão, 
reverentemente, diante de Jesus e clamarão para a glória de Deus 
Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!" 
Finalmente, também virá Lúcifer, a estrela errante, a antiga 
serpente, o tentador das nações, o pai do anticristo, da besta e do 
falso profeta, e, ajoelhado, humildemente, reconhecerá para a 
glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor! Jesus, 
tu vencestes!" 
A Igreja já glorificada, reunida em torno do Senhor Jesus 
Cristo, bradará em uníssono, apontando na direção do príncipe 
dos demônios: "Senhor Jesus, eis o acusador dos santos. Ele 
perseguiu e derramou o sangue de nossos irmãos. Ele arrastou 
para a lama a muitos da sua Igreja". 
Querido leitor, está chegando a hora em que todos hão de 
ver a "diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e 
o que não o serve". 
O justo receberá a vida eterna. A Bíblia afirma em João 5.24: 
"Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve as minhas 
palavras t crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não 
entrará em condenação, mas passou da morte para a vida eterna ". 
Os justos serão arrebatados. 
 
"Pois o mesmo Senhor descerá do céu com 
grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta 
de Deus, e os que morreram em Cristo ressurgirão 
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos 
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o 
encontro com o Senhor nos ares, e assim estaremos 
para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17). 
 
É o próprio Senhor Jesus Cristo quem virá nos buscar. Se a 
Igreja está desejosa de encontrar-se com Cristo, maior é o seu 
desejo de encontrar-se com Sua Igreja, pois está escrito: "Ele nos 
amou primeiro" (1 Jo4.10). 
O salmista Asafe contemplou a diferença entre o justo e o 
 14 
ímpio quando entrou no santuário de Deus. Ali ele pôde 
reconhecer que o Senhor coloca os ímpios em lugares 
escorregadios; eles ficam assolados, repentinamente. Asafe, ao 
contrário, sentia segurança nas mãos de Deus, era guiado pelo 
conselho divino, seria recebido em glória. Tudo pela fé. Afirmou, 
com convicção: 
 
"Ainda que a minha carne e o meu coração 
desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a 
minha herança para sempre. Os que se afastam de ti, 
eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis 
para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a 
Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para 
proclamar todos os seus feitos ".(Sl 73.26-28) 
 
É esta fé e certeza de Asafe que nos faz contemplar o Dia do 
Senhor e proclamar os seus feitos; um desses feitos será sua volta: 
rodeado de seus anjos, dando suas ordens, como Rei e Senhor do 
Universo. 
Arcanjo, é chegada a hora! Diz Jesus, levantando-se do trono 
e dirigindo-se a um ser celestial vestido de vestes resplandecentes. 
O arcanjo ouve reverentemente o que Jesus lhe diz. Em seguida, 
levando ambas as mãos, em forma de cone, à boca, faz ressoar por 
toda a abóbada celeste seu brado de júbilo: "É chegada a hora!" 
- Miríades, querubins, serafins, clama o arcanjo, é 
chegada a hora! 
Os anjos virão à frente de Jesus para opor-se às hostes 
infernais que estão alojadas no espaço (Ef 6.12). Essas hostes 
demoníacas tentarão impedir a subida da Igreja até os ares. Mas 
os anjos, com suas espadas inflamantes desembainhadas 
expulsarão dali as legiões demoníacas. E Jesus, descendo até as 
alturas dirá à Igreja: "Levanta-te, amada minha, povo meu, e 
vem!" 
Esse momento está chegando. A Bíblia nos exorta a estar 
preparados para esse dia: "Estejam cingidos os vossos lombos e 
acesas as vossas candeias " (Lc 12.15). Jesus está chegando. A 
hora é esta para reascender as nossas lâmpadas espirituais e 
reabastercer-nos com o óleo da unção do Espírito Santo. 
Está chegando a hora em que todos, grandes e pequenos, 
saberão a diferença que há entre o justo e o ímpio, entre o que 
serve a Deus e o que não O serve. Não há mais tempo para 
brincadeiras espirituais. Quem for santo, santifique-se mais; 
quem for imundo, continue na sua imundície, porque não há mais 
tempo para ser uma coisa ou outra, ou santoou profano, ou justo 
ou ímpio. 
 15 
 
"Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, 
entre o que serve a Deus e o que não serve". 
 
Com certeza, existe diferença entre o justo e o ímpio. 
Somente o destino de cada um comprovará essa verdade: 
salvação, paz, presença do Senhor, para os justos; perdição, 
tormento, afastamento do Senhor, para os ímpios. Esse é o 
assunto do próximo capítulo. Leia-o com atenção e tire suas 
conclusões. Que o Senhor fale ao seu coração e transforme o mais 
íntimo do seu ser! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
2 
A Última Morada dos Perdidos 
 
Jesus contou uma parábola muito interessante, com a qual 
deixou lições preciosas para todos nós. São lições sobre a vida 
além morte; sobre recompensa e castigo; sobre impossibilidade de 
comunicação entre o mundo dos vivos e dos mortos. Leia-a. 
 
"Ora, havia certo homem rico que se vestia 
de púrpura e de Unho finíssimo, e vivia todos os 
dias, regalada e esplendidamente. Havia também 
certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de 
chagas à porta daquele, e desejava alimentar-se com 
as migalhas que caíam da mesa do rico. Os próprios 
cães vinham lamber-lhe as chagas. Morreu o 
mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de 
Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. No 
inferno, estando em tormentos, ergueu os olhos, e 
viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. Então 
clamou: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e 
manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu 
dedo e me refresque a língua, porque estou 
atormentado nesta chama. Mas Abraão respondeu: 
Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em 
tua vida, ao passo que Lázaro somente males, mas 
agora ele é consolado e tu atormentado. Além disso, 
está posto um grande abismo entre nós e vós, de 
sorte que os que quisessem passar daqui para vós 
não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para 
cá. Respondeu ele: Rogo-te, ó pai, que o mandes à 
casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos. Que ele 
lhes dê testemunho, afim de que não venham 
também para este lugar de tormento. Disse-lhe 
Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. " 
(Lc 16.19-29). 
 
Nesse texto, Jesus fala, através de uma parábola, sobre a 
realidade do inferno, de uma forma clara, objetiva e direta. E um 
assunto pouco apreciado e discutido. No entanto, trata-se de uma 
doutrina bíblica de fundamental importância para o ser humano, 
genericamente, e o cristão, especificamente. 
Nos dias atuais vivemos em meio a muitas igrejas, pastores e 
pregadores adeptos do "modernismo" teológico. Neste contexto, 
escrever sobre o inferno é discorrer sobre um assunto considerado 
 17 
ultrapassado. Todavia, hoje, mais do que nunca, a pessoa, dentro 
da igreja ou fora dela, precisa ser relembrada da realidade da 
existência do inferno. Existem tantos pastores, pregadores, igrejas 
e movimentos religiosos, que dizem servir Jesus Cristo e que, se 
lhes fosse possível, tirariam o inferno do relato bíblico. Mas ainda 
que se pudesse omitir o inferno do cenário bíblico, nem mesmo 
assim o inferno deixaria de existir. 
Em nossos dias, existem muitas igrejas e muitos crentes que 
professam o nome de Jesus, mas vivem de qualquer maneira como 
se a pessoa pudesse entrar no céu, incondicionalmente. Saiba de 
uma coisa: existe o inferno. Quem não quiser ir para o inferno 
deve andar nos passos de Jesus. O salmista Asafe, muitos anos 
antes de Jesus, já tinha esta certeza, como vimos no capítulo 
anterior: "Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis 
todos os que são infiéis para contigo" (SI 73.27). O fato de 
perecerem os que se afastam de Deus, os infiéis, não significa 
simplesmente morrer; significa passar a eternidade longe de Deus. 
O inferno é uma realidade e isto está na Palavra de Deus, a Bíblia 
Sagrada. 
 
2.1 - A Realidade do Inferno na Bíblia 
 
Na jornada desta vida, rumo à eternidade, só existem dois 
destinos para o homem: céu ou inferno. A via de acesso ao céu é o 
arrebatamento; a via de acesso ao inferno é a própria morte. 
Mesmo que a única certeza que se tem na vida seja a morte, 
segundo um provérbio popular, um grande número de pessoas 
não crê na existência do inferno. Há duas coisas, cuja existência 
Satanás tem grande interesse em negar: o inferno e ele próprio. 
Saibam que ele tudo fará para iludir, anuviar e obscurecer a 
mente da pessoa, para que acredite nessas mentiras, a Bíblia 
afirma que Satanás é o pai da mentira. Na verdade, o seu 
magnífico desempenho na arte de mentir é comprovado pelo 
grande número de pessoas, sobretudo entre as mais bem dotadas 
intelectualmente, que têm dado crédito às suas falácias. "O 
inferno é aqui mesmo", dizem umas. "Inferno, é miséria, pobreza e 
sofrimento", afirmam outras. "Inferno', confirmam os adeptos do 
ateísmo materialista, "são as frustrações da impossibilidade, as 
dores e o sofrimento de uma enfermidade crônica e terminal, as 
angústias desfalecedoras da vida". 
Satanás tem alcançado excelentes resultados em disseminar 
suas engenhosas fraudes. Da mesma forma, em relação ao 
inferno, um grande número de pessoas, sobretudo entre aquelas 
formadoras de opinião, corroboram para esse embuste. "Satanás é 
mais uma invenção humana", gritam bem alto os intelectuais 
 18 
agnósticos. "Satanás é um delírio da Bíblia", atacam os filósofos 
ateístas. 
Todos esses defensores da não-existência do inferno e de 
Satanás tentam convencer-se a si mesmos de que, negando a 
existência deles, automaticamente, eles deixam de existir. Isto não 
é ignorância: é pura insensatez. Mas ainda que se pudesse excluir 
o inferno e a maléfica pessoa de Satanás das doutrinas bíblicas, 
nem mesmo assim eles deixariam de existir. Voltaremos a este 
assunto, no próximo capítulo. 
Certa vez, um irmão chegou para o seu pastor e lhe disse, de 
forma áspera: 
- Pastor, eu vou lhe dizer uma coisa: Eu não creio na 
existência do inferno. Eu creio, sim, na existência do céu. 
- Irmão, por que você crê apenas na existência do céu? 
Perguntou-lhe com simplicidade o pastor. 
- É porque Jesus falou apenas sobre o céu, arrematou 
com ingenuidade. 
- Meu filho! Assim como Jesus falou acerca do céu, 
também falou acerca do inferno. 
- Falou? Exclamou de olhos esbugalhados. 
- Sim, filho, falou. 
- Pastor, no Evangelho de João, Jesus fala sobre as 
moradas que estava preparando no céu para nós. Depois disso 
voltaria para levar-nos para lá. Jesus só falou do céu, concluiu 
categórico o irmão, com ares de quem havia descoberto uma 
indiscutível verdade. 
- Meu filho! Disse o pastor, colocando bondosamente a 
mão sobre o ombro daquele irmão. O mesmo Cristo Jesus que 
falou da existência do céu, também falou da realidade da 
existência do inferno. Examine melhor os Evangelhos e encontrará 
neles referências ao inferno, feitas por Jesus. Então você saberá 
que o inferno existe. 
Talvez também seja esta a mentalidade de muitos por aí. No 
Salmo 9.17, está escrito assim: "Os ímpios serão lançados no 
inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus". Os ímpios, 
pecadores não arrependidos, serão lançados no inferno 
juntamente com todas as nações que se esquecem de Deus. Em 
Daniel 12.2, também está registrado: "Muitos dos que dormem no 
pó da terra ressurgirão, uns para a vida eterna, e outros para a 
vergonha e o desprezo eterno". Não é um tratado de Teologia que 
está afirmando isto, mas sim a palavra profética através dos lábios 
de Daniel. 
Dissemos, no início, que a humanidade tem dois destinos 
diferentes na eternidade: o céu ou o inferno. Uns viverão 
eternamente no céu, com Deus; outros viverão eternamente no 
 19 
inferno. Ali, onde o fogo jamais se apaga, haverá gritos, ranger de 
dentes e sofrimento. A Bíblia indica claramente quem irá para o 
céu ou para o inferno: "E irão estes (os ímpios) para o castigo 
eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.46). O inferno é 
um lugar de tormento eterno. Qual é a melhor opção:morar 
eternamente no céu ou no inferno? 
Jesus advertiu seus discípulos, quando mandou que fossem 
pregar, sobre as dificuldades que teriam; não deveriam ter medo 
daqueles que apenas poderiam matar o seu corpo. O único temor 
razoável seria diante daquele que pode fazer perecer no inferno, 
tanto a alma como o corpo (Mt 10.28; Lc 12.5). Quando estamos 
no serviço do Senhor não precisamos ter medo; apenas quando 
estamos longe dos seus caminhos. Aí sim precisamos temer, pois 
"há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em 
caminhos de morte " (Pv 14.12). Por isso mesmo, Jesus alertou 
sobre os tropeços que alguns poderiam colocar diante dos outros, 
dizendo que seria melhor entrar na vida sem um dos membros do 
corpo, do que ficar com os dois e ir para o inferno: 
 
"E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é 
melhor entrares maneta na vida do que, tendo as 
duas mãos, ires para o inferno, para o fogo 
inextinguível [...] e, se teu pé te faz tropeçar, corta- 
o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo 
os dois pés, seres lançado no inferno". (Mc 9.43-45) 
 
Jesus falou diversas vezes sobre o inferno, relacionando-o a 
diferentes situações da vida. Deixou bem claro que os fariseus e 
escribas, hipócritas, raça de víboras, não escapariam da 
condenação do inferno (Mt 23.33). De outra feita, Ele ampliou o 
significado da Lei mosaica quando afirmou que, se alguém chamar 
o outro de tolo, estaria sujeito ao inferno de fogo (Mt 5.22). Ao 
falar da igreja, construída sobre a pedra angular, ele mesmo, 
Jesus Cristo, animou os discípulos dizendo que as portas do 
inferno não prevaleceriam contra sua igreja (Mt 16.18). 
Em Mateus 25.46, também está determinado: "E irão estes 
(os ímpios) para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna ". 
Tiago, ao falar do perigo do mau uso da nossa língua, deixou claro 
que ela pode colocar em chamas toda a carreira da existência 
humana até ser consumida em chamas pelo inferno (Tg 3.6). Por 
último, Apocalipse 20.15 revela claramente: "E todo aquele que não 
for achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo ". 
Nos textos acima você pôde contemplar a evidência bíblica 
da existência do inferno. A própria vivência nossa também atesta 
à existência do inferno, como você pode verificar logo a seguir. 
 20 
 
2.2 - A Realidade do Inferno na Consciência Humana 
 
Além da Bíblia, que já é suficiente para nos convencer, a 
nossa própria razão nos diz que o inferno existe. Sabe como? 
Existe em nossa consciência uma lei moral, fruto de revelação 
natural de Deus (Rm 1.18-32), que confirma a existência do 
inferno. Como você reage quando toma conhecimento de que um 
ato de brutal selvageria foi praticado contra uma criança indefesa, 
maculando a sua pureza, enlameando a sua inocência, 
violentando a sua integridade física e emocional? Como você reage 
diante de crimes hediondos praticados com requintes de 
barbaridade contra pessoas inocentes, que tiveram a infelicidade 
de cruzar com uma criatura abjeta, bestial e perversa? Em muitos 
lugares, a população indignada com o ato de selvageria praticado 
por esses bandidos desalmados, tem procurado fazer justiça com 
as próprias mãos, invadindo as prisões e linchando esses 
facínoras sem piedades. Entendam-me bem. Não estou fazendo 
apologia da vingança ou retaliação com as próprias mãos, mesmo 
porque não temos o direito de tirar a vida de alguém, ainda que 
esse indivíduo seja o pior dos marginais, criminosos. 
Você sabe por que as pessoas expressam sua revolta 
exigindo justiça ou, elas mesmas, procuram justiçar esses 
criminosos, invadindo, depredando e incendiando cadeias? É 
porque dentro da pessoa há uma lei moral de julgamento que diz 
assim: "Errou, tem que ser punido". É por isso que, em meio à 
comoção popular, ouvem-se toda sorte de xingamentos e insultos 
à pessoa do criminoso: "Assassino!", "Bandido!", "Monstro!", 
"Prisão perpétua para esse miserável!", "Ele tem que morrer!" e 
outros mais. 
Dentro de cada pessoa existe esta lei: a lei moral, a lei da 
punição. O indivíduo tem que pagar pelo erro cometido. Analise 
comigo esta questão: se o homem que é falho, imperfeito e injusto 
exige justiça e punição para os erros cometidos por ele mesmo, 
como ficaria esse mesmo homem nas mãos de um Deus justo, 
perfeito e santo? "Pelo contrário, sejam santos em tudo o que 
fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo” (I Pe l.l5). 
Dentro de cada ser humano existe um sentimento de que a 
punição a quem infringe a lei é justa e lógica. Se na lei dos 
homens é assim, na lei de Deus, cujos preceitos são justos, 
perfeitos e santos, também não é diferente. Você pode chamar de 
maniqueísmo o confronto dualístico entre o bem e o mal ou 
gnosticísmo, mas a realidade é que são conceitos humanos e 
racionais, à luz da palavra aprendemos que a pessoa tem sede de 
justiça. Veja o que a Bíblia declara sobre este assunto: 
 21 
 
"Pois se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas, havendo-os 
lançado no inferno, os entregou à 
cadeias da escuridão, ficando reservados para o 
juízo; se não poupou o mundo antigo, embora 
preservasse a Noé, pregoeiro da justiça, com mais 
sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos 
ímpios; se condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, 
reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem 
impiamente; e se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta 
daqueles perversos (pois este justo habitando entre 
eles, afligia todos os dias a sua alma justa com as 
injustas obras deles)" .(2 Pd 2.4-8) 
 
Esteja atento ao testemunho bíblico: Se Deus não poupou os 
anjos que pecaram, acompanhando o rebelde Lúcifer (muitos deles 
estão presos em cadeias de escuridão no mais profundo do 
inferno); se Deus não poupou os contemporâneos de Noé; se Deus 
não poupou as cidades de Sodoma e Gomorra; por que, então, no 
último dia, Ele pouparia o pecador de qualquer espécie, ladrão, 
assassino, prostituta, adúltero, homossexual, lésbica, idolatra ou 
outro, abrindo-lhe a porta do céu? Não! Não! Não! O céu é um 
lugar de pureza, de santidade, de verdade e de justiça. 
A última revelação acerca do inferno e do ímpio está em 
Apocalipse 20.15: "E todo aquele que não for achado inscrito no 
livro da vida, foi lançado no lago de fogo". Deus não tem prazer em 
lançar o homem no lago de fogo. Quando o homem se apresentar 
diante do tribunal divino para ser julgado, Deus não o empurrará 
para o inferno, pois ir para o céu ou o inferno é apenas o resultado 
da opção feita pelo homem, em vida, aqui na terra. Ninguém irá 
para o inferno por ter feita esta decisão, e sim por não ter crido no 
sacrifício expiatório de Cristo na cruz do Calvário. Logo, para 
alguém escapar do inferno, a solução é esta: crer no Senhor Jesus 
Cristo. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu 
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas 
tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não 
para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por 
ele. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está 
julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E o 
julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes 
as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo 
aquele que faz o mal aborrece a luz. t não vem para a luz, para que 
as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade 
vem para a luz, afim de que seja manifesto que as suas obras são 
feitas em Deus. " (João 3.16-21) 
 22 
Aqueles que combatem a doutrina bíblica da existência do 
inferno e de Satanás advogam em causa própria e criam suas 
próprias teses. "Se o inferno existisse, seria o lugar mais solitário 
do mundo. Um Deus amoroso, clemente e justo jamais mandará 
seus filhos para o inferno", argumentam os defensores da 
complacência divina. 
Billy Graham, o grande evangelista, disse certa vez: "Se Deus 
não julgar esta geração, Ele terá que pedirdesculpas a Sodoma e 
Gomorra". Esta é uma grande verdade: a humanidade, em nossos 
dias, está mais desobediente, depravada, imunda e corrompida do 
que nos dias de Sodoma e Gomorra. Se os moradores dessas duas 
cidades vivessem hoje e assistissem aos programas de televisão, 
certamente perguntariam: "Senhor, o que fizemos de tão ruim que 
estes não tenham feito pior ainda?" 
Se os moradores de Sodoma e Gomorra tomassem 
conhecimento do projeto de legalização da união cível entre 
lésbicas e homossexuais, defendido pela ex-deputada e atual 
prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, certamente falariam, 
perplexos: "Meu Deus! O que nós fizemos em oculto, as nações 
estão legalizando em suas casas legislativas e tribunais". Com 
certeza, Deus poupará o justo, mas julgará o ímpio, porque Deus é 
santo. 
Você sabe o que está reservado para o ímpio? O apóstolo 
Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu assim: 
 
"O Senhor sabe livrar da tentação os piedosos, e 
reservar os injustos para o dia do juízo, para serem 
castigados. Deus castigará especialmente aqueles 
que segundo a carne andam em imundas 
concupiscências, e desprezam as autoridades. 
Atrevidos, arrogantes, não receiam blasfemar das 
autoridades superiores [...]".2 Pe 2.9,10) 
 
Deus castigará aqueles que andam em imundas 
concupiscências, diz o apóstolo Pedro. Eles receberão o 
pagamento pela injustiça praticada. 
Em seguida, o apóstolo pormenoriza essas injustiças: 
 
"Tais homens têm prazer na luxúria à luz do 
dia. São nódoas e máculas, deleitando-se em suas 
mistificações[...] Têm os olhos cheios de adultério, e 
são insaciáveis no pecado; engodam as almas 
inconstantes; têm um coração exercitado na 
ganância, são filhos da maldição! "(2 Pe 2.12-14) 
 
 23 
São filhos da maldição! Esclarece definitivamente o Espírito 
Santo, por intermédio de Pedro. Assim como os anjos caídos, como 
os contemporâneos de Noé, como as cidades de Sodoma e 
Gomorra, afirma o Espírito de Deus, serão lançados no inferno. 
 
2.3 - A Descrição do Inferno 
 
Você poderá perguntar: Que tipo de lugar é o inferno? 
À luz da Bíblia, querido amigo, o inferno é um lugar de 
separação, sofrimento e dor. A pior dor que alguém pode sofrer é a 
dor da separação. Ali Deus voltará as costas definitivamente para 
o ímpio. O inferno é um lugar de separação entre o ímpio e Deus, 
entre o ímpio e o justo. Você é capaz de imaginar o que é viver 
eternamente separado de Deus?. Você quer saber que tipo de 
lugar é o inferno? É um lugar de um sofrimento e de dores mais 
intensas do que a dor de uma enfermidade física, de uma afronta 
ou injustiça, de difamações ou calúnias imerecidas, de um trauma 
ou de uma perda irreparável, de uma rejeição e de outros 
sofrimentos morais. 
Querido amigo, para a maioria dessas dores e sofrimentos, 
ainda pode existir esperança: a doença pode ser curada, a honra 
restaurada, a alma ferida sarada. Mas quanto à separação de 
Deus, ela é irremediável: a esperança não visita o inferno. Você é 
responsável pelo seu destino eterno. Só você pode evitar o inferno. 
Jesus disse: 
 
"Porque Deus amou ao mundo de tal 
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que 
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida 
eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao 
inundo, não para que condenasse o mundo, mas para 
Que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não 
e condenado, mas quem não crê já está condenado, 
porque não crê no nome do unigênito filho de Deus".(Jo 3.16-18) 
 
A morte também não visita o inferno, e muitos dos que lá 
estão gostariam que ela os visitasse. Hoje. a morte é um pavor 
para muitos. Ninguém quer saber da morte. Mas os que estiverem 
no inferno serão capazes de saudá-la, dizendo: "Vem, morte! Seja 
bem-vinda! Vem colocar um ponto final neste tormento!" O anjo da 
morte não entra no inferno. O sofrimento no inferno é eterno. 
Então, o inferno é um lugar de separação, sofrimento e dor, para 
toda a eternidade. Além disso, existem certas características do 
inferno que você precisa conhecer. 
 
 24 
 
• O inferno é um lugar de más companhias 
Que tipo de lugar é o inferno? 
É um lugar repugnante e assombroso, dominado por uma 
extrema miséria e habitado pela escória deste mundo. 
Você quer saber mais? Então veja o que diz o texto sagrado: 
 
"Quanto aos medrosos, e aos abomináveis, e 
aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e 
aos idolatras, e a todos os mentirosos, a sua parte 
será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a 
segunda morte".(Ap 21.8) 
 
O inferno é um lugar de péssima e abominável convivência. 
Os que para lá vão têm como acompanhantes eternos: ladrões, 
assassinos, feiticeiros, vilões, homossexuais, lésbicas, a pior 
escória entre os que rastejam no charco da imundície e das 
impurezas deste mundo. 
O inferno não está destinado apenas às pessoas más e 
desprezíveis. Existem pessoas boas, honestas, educadas e bem 
intencionadas que também irão para o inferno. Sabe por quê? 
Ninguém vai para o inferno por causa de uma postura social 
incorreta, uma conduta moral condenável ou de uma prática 
religiosa complacente. Lembre-se do ministério terreno de Jesus 
Cristo. Ele não rejeitou os criminosos, os ladrões, os cobradores 
desonestos de impostos, as prostitutas, os adúlteros, os 
endemoninhados, antes conduziu-os aos reinos dos céus. Aos que 
o censuravam por aceitar a companhia desses pecadores, disse-
lhes: "Não necessitam de médico os são, e, sim, os enfermos. Eu 
não vim chamar os justos, e, sim, os pecadores ao arrependimento" 
(Mt. 9.10-12; Mc 2.15-17; Lc 5.29-32). Em seus últimos 
momentos, na cruz, disse ao ladrão arrependido: "Hoje estarás 
comigo no paraíso " (Lc. 23.43). A única maneira para alguém 
escapar do inferno é arrepender-se dos seus pecados e ser lavado 
no sangue do Senhor Jesus Cristo. 
 
• O inferno é um lugar de colheita 
Que tipo de lugar é o inferno? 
O inferno é um lugar de colheita. Senão, veja a tremenda 
revelação que o apóstolo Paulo nos faz: 
 
"Não vos enganeis: Deus não se deixa escarnecer. Tudo o que o 
homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne, 
da carne ceifará'; corrupção; o que semeia no Espírito, do Espírito 
ceifará a vida eterna ".(Gálatas 6.7,8) 
 25 
 
Ninguém pode zombar de Deus impunemente. Por mais 
esperto que você seja, escondendo sua vida dupla, isto é, um 
santo na igreja e um profano no mundo, servindo a Deus apenas 
na aparência, não ficará assim por muito tempo. Por trás dessa 
fachada muito bem construída, exala um mau cheiro do 
testemunho que sobe até os céus. Sodoma e Gomorra despertam 
algum temor em sua consciência cauterizada? 
Não se engane, atente para a advertência deste humilde 
profeta. Ninguém pode zombar de Deus impunemente! Por mais 
que você seja esperto para criar mil e um subterfúgios para 
esconder seus adultérios, suas fornicações, suas impurezas, suas 
orgias e bebedices, suas negociatas e tramas desonestas, deixe-me 
esclarecer sua mente anuviada pela concupiscência: Ninguém 
pode zombar de Deus impunemente! Vai chegar o dia da colheita, 
o dia da prestação de contas. "para que ao nome de Jesus se dobre 
todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, i 
toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus 
Pai." (Fp 2.10-11). 
 
• O inferno é um lugar de lembranças dolorosas e amargas 
Você quer saber que tipo de lugar é o inferno1? A luz da 
Palavra de Deus, o inferno é um lugar de terríveis e dolorosas 
lembranças. Na parábola, Jesus diz que o rico, no inferno, abriu 
os olhos e viu a Abraão e a Lázaro. 
- Quem é aquele? Indaga o rico à sua própria 
consciência. 
- É Lázaro, a resposta flui clara e precisa dos labirintos 
de sua memória. 
- Pai Abraão! Grita angustiado, das masmorras do 
inferno, o rico infeliz e miserável. Eu tenho cinco irmãos... 
- Ó Pai Abraão, entre gemidos de aflição e terror grita, 
em desespero, o pobre homem rico. Eu te rogo que mandes Lázaro 
à casa de meu pai paratestemunhar a todos os meus parentes, a 
fim de que não venham também para este lugar de tormento. 
O inferno será um lugar de lembranças amargas para 
aqueles que abandonaram a fé, profanaram o sangue da Aliança e 
ultrajaram o Espírito da graça. 
- Ai! Meu Deus! Nunca mais! Nunca mais! É o refrão 
desconsolado de alguém lembrando-se das reuniões na igreja, das 
orações nas casas dos irmãos, dos encontros, das vigílias... Por 
que, meu Deus, eu vacilei e desobedeci? 
 
• O inferno é um lugar de acusação 
Ali, um filho há de apontar para o pai, dizendo: "Foi ele 
 26 
quem me deu o primeiro gole de cerveja. Foi ele quem fez de mim 
um bêbado, um assaltante, um viciado, ao dar-me aquele primeiro 
copo de cerveja". Outro filho há de lembrar-se do primeiro cigarro 
que fumou, e também dirá: "Foi você, meu pai, que me deu o 
primeiro cigarro". Em uníssono, dos calabouços do abismo, outras 
vozes se levantarão, clamando: 
Foi você, meu pai, quem me deu o primeiro baseado para 
fumar. Agora eu estou aqui neste lugar de tormento. 
Foi você, meu pai, quem me deu a primeira revista 
pornográfica para olhar. Por isso, eu estou aqui sendo 
atormentado. 
Foi você quem me deu dinheiro para ir a um motel, dizendo 
que eu tinha que ser homem... 
No inferno, filhas olharão para suas mães e dirão assim: "Foi 
você, minha mãe, quem me deu um mau exemplo de adultério e 
de prostituição". Outras, cuja memória não cessa seu latejar 
contínuo e corrosivo, também confrontarão suas mães, dizendo: 
"Foi você, minha mãe, quem me obrigou a abortar o filho que eu 
gerei em pecado". 
Foi você quem me trouxe para este lugar de tormento, minha 
mãe, é o lamento angustiado que retumba do covil infernal. 
 
2.4 - O escape do inferno 
 
Como escapar do inferno? Eu não quero ir para lá! 
Tenho boas notícias para você, meu querido, na Palavra: 
"Quem nele crê não é condenado..." (Jo 3.18). 
Existe uma saída. Sim, existe uma rota de escape: JESUS. 
Em primeiro lugar você precisa crer nEle, arrepender-se de seus 
pecados e confessá-lo como seu Senhor e Salvador pessoal. A 
Bíblia diz: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam 
apagados os vossos pecados..." (At 3.19). 
 
"Se com a tua boca confessares a Jesus 
como Senhor, e em teu coração creres que Deus o 
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Pois com 
o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz 
confissão para a salvação ". (Rm 10.9,10) 
 
"Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu 
nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos 
ser salvos".(At 4.12) 
 
Através da cruz de Cristo, Deus construiu uma via de acesso 
aos céus. A cruz foi colocada sob o abismo. Ela é a única 
 27 
passagem para os céus. Quem não vier através da cruz, cairá no 
abismo profundo que faz separação entre o homem e Deus. A cruz 
de Cristo bloqueia o caminho de acesso ao inferno. Ao lado dela, 
Jesus está acenando para as multidões, dizendo: "O caminho é 
este. Venham por aqui". Ele está chamando: "Venham para o céu". 
Nós estávamos caminhando para o inferno. Mas Jesus veio, 
morreu na cruz do calvário, ressuscitou e nos fez assentar nas 
regiões celestiais. 
 
2.5 - A esperança do céu 
 
Ora, se o inferno existe, logo o céu existe também. A Bíblia 
afirma que existem três céus: o céu inferior ou céu atmosférico, 
das nuvens, dos pássaros, dos aviões; o céu intermediário ou céu 
planetário, das estrelas, das constelações, dos planetas, das 
galáxias; o terceiro céu, também chamado de Paraíso, a morada 
do Deus Altíssimo, é para lá que nós os que cremos em Jesus 
Cristo vamos. 
Foi o apóstolo Paulo que deixou registrado o seu 
arrebatamento ao terceiro céu: 
 
"Conheço um homem em Cristo que há quatorze anos foi 
arrebatado até o terceiro céu. Se no corpo não sei, se fora do corpo 
não sei, Deus o sabe. E sei que o tal homem, se no corpo não sei, se 
fora do corpo não sei, Deus o sabe, foi arrebatado ao paraíso, e 
ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir" (2 
Coríntios 12.2-4) 
 
Neemias também fez referência aos três céus: 
 
"Só tu és Senhor. Fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu 
exército, a terra e tudo o que nela há, os mares e tudo o que neles 
há. Tu os conservas com vida, a todos, e o exército do céu te adora 
".(Ne 9.6) 
 
Ele caracterizou os céus assim: céu, céu intermediário; céu 
dos céus, a morada do Deus Altíssimo; a terra, o céu atmosférico. 
O apóstolo João, na Ilha de Patmos, teve uma gloriosa visão 
do céu: 
 
"E vi um novo céu e uma nova terra, pois já o 
primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já 
não existe. Vi também a cidade santa, a nova 
Jerusalém, que de Deus descia do céu, ataviada 
como uma noiva para o seu noivo. E ouvi uma 
 28 
grande voz vinda do trono, que dizia: Agora o 
tabernáculo de Deus está com os homens. Deus 
habitará com eles, e eles serão o seu povo, e o 
próprio Deus estará com eles, e será o seu Deus. 
Deus enxugará de seus olhos toda lágrima. Não 
haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem 
dor, pois já as primeiras coisas são passadas. E o 
que estava assentado sobre o trono disse: Faço 
novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, pois 
estas palavras são verdadeiras e fiéis. Disse-me 
mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Omega, o 
princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe 
darei da fonte da água da vida. Quem vencer herdará todas 
as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. [...] E o muro da 
cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos 
doze apóstolos do Cordeiro. Aquele que falava comigo tinha uma 
cana de ouro para medir a cidade, e as 
suas portas, e o seu muro. A cidade era 
quadrangular, o seu comprimento era igual à sua 
largura. Mediu a cidade com a cana até doze mil 
estádios; e o seu comprimento, largura e altura 
eram iguais. Ele mediu o seu muro, de cento e 
quarenta e quatro cavados, segundo a medida de 
homem, que o anjo estava usando. O muro era construído de 
jaspe, e a cidade era de ouro puro, semelhante a vidro límpido".(Ap 
21.1-7, 14-18) 
 
Spurgeon, considerado o príncipe dos pregadores do século 
XIX, referindo-se à cidade celestial, disse assim: "É mais fácil 
alguém atravessar o oceano Atlântico num barco de papel, do que 
atingir os céus pelas suas boas obras". Só entrará no céu quem 
estiver lavado e justificado no sangue do Cordeiro de Deus, Jesus 
Cristo. O céu é lindo, o céu é eterno, o céu é perfeito, o céu é um 
lugar santo, o céu nos pertence. Jesus Cristo é nosso. Venha 
comigo para o céu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
3 
A Única Solução para a Humanidade 
 
Enquanto as pessoas estão neste mundo podem escolher 
quanto ao destino eterno de suas almas: ou crêem em Cristo, 
obedecem a Deus, trilham em seu caminho e obtém a vida eterna, 
ou não crêem em Cristo, desobedecem a Deus, trilham por seus 
próprios caminhos e alcançam seu castigo eterno. Uma coisa é 
certa, segundo as Escrituras: só há uma solução para a 
humanidade, o sangue de Jesus Cristo. 
 
"Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam 
com sangue, e sem derramamento de sangue não há 
remissão". (Hb 9.22) 
 
O poder que há no sangue de Jesus Cristo, ainda hoje, para 
a Igreja, é um dos maiores e mais profundos mistérios de toda a 
sabedoria divina. Por mais capacidade que tivéssemos para 
discorrer sobre o poder que há no sangue de Jesus Cristo, ainda 
assim, não alcançaríamos a plenitude da revelação divina sobre a 
eficácia desse precioso sangue. Todavia, cremos que a Palavra de 
Deus há de trazer uma iluminação divina, às nossas mentes, 
sobre o poder do sangue do Cordeiro. 
O que você faria, querido leitor, se lhe ocorresse, 
repentinamente e em caráter de urgência, um incidente cuja 
solução exigisse de você uma determinada quantia além de suas 
possibilidades? Imagine-se vivendo esta situação: Você recorreu 
aos parentes e amigos, mas não obteve socorro algum. Procurou 
os bancos, mas estes lhe negaram um empréstimo em virtude dasinformações cadastrais fornecidas por você terem sido 
insuficientes. Você não possui nenhum bem móvel ou imóvel, cuja 
venda lhe proporcione os recursos suficientes para cobrir aquela 
despesa emergencial. Restam-lhe, apenas, algumas jóias antigas, 
heranças da família de sua esposa, que não podem ser vendidas. 
A única saída, nessa situação, é procurar uma agência de 
penhores da Caixa, por exemplo, onde poderá obter um 
empréstimo imediato, sem as exigências e burocracia do sistema 
bancário. "Finalmente, você respira aliviado, o meu problema foi 
solucionado". Agora, você dispõe de um prazo menos rígido para 
pagar o empréstimo e resgatar as jóias penhoradas. De um lado, 
você está tranqüilo por ter deixado as jóias da família sob a 
custódia de uma instituição idônea. De outro lado, a Caixa 
também tem a mesma tranqüilidade quanto ao retorno da quantia 
emprestada aos cofres dela. Que garantia é essa? As jóias que 
 30 
você deu em penhor. 
Querido, o sangue de Jesus é a garantia de nossa esperança 
de perdão. O sangue do Cordeiro de Deus é o penhor do nosso 
perdão. Ninguém jamais obterá o perdão de seus pecados, se não 
confiar no poder do sangue de Jesus Cristo como um penhor. 
 
3.1 - A Validade do Derramamento de Sangue no Antigo 
Testamento 
 
"Pois a vida da carne está no sangue, pelo que vo-lo 
tenho dado para fazer expiação pelas vossas vidas 
sobre o altar; é o sangue que faz expiação pela 
vida".(Lv 17.11) 
 
A primeira referência bíblica a um sacrifício expiatório, 
derramamento de sangue para perdão, está subentendida nesta 
frase: "Fez o Senhor vestimenta de peles para Adão e sua mulher, e 
os vestiu " (Gn 3.21). Dizem os eruditos que estudam o Antigo 
Testamento que, nesse contexto, um cordeiro foi imolado em 
sacrifício expiatório pelo pecado de Adão e Eva. Em seguida, a pele 
desse cordeiro foi arrancada e transformada em vestidos para 
cobrir a nudez de nossos primeiros pais, evidenciada pelo pecado. 
Assim, um ser inocente foi sacrificado em lugar de outro 
inteiramente culpado. 
O sangue é a própria vida de uma criatura. A vida de um 
cordeiro puro e inocente, através do seu sangue derramado, foi 
dada em penhor da vida de Adão e Eva. O pecado, que também 
expôs a nudez espiritual de Adão e Eva, exigia dos transgressores 
um alto preço, além de suas possibilidades, o sangue (um penhor) 
de uma vítima inocente e pura, para remissão da culpa. Foi assim 
que, pela morte de uma criatura, pura e inocente, outras criaturas 
transgressoras permaneceram vivas. 
Imediatamente, após o pecado cometido, nossos primeiros 
pais descobriram que estavam nus, coseram, com folhas de 
figueira, umas vestes grotescas, e cingiram-se. O pecado causou-
lhes um corrosivo sentimento de culpa e um desconforto moral 
constrangedor. Instintivamente trataram de escondê-lo. Então, 
ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela 
viração do dia, esconderam-se, entre as árvores (Gênesis 3). 
- Adão! Adão! Chamou Deus. Onde estás? 
- (Silêncio). 
- Adão! Adão! Chamou Deus, novamente. Onde estás? 
- Ouvi a tua voz no jardim Adão balbuciou timidamente 
de seu esconderijo entre as árvores, e tive medo, porque estava 
nu, e escondi-me. 
 31 
O medo foi o primeiro sentimento hostil a penetrar no 
coração do homem após sua queda e fracasso. É por isso que o 
homem passou a temer a presença de Deus. O homem tem medo 
de ser confrontado com seus pecados; tem medo de encarar o 
juízo de Deus; tem medo de encarar, inclusive, a realidade da 
própria morte. 
- Quem te mostrou que estavas nu? Inquiriu Deus 
mansamente. Comeste da árvore de que te ordenei que não 
comesses? Averiguou o Senhor. 
- Foi a mulher que me deste por companheira, disse 
Adão, jogando a culpa sobre Eva, e insinuando que Deus não lhe 
havia dado a mulher perfeita e ideal. Ela é a culpada! disparou 
fulminante. Ela me deu o fruto da árvore, e eu o comi, concluiu 
com ares de ingenuidade. 
- O que fizeste? Perguntou o Senhor a Eva. 
- A serpente me enganou, respondeu cabisbaixa a 
mulher, retorcendo nervosamente as mãos, eeu comi. 
Adão e Eva descobriram instintivamente, naquela ocasião, 
alguns mecanismos de defesa e imediatamente os puseram em 
prática. Um deles foi o da transferência da culpa. Em outras 
palavras, significa dizer: "Eu pequei, mas a iniciativa não foi 
minha. A mulher que me deste por companheira me induziu a 
pecar. Logo, é dela a culpa e não minha". Em contrapartida, Eva 
soube explorar o gancho deixado por Adão: "Se não fosse a 
serpente, eu não teria comido nada. A culpada é a serpente que 
mentiu para mim. Também, quem mandou criar um bicho desses, 
tão sagaz e falante?". 
Essa tendência de transferir a culpa para outras pessoas 
perdura até hoje. Mas isso não ajuda em nada. 0 indivíduo que 
transfere a sua culpa para os outros está querendo enganar-se a 
si mesmo: nem a sua própria consciência crê na inocência dele. 
Tanto Deus como as demais pessoas que o cercam sabem que ele 
é responsável pelos atos praticados. 
Outro mecanismo de defesa utilizado pelos nossos primeiros 
pais foi o da ocultação do pecado. (Esta é a primeira reação do 
homem ao cometer um pecado.) Eles improvisaram uma 
vestimenta grotesca, cosida com cipós e folhas de figueira, numa 
tentativa vã de esconder de Deus a sua nudez. Que pensamento 
mais ingênuo. Eles não imaginaram que as folhas, desmembradas 
do caule, logo murchariam com o calor e incidência do sol sobre 
elas. 
As pessoas, ainda hoje, precisam parar de jogar sua culpa 
sobre as circunstâncias, o ambiente ou os outros que as cercam. 
Deus quer tratar com cada um, pessoal e diretamente. É mais 
sábio assumir a culpa, visto que todo homem é responsável pelos 
 32 
seus próprios atos, do que encontrar um "bode expiatório" que 
carregue a ultrajante e opressiva carga dos seus maus 
procedimentos. Também para nada serve travestir-se com as 
vestimentas de religiosidade, de boas obras, de misticismo, de 
falsa piedade. Quando o Sol da Justiça, Jesus Cristo, reluzir, essa 
camuflagem de folhas há de murchar perante o brilho de Sua 
gloriosa presença. Assim, todos estarão nus diante dEle. Não nos 
deixemos enganar: Deus conhece a cada um, individualmente; Ele 
sabe tudo a meu e a seu respeito; Ele conhece os nossos 
pensamentos, as nossas atitudes e reações. Não há lugar algum 
no mundo onde possamos nos esconder dEle. Tudo está desnudo 
e devassado diante dos olhos do Senhor. 
Como solução para o pecado de Adão e Eva, Deus imolou 
um cordeiro indefeso, puro e inocente, e com a pele fez 
vestimentas para Adão e Eva. Deus cobriu, ao mesmo tempo, 
tanto a nudez como o pecado de nossos primeiros pais. Sobre o 
perdão de pecados, assim nos diz a Bíblia: "Bem-aventurado 
aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto" (SI 
32.1). Deus cobriu primeiro a nudez e o pecado de Adão e Eva e, 
em seguida, os tirou do jardim do Éden. Deus trabalha desta 
forma: primeiro, ele manifesta a Sua graça; depois, Ele manifesta 
o Seu juízo. A graça de Deus sempre antecede o juízo de Deus. 
Dizem os judeus que a graça de Deus é semelhante a um 
anjo com duas asas voando velozmente ao encontro do pecador, e 
o juízo de Deus é semelhante a um anjo com uma asa só, que voa 
vagarosamente, mas um dia chega. Diante disso, querido leitor, 
abrace a graça salvadora de Deus antes que o juízo de Deus 
chegue até você. 
A segunda referência bíblica a um sacrifício expiatório é o 
derramamento de sangue para perdão que está registrada neste 
episódio: "Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, 
e da sua gordura. Atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta, 
mas para Caim e para a sua oferta não atentou " (Gn 4.4,5). 
Tudo indica que Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, haviam 
tomado conhecimento daquele primeiro holocausto, quando um 
cordeiro foi oferecido em sacrifício pelo pecado dos pais. Não 
sabemos se, posteriormente, outros sacrifícios foram oferecidos 
com regularidade. O que sabemos é que, em conseqüência daquele 
sacrifíciooriginal, Caim e Abel também decidiram apresentar suas 
ofertas sacrificiais a Deus. 
Caim, que era lavrador da terra, tomou das primícias da 
colheita e as ofereceu ao Senhor. Abel, que era pastor de ovelhas, 
ofereceu, dentre os primogênitos do seu rebanho, alguns cordeiros 
em sacrifício de louvor e adoração ao Senhor. Deus se agradou do 
sacrifício oferecido por Abel, um sacrifício de sangue. Quanto à 
 33 
oferta de Caim, frutos da terra, não houve aprovação diante de 
Deus. Por quê? Por faltar-lhe o princípio essencial à expiação do 
pecado, o derramamento de sangue. 
Eu creio que Caim, tanto quanto Abel, tinha conhecimento 
da maneira como se apresentar a Deus para cultuá-lo e oferecer-
lhe sacrifícios. No entanto, ele quis inovar, criando um método 
próprio para cultuar ao Senhor. Abel, o irmão mais moço, 
demonstrou reverência e temor diante de Deus, oferecendo-lhe um 
sacrifício de sangue pelos seus próprios pecados. Caim, 
entretanto, menosprezou o princípio da expiação da culpa, 
oferecendo simplesmente frutos da terra. 
Existem, por aí, muitos seguidores de Caim, mostrando 
menosprezo ao plano único e eterno da salvação, o poder do 
sangue de Jesus Cristo. Inventam seus próprios métodos de 
salvação. Atualmente, existem mil e um movimentos religiosos 
pregando que "todos os caminhos conduzem ao céu". Para os 
adeptos desses movimentos, não é só o evangelho de Jesus Cristo 
que santifica o homem, não é só sangue de Jesus Cristo que 
perdoa pecados, não é somente a obra realizada por Jesus Cristo 
no Calvário que salva o pecador. A Bíblia, entretanto, mostra 
categoricamente: Não existe nenhum outro meio de o homem 
reatar a sua comunhão com Deus, a não ser através do sangue de 
Jesus Cristo. 
Não adianta inventar o evangelho segundo Allan Kardec, não 
adianta inventar o evangelho segundo Joseph Smith, não adianta 
inventar outro evangelho. Somente o sangue de Jesus Cristo 
purifica a alma humana e perdoa a todos os seus pecados, 
somente Jesus Cristo é o Caminho. "Jesus respondeu: Eu sou o 
caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não 
ser por mim. " (João 14.6) 
Acreditar que todos os caminhos levam para o céu é uma 
concepção que menospreza o sacrifício da cruz, onde Jesus Cristo, 
o Cordeiro de Deus, derramou o seu sangue para expiar os nossos 
pecados e nos resgatar da maldição e condenação do pecado. 
A terceira referência bíblica ao derramamento de sangue, em 
sacrifício expiatório, está registrada em Êxodo 12.1-13: 
 
"Disse o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito: 
Este mesmo mês será para vós o primeiro 
mês, o primeiro mês do ano. Dizei a toda a 
congregação de Israel: Aos dez deste mês, tome 
cada homem um cordeiro para a sua família, um 
cordeiro para cada casa. Mas, se a família for 
pequena para um cordeiro, então convidará ele o 
seu vizinho mais próximo, conforme o número das 
 34 
pessoas. Conforme o que cada um puder comer, 
fareis a conta para o cordeiro. O cordeiro, ou 
cabrito, será sem defeito, um macho de um ano, o 
qual tomareis das ovelhas ou das cabras. Vós os 
guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, 
quando toda a congregação de Israel o matará ao 
crepúsculo. Tomarão do sangue e porão em ambas 
as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que 
o comerem. Naquela noite comerão a carne assada 
no fogo, com pães asmos e ervas amargas. Não 
comereis dele nada cru, nem cozido em água, Mas 
sim assado ao fogo, a cabeça, as pernas e afressura. 
Nada dele deixareis até pela manhã; se algo ficar 
dele até pela manhã, queimareis ao fogo. Assim o 
comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos 
sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão. Comê-lo- 
eis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor. 
Naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei 
os primogênitos na terra do Egito, desde os homens 
até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito 
executarei juízo. Eu sou o Senhor. O sangue vos será 
por sinal nas casas em que estiverdes; vendo o 
sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre 
vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do 
Egito ". 
 
O povo de Israel estava gemendo debaixo da tirania do 
cativeiro egípcio. Os gemidos dos filhos de Israel chegaram aos 
céus. Deus resolveu libertá-los. Ordenou a Moisés que fosse até 
Faraó e lhe dissesse: "Deixa o meu povo ir ao deserto para me 
adorar". Faraó, no entanto, resistia à voz de Deus, e oprimia mais 
ainda o povo. Finalmente, após Deus operar maravilhas diante de 
Faraó através de Moisés, chegou o dia da libertação. 
O Senhor chamou Moisés e lhe disse: "Hoje, cada família em 
Israel sacrificará um cordeiro macho de um ano, sem defeito 
algum. Com o sangue do cordeiro aspergirão as ombreiras e verga 
das portas. Em seguida, assarão o cordeiro e o comerão. Esta 
noite, continuou o Senhor, dizendo: eu passarei sobre o Egito e 
ferirei a todos os seus primogênitos. Mas na casa onde houver a 
marca do sangue do cordeiro sacrificado, ninguém morrerá". 
Enfim, chegou a hora de Deus agir em favor do Seu povo. 
 
"À meia-noite o Senhor feriu a todos os 
primogênitos na terra do Egito, desde o 
primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, 
 35 
até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e 
todos os primogênitos dos animais. Levantou-se 
Faraó de noite, ele e todos os seus oficiais, e todos 
os egípcios, e houve grande clamor no Egito, pois 
não havia uma casa em que não houvesse um 
morto". (Ex 12.29) 
 
Aquela noite, no Egito, foi uma noite de grande clamor. Em 
todas as casas egípcias, até mesmo no palácio de Faraó, havia um 
morto sendo velado. A dor, o sofrimento e o desespero eram 
indizíveis em todos os lares. Ah! Que desespero terrível!. Via-se 
apenas a presença da morte por toda parte. Ouviam-se, de todos 
os lados, os gritos e gemidos de dor e de aflição. O Egito chorava 
os seus mortos. 
Enquanto isso, os filhos de Israel, em suas casas comiam o 
cordeiro pascal, celebrando o grande dia da visitação de Deus, 
quando o jugo do cativeiro foi finalmente sacudido de seus 
ombros. O sangue do cordeiro pascal, aspergido nas ombreiras e 
vergas de suas portas, foi uma garantia dada pelo próprio Deus, 
de que nenhum dos filhos de Israel pereceria naquela noite. O 
sangue do cordeiro pascal, como um penhor, livrou-os da morte. 
Que diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a 
Deus e os que não O servem! Enquanto, entre os egípcios havia 
choro, pranto e gemidos de dor, no meio do povo de Israel havia 
gozo, regozijo e alegria; enquanto os egípcios sofriam a terrível e 
agonizante dor pela perda de seus filhos, os israelitas cantavam e 
dançavam ao lado de seus filhos, cuja vida fora preservada; 
enquanto os egípcios contemplavam, pasmados e perplexos, o 
espectro da morte, os israelitas, transbordando em gozo, 
contemplavam o sinal da presença de Deus: o sangue do cordeiro 
que lhes dera vida e proteção! Aleluia! 
 
3.2 - O Poder e a Eficácia do Sangue de Jesus 
 
Existem muitas pessoas com medo do diabo. Ouvem todos 
os tipos de ameaças e de mentiras. Dizem-lhes que o destino delas 
já estava traçado pelos seus guias: uns, devem desenvolver sua 
mediunidade; outros devem "fazer cabeça" e se tornarem "pai" ou 
"mãe-de-santo"; ou "cavalos" para as pombas-giras, para os exus, 
para os caboclos, para os pretos-velhos e tantas outras entidades 
demoníacas. Se não atenderem às orientações dessas entidades, 
podem sofrer graves acidentes, problemas de saúde, conjugais e 
financeiros, seus parentes e até eles mesmos podem morrer. 
Há uma boa notícia para você: o diabo é mentiroso. Coloque-
se agora mesmo debaixo da proteção do sangue de Jesus Cristo. 
 36 
Tenha a proteção do sangue do Cordeiro. 
Uma abnegada serva de Deus, por toda a vida, foi muito 
dedicada e obediente ao Senhor. Nunca se recolhia ao leito para 
dormir, sem antes passar bons momentos em oração e comunhão 
com o Pai. Certo dia, porém, estava tão exausta que apenas 
ergueu a mão para os céus e disse: "Ó Senhor,cobre-me com o 
teu precioso sangue", e logo adormeceu. Naquela noite, um 
assaltante forçou a porta principal da casa da casa dessa irmã e 
entrou. O salteador foi pegando tudo o que era valioso; quando 
chegou ao aposento onde essa serva de Deus dormia, parou, 
tomado de um grande pavor. De repente, ele correu em direção à 
rua, gritando: "Não fui eu! Repetia em desespero, não fui eu!". 
Toda a vizinhança acordou com aqueles gritos desesperados. 
Alguns vizinhos saíram no encalço do ladrão e logo o encontraram. 
Ele estava sentado numa calçada, gritando num grande 
desespero, apertando a cabeça com as mãos: "Não fui eu, gente! 
Não fui eu!" Quando lhe perguntaram o que havia ocorrido, 
respondeu: "Quando entrei no quarto da mulher, procurando algo 
para roubar, vi o corpo dela todo coberto de sangue. Aí, saí 
correndo. Acreditem em mim, não fui eu quem matou aquela 
mulher! Eu sou ladrão, não um assassino", completou. 
Numa coisa o ladrão havia-se equivocado: aquela irmãzinha 
não estava morta, apenas dormia. Ela estava toda coberta de 
sangue, nisto o assaltante tinha razão. Mas o sangue que ele vira 
não era o dela e sim o sangue protetor do Cordeiro de Deus, Jesus 
Cristo. 
O sangue de Jesus Cristo tem a eficácia e o poder para nos 
reconciliar com Deus, nos purificar de nossos pecados, nos trazer 
a paz, garantir-nos a vitória espiritual. A Palavra de Deus 
confirma essa verdade. Observe. 
O sangue de Jesus Cristo garante a reconciliação do 
pecador. O que é reconciliação? É um retorno ao relacionamento 
original com Deus, antes da queda do homem. "Mas agora em 
Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo 
chegastes perto" (Ef 2.13). 
O sangue de Jesus Cristo nos traz purificação. Diz-nos a 
Bíblia: "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos 
comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, 
nos purifica de todo pecado" (1 Jo. 1.7). 
O sangue de Jesus Cristo nos garante a paz. Afirma a 
Palavra: "... havendo ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por 
meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre 
a terra, quer nos céus" (Cl 1.20). A paz para a alma, a paz para o 
espírito, não está nas drogas, nem nas bebidas alcoólicas, a paz 
está no poder do sangue de Jesus Cristo. 
 37 
O sangue de Jesus Cristo como instrumento de salvação tem 
uma abrangência universal. Eis o que declara a Palavra: "Digno és 
(Cordeiro) de tomar o livro, e de abrir os seus selos, porque foste 
morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda 
tribo, e língua, e povo, e nação" (Ap. 5.9). 
O sangue do Cordeiro nos garante a vitória. Diz-nos a Bíblia: 
"Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro..." (Ap 12.11). O sangue 
de Jesus é poderoso para nos dar vitória sobre quaisquer 
problemas e circunstâncias. 
Certa vez, o grande evangelista Finney havia acabado de 
pregar uma mensagem baseada no seguinte texto: "Mas, se 
andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com 
os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de 
todo pecado" (1 Jo. 1.7). De repente, um homem mal-encarado 
aproximou-se e disse: "Senhor pregador, o senhor poderia ir à 
minha casa?" Finney, sem titubear, fitou o homem, e respondeu: 
"Sim! Eu posso ir à sua casa, amigo". De imediato, algumas 
pessoas se aproximaram do pregador e lhe disseram, 
reservadamente: "Pelo amor de Deus, não acompanhe aquele 
homem. Ele não tem uma boa fama. Dizem que já matou muita 
gente". Finney, porém, lhes respondeu: "Não temam! Eu irei com 
ele". 
Finney seguiu o homem, em silêncio, através de ruas e vielas 
estreitas e mal-iluminadas. Após algum tempo, o homem parou 
diante de uma casa de má-aparência. Abriu a porta e convidou o 
pregador para entrar. Foram até a sala. O homem abriu a gaveta 
de um armário e retirou um revólver. Em seguida, voltou-se para o 
pregador e disse: 
- Pastor Finney, com esta arma eu já tirei a vida de 
muitas pessoas. Ainda há esperança para mim?". 
Finney, fitando-o com amor e bondade, olhando bem dentro 
dos olhos, respondeu: 
- Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos 
purifica de todo pecado 
O homem abriu outra gaveta, de onde retirou vários jogos de 
baralho. 
- Pastor Finney, disse, manuseando as cartas de 
baralho: com estas cartas tenho trapaceado e roubado muitas 
pessoas. Ainda há esperança para mim? 
Finney, mantendo firme olhar, repetiu: 
- Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos 
purifica de todo pecado. 
Pastor Finney! Desesperou-se o homem, eu já destruí muitos 
casamentos, disse quase soluçando. 
Eu já joguei muitas mulheres na lama. Eu não presto! 
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Ainda há esperança para mim? 
Finney aproximou-se do homem, colocou a mão sobre o 
ombro dele, e disse com toda mansidão: 
- Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos 
purifica de todo pecado. 
Nesse instante, o homem dobrou os joelhos e, em lágrimas, 
suplicou: 
- Pastor, ore por mim. Eu quero ser perdoado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
 
Diante das escolhas que temos na vida, uma delas tem a ver 
com a eternidade. Vivemos neste mundo procurando cumprir 
nossas responsabilidades, viver honestamente, administrar nosso 
tempo e dinheiro, divertir-nos dentro de nossas possibilidades. 
Muitas vezes, não nos conformamos com os benefícios desfrutados 
por aqueles que são corruptos, ladrões, desonestos, mentirosos. 
Gostaríamos que a justiça de Deus fosse-lhes aplicada 
imediatamente. Entretanto, apenas podemos compreender o 
futuro da humanidade quando entramos na Casa do Senhor, na 
presença do Senhor. Ali recebemos a revelação, como Asafe a 
recebeu, de que cada pessoa há de ter um futuro e uma 
eternidade coerentes com as sementes plantadas em vida. 
Existem, sim, os justos e os ímpios e cada qual passará a 
eternidade perto ou longe de Deus, conforme suas escolhas nesta 
vida. 
Embora alguns duvidem da existência do inferno, ela é 
confirmada pelas Escrituras Sagradas, a Bíblia, e pela própria 
consciência humana. É um lugar de sofrimento e dor, de 
acusações, de más companhias, de colheita. Lá não existe a 
morte, mas o sofrimento prolonga-se pela eternidade. Não há 
como escapar de lá depois que a alma para lá for. Entretanto, há 
esperança e certeza nesta vida de não ir para lá, através da fé no 
sangue de Jesus Cristo. 
O céu é uma realidade a ser alcançada por aqueles que 
fazem sua opção ainda em vida. Não é questão de viver 
honestamente, fazer boas obras, sacrificar-se, pagar promessas, 
seguir religiões. O céu pode ser alcançado por aqueles que 
confiam em Jesus Cristo como seu único Salvador e Senhor. O 
céu é uma realidade para aqueles que procuram obedecer a Deus 
e aos seus mandamentos, conforme prescreve a Sua Palavra. O 
céu é daqueles que vivem e servem a Deus, por meio da graça 
salvadora de Jesus Cristo, que derramou o seu sangue precioso 
por todos. Esse sangue nos traz perdão, vitória, purificação, paz, 
reconciliação com Deus. Há poder no sangue de Jesus. Basta que 
cada um confie nele e se entregue incondicionalmente ao Senhor. 
Receba agora mesmo, querido leitor, a proteção do sangue 
de Jesus Cristo sobre a sua vida. Há poder no sangue de Jesus! 
 
 
 
 
 
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CONTRACAPA 
 
 
 
FUNDAÇÃO GILMAR SANTOS 
 
Está habilitada para prestar os seguintes serviços à Comunidade Evangélica: 
> Curso Aberto à Distância (correspondência) de Bacharel em Teologia e Médio 
em Teologia. 
> Curso de Missiologia por correspondência ou Seriado, objetivando o 
despertamento para a obra missionária. 
> Bacharel e Médio em Teologia (seriado), através da Faculdade de Teologia e 
Filosofia de Goiânia. 
> Curso de Educação / Pedagogia Cristã (seriado). 
> Capelania/ Teologia Clínica (seriado). 
> Liderança e Recursos Humanos na Igreja (seriado). 
> Minha Vida Missionária - Discipulado (seriado) 
> Mestrado em Teologia (seriado) com