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Aula 05 - Exames MicrobiolAgicos (1)

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EXAMES MICROBIOLÓGICOS
CURSO: ENFERMAGEM
DOCENTE: ENFª VITÓRIA CALIXTO
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Os microrganismos que causam doenças infecciosas são definidos como patógenos, pois se multiplicam e causam lesão tecidual. 
Os processos infecciosos demonstram respostas fisiológicas à invasão de multiplicação do microrganismo agressor. 
Todos os microrganismos isolados em cultura de um local do corpo devem ser considerados potenciais patógenos.
NECESSIDADE DO EXAME
Têm como função identificar o foco e o agente agressor. 
Para que isso ocorra, é fundamental que a amostra do material biológico seja coletada e transportada adequadamente, caso contrário podem ocasionar falhas no isolamento do agente etiológico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante, induzindo a um tratamento não apropriado. 
CUIDADO EM COLETA
Conhecer o processo infeccioso ajuda a determinar o período ideal da coleta da amostra; 
Colher antes de iniciar a antibioticoterapia, sempre que possível; 
Quantidade suficiente de material deve ser coletada para permitir uma completa análise microbiológica; 
Os swabs, quando utilizados, necessitarão ser confeccionados com algodão alginatado e encaminhados ao laboratório em meio de transporte ou em solução salina, mas nunca secos; 
O frasco precisa ser encaminhado ao laboratório com a correta identificação: nome completo e registro do paciente, leito ou ambulatório de especialidade, material colhido, data, hora e quem realizou a coleta.
LEMBREM-SE!!
Devemos sempre lembrar que os microrganismos são seres vivos, portanto multiplicam-se e/ou morrem com facilidade. 
Se isso ocorrer durante a coleta, o transporte ou a estocagem, a amostra enviada ao laboratório não será representativa do processo infeccioso.
HEMOCULTURA
As infecções da corrente sanguínea estão entre as mais frequentes no ambiente hospitalar. 
O aumento na prevalência de bacteremias (presença de bactérias viáveis na corrente sanguínea) tem sido determinado por fatores como o aumento de pacientes com risco de infecções, o surgimento de novos patógenos na corrente sanguínea, a difusão de procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos e o uso de cateteres intravasculares. 
A hemocultura é o exame de escolha na suspeita clínica de bacteremia, que algumas vezes ocorrem por um único microrganismo, mas outras vezes a etiologia é polimicrobiana.
BACTEREMIAS
Transitória
É rápida e a mais comum, com duração que pode variar de alguns minutos a poucas horas. Ocorre após a manipulação de algum tecido infectado, como em casos de abscessos furúnculos e celulites, durante algum procedimento cirúrgico envolvendo tecidos contaminado ou colonizados
Intermitente
Manifesta em intervalos de tempo variáveis, tendo como agente o mesmo microrganismo e frequentemente se manifestando com febre de origem indeterminada.
Contínua
 É característica das endocardites infecciosas agudas e subagudas, além de outras infecções endovasculares;
Geralmente, ocorre em processos infecciosos como pneumonias, abscessos intracavitários, como os pélvicos, perinefréticos, hepáticos, prostáticos e outros;
BACTEREMIA DE ESCAPE (BREAKTHROUGH)
É a que ocorre mesmo enquanto o paciente ainda está recebendo antibioticoterapia sistêmica apropriada. 
Quando surge no início da terapêutica, geralmente se deve a concentrações insuficientes do antimicrobiano na corrente sanguínea. 
É comum haver escape nos primeiros dias de tratamento; já os episódios que acontecem tardiamente se dão, em geral, por drenagem inadequada do foco infeccioso, acesso inadequado da droga ou comprometimento do sistema imunológico do paciente.
INTERPRETAÇÃO RESULTADO
A hemocultura é um dos testes laboratoriais mais importantes para o diagnóstico de infecções graves.
O paciente com hemocultura positiva apresenta sinais e sintomas característicos de infecção, febre, calafrios, alterações do nível de consciência e, nas suas formas mais graves, alterações bioquímicas (lactato, gases arteriais, fatores de coagulação).
ATENÇÃO!!!
Entretanto, quando uma hemocultura é inesperadamente positiva (na ausência de sinais ou sintomas) ou quando somente uma dentre várias amostras é positiva para um determinado microrganismo, ele pode eventualmente ser considerado um contaminante (hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados).
UROCULTURA
Infecção do trato urinário (ITU) representa um sítio frequente de infecção tanto em pacientes da comunidade como naqueles internados em unidades hospitalares, significando uma das principais causas de infecção hospitalar, cerca de 40% do total de infecções nosocomiais. 
Mulheres adultas têm 50 vezes mais chances de adquirir ITU do que os homens, e 30% das mulheres apresentam ITU sintomática ao longo da vida. 
Como a principal rota de contaminação do trato urinário é por via ascendente, atribui-se esse fato à menor extensão anatômica da uretra feminina e à maior proximidade entre a vagina e o ânus, característica da genitália feminina.
CLASSIFICAÇÃO ITU
Bacteriúria assintomática
Infecção com ausência de sintomas
ITU baixa - cistite
Apresenta-se, habitualmente, com disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria e dor suprapúbica
ITU alta - pielonefrite
Inicia-se, habitualmente, com quadro de cistite, sendo frequentemente acompanhada de febre elevada, geralmente superior a 38 °C, associada a calafrios e dor lombar uni ou bilateral.
CUIDADOS PRÉ-ANALÍTICA
Coleta espontânea: ideal que seja coletada a primeira urina da manhã, ou aguardar 3 a 4 horas após a última micção. 
Não estimular a ingestão hídrica, pois isto dilui a urina. 
Fazer antissepsia da genitália (conforme explicado no exame de urina de rotina). 
A mulher deve afastar os grandes lábios e o homem, retrair o prepúcio
CUIDADOS PRÉ-ANALÍTICA
Cateterismo uretral: na suspeita de falta de habilidade do paciente ou dificuldade para obter o material adequado, a amostra pode ser coletada por cateterismo uretral. 
Ele deve ser realizado de forma asséptica, por profissional preparado, sendo que o primeiro jato de urina após a cateterização deve ser desprezado para minimizar a contaminação da amostra. 
Para a coleta em pacientes portadores de cateter vesical de demora, antes de realizar a coleta, ele deve ser fechado por 1 a 2 horas. 
Após esse período, fazer a desinfecção do dispositivo do cateter com álcool a 70% e coletar a amostra de urina com seringa e agulha estéril (nunca colete da bolsa coletora).
INTERPRETAÇÃO RESULTADO
A história clínica, o exame físico e as queixas do paciente, como aspecto da urina, polaciúria, nictúria, urgência miccional e dor lombar, são de grande valia para o diagnóstico de ITU. 
No ambiente hospitalar, o diagnóstico de ITU é complicado por diversos fatores. 
A presença de cateter urinário dificulta ou impede a verificação dos sinais e sintomas associados à ITU. 
A sensação de disúria, urgência miccional ou desconforto suprapúbico pode estar relacionada à presença do cateter urinário, independentemente da existência de ITU.
INTERPRETAÇÃO RESULTADO
O diagnóstico de ITU é confirmado pela presença de bactéria na urina, tendo como limite mínimo definido a existência de 100.000 unidades formadoras de colônias bacterianas por mililitro de urina (ufc/ml), colhida em jato médio e de maneira asséptica. Em determinadas circunstâncias (paciente idoso, infecção crônica, uso de antimicrobianos), pode ser valorizado crescimento bacteriano igual ou acima 10.000 ufc/ ml. 
LÍQUOR ( LCR)
A punção lombar é uma importante ferramenta de auxílio diagnóstico de doenças neurológicas, utilizadatanto para diagnóstico quanto para terapias. 
Muitas doenças neurológicas estão associadas a alterações na dinâmica e/ou na composição do LCR, e os médicos dependem desses dados para diagnóstico e acompanhamento de seus pacientes. 
Seus riscos, embora raros, podem ser substanciais e potencialmente fatais.
RELEVÂNCIA
As principais indicações diagnósticas são as doenças infecciosas, inflamatórias, vasculares, metabólicas e neoplásicas que acometem o sistema nervoso central. 
O LCR é um fluido aquoso que circula pelo espaço intracraniano, preenchendo o sistema ventricular, o canal central da medula e os espaços subaracnóideo craniano e raquiano, representando a maior parte do fluido extracelular do sistema nervoso central. 
Esse líquido apresenta diversas funções, entre elas, o fornecimento de nutrientes essenciais ao cérebro, a remoção de produtos da atividade neuronal do SNC e a proteção mecânica das células cerebrais.
CUIDADOS PRÉ-ANALÍTICA
A adoção do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), como procedimento prévio à punção lombar, tendo como finalidade o adequado esclarecimento quanto aos riscos do método e às medidas de prevenção das complicações do procedimento.
A punção lombar é a mais utilizada, seguida pela punção suboccipital e a via ventricular. 
Quanto ao posicionamento, os pacientes podem ser colocados em decúbito lateral com pescoço e joelhos fletidos, ou sentados com pescoço e costas em anteroflexão. 
Caso haja a necessidade de aferir a pressão liquórica de abertura (inicial), a posição lateral é a de escolha
ATENÇÃO DE COLETA
A amostra deve ser colocada em três tubos, sendo que o primeiro é destinado à análise bioquímica e sorológica do material, o segundo é destinado a exames microbiológicos e o terceiro objetiva-se a contagens de células, em virtude da menor probabilidade de conter material, particularmente células sanguíneas, introduzidas de modo acidental. 
A amostra coletada deve chegar ao laboratório o mais rápido possível, no máximo em 2 horas, pois, após esse tempo, pode ocorrer degradação e/ou alterações morfológicas de hemácias, leucócitos e outros tipos celulares, diminuição da glicose e aumento de concentração das proteínas e de bactérias.
INTERPRETAÇÃO RESULTADO
Linfócitos: meningite viral, tuberculosa, fúngica e bacteriana e esclerose múltipla. 
Neutrófilos: meningite bacteriana, fase inicial da meningite viral, tuberculosa e fúngica. Hemorragia subaracnóidea, injeções intratecais, tumores meningeais. Reação celular mista (linfócitos, monócitos e neutrófilos), meningite bacteriana, parcialmente tratada, abcesso cerebral, meningite tuberculosa, fúngica e amebiana. 
Eosinófilos: infecções parasitárias, reações alérgicas e derivação ventricular. 
Macrófagos: meningite crônica, meningite bacteriana tratada, injeções intratecais e hemorragia subaracnóidea.
ESCARRO
Apesar de o brasil ser ainda um dos 22 países responsáveis por 90% dos casos de tuberculose do mundo, até o ano de 2007, ocorreu em nosso país uma queda de 26% na incidência e de 32% na mortalidade.
O exame de escarro para pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (baar), ou mycobacterium tuberculosis, é indicado para todos os indivíduos que apresentem tosse, com ou sem expectoração, por mais de duas semanas, associado à febre vespertina, sudorese noturna, hemoptise e radiografia sugestiva de tuberculose.
Se possível, o paciente deve participar ativamente da coleta de material (escarro). A melhor coleta é feita sob a supervisão direta da equipe de enfermagem.
CUIDADOS PRÉ-ANALÍTICOS
Orientar o paciente da importância da coleta do escarro e não da saliva. As amostras de saliva são impróprias para análise bacteriológica, pois não representam o processo infeccioso; 
Colher somente uma amostra por dia, se possível o primeiro escarro da manhã, antes da ingestão de alimentos; 
Aconselhar o paciente a escovar os dentes somente com água (não utilizar pasta dental) e enxaguar a boca várias vezes, inclusive com gargarejos; 
Respirar fundo várias vezes e tossir profundamente, recolhendo a amostra em um frasco de boca larga. Se o material obtido for escasso, coletar a amostra depois de nebulização;
INTERPRETAÇÃO
Além da positividade do exame microbiológico, os portadores de tuberculose pulmonar apresentam os seguintes sintomas: tosse com expectoração, febre vespertina, sudorese noturna abundante, emagrecimento, fraqueza, anorexia, hemoptise, dor torácica moderada. 
Instruir precauções de gotículas na suspeita de tuberculose;
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