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Eventos Adversos Comuns Pós Vacinação


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Eventos Adversos Comuns Pós-Vacinação
Fernanda Pinheiro Ransolin
Imbituba/SC
27/01/2023.
Com o surgimento do Covid-19 muito se tem questionado sobre vacinação no Brasil, sabemos que a vacina é a principal estratégia de combate à doença, mesmo com planejamento e implementação de estratégias de imunização relacionadas ao coronavírus, existe a discussão sobre a real eficácia das vacinas.
Os profissionais de saúde devem ter domínio sobre os imunobiológicos, tais como: indicações, efeitos, manuseio, conservação, organização, articulação dos serviços, assim como a necessidade de atualização, capacitação e educação permanente em saúde.
A imunização precisa de assistência segura, pelas constantes atualizações no calendário de vacinas do PNI o que exige capacitações e profissionais sempre atualizados, para que não ocorram erros de acondicionamento, conservação, manuseio, administração, segregação, orientação correta dos eventos adversos e descartes de vacinas.
Alguns eventos adversos são comuns e não existe vacina livre de eventos adversos, mesmo que a frequência seja mínima. O enfermeiro e os técnicos responsáveis pela sala de vacina tem que saber como reagir a esses eventos adversos com segurança e sempre estar atualizados.
Os profissionais da sala de vacina não atribuem à devida atenção a investigação de ESAVI (Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização), sendo esse essencial para o aprimoramento de estratégias de segurança dos usuários, assim como a busca por novas tecnologias farmacológica que venha a garantir a segurança das vacinas. Por isso a equipe de saúde deve priorizar a investigação de eventos, caso eles venham a acontecer.
São três pontos para a investigação de ESAVI: 
Fatores relacionados à vacina: o que inclui o tipo (inativada ou atenuada), a cepa vacinal, o modo de cultivo e propagação dos microorganismos, o processo de inativação ou atenuação, adjuvantes, estabilizantes ou substancia conservantes, o lote, além de condições de armazenamento e transporte.
Fatores relacionados aos que receberam a vacina: como sexo, idade, quantas doses já haviam sido aplicadas e eventos adversos a essas doses, doenças concomitantes, doenças alérgicas ou autoimunes, deficiência imunológica. 
Fatores relacionados à aplicação: técnica da aplicação, agulha, seringa, local da aplicação, via (intradérmica, subcutânea ou intramuscular).
Não existem contraindicações absolutas a vacinação, devemos seguir algumas regras, quando o risco de adquirir uma doença seja alto, essas devem ser analisadas caso a caso. É importante que os profissionais de saúde tenham conhecimento das situações que se deve evitar ou adiar a vacinação, para que não ocorram indicações desnecessárias. 
Pacientes que manifestaram reações anafiláticas à dose previa da vacina ou seus componentes e no primeiro trimestre de gestação a vacinação deve ser evitada, com exceção da influenza que é indicada em qualquer idade gestacional. 
 Deve ser adiada a vacinação em caso de doença aguda febril grave e tratamento com doses de medicamentos imunodepressores, pois pode correr o risco de complicações ou resposta imune inadequada.
As vacinas de agentes atenuados (vírus ou bactérias) devem ser evitadas em gestantes salvo em alto risco de exposição à doença, por exemplo, a febre amarela.
Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida; como os portadores de neoplasias, transplantados, infectados por HIV ou que fazem tratamento com corticoides em alta dose, quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc. existe recomendação para cada caso.
Algumas vacinas podem ter contraindicações específicas e mesmo situações que recomendam seu adiamento, é importante consultar as recomendações dos fabricantes nas bulas e no Manual de Normas de Vacinação. 
Recomenda-se sempre consultar o Manual dos Centros de Referencias para Imunobiológicos Especiais e Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinal.
A supervisão do enfermeiro é fundamental para a correta funcionalidade da sala de vacina, tendo conhecimento atualizado para que possa explicar com segurança, a necessidade da vacinação, seus benefícios e riscos. Sempre com base no fundamento cientifico para que possa explicar aos pacientes e entre os profissionais de saúde. 
Devemos lembrar sempre que o curso de atualização deve ser continuo, com clareza e fácil informação para perceber e revolver os problemas que venham aparecer na sala de vacinação. 
Referências Bibliográficas:
Avaliação das salas de vacina: um estudo de caso brasileiro. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/29452/25465> Acesso em: 20 de janeiros de 2023.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília, 2014. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de Rede de Frio - 4ª edição. Brasília, 2013.
 BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais. Brasília, 2014. 
Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_vacinacao_4ed.pdf>.Acesso em: 23 de janeiro de 2023.

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